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Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 1/26 Apostila para Eletrônica ELETRÔNICA DIGITAL II Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 2/26 ÍNDICE 1 - FLIP–FLOP................................................................................................... 3 1.1 - TIPO RS..........................................................................................................................3 1.2 - TIPO RS SÍNCRONO ...................................................................................................4 1.3 - TIPO JK..........................................................................................................................6 1.4 - TIPO D............................................................................................................................6 2 – CONTADOR DIGITAL .............................................................................. 6 3 - CONVERSOR DE CÓDIGO....................................................................... 6 4 – DISPLAY DE 7 SEGMENTOS................................................................... 6 5 – MULTIPLEXADOR (Seletor de Dados) .................................................... 6 6 – SINAIS ANALÓGICOS E SINAIS DIGITAIS ......................................... 6 7 – CONVERSOR D/A E A/D ........................................................................... 6 7.1 – CONVERSOR D/A .......................................................................................................6 7.2 – CONVERSOR A/D .......................................................................................................6 8 – GERAÇÃO DE CLOCK ........................................................................... 6 9 – CIRCUITOS INTEGRADOS DIGITAIS .................................................. 6 9.1 - TERMOS DE CI's DIGITAIS ......................................................................................6 9.2 - CIRCUITOS INTEGRADOS TTL.............................................................................6 9.3 - CIRCUITOS INTEGRADOS CMOS..........................................................................6 Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 3/26 1 - FLIP–FLOP Nos circuitos combinacionais (portas lógicas), nota-se que p/ uma determinada combinação de valores atribuídos nas entradas, obtém-se um único sinal na saída. Os Flip-Flops são característicos por possuírem uma realimentação da saída p/ a entrada. São chamados também de circuito de trava (Latch) ou multivibrador biestáveis. Os biestáveis úteis podem ser montados através de portas lógicas ou adquiridos em forma de CI (Circuitos Integrado). Os biestáveis são interligados p/ formar circuitos lógicos seqüenciais p/ armazenamento, temporização, contagem e seqüencial. 1.1 - TIPO RS O circuito de trava (latch) do tipo RS é um dispositivo assíncrono, onde não opera simultaneamente com um dispositivo de temporização (clock). __ Set S Q Normal Entradas F.F. Saídas _____ __ Reset R Q Complementar Fig1: Símbolo Lógico O símbolo lógico (fig. 1) mostra duas entradas, designadas estabelecer (Set – S) e restabelecer (Reset – R). Sendo ativo em nível de tensão baixo (0 Vdc) indicado pelas inversoras nas entradas R e S. A saída Q é considerada a saída Normal e a saída Q (não Q) é o inverso da Q, ou seja, o seu complemento. Um biestável RS está mostrado na fig. 2 a partir de duas portas NE. Uma tabela verdade define a operação do Flip-Flop (fig 3a) e a configuração interna do CI 7400 (fig 3b) 2 portas do CI 7400 Fig2: Flip-Flop tipo RS Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 4/26 Modo de Entradas Saídas VCC (+5Vdc) Operação S R Q Q Proibido 0 0 1 1 Set 0 1 1 0 Reset 1 0 0 1 Hold 1 1 ñ muda GND Tabela Verdade - FF RS Fig 3a CI 7400 Fig 3b 1.2 - TIPO RS SÍNCRONO O biestável RS sincronizado acrescenta um aspecto síncrono, onde opera simultaneamente com um dispositivo de temporização (clock) como mostra a fig 4. Set S Q Normal Entradas clock ck F.F. Saídas __ Reset R Q Complementar Fig4: Símbolo Lógico Duas portas NE foram acrescentadas ao circuito de trava RS p/ formar o biestável RS sincronizado (fig 5a). Sua tabela verdade é mostrado na fig 5b 4 portas do CI 7400 Fig5a: Flip-Flop tipo RS Síncrono Modo de Entradas Saídas Operação CK S R Q Q Hold 0 0 não muda Reset 0 1 0 1 Set 1 0 1 0 Proibido 1 1 1 1 Tabela Verdade - FF RS Fig 5b Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 5/26 EXERCÍCIO 1 – Fornecido os blocos abaixo, colocar os sinais e os bits das saídas normais e complemento para cada seqüência de pulsos nas entradas dos Flip-Flops. a) 0 0 1 0 S Q a b c d 1 1 0 0 R Q b) 0 1 1 0 S Q a b c d 1 1 0 0 R Q c) 1 0 1 0 S Q a b c d ck 0 0 1 1 R Q d) 1 1 1 0 S Q a b c d ck 0 0 1 1 R Q Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 6/26 1.3 - TIPO JK Fig6: Símbolo Lógico Tabela Verdade - FF JK Fig 7a Fig 7b A figura 6 mostra o símbolo lógico, a figura 7a a tabela verdade e a figura 7b os pinos e a configuração interna do CI 7473 que contém 2 Flip-Flop tipo JK síncrono independente. Na situação Toggle (onde J=1 e K=1) a saída irá para o estado oposto quando um pulso de relógio chegar no pino CK (clock). Com pulsos de clock repetidos, a saída Q e Q ficará se alternando entre os níveis alto e baixo. Esta idéia é chamada de chaveamento. O biestável tipo JK é do tipo síncrono. O símbolo na entrada do clock significa queo biestável é ativo com pulso de ck do nível alto para baixo (na borda de descida do sinal quadrado do clock). O pino de entrada CLR ( clear ) é ativo em nível Baixo. Quando nele chegar um sinal Baixo a saída Q (normal) vai para ZERO independente dos sinais de entrada. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 7/26 1.4 - TIPO D Fig8: Símbolo Lógico Tabela Verdade - FF D Fig 9a Fig 9b O biestável tipo D possui apenas uma entrada de dados “D” e uma entrada de relógio “CK”. Os dados da entrada D são transferidos para a saída Q (normal) na transição do nível Baixo para Alto do pulso de clock . A figura 8 mostra o símbolo lógico do flip-flop tipo D, a fig. 9a mostra a tabela verdade e figura 9b os pinos e configuração interna do CI 7474. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 8/26 EXERCÍCIO 2 – Fornecido os blocos abaixo, colocar os sinais e os bits das saídas normais e complemento para cada seqüência de pulsos nas entradas dos Flip-Flops. a) 0 1 0 1 J Q a b c d ck 1 0 0 1 K clr Q 1 b) 0 1 0 1 J Q a b c d ck 1 0 1 1 K clr Q 1 c) 1 0 1 0 1 D Q a b c d ck clr Q 1 d) 0 0 1 0 1 D Q a b c d ck clr Q 1 Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 9/26 2 – CONTADOR DIGITAL Os contadores são circuitos lógicos seqüenciais porque a temporização é obviamente importante e porque eles necessitam de uma característica de memória. Os contadores digitais tem as seguintes características importantes: - núm. máximo de contagem (módulo do contador), - contagem crescente ou decrescente, - operação assíncrona ou síncrona, - funcionamento livre ou auto parada. Os contadores digitais contarão apenas em binário. Um contador digital que contaria desde 0000 (0) até 1111 (15) é chamado de contador de módulo 16 (mod. 16). Módulo de um contador é o número máximo de contagem que ele completa. Um contador de mód. 10 é o CI 7490 que é mostrado abaixo com sua tabela verdade e pinos do CI. Entradas de Resets Saídas R1 R2 R3 R4 D C B A 1 1 0 X 0 0 0 0 1 1 X 0 0 0 0 0 X X 1 1 1 0 0 1 X 0 X 0 realiza contagem 0 X 0 X realiza contagem 0 X X 0 realiza contagem X 0 0 X realiza contagem 0 0 0 0 realiza contagem Tabela Verdade Descrição dos Pinos Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 10/26 3 - CONVERSOR DE CÓDIGO Grandes partes do mistério que envolvem os computadores e outros circuitos Digitais provém da linguagem não familiar dos circuitos digitais. Os dispositivos digitais podem processar somente os bits 0 e 1 . No entanto, é difícil o homem entender a longa série de 0 e 1, por esta razão, os conversores de códigos são necessários para converter a linguagem do homem p/ a linguagem de máquina e vice-versa. Consideramos um diagrama em bloco abaixo de uma calculadora manual: T e c l a d o C o d i f i - C P U D e c o d i - D i s p l a y c a d o r f i c a d o r O dispositivo de entrada (gerador de sinal) é o teclado. Entre o teclado e a CPU (Unidade Lógica de Processamento) está o codificador para codificar (traduzir) o n° decimal impresso no teclado em um código binário para que a CPU entenda. A CPU executa a operação em binário e expele um código binário. O decodificador decodifica (traduz) este código binário em um código especial que ilumina os segmentos corretos do Display indicando o valor em decimal para que o homem visualize e entenda rapidamente. Um decodificador para 7 segmentos é mostrado abaixo. O CI 7448: Descrição dos Pinos Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 11/26 Decimal IMPUTS B ou OUTPUTS ou função LT RBI D C B A RBO A B C D E F G 0 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 X 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 0 2 1 X 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 3 1 X 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 4 1 X 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 5 1 X 0 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 6 1 X 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 7 1 X 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 8 1 X 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 9 1 X 1 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 1 10 1 X 1 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 11 1 X 1 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 12 1 X 1 1 0 0 1 0 1 0 0 0 1 1 13 1 X 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 14 1 X 1 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 15 1 X 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 B X X X X X X 0 0 0 0 0 0 0 0 RBI 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 LT 0 X X X X X 1 1 1 1 1 1 1 1 X = irrelevante RBO e RBI = apaga o display LT = acende o display total Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 12/26 4 – DISPLAY DE 7 SEGMENTOS Um dos dispositivos usados para exibir números decimais é o Display de 7 segmentos. É formado por 7 leds identificados de A à G, podendo ser do tipo: Anodo comum: é do tipo em que, o anodo de todos os leds estão interligados entre si e ligados à +VCC. É aplicado nível baixo através de resistor no katodo do led que se queira acender. Katodo comum: é do tipo em que, o katodo de todos os leds estão interligados entre si e ligados à GND. É aplicado nível alto através de resistor no anodo do led que se queira acender. As figuras abaixo mostram a configuração interna dos Display: Anodo comum A B F G C E D Katodo comum A F B G E C D G F K A B A B C D E F G P E D K C P DISPLAY KATODO COMUM FND 560 Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 13/26 1 1B 2 2C 3 3LT 4 4RBout 5 5RBin 6 6D 7 7A 8 C8 GND GND GND GND NC NC VCC Projeto: Contator/Decodificador/Display (+ Gerador de Funções) GND VCC VCC VCC VCC VCC Clock GND 10 9 B9 11 10 12 7490 7448 D11 13 A12 14 13 15 14 16 a a f d a c GND GND FND560 CATODO COMUM 7x470Ω 4x470Ω Fonte 5V Gerador Funções D C B A k k g e b p b b f f g e e cc p d d + - + - Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 14/26 5 – MULTIPLEXADOR (Seletor de Dados) Um seletor de dados é a versão eletrônica de uma chave rotativa de sentido único. A posição de qual entrada será selecionada é determinada no seletor de dados aplicando-se um número binário correspondente nas entradas de seleção eletrônica de dados (C, B, A). O seletor de dados permite que os dados fluam somente da entrada para a saída. Entradas Entradas 0 0 1 1 1 2 1 2 3 Saída Y=1 3 Seletor Saída 4 4 de Y = 15 5 Dados 6 6 7 7 0 C 1 B 0 A Seletor eletrônico de Dados (entradas) Na figura abaixo é mostrado um seletor de dados comercial e sua tabela verdade. Este CI da família TTL é identificado como seletor (multiplexador) de dados de 16 entradas com uma única saída invertida designada W (representada a inversão pela barra). E7 1 24 VCC (5Vcc) E6 2 23 E8 Data E5 3 22 E9 Inputs E4 4 21 E10 E3 5 20 E11 Data E2 6 74150 19 E12 Inputs E1 7 18 E13 E0 8 17 E14 Strobe S 9 16 E15 Output W 10 15 A Data Select D 11 14 B Data GND 12 13 C Select Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 15/26 Entradas Saída Seleção de Entrada Strobe Entrada D C B A S W X X X X 1 X 1 0 0 0 0 0 E0 E0 0 0 0 1 0 E1 E1 0 0 1 0 0 E2 E2 0 0 1 1 0 E3 E3 0 1 0 0 0 E4 E4 0 1 0 1 0 E5 E5 0 1 1 0 0 E6 E6 0 1 1 1 0 E7 E7 1 0 0 0 0 E8 E8 1 0 0 1 0 E9 E9 1 0 1 0 0 E10 E10 1 0 1 1 0 E11 E11 1 1 0 0 0 E12 E12 1 1 0 1 0 E13 E13 1 1 1 0 0 E14 E14 1 1 1 1 0 E15 E15 Tabela Verdade X = Irrelevante GND = 0 Vdc VCC = +5Vdc Um sinal baixo (zero) na entrada Strobe ativará o seletor de dados e pode ser imaginado como sendo uma chave principal de ligar e desligar o CI (ativo em zero). Considerando a tabela verdade, a linha 1 mostra a entrada S em nível alto, o que desativa a unidade inteira. A linha 2 mostra todas as entradas de seleção de entrada em baixo, bem como a entrada S, isto ativa a informação da entrada 0 a ser transferida para a saída W. Os dados na saída W aparecerão em sua forma invertida, como simbolizado pelo E0. À medida que a contagem binária no seletor de Entradas aumenta, cada entrada de dados é por sua vez conectada à saída W. O multiplexador digital pode ser usado para transmitir uma palavra de 16 Bits paralelos em forma serial. Isto é conseguido conectando-se um contador na seleção de entradas contando de 0000 a 1111 Binário. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 16/26 6 – SINAIS ANALÓGICOS E SINAIS DIGITAIS Sinais analógicos são aqueles que podem assumir qualquer valor dentro de determinados limites e que levam a informação na sua amplitude. Os sinais analógicos podem ser classificados em (a) variáveis e (b) contínuos. Os sinais analógicos variáveis são aqueles que eqüivalem (podem ser decompostas) a uma soma de um conjunto de senóides de frequência mínima é maior que zero. Um exemplo típico são os sinais senoidais de frequência constante (Fig. 10a), que representam a informação através de sua amplitude. Os sinais analógicos contínuos podem ser decompostos numa soma de senóides cuja frequência mínima é zero. Ou seja, trata-se de um sinal que tem um certo nível fixo durante um tempo indefinido (Fig. 10b). Fig. 10 - Sinais analógicos: (a ) Senoidal de frequência constante e (b) Contínuo. Apesar do avanço tecnológico, a maioria dos sensores produz um sinal de saída analógico; entretanto, já é possível conseguir um apreciável número de sensores com saída digital, como é o caso de medidores de ângulo, posição, nível, etc. Os sinais digitais são aqueles que estabelecem um número finito de estados entre os valores máximos e mínimo do sinal em estudo. O mais utilizado é o código binário, que somente pode ter dois níveis: 0 e 1. Uma variável binária recebe o nome de "bit". Dessa forma, para representar uma informação (sinal) se necessita de um certo número de variáveis binárias dependendo da variável e da precisão pretendida. As variáveis binárias podem ser apresentadas de duas formas diferentes: Série e Paralelo. a) Em Série : Mediante uma seqüência de níveis de 0 e 1 de um sinal digital. Na fig. 11 se indica um sinal digital binário que representa o número 10011 no sistema de numeração binário. Este formado recebe o nome de "série". Fig. 11 - Sinal binário no formato série. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 17/26 b) - em Paralelo: Mediante outros tantos sinais binários independentes. Assim, tem-se o número 10011 num único instante de tempo t1. Em instantes sucessivos podem ser formados números diferentes ( ex.: 01010 em t2, na Fig. 12). Fig. 12 - Sinal digital em formato "paralelo" O formato "serial" é considerado quando é utilizado só um fio, como no caso do "mouse" ou uma única linha de transmissão (fibra ótica, por exemplo) e o formato "paralelo" pode ser encontrado no caso das impressoras. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 18/26 7 – CONVERSOR D/A E A/D Muitas vezes os sistemas digitais devem ser interligados com equipamentos analógicos. Um sinal digital é aquele que tem apenas dois níveis de tensão. Um sinal analógico é aquele que varia continuamente o nível de tensão desde uma tensão ou corrente mínima até a máxima. A figura abaixo ilustra uma situação típica onde a unidade ou sistema de processamento digital tem entradas e saídas analógicas. Exemplo: +Vcc Saída entrada conversor Sistema conversor Analógica analógica A/D Digital D/A V A entrada é uma tensão contínua na faixa de 0 a 10Vdc. O codificador especial, um conversor analógico para digital (A/D), transforma a entrada analógica em informação digital. No lado da saída do sistema, um decodificador especial transforma a informação digital em uma tensão analógica. Este decodificador é chamado conversor digital para analógica (D/A). 7.1 – CONVERSOR D/A Entrada Binária 8 4 2 1 A B Conversor C D/A Tensão de saída Analógica D Diagrama em Bloco A tarefa de um conversor D/A é de transformar um número digital introduzido nas entradas Binária, em uma saída analógica (valor em mV). O conversor D/A consiste em duas partes funcionais: - rede de resistores; - amplificador de soma. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 19/26 A fig. Abaixo ilustra um diagrama esquemático de um conversor D/A e sua tabela verdade. Av = Rf Rin Entradas Digitais Vout = Vin x Av Vout = Vin x Rf d c b a Rin Rf 4K7 Av = ganho de tensão Vin = Tensão de entrada R4 R3 R2 R1Rin = Resistor de entrada 18K 39K 82K 150K + 12V Vout = Tensão de saída 2 7 Vin 12V Rede Resistiva 741 6 - Saída 3 Vout Analógica 4 + Negativa - 12V Amplificador de Soma ENTRADAS BINÁRIAS SAÍDA ANALÓGICA D C B A Vout 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 OBS: Considerando a situação da tabela verdade onde a entrada é 0000, todas as chaves deverão ser ligadas à GND de modo que o Vin sendo 0V e a saída Vout também seja 0V. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 20/26 7.2 – CONVERSOR A/D O conversor A/D converte um sinal analógico (mV) em um sinal digital (binário). O CI AD573 é um conversor analógico para digital de 10 bits paralelo, com alimentação de +5V e –12V à –15V. Aceita como sinal analógico de entrada na configuração Unipolar de 0V à +10V, e na configuração Bipolar de –5V à +5V. Para configurar o AD573 como Unipolar, aplica-se nível 0 no pino BIPOLAR OFFSET e para configurar como Bipolar aplica-se nível 1 (+5V). Com uma pequena mudança de ±15mV na entrada analógica, é alterado a saída em 1 bit. Na figura abaixo temos a descrição dos pinos. Descrição dos Pinos Para acontecer a conversão, deve-se aplicar pulso de nível 1 (+5V) no pino CONVERT, onde neste instante o pino DATA READY vai a nível 1 por alguns instantes indicando conversão completada. Durante o pulso no CONVERT, os pinos HBE (Habilitação do Byte Alto) e o LBE (Habilitação do Byte Baixo) tem que estar em nível alto. Retirando o pulso no CONVERT (indo para baixo) e posteriormente HBE e LBE também a nível 0, o código digital é posto na saída digital binária paralela, representada na figura acima de DB0 a DB9. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 21/26 8 – GERAÇÃO DE CLOCK No microprocessador Z-80, o circuito de oscilador tem que ser feito por meio de um circuito externo; já no 8085 em diante o oscilador é feito internamente necessitando de apenas um resistor e capacitor externo para determinar o valor da frequência. Cada operação básica do computador acontece em 3 ou 6 período de clock. A fig. abaixo mostra um exemplo básico de ciclo de instrução que consiste de 3 ciclos de máquina: busca do código de operação, leitura de memória e escrita de memória. Depois da busca do código de operação da instrução durante o ciclo de máquina M1, os ciclos seguintes movem o dado entre a memória e o processador central - CPU. Abaixo temos um projeto simples de circuito gerador de clock possível para a CPU Z- 80. Os projetos têm na saída um resistor pull-up (geralmente de 330Ω - ligado à +5Vcc ) para garantir o nível alto mais próximo de +5V possível, desta forma, o sinal de clock gerado irá alimentar sem grandes percas Em alguns projetos é usado um oscilador chamado CRISTAL que, quando por ele passar uma corrente elétrica com alimentação de 5Vcc, têm a característica de oscilar esta tensão com uma frequência por ele determinada. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 22/26 9 – CIRCUITOS INTEGRADOS DIGITAIS Os fabricantes de circuitos integrados ( CI ) desenvolveram muitas famílias de CI’s digitais, grupos que podem ser usados juntos na construção de um sistema digital. Um grupo de família é produzido usando tecnologia bipolar (TTL - Lógica Transistor Transistor), onde contêm partes comparáveis a transistores bipolares, diodos e discretos. Um outro grupo de família usa tecnologia de semicondutores de metal-óxido (MOS) onde contêm partes comparáveis aos transistores de efeito de campo de porta isolada (IGFET). Os CI (Circuitos Integrados) são divididos em grupos baseados na complexidade do circuito. Essas classificações são conceitos pelos quais uma função do sistema de subsistema importante e completa, é fabricada como um único microcircuito. 1. SSI - integração em pequena escala (Small-Scale Integration): Número de portas: menos que 12. Dispositivos digitais típicos: portas e flip-flop. 2. MSI - integração em média escala (Medium-Scale Integration): Número de portas: de 12 a 99. Dispositivos digitais típicos: somadores, contadores, decodificadores, codificadores, multiplexadores, demultiplexadores, registradores. 3. LSI - integração em larga escala (Large-Scale Integration): Número de portas: de 100 a 9999. Dispositivos digitais típicos: Relógios digitais, pastilhas de memórias menores e calculadoras. 4. VLSI - integração em muito larga escala (Very-Large-Scale Integration): Número de portas: de 10000 a 99999. Dispositivos digitais típicos: microprocessador, pastilhas de memória maiores e calculadoras avançadas. 5. ULSI - Integração em Ultra-Larga Escala (Ultra-Large Scale Integration): Número de portas: acima de 100000. Dispositivos digitais típicos: microprocessadores avançados. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 23/26 9.1 - TERMOS DE CI's DIGITAIS Vários termos que aparecem na literatura dos fabricantes de CI auxiliam o técnico na utilização e comparação das famílias lógicas. A figura abaixo define o nível lógico BAIXO e ALTO da família TTL e CMOS. A seção não-sombreada no lado da entrada é a região proibida. Uma entrada na figura a de 1,5V, por exemplo, teria resultados imprevisíveis na saída. Os CI's CMOS têm uma larga faixa de oscilação das tensões de saída aproximando-se de ambos os extremos da fonte de alimentação 3V a 15V (10V no exemplo b). CMOS têm também muito boa imunidade ao ruído. Essas duas características juntamente com o baixo consumo de potência, são listadas como vantagens do CI CMOS sobre o TTL. A saída de nível ALTO depende da resistência da carga de saída. Quanto maior a corrente de carga, menor a tensão de saída de nível ALTO. Observando a diferença de tensão na definição de uma entrada ALTA para a saída ALTA, iremos notar uma diferença de 0,4V. A razão desta diferença consiste em proporcionar a imunidade ao ruído. (insensibilidade do circuito digital aos sinais elétricos indesejáveis). Por causa das altas velocidades de operação de muitos circuitos digitais, os retardos de chaveamento interno tornam-se importantes. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 24/26 A fig. abaixo mostra uma forma de onda dos retardos de propagação de um inversor TTL padrão. TP = tempo de propagação. L = Baixa. H = Alta. Entrada Saída Tempo (ns) ~20ns TpLH ~15ns TpHL Os CI’s CMOS são de baixa velocidade com atraso de propagação de 25 a 100ns. Uma subfamília mais recente tem alta velocidade (High-Speed CMOS) com propagação de 8ns, exemplo o inversor 74HC04. Circuitos integrados são agrupados em família porque são compatíveis. Na fig. (a) abaixo temos um inversor TTL excitando um outro inversor. Neste caso, a corrente convencional flui do dispositivo de carga para a porta excitadora (driver) e para terra, neste caso o inversor excitador (driver) está drenando a corrente (drenar a corrente para terra) que pode ser até 1,6mA de uma carga TTL simples. Note o sentido da corrente. Quando a saída do excitador TTL vai para nível alto, é criada a fig. (b), onde o sentido da corrente convencional é invertido. Neste caso o inversor excitador (driver) está fornecendo corrente,que quando está excitando uma única carga, pode chegar apenas em 40μA. É comum em circuitos lógicos uma porta excitar várias outras. A limitação de quantas portas podem ser excitadas por uma única saída é chamada capacidade de saída (fan-out). O fan-out de um TTL é 10 e de um CMOS é 50. O consumo de potência é da ordem de 10mW por porta TTL padrão e pode ser tão baixa quanto 1mW por porta TTL de baixa potência. A família CMOS é conhecida por seu consumo de potência extremamente baixo e é largamente utilizada em produtos portáteis. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 25/26 9.2 - CIRCUITOS INTEGRADOS TTL Melhorias nos circuitos lógicos TTL foram feitas conduzindo à subfamília da lógica transistor-transistor de CI's: 1. TTL padrão (Standard TTL logic). Inscrição típica em CI: 7404 2. TTL de baixa potência (low-power TTL logic). Inscrição típica em CI: 74L04 3. TTL de baixa potência Schottky (low-power Schottky TTL logic). Inscrição típica em CI: 74LS04 4. TTL Schottky (Schottky TTL logic). Inscrição típica em CI: 74S04 5. TTL baixa potência avançada Schottky (advanced low-power Schottky TTL logic). Inscrição típica em CI: 74ALS04 6. TTL avançada Schottky (advanced Schottky TTL logic). Inscrição típica em CI: 74AS04 As letras são usadas no meio do número da série 7400 para designar a subfamília. Projetistas de lógica digital têm de considerar 3 fatores importantes quando da seleção de uma família lógica: velocidade, consumo de potência e atraso de propagação. Os dispositivos da série TTL 7400 operam na faixa de temperatura de 0 a 70°C. A série TTL 5400 tem as mesmas funções lógicas, pois com uma faixa maior de temperatura de –55 a 125°C (conhecido como série militar). As inscrições nos CI’s TTL variam de acordo com o fabricante. A fig. abaixo mostra inscrições típicas em CI digital TTL. Prof. Reinaldo C. R. Bolsoni Eletrônica Digital II 26/26 O prefixo DM (National,neste exemplo) é o código do fabricante. O número 7408 é dividido, onde 74 significa que é da família TTL de classe comercial e 08 indica a função do CI (4 portas AND de 2 entradas). O sufixo N é o código do fabricante para encapsulamento em linha dupla. Na fig. (c) temos o CI SN74LS04N, onde o SN é o prefixo usado pela Texas Instrumentos. O 74 especifica TTL de classe comercial. O LS significa que é de baixa potência Schottky. O 04 especifica a função (6 inversores) e o N no final especifica um CI DIP (do inglês dual-in-line package, ou encapsulamento em linha dupla). 9.3 - CIRCUITOS INTEGRADOS CMOS CI’s CMOS estão crescendo em popularidade por causa do seu baixo consumo de potência, alta imunidade a ruídos. Algumas funções analógicas disponíveis em CMOS não têm equivalentes nos TTL. Os fabricantes de CI CMOS produzem várias séries da família, tais como: 4000, 74C00, 74HC00 e 74HCT00. Um CI da série 4000 é esboçado abaixo. O prefixo CD é o código do fabricante RCA. O sufixo E é para encapsulamento dual- in-line. O 40 identifica que é da série 4000 dos CMOS. O 24 identifica a função (contador de 7 estágios), e o B significa série CMOS com Buffer (amplificador ou reforçador de sinal). A série CMOS 74C00 tem funções e pinagem compatíveis com a série TTL 7400. Os fabricantes sugerem ao trabalhar com CI’s CMOS, que danos provocados por descargas estáticas e tensões transitórias sejam evitados por: 1. Armazenamento em espuma condutora especial. 2. Uso de ferro de solda com aterramento. 3. Assegurar-se de que os sinais de entrada não excedam as tensões da fonte de alimentação. 4. Conexão de todos os terminais de entrada não utilizados ao VCC ou GND (as saídas podem ser deixadas desconectadas).
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