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TUTORIAL 08 - OBJETIVOS TUTORIAL 8 Objetivos 1.Debater acerca da Anatomia e Histologia do Pulmão 1.1 Anatomia 1.2 Histologia 2. Identificar os tipos de Neoplasias malignas no pulmão 2.1 QUATRO PRINCIPAIS TIPOS Adenocarcinomas Carcinoma de células escamosas carcinoma de pequenas células (subtipo de carcinoma neuroendocrino) carcinoma de grandes celulas 3.Discorrer sobre a incidência do câncer de pulmão com a hereditariedade, genero e tabagismo. 3.1 Hereditariedade 3.2 Genero 3.3 Tabagismo 4. Explanar acerca da relação da anorexia e o emagrecimento com o câncer de pulmão. 5. Elucidar sobre os exames necessários para o diagnóstico do câncer de pulmão. 6. Abordar sobre a relação médico-família-paciente na notificação de diagnósticos ANATOMIA DO PULMAO,TRAQUEIA E BRONQUIOS MOORE Os pulmões ficam localizados na cavidade torácica (mais especificamente nas cavidades pulmonares) e são separados um do outro pelo mediastino. Cada pulmão apresenta: Um ápice: extremidade superior, arredondada, que ascende acima do nível da primeira costela até a raiz do pescoço; geralmente, é recoberto pela cúpula da pleura; Uma base: face inferior côncava do pulmão, oposta ao ápice, que acomoda a cúpula ipsilateral do diafragma e se apoia nela; Dois ou três lobos, criados por uma ou duas fissuras; Três faces: costal, mediastinal e diafragmática; Três margens: anterior, inferior e posterior; PULMAO DIREITO Duas fissuras: obliqua e horizontal Três lobos: superior, médio e inferior. O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta (devido a localização hipocondrial do fígado) e o coração e o pericárdio estão mais voltados para a esquerda. A margem anterior do pulmão direito é relativamente reta. PULMAO ESQUERDO Uma fissura: obliqua 2 Lobos: superior e inferior Presença de lígula TRAQUEIA E BRONQUIOS A traqueia é o início da árvore respiratória. Ela é um tubo musculocartilagenoso que se estende desde a cartilagem cricoide até a sua bifurcação. A traqueia se bifurca nos brônquios principais direito e esquerdo, com cada brônquio passando pelo hilo de seu respectivo pulmão. Depois de entrar no parênquima pulmonar, os brônquios principais se ramificam e emitem as próximas gerações de brônquios sucessivamente menores, conduzindo ar profundamente para os pulmões: Brônquio (secundário) lobar; um para cada lobo pulmonar (três para o pulmão direito e dois para o pulmão esquerdo). Brônquio (terciário) segmentar; um para cada segmento broncopulmonar, que por definição são os segmentos pulmonares supridos pelos brônquios segmentares e ramo segmentar associado da artéria pulmonar. Os brônquios segmentares sofrem múltiplas divisões, eventualmente resultando nos bronquíolos. Os muitos bronquíolos de condução; a terminologia varia de brônquio para bronquíolo quando a estreita passagem aérea não possui cartilagem de suporte. Bronquíolos terminais; os ramos finais e menores ramos da via de condução aérea, transição para os bronquíolos respiratórios. Bronquíolos respiratórios; dão origem aos ductos alveolares. ALVEOLOS Unidades terminais da árvore respiratória que são finas proeminências das paredes dos bronquíolos respiratórios, especializados em trocas gasosas. Os alvéolos são encontrados em grupos chamados de sacos alveolares. A fina parede dos alvéolos é o local onde a troca gasosa ocorre. HISTOLOGIA DO PULMAO, TRAQUEIA E BRONQUIOS https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/traqueia https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/antomia-dos-bronquios JUNQUEIRA E CARNEIRO PULMAO - estrutura semelhante a uma esponja, devido à grande quantidade de alvéolos existentes no órgão. TRAQUEIA mucosa com tecido epitelial pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes (epitélio respiratório). Lâmina própria de tecido conjuntivo. submucosa é constituída de tecido conjuntivo e apresenta diversas glândulas mucosas e serosas. É característico desse órgão uma peça cartilaginosa em forma de C: as extremidades livres de cada peça dirigem-se para a região posterior da traquéia e estão unidas por músculo liso. BRONQUIOS túnica mucosa tem tecido epitelial que varia de pseudoestratificado cilíndrico ciliado a cilíndrico simples ciliado, ambos com células caliciformes. Lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo; fibras elasticas Apresenta uma camada de tecido muscular liso em espiral. Além de glândulas mucosas ou mistas. Possui pedaços de cartilagem hialina. Adventícia de tecido conjuntivo. - ramos maiores = traqueia - ramos menores = epitélio cilíndrico simples ciliado BRONQUIOLOS camada mucosa de tecido epitelial que varia de cilíndrico simples ciliado com algumas células caliciformes a cúbico simples ciliado ou não. lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. Músculo liso em espiral. Não apresenta glândulas e nem cartilagem. Bronquíolos respiratórios: Geralmente são revestidos por epitélio cúbico, abaixo há tecido conjuntivo (rico em fibras elásticas) e músculo liso. Possuem alvéolos revestidos por epitélio plano simples muito delgado ALVEOLOS São expansões em forma de saco revestidas por epitélio plano simples, abaixo há conjuntivo (rico em fibras elásticas) e capilar com hemácias. A seta indica o septo interalveolar – parede comum à dois alvéolos. TIPOS DE CANCER DE PULMAO ROBBINS O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte evitável em todo o Mundo, pois, em 90% dos casos diagnosticados, está associado ao tabagismo. O carcinoma de pulmão é a mais importante causa de morte relacionada com o câncer nos países industrializados. Até pouco tempo, os carcinomas de pulmão eram classificados em dois grandes grupos: câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) e câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC), sendo o último composto do adenocarcinoma, carcinomas de grandes células, de células escamosas, e neuroendócrino de grandes células. Esta classificação foi substituída recentemente por uma classificação da OMS, em 2015 . A razão para esta separação é que, essencialmente, todos os CPPCs terão sofrido metástase no momento do diagnóstico. Etiologia e Patogenia - câncer de pulmão relacionados com o tabagismo surgem a partir de acúmulos graduais de mutações condutoras = transformação maligna de células progenitoras benignas no pulmão em células neoplásicas. - sequencia de alterações não ‘e aleatória = sequencia caminhando paralelamente a progressão histologia em direção ao câncer. - Inativação pontual dos genes supressores de tumor no braço curto do cromossomo 3(3p) = evento inicial comum. - Mutações no P53 e no oncogene KRAS ocorre de forma relativamente tardia. A perda do material cromossômico no 3p são encontradas no epitélio brônquico benigno de tabagistas sem câncer de pulmão = grandes áreas da mucosa respiratória sofrem mutação pela exposição aos carcinógenos (“efeito de campo”). Células que acumulam mutações adicionais eventualmente progridem para o câncer. Adenocarcinomas Os adenocarcinomas são, de modo geral, localizados perifericamente, mas também podem ocorrer próximos ao hilo. - crescem lentamente - formando massas menores do que outros subtipos - tendem a metastatizar amplamente, mesmo nos estágios iniciais. O suposto precursor responsável pela origem do adenocarcinoma é a hiperplasia adenomatosa atípica (HAA). Considera-se que ela progride gradualmente: adenocarcinoma in situ, seguido do adenocarcinoma minimamente invasivo para então se tornar o adenocarcinoma invasivo Um subgrupo de adenocarcinomas (cercade 10% em brancos e 30% em asiáticos), especialmente os que surgem em mulheres não tabagistas, apresenta mutações que ativam o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). “EGFR = é um receptor tirosina cinase que estimula as vias pró- crescimento envolvendo RAS, PI3K e outras moléculas de sinalização.” A ativação do receptor cursa com sua auto fosforilação, induzindo uma cascata de eventos que resulta na proliferação celular, na inibição da apoptose, na angiogênese, na invasão e no crescimento celular. Normalmente, EGFR , que é uma proteína transmembrana, transduz seus sinais dos ambientes, então carrega as instruções que uma célula precisa para se adaptar ao ambiente ao núcleo. O papel da proteína receptora é se ligar a outras proteínas fora da célula, conhecidas como ligantes, e ajudar a célula a se comunicar com seu ambiente. Ocasionalmente, o gene EGFR desenvolve mutações que interrompem a função da proteína receptora. Quando isso ocorre, a proteína receptora está efetivamente sempre 'ligada'. Isso significa que a célula recebe continuamente sinais que a informam para sobreviver e, crucialmente, crescer – levando à formação de um tumor. As mutações no EGFR são somáticas; isto é, eles se desenvolvem durante a vida de uma pessoa, em vez de serem herdados de seus pais. Estes tumores são sensíveis a medicamentos que inibem a sinalização do EGFR, embora a resposta seja, geralmente, de curta duração. As mutações de EGFR e KRAS (em 30% dos adenocarcinomas) são mutuamente exclusivas, o que é esperado, visto que a KRAS está presente no final da via do EGFR. O diagnóstico histológico se faz pela visualização de arranjo glandular das células neoplásicas ou pela presença de mucina intracitoplasmática. Há contudo, uma grande variabilidade desses achados, sobretudo entre tumores bem diferenciados e outros pouco diferenciados ou indiferenciados. Nesse contexto, a utilização de técnicas imunoistoquímicas pode ser útil na confirmação diagnóstica. O perfil imunoistoquímico característico é dado pela positividade de CK7 e TTF-1 e negatividade de CK20 OBS : técnica imuno-histoquímica se baseia numa reação antígeno-anticorpo. Para identificação de uma proteína (antígeno) específica, um determinado anticorpo reconhecerá um determinado antígeno. Carcinoma de células escamosa - mais comuns em homens do que em mulheres, - estão fortemente relacionados com um histórico de tabagismo; - - tendem a surgir no centro dos brônquios principais, podendo eventualmente se disseminar para nódulos hilares locais; - disseminam-se para fora do tórax mais tardiamente do que outros tipos histológicos. Os carcinomas de células escamosas costumam ser precedidos pelo desenvolvimento, durante anos, de metaplasia ou displasia escamosa do epitélio brônquico, a qual, então, transforma-se em carcinoma in situ. Além disso, as mutações tendem a seguir uma sequência com a perda progressiva de alelos no cromossomo 3p e 9p21. Outra alteração inicial é a hiperexpressão de receptores do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) de forma progressiva, acompanhando o grau de malignidade das lesões. O diagnóstico é basicamente histológico, geralmente não dependendo de complementação imunoistoquímica, sendo dado pela produção de queratina e/ou desmossomos intercelulares (conhecidos como pontes intercelulares). Do ponto de vista imunoistoquímico, os carcinomas epidermoides tipicamente não expressam CK7 e CK20 Carcinoma de pequenas células (subtipo de carcinoma neuroendocrino) - geralmente aparecem como massas localizadas centralmente, de cor cinza-pálida - estendem-se para o interior do parênquima pulmonar. - compostos de células tumorais relativamente pequenas, com formato redondo a fusiforme, citoplasma escasso e cromatina finamente granular, com aparência de “sal e pimenta”. Na classificação de 2015 da OMS, o CPPC está agrupado juntamente com o carcinoma neuroendócrino de grandes células, que é outro tumor bastante agressivo que exibe morfologia neuroendócrina e expressa marcadores neuroendócrinos (sinaptofisina, cromogranina e CD56). Carcinoma de grandes células - são tumores epiteliais malignos indiferenciados - não possuem as características citológicas do carcinoma neuroendócrino, nem qualquer evidência de diferenciação glandular ou escamosa - células tipicamente apresentam núcleos aumentados, nucléolos proeminentes e quantidades moderadas de citoplasma O desenvolvimento de carcinoma de grandes células é pouco frequente e não tem bom prognóstico por se desenvolver muito rapidamente. É formado por grandes células poligonais, com núcleos também grandes, nucléolos proeminentes e citoplasma moderadamente abundante HEREDITARIEDADE, GENERO E TABAGISMO COMO CAUSADORES DO CANCER DE PULMAO ROBBINS ATLAS CANCER DE PULMAO Hereditariedade É bastante provável que o efeito mutagênico dos carcinógenos seja modificado por fatores hereditários (genéticos). Cabe lembrar que muitos químicos requerem a ativação metabólica através do sistema da enzima monoxigenase do P-450 para a conversão em carcinógenos efetivos. Os indivíduos que possuem determinados polimorfismos envolvendo os genes do P-450, mais especificamente CYP1A1 apresentam maior capacidade de ativar pró-carcinógenos, encontrados na fumaça do cigarro, e assim são expostos a doses mais altas destes carcinógenos, o que aumenta o risco de desenvolvimento do câncer de pulmão. Essas variações genéticas ocorrem em frequência relativamente elevada na população, mas sua contribuição para o risco de câncer de pulmão de um indivíduo geralmente é baixa. - Parentes de primeiro grau de portadores de câncer de pulmão têm 2 a 3 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão e outros cânceres, muitos dos quais não estão relacionados com o tabagismo Gênero Por motivos ainda desconhecidos, as mulheres são mais suscetíveis aos carcinógenos da fumaça do tabaco do que os homens. A diferença na ocorrência de câncer de pulmão entre gêneros deve ter relação com as características distintas da exposição ao tabagismo entre homens e mulheres. A análise da variação na tendência da mortalidade segundo idade e distribuição geográfica pode ajudar a estabelecer algumas hipóteses para compreensão desta questão. Este estudo tem como objetivo avaliar a mortalidade por câncer de pulmão no Brasil, entre 1979 e 2003, de acordo com sexo, região geográfica e grupo etário dando ênfase ao gênero feminino. Tabagismo Cerca de 90% dos cânceres de pulmão ocorrem em tabagistas ativos ou naqueles que interromperam o hábito recentemente. Além disso, existe uma correlação quase linear entre a frequência de câncer de pulmão e maços/anos de tabagismo. O risco é 60 vezes maior nos fumantes inveterados habituais (dois maços por dia durante 20 anos) do que nos não fumantes. Embora o tabagismo e outras influências ambientais sejam fundamentais para a origem do câncer de pulmão, nem todos os indivíduos expostos à fumaça do tabaco desenvolvem câncer de pulmão (cerca de 11% dos fumantes inveterados o desenvolvem). Um estudo genômico em grande escala sugeriu que uma mutação genética é induzida para cada 15 cigarros fumados. O risco de câncer de pulmão é menor entre as pessoas que param de fumar do que entre aquelas que continuam a fumar; os ex-tabagistas têm um risco nove vezes maior de desenvolver câncer de pulmão em comparação com os homens que nunca fumaram, sendo mais de 20 vezes naqueles que continuam a fumar A fumaça de tabaco ambiental (FTA) ou fumo passivo também é uma causa comprovada de câncer de pulmão. O risco de FTA é inferior ao do tabagismo ativo, com aumento de 20 a 30% no câncer de pulmão observado entre os que nunca fumaram, mas que residem por muitos anos com tabagistas, em comparação com o aumento de 2.000% entre tabagistas ativos contínuos. RELACAO DA ANOREXIACOM CANCER DE PULMAO Lenir Polli - 2016 O comprometimento do estado nutricional dos pacientes diagnosticados com essa doença é muito prevalente e associa-se à diminuição da resposta ao tratamento quimioterápico e à qualidade de vida. A perda de massa corporal significativa tem associação com a anorexia espontânea, ou seja, a perda não intencional de apetite, sendo um dos sintomas mais comuns de pacientes com câncer, que acaba resultando em alterações do paladar e olfato ou em mudanças na regulação hipotalâmica. A desnutrição grave acompanhada de anorexia é denominada Caquexia. O avanço progressivo do estado nutricional do paciente oncológico está relacionado com a baixa ingestão alimentar, além de alterações metabólicas que levam ao estado caquético A perda de peso e a desnutrição são distúrbios frequentemente observados em pacientes com câncer, sendo que até 30% dos pacientes adultos apresentam perda superior a 10% do peso. No entanto, o estabelecimento de desnutrição em quadros oncológicos está diretamente relacionado ao tipo e à localização da neoplasia. SANTORO 2020 Duas causas distintas contribuem para explicar a diminuição do apetite e a perda de peso em pacientes com câncer de pulmão avançado: Primeiro, o sofrimento ao receber o diagnóstico de câncer de pulmão, especialmente em um cenário metastático, pode resultar em redução do desejo de se alimentar. Segundo, a resposta inflamatória causada pelo tumor pode levar a alterações na função hipotalâmica, com impacto no apetite. Metabolismo energético No indivíduo normal, mesmo que a ingestão calórica esteja diminuída, observa-se uma redução na produção de energia ou na taxa metabólica. Já no paciente oncológico não ocorre esta adaptação fisiológica, pois mesmo com a redução na ingestão calórica, mantém ou aumentam, contribuindo para diminuição da reserva energética, em função do metabolismo das células tumorais. Metabolismo dos carboidratos A célula tumoral tem como principal substrato energético a glicose, consumindo de 10 a 50 vezes mais em relação ás células normais. O consumo excessivo de glicose pelo tumor aumenta a produção de glicose hepática. A conversão de lactato para a glicose envolve consumo de ATP e aparenta ser um processo bioquímico de gasto energético contribuindo para a perda de peso e massa corpórea. Metabolismo de proteínas O paciente caquético não apresenta capacidade para manter ou reduzir o catabolismo dos músculos em resposta à reduzida ingesta de nitrogênio, levando a depleção de proteína e consequentemente atrofia e miopatia muscular, atrofia visceral e hipoalbuminemia. Metabolismo de lipídeos O metabolismo lipídico encontra-se alterado, resultando na depleção da reserva de gordura e níveis elevados de lipídios circulantes. A perda de gordura é responsável pela maior parte da perda de peso. Além disso, essa perda está relacionada ao aumento da lipólise associada à diminuição da lipogênese, em consequência à queda da lípase lipoprotéica levando a hiperlipidemia. EXAME PARA DIAGNOSTICO DE CANCER DE PULMAO Associação Americana do Câncer - 2019 Os exames de imagem ajudam a localizar a lesão e são extremamente úteis para determinar a extensão da doença, o que se denomina estadiamento do câncer de pulmão. Radiografia de tórax A radiografia de tórax é utilizada para diagnosticar a presença de alguma imagem suspeita de tumor em algum dos pulmões. Tomografia computadorizada Esse exame permite determinar o tamanho e a localização do tumor no pulmão, assim como a presença ou ausência de metástases nas glândulas suprarrenais, fígado, cérebro e outros órgãos que podem ser afetados pela disseminação do câncer de pulmão. Muitas vezes a tomografia computadorizada é utilizada para guiar precisamente o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de câncer. Ressonância magnética Os exames de ressonância magnética são geralmente usados para o diagnóstico de uma possível disseminação da doença para o cérebro ou medula. Raramente é realizada para verificar se a doença se desenvolveu nas estruturas centrais do tórax. Cintilografia óssea A cintilografia óssea é uma forma de diagnóstico por imagem que avalia funcionalmente os órgãos e não apenas sua morfologia. Para a realização do exame é administrada ao paciente uma injeção intravenosa do radiofármaco 99mTc-MDP (tecnécio), que após algumas horas é atraído pelo tecido ósseo com doença. Para registrar as áreas de captação do material radioativo é utilizada uma câmera especial, que detecta a radioatividade e cria uma imagem do esqueleto. A captação óssea nas imagens é proporcional à atividade metabólica no osso, se devendo principalmente à adsorção do radiofármaco. A cintilografia pode detectar variações de até 5% no metabolismo ósseo, geralmente precedendo as alterações radiológicas, oferecendo alta sensibilidade e baixa dose de radiação mesmo na varredura de todo o esqueleto. As áreas de dano ósseo aparecem como pontos escuros na imagem do esqueleto. Esses pontos podem sugerir a presença de câncer metastático. RELACAO MEDICO-PACIENTE-FAMILIA REVISTA MINEIRA DE ENFERMAGEM A relação médico-paciente, em oncologia, adquire uma particular importância devido à gravidade da doença e ao estigma que muitas vezes acompanha a experiência do paciente. família, uma vez que ela ocupa um lugar essencial na sociedade e funciona como fator importantíssimo de suporte e de proteção do indivíduo em qualquer situação da sua vida. Além disso, a família também sofre o impacto da má notícia, por isso os profissionais de saúde devem estar despertos em dar apoio àquelas que dele necessitam. No contexto sociocultural, a família desempenha papel fundamental no desenvolvimento e socialização dos seus membros. Independentemente da sua estrutura, é na família que cada um dos seus elementos procura encontrar o equilíbrio. O indivíduo procura habitualmente o apoio necessário na família para ultrapassar as situações de crise que surgem ao longo da sua vida. Essa ideia é reforçada por Melo, ao dizer que a família, "entendida como unidade, com base no parentesco biológico, mas pode, também, ser vista em sentido mais amplo, isto é, incluindo os amigos que lhe são queridos, é uma unidade de suporte para o doente.
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