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100 dicas Proc Civil Blazute

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100 DICAS DE
PROCESSO CIVIL 
ANA PAULA BLAZUTE
 
 
@PROFANABLAZUTE
Gilvanete da Paz
7.agoravai@gmail.com
1 
 
PROCESSO CIVIL – 100 DICAS 
 
1. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL 
 
O rol de normas fundamentais previsto no Capítulo I do 
Título Único do Livro I da Parte Geral do CPC não é 
exaustivo. 
 
2. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL 
 
Princípio da inafastabilidade - Art. 3º do CPC: “Não se 
excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a 
direito.” 
 
3. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL 
 
Art. 3º, §1º do CPC: É PERMITIDA A 
ARBITRAGEM na forma da lei. 
 
Súmula 485-STJ: A Lei de Arbitragem aplica-se aos 
contratos que contenham cláusula arbitral, ainda que 
celebrados antes da sua edição. 
 
4. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO
PROCESSO CIVIL 
 
Autocomposição - Art. 3º, §3º do CPC: “a conciliação, 
a mediação e outros métodos de solução consensual de 
conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, 
defensores públicos e membros do Ministério Público, 
inclusive no curso do processo judicial”. 
 
Na autotutela a solução de conflito é realizada quando 
uma pessoa impõe sua vontade em detrimento da 
vontade da outra. 
 
5. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL 
 
O que é sistema multiportas? Adotado pelo CPC/2015 
para composição dos conflitos de interesse, as partes 
deverão buscar a forma mais ADEQUADA: mediação, 
arbitragem ou judiciário, ensina o professor Mozart 
Borba. 
 
6. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL 
 
Princípio da Primazia da Decisão do Mérito - Art. 4º 
do CPC: “As partes têm o direito de obter em prazo 
razoável a solução integral do mérito, incluída a 
atividade satisfativa.” 
 
Trata-se da consagração do princípio da primazia da 
decisão do mérito, isto é, deve-se priorizar as decisões 
que apreciam o mérito em detrimento daquelas que 
extinguem o processo sem resolução do mérito. No 
entanto, este princípio não deve ser absoluto, deverá ser 
sopesado com o princípio da boa-fé objetiva. 
 
7. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL 
 
Princípio da cooperação - Art. 6º no CPC: “Todos os 
sujeitos do processo devem cooperar entre si para que 
se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa 
e efetiva.” 
 
8. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL 
 
 - Art 9º do CPC: não se proferirá decisão contra uma 
das partes sem que ela seja previamente ouvida, 
salvo nos seguintes casos: a) tutela provisória de 
urgência; b) hipóteses de tutela da evidência previstas 
no art. 311, incisos II e III; c) decisão prevista no art. 
701.
Mesmo nos casos que envolvam o pronunciamento 
acerca de prescrição ou decadência, ou passível de 
conhecimento de ofício pelo juiz, as partes têm o direito 
de se manifestar sobre qualquer questão que seja 
relevante para o processo. 
 
9. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL 
 
Princípio do contraditório substancial - Art. 10 do 
CPC: “O juiz não pode decidir, em grau algum de 
jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual 
não se tenha dado às partes oportunidade de se 
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual 
deva decidir de ofício.” 
 
10. DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO 
PROCESSO CIVIL 
 
Consoante art. 14 do CPC, a norma processual não 
retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos 
em curso, respeitados os atos processuais praticados e 
as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da 
norma revogada. 
 
2 
 
STJ, REsp 1954015/PE: (...) 3- À luz do princípio 
tempus regit actum e da Teoria do Isolamento dos Atos 
Processuais, os atos do processo devem observar a 
legislação vigente ao tempo de sua prática, sob pena 
de indevida retroação da lei nova para 
alcançar atos pretéritos. Nesse sentido, as normas 
processuais incidem imediatamente nos processos em 
curso, mas não alcançam atos processuais anteriores. 
Precedentes. 
 
11. JURISDIÇÃO 
 
Princípio da Jurisdição – Art.16 do CPC: “A jurisdição 
civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o 
território nacional, conforme as disposições deste 
Código.” 
 
A jurisdição deve ser provocada, conforme determina o 
art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da 
parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as 
exceções previstas em lei.” 
 
Portanto, não age de ofício, mas há exceções (art. 712 
do CPC, por exemplo). 
 
12. JURISDIÇÃO 
 
Características: inércia, imparcialidade, 
substitutividade, definitividade, unicidade e 
invisibilidade. 
 
Princípios da jurisdição: inafastabilidade, 
indelegabilidade, indeclinabilidade, inevitabilidade, 
territorialidade. 
 
Pode ser contenciosa e voluntária; cível e criminal; e 
comum e especial. 
 
13. DA AÇÃO 
 
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse 
e legitimidade. 
 
No CPC/73 era também necessária para postular em 
juízo a possibilidade jurídica do pedido, mas no 
CPC/15 este requisito passou a ser analisado como 
questão meritória. 
 
14. DA AÇÃO 
 
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, 
ainda que tenha ocorrido a violação do direito. 
 
Súmula 181-STJ: É admissível ação declaratória, 
visando a obter certeza quanto à exata interpretação 
de cláusula contratual. 
 
15. DA AÇÃO 
 
Teoria eclética do direito de ação (Liebman): Para o 
exercício do direito de ação é necessária a presença das 
condições da ação. Esta teoria é adotada pelo CPC/15. 
 
16. DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 
 
A cooperação jurídica internacional será regida por 
tratado de que o Brasil faz parte, mas na ausência desse 
instrumento, a cooperação jurídica internacional poderá 
realizar-se com base em reciprocidade, manifestada 
por via diplomática. 
 
Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por 
objeto: 
I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; 
II - colheita de provas e obtenção de informações; 
III - homologação e cumprimento de decisão; 
IV - concessão de medida judicial de urgência; 
V - assistência jurídica internacional; 
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não 
proibida pela lei brasileira. 
Sobre a matéria, já caiu na prova: 
 
FGV 2019 - XXVIII Exame da OAB 
Uma das funções da cooperação jurídica internacional diz 
respeito à obtenção de provas em outra jurisdição, nos 
termos das disposições dos tratados em vigor e das 
normas processuais brasileiras. Para instruir processo a 
ser iniciado ou já em curso, no Brasil ou no exterior, não é 
admitida, no entanto, a solicitação de colheita de provas 
pela via do auxílio direto. 
Resp: Falso. Fundamento: Art. 30, II, do CPC. 
 
 
17. AUXÍLIO DIRETO 
 
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não 
decorrer diretamente de decisão de autoridade 
jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de 
delibação no Brasil. 
Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada 
pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, 
cabendo ao Estado requerente assegurar a 
autenticidade e a clareza do pedido. 
 
 
da Paz
7.agora
3 
 
O auxílio direto é um instrumento de cooperação 
jurídica que visa tornar mais eficaz a realização de 
diligências determinadas pela autoridade judicial de 
um país, mas que devam ser realizadas no território 
de outro país (cooperação ativa). 
 
18. CARTA ROGATÓRIA 
 
Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o 
Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição 
contenciosa e deve assegurar às partes as garantias 
do devido processo legal. 
§ 1º A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao 
atendimento dos requisitos para que o pronunciamento 
judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil. 
§ 2º Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do 
mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela 
autoridade judiciária brasileira. 
 
Trata-se de um instrumento jurídico de cooperação 
processual entre países para a prática de atos 
processuais. 
 
19. COMPETÊNCIA 
 
Considera-se competência a “medida da jurisdição”, ou
seja, representa a parcela do poder concedido a cada
órgão do Poder Judiciário para o exercícioda jurisdição. 
 
Art. 43. Determina-se a competência no momento do 
registro ou da distribuição da petição inicial, sendo 
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de 
direito ocorridas posteriormente, salvo quando 
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência 
absoluta. 
 
A partir do registro, quando há apenas uma vara, ou 
distribuição, quando há mais de uma vara, ocorre a 
Perpetuação da Jurisdição. Nesse caso, a 
competência não poderá ser mais alterada, salvo no 
caso de supressão do órgão judiciário ou de alteração 
de sua competência absoluta. 
 
Súmula 206-STJ: A existência de vara privativa, 
instituída por lei estadual, não altera a competência 
territorial resultante das leis de processo. 
 
Sempre cai na prova questão sobre competência. 
Vejamos: 
 
FGV 2020 - XXXI Exame da OAB 
Em função do incremento nas atividades de transporte 
aéreo no Brasil, a sociedade empresária Fast Plane, 
sediada no país, resolveu adquirir helicópteros de última 
geração da pessoa jurídica holandesa Nederland Air 
Transport, que ficou responsável pela fabricação, 
montagem e envio da mercadoria. O contrato de compra e 
venda restou celebrado, presencialmente, nos Estados 
Unidos da América, restando ajustado que o cumprimento 
da obrigação se dará no Brasil. 
No momento de receber as aeronaves, contudo, a 
adquirente verificou que o produto enviado era diverso do 
apontado no instrumento contratual. Decidiu a sociedade 
empresária Fast Plane, então, buscar auxílio jurídico para 
resolver a questão, inclusive para a propositura de 
eventual ação, caso não haja solução consensual. 
Considerando-se o enunciado acima, aplicando-se a Lei 
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei 
n° 4.657/42) e o Código de Processo Civil, julgue o item a 
seguir. 
A autoridade judiciária brasileira tem competência 
concorrente para processar e julgar eventual ação a ser 
proposta pela Fast Plane para resolver a questão. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 21, II, do CPC. 
 
 
20. COMPETÊNCIA – MODIFICAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA 
 
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela 
conexão ou pela continência, observado o disposto 
nesta Seção. 
 Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações 
quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. 
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos 
para decisão conjunta, salvo se um deles já houver 
sido sentenciado. 
§ 2º Aplica-se o disposto no caput : 
I - à execução de título extrajudicial e à ação de 
conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; 
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
 
O rol do art. 55, § 2º, I e II, é exemplificativo. 
 
21. COMPETÊNCIA – MODIFICAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA 
 
Art. 55, §3º Serão reunidos para julgamento conjunto os 
processos que possam gerar risco de prolação de 
decisões conflitantes ou contraditórias caso 
decididos separadamente, mesmo sem conexão entre 
eles. 
 
Súmula 235-STJ: A conexão não determina a reunião 
dos processos, se um deles já foi julgado. 
 
22. COMPETÊNCIA – MODIFICAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA 
 
Gilv a Paz
7.agora mail.com
4 
 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais 
ações quando houver identidade quanto às partes e à 
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais 
amplo, abrange o das demais. 
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente 
tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à 
ação contida será proferida sentença sem resolução de 
mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente 
reunidas. 
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-
se-á no juízo prevento, onde serão decididas 
simultaneamente. 
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial 
torna prevento o juízo. 
 
Súmula 489-STJ: Reconhecida a continência, devem 
ser reunidas na Justiça Federal as ações civis 
públicas propostas nesta e na Justiça Estadual. 
 
Já caiu na prova: 
FGV 2013 - XI Exame da OAB - Redação Adaptada 
Os critérios relativos de fixação de competência podem ser 
alterados pela ocorrência de alguns fenômenos 
processuais. Uma das situações que pode levar à 
modificação da competência, quando fixada com base em 
critérios relativos, é a ocorrência da chamada continência, 
que é o fenômeno que ocorre entre duas ou mais ações 
quando há identidade quanto às partes e à causa de pedir,
mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das 
outras. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 56 do CPC. 
 
 
23. COMPETÊNCIA – CLASSIFICAÇÃO 
 
Classificação da competência: absoluta (matéria, 
pessoa e função) e relativa (território e valor). 
 
Art. 62. A competência determinada em razão da 
matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por 
convenção das partes. 
 
Súmula 1 – STJ: O foro do domicílio ou da residência 
do alimentando é o competente para a ação de 
investigação de paternidade quando cumulada com a 
de alimentos. 
 
 
Caiu na prova: 
FGV 2019 - XXVIII Exame da OAB - Redação 
Adaptada - João Paulo faleceu em Atibaia (SP), 
vítima de um ataque cardíaco fulminante. Empresário 
de sucesso, domiciliado na cidade de São Paulo (SP), 
João Paulo possuía inúmeros bens, dentre os quais 
se incluem uma casa de praia em Búzios (RJ), uma 
fazenda em Lucas do Rio Verde (GO) e alguns 
veículos de luxo, atualmente estacionados em uma 
garagem em Salvador (BA).Neste cenário, o foro 
competente para o inventário e a partilha dos bens 
deixados por João Paulo é o de São Paulo (SP).Resp: 
Verdadeiro. Fundamento: Art. 48 do CPC. 
Também já caiu assim: 
FGV 2010 - II Exame da OAB 
A incompetência absoluta gera a nulidade de todos os 
atos praticados no processo até seu reconhecimento. 
Resp: Falso. Fundamento: Art. 64, §4º do CPC. 
 
24. COMPETÊNCIA – CLASSIFICAÇÃO 
 
Art. 63. As partes podem modificar a competência em 
razão do valor e do território, elegendo foro onde será 
proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 
 
EXCEÇÃO: Há competência em razão do território e 
valor que são absolutas. Exemplos: art. 47, §1º, 
segunda parte e §2º, a ação civil pública (art. 2º da Lei 
n. 7347/1985) e art. 3º, §3º da Lei 10.259/2001, 
Juizados da Fazenda Pública (art. 2º, §4º da Lei n. 
12.159/2009). 
Súmula 33 do STJ: “a incompetência relativa não 
pode ser declarada de ofício” 
 
Caiu na prova: 
FGV 2018 - XXV Exame da OAB - Alcebíades ajuizou 
demanda de obrigação de fazer pelo procedimento 
comum, com base em cláusula contratual, no foro da 
comarca de Petrópolis. Citada para integrar a relação 
processual, a ré Benedita lembrou-se de ter ajustado 
contratualmente que o foro para tratar judicialmente de 
qualquer desavença seria o da comarca de Niterói, e 
comunicou o fato ao seu advogado. Sobre o procedimento 
a ser adotado pela defesa, segundo o caso narrado, julgue 
o item a seguir. A defesa poderá alegar a incompetência a 
qualquer tempo. 
Resp: Falso. Fundamento: Art. 63, caput e 65, caput, 
ambos do CPC. 
 
25. COMPETÊNCIA - CLASSIFICAÇÃO 
 
As incompetências devem ser arguidas como matéria 
preliminar, dentro da contestação. 
Gilva Paz
7.agora mail.com
5 
 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será 
alegada como questão preliminar de contestação. 
 
Art. 337 do CPC: Incumbe ao réu, antes de discutir 
o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e 
relativa. 
 
 
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu 
não alegar a incompetência em preliminar de 
contestação. 
 
Já caiu na prova: 
FGV 2016 - XX Exame da OAB - Redação Adaptada - 
Abílio, advogado competente, recebe duas citações de 
processos de seus clientes. Ao analisar as petições 
iniciais, bem como a distribuição dos processos, percebe 
que o processo A, que deveria ter sido ajuizado na 
Comarca de Maré de Cima, o foi na Comarca de Cipó do 
Mato, e que o processo B, que deveria correr em uma Vara 
de Família, foi distribuído para uma Vara Cível. Abílio 
promete aos seus clientes que irá solucionar esses 
problemas. De acordo com o regramento do CPC/15, 
Abílio deverá acrescentar uma preliminarde 
incompetência na contestação, em ambos os casos. 
Resp: verdadeiro. Fundamento: Art. 64 do CPC. 
Também já caiu assim: 
FGV 2012 - VIII Exame da OAB 
O sistema processual pátrio estabelece duas espécies de 
incompetência: a incompetência absoluta e a 
incompetência relativa. Acerca do tema, julgue o item a 
seguir. Em demanda proposta perante juízo 
absolutamente incompetente, pode haver prorrogação da 
competência do juízo, caso deixe o réu de apresentar, no 
momento processual oportuno, a exceção de 
incompetência. 
Resp: Falso. Fundamento: Art. 64, §1º do CPC. 
 
26. COMPETÊNCIA 
 
Art. 63 do CPC: As partes podem modificar a 
competência em razão do valor e do território, elegendo 
foro onde será proposta ação oriunda de direitos e 
obrigações. 
 
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se 
abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, 
que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro 
de domicílio do réu. 
 
Exceção de incompetência relativa que pode ser 
declarada de ofício pelo juiz: cláusula abusiva de 
eleição de foro. 
 
 
 
 
 
 
Caiu na prova: 
FGV 2020 - XXXI Exame da OAB 
Em função do incremento nas atividades de transporte aéreo no 
Brasil, a sociedade empresária Fast Plane, sediada no país, 
resolveu adquirir helicópteros de última geração da pessoa 
jurídica holandesa Nederland Air Transport, que ficou 
responsável pela fabricação, montagem e envio da mercadoria. 
O contrato de compra e venda restou celebrado, 
presencialmente, nos Estados Unidos da América, restando 
ajustado que o cumprimento da obrigação se dará no Brasil. 
No momento de receber as aeronaves, contudo, a adquirente 
verificou que o produto enviado era diverso do apontado no 
instrumento contratual. Decidiu a sociedade empresária Fast 
Plane, então, buscar auxílio jurídico para resolver a questão, 
inclusive para a propositura de eventual ação, caso não haja 
solução consensual. 
Considerando-se o enunciado acima, aplicando-se a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei n° 
4.657/42) e o Código de Processo Civil, julgue o item a seguir. 
A autoridade judiciária brasileira será competente para 
processar e julgar eventual ação proposta pela Fast Plane, 
mesmo se estabelecida cláusula de eleição de foro exclusivo 
estrangeiro, em razão do princípio da inafastabilidade da 
jurisdição. 
Resp: Falso. Fundamento: Art. 25, caput, do CPC. 
 
 
27. CAPACIDADE PROCESSUAL 
 
Art. 70 do CPC: “Toda pessoa que se encontre no 
exercício de seus direitos tem capacidade para estar em 
juízo.” 
 
Capacidade Processual: é necessário ter capacidade de 
fato, ou capacidade de exercício, que se consubstancia 
na aptidão para a prática dos atos decorrentes da 
capacidade de direito, ou seja, é necessário ser 
absolutamente capaz. Os absolutamente ou 
relativamente incapazes deverão ser, respectivamente, 
representados ou assistidos em juízo. 
 
28. CAPACIDADE PROCESSUAL 
 
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: 
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os 
interesses deste colidirem com os daquele, enquanto 
durar a incapacidade; 
da Paz
mail.com
6 
 
II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por 
edital ou com hora certa, enquanto não for constituído 
advogado. 
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela 
Defensoria Pública, nos termos da lei. 
 
Defensoria Pública – art. 4°, XVI da LC 80/94. 
4º São funções institucionais da Defensoria Pública, 
dentre outras: 
(...) 
XVI – exercer a curadoria especial nos casos 
previstos em lei; 
 
 
 
Já caiu na prova: 
FGV 2013 - XI Exame da OAB 
O juiz dará curador especial ao incapaz, ainda que tenha 
representante legal, quando houver colisão de interesses 
entre este e o representado. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 72, I do CPC. 
 
Caiu também: 
FGV 2013 - XI Exame da OAB 
O juiz dará curador especial ao réu revel citado por edital, 
mas não àquele citado com hora certa. 
Resp: Falso. Fundamento: Art. 72, II do CPC. 
 
 
29. CAPACIDADE PROCESSUAL 
 
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do 
outro para propor ação que verse sobre direito real 
imobiliário, salvo quando casados sob o regime de 
separação absoluta de bens. 
 
A regra é de que o consentimento seja indispensável, 
mas os cônjuges sendo casados sob o regime de 
separação absoluta, não há essa exigência. 
 
30. CAPACIDADE PROCESSUAL 
 
Art. 73, § 2º Nas ações possessórias, a participação do 
cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas 
hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. 
§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável 
comprovada nos autos. 
 
A regra é de que o consentimento seja dispensável, 
mas sendo caso de composse ou de ato por ambos 
praticados, há essa exigência. 
 
31. CAPACIDADE PROCESSUAL 
 
ATENÇÃO: DISPOSITIVO ALTERADO PELA LEI nº 
14.341/2022 
 
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e 
passivamente: 
I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente 
ou mediante órgão vinculado; 
II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; 
III - o Município, por seu prefeito, procurador ou 
Associação de Representação de Municípios, 
quando expressamente autorizada; (Redação dada 
pela Lei nº 14.341, de 2022) 
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem 
a lei do ente federado designar; 
V - a massa falida, pelo administrador judicial; 
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
VII - o espólio, pelo inventariante; 
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos 
constitutivos designarem ou, não havendo essa 
designação, por seus diretores; 
IX - a sociedade e a associação irregulares e outros 
entes organizados sem personalidade jurídica, pela 
pessoa a quem couber a administração de seus bens; 
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, 
representante ou administrador de sua filial, agência ou 
sucursal aberta ou instalada no Brasil; 
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. 
§ 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do 
falecido serão intimados no processo no qual o espólio 
seja parte. 
§ 2º A sociedade ou associação sem personalidade 
jurídica não poderá opor a irregularidade de sua 
constituição quando demandada. 
§ 3º O gerente de filial ou agência presume-se 
autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber 
citação para qualquer processo. 
§ 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar 
compromisso recíproco para prática de ato processual 
por seus procuradores em favor de outro ente federado, 
mediante convênio firmado pelas respectivas 
procuradorias. 
§ 5º A representação judicial do Município pela 
Associação de Representação de Municípios 
somente poderá ocorrer em questões de interesse 
comum dos Municípios associados e dependerá de 
autorização do respectivo chefe do Poder Executivo 
municipal, com indicação específica do direito ou da 
obrigação a ser objeto das medidas 
judiciais. (Incluído pela Lei nº 14.341, de 2022) 
 
32. PARTES E PROCURADORES 
 
Capacidade de ser parte: 
 
 da Paz
gmail.com
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14341.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14341.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14341.htm#art13
7 
 
Também chamada de capacidade de direito, diz respeito 
à possibilidade de a pessoa ocupar o polo passivo ou 
ativo do processo. 
 
Capacidade Postulatória: 
 
Estabelece o art. 104 do CPC: “O advogado não será 
admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para 
evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para 
praticar ato considerado urgente.” 
 
Assim, para postular em juízo, o advogado deve 
necessariamente apresentar procuração, salvo para 
evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para 
praticar ato considerado urgente, hipóteses em que, 
o advogado deverá, independentemente de caução, 
exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, 
prorrogável por igualperíodo por despacho do juiz. 
O ato não ratificado será considerado ineficaz 
relativamente àquele em cujo nome foi praticado, 
respondendo o advogado pelas despesas e por perdas 
e danos. 
 
Caiu na prova o seguinte: 
FGV 2014 - XIII Exame da OAB 
Com relação aos poderes, deveres e reponsabilidades das 
partes, dos procuradores e dos juízes, julgue o item a 
seguir. O Juiz, caso as partes e seus advogados 
empreguem expressões injuriosas nos escritos 
apresentados no processo, poderá mandar riscá-las, 
podendo assim agir, inclusive, de ofício. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 78, §2º do CPC 
 
33. DEVERES DAS PARTES E DOS SEUS 
PROCURADORES 
 
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são 
deveres das partes, de seus procuradores e de todos 
aqueles que de qualquer forma participem do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa 
quando cientes de que são destituídas de fundamento; 
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou 
desnecessários à declaração ou à defesa do direito; 
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de 
natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua 
efetivação; 
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar 
nos autos, o endereço residencial ou profissional onde 
receberão intimações, atualizando essa informação 
sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou 
definitiva; 
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de 
bem ou direito litigioso. 
VII - informar e manter atualizados seus dados 
cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e, no 
caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração 
Tributária, para recebimento de citações e 
intimações. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) 
§ 1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá 
qualquer das pessoas mencionadas no caput de que 
sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à 
dignidade da justiça. 
§ 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui 
ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, 
sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais 
cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por 
cento do valor da causa, de acordo com a gravidade 
da conduta. 
§ 3º Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a 
multa prevista no § 2º será inscrita como dívida ativa da 
União ou do Estado após o trânsito em julgado da 
decisão que a fixou, e sua execução observará o 
procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos 
fundos previstos no art. 97. 
§ 4º A multa estabelecida no § 2º poderá ser fixada 
independentemente da incidência das previstas nos 
arts. 523, §1º e 536, §1º. 
§ 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, 
a multa prevista no § 2º poderá ser fixada em até 10 
(dez) vezes o valor do salário-mínimo. 
§ 6º Aos advogados públicos ou privados e aos 
membros da Defensoria Pública e do Ministério Público 
não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo 
eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo 
respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o 
juiz oficiará. 
§ 7º Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o 
juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, 
podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a 
purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 
2º. 
§ 8º O representante judicial da parte não pode ser 
compelido a cumprir decisão em seu lugar. 
 
Ato atentatório à dignidade da justiça: a violação 
ao disposto nos incisos IV e VI do art. 77 do CPC. 
Deve o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, 
civis e processuais cabíveis, aplicar ao 
responsável multa de até 20 % (vinte por cento) do 
valor da causa. 
 
Já caiu na prova: 
FGV 2012 - VII Exame da OAB 
As regras processuais impõem as partes deveres que 
devem ser observados ao longo do processo judicial. 
Tais deveres têm, como corolário lógico, a existência 
Gilva da Paz
7.agoravai@gmail.com
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm#art44
8 
 
de uma responsabilidade processual civil. Acerca de 
tal responsabilidade, é correto afirmar que a 
responsabilidade por dano processual não pode ser 
reconhecida em face de terceiros intervenientes, 
sendo um fenômeno tipicamente atrelado à atuação 
das partes da demanda. 
Resp: Falso. Fundamento: Art. 79 do CPC. 
 
34. DEVERES DAS PARTES E DOS SEUS 
PROCURADORES 
 
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de 
lei ou fato incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos; 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do 
processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente 
ou ato do processo; 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente 
protelatório. 
 
De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o 
litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser 
superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez 
por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar 
a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a 
arcar com os honorários advocatícios e com todas as 
despesas que efetuou. Além disso, quando o valor da 
causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser 
fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-
mínimo. 
 
 
Já caiu em prova: 
GV 2015 - XVI Exame da OAB 
A propositura de várias ações idênticas quanto às 
partes, à causa de pedir e ao pedido, distribuídas a 
juízos distintos, com nomen iuris diversos, 
objetivando concessão de medida liminar e revisão de 
cláusulas de um mesmo contrato, configura má-fé 
processual de conduta temerária. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 80, V do CPC. 
 
 
35. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E 
DESPESAS PROCESSUAIS 
 
Súmulas importantes: 
 
Súmula vinculante 47-STF: Os honorários 
advocatícios incluídos na condenação ou destacados do 
montante principal devido ao credor consubstanciam 
verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá 
com a expedição de precatório ou requisição de 
pequeno valor, observada ordem especial restrita aos 
créditos dessa natureza. 
 
Súmula 257-STF: São cabíveis honorários de advogado 
na ação regressiva do segurador contra o causador do 
dano. 
 
Súmula 616-STF: É permitida a cumulação da multa 
contratual com os honorários de advogado, após o 
advento do Código de Processo Civil vigente. 
 
Súmula 14-STJ: Arbitrados os honorários advocatícios 
em percentual sobre o valor da causa, a correção 
monetária incide a partir do respectivo ajuizamento. 
 
Súmula 201-STJ: Os honorários advocatícios não 
podem ser fixados em salários-mínimos. 
 
Súmula 232-STJ: A Fazenda Pública, quando parte no 
processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos 
honorários do perito. 
Súmula 326-STJ: Na ação de indenização por dano 
moral, a condenação em montante inferior ao postulado 
na inicial não implica sucumbência recíproca. 
 
Súmula 345-STJ: São devidos honorários advocatícios 
pela Fazenda Pública nas execuções individuais de 
sentença proferida em ações coletivas, ainda que não 
embargadas. 
 
Súmula 462-STJ: Nas ações em que representa o 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a 
Caixa Econômica Federal (CEF) não está isenta de 
reembolsar as custas pela parte vencedora. 
 
Caiu assim na prova: 
FGV 2016 - XX Exame da OAB 
Em país estrangeiro em que possui domicílio e onde estão 
localizados seus bens imóveis, a sociedade empresária 
Alfa firmou contrato particular de fornecimento de minério 
com a também estrangeira sociedade empresária Beta, 
estipulando que a obrigação contratual deveria ser 
adimplida no Brasil. A sociedade empresária Alfa, diante 
do inadimplemento contratual da sociedade empresária 
Beta, ajuizou, perante a 1ª Vara Cível de Montes 
Claros/MG, ação com o propósito de ser indenizada pelos 
danos materiais sofridos, prestando como caução 
consistente dois veículos de sua propriedade.Após a 
citação e a realização de audiência de conciliação, a 
Gilva z
7.agora mail.com
9 
 
sociedade empresária Beta contestou, apresentando 
pedido de reconvenção, alegando possuir direito de ser 
indenizada materialmente, em razão da relação jurídica 
contratual regularmente constituída entre as litigantes, sob 
a luz das legislações estrangeira e nacional. 
Com base no caso apresentado, segundo as regras do 
CPC/15, julgue o item a seguir. 
A sociedade empresária Alfa deverá prestar caução 
suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de 
advogado da parte contrária. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 83 do CPC. 
 
Também caiu assim na prova: 
FGV 2016 - XX Exame da OAB 
A médica Carolina é devedora de R$ 100.000,00 (cem 
mil reais), débito esse originado de contrato particular 
de mútuo, vencido e não pago, no qual figura como 
credora a advogada Zélia. Diante do inadimplemento, 
Zélia ajuizou ação de cobrança que, após instrução 
probatória, culminou em sentença com resolução de 
mérito procedente. O juiz não se pronunciou quanto 
ao pagamento de honorários advocatícios de 
sucumbência à advogada porque esta atuou em 
causa própria. A omissa sentença proferida transitou 
em julgado recentemente. Sobre o caso apresentado, 
segundo o CPC/15, julgue o item a seguir. O recente 
trânsito em julgado da omissa sentença não obsta o 
ajuizamento de ação autônoma para definição e 
cobrança dos honorários de sucumbência. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento. Art. 85, §18 do CPC 
 
.DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou 
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar 
as custas, as despesas processuais e os honorários 
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na 
forma da lei. 
 
Após a entrada em vigor do CPC/2015, pode ser 
concedida a gratuidade da justiça a 
estrangeiro não residente no Brasil. 
 
36. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
Art. 98. 
(...) 
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a 
responsabilidade do beneficiário pelas despesas 
processuais e pelos honorários advocatícios 
decorrentes de sua sucumbência. 
§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes 
de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva 
de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, 
nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em 
julgado da decisão que as certificou, o credor 
demonstrar que deixou de existir a situação de 
insuficiência de recursos que justificou a concessão de 
gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais 
obrigações do beneficiário. 
§ 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o 
beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que 
lhe sejam impostas. 
§ 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a 
algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na 
redução percentual de despesas processuais que o 
beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. 
 
Súmula 450-STF: São devidos honorários de 
advogado sempre que vencedor o beneficiário de 
justiça gratuita. 
 
37. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
Súmula 481-STJ: Faz jus ao benefício da justiça 
gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos 
que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os 
encargos processuais. 
 
 
 
38. DOS PROCURADORES 
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em 
juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, 
decadência ou prescrição, ou para praticar ato 
considerado urgente. 
§ 1º Nas hipóteses previstas no caput , o advogado 
deverá, independentemente de caução, exibir a 
procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por 
igual período por despacho do juiz. 
§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz 
relativamente àquele em cujo nome foi praticado, 
respondendo o advogado pelas despesas e por perdas 
e danos. 
 
Há necessidade da outorga de poderes para postular 
em juízo. No entanto, para evitar preclusão, 
decadência ou prescrição, bem como para praticar 
ato considerado urgente, o CPC autoriza que o 
advogado exiba a procuração no prazo de 15 (quinze) 
dias. 
 
39. LITISCONSÓRCIO 
 
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo 
processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: 
Gilva Paz
10 
 
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de 
obrigações relativamente à lide; 
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela 
causa de pedir; 
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de 
fato ou de direito. 
§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo 
quanto ao número de litigantes na fase de 
conhecimento, na liquidação de sentença ou na 
execução, quando este comprometer a rápida solução 
do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da 
sentença. 
§ 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo 
para manifestação ou resposta, que recomeçará da 
intimação da decisão que o solucionar. 
 
Quando a formação do litisconsórcio 
multitudinário for prejudicial à defesa, o 
juiz poderá substituir a sua limitação pela 
ampliação de prazos, sem prejuízo da 
possibilidade de desmembramento na fase de 
cumprimento de sentença. 
 
40. LITISCONSÓRCIO 
 
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição 
de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica
controvertida, a eficácia da sentença depender da 
citação de todos que devam ser litisconsortes. 
 
Litisconsórcio necessário: a eficácia da sentença 
depende da citação de todos. 
Litisconsórcio unitário: quando o juiz tiver de decidir 
o mérito de modo uniforme. 
 
Caiu na prova: 
 
FGV 2017 - XXII Exame da OAB 
Antônia contratou os arquitetos Nivaldo e Amanda para 
realizar o projeto de reforma de seu apartamento. No 
contrato celebrado entre os três, foi fixado o prazo de trinta 
dias para a prestação do serviço de arquitetura, o que não 
foi cumprido, embora tenha sido feito o pagamento dos 
valores devidos pela contratante. 
Com o objetivo de rescindir o contrato celebrado e ser 
ressarcida do montante pago, Antônia procura um 
advogado, mas lhe informa que não gostaria de processar 
Amanda, por serem amigas de infância. 
Sobre a hipótese apresentada, julgue o item a seguir. 
Não será possível o ajuizamento da ação unicamente em 
face de Nivaldo, uma vez que a hipótese tratada é de 
litisconsórcio necessário. Caso a ação não seja ajuizada 
em face de Amanda, o juiz deverá determinar que seja 
requerida sua citação, sob pena de extinção do processo. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 114 e 115 do CPC. 
 
 
41. DA ASSISTÊNCIA 
 
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais 
pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a 
sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no 
processo para assisti-la. 
Parágrafo único. A assistência será admitida em 
qualquer procedimento e em todos os graus de 
jurisdição, recebendo o assistente o processo no 
estado em que se encontre. 
 
O assistente simples pode requerer a intervenção de 
amicus curiae. 
 
Da assistência litisconsorcial: Art. 124. Considera-se 
litisconsorte da parte principal o assistente sempre que 
a sentença influir na relação jurídica entre ele e o 
adversário do assistido. 
 
42. DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
 
A denunciação da lide (art. 125 do CPC) é uma forma 
de intervenção de terceiros. Pode ser provocada tanto 
pelo autor quanto pelo réu. Já o chamamento ao 
processo só pode ser requerido pelo réu. 
Tem natureza jurídica de ação, mas não há a formação 
de um processo autônomo. Haverá um processo único 
para a ação e a denunciação. Esta amplia o objeto do 
processo. O juiz, na sentença, terá de decidir não 
apenas a lide principal, mas a secundária. 
As hipóteses de denunciação são associadas ao direito 
de regresso. 
 
Caiu na prova: 
FGV 2017 - XXIV Exame da OAB 
Marcos se envolveu em um acidente, abalroando a 
motocicleta de Bruno, em razão de não ter visto que a pista 
estava interditada. Bruno ajuizou, em face de Marcos, 
ação de indenização por danos materiais, visando receber 
os valores necessários ao conserto de sua motocicleta. 
Marcos, ao receber a citaçãoda ação, entendeu que a 
responsabilidade de pagamento era da Seguradora 
Confiança, em virtude de contrato de seguro que havia 
pactuado para seu veículo, antes do acidente. 
Diante de tal situação, julgue o item a seguir. 
Marcos pode promover denunciação da lide à seguradora. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 125 do CPC. 
 
43. CHAMAMENTO 
 
De acordo com o art. 130 do CPC, o réu pode requerer 
o chamamento ao processo do afiançado, na ação 
Gilva a Paz
7.agora mail.com
11 
 
em que o fiador for réu; dos demais fiadores, na ação 
proposta contra um ou alguns deles; dos demais 
devedores solidários, quando o credor exigir de um ou 
de alguns o pagamento da dívida comum. 
 
44. DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA 
PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
Art. 133. O incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica será instaurado a pedido da 
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir 
no processo. 
(...) 
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em 
todas as fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento de sentença e na execução fundada 
em título executivo extrajudicial. 
 
A instauração do incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica NÃO SUSPENDERÁ a 
tramitação do processo de execução e do 
cumprimento de sentença em face dos executados 
originários. 
 
45. DA ADVOCACIA PÚBLICA 
Art. 182. Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, 
defender e promover os interesses públicos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por 
meio da representação judicial, em todos os âmbitos 
federativos, das pessoas jurídicas de direito público que 
integram a administração direta e indireta. 
 Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações 
de direito público gozarão de prazo em dobro 
para todas as suas manifestações processuais, cuja 
contagem terá início a partir da intimação pessoal. 
 
O art. 183 também se aplica aos processos que 
tramitam em meio eletrônico. Neste caso, para fins de 
contagem de prazo, não se considera como intimação 
pessoal a publicação pelo Diário da Justiça 
Eletrônico. 
 
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou 
meio eletrônico. 
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro 
quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo 
próprio para o ente público. 
Art. 184. O membro da Advocacia Pública será civil e 
regressivamente responsável quando agir com dolo ou 
fraude no exercício de suas funções. 
 
46. DA DEFENSORIA PÚBLICA 
 
Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação 
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa 
dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em 
todos os graus, de forma integral e gratuita. 
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em 
dobro para todas as suas manifestações 
processuais. 
§ 1º O prazo tem início com a intimação pessoal do 
defensor público, nos termos do art. 183, §1º . 
 
47. DA DEFENSORIA PÚBLICA 
 
Súmula 421-STJ: Os honorários advocatícios não são 
devidos à Defensoria Pública quando ela atua contra a 
pessoa jurídica de direito público à qual pertença. 
 
Após as Emendas Constitucionais 45/2004, 74/2013 e 
80/2014 permite-se a condenação do ente federativo em 
honorários advocatícios em demandas patrocinadas pela 
Defensoria Pública, diante de autonomia funcional, 
administrativa e orçamentária da Instituição. STF. 
Plenário. AR 1937 
AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 30/06/2017 
 
48. DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
Negócio Jurídico Processual - Art. 190. Versando o 
processo sobre direitos que admitam autocomposição, é 
lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças 
no procedimento para ajustá-lo às especificidades da 
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, 
faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo. 
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz 
controlará a validade das convenções previstas neste 
artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos 
de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de 
adesão ou em que alguma parte se encontre em 
manifesta situação de vulnerabilidade. 
 
As partes podem, no negócio processual, estabelecer 
outros deveres e sanções para o caso do 
descumprimento da convenção. 
 
49. DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem 
fixar calendário para a prática dos atos processuais, 
quando for o caso. 
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos 
nele previstos somente serão modificados em casos 
excepcionais, devidamente justificados. 
 
Gilva a Paz
7.agora mail.com
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art183%C2%A71
12 
 
O disposto no §1º do artigo 191 refere-se ao juízo. A 
admissibilidade de autocomposição não é requisito 
para o calendário processual 
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática 
de ato processual ou a realização de audiência cujas 
datas tiverem sido designadas no calendário. 
 
50. DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS 
PROCESSUAIS 
 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido 
por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias 
úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se 
somente aos prazos processuais. 
 
A regra de contagem de prazos em dias úteis só se 
aplica aos prazos iniciados após a vigência do Novo 
Código. Também se aplica aos Juizados Especiais 
Cíveis, Federais e da Fazenda Pública. 
 
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos 
dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de 
janeiro, inclusive. 
 
O art. 220 é aplicável aos Juizados Especiais, bem 
como estende-se ao Ministério Público, à Defensoria 
Pública e à Advocacia Pública. 
 
51. DA CITAÇÃO 
 
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, 
o executado ou o interessado para integrar a relação 
processual. 
 
Independe de citação o indeferimento da petição 
inicial e a improcedência liminar do pedido. 
O comparecimento espontâneo da parte constitui 
termo inicial dos prazos para pagamento e, 
sucessivamente, impugnação ao cumprimento de 
sentença. 
 
52. DA CITAÇÃO 
 
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por 
juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a 
coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o 
disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002 (Código Civil) . 
 
Citação válida (ainda que o juiz seja incompetente) - 
induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui 
em mora o devedor. 
Despacho que determina a citação (ainda que o juiz 
seja incompetente) – interrompe prescrição 
 
53. DA CITAÇÃO 
 
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de 
cumprir conterá: 
(...) 
IV - se for o caso, a intimação do citando para 
comparecer, acompanhado de advogado ou de 
defensor público, à audiência de conciliação ou de 
mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do 
comparecimento; 
 
Ao ser citado, o réu deverá ser advertido de que sua 
ausência injustificada à audiência de conciliação ou 
mediação configura ATO ATENTATÓRIO À 
DIGNIDADE DA JUSTIÇA, punível com a multa do 
art. 334, § 8º, sob pena de sua inaplicabilidade. 
 
54. DO VALOR DA CAUSA 
 
Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda 
que não tenha conteúdo econômico imediatamente 
aferível. 
 
Súmula 449-STF: O valor da causa, na 
consignatória de aluguel, corresponde a uma 
anuidade. 
 
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da 
contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob 
pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, 
se for o caso, a complementação das custas. 
 
 
 
55. TUTELAS PROVISÓRIAS 
 
A tutela definitiva é aquela obtida com base em cognição 
exauriente. Já as tutelas provisórias são proferidas com 
uma cognição sumária. 
 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na 
pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, 
ser revogada ou modificada. 
 
56. TUTELAS PROVISÓRIAS 
 
As tutelas provisórias podem ser deurgência ou 
evidência (Art. 294). 
Conforme estabelece o art. 294, parágrafo único, as 
tutelas de urgência se subdividem em ANTECIPADAS 
Gilva Paz
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397
13 
 
e CAUTELARES e podem ser requeridas em caráter 
antecedente ou incidental. 
Tutela antecipada = tutela satisfativa 
Tutela cautelar = tutela preventiva 
 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil 
do processo. 
 
57. TUTELAS PROVISÓRIAS 
 
Nos termos do art. 300, §3º do CPC: A tutela de urgência 
de natureza antecipada não será concedida quando 
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da 
decisão. Sendo assim, ela possui um requisito a mais 
que a tutela cautelar. 
 
58. DA SUSPENSÃO DO PROCESSO 
 
Art. 313. Suspende-se o processo: 
I - pela morte ou pela perda da capacidade 
processual de qualquer das partes, de seu 
representante legal ou de seu procurador; 
II - pela convenção das partes; 
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição; 
IV- pela admissão de incidente de resolução de
demandas repetitivas; 
V - quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa ou da 
declaração de existência ou de inexistência de relação 
jurídica que constitua o objeto principal de outro 
processo pendente; 
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de 
determinado fato ou a produção de certa prova, 
requisitada a outro juízo; 
VI - por motivo de força maior; 
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de 
acidentes e fatos da navegação de competência do 
Tribunal Marítimo; 
VIII - nos demais casos que este Código regula; 
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a 
advogada responsável pelo processo constituir a única 
patrona da causa; 
X - quando o advogado responsável pelo processo 
constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. 
 
59. PETIÇÃO INICIAL 
 
Dentre os requisitos exigidos, o autor deve indicar o 
CPF/CNPJ e o endereço eletrônico do réu (inciso II, do 
Art. 319). No entanto, estabelece o §1º do mesmo 
dispositivo que “Caso não disponha das informações 
previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, 
requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.” 
 
60. DA PETIÇÃO INICIAL 
 
Se o autor não emendar ou completar a inicial, o juiz 
prolatará a sentença de indeferimento da inicial (art. 
330). Diante disso, não haverá resolução do mérito e a 
demanda poderá ser proposta novamente. 
 
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
 
61. DO PEDIDO 
Os pedidos da petição inicial devem ser certos 
(expresso) e determinados (não deve ser genérico – há 
exceções – art. 324, §1º). Existem os pedidos implícitos 
(art. 322, §1º; art. 323). 
Art. 322. O pedido deve ser certo. 
§1º Compreendem-se no principal os juros legais, a 
correção monetária e as verbas de sucumbência, 
inclusive os honorários advocatícios. 
(...) 
Art. 324. O pedido deve ser determinado. 
 1º É lícito, porém, formular pedido genérico: 
I - nas ações universais, se o autor não puder 
individuar os bens demandados; 
II - quando não for possível determinar, desde logo, 
as consequências do ato ou do fato; 
III - quando a determinação do objeto ou do valor da 
condenação depender de ato que deva ser praticado 
pelo réu. 
 
Súmula 318-STJ: Formulado pedido certo e 
determinado, somente o autor tem interesse 
recursal em arguir o vício da sentença ilíquida 
 
62. DO PEDIDO 
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela 
natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a 
prestação de mais de um modo. 
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a 
escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o 
direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, 
ainda que o autor não tenha formulado pedido 
alternativo. 
Na hipótese de cumulação alternativa, acolhido 
integralmente um dos pedidos, a sucumbência 
deve ser suportada pelo réu. 
 
Gilva da Paz
ail.com
14 
 
63. SANEAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL 
 
Se o juiz verificar algum vício, antes de indeferir, 
mandará corrigir no prazo de 15 (quinze) dias. 
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche 
os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e 
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, 
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a 
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve 
ser corrigido ou completado. 
 
64. AUDIÊNCIA 
Em regra, antes da apresentação da defesa, deve existir 
uma audiência de conciliação ou mediação (art. 334, 
CPC). 
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos 
essenciais e não for o caso de improcedência liminar do 
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou 
de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) 
dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 
(vinte) dias de antecedência. 
Mas, essa audiência não será realizada: I - se ambas as 
partes manifestarem, expressamente, desinteresse na 
composição consensual; II - quando não se admitir a 
autocomposição. (art. 334, §3º, CPC) 
 
65. DA CONTESTAÇÃO 
Princípio da eventualidade: “Art. 336. Incumbe ao réu 
alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, 
expondo as razões de fato e de direito com que impugna 
o pedido do autor e especificando as provas que 
pretende produzir.” 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, 
alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou 
falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse 
processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei 
exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de 
justiça. 
 
Caiu na prova a seguinte questão: 
FGV 2016 - XXI Exame da OAB 
A sociedade Palavras Cruzadas Ltda. ajuizou ação de 
responsabilidade civil em face de Helena e requereu o 
benefício da gratuidade de justiça, na petição inicial. O juiz 
deferiu o requerimento de gratuidade e ordenou a citação da 
ré. 
Como a autora não juntou qualquer documento 
comprobatório de sua hipossuficiência econômica, a ré 
pretende atacar o benefício deferido. 
Com base na situação apresentada, julgue o item a seguir. 
A ré alegará na contestação que não estão presentes os 
requisitos para o deferimento do benefício de gratuidade. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 99 e art. 100, caput do 
CPC. 
 
66. DA RECONVENÇÃO 
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor 
reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa 
com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
 
Súmula 258-STF: É admissível reconvenção em ação 
declaratória 
 
67. DA REVELIA 
 
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será 
considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as 
alegações de fato formuladas pelo autor. 
 Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado 
no art. 344 se: 
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a 
ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de 
instrumento que a lei considere indispensável à prova do 
ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem 
inverossímeis ou estiverem em contradição com prova 
constante dos autos. 
 
Súmula 231-STF: O revel, em processo civil, pode 
produzir provas, desde que compareça em tempo 
oportuno. 
 
68. DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO 
DO PROCESSO 
 
Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas 
nos arts. 485 e 487,incisos II e III , o juiz proferirá 
sentença. 
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode 
dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em 
que será impugnável por agravo de instrumento. 
 
Gilvanete da Paz
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art487ii
15 
 
É cabível agravo de instrumento contra ato 
decisório que indefere parcialmente a petição 
inicial ou a reconvenção 
 
69. DO JULGAMENTO ANTECIPADO DO 
MÉRITO 
 
 Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, 
proferindo sentença com resolução de mérito, quando: 
I - não houver necessidade de produção de outras 
provas; 
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e 
não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. 
O juiz que promove julgamento antecipado do 
mérito por desnecessidade de outras provas não 
pode proferir sentença de improcedência por 
insuficiência de provas. 
 
70. DO JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL 
DO MÉRITO 
 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando 
um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: 
I - mostrar-se incontroverso; 
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos 
termos do art. 355. 
 
O juiz pode resolver parcialmente o mérito, em 
relação à matéria não afetada para julgamento, nos 
processos suspensos em razão de recursos 
repetitivos, repercussão geral, incidente de resolução 
de demandas repetitivas ou incidente de assunção de 
competência. 
 
71. DO SANEAMENTO E DA ORGANIZAÇÃO DO 
PROCESSO 
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste 
Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de 
organização do processo: 
I - resolver as questões processuais pendentes, se 
houver; 
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá 
a atividade probatória, especificando os meios de prova 
admitidos; 
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado 
o art. 373 ; 
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a 
decisão do mérito; 
V - designar, se necessário, audiência de instrução e 
julgamento. 
 
72. DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO 
 
Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará 
aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará 
apregoar as partes e os respectivos advogados, bem 
como outras pessoas que dela devam participar. 
Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as 
partes, independentemente do emprego anterior de 
outros métodos de solução consensual de conflitos, 
como a mediação e a arbitragem. 
 
73. DAS PROVAS 
 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento 
da parte, determinar as provas necessárias ao 
julgamento do mérito. 
(...) 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova 
produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que 
considerar adequado, observado o contraditório. (Prova 
emprestada) 
 
É admissível, assegurado o contraditório, a prova emprestada 
vinda de processo do qual não participaram as partes do 
processo para o qual a prova será trasladada. A prova 
emprestada não pode se restringir a processos em que figurem 
partes idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua 
aplicabilidade sem justificativa razoável para isso. Quando se diz 
que deve assegurar o contraditório, significa que a parte deve ter 
o direito de se insurgir contra a prova trazida e de impugná-la. 
STJ. Corte Especial. EREsp 617428-SP, Rel. Min. Nancy 
Andrighi, julgado em 4/6/2014 (Info 543). 
 
74. DAS PROVAS 
 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: (Distribuição 
estática do ônus da prova) 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do autor. 
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de 
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade 
ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos 
termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da 
prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus 
da prova de modo diverso, desde que o faça por 
decisão fundamentada, caso em que deverá dar à 
parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe 
foi atribuído.(Distribuição dinâmica do ônus da prova) 
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode 
gerar situação em que a desincumbência do encargo 
pela parte seja impossível ou excessivamente 
difícil.(Prova diabólica) 
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também 
pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
da Paz
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16 
 
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício 
do direito. 
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada 
antes ou durante o processo. 
Cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO contra as 
decisões interlocutórias que versarem sobre: XI - 
redistribuição do ônus da prova nos termos do 
art. 373, § 1º, conforme dispõe o art. 1.015. 
 
75. DO DEPOIMENTO PESSOAL 
 
Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal 
da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na 
audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do 
poder do juiz de ordená-lo de ofício. 
 
Antes de decidir sobre a conduta da parte no 
depoimento pessoal, deverá o magistrado submeter o 
tema a contraditório para evitar decisão surpresa. 
No depoimento pessoal, o advogado da contraparte 
formulará as perguntas diretamente ao depoente. 
 
76. DA PRODUÇÃO DA PROVA TESTEMUNHAL 
 
Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes 
diretamente à testemunha, começando pela que a 
arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem
induzir a resposta, não tiverem relação com as questões 
de fato objeto da atividade probatória ou importarem 
repetição de outra já respondida. (Sistema do Cross-
examination). 
 
A qualificação incompleta da testemunha só impede 
a sua inquirição se houver demonstração de efetivo 
prejuízo. 
 
77. DA SENTENÇA 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) 
ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que 
lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 
30 (trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição 
e de desenvolvimento válido e regular do processo; 
V - reconhecer a existência de perempção, de 
litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse 
processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de 
arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua 
competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada 
intransmissível por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
 
Súmula 216-STF: Para decretação da absolvição de 
instância pela paralisação do processo por mais de 30 
dias, é necessário que o autor, previamente intimado, 
não promova o andamento da causa. 
 
Súmula 240-STJ: A extinção do processo, por 
abandono da causa pelo autor, depende de 
requerimento do réu. 
 
78. DA SENTENÇA 
 
Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolveo 
mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação. 
§ 1º No caso de extinção em razão de litispendência e 
nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485 , a 
propositura da nova ação depende da correção do vício 
que levou à sentença sem resolução do mérito. 
§ 2º A petição inicial, todavia, não será despachada sem 
a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos 
honorários de advogado. 
§ 3º Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a 
sentença fundada em abandono da causa, não 
poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo 
objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a 
possibilidade de alegar em defesa o seu direito. 
(Perempção) 
 
A sentença que reconhece a extinção da obrigação 
pela confusão é de mérito. Também é de mérito a 
decisão que rejeita a alegação de prescrição ou de 
decadência. 
 
79. DA SENTENÇA 
 
Súmula 318-STJ: Formulado pedido certo e 
determinado, somente o autor tem interesse 
recursal em arguir o vício da sentença ilíquida. 
Súmula 344-STJ: A liquidação por forma diversa 
da estabelecida na sentença não ofende a coisa 
julgada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gilva da Paz
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17 
 
80. DA REMESSA NECESSÁRIA 
 
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não 
produzindo efeito senão depois de confirmada pelo 
tribunal, a sentença: 
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito 
Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público; 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os 
embargos à execução fiscal. 
 
Observação: A sentença arbitral contra a Fazenda 
Pública NÃO ESTÁ SUJEITA À REMESSA 
NECESSÁRIA. 
 
81. REMESSA NECESSÁRIA 
 
Súmula 45-STJ: No reexame necessário, é defeso, 
ao tribunal, agravar a condenação imposta à Fazenda 
Pública. 
Súmula 253-STJ: O art. 557 do CPC, que autoriza o 
relator a decidir o recurso, alcança o reexame 
necessário. 
Súmula 325-STJ: A remessa oficial devolve ao 
Tribunal o reexame de todas as parcelas da 
condenação suportadas pela Fazenda Pública, 
inclusive dos honorários de advogado. 
Súmula 490-STJ: A dispensa de reexame 
necessário, quando o valor da condenação ou do 
direito controvertido for inferior a 60 salários mínimos, 
não se aplica a sentenças ilíquidas. 
 
82. PRESSUPOSTOS RECURSAIS OBJETIVOS 
 
REGULARIDADE FORMAL: o recurso interposto deve 
cumprir as formalidades expressamente previstas em lei 
para a sua interposição. 
 
TEMPESTIVIDADE: o recurso deve ser interposto no 
prazo estabelecido pelo código de processo civil. 
 
PREPARO: o preparo engloba o pagamento das custas 
e do depósito recursal, sob pena de deserção. 
Importante destacar que, se houver recolhimento do 
valor do preparo inferior ao devido, o recorrente poderá 
complementá-lo no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de 
deserção. Por outro lado, se o recorrente não recolher 
qualquer valor do preparo, será intimado, na pessoa de 
seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, 
sob pena de deserção. 
 
 
 
 
 
83. RECURSO - APELAÇÃO 
 
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, 
se a decisão a seu respeito não comportar agravo de 
instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem 
ser suscitadas em preliminar de apelação, 
eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas 
contrarrazões. 
 
Caiu na prova: 
FGV 2016 - XX Exame da OAB 
Gerusa ajuizou ação de cobrança em face de Vicente, que, 
ao final da instrução probatória, culminou em sentença de 
procedência de seu pedido condenatório, tendo o 
magistrado fixado honorários advocatícios de 
sucumbência em quantia irrisória. O êxito obtido decorreu 
do trabalho desenvolvido pelo Dr. Alonso, advogado 
particular constituído por Gerusa em razão de renúncia ao 
mandato apresentada por seu antigo advogado, logo após 
a distribuição da ação. Assim que assumiu o patrocínio da 
causa, o Dr. Alonso identificou que Gerusa não possuía 
recursos suficientes para custear o processo, razão pela 
qual requereu e obteve o direito de gratuidade da justiça 
para sua cliente. 
A partir dos elementos do enunciado, com base no 
CPC/15, julgue o item a seguir. 
É cabível apelação versando exclusivamente sobre a 
majoração do valor dos honorários fixados pela sentença, 
mediante pagamento do preparo pelo Dr. Alonso. 
Resp: Verdadeiro. Fundamento: Art. 99, §4º do CPC. 
 
 
84. RECURSO - APELAÇÃO 
 
Efeito devolutivo: como regra geral, a apelação possui 
efeito devolutivo, pois serão objeto de apreciação pelo 
Tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no 
processo, ainda que não tenham sido solucionadas, 
desde que relativas ao capítulo impugnado. 
 
Efeito suspensivo: a apelação, como regra geral, 
possui efeito suspensivo. Entretanto, poderá deixar de 
tê-lo (efeito imediato) nas hipóteses expressamente 
previstas em lei e quando interposto em face de 
sentença que (art. 1.012 do CPC/2015): I - homologa 
divisão ou demarcação de terras; II - condena a 
pagar alimentos; III - extingue sem resolução do 
mérito ou julga improcedentes os embargos do 
executado; IV - julga procedente o pedido de 
instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou 
revoga tutela provisória e VI - decreta a interdição. 
 
a Paz
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18 
 
85. RECURSO – AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as 
decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou 
acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de 
terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito 
suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 
373, § 1º ; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
 
Também caberá agravo de instrumento contra decisões 
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de 
sentença ou de cumprimento de sentença, no processo 
de execução e no processo de inventário (parágrafo 
único do art. 1.015 do CPC/2015). 
 
86. RECURSO – AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
O agravo de instrumento, em regra, não possui 
efeito suspensivo, mas o relator poderá aplicá-lo 
para evitar lesão grave ou de difícil reparação. 
 
87. RECURSO - AGRAVO INTERNO 
 
É cabível contra decisão proferida pelo relator para o 
respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao 
processamento, as regras do regimento interno do 
tribunal (art. 1.021 do CPC/2015). 
 
Se o agravo interno for declarado manifestamente 
inadmissível ou improcedente em votação 
unânime, o órgão colegiado, em decisão 
fundamentada, condenará o agravante a pagar ao 
agravado multa fixada entre 1% e 5% por cento do 
valor atualizado da causa. Nesse caso, a interposição 
de qualquer outro recurso está condicionada ao 
depósito prévio do valor da multa, à exceção da 
Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da 
justiça, que farão o pagamento ao final. 
 
 
88. RECURSO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra 
qualquer decisão judicial para: 
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual 
devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; 
III - corrigir erro material. 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: 
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em incidente de 
assunção de competência aplicável ao caso sob 
julgamento; 
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 
489, § 1º . 
 Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 
(cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicaçãodo erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se 
sujeitam a preparo. 
 
Os embargos de declaração interrompem o prazo 
para a interposição de recurso. 
 
Não possuem efeito suspensivo. Entretanto, a eficácia 
da decisão monocrática ou colegiada poderá ser 
suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada 
a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo 
relevante a fundamentação, se houver risco de dano 
grave ou de difícil reparação. 
 
89. RECURSO – RECURSO ESPECIAL 
 
É cabível nas causas decididas, em única ou última 
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou 
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar 
tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar 
válido ato de governo local contestado em face de lei 
federal e c) der a lei federal interpretação divergente da 
que lhe haja atribuído outro tribunal. 
 
Interposto, no prazo de 15 dias, perante o presidente 
ou vice-presidente do Tribunal de Origem, a depender 
do regime interno do Tribunal. 
 
90. RECURSO – RECURSO ESPECIAL 
 
O primeiro juízo de admissibilidade é feito pelo Tribunal 
a quo, devendo ser negado o seguimento nas hipóteses 
do art. 1.030 do CPC/2015. Sendo positivo o juízo de 
admissibilidade, o processo será remetido ao STJ. 
Além disso, verificando o Tribunal de origem que há 
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grande quantidade de recursos sobre a mesma matéria, 
deverá selecionar um ou mais processos 
representativos encaminhando-os ao STJ (art. 1.036 do 
CPC). Neste caso, os demais processos que tratam da 
mesma matéria deverão ficar sobrestados até a decisão 
do STJ, que deverá ser seguida nos processos 
sobrestados. Não admitido o recurso especial caberá 
agravo do despacho denegatório em 15 dias. 
 
É recebido apenas no efeito devolutivo. 
91. RECURSO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 
É cabível nas causas decididas em única ou última 
instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar 
dispositivo desta Constituição; b) declarar a 
inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar 
válida lei ou ato de governo local contestado em face 
desta Constituição e d) julgar válida lei local contestada 
em face de lei federal. 
 
É o mesmo procedimento do recurso especial, com a 
peculiaridade da repercussão geral. A repercussão 
geral será admitida por 2/3 dos ministros do STF e 
é irrecorrível (decisão do pleno). Se o STF 
considerar que há repercussão geral, o relator 
determinará a suspensão do processamento de 
todos os processos pendentes, individuais ou
coletivos, que versem sobre a questão e tramitem 
no território nacional. Neste caso, o processo 
deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá 
preferência sobre os demais feitos, ressalvados os 
que envolvam réu preso e os pedidos de habeas 
corpus. 
 
92. RECURSO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 
Recebido apenas no efeito devolutivo. 
 
Para efeito de repercussão geral, será considerada a 
existência ou não de questões relevantes do ponto de 
vista econômico, político, social ou jurídico que 
ultrapassem os interesses subjetivos do processo. Além 
disso, haverá repercussão geral sempre que o recurso 
impugnar acórdão que: I - contrarie súmula ou 
jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; 
II - tenha sido proferido em julgamento de casos 
repetitivos; III - tenha reconhecido a 
inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos 
termos do art. 97 da Constituição Federal. A decisão do 
STF que não conhece do recurso extraordinário por falta 
de repercussão geral será irrecorrível. Além disso, 
negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-
presidente do tribunal de origem negará seguimento aos 
recursos extraordinários sobrestados na origem que 
versem sobre matéria idêntica. 
 
93. RECURSO - RECURSO ORDINÁRIO 
CONSTITUCIONAL 
 
É cabível em face das decisões de única instância 
proferidas pelos Tribunais Superiores, podendo o 
recurso ser dirigido ao STF ou STJ, a depender da 
matéria e do Tribunal que proferiu a decisão. 
 
Mandados de segurança, os habeas data e os 
mandados de injunção decididos em única instância 
pelos tribunais superiores, quando denegatória a 
decisão. (STF) 
 
Mandados de segurança decididos em única instância 
pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de 
justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, 
quando denegatória a decisão; Processos em que forem 
partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e, de outro, Município ou pessoa residente 
ou domiciliada no País. (STJ) 
 
94. IRDR - Incidente de Resolução de Demandas 
Repetitivas 
cabível quando houver, simultaneamente: I - efetiva 
repetição de processos que contenham controvérsia 
sobre a mesma questão unicamente de direito; II - risco 
de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
 
Conforme o art. 977 do CPC/2015, o pedido de 
instauração do incidente será dirigido ao presidente de 
tribunal e poderá ser formulado: pelo juiz ou relator, por 
ofício; pelas partes, por petição e pelo Ministério Público 
ou pela Defensoria Pública, por petição. Se não for o 
requerente, o Ministério Público intervirá 
obrigatoriamente no incidente e deverá assumir sua 
titularidade em caso de desistência ou de abandono. 
 
95. IRDR – INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE 
DEMANDAS REPETITIVAS 
 
O julgamento do incidente caberá ao órgão indicado 
pelo regimento interno dentre aqueles responsáveis pela 
uniformização de jurisprudência do tribunal. 
 
Haverá suspensão dos processos pendentes e o 
julgamento do incidente deverá ser realizado no 
prazo de 1 (um) ano. 
 
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96. IRDR – INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE 
DEMANDAS REPETITIVAS 
 
Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada a 
todos os processos individuais ou coletivos que 
pendentes e futuros sobre idêntica questão de 
direito e que tramitem na área de jurisdição do 
respectivo tribunal. 
 
Caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o 
caso. O recurso terá efeito suspensivo, presumindo-se a 
repercussão geral de questão constitucional 
eventualmente discutida. 
 
97. PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
O processo de execução (autônomo) está restrito 
apenas à execução dos títulos executivos 
extrajudiciais, já que, em relação ao título executivo 
judicial, a execução ocorre por meio de cumprimento de 
sentença. 
 
98. EMBARGOS À EXECUÇÃO 
 
Uma espécie de ação por meio da qual o executado 
poderá se opor à execução, devendo ser oferecido no 
prazo de 15 dias contados da citação. Os embargos à
execução podem ser oferecidos independentemente
de penhora, depósito ou caução. 
 
Em regra, os embargos à execução não possuem 
efeito suspensivo. Entretanto, o juiz poderá, a 
requerimento do embargante, atribuir efeito 
suspensivo aos embargos quando verificados os 
requisitos para a concessão da tutela provisória e 
desde que a execução já esteja garantida por 
penhora, depósito ou caução suficientes. 
 
 
99. Prazos dos recursos em Processo civil 
15 dias, salvo embargos de declaração que o prazo 
será de 5 dias. 
100. Excelente prova! 
Gilva
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