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Compartimentação: ↪ Estabelecimento de duas regiões no espaço (meio intra e extracelular), separadas fisicamente por barreira (MP), e funcionalmente por um trânsito seletivo (que “escolhe” o que entra e sai) ↪ Esse trânsito seletivo é dado através de poros ou canais, gerando um gradiente eletroquímico, que faz com que ocorra um potencial eletroquímico (passagem ou saída de moléculas que tenham carga) Poros ou canais: ↪ Esses poros e canais podem ou não ser algo pré existentes na membrana ↪ A natureza das cargas seleciona os íons que passam através dos canais ⇢ Canais positivos: repulsão de cátions (+) e passagem de ânions (-) ⇢ Canais negativos: repulsão de ânions (-) e passagem de cátions (+) ↪ Existem ainda alguns canais especiais que possuem, além da barreira de carga, um ou dois portões que se abrem sob comando de íons (canal de Na): Abertura da porção extracelular → entra algo → fecha extra → abre intra → sai → fecha intra Potencial de membrana: ↪ As células vivas apresentam uma diferença de potencial entre os dois lados da membrana ↪ O interior das células é sempre negativo, e o exterior, positivo ↪ Quando há movimentação se cria potencial eletroquímico ↪ A origem desses potenciais é uma distribuição assimétrica de íons, especialmente de Na+, K+, Cl- e HPO4 ↪ Se a distribuição dos potenciais fosse simétrica (mesma quantidade de + e -), ocorreria potencial de repouso (estagnação), que ocorre quando cargas iguais continuam em trânsito Potencial de repouso: ↪ Ocorre quando há simetria de cargas (+ e -) ↪ As cargas continuam em trânsito, mas de maneira simétrica ↪ Quando há uma alteração nessa simetria, se cria outro tipo de potencial ↪ Todos os potenciais podem ser medidos Potencial de ação: ↪ É a modificação nas cargas extra e intracelular ↪ A atividade elétrica do coração compreende a relação entre as variações elétricas do PA e os movimentos iônicos transmembrana 1. Despolarização (é o potencial de difusão passiva): há abertura dos canais de Na+ com penetração de uma pequena quantidade de íons Na+, que é suficiente para anular a diferença do potencial transmembrana Biofisica @b_zanardi Indica quem entra e sai 2. Polarização invertida: continua a entrada de Na+, e com um pouco mais desses íons, a parte interna da célula fica positiva ↪ Nunca se tem cargas do mesmo sinal no meio intra e extracelular 3. Repolarização: fecham os canais de Na+, e o íon K+ sai da célula causando sua repolarização A bomba de sódio e potássio se encarrega de expulsar o excesso de íons Na+ que estava no interior da célula * É um processo ativo (gasto de ATP), entra certa quantidade de K para que ocorra a bomba de sódio e potássio e elimine o excesso de Na ** Sai K para que ocorra a repolarização ↪ Quando o potencial de membrana aumenta abruptamente (PA), do valor de repouso de –90mV para o valor positivo de +10mV por 2 milissegundos * ** Potencial do miocárdio: ↪ Fase 0 (despolarização): abertura dos canais Na+ voltagem dependentes (precisa de diferença de potencial) ↪ Fase 1 (rápida, precoce e incompleta repolarização): se fecham os canais de Na+ e ocorre influxo de Cl- ↪ Fase 2 (platô: tempo durante a qual a célula permanece despolarizada e o seu potencial mantém-se quase constante): abertura mais lenta e mais prolongada dos canais de Ca2+ ↪ Fase 3 (repolarização: célula recupera o nível de potencial de repouso): fechamento dos canais Ca2+ e efluxo de K+ por canais de K+ ↪ Fase 4 (diástole elétrica): potencial de repouso reestabelecido Excitação elétrica x contração cardíaca: ↪ Acoplamento feito pelo íon Ca2+ ↪ A entrada desses íons durante o platô é um fator determinante para que haja liberação do cálcio intracelular que está armazenado, principalmente no retículo sarcoplasmático e nas mitocôndrias ↪ A liberação do cálcio intracelular aumenta a concentração intracelular de cálcio livre, deflagrando a contração muscular ↪ O impulso inicial da contração é a despolarização da membrana, acompanhada de rápida saída de Ca2+ das cisternas do retículo sarcoplasmático ↪ Ou seja, a contração do miocárdio depende do influxo de íon cálcio que se verifica durante a atividade elétrica Tratamentos com drogas que reduzem o influxo de Ca podem conduzir a insuficiência mecânica do coração, mas o distúrbio hemodinâmico pode ser muito mais grave do que as manifestações eletrocardiográficas Canais iônicos e clínica: ↪ A biofísica, estuda as características eletrofisiológicas dos canais iônicos ↪ Muitas doenças que eram desconhecidas, ou não tinham diagnóstico, passam a ter ↪ Doenças provocadas por defeitos estruturais dos canais iônicos são chamadas de canalopatias (mau funcionamento dos canais iônicos)
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