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2012
TÓPICOS ESPECIAIS
Prof. Laurise Pugues
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof. Laurise Pugues
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
P978t
 Pugues, Laurise
 Tópicos especiais / Laurise Pugues. Indaial : Uniasselvi, 
2012.
 
 216 p. : il.
 Inclui bibliografia.
 ISBN 978-85-7830-519-2
 1. Contabilidade. I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
 CDD 657
III
ApresentAção
Caro (a) Acadêmico (a),
Apresentamos, neste Caderno de Estudos, temas específicos e 
importantes para os profissionais da área contábil, incluindo questões sobre 
ética, em especial, a profissional; além de algumas legislações específicas 
para a profissão. Abordamos também o Terceiro Setor e a responsabilidade 
social e ambiental. 
É muito importante conhecer os assuntos que serão tratados neste 
caderno, assuntos relacionados a questões éticas, pois no dia a dia, você poderá 
enfrentar situações que vão além do seu conhecimento técnico, envolvendo 
aspectos que dependem do seu entendimento pessoal sobre determinada 
situação. E para não incorrer em erros, você deve ter pleno conhecimento do 
Código de Ética Profissional do Contador, que lhe ajudará a tomar decisões, 
seguindo os preceitos éticos apresentados no referido Código e evitando que 
possa ser penalizado por condutas inadequadas.
Outro desafio para os profissionais da contabilidade é conhecer o 
Terceiro Setor, e saber que esse novo segmento está em crescimento e é uma 
nova oportunidade de atuação. Também é importante salientar que para o(a) 
contador(a) que possui conhecimento nas áreas de finanças, controladoria, 
custos, orçamento, entre outras, é possível prestar um serviço adequado às 
entidades sem finalidade de lucros, na sua atividade, auxiliando na prestação 
de contas e na tomada de decisão.
O(A) contador(a) tem que ter ainda o conhecimento da responsabilidade 
social e ambiental, que hoje está muito mais presente nas empresas, que estão 
cada vez mais preocupadas com a questão da sustentabilidade, e por isso, a 
necessidade de estar atento sobre essas questões. 
Portanto, caro(a) acadêmico(a), este Caderno de Estudos traz 
conhecimentos sobre áreas importantes para o profissional da contabilidade, 
que deve sempre buscar as novidades do mercado.
Espero que aproveitem ao máximo o conteúdo apresentado nesta 
disciplina e bons estudos!
Profª Laurise Pugues
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 - ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL .............................................................1
TÓPICO 1 - ÉTICA GERAL .................................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................3
2 CONCEITO DE ÉTICA ......................................................................................................................4
3 ÉTICA E FILOSOFIA .........................................................................................................................5
4 TRANSPARÊNCIA, ÉTICA E GESTÃO ........................................................................................7
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................13
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................14
TÓPICO 2 - OBJETO, OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA ÉTICA .............................17
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................17
2 O SIGNIFICADO DA ÉTICA NA CONDUTA HUMANA........................................................17
3 ÉTICA E MORAL ................................................................................................................................18
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................23
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................24
TÓPICO 3 - O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE E A ÉTICA .........................................27
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................27
2 IMPORTÂNCIA DA ÉTICA NA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO CONTÁBIL ....................27
2.1 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE ......................................................27
2.2 O PAPEL DO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE NA SOCIEDADE ..........................32
2.3 PROBLEMAS ÉTICOS RELACIONADOS COM O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE 
34
3 A ÉTICA E SUA INFLUÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DA 
CONTABILIDADE ................................................................................................................................37
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................38
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................39
TÓPICO 4 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR......................................41
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................41
2 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR .........................................................41
2.1 CONCEITO .....................................................................................................................................41
2.2 OBJETIVO .......................................................................................................................................42
2.3 MUDANÇAS OCORRIDAS NO CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR 
42
3 CAPÍTULOS DO CÓDIGO DE ÉTICAPROFISSIONAL DO CONTADOR ........................43
 ..............................................................................................................................................................43
3.1 CAPÍTULO I – OBJETIVO ............................................................................................................43
3.2 CAPÍTULO II – DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES .............................................................43
3.3 CAPÍTULO III – DO VALOR DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS .........................................47
3.4 CAPÍTULO IV – DOS DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE ................48
3.5 CAPÍTULO V – DAS PENALIDADES .......................................................................................49
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................50
sumário
VIII
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................52
TÓPICO 5 - CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E CONSELHOS REGIONAIS 
DE CONTABILIDADE .........................................................................................................................57
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................57
2 CONSELHOS DE CONTABILIDADE ...........................................................................................58
2.1 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE .......................................................................58
2.2 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE ....................................................................60
3 EXAME DE SUFICIÊNCIA ...............................................................................................................60
4 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS ........................................................................................................62
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................66
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................67
TÓPICO 6 - NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE PROFISSIONAIS .................69
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................69
2 ESTRUTURA DAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE ..................................69
3 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE PROFISSIONAIS – NBC P ....................70
3.1 NORMAS PROFISSIONAIS DE AUDITOR INDEPENDENTE - NBC PA ..........................70
3.2 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE - NBC PP – PERITO CONTÁBIL ..........73
3.3 NORMAS PROFISSIONAIS DO AUDITOR INTERNO - NBC PI .........................................76
3.4 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE – NBC PA 12 – EDUCAÇÃO 
PROFISSIONAL CONTINUADA ..............................................................................................76
3.5 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILDADE NBC PA 13 – Normas sobre o Exame de 
Qualificação Técnica para Registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes 
(CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) ............................................................77
RESUMO DO TÓPICO 6......................................................................................................................79
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................80
UNIDADE 2 - TERCEIRO SETOR .....................................................................................................83
TÓPICO 1 - TERCEIRO SETOR .........................................................................................................85
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................85
2 CONCEITO ..........................................................................................................................................85
3 CLASSIFICAÇÃO DAS ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR ...............................................88
3.1 ASSOCIAÇÕES ..............................................................................................................................89
3.2 FUNDAÇÕES .................................................................................................................................90
4 TITULAÇÕES E CERTIFICAÇÕES ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR ..........................91
4.1 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS – OS ...............................................................................................91
4.2 ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP) ...............91
5 A QUESTÃO DO LUCRO NO TERCEIRO SETOR ....................................................................95
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................97
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................99
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................100
TÓPICO 2 - ASPECTOS LEGAIS APLICADOS AO TERCEIRO SETOR
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103
2 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AS ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR ........................103
3 TRIBUTAÇÃO NO TERCEIRO SETOR ........................................................................................104
3.1 IMUNIDADE ..................................................................................................................................104
3.2 ISENÇÃO ........................................................................................................................................105
3.3 DIFERENÇA ENTRE IMUNIDADE E ISENÇÃO ....................................................................106
3.4 REQUISITOS MÍNIMOS PARA OBTENÇÃO DA IMUNIDADE E ISENÇÃO ...................107
IX
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................109
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................110
TÓPICO 3 - A CONTABILIDADE APLICADA NO TERCEIRO SETOR ..................................113
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................113
2 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE TÉCNICAS - NBC T 10 (DOS ASPECTOS 
CONTÁBEIS ESPECÍFICOS EM ENTIDADES DIVERSAS) ......................................................114
2.1 NBC T 10, ITEM NBC T 10.4 – FUNDAÇÕES ...........................................................................114
2.2 NBC T 10, ITEM NBC T 10.18 – ASPECTOS CONTÁBEIS ENTIDADES SINDICAIS E 
ASSOCIAÇÕES DE CLASSE ........................................................................................................114
2.3 NBC T 10, ITEM NBC T 10.19 – ENTIDADES SEM FINALIDADE DE LUCROS ...............115
3 PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .......................................................................115
3.1 BALANÇO PATRIMONIAL ........................................................................................................116
3.2 DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO ..................................117
3.3 DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS....................................117
3.4 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SOCIAL .................117
3.5 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS ................................118
3.6 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA .............................................................................118
4 NOTAS EXPLICATIVAS ...................................................................................................................118
5 ELENCO DE CONTAS ......................................................................................................................119
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................120
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................121
TÓPICO 4 - A GESTÃO CONTÁBIL PARA ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR .....123
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................123
2 INFORMAÇÃO CONTÁBIL ............................................................................................................123
3 CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ............................................................124
4 PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS ..................................................................................................124
4.1 CONTABILIZAÇÃO DE DOAÇÕES, SUBVENÇÕES E CONTRIBUIÇÕES .......................126
4.2 CONTABILIZAÇÃO DE GRATUIDADES.................................................................................127
4.3 CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS ..............................................................................................128
4.4 CONTABILIZAÇÃO DE DEPRECIAÇÃO ................................................................................129
4.5 CONTABILIZAÇÃO DE CONTRATOS, CONVÊNIOS E TERMOS DE PARCERIA .........129
5 AUDITORIA ........................................................................................................................................136
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................138
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................139
TÓPICO 5 - PRESTAÇÃO DE CONTAS ...........................................................................................141
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................141
2 IMPORTÂNCIA DA PRESTAÇÃO DE CONTAS .......................................................................141
3 ELEMENTOS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS ............................................................................142
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................147
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................148
UNIDADE 3 - RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL ................................................151
TÓPICO 1 - NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE TÉCNICA – NBCT15 
INFORMAÇÕES DE NATUREZA SOCIAL E AMBIENTAL .......................................................153
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................153
2 CONCEITO E OBJETIVOS ...............................................................................................................153
3 INFORMAÇÕES A SEREM DIVULGADAS ................................................................................154
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................158
X
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................159
TÓPICO 2 - RESPONSABILIDADE SOCIAL .................................................................................161
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................161
2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA...........................................................................................161
3 CONCEITO ..........................................................................................................................................162
4 RESPONSABILIDADE SOCIAL NO BRASIL E NO MUNDO ................................................163
5 DIMENSÕES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL ...................................................................166
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................167
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................168
TÓPICO 3 - RESPONSABILIDADE AMBIENTAL ........................................................................171
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................171
2 CONTABILIDADE AMBIENTAL ...................................................................................................172
2.1 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL ................................................................173
2.2 ATIVOS E PASSIVOS AMBIENTAIS ..........................................................................................174
2.3 GASTOS, CUSTOS E DESPESAS AMBIENTAIS ......................................................................174
3 GESTÃO AMBIENTAL .....................................................................................................................176
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................177
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................178
TÓPICO 4 - BALANÇO SOCIAL .......................................................................................................181
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................181
2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA...........................................................................................181
3 BALANÇO SOCIAL NO BRASIL E NO MUNDO ......................................................................182
4 BALANÇO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DA QUALIDADE ÉTICA E 
TRANSPARÊNCIA ................................................................................................................................184
4.1 USUÁRIOS DO BALANÇO SOCIAL .........................................................................................184
4.2 ELABORAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL .................................................................................186
4.3 INDICADORES CONSTANTES NO BALANÇO SOCIAL .....................................................188
5 MODELOS DE BALANÇO SOCIAL ..............................................................................................189
5.1 MODELO IBASE ............................................................................................................................190
5.2 MODELO DO INSTITUTO ETHOS ............................................................................................191
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................194AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................195
TÓPICO 5 - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO ...................................................197
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................197
2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA...........................................................................................198
3 ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO .....................................198
4 A DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO NO BRASIL ...........................................199
5 A IMPORTÂNCIA DA DVA NA GESTÃO DAS EMPRESAS .................................................199
6 USUÁRIOS DAS INFORMAÇÕES DA DVA ...............................................................................200
7 PONTOS CONFLITANTES DA DVA ............................................................................................200
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................202
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................203
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................205
1
UNIDADE 1
ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender o conceito de ética e sua relação com a filosofia;
• conhecer a ética de maneira geral, seu objeto, objetivo e campo de aplicação;
• verificar a importância do profissional da contabilidade em um contexto ético;
• compreender o Código de Ética Profissional do Contador;
• conhecer o funcionamento do Conselho Federal de Contabilidade e dos 
Conselhos Regionais de Contabilidade;
• verificar as principais Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais.
Esta unidade está dividida em seis tópicos. No primeiro, você encontrará o con-
ceito de ética, evidenciando o seu surgimento e sua relação com a filosofia, além 
de aspectos éticos relacionados com a transparência e gestão. No segundo tópico, 
evidenciamos a questão da ética e da moral na conduta humana, assim como o 
objeto, objetivo e campo de aplicação da ética. No terceiro tópico, apresentamos 
a importância da ética para o profissional da contabilidade e seu papel na so-
ciedade, demonstrando quais os problemas éticos mais recorrentes. No quarto 
tópico, abordamos o Código de Ética Profissional do Contador, seu objetivo e mu-
danças ocorridas no referido Código com a aprovação da Resolução 1.307/2010, 
bem como os capítulos que fazem parte do referido Código de Ética. No tópico 
cinco, trazemos informações sobre o Conselho Federal de Contabilidade e Con-
selhos Regionais de Contabilidade, estrutura e finalidades. Ainda, neste tópico, 
apresentamos informações sobre o Exame de Suficiência. Por fim, no sexto tópico, 
abordamos a estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade. Em cada tópico, 
você encontrará atividades que o(a) ajudarão a compreender os conteúdos apre-
sentados.
TÓPICO 1 – ÉTICA GERAL
TÓPICO 2 – OBJETO, OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA ÉTICA
TÓPICO 3 – O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE E A ÉTICA
TÓPICO 4 – CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR
TÓPICO 5 – CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E CONSELHOS 
REGIONAIS DE CONTABILIDADE 
TÓPICO 6 – NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE PROFISSIONAIS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
ÉTICA GERAL
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico iniciaremos nosso aprendizado abordando o conceito de 
ética, que está relacionado com a filosofia. De acordo com Lisboa (2007, p. 23), 
pode-se “definir ética como sendo um ramo da filosofia que lida com o que é 
moralmente, bom ou mau, certo ou errado”. Contudo, essa questão é muito mais 
ampla, envolvendo outras situações que serão abordadas durante os estudos 
dessa unidade.
A ética também está relacionada com a questão de transparência, que nos 
dias atuais, tanto se tem falado sobre isso, quer seja na Administração Pública, nas 
empresas ou outros ambientes, que envolvam questões relacionadas à prestação 
de contas. Para o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) “a 
boa Governança proporciona aos proprietários (acionistas ou cotistas) a gestão 
estratégica de sua empresa e a monitoração da direção executiva” (IBGC, 2011). 
Entre os valores do IBGC estão transparência, equidade, prestação de contas e 
responsabilidade corporativa. Para o IBGC (2011) transparência é “mais que a 
obrigação de informar é o desejo de disponibilizar para as partes interessadas 
as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por 
disposições de leis ou regulamentos”. Desta forma, a transparência permite 
que exista um clima de confiança, tanto internamente, quanto nas relações da 
empresa com terceiros. As empresas não devem se restringir à informação para o 
seu desempenho econômico-financeiro, mas contemplar também outros fatores 
(inclusive intangíveis) que permitem conduzir a ação gerencial, além da criação 
de valor (IBGC, 2011).
Portanto, a gestão reflete a maneira pela qual os gestores estão conduzindo 
as empresas, se for de forma transparente, provavelmente, é uma empresa que se 
preocupa com questões éticas.
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
4
NOTA
Caro(a) acadêmico(a)! Para aprofundar os conteúdos, sugerimos a leitura dos 
valores apresentados pelo IBGC. Disponível em: <http://www.ibgc.org.br.
A seguir, apresentamos uma discussão sobre o conceito de ética, a relação 
ética e filosofia e por fim a transparência, ética e gestão.
2 CONCEITO DE ÉTICA
Pensar no que é ética, parece ser bastante simples, pois seria apenas decidir 
se determinada situação é certa ou errada, porém vivemos em uma sociedade, 
e diariamente, nos relacionamos com outras pessoas. Essa relação faz com que 
apareçam conflitos, por que cada indivíduo possui suas crenças e valores, e o que 
para uma pessoa parece ser certo, para outra pode não ser.
Por esse motivo, faz-se necessário conhecer o significado da palavra ética, 
que etimologicamente, vem do grego “ethos” e significa hábitos ou costumes, 
forma de vida adquirida ou conquistada pelo homem, ou seja, refere-se a padrões 
de conduta.
Lisboa (2007) menciona que as palavras ética e moral em termos 
etimológicos possuem a mesma base, ou seja, hábitos e costumes. Vazquez (1999) 
complementa, é “a ciência que estuda a moral ou o comportamento moral dos 
homens (cidadãos) em sociedade. É a teoria da moral”. Desta forma, podemos 
perceber que a ética se apresenta sempre por normas, cuja base está na moral. 
Essas normas éticas servem de parâmetros para os atos dos indivíduos e da 
sociedade.
TÓPICO 1 | ÉTICA GERAL
5
Lembre-se do seu manual, “não basta saber, tem que saber fazer”, por isso, a 
partir do que acabamos de relatar, sugiro que leia o caso a seguir apresentado 
e explique como seria sua ação nesse caso. Lembre-se de que essa atividade é para ser 
discutida com os colegas. A partir da reflexão sobre a atitude do Sr. Airton, apresente a sua 
opinião sobre a questão apresentada.
ATENCAO
Estudo de Caso
Airton trabalha na Indústria de refrigeradores FREEZO há 14 anos. Ele 
é gerente de compras, na atual função há dez anos. O salário de Airton é de R$ 
4.000,00. A direção da empresa está satisfeita com ele, já que nenhum setor da 
fábrica tem reclamado da falta de peças. Tal presteza no fornecimento é o resultado 
de uma política de aproximação com os fornecedores “à moda japonesa”: ele 
mantém uma amizade pessoal com todos eles, costumando até adquirir peças 
para estoque, quando aqueles estão com dificuldadespara faturar. No natal de 
2010, Airton recebeu duas passagens aéreas para Paris, ida e volta, em voos de 
primeira classe. Elas foram presente de Rosa, gerente de vendas da LINATE, 
indústria de peças para refrigeradores, a principal fornecedora da FREEZO. As 
passagens foram brindadas para que ele e a esposa descansassem do ano fatigante 
que terminava. De pronto, Airton foi até seu diretor de compras. Salientou que 
estava indeciso sobre a utilização ou não da passagem, tendo em vista ser ela 
presente de um fornecedor. Achava ele que, se aceitasse, estaria sendo antiético 
com a empresa. Embora parabenizasse Airton pela atenção em comunicar-lhe o 
fato, o diretor não sabe o que opinar, pois seu gerente de compras é, para ele, 
de absoluta confiança, além do que não quer interferir em sua vida pessoal. A 
opinião do diretor torna-se mais difícil à medida que a FREEZO não tem um 
Código de ética. Como agir no caso?
Após a discussão sobre o conceito de ética, apresentamos no próximo 
item a relação ética e filosofia.
3 ÉTICA E FILOSOFIA
 A questão ética já vem sendo discutida há bastante tempo, pois envolve 
padrões comportamentais de acordo com cada grupo de pessoas, na própria 
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
6
Como sugestão, faça a leitura do capítulo 3, do livro “Convite à filosofia” de 
Marilena Chauí, que aborda os Campos de investigação da filosofia de forma clara e com 
linguagem acessível esses quatro períodos da filosofia grega.
ATENCAO
sociedade, sempre buscando entender os conflitos de interesse da forma mais 
adequada possível.
Contudo, é interessante saber que a ética está relacionada à filosofia, 
conforme evidenciado por Chauí (2010) nos quatro grandes períodos da filosofia 
grega, demonstrando a mudança de conteúdo e seu enriquecimento no decorrer 
destes períodos:
1) Período pré-socrático ou cosmológico, período que vai do século VII ao final do 
século V a.C., neste momento a filosofia preocupa-se com a origem do mundo 
e as causas das transformações na natureza.
2) No próximo período, que é o socrático ou antropológico (final do século V e 
todo século IV a.C.), começam a serem investigadas as questões humanas, ou 
seja, a ética, a política e as técnicas, buscando saber qual é o lugar do homem 
no mundo.
3) Chauí (2010, p. 48) descreve o terceiro período como sistemático, que vai 
do século IV ao final do século III a.C, “quando a filosofia busca reunir e 
sistematizar tudo quanto foi pensado pela cosmologia e pelas investigações 
sobre a ação humana na ética, na política e nas técnicas.” É neste período que 
se desenvolvem a teoria do conhecimento, a psicologia e a lógica.
4) O último período chama-se helenístico ou greco-romano (final do século III a.C. 
até o século VI d.C.). Foi o período mais longo e abrange o domínio de Roma 
e foi quando surgiu o cristianismo. A filosofia preocupou-se neste momento, 
principalmente, com questões éticas, conhecimento e relações entre homem e 
natureza e destes dois com Deus. (CHAUI, 2010)
Portanto, caro(a) acadêmico(a) a ética já vem sendo discutida há vários 
anos e se iniciou com os filósofos.
TÓPICO 1 | ÉTICA GERAL
7
Além disso, considerando o pensamento filosófico dos antigos, a ética 
possui três grandes princípios da vida moral, conforme Chauí (2010):
1. por natureza, os seres humanos aspiram ao bem e à felicidade, que só 
podem ser alcançados pela conduta virtuosa;
2. a virtude é uma excelência alcançada pelo caráter, tanto assim que 
a palavra grega que a designa é aretê, que quer dizer “excelência”. É a 
força interior do caráter que consiste na consciência do bem e na conduta 
definida pela vontade guiada pela razão, pois cabe a esta última o controle 
sobre instintos e impulsos irracionais descontrolados, que existem na 
natureza de todo ser humano.
3. a conduta ética é aquela na qual o agente sabe o que está e o que não 
está em seu poder realizar, referindo-se, portanto, ao que é possível e 
desejável para um ser humano. Saber o que está em nosso poder significa, 
principalmente, não se deixar arrastar pelas circunstâncias nem pelos 
instintos, nem por uma vontade alheia, mas afirmar nossa independência 
e nossa capacidade de autodeterminação. (CHAUI, 2010, p. 389).
Dessa forma, percebe-se que quando a pessoa tem uma conduta ética, ela 
sabe exatamente o que faz e o que não faz, agindo de acordo com sua consciência, 
independente dos outros. Essa pessoa tem em sua consciência a razão que guia 
suas atitudes, não o deixando praticar ações de modo impulsivo ou de maneira 
descontrolada.
A partir disso, podemos identificar que ética e transparência andam juntas 
e estão relacionadas com a gestão das empresas. Os gestores são responsáveis 
pela administração das empresas e devem ser os primeiros a dar exemplo 
desenvolvendo uma prática de gestão guiada pela consciência de cada um e de 
uma forma racional, conforme será abordado no próximo item.
4 TRANSPARÊNCIA, ÉTICA E GESTÃO
A palavra ética tem sido muito mencionada ultimamente em vários 
segmentos e níveis. São muitas as situações nas quais se comenta que não houve 
uma postura ética ou que as pessoas envolvidas não agiram de forma ética.
Como vimos anteriormente, pode-se dizer que ética é uma ciência que 
estuda a moral dos atos dos seres humanos, e envolve virtudes, comportamentos 
e inclusive o meio em que as pessoas estão envolvidas.
Ser ético é uma característica importante e envolve outros valores como 
ser honesto, assumir decisões, ser sensato e justo. As pessoas é que fazem as 
organizações e são essas pessoas que tomam decisões e representam as empresas.
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
8
Agora, caro(a) acadêmico(a) pare e pense qual das respostas você 
escolheria nos dois testes, propostos por Leão (2009):
1) Imagine que você tem que optar por um fornecedor para um projeto. Indique 
qual o seu critério de escolha:
a) Menor preço. 
b) Mais qualificado. 
c) Aquele que você tem uma boa relação.
2) Supondo que sua empresa tem políticas explícitas que não lhe permitem 
receber presentes de fornecedores, você age de que forma ao receber um mimo:
a) recebe o presente, afinal, é só uma lembrança;
b) respeita na íntegra a política e, de forma elegante, devolve o presente;
c) pede que o presente seja enviado para sua casa.
 
Já pensou sobre o assunto? A melhor escolha em ambas as questões, seria 
a alternativa “b”, pois ser ético também é ser imparcial, é fazer uma escolha, na 
qual você pode assumir sua decisão em público. É avaliar cada decisão que será 
tomada considerando os seus riscos. 
As pessoas são responsáveis por atitudes e comportamentos que podem 
significar o sucesso ou fracasso das empresas. Em um mercado altamente 
competitivo, outras características estão sendo observadas, pois um erro ou 
imprudência de um profissional pode ocasionar grandes prejuízos para as 
entidades, porém existem fatores externos que influenciam nas decisões.
Nesse sentido, Arruda (2009, p. 6) menciona que “no mundo dos 
negócios, a ética analisa ações individuais, sistemas organizacionais e a influência 
de macrofatores, que não dependem da liderança de uma empresa: tecnologia, 
acordos internacionais, sistemas econômicos, entre outros.”
Por esse comentário, percebe-se que os gestores algumas vezes estão 
sujeitos a elementos externos, o que os afastam das questões éticas, e que em 
algumas situações acabam sendo responsáveis por grandes escândalos, tais como 
ocorreram com a Enron, WorldCom ou Parmalat, entre outras. Essas empresas 
tentaram enganar seus investidores em potencial por meio da maquiagem das 
demonstrações contábeis, ocasionando a preocupação com a divulgação e uso de 
informações relevantes para as companhias abertas. Por esse motivo, as empresas 
passaram a se preocupar muito mais com a transparência de suas ações.
TÓPICO 1 | ÉTICA GERAL9
Alledi Filho e Quelhas (2009) esclarecem que um estudo realizado por 
Simon Zadek em 2004 revelou que:
Por conta dos escândalos recentes envolvendo grandes corporações como 
Enron e Parmalat, as empresas aprenderam que têm muito a ganhar com 
a transparência. Ela deixou de ser uma opção ética ou um programa de 
marketing para se tornar um item fundamental para a sobrevivência das 
organizações. (ALLEDI FILHO; QUELHAS, 2009, p. 14).
Ainda neste estudo, Alledi Filho e Quelhas (2009) divulgam que a empre-
sa British Petroleum (BP), companhia de energia, foi considerada a mais transpa-
rente dentre as 100 maiores empresas do mundo. A empresa revelou em seu site 
informações que não são consideradas agradáveis, ou seja, demonstrou na inter-
net para quem quisesse acessar informações de que ocorreram 1.604 acidentes de 
trabalho em 2003, sendo que 20 empregados morreram, representando um núme-
ro de mortes maior que no ano anterior, além de informar que a quantidade de 
óleo despejado no meio ambiente cresceu em 30%. Esses fatos negativos estavam 
expostos juntamente com questões positivas. Portanto, a empresa demonstrou de 
forma transparente tanto fatos positivos, quanto negativos.
Para Tapscott e Ticoll (2005) apud Alledi Filho e Quelhas (2009 p. 2), “a 
transparência vai muito além da obrigação de revelar informações financeiras bá-
sicas. As pessoas e instituições que interagem com as empresas estão ganhando 
um acesso sem precedentes a todo tipo de informações sobre o comportamento, 
as operações e o desempenho corporativos.”
A transparência nos conduz a informações relevantes e que podemos con-
fiar, conforme mencionam Jesus e Alberton (2007, p. 68) de que “a transparência 
diz respeito a informações relevantes e confiáveis relativas às atividades da em-
presa, à análise dos resultados e da posição financeira, bem como às perspectivas 
futuras da empresa, entre outras.”
Portanto, a credibilidade de uma organização pode estar relacionada com 
a prática de valores como a honestidade, integridade, respeito com as pessoas 
envolvidas em todo processo e transparência. Contudo, nada disso é possível se 
as pessoas que fazem parte do processo não tenham princípios e valores que pos-
sam garantir a sustentabilidade para a empresa.
Whitaker (2007) explica que o ser humano não é um mero fator de produ-
tividade, mas sim o principal elemento da empresa. E complementa:
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
10
UNI
Imagino que você já esteja estudando há algum tempo, por esse motivo para se 
distrair um pouco, vamos fazer um teste! São algumas questões simples do dia a dia. Basta 
você responder sim ou não. Depois discuta suas respostas com os colegas e seu tutor.
QUADRO 1 – TESTE
Sim Não
1. Ao sair de um supermercado, você percebe que a caixa lhe 
deu R$ 50,00 a mais de troco. Você volta e devolve o dinheiro?
2. Você bebeu demais em uma festa e suspeita que esteja acima 
do limite legal para dirigir. Você volta dirigindo para casa?
3. Você encontrou uma brecha para sonegar imposto de renda, 
escondendo parte do seu rendimento. Você faz isso?
4. O estacionamento do shopping está lotado – exceto pelas 
vagas reservadas a deficientes físicos. Você estaciona o 
carro numa dessas vagas?
5. Você descobre que é possível fazer um “gato” da sua TV 
por assinatura pagando apenas um ponto. Você faz isso?
6. Você precisa de envelopes e canetas em casa. Você os 
pega na empresa em que trabalha?
Pequenas, médias e grandes empresas que desejarem se projetar no 
mundo corporativo deverão levantar a bandeira da ética, que trans-
parecerá nas ações de seus acionistas, executivos, auditores, colabo-
radores, clientes e parceiros. As pessoas é que serão éticas ou não. As 
empresas no desenvolvimento de suas atividades revelarão o caráter 
das pessoas que as representam. (WHITAKER, 2007, p. 1).
Dessa forma, pode-se perceber a relação entre ética, transparência e ges-
tão, no momento em que as empresas demonstram estarem mais preocupadas 
com questões ambientais e sociais, qualidade de seus produtos, entre outros, es-
tão sendo mais transparentes e éticas. A questão da transparência evidencia uma 
postura responsável e ética com as diversas situações que fazem parte do cotidia-
no das empresas, sejam elas positivas e negativas.
TÓPICO 1 | ÉTICA GERAL
11
Este teste foi realizado pelo Instituto Gerp, em dez capitais brasileiras: 
São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto 
Alegre, Curitiba, Recife e Belém, sendo que o objetivo foi testar a noção de certo e 
errado em situações que podem ocorrer diariamente com as pessoas. A pesquisa 
constatou que no geral, os brasileiros não se saíram mal (WHITAKER, 2011).
Essa pesquisa foi autorizada pelo Sr. Sérgio Charlab, editor-chefe da 
Revista Seleções Reader’s Digest, sendo a matéria publicada na revista de agosto 
de 2005. Esse teste de honestidade constava no final da matéria constante na 
revista e o gabarito é a sua própria consciência. (WHITAKER, 2011).
FONTE: Instituto Gerp (Whitaker, 2011).
7. Você encontra uma carteira na rua com R$ 100,00 sem 
endereço do dono. Você entrega a carteira numa delegacia?
8. Você vê o marido/a mulher de sua melhor amiga/seu 
melhor amigo andando de mãos dadas com um estranho. 
Você se sente obrigado a contar ao seu amigo(a)?
9. As toalhas do banheiro do hotel em que você está 
hospedado são muito bonitas e de boa qualidade. Você 
coloca uma delas na mala e a leva para casa?
10. Está chovendo e você espera pelo ônibus numa longa 
fila. Quando o ônibus chega, você percebe que não há lugar 
para todos e você não vai conseguir entrar se não passar a 
frente das pessoas. Você fura a fila?
11. Você está dirigindo, voltando para casa, às 21 horas e 
a rua está quase vazia. Você excede o limite de velocidade 
em 20 km/h para chegar a sua residência mais rápido?
12. Um amigo oferece a você, de graça, uma cópia ilegal de um 
caro software de computador. Você o aceita e o instala no seu?
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
12
Para fechamento deste tópico indico como sugestões um documentário e um filme. 
O documentário é “Os mais espertos da sala”, que aborda a queda de uma das maiores empresas 
norte-americanas (Enron) após a descoberta de um esquema fraudulento de “maquiagem” 
contábil. E o filme é “A Firma” que aborda a história sobre um jovem advogado que vai trabalhar 
com um alto salário e diversas vantagens em uma firma em Memphis. Porém, logo descobre 
que a empresa onde trabalha está envolvida com lavagem de dinheiro da Máfia e que todos os 
advogados que saíram ou tentaram sair da firma morreram precocemente, de forma misteriosa. 
O filme questiona o código de ética, que mantêm em sigilo a relação do advogado com o cliente.
ATENCAO
13
Neste tópico, você estudou:
• Que o conceito de ética, parece ser bastante simples, pois seria apenas decidir 
se determinada situação é certa ou errada, contudo vai muito além, pois 
diariamente, nos relacionamos com outras pessoas e precisamos muitas vezes 
nos adaptar ao meio em que vivemos.
• A ética apresenta-se sempre por normas, cuja base está na moral e que essas 
normas éticas servem de parâmetros para os atos dos indivíduos e da sociedade.
• A ética surgiu com grandes filósofos e está dividida em quatro períodos (pré-
socrático, socrático ou antropológico, sistemático e o helenístico ou greco-
romano).
• As empresas são constituídas por seres humanos, que são responsáveis pelo 
desenvolvimento das mesmas. A condução das empresas depende da conduta 
das pessoas e principalmente, de seus gestores que tomam decisões e estas 
devem estar baseadas na ética, pois desta forma suas ações serão apresentadas 
de forma transparente. 
RESUMO DO TÓPICO 1
14
AUTOATIVIDADE
Vamos agora fixar o conteúdo que aprendemos, respondendo a 
algumasquestões:
a) Com base no que você estudou, apresente um pequeno texto evidenciando 
o seu entendimento sobre ética.
b) A ética ou moralidade das pessoas ou grupos não consiste meramente no 
que elas fazem costumeiramente, mas no que elas pensam que é correto 
fazer, ou são obrigadas a isso (LISBOA, 2007). Pense sobre essa questão e 
apresente sua ideia sobre isso.
c) Transparência e gestão devem estar alinhadas. Você concorda com essa 
afirmativa, explique os motivos.
d) Leia a situação a seguir e avalie a atitude de Miriam quanto aos aspectos 
éticos.
Personagens:
I- Miriam Silva, controller da Lex S. A., empresa nacional de grande porte.
II- Fred Valverde, diretor econômico e de relações com mercado da Lex S. A.
III- José Montenegro, marido de Miriam.
Fred Valverde comunicou a Miriam o resultado da reunião de diretoria 
ocorrida naquela manhã de terça-feira: a empresa teria que realizar as receitas 
orçadas e levantar capital de giro, o quanto antes, pois estava zerada.
Miriam avaliava que não havia condições, no momento, de levantar 
capital de giro através de empréstimo, já que suas demonstrações contábeis 
não demonstravam bons números.
 
Na última demonstração de resultado do exercício, o montante das 
receitas de vendas efetivas era bastante inferior ao valor orçado informado 
ao banco. Fred sugeriu à Miriam que revisasse as despesas já lançadas, pois 
poderiam existir valores mal dimensionados. A ideia era aumentar o valor do 
lucro do exercício, de forma a poder apresentar uma situação mais confortável 
ao banco. Fred propôs ainda que se mantivesse o valor das vendas em aberto 
até o final do mês.
Após submeter as demonstrações contábeis à auditoria externa, 
Miriam comunicou a Fred que os auditores recomendaram que a empresa 
reduzisse o valor da parcela do inventário para que este refletisse seu real 
valor. O chefe de Miriam, pensando no desejado capital de giro, negou-se a 
acatar recomendação dos auditores.
15
Já em casa com seu marido, José, que era gerente de outra empresa 
na cidade, Miriam comentou: “Eles estão me pedindo para manipular 
informações. Sinto-me dividida. De um lado, sou a consciência da empresa e, 
de outro, sou plenamente leal a meus superiores.”
José disse-lhe, então, que todas as empresas manipulam as informações 
contábeis, de alguma forma. Acrescentou que, quando a empresa se 
recuperasse da má-fase, tudo estaria bem. Ele lembrou o quanto o salário de 
Miriam era importante para o estilo de vida que levavam e que ela não devia 
tomar qualquer atitude que resultasse na perda do emprego.
Miriam decidiu seguir a orientação de seu chefe e o conselho de seu 
marido.
FONTE: LISBOA, 2007.
16
17
TÓPICO 2
OBJETO, OBJETIVO E CAMPO DE 
APLICAÇÃO DA ÉTICA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico abordamos o significado da ética na conduta humana, o 
objeto, objetivo e campo de aplicação da ética. 
2 O SIGNIFICADO DA ÉTICA NA CONDUTA HUMANA
Para identificar o significado da ética na conduta humana, é necessário 
esclarecer antes a que se refere conduta humana, ela nos remete a questão da 
consciência de cada ser humano. Lacerda (2010, p. 12) menciona que o “certo 
ético é um certo moral, é o ato correto, é agir bem, independentemente de o ato 
estar ou não de acordo com leis e códigos”.
Lacerda (2010) menciona ainda que a atitude tanto pode ser ilegal e boa, 
quanto legal e má. O autor cita como exemplo um país onde a prática do aborto é 
legalizada, nesse caso essa prática é possível, porém para quem é católico esse ato 
continua sendo reprovado, por uma questão moral. No entanto, nos locais onde o 
aborto continua sendo ilegal, dependendo da situação a interrupção da gravidez 
seria um ato correto.
Portanto, em qualquer situação a ética está sempre relacionada com a 
conduta, e qualquer regra de conduta está relacionada com a vontade do ser 
humano, ou seja, sua capacidade de fazer escolhas, dependendo das circunstâncias. 
(LACERDA, 2010).
Podemos complementar essa questão, mencionando que a sociedade na 
qual a pessoa está inserida também vai influenciar na sua conduta, sendo que 
essas normas de conduta já fazem parte de determinada sociedade, de maneira 
própria e informal. 
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
18
Lacerda (2010, p. 13) esclarece que “a conduta de cada individuo em 
uma sociedade deve ter como objetivo final e referência contribuir para que essa 
coletividade como um todo possa ser mais agradável”.
Essa questão também é abordada por Lisboa (2007) quando menciona 
que é necessário estabelecer um padrão de comportamento que apesar de não 
satisfazer uma pessoa individualmente, atende a toda a sociedade.
Essa conduta também está relacionada com a atividade profissional, 
e muitas vezes a conduta verdadeiramente ética vai além dos deveres da Ética 
propriamente relacionada com a profissão. Lacerda (2010) cita o exemplo de 
um motorista de taxi, na qual o passageiro esquece a carteira em seu carro. 
Se o motorista devolve a carteira à autoridade policial, o mesmo está apenas 
cumprindo suas obrigações profissionais. Contudo, se o taxista devolvesse a 
carteira diretamente ao proprietário a ação seria mais ética. 
Utilizando ainda esse exemplo o mesmo taxista também teria a opção de 
não entregar a carteira nem para o proprietário, nem para a autoridade policial, o 
que seria outra possibilidade que envolveria uma questão de conduta.
Lisboa (2007, p. 23) cita que a questão ética sempre envolve decisões 
sobre aquilo que é moralmente mais aceito ou condenável. Diante disso, 
também apresenta outras situações, como por exemplo: “Em casos extremos, 
há empresários que chegam a afirmar que, se não sonegarem impostos, não 
conseguirão assegurar a continuidade da empresa. A despeito da verdade ou 
inverdade da afirmação, é certo que o empresário vive um conflito de interesses: 
sonegar ou não o imposto de renda”.
Pelo que percebemos, a conduta do ser humano também envolve a questão 
moral, que será abordada no próximo item.
 
3 ÉTICA E MORAL
As questões apresentadas anteriormente envolvem a questão de conduta 
dos seres humanos e esta conduta está ligada com a moral. Lisboa (2007, p. 23) 
comenta sobre a situação do “empresário que opta por sonegar impostos como 
meio de assegurar a sobrevivência de sua empresa, esse empresário estará 
causando um prejuízo tanto moral quanto financeiro, a grande número de 
pessoas, um prejuízo coletivo”.
TÓPICO 2 | OBJETO, OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA ÉTICA
19
Diante disso, podemos dizer que o comportamento do empresário é o 
objeto da ética, enquanto que a influência do comportamento deste empresário 
na sociedade, ou seja, o prejuízo com a sonegação de impostos para a sociedade 
é o objetivo. 
Conforme Lisboa (2007, p. 22), o objeto e objetivo da ética são:
A Ética, enquanto ramo do conhecimento tem por objeto o 
comportamento humano no interior de cada sociedade. O estudo 
desse comportamento, com o fim de estabelecer os níveis aceitáveis 
que garantam a convivência pacífica dentro das sociedades e entre 
elas, constitui o objetivo da Ética. Assim, pode-se definir ética como 
sendo um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou 
mau, certo ou errado. 
Com relação ao campo de aplicação, Lisboa (2007) menciona que a ética 
pode ser vista sob dois pontos distintos, o primeiro enquanto explicação do 
comportamento humano, em um determinado momento, justificando as ações 
que resultaram daquele comportamento e o segundo, sendo fonte para que regras 
de comportamento sejam estabelecidas frente a situações concretas, neste caso 
possibilita reduzir conflitos de interesse na sociedade ou até mesmo eliminá-los.
Chauí (2010) apresenta outras situações das nossas vidas que nos deixam 
em dúvida sobre qual a decisão devemos tomar. Contudo, muitas vezes essa 
decisão não está relacionadacom o senso moral, que para Chauí (2010, p. 379) 
são “nossos sentimentos quanto ao certo e errado, ao justo ou injusto”, mas 
estão relacionados com a nossa consciência moral, que “não se limita aos nossos 
sentimentos morais, mas se refere também a avaliações de conduta que nos levam 
a tomar decisões por nós mesmos, a agir em conformidade com elas e a responder 
por elas perante os outros.” (CHAUI, 2010, p. 381).
Para ficar mais claro, apresentamos dois exemplos evidenciados por 
Chauí (2010), conforme segue:
O primeiro exemplo é o caso de uma pessoa querida, com uma grave 
doença, da qual não existe mais solução, uma vez que a pessoa está mantendo-
se viva por meio de aparelhos, sendo que a pessoa está inconsciente. Neste caso, 
seria melhor deixá-la morrer? É possível desligarmos os aparelhos? Não temos o 
direito de fazer isso? O que seria o correto?
O nosso segundo exemplo é a situação de um pai de família desempregado 
com vários filhos pequenos e a esposa doente. Neste caso, esse pai recebe uma 
proposta de emprego que vai ser muito rentável, porém ele precisa agir de forma 
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
20
desonesta, cometendo irregularidades com o intuito de beneficiar seu chefe. Nesta 
situação, esse pai deve aceitar o emprego, mesmo sabendo de todas as condições 
que lhe são impostas? Ou deve recusar e ver seus filhos passando fome e não 
tendo condições de auxiliar no tratamento de sua esposa?
Desta forma, por esses dois exemplos, demonstramos que a decisão pode 
ir muito além do que é certo ou errado, justo ou injusto, exigindo uma avaliação 
de conduta, que terá conseqüências para nós e para os outros.
TÓPICO 2 | OBJETO, OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA ÉTICA
21
LEITURA COMPLEMENTAR
SER OU NÃO SER ÉTICO? EIS A QUESTÃO!
A questão ética, em seu aspecto teórico, é simples. Levando em conta 
valores e regras de comportamento, decidimos entre o certo e o errado, entre o 
bem e o mal e entre o que é bom e o que é mau.
O problema é a efetiva prática da conduta ética, especialmente em nossa 
sociedade atual que sofre a influência dos seguintes fatores: o relativismo; a 
falsa noção de que aquilo que a maioria faz deve estar certo; o fenômeno da 
“diluição da responsabilidade”.
Quando alguém é questionado por agir ou pensar de maneira diversa ao 
senso comum, normalmente se justifica afirmando que age ou pensa da forma 
que bem entende, pois tudo é relativo. Quando se critica uma obra reconhecida 
por sua beleza – os afrescos de Michelangelo na Capela Sistina, por exemplo 
- sob a argumentação de que “gosto não se discute”, percebe-se o quanto o 
relativismo – doutrina filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento 
e repudia qualquer verdade e valor absoluto - pode ser nocivo à sociedade.
O relativismo, ao partir do pressuposto de que todo ponto de vista 
é válido, rejeita a tradição, os critérios acadêmicos, os ideais de verdade e 
racionalidade e os próprios valores e regras do comportamento ético. 
Além da nocividade dessa teoria que invadiu a sociedade, a falsa noção 
de que aquilo que a maioria faz deve estar certo vem perigosamente confundindo 
as pessoas no campo da ética. “Mas saber o que é certo ou errado nunca pode 
ser a mesma coisa que saber o que é mais usual. Se fosse demonstrado que o 
preconceito racial é muito difundido, isso não o tornaria eticamente aceitável. 
Embora outras pessoas fraudem o imposto de renda, isso não torna moralmente 
defensável que você o faça” (Jostein Gaarder, “O livro das Religiões”).
Ora, a ética não se orienta pelo que a maioria diz, nem busca o que é. 
Em vez disso, a ética busca o que “deve ser” e se orienta por regras aceitas 
universalmente, tais como o mandamento do amor – “ama a teu próximo como 
a ti mesmo” - e o princípio da reciprocidade – “trata os outros como gostaria de 
ser tratado”.
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
22
Note-se, também, que embora a base da ética seja o senso de 
responsabilidade, em virtude do fenômeno da “diluição da responsabilidade”, 
quase ninguém a assume realmente, seja no aspecto individual ou no aspecto 
coletivo, este identificado como a solidariedade.
“Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre em nosso espírito sofrer 
pedras e setas com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja, ou insurgir-nos contra 
um mar de provações e em luta pôr-lhes fim? Morrer. dormir: não mais.”
O angustiante dilema do príncipe Hamlet – vingar ou não a morte de 
seu pai - retratado na célebre frase da peça teatral de mesmo nome, escrita por 
William Shakespeare, serve como pano de fundo e inspiração em qualquer 
lugar e momento onde ocorram conflitos de consciência, dilemas existenciais e 
reflexões éticas.
Hoje, personificado de príncipe da Dinamarca – Hamlet -, e como ele 
também incomodado por fantasmas – o dele era o de seu pai assassinado, o 
meu é o da injustiça e desigualdade que flagelam, excluem e marginalizam – 
proponho algumas reflexões.
Ser ou não ser ético? Agir ou não agir de maneira ética? Eis as questões 
que todos os membros de nossa sociedade, especialmente os poucos detentores 
das riquezas – patrimônio e conhecimento - devem responder.
Fala-se muito e pouco se pratica a ética. E isto porque a atitude ética, ao 
priorizar o interesse coletivo ao individual, envolve a partilha das riquezas.
Porém os políticos, empresários, profissionais e acadêmicos em vez 
de agir, protegem seus bolsos com discursos vazios, continuando a vitimar a 
população carente e vulnerável com suas omissões.
FONTE: Rodrigo Mendes Pereira. Disponível em: <http://www.eticaempresarial.com.br/artigos.
asp>. Acesso em: 6 out. 2011.
23
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que: 
• A conduta humana está relacionada com a vontade do ser humano, de acordo 
com suas escolhas. Essa conduta também pode ser influenciada pela sociedade 
em que a pessoa está inserida.
• O objeto da ética é o comportamento humano, o objetivo da ética é o estudo 
desse comportamento de modo a garantir a convivência na sociedade. O campo 
de aplicação da ética pode ser visto sob dois aspectos, o primeiro enquanto 
explicação do comportamento humano, em um determinado momento, 
justificando as ações que resultaram daquele comportamento e o segundo, 
sendo fonte para que regras de comportamento sejam estabelecidas frente a 
situações concretas. Neste caso possibilita reduzir conflitos de interesse na 
sociedade ou até mesmo eliminá-los.
• Diferença entre senso moral e consciência moral, sendo que o primeiro são 
nossos sentimentos quanto ao certo e errado, enquanto que a segunda não 
se limita aos nossos sentimentos morais ou senso moral, mas a avaliação de 
determinadas situações que nos conduzem a tomar uma decisão que pode ou 
não ser aceita ou aprovada pela sociedade.
24
AUTOATIVIDADE
1 A conduta humana pode ser entendida como uma questão da consciência de 
cada ser humano. Tendo em vista que o objeto da ética é o comportamento 
humano e o objetivo da ética é o estudo desse comportamento de modo a 
garantir a convivência na sociedade. Responda qual é a relação entre ética 
e conduta humana.
2 Com base em um exemplo apresentado por Chauí (2010), na qual um pai 
de família desempregado com vários filhos pequenos e a esposa doente 
recebe uma proposta de emprego que vai ser muito rentável, porém ele 
precisa agir de forma desonesta, cometendo irregularidades com o intuito 
de beneficiar seu chefe. Analisando essa situação, explique qual a diferença 
entre senso moral e consciência moral.
3 Com relação ao objeto, objetivo e campo de aplicação da ética, analise as 
seguintes sentenças:
I – O objeto da ética é o estudo do comportamento humano no interior de cada 
sociedade, com o fim de estabelecer os níveis aceitáveis que garantam a 
convivência pacífica dentro das sociedades e entre elas.
II – O comportamento humanono interior de cada sociedade é o objeto da 
ética.
III – A ética pode ser vista sob dois pontos distintos, o primeiro enquanto 
explicação do comportamento humano, em um determinado momento, 
justificando as ações que resultaram daquele comportamento e o segundo, 
sendo fonte para que regras de comportamento sejam estabelecidas frente 
a situações concretas, neste caso possibilita reduzir conflitos de interesse na 
sociedade ou até mesmo eliminá-los, esse é o campo de aplicação da ética.
IV – O objetivo da ética é o estudo desse comportamento de modo a garantir 
a convivência na sociedade.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
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( ) Somente a afirmativa I está correta.
( ) Somente a afirmativa III está correta.
( ) As afirmativas I, II e III estão corretas.
( ) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
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TÓPICO 3
O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE E A ÉTICA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O profissional da contabilidade tem um importante papel na sociedade, 
pois além de desenvolver suas atividades com competência e dedicação, prestando 
serviços de forma adequada e correta, esse profissional deve desempenhar seu 
exercício com zelo, diligência e honestidade. (Resolução CFC 803/96).
Quando o profissional da contabilidade desempenha de forma adequada 
suas tarefas em uma empresa ou em uma organização contábil, prestando um serviço 
confiável e seguro, várias pessoas estão se beneficiando com essa atitude: famílias 
prosperam, empresas crescem, além de permitir o desenvolvimento do país. 
Da mesma forma, quando o profissional da contabilidade atua de maneira 
inadequada, suas atitudes podem prejudicar a sociedade de maneira geral. Sendo 
assim, ressaltamos a importância de que as atividades desempenhadas pelos 
profissionais da contabilidade sejam desenvolvidas seguindo preceitos éticos.
Neste tópico, abordaremos inicialmente, o campo de atuação do profissional 
da contabilidade, as diversas possibilidades em que o profissional pode atuar, seu 
papel na sociedade, além de problemas éticos que os profissionais podem se envolver.
2 IMPORTÂNCIA DA ÉTICA NA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO 
CONTÁBIL
Para falar sobre a ética na formação da profissão contábil, primeiro 
apresenta-se quem é esse profissional e após o seu campo de atuação. A partir 
daí tratamos da importância desse profissional para o desenvolvimento das 
empresas e do país, e por fim os problemas de conduta que podem acontecer 
com esses profissionais.
2.1 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE
Para entender quem é o profissional da contabilidade, é necessário 
apresentar o artigo 1º da Resolução CFC nº 1.167, de 2009, que dispõe sobre o 
registro profissional dos contabilistas.
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UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 1º - Somente pode exercer a profissão contábil, em qualquer 
modalidade de serviço ou atividade, segundo normas vigentes, o contabilista 
registrado em Conselho Regional de Contabilidade.
O parágrafo único deste artigo estabelece que integram a profissão contábil 
os profissionais habilitados como Contadores e Técnicos em Contabilidade.
Portanto, somente podem atuar na profissão os profissionais que 
concluírem o curso de Técnico em Contabilidade, ou seja, nível médio e aqueles 
que concluírem o curso superior de ciências contábeis. Atualmente, mais um 
requisito é exigido, refere-se ao exame de suficiência, uma prova que deve ser feita 
por estes profissionais para que possam obter o registro profissional e finalmente 
atuar na profissão. Essa exigência surgiu com a aprovação da Lei nº 12.249, de 
11 de junho de 2010, que em seu artigo 76, alterou o artigo 12º do Decreto-Lei nº 
9.295, de 1946, conforme apresentado no quadro a seguir.
QUADRO 2 – LEGISLAÇÃO (MUDANÇAS)
Decreto-Lei nº 9.295/46 Lei nº 12.249/10
Art. 12 - Os profissionais a que se re-
fere este Decreto-Lei somente poderão 
exercer a profissão depois de regular-
mente registrados no órgão competen-
te do Ministério da Educação e Saúde 
e no Conselho Regional de Contabili-
dade a que estiverem sujeitos.
Art - 12 Os profissionais a que se refere 
este Decreto-Lei somente poderão exercer 
a profissão após a regular conclusão do 
curso de Bacharelado em Ciências Con-
tábeis, reconhecido pelo Ministério da 
Educação, aprovação em Exame de Sufici-
ência e registro no Conselho Regional de 
Contabilidade a que estiverem sujeitos.
FONTE: Decreto-Lei nº 9.295/46 e Lei nº 12.249/10.
Desta forma, a partir dessa alteração, os profissionais devem realizar 
o exame e após fazerem sua inscrição no Conselho Regional de Contabilidade 
com jurisdição no local onde o Contabilista tenha seu domicílio profissional. 
(Resolução CFC nº 1.167/09).
Domicílio profissional é o local em que o profissional exerce a totalidade ou a 
parte principal das suas atividades profissionais, pode ser como autônomo, empregado, 
sócio de Organização Contábil ou servidor público. (Resolução CFC nº 1.167/09).
DICAS
Caro(a) acadêmico(a)! No tópico 5, abordaremos com mais profundidade o 
exame de suficiência.
TÓPICO 3 | O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE E A ÉTICA
29
O profissional da contabilidade (contador ou técnico em contabilidade), 
estando de posse do seu registro profissional, pode atuar em diversas áreas, 
respeitando os limites de cada categoria.
O campo de aplicação da contabilidade é o das entidades econômico-
ad ministrativas. São aquelas que para atingirem seus objetivos sejam eles, 
econômicos ou sociais utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão 
administrativo, que pratica os atos de natureza econô mica necessários a seus fins. 
A contabilidade como ciência tem vasta aplicação para apuração de 
resulta dos, registro e interpretação destes, sendo utilizada por todas as entidades 
que desejem obter lucro ou não. Há um sistema contábil específico para cada tipo 
de informação que se pretenda obter. 
As principais áreas de atuação são, conforme Marion (2006): 
1. Contabilidade Fiscal - participa do processo de elaboração de informa ção para o 
fisco, e é responsável pelo planejamento tributário da em presa. Essa área de 
atuação possui uma remuneração bastante atrativa para os profissionais de 
primeiro nível. 
2. Contabilidade Pública - área de controle e gestão das finanças públicas. Este é um 
campo que possui bastante mercado de trabalho. 
3. Contabilidade de Custos – Relaciona-se com o cálculo e interpretação dos custos de bens 
industrializados. Fornece importantes informações na formação de preço da 
empresa. 
4. Contabilidade Gerencial - voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos 
da empresa, por meio de adequado controle dos insumos efetuado por um 
sistema de informação gerencial. O controller é um dos profissionais com 
melhores remunerações no mercado. 
5. Auditoria - por meio de empresas de auditoria ou de setores internos da 
organização, controla a confiabilidade das informações e a legalidade dos 
atos praticados pelos administradores. O profissional tem uma remuneração 
bastante atrativa. Atividade privativa de contador.
6. Perícia Contábil - atua na elaboração de laudos em processos judiciais ou 
extrajudiciais. Área de atuação exclusiva do contador. 
7. Contabilidade Financeira - responsável pela elaboração e consolidação das 
demonstrações contábeis para fins externos. É a contabilidade geral necessária 
a todas as empresas.
8. Análise Econômico-financeira - denominação moderna para a análise de balanços. 
Atua na elaboração de análises da situação patrimonial de uma organização 
com base em seus relatórios contábeis. 
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
30
Além das áreas citadas anteriormente, é importante destacar algumas 
áreas emergentes em que existe grande perspectiva de crescimento profissional. 
Es sas áreas poderão vir a ser um grande campo de trabalho: 
1. ContabilidadeAtuarial - responsável pela contabilidade de fundos de pensão e 
empresas de previdência privada. 
2. Contabilidade Ambiental - responsável por informações sobre o impac to ambiental 
da empresa no meio ambiente. 
3. Contabilidade Social - dimensionando o impacto social da empresa, com sua 
agregação de riqueza e seus custos sociais, produtividade, distribuição da 
riqueza etc.
UNI
Se você já está estudando a mais de uma hora, que tal levantar, dar uma volta e 
tomar um copo d’água!
O profissional contábil, no exercício de sua profissão, poderá atuar em 
diversas áreas pertinentes, em entidades públicas ou privadas. A figura a seguir 
ilustra algumas das possibilidades. (MARION, 2006, p. 35):
TÓPICO 3 | O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE E A ÉTICA
31
FONTE: Marion (2006).
FIGURA 1 – ÁREAS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL
CONTADOR
VISÃO GERAL 
DA PROFISSÃO 
CONTÁBIL
ESPECIALIZAÇÃO
Na Empresa
Independente
(Autônomo)
No Ensino
Órgão Público
Planejador Tributário
Analista Financeiro
Contador Geral
Cargos Administr.
Auditor Interno
Contador de Custo
Contador Gerencial
Contador 
Internacional
Auditor 
Independente
Consultor
Empresário Contábil
Perito Contábil
Investig. de Fraude
Professor
Pesquisador
Escritor
Parecerista
Conferencista
Contador Público
Agente Fisc. 
de Renda
Diversos Conc. Públ.
Tribunal de Contas
Oficial Contador
Orientador dos Processos Tributários/ICMS/IR/ e outros, bem 
como o Especialista em Funções, Incorporações e Cisões.
Analista de Crédito, Desempenho, Mercado de Capitais, 
Investimentos, Custos.
Poderá especializar-se e, Contabilidade: Rural, Hospitalar, Fiscal, 
Imobiliária, Hotelaria, Industrial, Securitária, de Condomínio, 
Comercial, de Empresas Transportadoras, Bancária, Pública, de 
Empresas de Turismo, de Empresas Mineradoras, Corporativas.
Área Financ., Com. Exterior, CIO (Chief Financial Officer), 
Executivo, Logística.
Auditoria de Sistema, Auditoria de Gestão, Controle Interno.
Custos de Empresa, Prestadoras de Serviços, Custos Industriais, 
Análise de Custos, Orçamentos, Custos do Serviço Público.
Controladoria, Contabilidade Internacional, Cont. Ambiental, 
Cont. Estratégica, Controladoria Estratégica, Balanço Social, 
Accountabilty
Contador que se especializa em Legislação Internacional: IFRS
Especialização em Sistemas, Tributos, Custos.
Expert em Avaliação de Empresas, Tributos, Comércio Exterior, 
Informática, Sistemas, Custos, Controladoria, Qualidade Total, 
Planej. estratégico, Orçamento.
Escritório de contabilidade, "Despachanre" (Serviços Fiscais, 
Depart. Pessoal...), Centro de Treinamento.
Perícia Contábil, Judicial, Fiscal, Extrajudicial.
Detecta o lado "podre" da empresa. Empresas na Europa e EUA 
contratam às vezes até semestralmente esses serviços.
Cursos Técnicos, Cursos Especiais (In Company, Concursos 
Públicos...), Carreira Acadêmica (mestre,doutor...).
Pesquisa Autônoma (Recursos FAPESP, CNPq, Empresas...), 
Fundação de Pesquisa (Fipecafi, FIA, FIPE,...) Pesquisas para 
Sindicatos, Instituições de Ensino, Órgãos de Classe
Há revistas/boletins que remuneram os escassos escritores 
contábeis, Livros didáticos e técnicos, Articulista Contábil/
Financeiro/Tributário para jornais, revisão de livros.
Docente e Pesquisador com currículo notável. Parecer sobre: 
laudo pericial, causa judicial envolvendo empresas, avaliação de 
empresas, questões contábeis.
Palestra em Universidades, Empresas, Convenções, Congressos.
Gerenciar as finanças dos órgãos públicos.
Agente fiscal de Municípios, Estado e União.
Controlador de Arrecadação, Contador do Ministério Público da 
União, Fiscal do Ministério do trabalho, Banco Central, Analista de 
Finanças e Controle.
Controladoria, Fiscalização, Parecerista, Analista Contábil, 
Auditoria Pública, Contabilidade Orçamentária.
Polícia militar, exército, contador e auditor com a patente de 
general de divisão.
UNIDADE 1 | ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
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Pela figura anterior é possível verificar que a atuação do profissional 
da contabilidade é bastante ampla, podendo atuar em empresas nos diversos 
segmentos, também sendo autônomo, ou seja, de forma independente, sendo 
empresário em uma organização contábil, ou na área de auditoria ou perícia. Para 
Marion (2006), a auditoria é “o exame, a verificação da exatidão dos procedimentos 
contábeis.” A auditoria pode ser externa, na qual o profissional não é empregado 
da empresa que está realizando o trabalho de auditoria ou interna, quando o 
profissional é empregado da empresa, sendo responsável pelos controles internos 
da empresa. (MARION, 2006).
Na perícia, o profissional atua em processos judiciais, quando solicitado 
pela Justiça. Tanto o auditor, quanto o perito são atribuições exclusivas do 
contador, o técnico em contabilidade não pode atuar nestas áreas.
Pode atuar ainda, na área do ensino, sendo professor, tanto em nível médio 
quanto superior, ou pesquisador entre outros. Além disso, pode desenvolver 
atividades na área pública, e neste caso, o profissional precisa realizar concurso 
público.
Algumas modificações na forma de atuação dos profissionais da 
contabilidade foram ocasionadas com o advento da Lei nº 11.638 de 2007, que 
alterou e revogou alguns dispositivos da Lei nº 6.404 de 1976. Sendo assim, é 
possível que exista uma melhora no campo de atuação dos contadores e técnicos 
em contabilidade, porém eles precisam estar atualizados para entender as 
modificações ocorridas.
2.2 O PAPEL DO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE NA 
SOCIEDADE
A importância do papel do profissional da contabilidade pode ser 
percebida há muitos anos, todavia, a forma como a contabilidade é utilizada e 
modificada ao longo dos anos.
Segundo Iudícibus (2004), a origem da contabilidade surgiu com os 
primeiros sinais objetivos da existência de contas mencionados por alguns 
historiadores, aproximadamente 2.000 anos a.C. A contabilidade teve uma 
lenta evolução até o surgimento da moeda, porém a preocupação dos homens 
com as propriedades e riquezas era uma constante e continua sendo até hoje. À 
medida que as atividades foram se tornando mais complexas e ampliando suas 
dimensões de atuações, o instrumento de avaliação da situação patrimonial, ou 
seja, a contabilidade teve que se adaptar. (IUDÍCIBUS, 2004).
Percebe-se que a contabilidade vem sendo necessária ao longo dos anos 
e, consequentemente, seus profissionais que são os responsáveis pela elaboração 
dessas informações que são utilizadas pelos gestores, também são importantes.
TÓPICO 3 | O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE E A ÉTICA
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Com relação ao profissional da contabilidade, Marion (2006) informa que 
sua função básica é a de produzir informações que sejam úteis aos usuários da 
Contabilidade para fins de tomada de decisões. Marion (2006) ressalta ainda, que 
“em nosso país, em alguns segmentos de nossa economia, principalmente, na 
pequena empresa, a função do contador foi distorcida (infelizmente), estando 
voltada exclusivamente para satisfazer às exigências do fisco.” Contudo, percebe-
se que essa imagem aos poucos está mudando, verificando-se que os empresários 
estão utilizando as informações prestadas pela contabilidade como auxilio na 
tomada de decisões. (MARION, 2006).
É aconselhável que os gestores das organizações compreendam a 
utilidade da informação contábil e de suas limitações. Os presidentes e diretores 
de empresas, os administradores de hospitais e de escolas, os gerentes de vendas 
e os políticos ficam mais bem preparados para exercer suas funções quando 
conseguem entender razoavelmente as informações contábeis e delas fazerem 
uso. (OLIVEIRA et al., 2009).
Oliveira et al. (2009, p. 2) mencionam ainda que:
Quanto mais os gestores souberem de Contabilidade, melhor 
poderão planejar e controlar

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