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Processo Legislativo Introdução O Processo Legislativo é o conjunto de atos realizados pela Assembleia, visando a elaboração das leis de forma democrática, ordenados conforme as regras definidas em acordo pelas partes, expressas na Constituição e no Regimento Interno. Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I – Emendas à Constituição; II – Leis complementares; III – Leis ordinárias; IV – Leis delegadas; V – Medidas provisórias; VI – Decretos legislativos; VII – Resoluções. No Poder Legislativo, o processo legislativo é "um conjunto de atos preordenados visando à criação de normas de direito. Esses atos são: a) iniciativa legislativa; b) emendas; c) votação; d) sanção e veto; e) promulgação e publicação. “É, portanto, é o conjunto de atos e decisões necessários para a elaboração das leis em geral, definidas pela constituição de um país, especificados conforme o nível de competência normativa. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 Processo Legislativo Emenda à Constituição Legitimados: No mínimo, 1/3 da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; Presidente da República; Mais da metade das Assembleias Legislativas. Diferentemente da emenda à Constituição, o projeto de lei pode ser proposto pela iniciativa popular, Tribunais, Deputados, Senadores, Presidente da República. Aprovação da Emenda à Constituição: Quórum de duas casas, dois turnos mais 3/5. Cláusulas pétreas: o artigo 60, § 4º, da Constituição traz que não se pode ter emenda tendente a abolir: a forma federativa de Estado, os direitos e garantias individuais, o voto direto, secreto, universal, periódico e a separação dos poderes. Quem promulga: Mesas da Câmara dos Deputados; e Do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. A Constituição não poderá ser emendada na vigência de: Intervenção federal; De estado de defesa; ou De estado de sítio OBS.: CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR COM LEI ORDINÁRIA OU LEI COMPLEMENTAR. O QUÓRUM DE APROVAÇÃO DA LEI ORDINÁRIA É MAIORIA SIMPLES, DA LEI COMPLEMENTAR É MAIORIA ABSOLUTA. Processo Legislativo Emenda à Constituição Atualmente, no Brasil, não se admite a chama secessão (separação), ou seja, não é possível o Estado se separar, pois a forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea. O item pode tentar induzir o candidato ao erro ao abordar que o voto obrigatório é cláusula pétrea, porém o § 4º do art. 60 não dispõe em voto obrigatório. Portanto, o voto obrigatório não é cláusula pétrea. Mediante uma proposta de emenda à Constituição é possível tornar o voto facultativo no país. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: Forma Federativa de Estado Voto Direto, Secreto, Universal e Periódico Separação dos Poderes Direitos e Garantias Individuais OBS.: EMENDA À CONSTITUIÇÃO NÃO TEM SANÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Processo Legislativo Projeto de Lei Um projeto de lei ou uma proposta de lei é um conjunto de normas que deve submeter-se à tramitação num órgão legislativo com o objetivo de efetivar-se através de uma lei. Os projetos de lei são feitos por membros do próprio órgão legislativo. Já as propostas de lei são feitas pelo poder executivo. Processo Legislativo Ordinário Fase de Iniciativa – art. 61 CF Destina-se à elaboração das leis ordinárias e determina todas as formalidades que deverão ser estritamente observadas na elaboração das leis. A fase introdutória reúne basicamente uma faculdade atribuída a algum cargo ou a algum órgão, para apresentar projetos de lei ao Poder Legislativo. Iniciativa de lei não se confunde com emenda à Constituição. A emenda à Constituição não possui a previsão do procurador, dos Tribunais Superiores, dos cidadãos. LEI ORDINÁRIA: APROVADA POR MAIORIA SIMPLES. LEI COMPLEMENTAR: APROVADA POR MAIORIA ABSOLUTA. LEI ORDINÁRIA X LEI COMPLEMENTAR NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE LEI ORDINÁRIA E LEI COMPLEMENTAR. Processo Legislativo Projeto de Lei O Presidente da República propõe o projeto de lei, e em âmbito estadual é o Governador. Portanto, se existe vício na iniciativa, a sanção do Presidente não convalida – inconstitucionalidade formal subjetiva relacionada ao sujeito. Iniciativa Popular O projeto de lei não pode versar sobre mais de um tema. O projeto não pode ser rejeitado por vício de forma. É um dever da Câmara dos Deputados providenciar a correção. Requisitos da iniciativa popular são cumulativos. Iniciativa popular de lei em âmbito estadual: Art. 27, § 4º CF Iniciativa popular de lei em âmbito municipal: Art. 29, XIII CF MÍNIMO UM POR CENTO DO ELEITORADO NACIONAL; DISTRIBUÍDO PELO MENOS POR CINCO ESTADOS; COM NÃO MENOS DE TRÊS DÉCIMOS POR CENTO DOS ELEITORES DE CADA UM DELES. INICIATIVA POPULAR Processo Legislativo Projeto de Lei Há uma iniciativa de alguém para propor um projeto de lei (Presidente da República, Tribunais, iniciativa popular etc.); Após a iniciativa, o projeto é enviado para a Casa Iniciadora (geralmente é a Câmara dos Deputados); OBS: É POSSÍVEL QUE A CASA INICIADORA SEJA O SENADO. ISSO ACONTECE QUANDO UM SENADOR TEM A INICIATIVA Se a Casa Iniciadora rejeitar, o projeto de lei é arquivado; Se a Casa Iniciadora aprovar, ele é direcionado à Casa Revisora; A Casa Revisora pode arquivar o projeto de lei, caso não tenha gostado. A Casa Revisora será o Senado Federal, se a Casa Iniciadora for a Câmara dos Deputados. Por outro lado, se a Casa Iniciadora for o Senado Federal, a Casa Revisora será a Câmara dos Deputados; Se a Casa Revisora aprovar, do mesmo jeito que a Casa Iniciadora enviou, o projeto de lei será direcionado ao Presidente da República; O Presidente da República poderá sancionar ou vetar Processo Legislativo Projeto de Lei Quando existir uma emenda redacional, que não influencie de forma substancial o projeto de lei, a Casa Revisora envia diretamente para o Presidente da República. O Presidente da República precisa sancionar ou vetar, em um prazo de quinze dias úteis. OBS: NÃO EXISTE VETO TÁCITO, OU SEJA, SE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO SE PRONUNCIAR DENTRO DO PRAZO ESTABELECIDO, SIGNIFICA QUE ELE CONCORDOU (SANÇÃO TÁCITA). Após a sanção vem a promulgação. Quem faz a promulgação é o Presidente da República, em 48h. Caso o Presidente da República não faça a promulgação, o Senado Federal deve fazer, em 48h. E por fim, se o Senado Federal não fizer, a função de promulgar passa para o Vice-Presidente do Senado Federal, que deve fazer imediatamente. OBS: QUEM PROMULGA A EMENDA À CONSTITUIÇÃO É A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL. E por fim, após a promulgação, há a publicação. Processo Legislativo Projeto de Lei OBS: QUANDO O PRESIDENTE DA REPÚBLICA VETAR, ELE DEVERÁ COMUNICAR AO PRESIDENTE DO SENADO EM 48H. ISSO PORQUE EXISTIRÁ UMA SESSÃO CONJUNTA, NO CONGRESSO NACIONAL, NO PRAZO DE TRINTA DIAS, PARA APRECIAREM SOBRE O VETO, MEDIANTE A MAIORIA ABSOLUTA, EM UMA VOTAÇÃO ABERTA. SE DECIDIREM MANTER O VETO, O PROJETO DE LEI SERÁ ARQUIVADO. POR OUTRO LADO, SE DECIDIREM REJEITAR O VETO, É FEITO O PEDIDO DE PROMULGAÇÃO, OU SEJA, O LEGISLATIVO TEM A PALAVRA FINAL SOBRE O PROJETO DE LEI. Veto: Não existe veto tácito, ele sempre será expresso; É irretratável (não existe a possibilidade de voltar atrás); É insuscetível de apreciação judicial; O veto pode ser total ou parcial. O veto parcial deve abranger o texto integral do artigo, do parágrafo, do inciso ou da alínea. OBS: O VETO NÃO POSSUI FORÇA PARA ARQUIVAR UM PROJETO DE LEI. Processo Legislativo Projeto de Lei OBS: NÃO É POSSÍVEL O PRESIDENTE DA REPÚBLICA VETAR PALAVRAS OU EXPRESSÕES. POR OUTRO LADO, O JUDICIÁRIO PODE DECLARAR INCONSTITUCIONAL UMA PALAVRA OU EXPRESSÃO. Quando o Presidente acha que o veto pode ser contrário ao interesse público (veto político), é diferente de quando ele acha que é por motivos de inconstitucionalidade (veto jurídico). - art. 65 CF A principal diferença entre os procedimentos sumário e ordináriodiz respeito ao prazo. Além disso, outra importante diferença reside na iniciativa, que é necessariamente do Presidente da República e envolve casos de urgência. Em virtude disso, terá início na Câmara dos Deputados e o Senado Federal será a Casa revisora. Nesse sentido, cada Casa do Congresso Nacional terá o prazo de 45 dias para apreciar o projeto de lei. Se o Senado Federal emendar, a Câmara tem o prazo de 10 dias para apreciar Processo Legislativo Lei Delegada A lei delegada tem previsão no art. 68, da CF/1988, sendo solicitada ao Congresso Nacional pelo Presidente da República. O Congresso Nacional pode autorizar essa lei por meio de resolução ou pode não autorizar. No caso de autorização, tem-se a chamada delegação típica, em que o Presidente da República poderá editar, promulgar e publicar a lei delegada. No entanto, também é possível a chamada delegação atípica, em que o Presidente da República poderá editar o projeto de lei, que deve ser submetido ao Congresso Nacional para apreciação em votação única, em que é vedada a apresentação de emendas. No caso específico da delegação atípica, se o Congresso Nacional aprovar o projeto, o Presidente da República promulga e publica a lei delegada. Já se o Congresso Nacional rejeitar o projeto, este será arquivado. Processo Legislativo Medida Provisória A Comissão Mista poderá aprovar totalmente uma medida provisória, aprovar parcialmente uma medida provisória, alterar parcialmente a medida provisória ou rejeitar em sua totalidade a medida provisória. A votação da medida provisória será feita separadamente em cada uma das Casas e será submetida ao Plenário das Casas do Congresso Nacional, iniciando-se pela Câmara dos Deputados (artigos 62, § 8º e 64, caput, da Constituição Federal). Medida Provisória Eficácia: 60 + 60 dias (Art. 62 § 3º) Antes de chegar à Casa iniciadora, a MP passará pela apreciação e parecer de uma Comissão Mista - parecer opinativo. Art 62 § 9º Casa iniciadora: Câmara dos Deputados Apreciação da MP: 45 dias, contados da publicação. Caso não seja apreciada, tramitará em regime de urgência Processo Legislativo Súmula Vinculante 54 As MPs possuem prazo de eficácia de 60 dias. A medida provisória será prorrogada uma única vez por igual período se, mesmo tendo passado seu prazo de 60 dias, ela não tiver sido ainda votada nas duas Casas do Congresso Nacional. Dessa forma, o prazo máximo da MP é 120 dias (60 + 60). Se não for aprovada neste período, ela será considerada rejeitada por decurso do prazo, perdendo a sua eficácia desde a sua edição. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo(§ 10 do art. 62 da CF/88). A medida provisória não apreciada pelo Congresso Nacional podia, até a Emenda Constitucional n. 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a primeira edição. As MPs tinham prazo de eficácia de 30 dias. Não havia número máximo de reedições das medidas provisórias. Enquanto não fossem votadas pelo Congresso Nacional, elas podiam ficar sendo reeditadas quantas vezes o Presidente da República quisesse. A MP 2.096, por exemplo, foi reeditada mais de 80 vezes (durou mais de 6 anos até ser votada). Antes da EC 32/2001 Atualmente (depois da EC 32/2001)
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