Buscar

Anatomia da Face e Couro Cabeludo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Os músculos da face (músculos da expressão facial) 
estão na tela subcutânea das partes anterior e posterior 
do couro cabeludo, na face e no pescoço. Eles 
movimentam a pele e modificam as expressões faciais 
para exprimir humor. A maioria dos músculos se insere 
ao osso ou fáscia e atua mediante tração da pele. 
Todos os músculos da expressão facial desenvolvem-se 
a partir do mesoderma nos segundos arcos faríngeos. 
Durante o desenvolvimento embrionário há formação 
de uma lâmina muscular subcutânea que se estende 
sobre o pescoço e a face, levando consigo ramos do 
nervo do arco (o nervo facial, NC VII) para suprir todos 
os músculos formados a partir do arco. A lâmina 
muscular diferencia-se em músculos que circundam os 
orifícios da face (boca, olhos e nariz), atuando como 
mecanismos esfincterianos e dilatadores que também 
criam diversas expressões faciais. 
Músculos do couro cabeludo, da fronte e dos 
supercílios 
O músculo occipitofrontal é digástrico e plano, e seus 
ventres occipital e frontal têm um tendão comum, a 
aponeurose epicrânica. Como a aponeurose é uma 
camada do couro cabeludo, a contração independente do 
ventre occipital retrai o couro cabeludo e a contração do 
ventre frontal o protrai. Agindo simultaneamente, o 
ventre occipital, com inserções ósseas, e o ventre 
frontal, que não tem inserções ósseas, são sinérgicos; 
eles elevam os supercílios e produzem rugas 
transversais na fronte. Assim, criam uma aparência de 
surpresa. 
Músculos da boca, dos lábios e das bochechas 
Os lábios e o formato e grau de abertura da boca são 
importantes para a clareza da voz. Além disso, a 
comunicação vocal é enfatizada pelas expressões 
faciais. Vários músculos alteram o formato da boca e 
dos lábios durante a fala e também durante atividades 
como cantar, assobiar e fazer mímica. O formato da 
boca e dos lábios é controlado por um grupo 
tridimensional complexo de alças musculares, que 
incluem: 
Músculos elevadores, retratores e eversores do lábio 
superior 
Músculos depressores, retratores e eversores do lábio 
inferior 
Músculo orbicular da boca, o esfíncter ao redor da boca 
Músculo bucinador na bochecha. 
 
 
Anatomia da face e do couro cabeludo 
 
 
 
 
 
 
 
O músculo orbicular da boca, o primeiro da série de 
esfíncteres associados ao sistema digestório, circunda a 
boca nos lábios, controlando a entrada e a saída através 
da rima da boca. O músculo orbicular da boca é 
importante durante a articulação (fala). 
O músculo bucinador é retangular, plano e fino, e se 
insere lateralmente no processo alveolar da maxila e na 
parte alveolar da mandíbula, em oposição aos dentes 
molares. Está inserido também na rafe 
pterigomandibular, um espessamento tendíneo da fáscia 
bucofaríngea que separa e dá origem ao músculo 
constritor superior da faringe posteriormente. O 
músculo bucinador ocupa um plano mais profundo e 
medial do que os outros músculos da face; passa 
profundamente à mandíbula, de modo que está mais 
próximo da túnica mucosa da boca do que da pele da 
face. O músculo bucinador, ativo ao sorrir, também 
mantém as bochechas tensas, evitando seu 
pregueamento e lesão durante a mastigação. 
Na parte anterior, as fibras do músculo bucinador 
misturam-se medialmente àquelas do músculo orbicular 
da boca, e o tônus dos dois músculos comprime as 
bochechas e os lábios contra os dentes e gengivas. A 
contração tônica do músculo bucinador e 
principalmente do músculo orbicular da boca oferece 
resistência suave, porém contínua, à tendência de 
inclinação externa dos dentes. Na presença de um lábio 
superior curto, ou de afastadores que anulam essa força, 
os dentes tornam-se tortos ou protrusos. 
Os músculos orbicular da boca (na face labial) e 
bucinador (na face bucal) atuam juntamente com a 
língua (na face lingual) para manter o alimento entre as 
faces oclusais dos dentes durante a mastigação e evitar 
o acúmulo de alimento no vestíbulo da boca. O músculo 
bucinador também ajuda as bochechas a resistirem às 
forças geradas pelo assobio e sucção. 
O músculo platisma é uma lâmina larga e fina de 
músculo na tela subcutânea do pescoço. As margens 
anteriores dos dois músculos cruzam-se sobre o mento 
e se fundem aos músculos da face. Agindo a partir de 
sua inserção superior, o músculo platisma tensiona a 
pele, produz sulcos cutâneos verticais, conduz grande 
tensão e libera a pressão sobre as veias superficiais. 
Atuando a partir de sua inserção inferior, o músculo 
platisma ajuda a abaixar a mandíbula e abaixa os 
ângulos da boca, como ao fazer uma careta. 
Músculos da abertura da órbita 
A função das pálpebras é proteger os bulbos do olho 
contra lesões e luz excessiva. As pálpebras também 
distribuem as lágrimas e mantêm a córnea úmida. 
O músculo orbicular do olho fecha as pálpebras e 
enruga a fronte verticalmente. Suas fibras formam 
círculos concêntricos em torno da margem orbital e das 
pálpebras. A contração dessas fibras estreita a rima das 
pálpebras e auxilia o fluxo de líquido lacrimal por meio 
do início da união das pálpebras na parte lateral, 
fechando a rima das pálpebras na direção lateromedial. 
O músculo orbicular do olho tem três partes: 
Parte palpebral: originada no ligamento palpebral 
medial e localizada principalmente nas pálpebras, as 
quais fecha suavemente (como ao piscar ou dormir) para 
evitar o ressecamento da córnea 
Parte profunda: passa posteriormente ao saco lacrimal e 
movimenta as pálpebras medialmente, auxiliando a 
drenagem das lágrimas 
Parte orbital: sobrejacente à margem orbital e fixada ao 
frontal e à maxila medialmente, fecha as pálpebras com 
firmeza (como ao piscar com força ou semicerrar os 
olhos) para proteger os bulbos dos olhos contra a luz e 
a poeira. 
Músculos do nariz e das orelhas 
Os músculos do nariz sinalizam comportamentos 
respiratórios. Os músculos das orelhas, importantes nos 
animais capazes de levantar ou apontar as orelhas em 
direção à origem dos sons, são ainda menos importantes 
nos seres humanos. 
Nervos da face e do couro cabeludo 
O nervo trigêmeo (NC V) é o principal responsável pela 
inervação cutânea (sensitiva) da face e da parte 
anterossuperior do couro cabeludo; e o nervo facial (NC 
VII) é o responsável pela inervação motora dos 
músculos faciais. 
Nervos cutâneos da face e do couro cabeludo 
O nervo trigêmeo (NC V) origina-se na face lateral da 
ponte do mesencéfalo por meio de duas raízes: motora 
e sensitiva. Essas raízes são comparáveis às raízes 
motoras (anteriores) e sensitivas (posteriores) dos 
nervos espinais. 
A raiz sensitiva do NC V consiste em prolongamentos 
centrais de neurônios pseudounipolares localizados em 
um gânglio sensitivo (gânglio trigeminal) na 
extremidade distal da raiz, que é contornado pelos 
axônios neuronais multipolares que formam a raiz 
motora. O NC V é o nervo sensitivo da face e o nervo 
motor dos músculos da mastigação e de vários pequenos 
músculos. 
Os prolongamentos periféricos dos neurônios do 
gânglio trigeminal constituem as três divisões do nervo: 
o nervo oftálmico (NC V1), o nervo maxilar (NC V2) e 
o componente sensitivo do nervo mandibular (NC V3). 
Esses nervos são nomeados de acordo com as principais 
áreas onde terminam: olho, maxila e mandíbula, 
respectivamente. As duas primeiras divisões (nervos 
oftálmico e maxilar) são apenas sensitivas. 
O nervo mandibular é principalmente sensitivo, mas 
também recebe as fibras motoras (axônios) da raiz 
motora do NC V, que supre principalmente os músculos 
da mastigação. Os nervos cutâneos do pescoço 
superpõem-se aos da face. Os ramos cutâneos de nervos 
cervicais oriundos do plexo cervical estendem-se sobre 
a face posterior do pescoço e do couro cabeludo. O 
nervo auricular magno supre a face inferior da orelha 
externa e grande parte da região parotideomassetérica 
da face (a área sobre o ângulo da mandíbula). 
Nervooftálmico 
O nervo oftálmico (NC V1), a divisão superior do nervo 
trigêmeo, é a menor das três divisões do NC V. Origina-
se do gânglio trigeminal como um nervo completamente 
sensitivo e supre a área de pele derivada da 
proeminência frontonasal embrionária. Ao entrar na 
órbita através da fissura orbital superior, o NC V1 
trifurca-se em nervos frontal, nasociliar e lacrimal. Com 
exceção do nervo nasal externo, os ramos cutâneos do 
NC V1 chegam à pele da face através da abertura da 
órbita. 
O nervo frontal, o maior ramo produzido pela 
trifurcação do NC V1, segue ao longo do teto da órbita 
em direção à abertura da órbita, bifurcando-se 
aproximadamente no meio do caminho para formar os 
nervos cutâneos supraorbital e supratroclear, 
distribuídos para a fronte e o couro cabeludo. 
O nervo nasociliar, o ramo intermediário da trifurcação 
do NC V1, envia ramos para o bulbo do olho e divide-
se na órbita em nervos etmoidal posterior, etmoidal 
anterior e infratroclear. Os nervos etmoidais posterior e 
anterior deixam a órbita, e este último segue um trajeto 
tortuoso através das cavidades do crânio e nasal. Seu 
ramo terminal, o nervo nasal externo, é um nervo 
cutâneo que supre a parte externa do nariz. O nervo 
infratroclear é um ramo terminal do nervo nasociliar e 
seu principal ramo cutâneo. 
O nervo lacrimal, o menor ramo da trifurcação do NC 
V1, é basicamente um ramo cutâneo, mas também tem 
algumas fibras secretomotoras, enviadas através de um 
ramo comunicante, de um gânglio associado ao nervo 
maxilar para inervação da glândula lacrimal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervo maxilar 
O nervo maxilar (NC V2), a divisão intermediária do 
nervo trigêmeo, também se origina como um nervo 
completamente sensitivo. O NC V2 segue 
anteriormente a partir do gânglio trigeminal e deixa o 
crânio através do forame redondo na base da asa maior 
do esfenoide. O nervo maxilar entra na fossa 
pterigopalatina, onde emite ramos para o gânglio 
pterigopalatino e continua anteriormente, entrando na 
órbita através da fissura orbital inferior. Dá origem ao 
nervo zigomático e segue anteriormente até o sulco e o 
forame infraorbitais como o nervo infraorbital. 
O nervo zigomático segue até a parede lateral da órbita, 
dando origem a dois dos três ramos cutâneos do NC V2, 
os nervos zigomaticofacial e zigomaticotemporal. O 
nervo zigomático então continua um ramo comunicante 
que leva fibras secretomotoras para o nervo lacrimal. 
No trajeto até a face, o nervo infraorbital dá origem a 
ramos palatinos, ramos para a túnica mucosa do seio 
maxilar e ramos para os dentes superiores. Chega à pele 
da face através do forame infraorbital na face 
infraorbital da maxila. Os três ramos cutâneos do nervo 
maxilar suprem a área de pele derivada das 
proeminências maxilares embrionárias. 
Nervo mandibular 
O nervo mandibular (NC V3) é a divisão maior e 
inferior do nervo trigêmeo. É formado pela união de 
fibras sensitivas do gânglio sensitivo com a raiz motora 
do NC V no forame oval na asa maior do esfenoide, 
através do qual o NC V3 emerge do crânio. O NC V3 
tem três ramos sensitivos que suprem a área da pele 
derivada da proeminência mandibular embrionária. 
Também envia fibras motoras para os músculos da 
mastigação. O NC V3 é a única divisão do NC V que 
tem fibras motoras. Os principais ramos cutâneos do NC 
V3 são os nervos auriculotemporal, bucal e mentual. No 
trajeto até a pele, o nervo auriculotemporal segue 
profundamente à glândula parótida, levando até ela 
fibras secretomotoras oriundas de um gânglio associado 
a essa divisão do NC V. 
Nervos do couro cabeludo 
A inervação do couro cabeludo anterior às orelhas é 
feita por ramos de todas as três divisões do NC V, o 
nervo trigêmeo. Na região posterior às orelhas, a 
inervação provém dos nervos cutâneos espinais (C2 e 
C3). 
Nervos motores da face 
Os nervos motores da face são o nervo facial para os 
músculos da expressão facial e a raiz motora do nervo 
trigêmeo/nervo mandibular para os músculos da 
mastigação (masseter, temporal, e pterigóideos medial e 
lateral). Esses nervos também suprem alguns músculos 
mais profundos. 
Nervo facial 
O NC VII, o nervo facial, tem uma raiz motora e uma 
raiz sensitiva/parassimpática (sendo esta última o nervo 
intermédio). A raiz motora do NC VII supre os 
músculos da expressão facial, inclusive o músculo 
superficial do pescoço (platisma), músculos auriculares, 
músculos do couro cabeludo e alguns outros músculos 
derivados do mesoderma no segundo arco faríngeo 
embrionário. 
Seguindo um trajeto tortuoso através do osso temporal, 
o NC VII emerge do crânio através do forame 
estilomastóideo localizado entre os processos mastoide 
e estiloide. Imediatamente dá origem ao nervo auricular 
posterior, que segue posterossuperiormente à orelha 
para suprir o músculo auricular posterior e o ventre 
occipital do músculo occipitofrontal. 
O tronco principal do NC VII segue anteriormente e é 
englobado pela glândula parótida, na qual forma o plexo 
intraparotídeo. Este plexo dá origem aos cinco ramos 
terminais do nervo facial: temporal, zigomático, bucal, 
marginal da mandíbula e cervical. Os nomes dos ramos 
referem-se às regiões que inervam. 
O ramo temporal do NC VII emerge da margem 
superior da glândula parótida e cruza o arco zigomático 
para suprir os músculos auricular superior e auricular 
anterior; o ventre frontal do músculo occipitofrontal; e, 
mais importante, a parte superior do músculo orbicular 
do olho. 
O ramo zigomático do NC VII segue através de dois ou 
três ramos superiormente e, em especial, inferiormente 
ao olho para suprir a parte inferior do músculo orbicular 
do olho e outros músculos faciais inferiores à órbita. 
O ramo bucal do NC VII segue externamente ao 
músculo bucinador para suprir este músculo e os 
músculos do lábio superior (partes superiores do 
músculo orbicular da boca e fibras inferiores do 
músculo levantador do lábio superior). 
O ramo marginal da mandíbula do NC VII supre o 
músculo risório, os músculos do lábio inferior e do 
mento. Emerge da margem inferior da glândula parótida 
e cruza a margem inferior da mandíbula profundamente 
ao músculo platisma até chegar à face. Esse ramo segue 
inferiormente ao ângulo da mandíbula em cerca de 20% 
das pessoas. O ramo cervical do NC VII segue 
inferiormente a partir da margem inferior da glândula 
parótida e posteriormente à mandíbula para suprir o 
músculo platisma. 
 
 
Vascularização superficial da face e do couro 
cabeludo 
 Artérias superficiais da face 
A maioria das artérias superficiais da face é ramo ou 
derivada de ramos da artéria carótida externa. A artéria 
facial é a principal responsável pelo suprimento arterial 
da face. Origina-se da artéria carótida externa e espirala-
se até a margem inferior da mandíbula, imediatamente 
anterior ao músculo masseter. Nesse local a artéria está 
em posição superficial, imediatamente profunda ao 
músculo platisma. A artéria facial cruza a mandíbula, o 
músculo bucinador e a maxila enquanto segue sobre a 
face até o ângulo medial do olho, onde se encontram as 
pálpebras superior e inferior. 
A artéria facial situa-se profundamente aos músculos 
zigomático maior e levantador do lábio superior. Perto 
do término de seu trajeto sinuoso através da face, a 
artéria facial segue cerca de um dedo lateral ao ângulo 
da boca. A artéria facial envia ramos para os lábios 
superior e inferior (as artérias labiais superior e 
inferior), ascende ao longo da lateral do nariz e se 
anastomosa com o ramo nasal dorsal da artéria 
oftálmica. Distalmente à artéria nasal lateral na região 
lateral do nariz, a parte terminal da artéria facial é 
denominada artéria angular. 
A artéria temporal superficial é o menor ramo terminal 
da artéria carótida externa; o outro ramo é a artéria 
maxilar. A artéria temporal superficial emergena face 
entre a articulação temporomandibular (ATM) e a 
orelha, entra na fossa temporal e termina no couro 
cabeludo dividindo-se em ramos frontal e parietal. Esses 
ramos arteriais acompanham ou seguem muito 
próximos dos ramos correspondentes do nervo 
auriculotemporal. 
A artéria facial transversa origina-se da artéria temporal 
superficial na glândula parótida e cruza a face 
superficialmente ao músculo masseter, 
aproximadamente um dedo transverso abaixo do arco 
zigomático. Divide-se em muitos ramos que suprem a 
glândula parótida e seu ducto, o músculo masseter e a 
pele da face. Anastomosa-se com ramos da artéria 
facial. 
Além das artérias temporais superficiais, várias outras 
artérias acompanham nervos cutâneos na face. As 
artérias supraorbitais e supratrocleares, ramos da artéria 
oftálmica, acompanham nervos do mesmo nome através 
dos supercílios e da fronte. A artéria supraorbital 
continua e supre a parte anterior do couro cabeludo até 
o vértice. A artéria mentual, o único ramo superficial 
derivado da artéria maxilar, acompanha o nervo do 
mesmo nome no mento. 
Artérias do couro cabeludo 
A irrigação arterial provém das artérias carótidas 
externas por intermédio das artérias occipital, auricular 
posterior e temporal superficial e das artérias carótidas 
internas por intermédio das artérias supratroclear e 
supraorbital. As artérias do couro cabeludo levam pouco 
sangue para o neurocrânio, que é suprido basicamente 
pela artéria meníngea média. 
Veias externas da face 
As veias faciais, que seguem com as artérias faciais ou 
paralelas a elas, são veias avalvulares responsáveis pela 
drenagem superficial primária da face. As tributárias da 
veia facial incluem a veia facial profunda, que drena o 
plexo venoso pterigóideo da fossa infratemporal. 
Inferiormente à margem da mandíbula, a veia facial se 
une ao ramo anterior (comunicante) da veia 
retromandibular. A veia facial drena direta ou 
indiretamente para a veia jugular interna (VJI). No 
ângulo medial do olho, a veia facial comunica-se com a 
veia oftálmica superior, que drena para o seio 
cavernoso. 
A veia retromandibular é um vaso profundo da face 
formado pela união da veia temporal superficial com a 
veia maxilar, sendo que esta drena o plexo venoso 
pterigóideo. A veia retromandibular segue 
posteriormente ao ramo da mandíbula dentro do tecido 
da parótida, superficialmente à artéria carótida externa 
e profundamente ao nervo facial. 
Quando emerge do polo inferior da glândula parótida, a 
veia retromandibular divide-se em um ramo anterior, 
que se une à veia facial, e um ramo posterior, que se une 
à veia auricular posterior, inferiormente à glândula 
parótida, para formar a veia jugular externa. Essa veia 
segue inferior e superficialmente no pescoço e deságua 
na veia subclávia. 
Veias do couro cabeludo 
A drenagem venosa das partes superficiais do couro 
cabeludo é feita pelas veias acompanhantes das artérias 
do couro cabeludo, as veias supraorbitais e 
supratrocleares. As veias temporais superficiais e veias 
auriculares posteriores drenam as áreas do couro 
cabeludo anteriores e posteriores às orelhas, 
respectivamente. Muitas vezes a veia auricular posterior 
recebe uma veia emissária mastóidea do seio sigmóideo, 
um seio venoso da dura-máter. 
As veias occipitais drenam a região occipital do couro 
cabeludo. A drenagem venosa de partes profundas do 
couro cabeludo na região temporal se faz por meio das 
veias temporais profundas, que são tributárias do plexo 
venoso pterigóideo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Drenagem linfática da face e do couro cabeludo 
O couro cabeludo não tem linfonodos e, com exceção 
das regiões parotideomassetérica/oral, a face não tem 
linfonodos. A linfa do couro cabeludo, da face e do 
pescoço drena para o anel superficial de linfonodos – 
submentual, submandibular, parotídeo, mastóideo e 
occipital – localizado na junção da cabeça e pescoço. 
Os vasos linfáticos da face acompanham outros vasos 
faciais. Os vasos linfáticos superficiais acompanham as 
veias, e os linfáticos profundos acompanham as artérias. 
Todos os vasos linfáticos da cabeça e do pescoço 
drenam direta ou indiretamente para os linfonodos 
cervicais profundos, uma cadeia de linfonodos 
localizada ao longo da VJI no pescoço. A linfa desses 
linfonodos profundos segue até o tronco linfático 
jugular, que se une ao ducto torácico no lado esquerdo 
e à VJI ou veia braquiocefálica no lado direito. A seguir 
é apresentado um resumo da drenagem linfática da face: 
A linfa da parte lateral da face e do couro cabeludo, 
inclusive das pálpebras, drena para os linfonodos 
parotídeos superficiais 
A linfa dos linfonodos parotídeos profundos drena para 
os linfonodos cervicais profundos 
A linfa proveniente do lábio superior e das partes 
laterais do lábio inferior drena para os linfonodos 
submandibulares 
A linfa proveniente do mento e da parte central do lábio 
inferior drena para os linfonodos submentuais.

Continue navegando