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Ao incidir sobre um corpo, a luz pode interagir e ser modificada por três processos: reflexão, absorção e transmissão. Assim, uma luz contendo todo espectro luminoso, caso seja totalmente refletida pelo objeto, emprestará a ele a cor branca. Se somente os comprimentos interpretados como verde forem refletidos e os demais absorvidos, a cor observada será verde. O fenômeno pelo qual parte da luz é transmitida e parte é absorvida e/ou refletida é conhecido como translucidez. (policromatismo) A cor é composta por 3 elementos: matiz, croma e valor. cor é luz. reflexão total dos feixes de luz branco absorção total dos feixes de luz preto um raio só refletido consigo ver só a cor do objeto e as outras cores são absorvidas Luz é uma forma de energia ou radiação, com comprimento de onda que ocupa uma faixa do espectro eletromagnético conhecida como espectrovisível, com comprimento de onda entre 380 e 760 nm, o que permite sua visualização pelos olhos. De acordo com o comprimento de onda captado, diferentes cores são interpretadas pelo cérebro, ou seja, as ondas não têm cor; na verdade, a cor é uma resposta cerebral aos estímulos luminosos. É o resultado da interação da luz ambiente com as características cromáticas, propriedades ópticas e as características morfológicas tanto internas quanto externas da dentina e do esmalte (pelos diferentes índices de refração). 1. Luz 2. Objeto ou corpo submetido à ação da luz 3. Observador, capaz de captar e interpretar os estímulos luminosos. O fato da percepção da cor depender da interpretação desses fatores explica porque dois indivíduos podem perceber as cores de um mesmo objeto de formas distintas. Outro aspecto crucial para a percepção das cores é a qualidade da fonte de luz.: Temperatura = 5.500 - 6.000°K IRC (índice de reprodução de cores) próximo a 100 no consultório: fluorescente com cor corrigida para a luz do dia + luz natural (é a melhor luz.) por esse motivo utiliza- se luz fluorescente com cor corrigida para a luz natural em consultório. Não se faz escolha de cor com o refletor. Luz quente - baixa temperatura de cor (amarelada) Luz ideal - 5500 ° K Luz fria - alta temperatura de cor (acizentada) 10 anos 1/3 da luz 20 anos ½ da luz 30 anos 2/3 da luz 40 anos 1 ou 100% da luz 50 anos 200% da luz 60 anos 500% da luz Percepção da cor aproximadamente 8% da população masculina possui anomalias na percepção de cor (Kuppers, 1973) Wasson, em 1992, verificou que todas as mulher avaliadas foram consideradas normais para visão de cor, enquanto 9,3% dos homens apresentam defeitos de visão para as cores. os defeitos de visão de cor tem relação direta com o envelhecimento biológico e níveis de iluminação do ambiente. a interação da esmalte/dentina/polpa com a luz produz inusitados efeitos ópticos que, se por um lado, tornam os dentes belos e únicos, por outro lado, dificultam sua replicação com materiais artificiais quando vamos restaurar. quando ela incide no esmalte ela tem um comportamento, no limite da transição de dentina e esmalte, há outra tonalidade, há a polpa e a gengiva que interfere na percepção, além da espessura dental. diferença no índice de refração a presença ou ausência da polpa dentária, também é perceptível. restaurar uma classe IV é um desafio para não aparecer o reparo. É necessário o treinamento visual (subjetivo) e teórico (objetivo) para a escolha do material restaurador estético. Estudo da cor e propriedades ópticas matiz, croma e valor fenômeno pelo qual uma substância ou objeto emite luz quando exposta a radiação do tipo UV. caracterizada pela absorção de luz UV (invisível aos olhos) seguida da emissão de luz visível com curto comprimento (azulada). é na dentina que o fenômeno se manifesta com maior intensidade. Seleção de cor em odontologia estética como a luz se comporta ao incidir sobre a estrutura dental é a capacidade do esmalte de refletir as ondas curtas (azuladas) e transmitir as ondas longas (amareladas) do espectro visível mais perceptível no terço incisal contra-opalescência: a luz penetra no dente que é um material opalescente e é refletida dentro do próprio material. É observada como um brilho amarelo-avermelhado em maio à região incisal dos mamelos. luz penetra e é refletida dentro do próprio material. pedra opala tem a capacidade de refletir ondas curtas, ficando em aspecto azulado, ou transmitir ondas longas, ficando em aspecto amarelado/alaranjado. muito importante em pacientes muito jovens. translucidez é o fenômeno óptico no qual um objeto permite maior ou menor passagem de luz, sendo um estado entre transparência completa e a opacidade total. Os dentes são estruturas translúcidas, cuja cor é resultado de manifestações simultâneas de absorção, reflexão e transmissão da luz. A sobreposição de diferentes espessuras de esmalte e dentina ao longo da coroa, resulta em um aspecto policromático, dificultando sua reprodução. A RC é monocromática. A dentina é caracterizada por baixa translucidez e alta saturação, sendo a principal responsável pelo matiz e croma básicos do dente. O esmalte é altamente translúcido e pouco saturado, sendo o principal responsável pelo valor dos dentes. Terço cervical: grande espessura de dentina e esmalte delgado alto croma e valor intermediário ao dos terços médio e incisal. Terço médio: grande volume de dentina e uma camada espessa de esmalte baixa translucidez e alto valor. Terço incisal: dentina bastante delgada e disposta em projeções digitiformes e esmalte com grande espessura translucidez alta, alto valor. Para restaurar utilizamos substâncias monocromáticas, portanto para conseguir um bom resultado estético utilizam-se resinas de diferentes matizes, saturações e valores, cada uma com um comportamento óptico distinto. BIOMIMETISMO UD (universal de dentina) e corpo são mais opaca resinas para corpo de esmalte, para esmalte (amelogen/microhíbrida, ou seja, particular nanométricas e micrométricas), translúcidas, para efeitos. varia conforme espessura da camada o matiz, saturação e valor de uma mesma resina variam de marca para marca Dividimos a cor em três aspectos: matiz, valor e saturação. Matiz é o nome da cor a dentina é a estrutura responsável pelo matiz básico do dente (ex.: amarelo, vermelho) na cervical há maior espessura de dentina. o canino é o dente que tem mais dentina na cervical. não existe dente branco e sim clareado. basicamente os dentes apresentam três matizes: marrom, amarelo e cinza, além das combinações entre estas cores os dentes se situam em uma faixa que vai do amarelo ao marrom-acinzentado. Valor primeira informação percebida; é a luminosidade da cor (brilho e cinza) ou grau de iluminação. é a variação do cinza (mais claro ou mais escuro); o quanto ele é mais iluminado (cor clara, valor alto) ou apagado (cor escura, valor baixo), considerando apenas o brilho e não o matiz. quanto mais cinza menor é o valor, ou seja, aparece menos. é o que dá vitalidade ao dente dá a naturalidade à restauração, a luminosidade ao dente o clareamento dental muda o valor, puxa o dente para o lado de maior brilho tendo uma luminosidade maior no sorriso Na restauração, busca-se aumentar o valor do dente, deixando-o mais iluminado. matizes distintos podem refletir a mesma luz portanto ter o mesmo valor isso se dá pela reflexão da luz no mesmo comprimento de onda.. Croma grau de pureza ou saturação é a variação/intensidade do matiz canino é dente que tem maior saturação é o dente que se visualiza pra ver a cor do dente da pessoa 90% dos dentes estão entre A e B Terço cervical é o que eu enxergo melhor essa cor pois tem mais dentina nesse terço proporção de luz é relativa com a idade1º defino o nome da cor; 2º defino o quanto essa cor é intensa Realizada a antes do isolamento; além disso, recomenda-se cobrir a roupa do paciente com um campo neutro (acizentado). 1. tanto os dentes quando a escala de cor deve estar limpos e úmidos e sob iluminação natural sem isolamento 2. operador em Distância de conversação um braço 3. afastar os lábios (maquilagem) 4. observar rapidamente. (5 a 7 segundos) 5. avalie o valor: luminosidade observando o terço médio do dente homólogo a ser restaurado (maior volume de esmalte) 6. determine o matiz: ver região cervical, estabeleça o matiz a ser escolhido, se A, B, C ou D dente mais apropriado: canino; quando fica muito duvidoso, não é marrom nem amarelo, é cinza. Maior dificuldade de diferenciação se da entre o marrom e amarelo. 7. observar a saturação 8. observe as áreas de caracterização: áreas de hipocalcificação, manchas internas, trincas, estrias horizontais esbranquiçadas, bandas esbranquiçadas ou cromatizadas 9. descanso dos olhos olhar para fundo azul, verde e branco. (ex.: lençol do isolamento) Dicas: treinamento visual/observação/percepção ambiente com iluminação que simule a luz natural utilizar recursos de confirmação: escalas, incrementos, restaurações de diagnóstico, fotos e opinião do paciente escalas de cor prontas, ex: Vita Classical (mais usada), 3D máster (valor) escala direta de RC ou incremento de RC (+fotos) restauração de diagnostico/de teste/ simulação aparelhos: espectrofotômetro OBS: problemas com o metamerismo. metamerismo é um fenômeno onde duas amostras coloridas são iguais sob uma determinada fonte de luz, mas diferentes em outra condição de iluminação. Vitapan classical Apresenta 4 grupos: baseados no matriz e no croma A – marrom B – amarelo C – cinza D – marrom + cinza O croma varia de 1 a 4: A1, A2, A3, A3,5, A4 B1, B2, B3, B4 C1, C2, C3, C4 D2, D3, D4 Escala Vita Classica/Vita 3D Master organizada pelo valor a ordem decrescente é: B1, A1, B2, D2, A2, C1, C2, D4, A3, D3, B3, A3,5, B4, C3, A4, C4 Vita Easyshade faz leituras de dentes naturais, restaurações diretas e indiretas através da medida de uma pequena área podem sofrer alterações devido à dispersão de luz na superfícies curvas do dente Outras alternativas além da escala aplicação de pequenos incrementos de compósito sobre a superfície escolhida de referência. resina não polimerizada é mais opaca ensaio restaurador: escolhe-se diferentes cores do material e executa-se uma restauração tal qual uma definitiva, mas sem afetar o procedimento adesivo. em restaurações diretas mais desafiadoras, o ideal é executar um ensaio restaurador. Para isso, diferentes cores do material são aplicadas ao dente, tal qual em uma restauração definitiva, com a diferença que não se utiliza material adesivo, permitindo confirmar a escolha dos materiais e avaliar o resultado da combinação de cores diferentes (assim como a espessura em que as massas devem ser aplicadas). restauração provisória de diagnostico: se for uma urgência ou não tenho tempo seleciono as cores previamente, coloco um pingo de ácido ou adesivo, coloco a resina e restauro; quando o paciente voltar, ele vai dizer se gostou ou não e vamos ter uma visão melhor. Resina com valor maior mais clara. No sistema de 3, usa dentina só quando muito escura a cavidade (mais opaca). conhecer a anatomia e as características ópticas dos tecidos dentais é essencial para a seleção consistente dos materiais restauradores visão mais ampla (macroestética) e uma visão mais focada nos dentes (microestética)
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