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Biogênese, abiogênese e método científico

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BI��ÊNE��, AB���ÊNE�� � �ÉTO�� ��EN�ÍFI��
Abiogênese
No início dos pensamentos científicos sobre o surgimento da vida, na Grécia, acreditava-se
que a matéria não viva, a partir de sua força vital, era capaz de originar matéria viva. O
principal pensador que defendia tal hipótese era Aristóteles. Um experimento clássico que
justificava essa crença- pela observação inadequada dos processos- é o surgimento de larvas
de moscas em matéria em decomposição e de ninhadas de ratos em locais escuros e com
disponibilidade de grãos. Em ambos os casos, os filhotes que eram observados foram
colocados por suas respectivas genitoras em locais propícios e não foram originados a partir
da matéria não viva contida ali.
Biogênese
No século XVII, Francesco Redi colocou a abiogênese à prova pela hipótese da biogênese. A
biogênese diz que seres vivos podem surgir apenas a partir de outros seres vivos.
A atuação de Redi é muito relevante uma vez que marca a aplicação de uma observação
rigorosa e metodológica de um evento. Em seu experimento, Redi colocou pedaços de carne
em dois potes, um deles aberto e outro fechado com uma tela por onde passava ar, mas não
passavam insetos, por exemplo. Ao fim, observou-se que as larvas eram resultantes da
eclosão de ovos depositados por moscas no recipiente aberto, mas, por não ter acesso à carne
no recipiente fechado, não depositavam seus ovos ali.
Também no século XVII, o microscópio foi criado e permitiu a observação de organismos
microscópicos. Nesse contexto, a abiogênese volta a ser discutida para justificar a existência
de seres vivos invisíveis à olho nu e de origem desconhecida.
Na mesma época, John Needham, realizou um experimento no qual aquecia um caldo
nutritivo com a intenção de eliminar os microrganismos contidos nesse meio. Passado algum
tempo da fervura, era observado que o meio se tornava turvo e voltava a conter
microrganismos. De forma semelhante, outro naturalista, Lazzaro spallanzani realizou um
experimento semelhante, contudo, o caldo nutritivo foi aquecido à uma temperatura maior e
mantido fechado, sem contato com o meio ambiente, dessa forma, não foram observados
microrganismos. Com isso foi possível afirmar que os microrganismos presentes em um meio
após a fervura, na verdade, vieram do meio e, caso o conteúdo do recipiente fosse mantido
isolado do meio, os microrganismos não o recolonizariam.
Nesse contexto, os experimentos de Louis Pasteur, para provar que a inexistência de
microrganismos em um caldo fervido e isolado era causada pela impossibilidade de uma
força vital entrar em um recipiente fechado, foram feitos com uma vidraria chamada pescoço
de cisne. Nesse experimento o caldo nutritivo era fervido em um frasco de gargalo alongado e
curvo, por onde entrava ar, contudo, os microrganismos contidos no ar eram depositados na
porção curva antes mesmo de entrarem em contato com o meio. Foi observado que, nesse
sistema, enquanto o gargalo era mantido, não eram observados seres vivos no interior do
recipiente, contudo, bastava que o gargalo fosse quebrado e o contato com os microrganismos
do ar fosse restabelecido para que o caldo nutritivo fosse recolonizado.
Experimento de Louis Pasteur
Método científico
O método científico consiste em uma metodologia bem definida para gerar um conhecimento
científico. É possível esquematizar o método científico em etapas simples:
● Observação: tudo se inicia com a observação minuciosa de um fenômeno, na tentativa
de entender os padrões seguidos em todas as ocorrências de eventos semelhantes.
● Levantamento de dados: uma vez que um número satisfatório de observações é feito,
os dados obtidos são compilados e analisados.
● Formulação de hipótese: a partir da análise dos dados compilados é possível iniciar a
formulação de hipóteses, isto é, a elaboração de explicações para a ocorrência do
fenômeno com base em suas observações.
● Experimentação: é o momento em que as hipóteses são colocadas à prova, são
testadas e verificadas em experimentos que reproduzem o evento testado.
● Resultados: os resultados dos experimentos são comparados aos eventos que ocorrem
na natureza.
● Teoria: teoria é a explicação final, já testada e comprovada experimentalmente,
resultado da aplicação de uma metodologia bem definida que pode ser repetida por
qualquer cientista, em qualquer lugar do mundo, sob as mesmas condições, para se
obter os mesmos resultados. Portanto, uma teoria é um fato.

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