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Módulo de Fundamentos de Administração pdf

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Prévia do material em texto

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ISCED 
 
 
 
 
 
CURSO DE LICENCIATURA EM 
CONTABILIDADE E AUDITORIA 
 
 1º Ano 
Disciplina: FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO 
Código: ISCED12-ADMCFE001 
TOTAL HORAS/1o SEMSTRE: 100 
CRÉDITOS (SNATCA): 4 
Número de Temas: 7 
 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR DUCAÇÃO A DISTÂN 
A 
 INSSUPERIORDE INSTITUTO 
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ISCED
 
i 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 
e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou 
total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos 
judiciais em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Acadêmica 
Rua Dr. Lacerda de Almeida. No 211, Ponta - Gea 
 
Beira - Moçambique 
Telefone: 23323501 
Cel: +258 823055839 
Fax: 23323501 
E-mail: direcção@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
ii 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e o autor do presente manual 
agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste 
manual: 
 
Pela coordenação 
Pelo design 
Direcção Acadêmica do ISCED 
Direcção de Qualidade e Avaliação do ISCED 
Financiamento e Logística 
 
Pela Revisão final 
Instituto Africano de Promoção da Educação 
à Distância (IAPED) 
Dra. Ruth Cremilde João Cherene Simoco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado Por: 
Dr. Mateus Vasco Sengueranhe – Licenciado em Planificação, Administração e Gestão da 
Educação, pela Universidade Pedagógica – Delegação da Beira e Mestrando em Recursos 
Humanos e Gestão do Conhecimento, pela Universidade Internacional do México 
 
 
iii 
 
 
Índice 
Visão geral 9 
Bem-vindo ao Módulo de Fundamentos de Administração ............................................. 9 
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 9 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 9 
Como está estruturado este módulo .............................................................................. 10 
Ícones de actividade ....................................................................................................... 11 
Habilidades de estudo .................................................................................................... 11 
Precisa de apoio? ............................................................................................................ 13 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 14 
Avaliação ......................................................................................................................... 14 
TEMA – I: Bases Históricas 17 
Unidade Temática 1.1. Antecedentes Históricos da Administração .............................. 17 
Introdução ....................................................................................................................... 17 
1.1.1. Antecedentes históricos da Administração ................................................. 17 
Sumário ........................................................................................................................... 22 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 22 
Exercícios ........................................................................................................................ 23 
TEMA –II: Evolução Histórica da Administração 24 
Unidade Temática 2.1. As abordagens clássicas............................................................. 24 
Introdução ....................................................................................................................... 24 
2.1.2.A abordagem clássica da administração ...................................................... 25 
2.1.2.1. A Teoria de administração Cientifica ................................................... 25 
2.1. Administração como Ciência 27 
2.2. Organização Racional do Trabalho (ORT): 28 
2.3. Princípios da Administração Científica de Taylor: 28 
2.4. Outras ideias de Taylor: 29 
2.1.2.1.3.Princípios Básicos de Ford: 31 
2.1.2.2 A Teoria Clássica da Administração ........................................................... 33 
Sumário ........................................................................................................................... 38 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 39 
Exercícios ........................................................................................................................ 40 
Unidade Temática 2.2. As abordagens humanista, neoclássica e estruturalista ........... 41 
Introdução ....................................................................................................................... 41 
2.2.1. A abordagem humanista da administração ................................................ 41 
2.2.1.1. A teoria das Relações Humanas ............................................................... 41 
2.2.1.2. A abordagem neoclássica ......................................................................... 43 
2.2.1.3. A abordagem estruturalista ..................................................................... 44 
2.2.1.3.2. A Teoria Estruturalista ........................................................................... 46 
 
iv 
 
Sumário ........................................................................................................................... 47 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 48 
Exercícios ........................................................................................................................ 49 
Unidade Temática 2.3. As abordagens organizacional e contemporâneas ................... 49 
Introdução ....................................................................................................................... 49 
2.3.1. A abordagem comportamental ................................................................... 49 
2.3.2. A Teoria comportamental da administração .............................................. 49 
2.3.3. A Teoria do Desenvolvimento Organizacional ............................................ 50 
2.3.4. A abordagem sistémica da administração .................................................. 50 
2.3.4.1. A Teoria dos Sistemas............................................................................... 51 
2.3.5. A abordagem contingencial ................................................................. 53 
2.3.6. Novas abordagens da Administração .................................................. 54 
Sumário ........................................................................................................................... 55 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 56 
Exercícios ........................................................................................................................ 58 
Unidade Temática 2.4. Exercícios do Tema ....................................................................58 
TEMA –III: Estudo da Administração 59 
Unidade Temática 3.1. Conceitualização de Administração .......................................... 59 
Introdução ....................................................................................................................... 59 
3.1.1. Conceito de Administração ................................................................................... 60 
3.1.3. Funções da Administração .......................................................................... 61 
3.1.4. Níveis de Administração .............................................................................. 62 
3.1.5. Importância da Administração .................................................................... 63 
Sumário ........................................................................................................................... 65 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 66 
Exercícios ........................................................................................................................ 66 
Unidade Temática 3.2. Conceitualização de Administrador .......................................... 67 
Introdução ....................................................................................................................... 67 
3.2.1. Conceito de Administrador ................................................................................... 67 
3.2.2. Níveis do Administrador .............................................................................. 68 
3.2.3. Habilidades do Administrador ..................................................................... 69 
3.2.4. Papeis desempenhados pelo Administrador .............................................. 70 
Sumário ........................................................................................................................... 71 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 71 
Exercícios ........................................................................................................................ 72 
Unidade Temática 3.3. Conceitualização de Organização .............................................. 73 
Introdução ....................................................................................................................... 73 
3.3.1. Conceito de organização ....................................................................................... 73 
3.3.2.Razões que explicam a existência das organizações .................................... 74 
3.3.3.Objectivos organizacionais ........................................................................... 74 
3.3. 4.Características das organizações ................................................................. 75 
3.3.5. Os recursos organizacionais ........................................................................ 75 
3.3.6.Tipos de organizações .................................................................................. 76 
3.3.7.Estrutura do funcionamento da organização .............................................. 76 
 
v 
 
Sumário ........................................................................................................................... 77 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 77 
Exercícios ........................................................................................................................ 79 
UNIDADE Temática 3.4. Exercícios do tema III ............................................................... 79 
TEMA – IV: Ambiente das Organizações 79 
UNIDADE Temática 4.1. Ambiente Contextual e de tarefa ............................................ 80 
Introdução ....................................................................................................................... 80 
4.1.1. Conceito de ambiente ........................................................................................... 80 
4.1.2. Ambiente contextual (Geral) ....................................................................... 80 
4.1.3. Ambiente de tarefa ou transaccional .......................................................... 81 
6.1.4. Tipologias ambientais .......................................................................... 82 
Sumário ........................................................................................................................... 83 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 83 
Exercícios ........................................................................................................................ 84 
Unidade temática 3.3. Exercícios do tema ......................... Erro! Marcador não definido. 
TEMA – V: Funções da Administração 87 
Unidade Temática 5.1. Função de Planeamento ............................................................ 87 
Introdução ....................................................................................................................... 87 
5.1.1 Conceito de Planeamento ............................................................................ 87 
5.1.2. Missão e objectivos ............................................................................. 88 
5.1.2.1. A Missão ................................................................................................... 88 
5.1.2.2. Os Objectivos ............................................................................................ 89 
Características dos objectivos ...................................................................... 89 
5.1.3. Princípios do planeamento ................................................................................... 90 
5.1.4. Níveis de planeamento ................................................................................ 90 
5.1.5. O Plano ........................................................................................................ 91 
5.1.5.1. Tipos de planos ......................................................................................... 91 
5.1.6. O planeamento estratégico ......................................................................... 92 
5.1.6.1. Etapas do planeamento estratégico ........................................................ 92 
5.1.6.2. Análise SWOT ........................................................................................... 93 
5.1.7. O plano estratégico ..................................................................................... 94 
Sumário ........................................................................................................................... 94 
Exercícios de Auto-Avaliação .......................................................................................... 95 
Exercícios ........................................................................................................................ 96 
UNIDADE Temática 5.2. Função Organização ................................................................. 97 
Introdução ....................................................................................................................... 97 
5.2.1.Conceito de Organização ....................................................................................... 97 
5.2.2. Princípios de organização, como função administrativa ............................ 98 
5.2.3.1. Funções ..................................................................................................... 99 
5.2.3.1. Departamentalização ............................................................................... 99 
5.2.3.3. A diferenciação ....................................................................................... 102 
5.2.4. Responsabilidade, Autoridade e Delegação ..............................................103 
5.2.4.1. A responsabilidade ................................................................................. 103 
5.2.4.2. A autoridade ........................................................................................... 103 
5.2.4.3. Delegação ............................................................................................... 104 
5.2.5. A autoridade de linha, staff e funcional .................................................... 104 
5.2.5.1. A autoridade de linha ............................................................................. 104 
 
vi 
 
5.2.5.1. A autoridade de staff .............................................................................. 105 
5.2.5.3. A autoridade funcional ........................................................................... 106 
5.2.6. Centralização e descentralização .............................................................. 107 
5.2.6.1. Centralização .......................................................................................... 107 
5.2.6.2. Descentralização .................................................................................... 107 
5.2.7. Estruturas organizacionais ........................................................................ 108 
5.2.8. Tipos de estruturas .................................................................................... 109 
Sumário ......................................................................................................................... 111 
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 112 
Exercícios ...................................................................................................................... 113 
UNIDADE Temática 5.3. Função Direcção ..................................................................... 114 
Introdução ..................................................................................................................... 114 
5.3.1.Conceito da função Direcção ............................................................................... 114 
5.3.2. Questões de poder e autoridade .............................................................. 115 
5.3.2.1. Conceitos de poder, autoridade e influência ......................................... 115 
5.3.2.2. Formas de Autoridade ............................................................................ 115 
5.3.2.3. Fontes e diferentes tipos de poder ........................................................ 116 
5.3.2.4. O uso do poder nas instituições ............................................................. 117 
5.3.3. Teorias e Estilos de Liderança ................................................................... 118 
5.3.3.1. Conceitos de Líder e Liderança............................................................... 118 
5.3.3.2. Tipos de Líderes ...................................................................................... 119 
5.3.3.3. Teorias de Liderança .............................................................................. 119 
5.3.3.4. Estilos de Liderança ................................................................................ 120 
5.3.4. Comunicação em Administração ............................................................... 121 
5.3.4.2. Processo de Comunicação ...................................................................... 122 
5.3.4.3. Formas e Canais de Comunicação .......................................................... 123 
5.3.4.4 Barreiras à Comunicação ......................................................................... 124 
5.3.5. A Motivação ....................................................................................... 125 
5.3.5.2. O ciclo motivacional ............................................................................... 126 
5.3.5.3. A teoria das Necessidades Humanas ..................................................... 127 
5.3.5.4. A teoria dos dois factores ....................................................................... 129 
5.3.5.5. O modelo contingencial ......................................................................... 130 
5.3.5.6. A teoria de Expectativa .......................................................................... 131 
5.3.6. Gestão de Conflitos ................................................................................... 132 
5.3.6.1. Conceito de conflito ............................................................................... 132 
5.3.6.2. Causas antecedentes desencadeantes do conflito ................................ 132 
5.3.6.3. Tipos de conflitos ................................................................................... 133 
5.3.6.4. Níveis de gravidade do conflito .............................................................. 134 
5.3.6.5. Técnicas para gerir conflitos................................................................... 134 
5.3.6.6. Estratégias para a resolução de conflitos ............................................... 135 
5.3.6.7. O valor do conflito .................................................................................. 136 
5.3.7.O processo de tomada de decisão ............................................................. 137 
5.3.7.1. Conceito de decisão ............................................................................... 137 
5.3.7.2 Áreas de decisão ...................................................................................... 138 
5.3.7.3. Tipos de decisões ................................................................................... 138 
5.3.7.4. Modelos de tomada de decisão ............................................................. 138 
5.3.7.5. Certeza, incerteza e risco associado à decisão ...................................... 140 
 
vii 
 
5.3.7.6. Factores condicionantes da tomada de decisões .................................. 141 
5.3.7.7. Tomada de decisões em grupo .............................................................. 141 
5.3.7.8. Técnicas de tomada de decisões em grupo ........................................... 142 
Sumário ......................................................................................................................... 144 
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 145 
Exercícios ...................................................................................................................... 148 
UNIDADE Temática 5.4. Função Controlo..................................................................... 149 
Introdução ..................................................................................................................... 149 
5.4.1. Conceito de Controlo .......................................................................................... 149 
5.4.2. Processo de controlo ................................................................................. 151 
5.4.3. Meios de controlo ..................................................................................... 152 
5.4.4. Tipos de controlo ....................................................................................... 152 
5.4.5. Reacções negativas ao controlo ................................................................ 154 
5.4.6. Acção disciplinar ........................................................................................ 155 
Sumário ......................................................................................................................... 156 
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 156 
Exercícios ...................................................................................................................... 157 
TEMA – VI: Sistemas de Informação 159 
Unidade Temática 6.1. Sistemas de Informação ..........................................................159 
Introdução ........................................................................................................... 159 
Sumário ......................................................................................................................... 168 
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 169 
Exercícios ...................................................................................................................... 170 
Unidade Temática 6.2.Exercícios do tema ................................................................... 171 
TEMA – VII: Gestão Funcional da Empresa 172 
Unidade Temática 7.1. Gestão de funcional da empresa ............................................. 172 
Introdução ........................................................................................................... 172 
7.1.1.As áreas funcionais da empresa ................................................................. 172 
7.1.2. A Gestão do Marketing.............................................................................. 173 
7.1.2.1.As actividades que integram o Marketing .............................................. 174 
7.1.2.2.Marketing Mix ......................................................................................... 174 
7.1.2.Gestão de produção e de stocks ................................................................ 175 
7.1.2.1.A organização dos sistemas produtivos .................................................. 175 
7.1.2.2. A Gestão dos stocks ................................................................................ 175 
Sumário ......................................................................................................................... 177 
Exercícios de Auto-Avaliação ........................................................................................ 178 
Exercícios ...................................................................................................................... 179 
Exercícios do final do módulo ....................................................................................... 180 
Bibliografia .................................................................................................................... 182 
 
 
9 
 
Visão geral 
Bem-vindo ao Módulo de Fundamentos de 
Administração 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Fundamentos de 
Administração deverás ser capaz de: desenvolver a capacidade de 
conceptualização de problemas básicos que os actores 
organizacionais frequentemente têm de enfrentar. Também terás 
uma visão global do que é uma organização e sua evolução, 
através do estudo das funções da empresa. 
 
 
Objectivos 
Específicos 
 Conhecer a evolução histórica da Administração. 
 Conceituar Administração. 
 Estudar cada Escola da Administração. 
 Entender as funções precípuas e as organizacionais da 
Administração. 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 1º ano do curso de 
licenciatura em Contabilidade e Auditoria do ISCED e outros como 
Gestão de Recursos Humanos, Administração, etc. Poderá ocorrer, 
contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar 
seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-vindos, não 
sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o 
manual. 
 
10 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Fundamentos de Administração, para estudantes 
do 1º ano do curso de licenciatura em Contabilidade e Auditoria, à 
semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado como se 
segue: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta 
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como 
componente de habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas visualizadas por 
um sumário. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. No final de cada unidade 
temática ou do próprio tema, são incorporados antes exercícios de 
auto-avaliação, só depois é que aparecem os de avaliação. Os 
exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos, Problemas não resolvidos e actividades 
práticas, algumas incluindo estudo de casos. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED pensando em si, 
num cantinho, mesmo o recôndito deste nosso vasto Moçambique 
e cheio de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, 
apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu 
módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza nas 
bibliotecas física e virtual do seu centro de recursos mais material 
de estudos relacionado com o seu curso como: Livros e/ou 
módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste material físico ou 
eletrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma 
digital moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus 
estudos. 
 
 
11 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de Auto-avaliação para este módulo encontram-se no 
final de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresentam duas características: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de 
campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de 
correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame 
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os 
exercícios de avaliação é uma grande vantagem. 
 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-
pedagógica. Pode ser que graças as suas observações, o próximo 
módulo venha a ser melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar 
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar 
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, 
uma mudança de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste capítulo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando 
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos 
que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos 
estudos, procedendo como se segue: 
 
12 
 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e 
assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou 
as de estudo de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando estudar como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de 
estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: 
Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outrolugar? Estudo 
melhor à noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da 
semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num 
sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em 
cada hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido 
estudado durante um determinado período de tempo; Deve 
estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao 
seguinte quando achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler 
e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos 
conteúdos de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso 
(chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja que 
durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos 
das actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado 
volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, 
criando interferência entre os conhecimentos, perde sequência 
lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai 
em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
 
13 
 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, 
estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área 
em que está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis 
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas 
trocadas ou invertidas, etc.). Nestes casos, contacte os serviços de 
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), 
via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta 
participando a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, 
estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff 
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
 
14 
 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida 
em que permite-lhe situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um 
autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autorias devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja 
uma avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, 
propriedade intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
 
15 
 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentado de 
avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 
17 
 
TEMA – I: Bases Históricas 
UNIDADE Temática 1.1 . Antecedentes históricos da Administração 
UNIDADE Temática 1.2 . Exercicios do Tema 
Unidade Temática 1.1. Antecedentes Históricos da Administração 
 
Introdução 
Vai-se iniciar o estudo da 1ª unidade da disciplina de Fundamentos de 
Administração. Nesta, conhecerá as bases históricas que marcaram o 
surgimento da administração. Os primeiros passos e influência que 
sofreu no seu percurso de formação. 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Conhecer as bases que influenciaram o surgimento da 
Administração 
Entender as influências dos filósofos no pensamento 
Administrativo; 
 Explicar a contribuição das organizações para o surgimento da 
Administração 
 Saber a influência da revolução industrial para o advento da 
administração. 
 
 
1.1.1. Antecedentes históricos 
da Administração 
 
A história da administração é recente. No decorrer da toda história da 
humanidade se desenvolveu com uma lentidão impressionante. 
Somente a partir do séc. XX é que ela surgiu e explodiu em um 
desenvolvimento de notável pujança e inovação. Uma das razões para 
tanto é que nos dias de hoje a sociedade típica dos países 
desenvolvidos é uma sociedade pluralista de organizações na qual a 
maior parte das obrigações sociais (como a produção de bens ou 
serviços em geral) é confiada a organizações (como indústrias, 
universidades e escolas, hospitais, etc.) que precisam ser 
administradas para se tornarem mais eficientes e eficazes. 
As organizações eram poucas e pequenas, predominavam as pequenas 
oficinas, artesões independentes, pequenas escolas, profissionais 
autónomos. 
 
18 
 
O pensamento administrativo foi fortemente influenciado pelos 
filósofos gregos, como Platão (429 a. C. – 347 a. C.) discípulo de 
Sócrates, e Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.), discípulo de Platão. 
(CHIAVENATO, 2003) 
 
1.1.2. Influência dos filósofos 
O pensamento administrativo foi fortemente influenciado pelos 
filósofos gregos, como Platão (429 a. C. – 347 a. C.) discípulo de 
Sócrates, e Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.), discípulo de Platão. 
(CHIAVENATO, 2003) 
 
Os três filósofos tiveram contribuições muito importantes para o 
pensamento administrativo do Século XX. O principal discípulo de 
Sócrates, Platão, preocupou-se com aspectos deficientes e 
problemáticos referentes à natureza política e socioculturais 
relacionados ao desenvolvimento da comunidade grega. 
Marcadamente questionador, foi corajoso em sua obra “A República”, 
onde propõe um movimento de democracia administrativa, inclusive 
das contas e impostos públicos. 
 
Por sua vez, Aristóteles, discípulo de Platão, teve papel importante na 
história do pensamento administrativo ao impulsionar o pensamento 
da Filosofia, Cosmologia, Nosologia, Metafísica, Lógica e Ciências 
Naturais (CHIAVENATO, 2003), possibilitando as perspectivas 
consideradas de vanguarda do conhecimento humano. Em sua 
principal obra “Política” estudou a organização do Estado, 
diferenciando as três formas de administração pública: 
 
 
 
Durante os séculos que vão da antiguidade ao início da idade média, a 
filosofia voltou-se para um leque variado de questionamentos e 
problemas e, assim, afastados e do pensamento e problemas de 
ordem administrativa. Porém, outros filósofos, não menos 
importantes, legaram importantes contribuições para a formação do 
 
19 
 
pensamento administrativo. Os principais serão relatados logo abaixo: 
Francis Bacon (1561 – 1626): filósofo e estadista inglês, considerado 
um dos pioneiros do pensamento científico moderno, fundador da 
Lógica Moderna baseado no método experimental e indutivo (do 
específico para o geral) CHIAVENATO (2003). 
 
Bacon ocupa-se em mostrar a prática da separação do método 
experimental e indutivo, demonstrando preocupação à importância da 
separação experimental do que é acidental ou acessório. 
 Bacon foi pioneiro ao antecipar o princípio da Administração 
“prevalência do principal sobre o acessório”. 
 
René Descartes (1596 – 1650): filósofo, matemático e físico francês, 
considerado fundador da Filosofia contemporânea é responsável pela 
criação das coordenadas cartesianas, impulsionando a Matemática e a 
Geometria da época. Na esfera da filosofia, foi celebrizado pela sua 
obra “O Discurso do Método”, onde faz uma descrição minuciosa dos 
principais preceitos do seu método filosófico, hoje denominado 
“método cartesiano”. 
 
O método cartesiano teve influência decisiva na administração: a 
administração científica, as teorias clássicas e neoclássicas tiveram 
muitos de seus princípios baseados na metodologia cartesiana. 
(CHIAVENATO, 2003) 
 
Princípios da moderna administração, como: A divisão do Trabalho, do 
Controle e da Ordem estão contidas nas ideias cartesianas. 
 
Thomas Hobes (1588 – 1679): filósofo e teórico político inglês, 
demonstrou convicção ao defender um governo absoluto, isso, por 
causa de sua visão pessimista da humanidade. 
 
Hobes acreditava que, sem a presença do governo, o homem tende a 
viver em permanente guerra e em intermináveis situações de conflito, 
isso, apenas, para manter-se em uma situação de sobrevivência. 
 
Em sua mais famosa obra, Leviatã ou matéria, forma e poder de um 
Estado eclesiástico e civil, Hobes parece querer denunciar uma atitude 
de descaso e até omissão por parte da sociedade em relação aos seus 
direitos naturais de um governo que, investido do poder a ele 
conferido, impõe a ordem, organiza a vida social e garante a paz 
(CHIAVENATO, 2003). 
 
De acordo com os escritos do Leviatã, o Estado firmou um pacto com a 
sociedade, pacto este que, ao crescer, alcança a condição de gigantes 
do capital, nas palavras do autor, “dimensões de um dinossauro”, 
dinossauro que é capaz de ultrapassar a barreira da ameaça. 
Administração à liberdade dos cidadãos, este dinossauro é o Leviatã. 
 
 
20 
 
Um outro importante teórico que tratou do tema é Jean-Jacques 
Rosseau (1927-1778), que, ao desenvolver a teoria do contrato social 
afirma: o Estado surge de um acordo de vontades. 
 
O Contrato Social é um acordo entre os membros de uma sociedade 
pelo qual reconhecem a autoridade igual sobre todos de um regime 
político, governante ou de um conjunto de regras. Rosseau assevera 
que o homem é bom e afável por natureza e a vida em sociedade o 
deturpa. 
 
Dos representantes da filosofia mais celebrados pelos partidos 
vermelhos – partidos comunistas – estão Karl Marx (1818 – 1883) e 
Friedrich Engels (1820 – 1895). Os filósofos, Historiadores, 
economistas e políticos, alemães, de acordo com Matos (1999), foram 
os criadores de uma importante corrente de pensamento que visava a 
transformação da sociedade, tendo a sua obra implicações no campo 
educativo. Grande parte dos seus livros foi escrita em co - autoria. A 
designação “marxismo” acentua a importância de Karl Marx, no 
contexto desta corrente de pensamento em relação a Friedrich Engels. 
A contribuição de Marx e Engels para o pensamento administrativo 
teve como centro uma teoria da origem económica do Estado, onde o 
poder político e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação 
económica do homem pelo homem (BERMAN, ano, p). O Estado vem a 
ser uma ordem coactiva imposta por uma classe social exploradora. 
 
A principal obra de Marx e Engels foi o Manifesto comunista, onde 
afirmam que a história da humanidade é uma história de luta de 
classes (CHIAVENATO, 2001, p. 40). Homens livres e escravos, patrícios 
e plebeus, nobres e servos, mestres e artesãos, em uma palavra, 
exploradores e explorados, sempre mantiveram uma luta, oculta e 
manifesta. 
 
Marx afirmou que os fenómenos históricos são o produto das relações 
económicas de exploração do homem pelo homem, geradora do 
poder político do Estado, que vem a ser uma ordem coactiva imposta 
por uma classe social exploradora. 
 
O Marxismo foi a primeira ideologia a afirmar o estudo das leis 
objectivas do desenvolvimento económico da sociedade, em oposição 
aos ideais metafísicos. 
 
Abaixo, pode-se ler um importante trecho do Manifesto Comunista 
que aborda como o mercado pode ser volátil – TUDO O QUE É SÓLIDO 
SE DESMANCHA NO AR e, assim, direccionar o homem para o destino 
que estes actores hegemónicos almejam, desconsiderando qualquer 
que seja a opinião ou opção do maior envolvido nas relações de poder 
entre o Estado e a Sociedade – TUDO O QUE ERA SAGRADO É 
PROFANO. 
 
 
21 
 
Nicolau Maquiavel (1469 – 1527): historiador e filósofo político 
italiano, no seu livro mais famoso, “O Príncipe” (escrito em 1513 e 
publicado em 1532) refere-seà forma de como um governante deve 
se comportar. Maquiavel pode ser entendido “como um analista do 
poder e do comportamento dos dirigentes em organizações 
complexas”. Certos princípios simplificados que sofreram 
popularização estão associados a Maquiavel (observe-se o adjectivo 
maquiavélico). 
 
Como fonte de origem da administração, várias foram as contribuições 
nos pensamentos e teorias aplicadas e utilizadas até hoje. A sociedade 
humana é feita de organizações e essas de pessoas com ideias, 
sentimentos, pensamentos, aspirações e de todo um conjunto de 
acções que viabilizam a existência da sociedade; por essa razão as 
contribuições foram e serão importantes na formação da sociedade 
moderna. 
 
A administração por reunir várias outras ciências, capaz de criar 
ferramentas e subsídios na modelagem da sociedade e essas, 
fornecem às organizações, que, por sua vez, geram os meios de 
subsistência para as pessoas, como, por exemplo, a moeda de troca do 
trabalho, que é o salário, tão importante para subsidiar as 
necessidades do trabalhador e dos seus. Por sua vez, é essa fonte de 
renda gerada pelas organizações que será a base para manter uma 
estabilidade cíclica económica na sociedade. 
 
1.1.3. Outras contribuições importantes 
 
 Contribuição das Organizações 
Duas instituições desempenharam um papel fundamental na história, 
tendo se tornado numa referência importante na evolução da história 
da Administração. Tais instituições são: a Igreja Católica Romana e a 
Organização Militar. 
i. A Igreja Católica Romana celebrizou-se por possuir uma 
organização formal simples, mas eficiente, tendo exercido 
uma grande influência para o surgimento da Administração 
Clássica. 
ii. A organização Militar deu uma valiosa contribuição à 
moderna Administração, destacando-se de entre várias, as 
seguintes acções: 
 Organização linear, que sustenta o princípio da unidade 
de comando; 
 Princípio da centralização de comando e 
descentralização da execução; 
 Criação do Estado-maior (Staff), para assessorar o 
comando com responsabilidade de linha; 
 Princípio da direcção e disciplina; e 
 Conceito do pensamento estratégico, segundo o qual, o 
Administrador deve 
 
22 
 
estar preparado para lidar com incertezas, devendo por 
isso, planificar tendo em conta essa realidade. 
 
 Contribuição da Revolução Industrial 
CHIAVENATO (2000) indica que, como consequência da Revolução 
Industrial que se deu na Inglaterra nos finais do século XVIII, verificou-
se: 
 O crescimento acelerado e desorganizado das 
empresas, que exigiu uma Administração científica, 
capaz de substituir o empirismo e a improvisação; e 
 A necessidade de maior eficiência e produtividade das 
empresas para fazer face à concorrência e competição 
no mercado. 
 
Foi assim que os proprietários das empresas passaram a empregar 
indivíduos hábeis, de forma a suprir as suas deficiências na 
planificação, operação e controlo da produção. Assim, surgiu o 
Administrador profissional, caracterizado por ser técnico e não 
necessariamente proprietário do capital investido. 
 
CHIAVENATO (2000) acrescenta que é neste ambiente que surge no 
século XX a moderna Administração quando dois engenheiros 
publicaram as suas experiências. Trata-se do americano Frederick 
Winslow Taylor (1856-1915), o criador da Teoria da Administração 
Científica e do francês Henri Fayol (1841-1925), o criador da Teoria 
Clássica da Administração. 
Sumário 
 
Na unidade que acabamos de analisar, aprendeu que a administração 
é uma prática bastante antiga, que surgiu desde que o homem 
começou a realizar actividade organizada e consciente, mas como 
ciência, ela é recente, tendo somente aparecido no século XX. Para o 
surgimento da ciência da administração e da sua consequente 
modernização, tiveram destaque as grandes contribuições da Filosofia; 
da organização militar e da Igreja Católica; e da Revolução Industrial. A 
revolução Industrial permitiu que os donos das empresas contassem 
com indivíduos hábeis para os ajudar a gerir os seus negócios. São 
esses indivíduos que estiveram na origem da criação das primeiras 
teorias administrativas. 
Exercícios de Auto-Avaliação 
1. Indique os filósofos gregos que influenciaram o pensamento 
administrativo. 
 
23 
 
Resposta: Sócrates, Platão e Aristóteles. 
2. Explique, como foi a contribuição de Platão em a república 
para o pensamento Administrativo. 
Resposta: Na sua obra “a Republica”, Platão propõe um 
movimento de democracia administrativa, inclusive das contas e 
impostos públicos. 
3. Identifique os conceitos ligados a organização para o advento 
da administração. 
Resposta: organização formal, Organização linear, Princípio da 
centralização e descentralização, Staff, responsabilidade de linha; 
Princípio da direcção e disciplina, pensamento estratégico, 
incertezas. 
4. Explique as mudanças provocadas como resultado da eclosão 
da Revolução Industrial. 
Resposta: 
 O crescimento acelerado e desorganizado das 
empresas, que exigiu uma Administração científica, 
capaz de substituir o empirismo e a improvisação; e 
 A necessidade de maior eficiência e produtividade das 
empresas para fazer face à concorrência e competição 
no mercado. 
5. Diferencie o método dedutivo do indutivo. 
Resposta: indutivo – as suas conclusões partem do específico para 
o geral, enquanto o método dedutivo tem inferências que partem 
do geral ao específico. 
6. Aristóteles diferenciou 3 formas de administração pública. 
Enuncie-as. 
Respostas: As três formas de administração pública: Monarquia, 
Aristocracia e Democracia. 
Exercícios 
1. Pesquise sobre as práticas de administração nas grandes 
civilizações antigas, nomeadamente, a Suméria, a 
Mesopotâmia e o Egipto. 
2. Pesquise sobre o contributo da Economia para a actual 
administração 
3. Fale do método cartesiano e sua influência no pensamento 
administrativo 
4. Diferencie as formas de governo: Monarquia, Aristocracia e 
Democracia. 
5. Comente acerca da revolução industrial e a Administração 
cientifica 
6. Fale da contribuição da igreja católica romana. 
 
24 
 
 
 
TEMA –II: Evolução Histórica da Administração 
Unidade temática 2.1 . As abordagens clássica, 
Unidade temática 2.2. As abordagens humanista 
Unidade Tematica 2.3. organizacional e comptemporanea. 
Unidade Tematica 2.4. Exercicios do Tema II 
Unidade Temática 2.1. As abordagens clássicas 
 
Introdução 
Vai-se iniciar o estudo da 2ª unidade do tema II, onde irá conhecer 
todo o pacote da evolução história da administração e as principais 
abordagens de administração, desde os tempos mais recuados. 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Compreender a teoria clássica da administração no geral 
 Explicar teoria da administração científica e a teoria clássica 
 Apontar aspectos ligados a Taylor e Henri Fayol 
 Desenvolver o pensamento administrativo de Taylor 
 Entender as mais recentes abordagens da administração 
clássica de Fayol 
 
 
2.1.1. Teorias Administrativas 
 
A teoria administrativa ou teoria geral da administração, de acordo 
com CHIAVENATO (2003) pode ser resumida em 7 abordagens, cada 
uma realçando e enfatizando um aspecto importante da 
administração, que são: 
 Abordagem clássica: preocupa-se com a organização das 
tarefas e com a estrutura organizacional da empresa. 
Encontramos nesta abordagem a teoria da administração 
científica e a teoria clássica da administração; 
 Abordagem humanista: preocupada com as pessoas, os grupos 
sociais e a organização informal. Encontramos nesta, a teoria 
das relações humanas. 
 Abordagem neoclássica: preocupa-se com a administração por 
 
25 
 
objectivos. Encontramos a teoria Neoclássica da 
Administração. 
 Abordagem estruturalista: preocupa-se com os aspectos 
internos da organização e, recentemente, também com os 
aspectos externos. Encontramos nesta abordagem as teorias 
da burocracia e estruturalista; 
 Abordagem comportamental: preocupa-se com o 
comportamento global da empresa.Encontramos nesta 
abordagem a teoria comportamental da Administração e a 
teoria do desenvolvimento organizacional (DO). 
 Abordagem sistémica: aborda a empresa como um sistema 
aberto, em contínua interacção com o meio ambiente. 
Encontramos nesta abordagem a teoria Matemática da 
Administração, a tecnologia e Administração e a teoria dos 
sistemas. 
 Abordagem contingencial: aborda a empresa e a sua 
administração como variáveis dependentes do que ocorre no 
meio externo. Encontramos a teoria contingencial da 
administração. 
 
 
 2.1.2.A abordagem clássica da administração 
 
Segundo CHIAVENATO (2003), esta abordagem é a primeira tentativa 
de aplicação de métodos científicos na administração e divide-se em 
duas teorias, que são: da administração científica; e clássica. 
 
2.1.2.1. A Teoria de administração Cientifica 
 
2.1.2.1.1. Frederick W. Taylor 
A abordagem básica da Escola da Administração Científica é a ênfase 
colocada nas tarefas. O nome Administração Científica é devido à 
tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da 
Administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial. Os 
principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da 
Administração são: a observação e a mensuração. 
A Escola da Administração Científica foi iniciada no começo deste 
século pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor, considerado o 
fundador da moderna TGA. Taylor teve inúmeros seguidores, como 
Ford e Emerson, e provocou uma verdadeira revolução no 
pensamento administrativo e no mundo industrial de sua época. A 
preocupação original foi eliminar o fantasma do desperdício e das 
perdas sofridas pelas indústrias e elevar os níveis de produtividade por 
meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial, era 
necessária a organização da tarefa, isto é, com a realização do 
trabalho dos operários, por isso, se chamou de analítica e concreta. 
 
26 
 
 
 
Foto 1. Frederick Winslow Taylor (1856-1915), o criador da Teoria 
Cientifica de Administração, considerado pai da Administração. 
1. Primeiro Período de Taylor: 
Ao lançar seu primeiro livro, Administração de Oficinas (1903), Taylor 
publica suas primeiras ideias sobre a Administração Científica 
(CHIAVENATO, 2003): 
1. O objectivo da Administração é pagar salários melhores e 
reduzir custos unitários de produção; 
2. Para realizar tal objectivo, a Administração deve aplicar 
métodos científicos de pesquisa e experimentos para formular 
princípios e estabelecer processos padronizados que permitam 
o controlo das operações fabris; 
3. Os empregados devem ser cientificamente colocados em seus 
postos com materiais e condições de trabalho adequadas para 
que as normas possam ser cumpridas; 
4. Os empregados devem ser cientificamente treinados para 
aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa para que a 
produção normal seja cumprida; 
5. A Administração precisa criar uma atmosfera de íntima e 
cordial cooperação com os trabalhadores, para garantir a 
permanência desse ambiente psicológico. 
2. Segundo Período de Taylor: 
Esta fase corresponde à publicação de seu outro livro, Princípios da 
Administração Científica (1911), onde conseguiu identificar os 
principais problemas das empresas da época: 
1. Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção 
a cerca de um terço da que seria normal. Existem 3 causas 
determinantes da vadiagem no trabalho: 
 O engano espalhado entre os trabalhadores de que o maior 
rendimento do homem e da máquina provoca desemprego 
 
27 
 
de operários; 
 O sistema defeituoso de Administração que força os 
operários à ociosidade no trabalho; 
 Os métodos ineficientes utilizados nas empresas, com os 
quais o operário desperdiça grande parte de seu tempo e 
esforço. 
2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do 
tempo necessário para sua realização; 
3. Falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho. 
Para sanar esses problemas, Taylor idealizou a organização racional do 
trabalho (ORT) como uma primeira tentativa de aplicar métodos 
científicos à administração. 
 
2.1. Administração como Ciência 
 
 
 
 
Segundo CHIAVENATO (2003), Para Taylor, a 
organização e a Administração devem ser estudadas e tratadas 
cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder 
lugar ao planeamento e o empirismo à ciência: a Ciência da 
Administração. Como pioneiro, o mérito de Taylor reside em sua 
contribuição para encarar sistematicamente o estudo da organização. 
O fato de ter sido o primeiro a fazer uma análise completa do 
trabalho, inclusive dos tempos e movimentos, de estabelecer padrões 
de execução, treinar os operários, especializar o pessoal, inclusive a 
direcção, instalar uma sala de planeamento, em resumo, assumir uma 
atitude metódica ao analisar e organizar a unidade fundamental de 
trabalho, adoptando esse critério até o topo da organização, tudo isso 
eleva Taylor a uma altura não comum no campo da organização. 
A Administração Científica é uma combinação de: “Ciência em lugar de 
empirismo. Harmonia em vez de discórdia. Cooperação e não 
individualismo. Rendimento máximo em lugar de produção reduzida. 
Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiência e 
prosperidade.” 
Embora Taylor se preocupasse mais com a filosofia – com a essência 
da ideia – que exige uma revolução mental tanto da parte da direcção 
como da parte dos operários, a tendência de seus seguidores foi uma 
preocupação maior com técnicas do que a filosofia da Administração 
Científica. 
 
28 
 
O principal objectivo da Administração é assegurar o máximo de 
prosperidade ao padrão e, ao mesmo tempo, o máximo de 
prosperidade ao empregado. O princípio da máxima prosperidade 
para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o 
empregado deve ser os dois fins principais da Administração. Assim, 
deve haver uma identidade de interesses entre empregados e 
empregadores. 
2.2. Organização Racional do Trabalho (ORT): 
CHIAVENATO (2003), ainda afirma que Taylor verificou que os 
operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por 
meio da observação dos companheiros vizinhos. Notou que isso levava 
a diferentes métodos para fazer a mesma tarefa e uma grande 
variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada 
operação. 
Com a Administração Científica ocorre uma repartição da 
responsabilidade: a administração (gerência) fica com o planeamento 
(estudo do trabalho do operário e o estabelecimento do método de 
trabalho) e a supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante 
a produção) enquanto o trabalhador fica somente com a execução do 
trabalho. 
A organização racional do trabalho se fundamenta em: 
1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos; 
2. Estudo da fadiga humana; 
3. Divisão do trabalho e especialização do operário; 
4. Desenho de cargos e de tarefas; 
5. Incentivos salariais e prémios de produção; 
6. Condições ambientais de trabalho, como iluminação, 
conforto etc.; 
7. Padronização de métodos e de máquinas; 
8. Supervisão funcional. 
2.3. Princípios da Administração Científica de Taylor: 
Segundo ainda CHIAVENATO (2003), para Taylor, a gerência deve 
seguir quatro princípios a saber: 
1. Princípio de planeamento: Substituir no trabalho o critério 
individual do operário, a improvisação e actuação empírica-
prática, por métodos baseados em procedimentos 
científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através 
do planeamento do método de trabalho; 
2. Princípio de preparo: Seleccionar cientificamente os 
 
29 
 
trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e 
treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o 
método planejado. Preparar também máquinas e 
equipamentos através do arranjo físico e disposição 
racional das ferramentas e materiais; 
3. Princípio do controle: Controlar o trabalho para se certificar 
de que este está sendo executado de acordo com osmétodos estabelecidos e segundo o plano previsto. A 
gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a 
execução seja a melhor possível; 
4. Princípio da execução: Distribuir distintamente atribuições 
e responsabilidades para que a execução do trabalho seja 
disciplinada. 
Com estes princípios, Taylor introduziu as 4 funções da administração, 
a saber: o planeamento, a organização, a direcção e o controlo. 
 
2.4. Outras ideias de Taylor: 
Além dos quatro princípios explícitos que vimos agora, Taylor divulgou 
e defendeu diversas outras ideias muito importantes, e muitas 
praticadas até hoje: 
1. Estudar o trabalho dos operários, decompondo em seus 
movimentos elementares e cronometrando para, após uma 
análise cuidadosa, eliminar ou reduzir os movimentos 
inúteis e racionalizar os movimentos úteis; 
2. Estudar cada trabalho antes de fixar o modo como deverá 
ser executado; 
3. Seleccionar cientificamente os trabalhadores de acordo 
com as tarefas que serão atribuídas; 
4. Dar aos trabalhadores instruções técnicas sobre o modo de 
trabalhar, ou seja, treiná-los adequadamente; 
5. Separar as funções de preparo e as de execução, com 
atribuições precisas e delimitadas; 
6. Especializar e treinar os trabalhadores, tanto no preparo e 
no controle do trabalho quanto em sua execução; 
7. Preparar a produção, ou seja, planeá-la e estabelecer 
prémios e incentivos para quando forem atingidos os 
padrões estabelecidos e prémios e incentivos maiores para 
quando os padrões forem ultrapassados; 
8. Padronizar utensílios, materiais, maquinário, equipamento 
e métodos e processos de trabalho a serem utilizados; 
9. Dividir proporcionalmente (entre a empresa, accionistas, 
 
30 
 
trabalhadores e consumidores) as vantagens resultantes do 
aumento da produção proporcionado pela racionalização; 
10. Controlar a execução do trabalho, para manté-lo nos níveis 
desejados, aperfeiçoá-lo, corrigi-lo e premiá-lo; 
11. Classificar de forma prática e simples os equipamentos, 
processos e materiais a serem empregados ou produzidos, 
de forma a facilitar seu uso. 
 
Em suma, as ideias de Taylor podem-se sintetizar da seguinte 
maneira: 
 Aplicação do método científico para encontrar a única e 
melhor maneira de realizar o trabalho; 
 Selecção, de forma cientifica, dos trabalhadores que melhor 
desempenharão a tarefa; 
 Treino, educação e desenvolvimento dos trabalhadores de 
modo a melhor desempenharem as tarefas; 
 Interacção amigável e cooperação entre os gestores e os 
trabalhadores, mas com uma clara repartição dos deveres 
entre uns e outros. 
 
 2.1.2.1.2. Princípios de Eficiência de Emerson: 
Na óptica de CHIAVENATO (2003), Harrington Emerson (1853-1931) foi 
um engenheiro que simplificou os métodos de trabalho. Popularizou a 
Administração Científica e desenvolveu os primeiros trabalhos sobre 
selecção e treinamento de empregados. Os princípios de rendimento 
preconizados por Emerson são: 
1. Traçar um plano bem definido, de acordo com os 
objectivos; 
2. Estabelecer o predomínio do bom senso; 
3. Oferecer orientação e supervisão competentes; 
4. Manter disciplina; 
5. Impor honestidade nos acordos, ou seja, justiça social no 
trabalho; 
6. Manter registos precisos, imediatos e adequados; 
7. Oferecer remuneração proporcional ao trabalho; 
8. Fixar normas padronizadas para as condições de trabalho; 
9. Fixar normas padronizadas para o trabalho em si; 
10. Fixar normas padronizadas para as operações; 
11. Estabelecer instruções precisas; 
12. Oferecer incentivos ao maior rendimento e à eficiência. 
 
31 
 
 2.1.2.1.3.Princípios Básicos de Ford: 
Na perspectiva de CHIAVENATO (2003), provavelmente, o mais 
conhecido de todos os precursores da Administração Científica, Henry 
Ford (1863-1947) iniciou sua vida como mecânico. Projectou um 
modelo de carro e em 1899 fundou sua primeira fábrica de 
automóveis, que logo depois foi fechada. Sem desanimar, fundou, em 
1903, a Ford Motor Co. 
Sua ideia: popularizar um produto antes artesanal e destinado a 
milionários, ou seja, vender carros a preços populares, com assistência 
técnica garantida, revolucionando a estratégia comercial da época. 
Entre 1905 e 1910 Ford promoveu a grande inovação do século XX: a 
produção em massa. 
Embora não tenha inventado o automóvel nem mesmo a linha de 
montagem, Ford inovou na organização do trabalho: a produção de 
maior número de produtos acabados com a maior garantia de 
qualidade e pelo menor custo possível. 
E esta inovação teve maior impacto sobre a maneira de viver do 
homem do que muitas das maiores invenções do passado da 
humanidade. Em 1913 já fabricava 800 carros por dia. Em 1914, 
repartiu com seus empregados uma parte do controlo accionário da 
empresa. Estabeleceu o salário mínimo de cinco dólares por dia e 
jornada diária de oito horas, quando na época, a jornada variava entre 
dez e doze horas. Em 1926, já tinha 88 fábricas e empregava 150.000 
pessoas, fabricando 2.000.000 de carros por ano. Utilizou um sistema 
de final acabado, além da concentração horizontal através de uma 
cadeia de distribuição comercial por meio de agências próprias. Ford 
fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao constante 
aperfeiçoamento de seus métodos e processos de trabalho. 
A racionalização da produção proporcionou a linha de montagem, que 
permite a produção em série. Na produção em série ou em massa, o 
produto é padronizado, bem como o maquinário, material, mão-de-
obra e o desenho também, o que proporciona um custo mínimo. Daí, a 
produção em grandes quantidades, cuja condição precedente é a 
capacidade de consumo em massa, seja real ou potencial, na outra 
ponta. A condição-chave da produção em massa é a simplicidade. Três 
aspectos suportam o sistema: 
1. A progressão do produto através do processo produtivo é 
planejada, ordenada e contínua. 
2. O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixá-lo com a 
iniciativa de ir buscá-lo. 
3. As operações são analisadas em seus elementos constituintes. 
Ford adoptou três princípios básicos, a saber: 
1. Princípio de intensificação: Diminuir o tempo de duração, com 
o emprego imediato dos 
 
32 
 
equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do 
produto no mercado. 
2. Princípio de economicidade: Consiste em reduzir ao mínimo o 
volume do stock da matéria-prima em transformação, fazendo 
com que o automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o 
prazo de pagamento da matéria-prima adquirida e dos salários. 
A velocidade de produção deve ser rápida: “o minério sai da 
mina no sábado e é entregue sob a forma de um carro, ao 
consumidor, na terça-feira, à tarde”. 
3. Princípio de produtividade: Aumentar a capacidade de 
produção do homem no mesmo período (produtividade) por 
meio da especialização e da linha de montagem. O operário 
ganha mais e o empresário tem maior produção. 
 
O esquema se caracteriza pela aceleração da produção por meio de 
um trabalho ritmado, coordenado e económico. 
 
2.1.2.1.4. Apreciação crítica à teoria da administração científica 
De acordo com CHIAVENATO (2003), são méritos da teoria de 
administração científica, os seguintes: 
 Foi a primeira teoria a fazer uma análise completa do 
trabalho, a estabelecer padrões e a treinar os operários, 
usando a metodologia científica na administração. 
 
Aspectos negativos da teoria da administração científica 
1. Mecanicismo da administração científica: deu pouca atenção 
ao elemento humano; concebeu a organização como um 
arranjo rígido e estático de peças (teoria da máquina); abordou 
o homem como um instrumento passivo, capaz de executar o 
trabalho e receber ordens, mas sem poder de iniciativa; 
considerou que o empregado age motivado pelo interesse do 
quadro material e financeiro (homo económicus), sem levar em 
consideração outros factores motivacionais. 
 
2. Super especialização do operário: a especialização do operário 
por meio da divisão e da subdivisão de todas as operaçõesprivou os operários de satisfação do trabalho e violou a 
dignidade humana. 
 
3. Visão microscópica do homem: 
— Limitou-se às características físicas do corpo humano em 
trabalhos rotineiros com ênfase nos estudos dos movimentos e da 
fadiga, abordando seu trabalho como um processo acessório da 
máquina (teoria fisiológica da organização). 
 
4. Ausência de comprovação cientifica, 
— Os Tayloristas Utilizaram pouca pesquisa e experimentação 
 
33 
 
científica para comprovara as suas teses; 
 
5. Abordagem incompleta da organização: limitou-se apenas aos 
aspectos formais da organização, omitindo a organização informal 
e os aspectos humanos da organização. Também ignorou a vida 
social interna dos participantes da organização. 
 
6. A limitação do campo de aplicação: restringiu-se aos problemas 
de produção na fábrica, não considerando os demais aspectos da 
vida da organização, como financeiros, comerciais, logísticos, etc. 
 
7. Abordagem prescritiva e normativa: preocupação em prescrever 
princípios normativos que devem ser aplicados como receita em 
todas as situações. 
 
8. Abordagem de sistema fechado: visualiza somente aquilo que 
acontece dentro da organização, sem levar em conta o meio em 
que está situada. 
 
 
 2.1.2.2 A Teoria Clássica da Administração 
 
2.1.2.2.1. Henri Fayol 
Ainda na perspectiva de CHIAVENATO (2003), a teoria Clássica da 
Administração foi fundada com as ideias de Henri Fayol, que se 
preocupou basicamente com as funções organizacionais e a 
produtividade nas indústrias, isto é, com a eficiência das 
organizações através da sua estrutura (disposição dos órgãos 
componentes da organização). Ele desenvolveu a sua teoria numa 
perspectiva global (teoria geral), sendo os seus princípios destinados 
à organização como um todo. 
 
 
Foto 2. Henri Fayol (1841-1925) 
 
Henri Fayol (1841-1925), o fundador da Teoria Clássica, nasceu em 
Constantinopla e faleceu em Paris, vivendo as consequências da 
Revolução Industrial e, mais tarde, da Primeira Guerra Mundial. 
Formou-se em engenharia de minas e entrou para a empresa 
metalúrgica e carbonífera onde fez sua carreira. Fayol expôs sua Teoria 
 
34 
 
de Administração no livro Administration Industrielle et Générale, 
publicado em 1916. Seu trabalho, antes da tradução para inglês, foi 
divulgado por Urwick e Gulick, dois autores clássicos. 
1. Conceito de Administração por Fayol: 
Fayol define o acto de administrar como: prever, organizar, comandar, 
coordenar e controlar. As funções administrativas envolvem os 
elementos da Administração, isto é, as funções do administrador, a 
saber: 
1. Prever: Visualizar o futuro e traçar o programa de acção. 
2. Organizar: Constituir o duplo organismo material e social da 
empresa. 
3. Comandar: Dirigir e orientar o pessoal. 
4. Coordenar: Ligar, unir, harmonizar todos os actos e todos os 
esforços colectivos. 
5. Controlar: Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras 
estabelecidas e as ordens dadas. 
Estes são os elementos da Administração que constituem o chamado 
processo administrativo: são localizáveis no trabalho do administrador 
em qualquer nível ou área de actividade da empresa. Em outros 
termos, tanto o director, o gerente, o chefe, como o supervisor – cada 
qual em seu respectivo nível – desempenham de actividades de 
previsão, organização, comando, coordenação e controle, como 
actividades administrativas essenciais. 
Assim, as funções universais da Administração são: 
1. Previsão: Envolve a avaliação do futuro e o aprovisionamento 
em função dele. 
2. Organização: Proporciona todas as coisas úteis o 
funcionamento da empresa e pode ser dividida em organização 
material e organização social. 
3. Comando: Leva a organização a funcionar. Seu objectivo é 
alcançar o máximo retorno de todos os empregados no 
interesse dos aspectos globais. 
4. Coordenação: Harmoniza todas as actividades do negócio, 
facilitando seu trabalho e sucesso. Ela sincroniza coisas e 
acções em suas proporções certas e adapta os meios aos fins. 
5. Controle: Consiste na verificação para certificar se todas as 
coisas ocorrem em conformidade com o plano adoptado, as 
instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O 
objectivo é localizar as fraquezas e os erros no sentido de 
rectificá-los e prevenir a recorrência. 
 
 
35 
 
Fayol salienta que toda empresa apresenta seis funções, a saber: 
a) Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de 
serviços da empresa. 
b) Funções comerciais: relacionadas com a compra, venda e 
permutação. 
c) Funções financeiras: relacionadas com a procura e gerência de 
capitais. 
d) Funções de segurança: relacionadas com a protecção e preservação 
dos bens e das pessoas. 
e) Funções contábeis: relacionadas com inventários, registos, 
balanços, custos e estatísticas. 
f) Funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula 
das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e 
sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima 
delas. 
Com o anúncio destas funções, Fayol pretende mostrar que de todas 
as seis funções, as administrativas devem ter um tratamento especial, 
pois são elas que fazem que as demais funções sejam viabilizadas. 
 
2 Princípios da Administração Clássica 
 
Para os autores clássicos, o administrador deve obedecer a certas 
normas ou regras de comportamento, isto é, a princípios gerais que 
lhe permitam desempenhar bem as suas funções de planificar, 
organizar, dirigir, coordenar e controlar. Daí surgirem os chamados 
princípios gerais de administração ou simplesmente princípios de 
administração, desenvolvidos por quase todos autores clássicos, como 
normas ou leis capazes de resolver os problemas organizacionais. 
 
Por enquanto, nos interessam os 14 princípios de Fayol, que são os 
seguintes 
 Divisão do trabalho: Consiste na especialização das tarefas e 
das pessoas para aumentar a eficiência. 
 Autoridade e responsabilidade: Autoridade é o direito de dar 
ordens e o poder de esperar obediência. A responsabilidade é 
uma consequência natural da autoridade e significa o dever de 
prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si. 
 Unidade de comando: Cada empregado deve receber ordens 
de apenas um superior. É o princípio da autoridade única. 
 Unidade de direcção: Uma cabeça e um plano para cada 
conjunto de actividades que tenham o mesmo objectivo. 
 Disciplina: Depende da obediência, aplicação, energia, 
comportamento e respeito aos acordos estabelecidos. 
 Subordinação dos interesses individuais aos gerais: Os 
interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos interesses 
particulares das pessoas. 
 Remuneração: Deve haver justa e garantida satisfação para os 
empregados e para a organização em termos de retribuição. 
 
36 
 
 Centralização: Refere-se à concentração da autoridade no topo 
da hierarquia da organização. 
 Cadeia escalar: É a linha de autoridade que vai do escalão mais 
alto ao mais baixo em função do princípio do comando. 
 Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a 
ordem material e humana. 
 Equidade: Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do 
pessoal. 
 Estabilidade dos funcionários: A rotatividade do pessoal é 
prejudicial para a eficiência da organização. Quanto mais 
tempo uma pessoa permanecer no cargo, tanto melhor para a 
empresa. 
 Iniciativa: A capacidade de visualizar um plano e assegurar 
pessoalmente o seu sucesso. 
 Espírito de equipa: A harmonia e união entre as pessoas são 
grandes forças para a organização. 
2. Divisão do Trabalho e Especialização 
A organização se caracteriza por uma divisão do trabalho claramente 
definida. “A divisão do trabalho constitui a base da organização; na 
verdade, é a própria razão da organização.” A divisão do trabalho 
conduz à especialização e à diferenciação das tarefas, ou seja, à 
heterogeneidade. 
A ideia básica era a de que as organizações com maior divisão

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