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TRATAMENTO DE CONDUTAS

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PS039 – Tratamento das condutas criminais
Trabalho conv. ordinária
Desenvolva um trabalho sobre os resultados dos programas de tratamento de delinquentes psicopatas em países anglo-saxões.
Formato da entrega:
O trabalho deve cumprir os seguintes requisitos formais:
Extensão: 6 páginas (sem contar as instruções, os enunciados, a bibliografia ou os anexos - se houver).
Tipo de fonte: Arial.
Tamanho: 11 pontos.
Espaçamento entre linhas: 1,5.
Alinhamento: Justificado.
O trabalho deve ser apresentado em documento Word e deve seguir as normas a de apresentação e edição em relação às citações e referências bibliográficas.
Desta forma, deve seguir o procedimento oficial de entrega. O trabalho que não cumprir as condições de identificação não será corrigido.
Aluna: Marisol Sandim Gadioli Araujo
Matéria: Tratamento das condutas criminais
RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE TRATAMENTO DE DELINQUENTES PSICOPATAS EM PAÍSES ANGLO-SAXÕES
A psicopatia é um dos temas mais discutidos ainda mais nos cursos de psicologia, fomentando grandes debates na área da psicologia criminal, uma vez que as pessoas que possuem esse tipo de transtorno de personalidade são detentores de um comportamento que apresenta uma falta de consciência moral, ética e humana, com atitudes descompromissadas com os outros e com as regras sociais, mantendo um traço marcante de deficiência significativa de empatia, sendo de interesse da sociedade a obtenção de formas de lidar com indivíduos com tais traços de personalidade, ainda mais quando estes acabam cometendo violações da legislação penal. 												
O grande desafio que existiu para enfrentar o problema da psicopatia fora a dificuldade para definir de maneira criteriosa e científica o diagnóstico do citado desvio de personalidade, o que acabava sendo um grande óbice para um diagnóstico preciso, e ainda tornava a chance de um tratamento eficaz para esse transtorno uma realidade distante.												
Diante dos avanços para se obter o diagnóstico, há diversos estudos demonstraram que os indivíduos que possuíam o desvio de personalidade eram extremamente violentos e possuíam altos índices de reincidência criminal, sendo de grande relevância obter formas terapêuticas de abordar tais indivíduos que viessem a cometer delitos, com vistas a promover a mudança de seu comportamento e reabilita-los para o convívio social, tendo em vista o auto custo de manter tais indivíduos presos perpetuamente, e mais ainda o risco social de reinserir os mesmos em sociedade sem qualquer tipo de intervenção que de alguma forma melhorasse o citado transtorno e o próprio comportamento de tais indivíduos.								
Nesse contexto, o tratamento de delinquentes com diagnóstico de psicopatia sempre se mostrou um grande desafio para os cientistas e profissionais que trabalham na área de ressocialização, tendo em vista que as características desse transtorno psíquico acaba sendo um fator determinante para que tais indivíduos acabem se comportando de maneira antissocial, e por vezes violenta, chegando diversos cientistas e profissionais que estudam esse transtorno a pregar, de maneira inflexível, que tais indivíduos seriam irrecuperáveis.
Desde sempre os tratamentos terapêuticos realizados em psicopatas mostraram respostas clínicas bastante tímidas, sendo atribuído tais resultados ao fato de os psicopatas possuírem uma deficiência na capacidade de formar vínculos, o que acaba sendo um grande obstáculo no processo terapêutico, sendo muito comum aos indivíduos que detinham esses traços abandonarem os programas de tratamento bem antes que os indivíduos que não possuíam as características de psicopatia.		
Outra razão que tem motivado a ineficiência desses programas psicoterápicos de reabilitação de criminosos psicopatas se dá porque os indivíduos diagnosticados com psicopatia acreditam que não existe nada de errado com eles, onde estes tem convicção que estão bem, e isso acaba sendo um grande obstáculo no processo psicoterápico, pois é essencial que o paciente desse tipo de programa perceba o seu problema para, uma vez trabalhando junto ao terapeuta, possa superar suas limitações e melhorar seu comportamento.							
Esses fatos acabaram gerando um pessimismo frente a um possível tratamento de tais indivíduos, o que motivou, durante muito tempo, que o sistema de justiça de vários países, entre eles o dos Estados Unidos, passassem a tratar indivíduos com traços de psicopatia simplesmente isolamento os mesmos do convívio social, sendo tais indivíduos condenados a penas perpetuas ou, quando não era assim, tinham rejeitados qualquer direito a algum benefício que os livrasse da prisão, tais como liberdade condicional ou progressão de regime carcerário, pois o fato do indivíduo possuir o diagnóstico de psicopatia era mais que suficiente para que o mesmo tivesse negado qualquer chance de direito a uma reinserção social.				
Outro programa muito comum nos presídios americanos são os de terapia comunitária, estes programas são terapias em grupo em que os próprios presos ou pacientes tem a responsabilidade na condução de suas vidas, sendo os mesmos ajudados pelos profissionais de custódia carcerários, onde estes recebem treinamento especial para auxiliar os presos, percebendo as necessidades e potencialidades dos encarcerados, e os tratando de maneira humanitária e respeitosa.			
Esse tipo de programa (Terapia comunitária) tem mostrado bons resultados na reabilitação dos presos violentos em geral, mas não se mostrou eficiente no tratamento de criminosos psicopatas, onde estes comumente abandonam tais programas de terapia, sendo que estudos realizados demonstraram que os psicopatas que se submeteram a tal terapia acabam tendo índices maiores de reincidência após saírem da prisão.										
Os cursos oferecidos em prisões americanas, também destinados a melhora do comportamento de presos (incluindo aqueles com o transtorno ora analisado), tem sido uma forma de promover a reabilitação de criminosos naquele país, contudo, no que essa prática não tem se mostrado apta a melhorar o comportamento dos psicopatas, pelo contrário, os mesmos acabam fazendo cursos de psicologia, sociologia ou criminologia, apenas para aprender tais ciências de maneira superficial com o único intuito de enganar agentes penitenciários e de condicional, fazendo todos crerem que os mesmos foram reabilitados e assim obter indevidamente vantagens legais que os mesmos não teriam condições reais de obter (como liberdade condicional, por exemplo).									
Um programa que tem tido resultados um pouco mais animadores (embora moderado) nos Estados Unidos foram programas de terapia realizado em crianças e adolescentes que já apresentam traços de psicopatia, onde tais programas visam realizar uma profunda modificação nos padrões de comportamento desses indivíduos, bem como modificar a realidade familiar e o contexto social deles. Assim esse tratamento visa diminuir a agressividade e impulsividade dos jovens com traços de psicopatia e ensinar aos mesmos estratégias de satisfação de suas necessidades por meio de atitudes socialmente adequadas.							
Outro motivo para que tais tratamentos, a nosso ver, não funcionem se deve ao fato que esse tipo de programa esquece que fatores ambientais acabam influenciando também o surgimento da psicopatia, e ao abordar um tratamento que leva em consideração apenas as causas biológicas como determinantes de tal transtorno, acaba limitando a abrangência que um tratamento efetivo deveria buscar para se desenvolver um método eficiente para tratar o problema ora em comento.		
Não obstante os métodos de tratamentos informados acima, muitos desses programas mostraram resultados tímidos ou ainda se encontram em fase de análise, o que faz com que a comunidade científica que estuda meios de tratamento de indivíduos com esse transtorno de personalidade ainda veja a questão do tratamento de indivíduos psicopatas com certo ceticismo.				
Primeiramente vamos falar do modelo de tratamento RNR que é baseado nos princípios do risco, necessidade ou responsividade oudisposição ao tratamento. Esse modelo foi elaborado após diversos estudos de metánalise que acabaram por demonstrar que é possível sim se proceder a uma diminuição do risco de que o indivíduo submetido a um tratamento comportamental venha a praticar novos delitos.		
Podem informar programas de intervenção com vistas a evitar a reincidência delitiva, sendo o RNR um modelo adequado para avaliar e tratar delinquentes em geral, e apto a promover a reabilitação baixando os índices de reincidência de quem se submetesse ao dito modelo.
O princípio do risco indica que será o grau de risco do indivíduo que indicará o nível de tratamento que o mesmo deve receber, sendo destinado a delinquentes de risco mais elevado níveis mais intensivos de tratamento, enquanto os indivíduos de menos risco deveriam ser alvo de tratamentos mais discretos de intervenção, ou seja, a intensidade do tratamento é baseada em uma avaliação confiável dos riscos. 	
O princípio da necessidade visa identificar as necessidades do tratamento, tentando distinguir as necessidades individuais do delinquente, identificando e dividindo as necessidades desse indivíduo entre necessidades criminogênicas, que podem ser estáticas ou dinâmicas, e necessidades não criminogênicas. Assim as necessidades criminogênicas dinâmicas seriam alvo do tratamento, pois estas são passíveis de melhora/ modificação, e acabariam melhorando o comportamento do delinquente, enquanto as necessidades não criminogênicas devem ganhar uma importância secundária no tratamento, posto que elas não influenciam o comportamento delitivo futuro.									
Por fim, o princípio da responsividade colaciona que existem características cognitivo-comportamentais e da própria personalidade que influenciam os indivíduos a responderem bem a determinado tipo de tratamento, dessa forma as ações terapêuticas devem levar em consideração os estilos de aprendizagem e as motivações dos indivíduos para se submeter a determinado tipo de tratamento, e embora geralmente os tratamentos cognitivo comportamentais e de aprendizagem social tenham se mostrado superiores a outras técnicas na tentativa de se evitar a reincidência delitiva, as técnicas empregadas no tratamento devem levar em consideração os citados fatores para que os pacientes do programa respondam positivamente à terapia.									
Dessa forma, baseados em tais princípios os terapeutas podem fazer uso de técnicas cognitivas-comportamentais com vistas a combater o risco delitivo, mas levando sempre em consideração que indivíduos que possuem características que dificultam o sucesso do programa vão demandar um esforço extra para consecução dos objetivos do tratamento (o que se aplica aos psicopatas), posto que muitas vezes essas características que dificultam o tratamento uma vez contornadas e superadas podem ser de fundamental importância para a ressocialização do indivíduo.			
Assim, o uso dos citados princípios face a indivíduos diagnosticados com psicopatia ou de alto risco tem se mostrado satisfatórios, e devemos, neste momento, mostrar como tais princípios se aplicam especificamente aos indivíduos com psicopatia.
Não obstante todos os modelos aqui apresentados possuírem uma base teórica forte, e alguns tenham até se mostrado promissores em sua implementação, ainda é cedo para avaliar que um desses programas tenha se tornado razoavelmente apto a melhorar o comportamento de indivíduos que sofrem do transtorno de comportamento ora analisado.											
Diante todo o exposto, devemos deixar claro que embora as perspectivas de modelos tratadas neste trabalho referente ao tratamento de psicopatas sejam consideradas promissoras, ainda existem grandes desafios a serem superados acerca do tratamento de indivíduos que foram diagnosticados com psicopatia.				
O uso dos modelos expostos no presente trabalho, devidamente adaptados aos indivíduos com psicopatia poderão ajudar na reabilitação de indivíduos com esse transtorno e que cometeram crimes, evitando a reincidência criminal, contudo, será necessário uma avaliação cientifica dos resultados da aplicação de tais modelos, com vistas a confirmar a eficiência dos programas e torná-los modelos a serem seguidos no tratamento penitenciários de presos psicopatas.					
No Brasil, infelizmente, existem pouquíssimos tratamentos destinados a reabilitação de presos no geral, e no que concerne a tratamento de psicopatas presos não existe qualquer tratamento destinado à melhora comportamental de tais indivíduos, sendo a legislação brasileira bastante dúbia quanto ao tratamento jurídico que deve ser dispensado aos indivíduos psicopatas que cometem delitos, prevendo a possibilidade de prisão destes em estabelecimento prisional comum, sem direito a qualquer tipo de terapia que vise sua melhora comportamental, ou um tratamento em manicômio judiciário, comumente baseado em uso de medicamentos, sem ser dispensado a esse tipo de delinquente qualquer tratamento terapêutico, o que acaba gerando um grande ônus para a sociedade brasileira, posto que após alguns anos o citado individuo acaba retornando ao convívio social sem qualquer tipo de tratamento que venha a melhorar seu comportamento, e, muitas vezes, acaba tendo seu comportamento agravado pela regime severo e inadequado do cárcere ou pela abordagem de tratamento ineficiente dispensada ao mesmo.
BIBLIOGRÁFIA:
1- Geddes, L. (2018). É possível mudas a mente de um psicopata?. 2018 Jul. 18 [acesso em 2020 Mai 21]. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-44731567.
2- Hare, R. D. (2013). Sem consciência: o mundo perturbador dos psicopatas que vivem entre nós. Porto Alegre: Artmed.
3- Jorge, J. P., e Nunes, C. L. Psicopatia e tratamento: uma discussão. [acesso em 2020 Mai 21]. Disponível em: http://www.eventos.uem.br/index.php/cipsi/2012/paper/view/588/389.
4- Mirando, A. B. S. (2012). Psicopatia: conceito, avaliação e perspectivas de tratamento. 2012 Jul [acesso em 2020 Mai 20]. Disponível em: https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-juridica/psicopatia-conceito-avaliacaoeperspectivas-de-tratamento.
5- Morana, H. (2019). Psicopatia por um especialista. 2019 Abr 13 [acesso em 2020 Mai 20]. Disponível em: https://www.polbr.med.br/2019/04/13/psicopatia-por-um-especialista/.
6- Raine, A. (2015). A anatomia da violência: as raízes biológicas da criminalidade. Porto Alegre: Artmed.
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