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Laryssa Lopes – MedXX 1- Descrever a anatohistologia dos receptores olfatórios 1.1 Epitélio olfatório 1.2 Bulbo olfatório 1.3 Projeções centrais da via olfatória 2- Abordar a anatohistologia do paladar 2.1 Calículos (botões) gustatórios 2.2 Papilas Linguais 3- Discorrer sobre a fisiologia do olfato e paladar 3.1 Olfato Transdução do sinal do paladar Limiares a adaptação Via olfatória 3.2 Paladar Transdução Gustatória Limiares e adaptação Via Gustatória 3.3 Relação entre Olfato e Paladar 3.4 Disfunções de Olfato e Paladar Anatomia dos receptores olfatórios - sistema olfatório e composto por: epitélio olfatório; bulbo; trato ; córtex - ser humano consegue reconhecer cerca de 10.000 odores diferentes - Nariz contem entre 10 e 100 milhões de receptores para o sentido do olfato, contidos no epitélio olfatório - Sistema olfatório e o único no qual os receptores sensoriais primários são células bipolares Epitélio Olfatório - área de 5cm2 - ocupa parte superior da cavidade nasal – cobrindo a face interior da lamina cribriforme e se estendendo ao longo da concha nasal superior - composto por três tipos de células: 1. receptores olfatórios/ celulas secretoras - neurónios de primeira ordem da via olfatória - cada receptor olfatório e um neurónio bipolar com dendrito exposto com formato de calículo e um axónio que se projeta através da placa cribriforme e termina no bulbo olfatório - cílios olfatórios: estendem-se a partir do dentito de uma célula receptora olfatória – transdução olfatória = conversão da energia do estimulo em um potencial graduado no receptor sensitivo - substancias químicas que possuem odor que se ligue e estimule os receptores olfatórios nos cílios olfatórios = substancias odoríferas - os receptores olfatórios respondem ao estimulo químico de uma molécula odorífera produzindo um potencial gerador e iniciando assim a resposta olfatória’ 2. células de sustentação - epiteliais, colunares da túnica mucosa que reveste o nariz - sustentação física; nutrição e isolamento elétrico para os receptores olfatórios - ajudam a descodificar substancias químicas que entram em contato com o epitélio olfatório 3. Células basais - Células troncos – entre a base das células de sustentação - Sofrem divisão celular continuamente = produzir nos receptores olfatórios que vivem cerca de apenas 1 mês antes de serem substituídos – EXTRAORDINARIO: neuronios maduros geralmente não são repostos Glândulas olfatórias = Glândulas de Bowman - Localizadas no tecido conjuntivo que sustenta o epitélio olfatório - Produtoras de muco – transportado para a superfície do epitélio por ductos = umedece a superfície do epitélio olfatório + dissolve os odoríferos de modo que possa ocorrer a transdução – nervo facial Transdução do Sinal nos neurónios olfatórios primários ➥ No epitélio olfatório os odorantes se ligam a receptores específicos nos neurônios olfatórios primários ➥ ativação de uma proteína G ➥ ativação do adenilato ciclase ➥ produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) ➥ ativa canal de íons permeáveis a cátions ➥ mudança no potencial da membrana ➥despolarização do neurônio ➥ produção de potenciais de ação Bulbo Olfatório - neurónios olfatórios primários (receptores olfatórios) enviam projeções ao bulbo - Componente mais rostral do sistema olfatório e repousam diretamente sobre a lamina cribriforme do crânio - existem quatro tipos de células no bulbo olfatório: 1. Células Mitrais 2. Células em Tufo 3. interneuronios ( células periglomerulares e granulares) 1+2 = similares e em conjunto transportam o olfato do bulbo olfatório p/ SNC Processamento Olfatório e Codificação no bulbo ➥ No bulbo os neurónios olfatórios primários fazem sinapse com as células mitrais e em tufo - ➥ sinapse acontece em áreas especializadas = glomérulos ➥ convergência entre os inputs dos neurônios olfatórios primários e os dendritos das células em tufo e mitral ➥ neurônios olfatórios primários que detectam o mesmo odor estão espalhados por todo o epitélio olfatório e convergem para o mesmo glomérulo= aumenta a sensibilidade do sistema olfatório ➥ em alguns glomérulos os neurônios primários detectam a convergência de diferentes odorante, o que indica que um primeiro nível de processamento sensorial ocorre nessa sinapse inicial da via olfatória - Células Periglomerulares = mediam contatos entre os glomérulos - Células granulares = medeiam contatos entre os glomérulos e as células em tufo originarias de diferentes glomérulos Ex: um perfume combinação de varias moléculas odoríferas que ativam vários glomérulos – padrão dessa combinação = cheiro especifico Projeções Centrais da via Olfatória - axónios das células mitrais e em tufo passam pelo TRATO e pelo TRIGONO OLFATORIO - Trígono: expansão do trato olfatório ligeiramente rostral a substancia perfurada anterior do cérebro – fibras passam lateralmente na frente da substancia perfurada anterior, formando = estria olfatório lateral (primaria) – vai ate a área olfatória primaria = apreciação consciente do cheiro - Área Olfatória Primaria: consiste dos córtices uncus + entorrinal Os impulsos olfatórios viajam pelo nervo olfatório e chegam ao cérebro através do bulbo olfatório. Mas é no córtex olfatório que as informações odoríferas são interpretadas, identificando o cheiro que entrou pelo nariz. As informações sensoriais são armazenadas pelo hipocampo para serem lembradas e também são enviadas ao hipotálamo para a organização de funções viscerais Córtex olfatório secundário: Das áreas olfatórias primárias do córtex, as projeções profusas vão diretamente para a área de associação olfatória no córtex entorrinal, algumas vezes chamada de córtex olfatório secundário. Acredita-se que os córtices olfatórios primário e secundário possibilitam apreciar subjetivamente os estímulos olfatórios. Núcleo olfatório anterior: Alguns ramos colaterais dos axônios dos neurônios olfatórios secundários terminam em um pequeno grupo de células chamado de núcleo olfatório anterior. Trata-se de uma coleção de corpos de células nervosas localizada ao longo do trato olfatório. Desse núcleo, as fibras pós-sinápticas se projetam para o bulbo olfatório contralateral via comissura anterior. Acredita-se que essas fibras sejam inibitórias, aprimorando, assim, o bulbo mais ativo e fornecendo pistas direcionais para a fonte da estimulação olfativa. Sistema Gustativo Botões Gustatórios - onde estão localizados os receptores para as sensações gustatórias - localizado nas paredes das papilas - estão presentes na língua, na epiglote, nos pilares das amígdalas e região posterior da orofaringe. - São em torno 4000 unidades gustativas espalhadas no interior da boca, principalmente sobre a língua (75%). - Cada botão gustativo é formado de 40 a 60 células sensoriais e mais algumas células de sustentação. As células sensoriais possuem uma porção ciliada (com microvilos) mergulhada em um poro gustativo = estimulo químico envolvido - Cada corpúsculo apresenta: células sensoriais; células de sustentação; células basais. As células gustativas, que são células sensoriais secundárias - estão localizadas centralmente - rodeadas pelas células de sustentação. - As extremidades apicais das células gustativas com microvilosidades se dispõem sob o poro gustativo ficando entre elas e o poro um espaço cheio de líquido. As células basais - estão em contato com as porções inferiores das células gustativas. As células sensoriais - na sua base existem sinapses com fibras nervosas eferentes,existindo em cada botão gustativo cerca de 50 destas fibras. A renovação das células do corpúsculo é contínua, sendo substituída após sua morte pelas células basais. Papilas Gustativas - Células epiteliais modificadas - Oval - Contem células de suporte = células receptoras do paladar + células basais - Células Receptoras: tempo de renovação – 10 a 14 dias - Há três tipos de papila: 1. Papilas Fungiformes - Se parecem com cogumelos - Espalhados pela região anterior da língua; pequenas tumefações vermelhas = extenso suprimento sanguíneo - Inervadas pelo nervo craniano , via nervo da corda do tímpano - 1:100 papilas fungiformes por língua - botões gustativos mais na ponta da língua 2. Papilas Folhadas - 5 a 6 linhas - sensíveis a sabores azedos Inervada pelos nervos facial e glossofaríngeo 3. Papilas Circunvaladas - fundas -rodeadas por sulcos - 8-12 papilas por língua - inervadas pelo glossofaríngeo https://www.infoescola.com/anatomia-humana/lingua/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/epiglote/ Transdução de Sinal do Paladar - as células receptoras do paladar correspondem a uma grande variedade de moléculas e codificam p/ as 5 qualidades básicas do paladar - Qualidades Básicas: azedo ,salgado, doce, amargo, umani As células receptoras gustativas são divididas em três subtipos básicos: 1. Tipo 1 - suporte semelhante as células glia 2. Tipo 2 - células receptoras que respondem a inputs doce, amargo e unami e secreta ATP 3. Tipo 3 - células pre-sinapticas que fazem sinapse com os neurónios As substâncias que geram sabor podem agir sobre as células do tipo 2 ou 3 Azedo - percebido como aversivo, a menos que seja combinado a outros sabores e gostos. - Compostos amargos contêm ácidos, e estes têm a capacidade de se espalhar pelas células receptoras gustativas do tipo III (células pré-sinápticas) e reduzir o pH intracelular, o que resulta na sinalização. Salgado: - O estímulo prototípico salgado vem do sal de mesa: NaCl. - Acredita-se que o íon de Na atue diretamente sobre os canais de íons nas células receptoras do tipo III e provoque um aumento do Na intracelular = despolarização e transdução do sinal Doce: - moleculas evocam o sabor “doce”. - Suas estruturas moleculares são muito diferentes, variando de açúcares a aminoácidos e peptídeos, a alcoóis e alguns sais. - Esses compostos atuam em receptores acoplados à proteína G em células de tipo II Amargo: - Os compostos que provocam uma sensação de gosto amargo superam em muito aqueles que provocam qualquer outro gosto. - alguns compostos amargos são percebidos como muito agradáveis, especialmente em combinação a outros gostos e sabores - Esses compostos amargos agem sobre os receptores TR2 acoplados à proteína G em células do tipo II Umami: - O composto prototípico que provoca esse sabor é o glutamato - O receptor umami ocupa a mesma família que o receptor de doces - Esse receptor contém um domínio extracelular específico para a detecção de aminoácidos e é encontrado em células do tipo II - A ativação desse receptor acoplado à proteína G proporciona a mesma cascata de sinalização que aquela iniciada em sinais de gosto amargo e doce: A proteína G pode ativar o AMPc, que, por fim, resulta em bloqueio de canais de K, ou pode resultar em aumento do cálcio intracelular mediado por segundo mensageiro, o que provoca a abertura de canais de Na. Esses fluxos resultam na despolarização da célula e na secreção de serotonina e ATP. Vias Neurais p/ Paladar - Os nervos facial, glossofaríngeo e bago inervam a lingua com receptores sensoriais - 2/3 anterior = facial - terco posterior separado dos dois tercos anteriores pela linha de papilas circunvaladas – inervado glossofaringeo - parte mais posterior = vago Os processos centrais dos receptores gustativos da língua e do palato mole entram no tronco encefálico via trato solitário para fazer sinapse no núcleo gustativo na parte rostral do núcleo solitário. Deste, as fibras ascendentes (secundárias) se projetam ipsilateralmente para o núcleo ventral posterior do tálamo. Axônios do tálamo (terciário) se projetam pelo ramo posterior da cápsula interna para a área cortical do paladar, situada na parte mais inferior do córtex sensorial no giro pós-central e estendendo-se para a ínsula. Relação Olfato/Paladar BOESVELDT 2017 O sabor que percebemos quando comemos ou bebemos algo é proveniente de uma combinação entre o olfato e a gustação, denominado olfato retronasal. Na olfação retronasal, o fluxo de moléculas de odor proveniente da cavidade oral e da faringe entram pela parte de trás do nariz, através das estruturas chamadas coanas. Essas moléculas atingem o epitélio olfatório no momento em que há a movimentação da língua e da faringe durante a mastigação e a deglutição. O cérebro combina a contribuição do paladar, do olfato e de outros sentidos para criar a sensação de sabor multimodal. De acordo com Maria Stella Arantes, mestre em otorrinolaringologia pela Universidade de São Paulo (USP), as interações entre gosto e cheiro ocorrem cada vez que a pessoa come ou bebe. Durante a pandemia de SARS –CoV -2 (Covid-19), muitos pacientes estão relatando a diminuição do paladar e associado ao comprometimento olfatório.
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