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100 DICAS DE PROCESSO CIVIL ANA PAULA BLAZUTE @PROFANABLAZUTE Gilvanete da Paz 7.agoravai@gmail.com 1 PROCESSO CIVIL – 100 DICAS 1. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL O rol de normas fundamentais previsto no Capítulo I do Título Único do Livro I da Parte Geral do CPC não é exaustivo. 2. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Princípio da inafastabilidade - Art. 3º do CPC: “Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.” 3. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Art. 3º, §1º do CPC: É PERMITIDA A ARBITRAGEM na forma da lei. Súmula 485-STJ: A Lei de Arbitragem aplica-se aos contratos que contenham cláusula arbitral, ainda que celebrados antes da sua edição. 4. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Autocomposição - Art. 3º, §3º do CPC: “a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial”. Na autotutela a solução de conflito é realizada quando uma pessoa impõe sua vontade em detrimento da vontade da outra. 5. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL O que é sistema multiportas? Adotado pelo CPC/2015 para composição dos conflitos de interesse, as partes deverão buscar a forma mais ADEQUADA: mediação, arbitragem ou judiciário, ensina o professor Mozart Borba. 6. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Princípio da Primazia da Decisão do Mérito - Art. 4º do CPC: “As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.” Trata-se da consagração do princípio da primazia da decisão do mérito, isto é, deve-se priorizar as decisões que apreciam o mérito em detrimento daquelas que extinguem o processo sem resolução do mérito. No entanto, este princípio não deve ser absoluto, deverá ser sopesado com o princípio da boa-fé objetiva. 7. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Princípio da cooperação - Art. 6º no CPC: “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.” 8. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL - Art 9º do CPC: não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida, salvo nos seguintes casos: a) tutela provisória de urgência; b) hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; c) decisão prevista no art. 701. Mesmo nos casos que envolvam o pronunciamento acerca de prescrição ou decadência, ou passível de conhecimento de ofício pelo juiz, as partes têm o direito de se manifestar sobre qualquer questão que seja relevante para o processo. 9. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Princípio do contraditório substancial - Art. 10 do CPC: “O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.” 10. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Consoante art. 14 do CPC, a norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. 2 STJ, REsp 1954015/PE: (...) 3- À luz do princípio tempus regit actum e da Teoria do Isolamento dos Atos Processuais, os atos do processo devem observar a legislação vigente ao tempo de sua prática, sob pena de indevida retroação da lei nova para alcançar atos pretéritos. Nesse sentido, as normas processuais incidem imediatamente nos processos em curso, mas não alcançam atos processuais anteriores. Precedentes. 11. JURISDIÇÃO Princípio da Jurisdição – Art.16 do CPC: “A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código.” A jurisdição deve ser provocada, conforme determina o art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.” Portanto, não age de ofício, mas há exceções (art. 712 do CPC, por exemplo). 12. JURISDIÇÃO Características: inércia, imparcialidade, substitutividade, definitividade, unicidade e invisibilidade. Princípios da jurisdição: inafastabilidade, indelegabilidade, indeclinabilidade, inevitabilidade, territorialidade. Pode ser contenciosa e voluntária; cível e criminal; e comum e especial. 13. DA AÇÃO Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. No CPC/73 era também necessária para postular em juízo a possibilidade jurídica do pedido, mas no CPC/15 este requisito passou a ser analisado como questão meritória. 14. DA AÇÃO Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. Súmula 181-STJ: É admissível ação declaratória, visando a obter certeza quanto à exata interpretação de cláusula contratual. 15. DA AÇÃO Teoria eclética do direito de ação (Liebman): Para o exercício do direito de ação é necessária a presença das condições da ação. Esta teoria é adotada pelo CPC/15. 16. DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte, mas na ausência desse instrumento, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática. Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto: I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; II - colheita de provas e obtenção de informações; III - homologação e cumprimento de decisão; IV - concessão de medida judicial de urgência; V - assistência jurídica internacional; VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira. Sobre a matéria, já caiu na prova: FGV 2019 - XXVIII Exame da OAB Uma das funções da cooperação jurídica internacional diz respeito à obtenção de provas em outra jurisdição, nos termos das disposições dos tratados em vigor e das normas processuais brasileiras. Para instruir processo a ser iniciado ou já em curso, no Brasil ou no exterior, não é admitida, no entanto, a solicitação de colheita de provas pela via do auxílio direto. Resp: Falso. Fundamento: Art. 30, II, do CPC. 17. AUXÍLIO DIRETO Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. da Paz 7.agora 3 O auxílio direto é um instrumento de cooperação jurídica que visa tornar mais eficaz a realização de diligências determinadas pela autoridade judicial de um país, mas que devam ser realizadas no território de outro país (cooperação ativa). 18. CARTA ROGATÓRIA Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal. § 1º A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil. § 2º Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira. Trata-se de um instrumento jurídico de cooperação processual entre países para a prática de atos processuais. 19. COMPETÊNCIA Considera-se competência a “medida da jurisdição”, ou seja, representa a parcela do poder concedido a cada órgão do Poder Judiciário para o exercícioda jurisdição. Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. A partir do registro, quando há apenas uma vara, ou distribuição, quando há mais de uma vara, ocorre a Perpetuação da Jurisdição. Nesse caso, a competência não poderá ser mais alterada, salvo no caso de supressão do órgão judiciário ou de alteração de sua competência absoluta. Súmula 206-STJ: A existência de vara privativa, instituída por lei estadual, não altera a competência territorial resultante das leis de processo. Sempre cai na prova questão sobre competência. Vejamos: FGV 2020 - XXXI Exame da OAB Em função do incremento nas atividades de transporte aéreo no Brasil, a sociedade empresária Fast Plane, sediada no país, resolveu adquirir helicópteros de última geração da pessoa jurídica holandesa Nederland Air Transport, que ficou responsável pela fabricação, montagem e envio da mercadoria. O contrato de compra e venda restou celebrado, presencialmente, nos Estados Unidos da América, restando ajustado que o cumprimento da obrigação se dará no Brasil. No momento de receber as aeronaves, contudo, a adquirente verificou que o produto enviado era diverso do apontado no instrumento contratual. Decidiu a sociedade empresária Fast Plane, então, buscar auxílio jurídico para resolver a questão, inclusive para a propositura de eventual ação, caso não haja solução consensual. Considerando-se o enunciado acima, aplicando-se a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei n° 4.657/42) e o Código de Processo Civil, julgue o item a seguir. A autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente para processar e julgar eventual ação a ser proposta pela Fast Plane para resolver a questão. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 21, II, do CPC. 20. COMPETÊNCIA – MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. § 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. § 2º Aplica-se o disposto no caput : I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. O rol do art. 55, § 2º, I e II, é exemplificativo. 21. COMPETÊNCIA – MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Art. 55, §3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. Súmula 235-STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado. 22. COMPETÊNCIA – MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Gilv a Paz 7.agora mail.com 4 Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far- se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente. Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. Súmula 489-STJ: Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas propostas nesta e na Justiça Estadual. Já caiu na prova: FGV 2013 - XI Exame da OAB - Redação Adaptada Os critérios relativos de fixação de competência podem ser alterados pela ocorrência de alguns fenômenos processuais. Uma das situações que pode levar à modificação da competência, quando fixada com base em critérios relativos, é a ocorrência da chamada continência, que é o fenômeno que ocorre entre duas ou mais ações quando há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 56 do CPC. 23. COMPETÊNCIA – CLASSIFICAÇÃO Classificação da competência: absoluta (matéria, pessoa e função) e relativa (território e valor). Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes. Súmula 1 – STJ: O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente para a ação de investigação de paternidade quando cumulada com a de alimentos. Caiu na prova: FGV 2019 - XXVIII Exame da OAB - Redação Adaptada - João Paulo faleceu em Atibaia (SP), vítima de um ataque cardíaco fulminante. Empresário de sucesso, domiciliado na cidade de São Paulo (SP), João Paulo possuía inúmeros bens, dentre os quais se incluem uma casa de praia em Búzios (RJ), uma fazenda em Lucas do Rio Verde (GO) e alguns veículos de luxo, atualmente estacionados em uma garagem em Salvador (BA).Neste cenário, o foro competente para o inventário e a partilha dos bens deixados por João Paulo é o de São Paulo (SP).Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 48 do CPC. Também já caiu assim: FGV 2010 - II Exame da OAB A incompetência absoluta gera a nulidade de todos os atos praticados no processo até seu reconhecimento. Resp: Falso. Fundamento: Art. 64, §4º do CPC. 24. COMPETÊNCIA – CLASSIFICAÇÃO Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. EXCEÇÃO: Há competência em razão do território e valor que são absolutas. Exemplos: art. 47, §1º, segunda parte e §2º, a ação civil pública (art. 2º da Lei n. 7347/1985) e art. 3º, §3º da Lei 10.259/2001, Juizados da Fazenda Pública (art. 2º, §4º da Lei n. 12.159/2009). Súmula 33 do STJ: “a incompetência relativa não pode ser declarada de ofício” Caiu na prova: FGV 2018 - XXV Exame da OAB - Alcebíades ajuizou demanda de obrigação de fazer pelo procedimento comum, com base em cláusula contratual, no foro da comarca de Petrópolis. Citada para integrar a relação processual, a ré Benedita lembrou-se de ter ajustado contratualmente que o foro para tratar judicialmente de qualquer desavença seria o da comarca de Niterói, e comunicou o fato ao seu advogado. Sobre o procedimento a ser adotado pela defesa, segundo o caso narrado, julgue o item a seguir. A defesa poderá alegar a incompetência a qualquer tempo. Resp: Falso. Fundamento: Art. 63, caput e 65, caput, ambos do CPC. 25. COMPETÊNCIA - CLASSIFICAÇÃO As incompetências devem ser arguidas como matéria preliminar, dentro da contestação. Gilva Paz 7.agora mail.com 5 Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. Art. 337 do CPC: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e relativa. Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. Já caiu na prova: FGV 2016 - XX Exame da OAB - Redação Adaptada - Abílio, advogado competente, recebe duas citações de processos de seus clientes. Ao analisar as petições iniciais, bem como a distribuição dos processos, percebe que o processo A, que deveria ter sido ajuizado na Comarca de Maré de Cima, o foi na Comarca de Cipó do Mato, e que o processo B, que deveria correr em uma Vara de Família, foi distribuído para uma Vara Cível. Abílio promete aos seus clientes que irá solucionar esses problemas. De acordo com o regramento do CPC/15, Abílio deverá acrescentar uma preliminarde incompetência na contestação, em ambos os casos. Resp: verdadeiro. Fundamento: Art. 64 do CPC. Também já caiu assim: FGV 2012 - VIII Exame da OAB O sistema processual pátrio estabelece duas espécies de incompetência: a incompetência absoluta e a incompetência relativa. Acerca do tema, julgue o item a seguir. Em demanda proposta perante juízo absolutamente incompetente, pode haver prorrogação da competência do juízo, caso deixe o réu de apresentar, no momento processual oportuno, a exceção de incompetência. Resp: Falso. Fundamento: Art. 64, §1º do CPC. 26. COMPETÊNCIA Art. 63 do CPC: As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. § 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. Exceção de incompetência relativa que pode ser declarada de ofício pelo juiz: cláusula abusiva de eleição de foro. Caiu na prova: FGV 2020 - XXXI Exame da OAB Em função do incremento nas atividades de transporte aéreo no Brasil, a sociedade empresária Fast Plane, sediada no país, resolveu adquirir helicópteros de última geração da pessoa jurídica holandesa Nederland Air Transport, que ficou responsável pela fabricação, montagem e envio da mercadoria. O contrato de compra e venda restou celebrado, presencialmente, nos Estados Unidos da América, restando ajustado que o cumprimento da obrigação se dará no Brasil. No momento de receber as aeronaves, contudo, a adquirente verificou que o produto enviado era diverso do apontado no instrumento contratual. Decidiu a sociedade empresária Fast Plane, então, buscar auxílio jurídico para resolver a questão, inclusive para a propositura de eventual ação, caso não haja solução consensual. Considerando-se o enunciado acima, aplicando-se a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei n° 4.657/42) e o Código de Processo Civil, julgue o item a seguir. A autoridade judiciária brasileira será competente para processar e julgar eventual ação proposta pela Fast Plane, mesmo se estabelecida cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro, em razão do princípio da inafastabilidade da jurisdição. Resp: Falso. Fundamento: Art. 25, caput, do CPC. 27. CAPACIDADE PROCESSUAL Art. 70 do CPC: “Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.” Capacidade Processual: é necessário ter capacidade de fato, ou capacidade de exercício, que se consubstancia na aptidão para a prática dos atos decorrentes da capacidade de direito, ou seja, é necessário ser absolutamente capaz. Os absolutamente ou relativamente incapazes deverão ser, respectivamente, representados ou assistidos em juízo. 28. CAPACIDADE PROCESSUAL Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; da Paz mail.com 6 II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. Defensoria Pública – art. 4°, XVI da LC 80/94. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras: (...) XVI – exercer a curadoria especial nos casos previstos em lei; Já caiu na prova: FGV 2013 - XI Exame da OAB O juiz dará curador especial ao incapaz, ainda que tenha representante legal, quando houver colisão de interesses entre este e o representado. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 72, I do CPC. Caiu também: FGV 2013 - XI Exame da OAB O juiz dará curador especial ao réu revel citado por edital, mas não àquele citado com hora certa. Resp: Falso. Fundamento: Art. 72, II do CPC. 29. CAPACIDADE PROCESSUAL Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. A regra é de que o consentimento seja indispensável, mas os cônjuges sendo casados sob o regime de separação absoluta, não há essa exigência. 30. CAPACIDADE PROCESSUAL Art. 73, § 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. § 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. A regra é de que o consentimento seja dispensável, mas sendo caso de composse ou de ato por ambos praticados, há essa exigência. 31. CAPACIDADE PROCESSUAL ATENÇÃO: DISPOSITIVO ALTERADO PELA LEI nº 14.341/2022 Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III - o Município, por seu prefeito, procurador ou Associação de Representação de Municípios, quando expressamente autorizada; (Redação dada pela Lei nº 14.341, de 2022) IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; V - a massa falida, pelo administrador judicial; VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; VII - o espólio, pelo inventariante; VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores; IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. § 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte. § 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada. § 3º O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo. § 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias. § 5º A representação judicial do Município pela Associação de Representação de Municípios somente poderá ocorrer em questões de interesse comum dos Municípios associados e dependerá de autorização do respectivo chefe do Poder Executivo municipal, com indicação específica do direito ou da obrigação a ser objeto das medidas judiciais. (Incluído pela Lei nº 14.341, de 2022) 32. PARTES E PROCURADORES Capacidade de ser parte: da Paz gmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14341.htm#art13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14341.htm#art13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14341.htm#art13 7 Também chamada de capacidade de direito, diz respeito à possibilidade de a pessoa ocupar o polo passivo ou ativo do processo. Capacidade Postulatória: Estabelece o art. 104 do CPC: “O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.” Assim, para postular em juízo, o advogado deve necessariamente apresentar procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente, hipóteses em que, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igualperíodo por despacho do juiz. O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. Caiu na prova o seguinte: FGV 2014 - XIII Exame da OAB Com relação aos poderes, deveres e reponsabilidades das partes, dos procuradores e dos juízes, julgue o item a seguir. O Juiz, caso as partes e seus advogados empreguem expressões injuriosas nos escritos apresentados no processo, poderá mandar riscá-las, podendo assim agir, inclusive, de ofício. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 78, §2º do CPC 33. DEVERES DAS PARTES E DOS SEUS PROCURADORES Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva; VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e, no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento de citações e intimações. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) § 1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 3º Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2º será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. § 4º A multa estabelecida no § 2º poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, §1º e 536, §1º. § 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2º poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. § 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. § 7º Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2º. § 8º O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar. Ato atentatório à dignidade da justiça: a violação ao disposto nos incisos IV e VI do art. 77 do CPC. Deve o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até 20 % (vinte por cento) do valor da causa. Já caiu na prova: FGV 2012 - VII Exame da OAB As regras processuais impõem as partes deveres que devem ser observados ao longo do processo judicial. Tais deveres têm, como corolário lógico, a existência Gilva da Paz 7.agoravai@gmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm#art44 8 de uma responsabilidade processual civil. Acerca de tal responsabilidade, é correto afirmar que a responsabilidade por dano processual não pode ser reconhecida em face de terceiros intervenientes, sendo um fenômeno tipicamente atrelado à atuação das partes da demanda. Resp: Falso. Fundamento: Art. 79 do CPC. 34. DEVERES DAS PARTES E DOS SEUS PROCURADORES Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidente manifestamente infundado; VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. Além disso, quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário- mínimo. Já caiu em prova: GV 2015 - XVI Exame da OAB A propositura de várias ações idênticas quanto às partes, à causa de pedir e ao pedido, distribuídas a juízos distintos, com nomen iuris diversos, objetivando concessão de medida liminar e revisão de cláusulas de um mesmo contrato, configura má-fé processual de conduta temerária. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 80, V do CPC. 35. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E DESPESAS PROCESSUAIS Súmulas importantes: Súmula vinculante 47-STF: Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza. Súmula 257-STF: São cabíveis honorários de advogado na ação regressiva do segurador contra o causador do dano. Súmula 616-STF: É permitida a cumulação da multa contratual com os honorários de advogado, após o advento do Código de Processo Civil vigente. Súmula 14-STJ: Arbitrados os honorários advocatícios em percentual sobre o valor da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento. Súmula 201-STJ: Os honorários advocatícios não podem ser fixados em salários-mínimos. Súmula 232-STJ: A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito. Súmula 326-STJ: Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca. Súmula 345-STJ: São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas, ainda que não embargadas. Súmula 462-STJ: Nas ações em que representa o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a Caixa Econômica Federal (CEF) não está isenta de reembolsar as custas pela parte vencedora. Caiu assim na prova: FGV 2016 - XX Exame da OAB Em país estrangeiro em que possui domicílio e onde estão localizados seus bens imóveis, a sociedade empresária Alfa firmou contrato particular de fornecimento de minério com a também estrangeira sociedade empresária Beta, estipulando que a obrigação contratual deveria ser adimplida no Brasil. A sociedade empresária Alfa, diante do inadimplemento contratual da sociedade empresária Beta, ajuizou, perante a 1ª Vara Cível de Montes Claros/MG, ação com o propósito de ser indenizada pelos danos materiais sofridos, prestando como caução consistente dois veículos de sua propriedade.Após a citação e a realização de audiência de conciliação, a Gilva z 7.agora mail.com 9 sociedade empresária Beta contestou, apresentando pedido de reconvenção, alegando possuir direito de ser indenizada materialmente, em razão da relação jurídica contratual regularmente constituída entre as litigantes, sob a luz das legislações estrangeira e nacional. Com base no caso apresentado, segundo as regras do CPC/15, julgue o item a seguir. A sociedade empresária Alfa deverá prestar caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 83 do CPC. Também caiu assim na prova: FGV 2016 - XX Exame da OAB A médica Carolina é devedora de R$ 100.000,00 (cem mil reais), débito esse originado de contrato particular de mútuo, vencido e não pago, no qual figura como credora a advogada Zélia. Diante do inadimplemento, Zélia ajuizou ação de cobrança que, após instrução probatória, culminou em sentença com resolução de mérito procedente. O juiz não se pronunciou quanto ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência à advogada porque esta atuou em causa própria. A omissa sentença proferida transitou em julgado recentemente. Sobre o caso apresentado, segundo o CPC/15, julgue o item a seguir. O recente trânsito em julgado da omissa sentença não obsta o ajuizamento de ação autônoma para definição e cobrança dos honorários de sucumbência. Resp: Verdadeiro. Fundamento. Art. 85, §18 do CPC .DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. Após a entrada em vigor do CPC/2015, pode ser concedida a gratuidade da justiça a estrangeiro não residente no Brasil. 36. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA Art. 98. (...) § 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência. § 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. § 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas. § 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. Súmula 450-STF: São devidos honorários de advogado sempre que vencedor o beneficiário de justiça gratuita. 37. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA Súmula 481-STJ: Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais. 38. DOS PROCURADORES Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. § 1º Nas hipóteses previstas no caput , o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. § 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. Há necessidade da outorga de poderes para postular em juízo. No entanto, para evitar preclusão, decadência ou prescrição, bem como para praticar ato considerado urgente, o CPC autoriza que o advogado exiba a procuração no prazo de 15 (quinze) dias. 39. LITISCONSÓRCIO Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: Gilva Paz 10 I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. § 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. § 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar. Quando a formação do litisconsórcio multitudinário for prejudicial à defesa, o juiz poderá substituir a sua limitação pela ampliação de prazos, sem prejuízo da possibilidade de desmembramento na fase de cumprimento de sentença. 40. LITISCONSÓRCIO Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. Litisconsórcio necessário: a eficácia da sentença depende da citação de todos. Litisconsórcio unitário: quando o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme. Caiu na prova: FGV 2017 - XXII Exame da OAB Antônia contratou os arquitetos Nivaldo e Amanda para realizar o projeto de reforma de seu apartamento. No contrato celebrado entre os três, foi fixado o prazo de trinta dias para a prestação do serviço de arquitetura, o que não foi cumprido, embora tenha sido feito o pagamento dos valores devidos pela contratante. Com o objetivo de rescindir o contrato celebrado e ser ressarcida do montante pago, Antônia procura um advogado, mas lhe informa que não gostaria de processar Amanda, por serem amigas de infância. Sobre a hipótese apresentada, julgue o item a seguir. Não será possível o ajuizamento da ação unicamente em face de Nivaldo, uma vez que a hipótese tratada é de litisconsórcio necessário. Caso a ação não seja ajuizada em face de Amanda, o juiz deverá determinar que seja requerida sua citação, sob pena de extinção do processo. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 114 e 115 do CPC. 41. DA ASSISTÊNCIA Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre. O assistente simples pode requerer a intervenção de amicus curiae. Da assistência litisconsorcial: Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. 42. DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE A denunciação da lide (art. 125 do CPC) é uma forma de intervenção de terceiros. Pode ser provocada tanto pelo autor quanto pelo réu. Já o chamamento ao processo só pode ser requerido pelo réu. Tem natureza jurídica de ação, mas não há a formação de um processo autônomo. Haverá um processo único para a ação e a denunciação. Esta amplia o objeto do processo. O juiz, na sentença, terá de decidir não apenas a lide principal, mas a secundária. As hipóteses de denunciação são associadas ao direito de regresso. Caiu na prova: FGV 2017 - XXIV Exame da OAB Marcos se envolveu em um acidente, abalroando a motocicleta de Bruno, em razão de não ter visto que a pista estava interditada. Bruno ajuizou, em face de Marcos, ação de indenização por danos materiais, visando receber os valores necessários ao conserto de sua motocicleta. Marcos, ao receber a citaçãoda ação, entendeu que a responsabilidade de pagamento era da Seguradora Confiança, em virtude de contrato de seguro que havia pactuado para seu veículo, antes do acidente. Diante de tal situação, julgue o item a seguir. Marcos pode promover denunciação da lide à seguradora. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 125 do CPC. 43. CHAMAMENTO De acordo com o art. 130 do CPC, o réu pode requerer o chamamento ao processo do afiançado, na ação Gilva a Paz 7.agora mail.com 11 em que o fiador for réu; dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. 44. DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. (...) Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. A instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica NÃO SUSPENDERÁ a tramitação do processo de execução e do cumprimento de sentença em face dos executados originários. 45. DA ADVOCACIA PÚBLICA Art. 182. Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio da representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das pessoas jurídicas de direito público que integram a administração direta e indireta. Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. O art. 183 também se aplica aos processos que tramitam em meio eletrônico. Neste caso, para fins de contagem de prazo, não se considera como intimação pessoal a publicação pelo Diário da Justiça Eletrônico. § 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. § 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público. Art. 184. O membro da Advocacia Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. 46. DA DEFENSORIA PÚBLICA Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita. Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. § 1º O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, §1º . 47. DA DEFENSORIA PÚBLICA Súmula 421-STJ: Os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria Pública quando ela atua contra a pessoa jurídica de direito público à qual pertença. Após as Emendas Constitucionais 45/2004, 74/2013 e 80/2014 permite-se a condenação do ente federativo em honorários advocatícios em demandas patrocinadas pela Defensoria Pública, diante de autonomia funcional, administrativa e orçamentária da Instituição. STF. Plenário. AR 1937 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 30/06/2017 48. DOS ATOS PROCESSUAIS Negócio Jurídico Processual - Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. As partes podem, no negócio processual, estabelecer outros deveres e sanções para o caso do descumprimento da convenção. 49. DOS ATOS PROCESSUAIS Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. § 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados. Gilva a Paz 7.agora mail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art183%C2%A71 12 O disposto no §1º do artigo 191 refere-se ao juízo. A admissibilidade de autocomposição não é requisito para o calendário processual § 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário. 50. DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais. A regra de contagem de prazos em dias úteis só se aplica aos prazos iniciados após a vigência do Novo Código. Também se aplica aos Juizados Especiais Cíveis, Federais e da Fazenda Pública. Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. O art. 220 é aplicável aos Juizados Especiais, bem como estende-se ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública. 51. DA CITAÇÃO Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. Independe de citação o indeferimento da petição inicial e a improcedência liminar do pedido. O comparecimento espontâneo da parte constitui termo inicial dos prazos para pagamento e, sucessivamente, impugnação ao cumprimento de sentença. 52. DA CITAÇÃO Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) . Citação válida (ainda que o juiz seja incompetente) - induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor. Despacho que determina a citação (ainda que o juiz seja incompetente) – interrompe prescrição 53. DA CITAÇÃO Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá: (...) IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento; Ao ser citado, o réu deverá ser advertido de que sua ausência injustificada à audiência de conciliação ou mediação configura ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA, punível com a multa do art. 334, § 8º, sob pena de sua inaplicabilidade. 54. DO VALOR DA CAUSA Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. Súmula 449-STF: O valor da causa, na consignatória de aluguel, corresponde a uma anuidade. Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas. 55. TUTELAS PROVISÓRIAS A tutela definitiva é aquela obtida com base em cognição exauriente. Já as tutelas provisórias são proferidas com uma cognição sumária. Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. 56. TUTELAS PROVISÓRIAS As tutelas provisórias podem ser deurgência ou evidência (Art. 294). Conforme estabelece o art. 294, parágrafo único, as tutelas de urgência se subdividem em ANTECIPADAS Gilva Paz mail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397 13 e CAUTELARES e podem ser requeridas em caráter antecedente ou incidental. Tutela antecipada = tutela satisfativa Tutela cautelar = tutela preventiva Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 57. TUTELAS PROVISÓRIAS Nos termos do art. 300, §3º do CPC: A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Sendo assim, ela possui um requisito a mais que a tutela cautelar. 58. DA SUSPENSÃO DO PROCESSO Art. 313. Suspende-se o processo: I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador; II - pela convenção das partes; III - pela arguição de impedimento ou de suspeição; IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas; V - quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente; b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo; VI - por motivo de força maior; VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo; VIII - nos demais casos que este Código regula; IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona da causa; X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. 59. PETIÇÃO INICIAL Dentre os requisitos exigidos, o autor deve indicar o CPF/CNPJ e o endereço eletrônico do réu (inciso II, do Art. 319). No entanto, estabelece o §1º do mesmo dispositivo que “Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.” 60. DA PETIÇÃO INICIAL Se o autor não emendar ou completar a inicial, o juiz prolatará a sentença de indeferimento da inicial (art. 330). Diante disso, não haverá resolução do mérito e a demanda poderá ser proposta novamente. Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I - for inepta; II - a parte for manifestamente ilegítima; III - o autor carecer de interesse processual; IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 61. DO PEDIDO Os pedidos da petição inicial devem ser certos (expresso) e determinados (não deve ser genérico – há exceções – art. 324, §1º). Existem os pedidos implícitos (art. 322, §1º; art. 323). Art. 322. O pedido deve ser certo. §1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. (...) Art. 324. O pedido deve ser determinado. 1º É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. Súmula 318-STJ: Formulado pedido certo e determinado, somente o autor tem interesse recursal em arguir o vício da sentença ilíquida 62. DO PEDIDO Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo. Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo. Na hipótese de cumulação alternativa, acolhido integralmente um dos pedidos, a sucumbência deve ser suportada pelo réu. Gilva da Paz ail.com 14 63. SANEAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL Se o juiz verificar algum vício, antes de indeferir, mandará corrigir no prazo de 15 (quinze) dias. Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. 64. AUDIÊNCIA Em regra, antes da apresentação da defesa, deve existir uma audiência de conciliação ou mediação (art. 334, CPC). Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. Mas, essa audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II - quando não se admitir a autocomposição. (art. 334, §3º, CPC) 65. DA CONTESTAÇÃO Princípio da eventualidade: “Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.” Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. Caiu na prova a seguinte questão: FGV 2016 - XXI Exame da OAB A sociedade Palavras Cruzadas Ltda. ajuizou ação de responsabilidade civil em face de Helena e requereu o benefício da gratuidade de justiça, na petição inicial. O juiz deferiu o requerimento de gratuidade e ordenou a citação da ré. Como a autora não juntou qualquer documento comprobatório de sua hipossuficiência econômica, a ré pretende atacar o benefício deferido. Com base na situação apresentada, julgue o item a seguir. A ré alegará na contestação que não estão presentes os requisitos para o deferimento do benefício de gratuidade. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 99 e art. 100, caput do CPC. 66. DA RECONVENÇÃO Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. Súmula 258-STF: É admissível reconvenção em ação declaratória 67. DA REVELIA Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. Súmula 231-STF: O revel, em processo civil, pode produzir provas, desde que compareça em tempo oportuno. 68. DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487,incisos II e III , o juiz proferirá sentença. Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento. Gilvanete da Paz 7.agoravai@gmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art319 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art344 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art485 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art487ii 15 É cabível agravo de instrumento contra ato decisório que indefere parcialmente a petição inicial ou a reconvenção 69. DO JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. O juiz que promove julgamento antecipado do mérito por desnecessidade de outras provas não pode proferir sentença de improcedência por insuficiência de provas. 70. DO JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL DO MÉRITO Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. O juiz pode resolver parcialmente o mérito, em relação à matéria não afetada para julgamento, nos processos suspensos em razão de recursos repetitivos, repercussão geral, incidente de resolução de demandas repetitivas ou incidente de assunção de competência. 71. DO SANEAMENTO E DA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo: I - resolver as questões processuais pendentes, se houver; II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos; III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373 ; IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento. 72. DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar. Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 73. DAS PROVAS Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. (...) Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. (Prova emprestada) É admissível, assegurado o contraditório, a prova emprestada vinda de processo do qual não participaram as partes do processo para o qual a prova será trasladada. A prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem partes idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade sem justificativa razoável para isso. Quando se diz que deve assegurar o contraditório, significa que a parte deve ter o direito de se insurgir contra a prova trazida e de impugná-la. STJ. Corte Especial. EREsp 617428-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/6/2014 (Info 543). 74. DAS PROVAS Art. 373. O ônus da prova incumbe: (Distribuição estática do ônus da prova) I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.(Distribuição dinâmica do ônus da prova) § 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.(Prova diabólica) § 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; da Paz 7.agoravai@gmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art344 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art349 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art349 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art349 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art349 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art349 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art349 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art373 16 II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. § 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo. Cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º, conforme dispõe o art. 1.015. 75. DO DEPOIMENTO PESSOAL Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício. Antes de decidir sobre a conduta da parte no depoimento pessoal, deverá o magistrado submeter o tema a contraditório para evitar decisão surpresa. No depoimento pessoal, o advogado da contraparte formulará as perguntas diretamente ao depoente. 76. DA PRODUÇÃO DA PROVA TESTEMUNHAL Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida. (Sistema do Cross- examination). A qualificação incompleta da testemunha só impede a sua inquirição se houver demonstração de efetivo prejuízo. 77. DA SENTENÇA Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código. Súmula 216-STF: Para decretação da absolvição de instância pela paralisação do processo por mais de 30 dias, é necessário que o autor, previamente intimado, não promova o andamento da causa. Súmula 240-STJ: A extinção do processo, por abandono da causa pelo autor, depende de requerimento do réu. 78. DA SENTENÇA Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolveo mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação. § 1º No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485 , a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução do mérito. § 2º A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado. § 3º Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. (Perempção) A sentença que reconhece a extinção da obrigação pela confusão é de mérito. Também é de mérito a decisão que rejeita a alegação de prescrição ou de decadência. 79. DA SENTENÇA Súmula 318-STJ: Formulado pedido certo e determinado, somente o autor tem interesse recursal em arguir o vício da sentença ilíquida. Súmula 344-STJ: A liquidação por forma diversa da estabelecida na sentença não ofende a coisa julgada. Gilva da Paz 7.agoravai@gmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art485i 17 80. DA REMESSA NECESSÁRIA Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. Observação: A sentença arbitral contra a Fazenda Pública NÃO ESTÁ SUJEITA À REMESSA NECESSÁRIA. 81. REMESSA NECESSÁRIA Súmula 45-STJ: No reexame necessário, é defeso, ao tribunal, agravar a condenação imposta à Fazenda Pública. Súmula 253-STJ: O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a decidir o recurso, alcança o reexame necessário. Súmula 325-STJ: A remessa oficial devolve ao Tribunal o reexame de todas as parcelas da condenação suportadas pela Fazenda Pública, inclusive dos honorários de advogado. Súmula 490-STJ: A dispensa de reexame necessário, quando o valor da condenação ou do direito controvertido for inferior a 60 salários mínimos, não se aplica a sentenças ilíquidas. 82. PRESSUPOSTOS RECURSAIS OBJETIVOS REGULARIDADE FORMAL: o recurso interposto deve cumprir as formalidades expressamente previstas em lei para a sua interposição. TEMPESTIVIDADE: o recurso deve ser interposto no prazo estabelecido pelo código de processo civil. PREPARO: o preparo engloba o pagamento das custas e do depósito recursal, sob pena de deserção. Importante destacar que, se houver recolhimento do valor do preparo inferior ao devido, o recorrente poderá complementá-lo no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de deserção. Por outro lado, se o recorrente não recolher qualquer valor do preparo, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. 83. RECURSO - APELAÇÃO Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. § 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. Caiu na prova: FGV 2016 - XX Exame da OAB Gerusa ajuizou ação de cobrança em face de Vicente, que, ao final da instrução probatória, culminou em sentença de procedência de seu pedido condenatório, tendo o magistrado fixado honorários advocatícios de sucumbência em quantia irrisória. O êxito obtido decorreu do trabalho desenvolvido pelo Dr. Alonso, advogado particular constituído por Gerusa em razão de renúncia ao mandato apresentada por seu antigo advogado, logo após a distribuição da ação. Assim que assumiu o patrocínio da causa, o Dr. Alonso identificou que Gerusa não possuía recursos suficientes para custear o processo, razão pela qual requereu e obteve o direito de gratuidade da justiça para sua cliente. A partir dos elementos do enunciado, com base no CPC/15, julgue o item a seguir. É cabível apelação versando exclusivamente sobre a majoração do valor dos honorários fixados pela sentença, mediante pagamento do preparo pelo Dr. Alonso. Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 99, §4º do CPC. 84. RECURSO - APELAÇÃO Efeito devolutivo: como regra geral, a apelação possui efeito devolutivo, pois serão objeto de apreciação pelo Tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. Efeito suspensivo: a apelação, como regra geral, possui efeito suspensivo. Entretanto, poderá deixar de tê-lo (efeito imediato) nas hipóteses expressamente previstas em lei e quando interposto em face de sentença que (art. 1.012 do CPC/2015): I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória e VI - decreta a interdição. a Paz 7.agora mail.com 18 85. RECURSO – AGRAVO DE INSTRUMENTO Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário (parágrafo único do art. 1.015 do CPC/2015). 86. RECURSO – AGRAVO DE INSTRUMENTO O agravo de instrumento, em regra, não possui efeito suspensivo, mas o relator poderá aplicá-lo para evitar lesão grave ou de difícil reparação. 87. RECURSO - AGRAVO INTERNO É cabível contra decisão proferida pelo relator para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal (art. 1.021 do CPC/2015). Se o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 1% e 5% por cento do valor atualizado da causa. Nesse caso, a interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. 88. RECURSO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º . Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicaçãodo erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. Não possuem efeito suspensivo. Entretanto, a eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação. 89. RECURSO – RECURSO ESPECIAL É cabível nas causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal e c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Interposto, no prazo de 15 dias, perante o presidente ou vice-presidente do Tribunal de Origem, a depender do regime interno do Tribunal. 90. RECURSO – RECURSO ESPECIAL O primeiro juízo de admissibilidade é feito pelo Tribunal a quo, devendo ser negado o seguimento nas hipóteses do art. 1.030 do CPC/2015. Sendo positivo o juízo de admissibilidade, o processo será remetido ao STJ. Além disso, verificando o Tribunal de origem que há Gilvanete da Paz gmail.com 19 grande quantidade de recursos sobre a mesma matéria, deverá selecionar um ou mais processos representativos encaminhando-os ao STJ (art. 1.036 do CPC). Neste caso, os demais processos que tratam da mesma matéria deverão ficar sobrestados até a decisão do STJ, que deverá ser seguida nos processos sobrestados. Não admitido o recurso especial caberá agravo do despacho denegatório em 15 dias. É recebido apenas no efeito devolutivo. 91. RECURSO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO É cabível nas causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição e d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. É o mesmo procedimento do recurso especial, com a peculiaridade da repercussão geral. A repercussão geral será admitida por 2/3 dos ministros do STF e é irrecorrível (decisão do pleno). Se o STF considerar que há repercussão geral, o relator determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional. Neste caso, o processo deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. 92. RECURSO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO Recebido apenas no efeito devolutivo. Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo. Além disso, haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; II - tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos; III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal. A decisão do STF que não conhece do recurso extraordinário por falta de repercussão geral será irrecorrível. Além disso, negada a repercussão geral, o presidente ou o vice- presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica. 93. RECURSO - RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL É cabível em face das decisões de única instância proferidas pelos Tribunais Superiores, podendo o recurso ser dirigido ao STF ou STJ, a depender da matéria e do Tribunal que proferiu a decisão. Mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão. (STF) Mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; Processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. (STJ) 94. IRDR - Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas cabível quando houver, simultaneamente: I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito; II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. Conforme o art. 977 do CPC/2015, o pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal e poderá ser formulado: pelo juiz ou relator, por ofício; pelas partes, por petição e pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição. Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no incidente e deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou de abandono. 95. IRDR – INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS O julgamento do incidente caberá ao órgão indicado pelo regimento interno dentre aqueles responsáveis pela uniformização de jurisprudência do tribunal. Haverá suspensão dos processos pendentes e o julgamento do incidente deverá ser realizado no prazo de 1 (um) ano. Gilv z 7.agora ail.com 20 96. IRDR – INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada a todos os processos individuais ou coletivos que pendentes e futuros sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal. Caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso. O recurso terá efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional eventualmente discutida. 97. PROCESSO DE EXECUÇÃO O processo de execução (autônomo) está restrito apenas à execução dos títulos executivos extrajudiciais, já que, em relação ao título executivo judicial, a execução ocorre por meio de cumprimento de sentença. 98. EMBARGOS À EXECUÇÃO Uma espécie de ação por meio da qual o executado poderá se opor à execução, devendo ser oferecido no prazo de 15 dias contados da citação. Os embargos à execução podem ser oferecidos independentemente de penhora, depósito ou caução. Em regra, os embargos à execução não possuem efeito suspensivo. Entretanto, o juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. 99. Prazos dos recursos em Processo civil 15 dias, salvo embargos de declaração que o prazo será de 5 dias. 100. Excelente prova! Gilva 7.agora
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