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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA DISCIPLINA DE CIÊNCIA DO PESCADO RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIA DO PESCADO Nome: Mateus Silva Ribeiro Matrícula: 493914 FORTALEZA 2022 Mateus Silva Ribeiro - 493914 RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIA DO PESCADO Trabalho apresentado na disciplina de Ciência do Pescado, apresentado ao Curso de Engenharia de Pesca do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Ceará. Orientador: Prof.ª Dr. Bartolomeu Warlene Silva de Souza FORTALEZA 2022 1. INTRODUÇÃO Muitos cuidados devem ser levados em consideração a qualidade e segurança alimentar são quesitos importantes em se tratando do pescado, seu frescor é o principal fator determinante para sua aceitação perante ao consumidor. Por ser um alimento sensível e perecível em relação aos outros alimentos de origem animal, sua carne é bastante suscetível a alterações enzimáticas, oxidativas e microbiológicas. Entende-se que avaliar sua qualidade e seu frescor através de métodos sensoriais, químicos, físicos, físico-químicos e microbiológicos, perfaz uma grande importância. O pescado é suscetível à decomposição por enzimas e bactérias devido a baixa quantidade de tecido conjuntivo, elevada atividade de água, gordura facilmente oxidável e pH próximo da neutralidade, levando as alterações de natureza física e química e ocasionando riscos à saúde do consumidor (AGNESE et al, 2001; PACHECO et al, 2004; LANDGRAF, 1996). Normalmente, o processo de deterioração do peixe segue quatro estágios: o rigor mortis, a dissolução do rigor, a autólise (perda do frescor) e a deterioração microbiana. Esses estágios podem ocorrer de forma rápida ou lenta, dependendo da espécie, das condições fisiológicas, das populações microbianas presentes no ambiente aquático ou da contaminação durante o processamento e das temperaturas de transporte e estocagem, que além de afetar a qualidade da carne do peixe, reduzem sua vida útil (OCANO-HIGUERA et al, 2011). Por variar continuamente o frescor é um indicador das propriedades do peixe, isto é, mantêm as mesmas propriedades quando em vida, determinando que foi capturado recentemente um dos métodos mais utilizados por apresentar baixo custo, eficiência e praticidade é a avaliação sensorial. Como as alterações que mais caracterizam a deterioração em peixes estão relacionados principalmente a alterações sensoriais, a análise sensorial é o principal método de avaliação do frescor em peixes (DEHAUT et al, 2015; SOARES e GONÇALVES, 2010). Para (SOARES e GONÇALVES, 2010) a análise de qualidade de pescados, geralmente, combinam-se um método sensorial (subjetivo) e um método não sensorial (objetivo). Entre os métodos químicos que se utiliza na verificação da qualidade do pescado pode ser ressaltar o nitrogênio das bases voláteis totais (N-BVT), nitrogênio de trimetilamina (N-TMA), histamina, valor de K, hipoxantina (Hx), aminas biogênicas e aminoácidos livres, TBARS e reação de éber para detecção de gás sulfídrico. Entre os métodos físicos, têm-se as análises de textura (tensão das fibras musculares e dureza do músculo), cor, propriedades elétricas, índice de rigor mortis, entre outros (SOARES e GONÇALVES, 2010). Por sua especificidade em relação às espécies de peixe, o MIQ é utilizado como mecanismo para medir a qualidade do produto no processo de armazenamento. PRÁTICA 01: Observação dos atributos sensoriais dos peixes sob refrigeração. Por tratar-se de um alimento perecível da dieta humana o pescado tem como fatores resultantes de sua rápida decomposição a associação de uma série de eventos bioquímicos, físico-químicos bem como processos microbiológicos sendo característico de cada espécie, onde sua velocidade e o modo de deterioração são afetados por parâmetros intrínsecos e extrínsecos. Neste sentido, cuidados especiais e métodos de avaliação precisam ser levados em consideração, pois procedimentos inadequados em qualquer fase da produção do pescado podem propiciar sua contaminação. A portaria 185 (BRASIL, 1997), através do regulamento técnico de identidade e qualidade de peixe fresco, descreve as características sensoriais necessárias para que sejam considerados aptos para o consumo humano. Ao longo dos tempos tem-se a percepção sensorial como método mais antigo e confiável para a avaliação do frescor do pescado, empregado largamente no dia a dia da indústria, por ser rápido no julgamento dos lotes e do produto acabado. Entretanto, considera-se a análise sensorial subjetiva por depender dos órgãos dos sentidos, da experiência e da capacidade de julgamento do analista, como também sujeita a influência de fatores externos, estado emocional do analista, seu estado de saúde. Esta análise sensorial decorre em diferentes situações, desde a recepção da matéria-prima, na fase de processamento e na finalização do produto acabado. Nos anos de 1980 desenvolveu-se um método que há princípio foi projetado para avaliar peixes inteiros armazenados em refrigeração sendo aplicado em nossa atualidade em outros produtos como filés e peixes congelados. (NUNES et al, 2007). O método de índice de qualidade (MIQ) é um sistema de pontuação onde visa determinar o frescor e a qualidade do pescado, baseando-se na avaliação objetiva dos principais atributos sensoriais da espécie analisada com capacidade de fornecimento de resultados precisos e rápidos apresentando uma relação linear entre pontuação e frescor, entre pontuação e tempo de armazenamento em gelo. Método promissor, não destrutivo permitindo o uso de medida confiável e padronizada tendo a vantagem de ser barato, simples, requer pouco treinamento em comparação a outros métodos. Como vantagem em relação aos métodos tradicionais de análise sensorial, o MIQ permite levantar informações específicas sobre a condição do peixe durante o armazenamento sem deixar de considerar as diferenças entre as espécies de pescado (MARTINSDÓTTIR et al., 2004). O MIQ consiste na avaliação dos diversos atributos de qualidade, como aparência, textura, olhos, guelras e abdome em suas modificações de acordo com o tempo de estocagem. Esses atributos de qualidade são classificados em pontos de deméritos, estes variam em razão das alterações que ocorrem no pescado armazenado em gelo. Pescado de locais diferentes de venda de peixe fresco: Peixe 1: abatido + eviscerado no dia 10/05/2022 com acondicionado em gelo; Peixe 2: abatido + eviscerado no dia 10/05/2022 sem acondicionado em gelo; Peixe 3: abatido + eviscerado no dia 09/05/2022 com acondicionado em gelo. PRÁTICA 02: Composição química do pescado (PROTEÍNAS) e pH Por se tratarem de biomoléculas cuja presença nos seres vivos são bastante elevadas as proteínas desempenham funções fisiológicas fundamentais no tocante a manutenção da distribuição de água entre o compartimento intersticial e o sistema vascular do organismo, tendo participação na homeostase, coagulação sanguínea. No contexto geral apresentam 80% do corpo livre de gordura e umidade consistente em proteína. Determinar o pH do pescado é importante para auxiliar na determinação de sua qualidade, pois a partir da atividade enzimática endógena e da ação bacteriana, é modificada significativamente a concentração de íons hidrogênio livres, principalmente em decorrência da formação de bases voláteis totais, que são compostos produzidos durante a deterioração do pescado (OGAWA e MAIA, 1999). O grau de acidez, alcalinidade, neutralidade de um determinado músculo do pescado é indicado pelo potencial hidrogeniônico (pH). Sendo que a avaliação da qualidade de diversos alimentos passa pela determinação do pH. O pescado possui baixa acidez sendo um alimento com pH maior do que 4,5, observa-se que o volume de concentração dos íons de hidrogênio é em sua maioria das vezes modificada quando ocorre o processo de decomposição hidrolítica, oxidativa ou fermentativa de seu músculo. Nestesentido compreende-se que quanto mais elevado o pH maior será a atividade bacteriana. Contudo, deve ser levado em consideração que o grau de determinação do pH não é o único parâmetro que se possa avaliar o frescor do pescado, outras formas precisam ser empregadas para uma maior confiabilidade como análises química, microbiológica, microscópica e sensorial. O pH de um pescado pode sofrer alteração mesmo sem perda de sua qualidade de início, haja visto as inúmeras reações químicas e bioquímicas que ocorrem, isto segundo a forma em que foi o processo de captura, armazenamento a bordo, desembarque, processamento, congelamento e armazenamento. Existem fatores que determinam a qualidade nutritiva de qualquer proteína alimentar como os aminoácidos essenciais e não essenciais, energia fornecida, digestibilidade da proteína. Quanto à proteína muscular apresenta uma constituição formada por três tipos diferentes (sarcoplasmática, miofibrilar, estroma proteína do tecido conectivo), sendo diferenciadas por sua solubilidade. As sarcoplasmáticas constituem 35% das proteínas totais do músculo, solúveis em água independente da força iônica. As proteínas miofibrilares têm capacidade de adesão onde impede a formação de gel de alta elasticidade, baixa viscosidade, baixa capacidade de retenção de água e baixa capacidade de absorção de sabores e corantes. As proteínas do estroma colágeno e elastina são os resíduos da extração das proteínas sarcoplasmáticas e miofibrilares. Para obter um isolamento proteico se dá por extração sendo resultantes de diversos alimentos como: soja, feijão, leite, frango, pescado dentre outros. Não há um método padrão, nem uma variedade de métodos que possam ser aplicáveis no processo de isolamento da totalidade das proteínas indistintamente, mas para qualquer proteína pode se escolher um sequenciamento de etapas de separação resultando em purificação elevada e alto rendimento. Através da solubilização química e precipitação isoelétrica da proteína pode se obter os isolados proteicos oriundos de resíduos ou de pescados inteiros podendo ser utilizados como ingredientes funcionais. PRÁTICA 03: Composição química do pescado (LIPÍDEOS). Por ser considerado um dos alimentos mais completos devido a sua qualidade e quantidade de nutrientes o pescado tem sido motivo de pesquisas nos últimos anos onde os lipídios fazem parte desse objeto de pesquisa devido a sua fonte rica em ácidos graxos poliinsaturados além de exercerem funções estruturais, energéticas, coenzimáticas e hormonais dos seres vivos. Entende-se que os constituintes químicos presentes no pescado varia entre as espécies em consequência da época, local de captura, habitat, sexo e idade entre outros fatores tornando o conhecimento sobre os teores de lipídeos fundamental para uma orientação dietética adequada a um individuo. Como tal, o pescado assume uma importância bastante significativa na nutrição e sua oferta tem variações continentais, nacionais e regionais. Considera-se variações em suas características nutritivas principalmente em relação à gordura. A composição total dos lipídeos bem como os ácidos graxos podem encontrar-se em diferentes proporções nos tecidos (GUILLOU et al., 1995). A gordura dos produtos marinhos é altamente insaturada. Em estado inalterado constitui excelente fonte calórica e não acarreta elevação dos níveis de colesterol sanguíneo (OGAWA; MAIA, 1999; BEIRÃO et al., 2002). Porém, suas exigências nutricionais durante as etapas de seu cultivo deve ser regrada a fim de gerar dieta adequada maximizando seu crescimento e sua qualidade. O processo de extração de lipídeos para avaliação de seu valor nutritivo é fator determinante em estudos bioquímicos, fisiológicos e nutricionais, devendo ser realizada com bastante precisão. O cuidado entre as amostras deve ser seguido à risca, pois fatores como a co-extração dos componentes não-lipídicos e a oxidação indesejada podem influenciar no resultado final. Por estarem associados a outras substâncias e relacionados de forma genética os lipídeos diferem-se entre si por sua estrutura química, mesmo apresentando similaridade em suas propriedades físicas e químicas, podendo então se fazer sua avaliação no tocante a sua identidade, composição e qualidade. Assim, a utilização do solvente lipófilo para extrair certo conteúdo de gordura de um alimento pode ser realizado pelo método de Soxhlet, processo gravimétrico baseado na perda de peso do material submetido a extração com acetona, éter, hexano, etc. PRÁTICA 04: Composição química do pescado (CINZAS) e umidade. Considerada como fonte de alimento proteico, várias espécies de peixes representam um grande potencial econômico onde se enquadram as espécies de atum. Para (FAO,2010) cada oceano tem sua próprias espécies específicas, como o atum rabilho (Thunnus Thynnus) do Atlântico o atum rabilho do sul (Thunnus Maccoyii) em partes do sul do atlântico, Índico e Oceano Pacífico. Todavia o atum patudo (Thunnus Obesus), atum voador (Thunnus alalunga) podem ser capturados nos Oceanos Pacífico, Índico e Atlântico (FAO, 2010). Durante o processamento do pescado apresenta-se a seguinte composição de compostos de músculos cortes (15-20%), pele (1-3%), ossos (9-15%), cabeças (9-12%), vísceras (12-18%) e escama (5%) segundo (MARTINEZ-ALVAREZ; CHAMORRO & BRENES, 2015). Por ter suma importância as vísceras devem ser preservadas ou congeladas devido ao quantitativo de lipídeos poli-insaturados e proteínas. Grandes quantidades de coprodutos estão sendo criadas em decorrência da expansão do processamento de peixe, podendo atingir um percentual de 70% dos peixes utilizados no processamento industrial. A composição química de filé de atum é basicamente de água (69%), lipídeos (4%), proteínas (25,2%) e cinzas (1,3%) (CONTRERAS-GUZMAN, 1994; HUSS, 1995). Apresenta em sua composição uma quantidade significativa de fósforo (250g/100g de tecido) e de iodo, como uma pequena quantidade de tecido conjuntivo que o torna mais digerível (GERMANO, GERMANO e OLIVEIRA, 1998). O atum habitante de água fria apresenta um quantitativo relevante de ácidos graxos da série ômega 3, sendo seu consumo fundamental para a saúde por reduzir o risco de doenças cardiovasculares, como ter ação antiinflamatória, auxilia na regeneração dos neurônios atuando no desenvolvimento cerebral. Estudos apontaram para a conservação da musculatura interna dos peixes vivos sendo considerada bacteriologicamente estéril, podendo ser encontrado grandes concentrações de microorganismo vivos no intestino, pele e muco superficial. Esse quantitativo de microrganismos variam de acordo com o local da pesca. Os mecanismos que induzem as transformações físicas, químicas, e microbiológicas dos alimentos estão associadas diretamente com sua atividade na água, esta depende do grau de teor de umidade contida nos alimentos. (STANSBY, 1962); afirma que ao saber o teor de umidade pode-se fazer a previsão do teor de gordura de peixes, pois sabe-se que a soma desses dois componentes mantém-se em torno de 80%. Para a determinação da umidade do pescado deve-se considerar o que foi perdido em percentual de peso após sofrer aquecimento em um padrão específico das condições submetidas onde não ocorre a presença da água, isto é, em condições que a água foi removida. Neste caso, o uso de estufa de secagem se faz necessário em uma temperatura determinada entre 100 a 105°C usando um tempo específico até obter um peso constante. Outro método também pode ser utilizado como radiação infravermelha. Assim, pode-se avaliar as espécies de pescado verificando suas composições químicas utilizando-se de metodologias para sua padronização baseando-se nos critérios nutricionais podendo classificar o alimento que vai desde o teor da água, umidade, cinzas, lipídeos e proteínas. Caracterizar o valor nutricional possibilita reconhecer e identificar as propriedades gerais do alimento analisado quimicamente, além de determinar suacomposição química, verifica-se a qualidade do pescado através de substâncias derivadas da deterioração dos componentes dos alimentos, na fase de estocagem. Sendo uma das principais fontes de proteína na alimentação humana, também desempenha outros atributos como óleos, rações e produtos de valor industrial. Para (ORDONEZ, 2005); a carne do pescado constitui-se principalmente de tecido muscular, tecido conectivo e gordura. As cinzas de um alimento são resíduos inorgânicos que permanecem após a queima da matéria orgânica que é transformada em e (CECCHI, 2003). A𝐶𝑂 2 𝐻 2 𝑂 𝑁𝑂 2 cinza resultante não apresenta a mesma composição da matéria mineral original do alimento devido ao período do processo ocorrem perdas por volatilização. PRÁTICA 05: Composição química do pescado (N-BVT) e TMA No decorrer de um processo em que ocorre metabolismo bacteriano, compostos voláteis são produzidos resultante da degradação de nutrientes do pescado, onde ocorre a utilização dos aminoácidos e óxido de trimetilamina (OTMA) como indicadores de deterioração microbiana originando bases voláteis totais. Para (MENDES; LAJOLO, 1975) a trimetilamina (TMA) é a principal responsável por alterações nos valores de BVT durante a estocagem de pescado marinho em gelo. Desempenhando um grande papel na indústria do Brasil o atum tem destaque em sua produção e consumo em decorrência da influência da culinária japonesa no país. Conforme (BRASIL, 1981; BRASIL 1997) a legislação brasileira considera como deteriorado e, portanto, impróprio para o consumo, o pescado com teor de bases voláteis totais (BVT) superior ou igual a 30 mg N/100g, pH da carne externa superior ou igual a 6,8 e da carne interna superior ou igual a 6,5 e reação positiva de gás sulfídrico e teor de histamina de 10 mg/100 g (100 ppm) para algumas espécies de peixes. Porém, existe muita repercussão no tocante ao limite preconizado para o acúmulo de bases voláteis totais em pescado e derivados em consequência dos níveis distintos de óxido de trimetilamina de cada espécie de peixe. Durante a refrigeração pode ocorrer ação enzimática e bacteriana promovendo origem de compostos nitrogenados como a dimetilamina, trimetilamina, amônia, putrescina, cadaverina e espermidina causando a deterioração. O objeto de estudo tem como objetivo observar e avaliar os indicadores que determinar o teor de bases voláteis totais (N-BVT) usado para avaliação do pescado, considerando as características físico-química, ações enzimáticas e bacteriológicas ocorrida durante o experimento, a uma temperatura pré estabelecida também fora avaliado o grau de teor inicial dos compostos de baixo peso molecular como trimetilamina, histamina, cadaverina onde foi acompanhado sob as mesmas condições de estocagem. PRÁTICA 06: Oxidação lipídica. Por se tratar de uma excelente fonte proteica com alto valor biológico, vitaminas e minerais além de possuir baixa concentração em teor de gorduras saturadas e elevada concentração de gorduras poliinsaturadas o atum desempenha uma composição nutricional que contribui para o elevado interesse econômico da espécie. Porém, deve-se levar em consideração fatores limitantes que diminui as vantagens nutricionais para a sua comercialização com alto frescor um destes fatores refere-se a peroxidação lipídica que desencadeia odor desagradável como a descoloração da espécie, sendo a principal causa de deterioração de corpos graxos. Este dano pode ser resultante de desequilíbrio das defesas antioxidantes existentes e produção de espécies reativas através disto causar danos às células. Em termos de durabilidade estas limitações inviabilizam a sua atratividade perante ao consumidor final que prioriza a qualidade do produto observando a intensidade de sua cor, em sua musculatura. Segundo (SMULEVICH et al, 2007; WONGWICHIAN et al, 2015) a intensidade da cor depende da concentração da mioglobina muscular, bem como de seu estado de redução e oxidação. Armazenado em baixas temperaturas ocorre a descoloração da carne passando de vermelho a marrom escuro atributo da oxidação da desoximioglobina (Fe2+) a metamioglobina (Fe3+), sob influência da temperatura do produto, valor de pH presença de sais, pressão parcial do oxigênio e presença de gorduras insaturadas. Além disso, ações de enzimas proteolíticas e lipídicas nos tecidos possibilitam reações que levam a perda da rigidez do músculo facilitando a proliferação de microorganismos, compreende se que a avaliação do grau de oxidação da fração lipídica aponta em ser um indicador do grau de deterioração do produto, usado na estimativa do prazo de validade como também mecanismo que provoca alterações em sua cor. Das várias formas metodológicas de determinação da oxidação lipídica o índice de ácido tiobarbitúrico (TBA) é o mais usado como indicador do grau de oxidação lipídica dos alimentos. Este, por sua vez, tem como função medir o teor de aldeído malónico produto de degradação dos hidroperóxidos lipídicos, que são formados durante o processo de oxidação dos ácidos gordos polinsaturados. Assim, pode-se afirmar que o TBA compreende na quantidade de aldeído malónico, expresso em miligramas (mg) por 100 gramas do produto, pelo método de espectrofotometria. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 - Equipamentos e materiais: Prática 02: pH e proteínas Peagâmetro, béquer de 50 mL, bastão para mexer amostra, homogeneizador e proveta de 20 mL. Prática 03: Lipídeos Dessecador, cartucho feito de papel filtro, aparelho extrator de Soxhlet, balão receptor do soxhlet Prática 04: Umidade e Cinzas Cadinhos de porceiana, balança analitica, estufa e dessecador Prática 05: Bases nitrogenadas voláteis totais (N-BVT) e trimetilamina (TMA): Digestor de proteína, balança analítica e tubo de destilação e erlenmeyer. Prática 06: Oxidação lipídica Balança analítica, homogeneizador, béquer de 500 mL; funil de vidro; papel de filtro; provetas; pipetas (0,5, 1, 2, 3, 4 e 5 mL); tubos de cultura com tampa rosqueada; agitador de tubos; bico de bunsen; estrutura para aquecer as amostras; caixa dentro gelo por causa de aquecido dos tubos; suporte para tubos de ensaio; cronômetro; espectrofotômetro. 2.2 - Reagente: Prática 02: pH e proteínas Água destilada Prática 03: Lipídeos Acetona 2.3 - Imagem: Prática 02: pH e proteínas Prática 03: Lipídios Prática 04: Umidade e cinza Prática 05: BVT e TMA Prática 06: Oxidação Lipídica 2.4 - Procedimento experimental Prática 02: pH e proteína Durante o processo de experimento foram utilizados os materiais adequados para a fase experimental, a priori macerou-se a amostra do peixe utilizando o gral e pistilo onde em uma balança analítica pesou-se 5g de filé de peixe em um béquer dando sequência foram adicionados água destilada por meio de uma proveta de 20 mL transferido a um bastão de vidro para ser adicionado ao béquer de 30 mL através do pegâmetro realizou-se a calibração do béquer de 30 mL para pH (número 5) encontrou-se o valor 5,7 e pH (número 6) encontrou-se o valor 5,8 onde foi misturado até homogeneizar. Em um segundo momento com auxílio de um papel vegetal colocou-se 0,205 g da amostra onde foi macerado com auxílio de um pistilo e verificado o peso em uma balança semianalítica. A sequência se deu com a adição da amostra em um tubo de ensaio (número 3) onde foi adicionado o catalisador para o processo de aceleração de digestão da proteína de 2,0 g aguardando o processo a ser realizado por uma hora logo depois avalia-se o processo de estabilização anotando os dados relevantes no dia seguinte sobre o volume determinando pesa proteína. O nitrogênio total foi reduzido transformando-se em sulfato de amônio. Na sequência adicionou-se a um tubo de ensaio (número 3) 4 mL de ácido sulfúrico, com auxílio de uma pipeta adicionou-se 10 mL de ácido bórico. Para iniciar a mistura da proteína através de um erlenmeyer usou-se três gotas. Aqueceu-se um erlenmeyer usou-se três gotas. Aqueceu-se brandamente o tubo de ensaio(número 3) a uma temperatura inicial de 150°C e depois de forma mais energia a 350°C até o processo final. A mistura foi neutralizada com NaOH a 50%, ocorrendo mudança de cor. Onde foi destilada e recolhida em erlenmeyer com uma solução de 10 mL de H3BO3 a 2% com três gotas de indicador misto. Em um erlenmeyer com o NaOH a 50% aquecido colocou-se no destilador de proteína onde foi adicionado através do tubo de ensaio o ácido sulfúrico havendo uma mudança na coloração da cor vermelha precipitada para preto ou verde ao ser observado. Para a titulação foram adicionado HCL (ácido clorídrico) de 0,04N no erlenmeyer de 50 mL acrescendo com um béquer de 30 mL de NaCl, deve-se levar em consideração que toda vez que for feita a solução deve ser fatorado com B1, feito o procedimento ocorreu mudança de cor ao ser precipitação de coloração verde para um pouco vermelho e branco. Prática 03: Lipídeos Para determinar os lipídios totais utilizou-se solventes orgânicos como a acetona através do método de Soxhlet. Em um béquer colocou-se um cartucho de filtro de papel com amostra que foi pesada contendo 5,0166 g. Como o auxílio da balança analítica pesou-se o balão vazio seco verificando o peso de 148,5673 g. Adicionou-se 100 mL de acetona no balão vazio seco junto com a amostra de 5,0166 g colocando no aparelho extrator onde foi realizada o processo de extração em um período de 2 horas a uma temperatura de 90°C. Após o gotejamento por 30 minutos. Pode-se recuperar a acetona a uma temperatura de 150°C durante 1 hora. Após o resfriamento por 30 minutos foram pesados os balões encontrando o peso da gordura que é de 148,6208 g. Prática 04: Umidade e Cinza Durante o processo as amostras foram devidamente homogeneizadas e secas até atingirem um peso constante em estufa a uma temperatura entre 100 - 105°C tirando toda umidade. Foram pesados em uma balança analítica os cadinhos de porcelana com peso de 64,7636 g em seguida adicionou-se o filé de atum ao cadinho com o peso de 3,0234 g da amostra. Em uma estufa aquecida foi tirada a umidade e secado durante o período de 1 hora, passando o dessecador para o resfriamento. Em seguida, colocou-se na estufa a 105°C as amostras contidas nos cadinhos observando por 24 horas esfriando novamente por meio do dessecador retirando o ar através do vácuo até chegar ao peso constante. Como a determinação das cinzas corresponde ao teor de minerais contidos na amostra, os cadinhos utilizados são adicionados no forno a uma temperatura de 550°C até apresentar homogeneidade na amostra e coloração branca observando por 4 horas até ser transferido os cadinhos para o dessecador aguardando o seu resfriamento. Foi realizada a pesagem da cinza que apresentou um peso de 64,7824 g. Prática 05: Bases nitrogenadas voláteis totais (N-BVT) e trimetilamina (TMA) Durante o experimento adicionou-se a amostra a um béquer para pesagem em uma balança analítica obtendo 100 g para pesagem em uma balança analítica obtendo 100 g após a sua maceragem, dividiu-se em duas porções de 50 g e 50 g, onde adicionou-se em uma proveta de 200 mL da solução aquosa de ácido tricloroacético a 7,5% onde foi acrescentado junto a amostra em um béquer sendo macerado vagarosamente a proteína devido a solução ácida, observou-se por um período de 10 minutos, sendo levado para filtragem em um papel filtro Whatman o homogenato preparado e o líquido sobrenadante. A amostra do homogeneizado foi adicionada 25 mL em um tubo de destilado de BVT somando com mais 5 mL de solução aquosa de NaOH a 10% e um tubo de destilado de TMA somando com 20 mL de formaldeído a 16%. Realizou-se a destilação a vapor e 40 mL do destilado foi coletado em um béquer contendo 10 mL de solução aquosa de ácido bórico a 4% sendo adicionado 0,04 mL de vermelho de metila sendo obtido uma coloração que após um período de observando passa a ter uma cor verde alaranjado isto ocorre devido a alcalinidade do BVT destilado e também TMA destilado. Sua titulação obteve-se através da adição do ácido sulfúrico de 0,1 N sendo apreciado sua completa neutralização onde surge uma coloração rosa. Os cálculos relativos aos valores de BVT e TMA foram realizados a partir do volume usado de ácido sulfúrico 0,1 N utilizado para titulação multiplicado por 16,8 mg de nitrogênio / 100 g de amostra. Prática 06: Oxidação lipídica Neste procedimento foram pesados 10 g da amostra, onde em uma proveta foram adicionados 50 mL de TCA 7,5% sendo em seguida homogeneizado por 5 minutos através da maceração do filé de peixe Atum com pistilo para que a proteína muscular possa ser quebrada e observando por 10 minutos levando a filtragem em papel quantitativo e recolhendo o que foi filtrado em balão volumétrica de 50 mL. Este por sua vez, é completado com TCA 7,5% que em seguida são medidos 5 mL do filtrado e armazenado em três tubos de cultura com tampa. Adicionou-se 5 mL de TBA 0,002 m para a realização da agitação mecânica, após este procedimento em um tubo branco com 5 mL de TBA acrescenta-se água destilada para a calibração do espectro o experimento deu continuidade com o aquecimento dos tubos em banho-maria a uma temperatura de 90°C durante 10 minutos para que seja analisada a coloração dos tubos se a triplicata 1,2 e 3 apresentam coloração rosada em sua molecularização e o tubo branco apresentou coloração branca. Sua sequência se deu com o resfriamento em uma caixa de gelo. Avaliou-se a oxidação colocando os tubos 1,2,3 e branco em tubos pequenos com cubeta de vidro absorvida de luz no espectrofotômetro a 532 nm onde determinou-se a equação para uma curva padrão previamente determinada só assim obter os cálculos desejáveis. Tubo branco é 0,000 pode ser nulo; tubo 1 é 0,386; tubo 2 é 0,397 e tubo 3 é 0,399 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 PRÁTICA 01: Observação dos atributos sensoriais dos peixes Dia 11 (Quarta-feira): PARÂMETROS CARACTERÍSTICAS Pt pt Peixe 1 Peixe 2 Peixe 3 ASPECTO GERAL Pele Com brilho, coloração acinzentada e bem definidas. 0 x x Brilho menos intenso, com diminuição da definição das listras. 1 x Sem brilho, com perdas de definição das listras, cores desvanecidas. 2 Escamas Aderidas 0 x Perda de escamas 1 x x Rigidez do peixe Pré – rigor 0 Rigor 1 Pós- rigor 2 Firmeza da carne Firme 0 x x Menos firme 1 x OLHOS Transparência da Córnea Límpida 0 Ligeiramente opaca 1 x x Leitosa, opaca 2 x Pupila Preta, bem delineada 0 x Enevoada, ainda com delineamento 1 x x Enevoada, sem delineamento 2 Forma Protuberante, convexa 0 x Achatada, plana 1 x Côncava, afundada 2 x BRANQUIAS Odor Metálico 0 x x Sangue/ oleoso 1 x Rançoso 2 Cor Vermelho vinho 0 x Vermelho escuro 1 x x Vinho opaco amarronzado a descoradas 2 MUSCULATURA Cor Rosa claro brilhosa 0 x x Opaca, rosa velho “cor de carne de coxa de frango” 1 x TOTAL 3 5 10 Observação dos atributos sensoriais dos peixes Dia 12 (Quinta-feira): PARÂMETROS CARACTERÍSTICAS Pt pt Peixe 1 Peixe 2 Peixe 3 ASPECTO GERAL Pele Com brilho, coloração acinzentada e bem definidas. 0 x Brilho menos intenso, com diminuição da definição das listras. 1 Sem brilho, com perdas de definição das listras, cores desvanecidas. 2 x x Escamas Aderidas 0 Perda de escamas 1 x x x Rigidez do peixe Pré – rigor 0 Rigor 1 Pós- rigor 2 Firmeza da carne Firme 0 Menos firme 1 x x x OLHOS Transparência da Córnea Límpida 0 Ligeiramente opaca 1 x x Leitosa, opaca 2 x Pupila Preta, bem delineada 0 Enevoada, ainda com delineamento 1 x Enevoada, sem delineamento 2 x x Forma Protuberante, convexa 0 Achatada, plana 1 x Côncava, afundada 2 x x BRANQUIAS Odor Metálico 0 Sangue/ oleoso 1 x x Rançoso 2 x Cor Vermelho vinho 0 Vermelho escuro 1 x Vinho opaco amarronzado a descoradas 2 x x MUSCULATURA Cor Rosa claro brilhosa 0 Opaca, rosa velho “cor de carne de coxa de frango” 1 x x x TOTAL 8 13 15 Observação dos atributos sensoriais dos peixes Dia 13 (Sexta-feira): PARÂMETROS CARACTERÍSTICAS Pt pt Peixe 1 Peixe 2 Peixe3 ASPECTO GERAL Pele Com brilho, coloração acinzentada e bem definidas. 0 Brilho menos intenso, com diminuição da definição das listras. 1 x Sem brilho, com perdas de definição das listras, cores desvanecidas. 2 x x Escamas Aderidas 0 x x Perda de escamas 1 x Rigidez do peixe Pré – rigor 0 Rigor 1 Pós- rigor 2 Firmeza da carne Firme 0 x x Menos firme 1 x Límpida 0 Ligeiramente opaca 1 x x OLHOS Transparência da Córnea Leitosa, opaca 2 x Pupila Preta, bem delineada 0 x Enevoada, ainda com delineamento 1 x Enevoada, sem delineamento 2 x Forma Protuberante, convexa 0 Achatada, plana 1 x Côncava, afundada 2 x x BRANQUIAS Odor Metálico 0 x Sangue/ oleoso 1 x Rançoso 2 x Cor Vermelho vinho 0 Vermelho escuro 1 x Vinho opaco amarronzado a descoradas 2 x x MUSCULATURA Cor Rosa claro brilhosa 0 x Opaca, rosa velho “cor de carne de coxa de frango” 1 x x TOTAL 6 13 10 Tabela de realização do Método de Índice de Qualidade (MIQ) preenchida e os gráficos da tabela de avaliação do método MIQ para cada peixe Ao observar os parâmetros dos atributos sensoriais em três amostras do peixe utilizou-se para tal realização um sistema de pontos de demétrio o MIQ. Sendo de 0 a 3. Onde a pontuação desses atributos foram somadas para dar uma pontuação global, sensorial, chamado de IQ as amostras foram armazenadas em gelo e observadas durante três dias onde foram observados suas características gerais, olhos, brânquias e musculatura. No primeiro dia de observação obteve-se um resultado de somatória de pontos na seguinte ordem: Primeiro dia: Peixe 1: 3; Peixe 2: 5, Peixe 3: 10 Segundo dia: Peixe 1: 8, Peixe 2: 13, Peixe 3: 15 Terceiro dia: Peixe 1: 6, Peixe 2: 13, Peixe 3: 10 Para os resultados de deterioração do peixe o que apresentou maior índice de decomposição após o terceiro dia de observação foi a amostra de peixe 3. 3.1 PRÁTICA 02, 03, 04, 05, 06. Prática 02: pH e proteína Onde: Volume do HCL = Titulação de HCL 5 = 15,9 mL e Titulação de HCL 6 = 17,4 mL, 15,9 + 17,4 = 33,2 / 2 = 16,65 mL volume do branco = Branco 1 = 0,2 mL e Branco 2 = 0,2 mL, 0,2 + 0,2 = 0,4 / 2 = 0,2 mL normalidade de HCl = 0,04 N Fator de HCL = 0,9259 peso da amostra = 0,205 g Cálculo por causa de porcentagem de proteína: Fórmula geral: %NT = (((Volume do HCl - volume do branco) x 0,014 normalidade do HCl x Fator do HCl) / peso da amostra) x 100 %NT = (((16,65 - 0,2) x 0,014 x 0,04 x 0,9259) / 0,205 g) x 100 %NT = ((16,45 x 0,014 x 0,04 x 0,9259) / 0,205) x 100 %NT = (0,0085293908 / 0,205) x 100 %NT = 0,0416 x 100 = 4,16% % Proteína = NT x 6,25 % Proteína = 4,16 x 6,25 = 26% Em decorrência do envolvimento de um grande grupo de substâncias com estruturas semelhantes fez-se necessário a determinação da quantidade de nitrogênio total da amostra do experimento multiplicando o resultado pelo fator de conservação onde foi levado em consideração a constância do nível de nitrogênio nas proteínas para o resultado da amostra experimental o valor determinante para a proteína foi de 26%. Prática 03: Lipídeos Cálculo para obtenção da porcentagem de lipídeo: Fórmula geral: lipídeos totais = [(peso balão com gordura - peso balão vazio seco) / amostra] x 100 = lipídeos totais = [(148,6208 - 148,5673) / 5,0166] x 100 = lipídeos totais = [0,0535 / 5,0166] x 100 = lipídeos totais = 0,0107 x 100 = lipídeos totais = 1,07% A utilização extrativa permitiu determinar o conteúdo de gordura da amostra submetida, onde os lipídeos totais obtiveram um resultado em valor de 1,07% que foram isolados. Prática 04: Umidade e cinza Onde: V0 é peso do cadinho tem resultado com 64,7636 g V1 é peso do cadinho adicionar a cinza tem resultado com 64,7824 g V2 é peso do cadinho adicionar a amostra de umidade tem resultado com 3,0234 + 64,7636 = 67,7870 g Cálculo que fazer a porcentagem de cinza: Fórmula: C = [(V1 - V0) / (V2 - V0)] x 100 = C = [(64,7824 - 64,7636) / (67,7870 - 64,7636)] x 100 = C = [0,0188 / 0,0234] x 100 = C = 0,8034 x 100 = C = 80,34% A amostra foi submetida a um processo de aquecimento até chegar à combustão da mesma, onde o procedimento para determinação das cinzas seguiu os requisitos indicados que encontrou o valor percentual das cinzas de 80,34%. Prática 05: Bases nitrogenadas voláteis totais (N-BVT) e trimetilamina (TMA): Onde o número de n’: BVT1 = 0,8 e BVT2 = 0,9 TMA1 = 0,25 e TMA2 = 0,25 Cálculo do valor de BVT e TMA: Fórmula geral de BVT: Valor de BVT = (n’ x 16,8 mg nitrogênio) / 100 g = Valor de BVT1 = (0,8 x 16,8 mg) / 100 g = Valor de BVT1 =13,44 mg / 100 g = 0,1344 mg/g para 134,4 g/g Valor de BVT2 = (0,9 x 16,8 mg) / 100 g = Valor de BVT2 = 15,12 mg / 100 g = 0,1512 mg/g para 151,2 g/g (134,4 + 151,2) / 2 = 285,6 / 2 = 142,8 Fórmula geral de TMA: Valor de TMA = (n’ x 16,8 mg nitrogênio) / 100 g = Valor de TMA1 = (0,25 x 16,8 mg) / 100 g= Valor de TMA1 = 4,2 mg / 100 g = 0,042 mg/g para 42 g/g Valor de TMA1 = (0,25 x 16,8 mg) / 100 g= Valor de TMA1 = 4,2 mg / 100 g = 0,042 mg/g para 42 g/g (42 + 42) / 2 = 42 Os resultados das amostras que indicam o teor de bases voláteis totais compreendeu sob base de cálculo cujo valor encontrado foi de 142,8 para o BVT e para TMA um valor de 42. Prática 06: Oxidação Lipídica Fórmula geral: SRATB = (ABS - 0,032 mg/kg) / 0,0789 SRATB1 = (0,386 - 0,032) / 0,0789 SRATB1 = 0,354 / 0,0789 = 4,487 SRATB2 = (0,397 - 0,032) / 0,0789 SRATB2 = 0,365 / 0,0789 = 4,626 SRATB3 = (0,399 - 0,032) / 0,0789 SRATB3 = 0,367 / 0,0789 = 4,652 (4,487 + 4,626 + 4,652) / 3 = 13,765 / 3 = 4,59 O nível de oxidação lipídica está muito superior ao desejado não permitindo que o peixe atum esteja em bom estado, pois nessa situação está com grande odor desagradável e péssimo para o consumo. 4. CONCLUSÃO As riquezas nutricionais oriundas do pescado produzem grandes efeitos benéficos a quem o consumo, mas apesar do seu valor nutricional apresenta alto potencial de deterioração que pode ser contaminado logo após a sua captura, manipulação, estocagem e higienização precária. Isto faz com que a garantia de seus benefícios nutricionais sejam aproveitados a partir da garantia dos fatores de segurança, pois o seu consumo submetido a uma manipulação inadequada pode causar sérios riscos à saúde do consumidor final. Desta forma para uma boa qualidade do pescado todos os aspectos que lhe são atribuídos como físicos, químicas, sensoriais e microbiológicos devem ser de total conhecimento por parte da indústria sobre as relações e agentes deterioradores da matéria-prima que é o pescado. Assim, importa-se estudar métodos que possam inviabilizar ou diminuir o estado de deterioração do pescado, como avaliação do frescor, sensorial que juntos com os quantitativos possam captar mudanças no produto levando a rejeição sensorial por quem vai consumir. 5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMLACHER, E. Rigor mortis in fish. In: BORGSTROM , G. (Ed.) Fish as Food. New York: Academic Press, Cap 12, p.385-409, 1961. MELO FRANCO, B. D. G.; LANDGRAF, M. Microbiologia dos alimentos. São Paulo, Atheneu, 1996. 182 p. GERMANO, P.M.L.; GERMANO, M.I.S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos. 3.ed. Barueri: Manole, v.1., 2008. 986p. RODRIGUES, B. L. et al. Qualidade físico-química do pescado utilizado na elaboração de sushis e sashimis de atum e salmão comercializados no município do Rio de Janeiro, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 33, n. 5, p. 1847-1854, set./out. 2012 TECNOLOGIA DO PESCADO: ciências, tecnologia, inovação e legislação / editor Alex Augusto Gonçalves. – São Paulo: Editora Atheneu,2011.
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