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Artigo - Anhanguera

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1
ANHANGUERA EDUCACIONAL - UNIDERP
SERVIÇO SOCIAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II - ARTIGO
A ATUAÇÃODO SERVIÇO SOCIALEA SITUAÇÃODA PESSOA IDOSA NO BRASIL
ANDERSON PEREIRA XAVIER - RA: 2736622692
JAMIMA MACHADO
ELAINE MEDEIROS
NOVA IGUAÇU / RJ
2018
ANDERSON PEREIRA XAVIER - RA: 2736622692
A ATUAÇÃODO SERVIÇO SOCIALEA SITUAÇÃODA PESSOA IDOSA NO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Serviço Social da Faculdade Anhanguera Educacional – UNIDERP requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador(a): Jemima Machado
NOVA IGUAÇU / RJ
2018
14
Dedico o presente Artigo ao meu companheiro, que foi meu maior apoio nos momentos de angústia. Também quero homenagear minha mãe e meu pai (in memoriam), que fez de tudo para a faculdade se tornar um sonho possível.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado chegar até aqui.
A Faculdade Anhanguera Educacional - UNIDERP, em especial a coordenadora Carol, que nos acolheu em nosso momento de angústia.
A minha Tutora, amiga e exemplo: Elaine Medeiros, pela dedicação, paciência e compromisso com este trabalho. O Meu muito obrigado!
Ao meu companheiro: Claudio Jerônimo, pessoa com quem amo partilhar а vida. Com você tenho me sentido mais vivo de verdade. Obrigado pelo carinho, а paciência е por sua capacidade de me trazer paz na correria de cada semestre.
A minha querida mãe: Maria da Gloria que mesmo longe me proporciona força para lutar e crescer em sabedoria.
			A minha amiga e Assistente social, Maria Cleomar, que contribuiu para a minha formação através do estágio.
			Ao meu amigo Israel Nascimento, que sempre me ajudou desde o início de minha trajetória. 
Aos meus amigos de turma, pelas alegrias, tristezas е dores compartilhadas em todos esses semestres.
SUMÁRIO
Resumo	01
Introdução	02
1 Idoso no Brasil 	03
2 O Serviço Social e a garantia dos direitos da pessoa idosa	05
3 Relação do idoso com a família 	08
4 A importância das atividades físicas e entretenimento na vida do idoso	10
Considerações Finais	12
Referências Bibliográficas..................................................................................	13
A ATUAÇÃODO SERVIÇO SOCIALEA SITUAÇÃODA PESSOA IDOSA NO BRASIL
Anderson Pereira Xavier[footnoteRef:1] [1: Graduando em Serviço Social – Faculdade Anhanguera Educacional – UNIDERP – Polo Novo Iguaçu RA: 2736622692 – anderpx@hotmail.com] 
RESUMO
O presente artigo pretende discutir sobre o Serviço Social e a situação dos idosos no 
Brasil. O aumento de pessoas idosas do país vem crescendo a cada dia e com isso também vem crescendo as desigualdades sociais, o desrespeito com a terceira idade e a necessidade de se trabalhar a conscientização social. O trabalho discorre sobre os idosos no Brasil, o aumento significativo de pessoas na terceira idade, o serviço social e a garantia dos direitos dos idosos, as leis que garantem esses direitos, a importância do assistente social na terceira idade, a importância da família para o idoso, a importância das atividades físicas para uma qualidade de vida melhor, para a manutenção da socialização, para prevenção de doenças e para entretenimento. Diante da pesquisa realizada, entende-se que o idoso no Brasil necessita de condições que lhe garantam uma vida digna, sem desrespeito, com afetividade, socialização, atenção, e de preferência com sua própria família, como defende a Constituição Federal. O Serviço Social é um importante agente de ligação na luta pela valorização do idoso, pela concretização das políticas públicas já existentes.
Palavras-chaves: Idoso. Política Nacional do Idoso. Assistente Social.
ABSTRACT
This article intends to discuss Social Work and the situation of the elderly in the
Brazil. The increase in the number of older people in the country has been increasing every day and with this, social inequalities, disrespect for the elderly and the need to work on social awareness have also increased. The study focuses on the elderly in Brazil, a significant increase in the elderly, social service, and guarantee of the rights of the elderly, the laws that guarantee these rights, the importance of the social worker in the elderly, the importance of the family to the elderly. the elderly, the importance of physical activities for a better quality of life, for maintaining socialization, for disease prevention and for entertainment. In view of the research carried out, it is understood that the elderly in Brazil need conditions that guarantee a dignified life, without disrespect, with affection, socialization, attention, and preferably with their own family, as defended by the Federal Constitution. Social Service is an important liaison agent in the struggle for the valorization of the elderly, for the implementation of existing public policies
Keywords: Elderly. National Policy of the Elderly. Social Worker.
INTRODUÇÃO
O tema proposto foi escolhido por acreditar-se na importância da ação do assistente social, que busca lutar pela garantia dos direitos sociais, conforme atua procurando sanar os problemas de cada indivíduo. Buscando, ao mesmo tempo, conhecer sobre a questão do envelhecimento, do cuidado com a pessoa quando chega a terceira idade, da necessidade de assegurar uma velhice de qualidade para os idosos, é que esse trabalho também foi pensado. 
Sabemos que a Política Nacional do Idoso, lei nº 8.842 de 1994, tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. E essa também é a luta diária de todo assistente social, preocupado pelo melhor para a nossa sociedade. 
Este estudo tem como objetivo principal contribuir para alertar as famílias brasileiras sobre necessidade do cuidado com os idosos e mostrar que eles têm igual importância, devendo todos, então, respeitar seus direitos, sua dignidade e o valor que cada um possui. E como objetivos específicos, analisar a situação dos idosos no Brasil; avaliar a atuação do Serviço Social na garantia dos direitos da pessoa idosa; considerar a relação do idoso com sua família; pontuar quais são as atividades de entretenimento mais comuns oferecidas aos idosos e a importância delas, a fim de melhorar sua qualidade de vida. 
E buscando alcançar os objetivos propostos nesse trabalho, foi estabelecida a forma como o estudo sobre este seria seguido. Foi indicado, então, como abordagem a pesquisa bibliográfica, realizada a partir de trabalhos documentados e fundamentados, disponibilizados em livros, artigos e materiais virtuais, pois através dessa demonstraremos os pensamentos de estudiosos que falaram sobre o assunto, expondo os melhores argumentos encontrados para defendê-lo. 
Sobre isso citamos aqui CERVO, BERVIAN e DA SILVA (2007, p.61), que diz que a pesquisa bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”. 
Espera-se que, com a conclusão desse trabalho, muitas pessoas possam se conscientizar da importância de cada cidadão, independentemente de sua idade, e que cada dia mais possamos oferecer uma qualidade de vida melhor para os idosos.
1IDOSOS NO BRASIL
Por muitos séculos falar do idoso era falar de sabedoria, de conselho, de confiança. ANNAN, enquanto Secretário geral da ONU, falou o seguinte sobre a importância da função do idoso para a sociedade,
Em África, diz-se que, quando morre um ancião, desaparece uma biblioteca. Isto lembra-nos o papel crucial que os idosos desempenham como intermediários entre o passado, o presente e o futuro, a importantíssima linha de comunicação que constituem para a sociedade. Sem os conhecimentos e a sabedoria dos anciãos, os jovens nunca iriam saber donde vem ou qual a comunidade em que se inserem. Mas para que os idosos tenham uma linguagem que os jovens entendam, devem ter a oportunidadede continuar a aprender ao longo da vida (CENTRO DE INFORMAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS EM PORTUGAL, 2002, p. 3).
A pessoa quando envelhecia era vista como sábia preparada para instruir os mais novos, mas essa visão foi mudando muito com o passar dos anos, e quem era visto como sábio, muitas das vezes é visto como inútil, ainda mais por não serem economicamente ativos ou necessitarem de algum cuidado especial da idade.
No Brasil é um assunto polêmico quando se trata dos direitos dos idosos, muitos acham que eles mereciam mais, outros pensam que eles têm direito apenas aquilo que conquistou enquanto jovens, porém não pode se deixar de lado que a população idosa no país vem crescendo muito nos últimos anos. Segundo o IBGE (2012).
Os considerados idosos pela Organização Mundial da Saúde para países em desenvolvimento, 60 anos ou mais de idade, representam 17,9%. Esse grupo etário tem apresentado crescimento desde o início da série (1º trimestre de 2012), quanto correspondia a 15,9% da população total. E em 2050, serão 29%. (IBGE, 2012).
Esses dados nos mostram que a quantidade de idosos só tem aumentando, porem em relação ao bem-estar desses, ao fornecimento de condições básicas de vida, econômica e social, o país não conseguiu ainda acompanhar esse crescimento, ainda falta muito para que o país possa oferecer dignidade para esses que fez muito pela nação.
Segundo o site O Globo, uma pesquisa realizada em 2014, com 96 nações colocava o Brasil em 58º lugar sobre a qualidade de vida dos habitantes com mais de 60 anos, ficando atrás até mesmo de países tidos como mais pobres, como Bolívia, equador e El Salvador. Segundo a pesquisa, as piores notas recebidas diziam respeito a segurança e transporte público.
A revista Exame relata que:
De acordo como levantamento do Serasa Experian, mais 11% dos idosos habitam áreas rurais e vivem em função de atividades relacionadas ao agronegócio e do cultivo da terra. A renda deste grupo é inferior e o acesso à educação também é mais restrito nessas áreas em relação às zonas urbanas. (REVISTA EXAME, 2016).
	Isso nos mostra que a maior parte da população idosa brasileira vive na zona urbana, o que não quer dizer que vivem melhores. Muitos desses idosos precisam trabalhar para pagarem as próprias contas, já que o baixo salário da aposentadoria por vezes não dá se quer para custear os remédios que necessitam e muitos que deveriam ser disponibilizados pela saúde pública, porém nem sempre são. Com isso as baixas condições financeiras por vezes se tornam uma grande dificuldade pelo custo de vida elevado das cidades.
	Segundo pesquisa realizada pelo SPC – Serviço de Proteção ao Crédito, o dinheiro dos idosos é fundamental na vida de muitas famílias, seja de trabalho formal, informal, aposentadoria, pensão, dentre outros. Na pesquisa, 54% dos idosos afirmaram serem os principais responsáveis pelo sustento da casa (69% entre os homens). Ainda assim muitos veem este grupo de pessoas como improdutíveis sou responsáveis por uma parcela de culpa nas crises econômicas do país.
Atualmente é grande falta de informações sobre serem idoso, sobre a vida na terceira idade, as necessidades básicas e todas as peculiaridades do envelhecimento. Até 2025 o número de idosos no país será de aproximadamente 30 milhões, segundo o IBGE. Esse dado nos mostra que essa falta de informação, citado anteriormente, precisa ser mudada. O Governo e a sociedade precisam se preparar para a realidade de um país que ficará entre os dez com maior número de idosos do mundo, buscando o bem-estar do idoso, respeitando e cuidando, procurando oferecer meios para que se possa envelhecer com devida qualidade de vida.
2 O SERVIÇO SOCIAL E A GARANTIA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA
A velhice chega normalmente para todas as pessoas, independentemente de qualquer coisa, amenos que haja óbito antes, todos envelhecerão. E os direitos sociais não envelhecem, nem são desvalorizados com a idade, ou pelo menos não deveriam ser. Os direitos sociais continuam validos, desde o nascimento até a morte.
Com a chegada da velhice também chega à fragilidade da saúde. Apesar de que, hoje em dia, muitos idosos têm cuidado mais da sua saúde, antes e durante o envelhecimento, buscando formas de terem uma velhice mais agradável. Muitos têm praticado mais atividades físicas e intelectuais depois dos 60 anos, melhorando assim a sua qualidade de vida. Mas, as maiorias ainda necessitam de muitos cuidados, mesmo os que praticam essas atividades, o aspecto biológico do corpo idoso não é o mesmo que o de uma pessoa jovem. Claro que não quer dizer que envelheceu automaticamente ficará doente. Velhice não é doença, mas requer cuidados.
Segundo a Constituição Federal de 1988, ficam assegurados os direitos e deveres de todos os seres humanos, independentemente da sua idade. Sendo destacado o princípio da dignidade humana, no artigo 1º, inciso III. Mostrou, em seu artigo 203, inciso I, que a proteção social a pessoa idosa é dever do Estado e direito de todo cidadão:
Art. 203. A assistência social será prestada a que dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social e tem por objetivo:
I – A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice. (Brasil, 2001).
	Ainda, segundo a Constituição federal, em relação à saúde, essa é um direito de todos, isso independe de idade. No artigo 196 da Constituição nos diz:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção e recuperação (BRASIL, 2001).
O Estado deve trabalhar visando o cuidado com a saúde pública, criando políticas públicas, sociais e econômicas para que isso aconteça. Assim como é estabelecido na Lei nº 8080 de 19 de setembro de 1990, que no artigo 1º nos diz que a saúde é um direito fundamental de toda pessoa, sendo dever do Estado fornecer meios suficientes para que ela seja real. Assim também os idosos tem direito a saúde pública de qualidade, pois esse é um cidadão como todos os outros.
	O Estatuto do idoso, que foi sancionado em 2003, trazendo assim uma ampliação dos direitos das pessoas com mais de 60 anos, idade em que se começa a considerar a pessoa na terceira idade, também reforça o direito a saúde no seu artigo 2º, que diz:
Art. 2º - O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes a pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social, em condições de liberdade de dignidade. (BRASIL, 2001).
No estatuto merecem destaques dois princípios: o princípio da proteção integral e o princípio da absoluta prioridade do idoso.
ARCURI afirma que lidar com essas questões
[...] requer uma abertura especial. Temos de ter a compreensão do envelhecimento como uma totalidade que não é simples, tampouco abstrata. O envelhecimento tem várias dimensões, não podendo ser entendido apenas dentro de uma única perspectiva, pois o homem é multidimensional (ARCURI, 2003, p.100).
E sendo um homem multidimensional precisam-se considerar os fatores físicos, psicológicos e sociais que influenciam na vida dos idosos, em todos os sentidos, assim também como o ambiente em que vivem.
A política nacional do Idoso tem efetivação por meio dos programas, serviços e projetos das mais variadas políticas sociais, conforme o artigo 10 da Política nacional do Idoso que diz:
Art. 10 – Na implementação da Política Nacional do Idoso, são competências dos órgãos e entidades públicas:
I – Na área de promoção e assistência social:
a) Prestar serviços e desenvolver ações voltadas para o atendimento das necessidades básicas do idoso, mediante a participação das famílias, da sociedade e de entidades governamentais e não governamentais;
b) Estimular a criação de incentivos e de alternativas de atendimentos domiciliarese outros;
c) Promover simpósios, seminários e encontros específicos;
d) Planejar, coordenar, supervisionar e financiar estudos, levantamentos, pesquisas e publicações sobre a situação social do idoso;
e) Promover a capacitação de recursos para o atendimento ao idoso; [...]
Então podemos afirmar que o assistente social deve buscar desenvolver ações que atendam às necessidades básicas dos idosos, buscando interação da família, sociedade e Estado, dentre os demais pontos que constam nas políticas vigentes.
O serviço social busca trabalhar os valores destacados no projeto ético político, como justiça social, garantia de direitos, autonomia, dentre outros, buscando mostrar para a sociedade que a pessoa idosa tem direitos e espaço na sociedade e que essa precisa de respeito, atenção e dignidade.
Alguns preceitos jurídicos legislativo autenticam o trabalho profissional do assistente social. Dentre os principais estão Estatuto do Idoso, política Nacional do Idoso e ainda o Artigo 230 da Constituição federal que nos informa:
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. § 1º - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. § 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. (BRASIL, 2001).
O assistente social busca contribuir com a justiça e a igualdade social para os idosos, procurando mudar os valores mal estabelecidos, tentando extinguir, além de outras coisas, o preconceito, a discriminação e a exclusão social que acontece na maioria das vezes com a pessoa idosa. Trabalhando assim para criar condições de promover autonomia, integração e participação efetiva dos idosos na sociedade.
Então se pode afirmar que a velhice é uma fase da vida em que se precisa de mais atenção, o que requer que todos os que lidam diretamente com essa fase busquem entender cada um tem sua particularidade. Nem tudo que se entende de um idoso serve para o outro. Todos são pessoas diferentes, com direitos iguais, porém necessidades peculiares. O assistente social precisa “assegurar os direitos sociais da pessoa idosa, garantir a acessibilidade da pessoa que envelhece incentivar a participação, evitar o isolamento social e exclusão do idoso (lei nº 8.742 de 7 de dezembro de 1993).
3. RELAÇÃO DO IDOSO COM SUA FAMÍLIA
Este capítulo destina-se a questão da importância da família na vida do idoso. Sabemos que o conceito de família vem sendo modificado e reconstruído ao passar dos anos.
Para MEDEIROS e OSÓRIO (2001, p. 06) “famílias são instituições com várias características, como laços de parentesco e normas de relacionamento que determinam direitos e obrigações de várias espécies a seus membros”.
GOMES (2002, p.20) define família como pessoas que vivem estrutura de hierarquia, que mantém relações duradouras, onde se incluía obrigação do cuidado entre os adultos e cuidado para comas crianças e idosos desse grupo.
A família é dita para todos como um local de apoio, de refúgio, de segurança, mesmo que essas atribuições tenham se perdido com o passar dos tempos, mas elas já estiveram presentes nos pensamentos de todos, em especial daqueles que mais precisam de assistência.
Assim a família é, especialmente para os idosos, um porto seguro, um lugar onde pode encontrar apoio, guarida. Ou ao menos essa deveria ser a realidade.
A Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA apud Pinheiro (2006) relatou que 27% dos idosos brasileiros precisavam de ajuda diária. Entre os que passaram dos 80 anos, cerca de 90.000 mulheres e 184.000 homens são incapazes de andar ou subir poucos degraus de uma escada.
Isso mostra que é cada vez maior a necessidade de a família entender sua importância na vida do idoso. Não só pela questão da saúde fragilizada, apesar dos dados acima dizerem a respeito a isso, mas em questões sociais, de convivência, de relacionamento bem-estar, para que esses possam ter, nessa fase da vida, uma qualidade de vida que lhes deem mais tranquilidade e dignidade.
Espera-se que os filhos cuidem dos pais depois da velhice, já que esses foram cuidados pelos pais enquanto crianças. Assim como aponta a Política Nacional da Assistência Social (2004, p.29) advertindo que:
[...] são funções básicas da família: promover a proteção e a socialização de seus membros; constitui-se referencias morais, de vínculos afetivos e sociais; de identidade grupal, além de ser mediadora das relações dos membros com outras instituições sociais e com o Estado. (BRASIL, 2004, p.29).
Então é papel da família, além de entender o idoso e seu processo de envelhecimento, reconhecer que o idoso tem suas fragilidades, particularidades, buscando modificar o entendimento e atitudes sobre a velhice, colaborando para que a pessoa idosa possa ter seu lugar na família e na sociedade.
É comum ouvir a frase: “idosos são como crianças”. Ou ainda: “quando envelhece volta-se a ser criança”. Pode-se concordarem partes com essa afirmação. O idoso volta a ser criança ou é como criança na questão da necessidade de cuidados extras, de atenção. Mas, deve-se ter atenção para não generalizar um todo. Idoso é idoso! Com tudo o que a velhice traz. São adultos que chegaram acerta idade e agora precisam de alguns atendimentos especiais. Mas eles têm autonomia, vontades e precisam de respeito quanto a isso.
Claro que o estado de saúde conta em muitas decisões. Em alguns casos, principalmente a saúde mental. Mas não se deve extinguir o direito do idoso simplesmente por ser idoso. Eles têm direitos como todos os cidadãos.
Um ponto que gera muito conflito quando uma pessoa chega a velhice é quando os filhos precisam assumir nossas responsabilidades em relação a seus pais. O tempo de adaptação é muito necessário para que todos comecem a entender a nova realidade e assim possam administrar e prudência os momentos que seguirão. Respeitando sempre as necessidades dos idosos, mostrando amor por eles, cuidado, atenção e que não são um fardo incômodo na família e sim parte dela como todos.
Segundo o site Geriatria Revive
[...] devemos reconhecer o quanto antes a importância dos idosos na sociedade e fazer com que o caminho e o respeito que merecem seja uma tarefa diária de casa um de nós. Afinal, com toda a sabedoria e bagagem de experiência, eles nos ensinaram lições de vida e cuidaram da gente enquanto precisávamos. Agora é o momento de retribuir o amor e tudo que aprendemos com eles. (GERIATRIA REVIVER, 2016).
	Compreender que o idoso é membro complementar da sociedade e da família é o passo inicial para uma relação de respeito ao próximo. E é na família que o idoso espera encontrar base, apoio emocional, afetivo, abrigo e proteção. Mas claro que a família deve buscar sempre parar para as mudanças que acontecerão juntamente como envelhecimento, buscando assim uma convivência mais harmônica possível.
4.A IMPORTANCIA DAS ATIVIDADES FÍSICAS E DE ENTRETENIMENTO NA VIDA DOS IDOSOS
	Além de proporcionar momentos de lazer e distração, as atividades de entretenimento para os idosos trazem benefícios importantes na manutenção do corpo e da mente na velhice, ajudando a amenizar as consequências negativas causados pela velhice.
	As atividades de entretenimento auxiliam na coordenação motora, na concentração, dentre vários aspectos. Podemos destacar também a importância na interação social dos idosos, que muitas das vezes ficam muito tempo sem companhia que desfrute dos mesmos anseios. Tornando assim a vida deles mais prazerosas.
	Essas atividades precisam ser de rápido entendimento, práticas e interessantes para a faixa etária. Para os idosos menos ativos, as atividades não podem exigir velocidade, desempenho físico, nem causar cansaço.
As atividades físicas também são importantes na vida dos idosos, tudo respeitando as suas limitações.
OKUMA (1998) adverte que a atividade física é importante para os idosos, pois auxiliam no tratamento e controle de enfermidades crônicodegenerativas como: diabetes, hipertensão, osteoporose e depressão, além de ajudar nas atividades diárias. 
Ainda sobre as atividades físicas RAUCHBACH e MEIRELLES (apud SCHWARTZ,2004) apontamos seguintes benefícios:
- De ordem social: diminuindo os preconceitos e complexos, despertando alegria e a espontaneidade, promovendo a reintegração na sociedade, estimulando a desinibição, estabelecendo novas amizades;
- De ordem psicológica: promovendo a motivação, o ânimo, a autonomia autoconfiança, a autoestima, a disposição, a satisfação, o bem-estar, auxiliando nos problemas de insônia, diminuindo as tensões, ajudando nos problemas de depressão, combatendo a ansiedade, o estresse e a insegurança; 
- De ordem física: auxiliando no aumento da força, da flexibilidade, da resistência, da coordenação, da postura e melhoria das atividades funcionais (sistema cardiopulmonar e digestivo) e do aparelho locomotor(RAUCHBACH,1990 & MEIRELLES,2000 apud SCHWARTZ,2004,p.87).
As atividades ligadas também a interação social é muito importante na vida dos idosos, pois essas auxiliam na melhora da autoestima do idoso, na interação com o outro, na afetividade, na melhora da qualidade de vida. 
Envelhecer não significa parar de viver. Quando a pessoa envelhece não precisa se afastar de tudo o que gosta, apenas precisa ser adaptado nas novas situações, novos momentos de lazer, entretenimento e socialização. Pode se envelhecer com qualidade, com saúde, com vida ativa. Isso depende de algumas mudanças, é claro. Mas dentro de cada particularidade é possível sim.
Há variadas opções de atividades para serem desenvolvidas na terceira idade, mas é necessário que a pessoa que irá participar tenha satisfação em fazê-la, deve ser uma escolha e não uma imposição de outros. Só assim ela conseguirá usufruir dos benefícios dessas atividades. Mais algumas opções de atividades que podem ser feitas pelos idosos são: hidroginástica, natação, caminhada, musculação, ginástica localizada, dança de salão, informática, canto e coral, língua estrangeira, passeios turísticos, teatro, cinema etc.
Antes de mais nada deve levar em consideração a saúde física e mental do idoso para integração desses em algumas atividades físicas e recreativas. A consulta de um médico é sempre indispensável.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A preocupação com o envelhecimento não é recente. As pessoas idosas têm necessidades especificas da idade e direitos que devem ser respeitados. Pensando nisso é que a Constituição Federal, assim como as demais leis, preocupou-se em evitar as possíveis discriminações com as pessoas idosas e demonstrou preocupação com a proteção, através do amparo obrigatório do Estado, da família e da sociedade, a esses que se tornam vulneráveis quando chegam em razão da idade.
Sabemos que ainda há uma longa trajetória a se percorrer em relação aos direitos dos idosos e a qualidade de vida. A população precisa conhecer mais sobre esses direitos, sobre o envelhecimento, sobre as necessidades dos idosos, dentre outros pontos pertinentes, para assim prepararem melhoras famílias para entender o processo de envelhecimento e assim saber lidar com ele, de forma que os idosos possam ter mais dignidade e bem-estar nessa fase tão delicada.
É papel do Assistente social atuação prática, levando a cidadania por meio dos projetos e programas sociais, do trabalho ativo. Pois o Serviço social é comprometido com a conservação e a efetivação dos direitos dos idosos. Buscando a garantia dos direitos civis, sociais e políticos, desses que muito já fizeram pelos países que continuam necessitando de dignidade e respeito para as suas vidas.
Através desse trabalho, pode-se demostrar a importância da família na vida da pessoa idosa, assim como das políticas públicas que visam trabalhar meios de melhorar a qualidade de vida na terceira idade. Buscou-se servir de alerta para as famílias entenderem a necessidade do cuidado com os idosos, da demonstração de sua importância, do respeito com cada um e suas particularidades.
No decorrer do trabalho pode-se analisar a situação dos idosos no Brasil e assim notar que ainda temos muito a melhorar para que a qualidade de vida seja real. Pode-se considerar também a atuação do Serviço Social e as leis que garantem os direitos da pessoa idosa, além de demonstrar a importância das atividades físicas e recreativas na terceira idade, e apontar algumas atividades interessantes para serem feitas nessa faixa.
	Espera-se que esse trabalho possa servir para alertar as pessoas da importância do cuidado com os idosos, do respeito com seus direitos e da importância desses para a sociedade. E que esse projeto venha contribuir com outros pesquisadores do assunto e que sirva como base para futuros trabalhos.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARCURI, Irene. Contribuições contemporâneas sobreo envelhecer. Revista Kairós. São Paulo.6(2). dez. 2003.PP. 95-110.
BRASIL. Lei nº8.842 de4de janeiro de 1994: Política nacional do Idoso. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em 05de outubro de2016.
___________. Código de ética do/a Assistente Social. Lei nº 8.662/93 de regulamentação da profissão. 9. ed. rev. e atual. [Brasília]: Conselho Federal de Serviço Social, [2011]. 60 páginas “Atualizado em 13.3.1993, com alterações introduzidas pelas Resoluções CFESS n.290/94, 293/94,333/96 e 594/11”. Disponível em:<http://www.cfess.org.br/>. Acesso em: 22 de junho 2016.
____________. Constituição Federal de1988. Promulgada em 5 de outubro de1988. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.tm
Acesso em: 22 de junho 2016.
____________. Leinº8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponívelem:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm>. Acesso em 20 de out de2016.
CABRAL, B. Família e idosos no nordeste brasileiro. In: CADERNOCRH. Salvador:1998, n. 29, Jul-dez, pp. 49-67.
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