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A colonização da América espanhola Desde a chegada à América os europeus passaram a impor seu domínio sobre as terras indígenas. 1519 → primeiro contato entre os espanhóis, liderados por Hernán Cortez, e os astecas. É possível que os astecas tenham associado os espanhóis a deuses que, segundo suas profecias, retornariam para reinar no império. Cortez se juntou às populações locais conquistadas pelos astecas e tomou Tenochtitlán, destruída em menos de três anos. 1532 → Francisco Pizarro aproveitou-se de uma disputa dinástica e submeteu o Império Inca, aprisionando e executando o imperador Atahualpa. A conquista espanhola da América A institucionalização da conquista A Coroa espanhola incentivou a colonização das terras americanas com recursos privados. Adelantados Direito de fundar núcleos de ocupação e construir fortalezas Obrigação de cristianizar os ameríndios Obrigação de entregar ao Estado um quinto da produção Na metrópole, a Coroa controlava com rigor a exploração econômica das terras americanas → para isso criou a Casa de Contratação, com as seguintes atribuições: • Gestão dos negócios coloniais, nomeação de funcionários. • Controle do monopólio do comércio colonial. • Cobrança do quinto, imposto real sobre os negócios coloniais. • Funcionava como Tribunal de Justiça. Além disso, para garantir o exclusivo metropolitano, a Coroa estabeleceu: • Regime de porto único: Espanha (Sevilha e Cádiz); América (Havana, Vera Cruz, Porto Belo e Cartagena). • Regime de frotas e galeões para o transporte dos bens coloniais. O comboio era escoltado por embarcações de guerra, para impedir a pirataria. A institucionalização da conquista A administração colonial Coroa espanhola Espanha Casa de Contratação América Vice-reinos Conselho das Índias Capitanias gerais Audiências Cabildos Os cargos importantes da colônia eram exercidos pelos chapetones (homens nascidos na Espanha). Os criollos (filhos de espanhóis nascidos na América) só podiam exercer cargo público nos cabildos. Divisão político-administrativa da América espanhola (século XVIII) Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 241. C A R T O G R A F IA : A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L /F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A 820 km A economia colonial A produção atendia primeiramente às necessidades locais e depois ao mercado europeu. A economia colonial na América espanhola Algodão Vice-reino do Peru e América Central Cacau Venezuela Tabaco Colômbia, Venezuela e Cuba Anil América Central, Venezuela e Chile Cana-de- -açúcar México, Antilhas e Cuba Metais preciosos Vice-reino do Peru e da Nova Espanha Criação de gado Vice-reino do Peru e da Nova Espanha As regiões da América espanhola desenvolveram atividades econômicas associadas às condições geográficas e climáticas. A economia colonial A extração dos metais preciosos era a principal atividade econômica da colônia → controlada por grandes grupos financeiros metropolitanos. • Inicialmente, extraiu-se o ouro de aluvião na região das Antilhas e América Central. • Para tal, os espanhóis recorreram ao trabalho de indígenas escravizados. • Em meados do século XVI mudou o cenário da extração mineral com a descoberta das minas de prata de Potosí, no Vice-reino do Peru → a extração desse metal se tornou a atividade predominante na América colonial hispânica. • Nas grandes minas dos Vice-reinos do Peru e da Nova Espanha, predominou o trabalho indígena, recrutado de acordo com o sistema de repartimiento – adaptação da mita inca e do cuatequil asteca. A agricultura, a mineração e a pecuária na América espanhola Fonte: FRANCO JÚNIOR, Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de. Atlas: história geral. São Paulo: Scipione, 1997. p. 39. C A R T O G R A F IA : A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L /F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A 850 km Repartimiento (semelhante à mita e ao cuatequil) Sistema de trabalho, muito utilizado nas minas de ouro e prata, que consistia na exploração da mão de obra indígena, em regime compulsório e por tempo determinado. Os indígenas eram selecionados pelo líder da comunidade (kuraka) para prestar serviços. Eram enviados ao local para trabalhar em atividades insalubres. Além do salário recebiam parte da produção do minério extraído → o partido. As formas de exploração do trabalho Encomienda Tipo especial de repartimiento, em que um colono (o encomendero) assumia o controle de uma comunidade indígena. O encomendero devia iniciar os índios na educação cristã e estes deviam recompensá-lo com seu trabalho e com o pagamento de tributos. Assim como o repartimiento, a encomienda foi uma das responsáveis pela dizimação das populações nativas. As formas de exploração do trabalho As haciendas eram grandes propriedades que funcionavam no sistema de plantation de produtos tropicais e de criação de gado para mercados locais e europeus. As formas de trabalho nas haciendas: • Inicialmente indígenas e africanos escravizados. • A partir de 1550: repartimiento e africanos escravizados. • Posteriormente adotou-se também o trabalho assalariado, o arrendamento e o trabalho sazonal. Haciendas: agricultura e criação de gado • O escravo africano foi pouco utilizado na América espanhola → era adquirido apenas para suprir situações de carência de mão de obra indígena. • A maior exceção foi Cuba, onde a produção açucareira, entre os séculos XVIII e XIX, levou à adoção da escravidão africana em grande escala. • Na Colômbia e na Venezuela, em menor escala que em Cuba, os escravos africanos foram muito utilizados nas haciendas de gado, açúcar e cacau. Haciendas: agricultura e criação de gado A presença de diversos grupos étnicos na América espanhola propiciou a formação de uma sociedade mestiça. A união inter-racial ocorreu em todos os níveis sociais. Os mestiços, no entanto, enfrentaram dificuldades de integração social, problema que persiste até os dias atuais. A exclusão social da população de origem africana foi ainda mais acentuada. A formação de uma sociedade mestiça A formação da sociedade mestiça JO R G E A D O R N O /R E U T E R S /L A T IN S T O C K Indígenas paraguaios do povo Maka dançam durante a celebração do Dia Internacional do Indígena Americano em Puente Remanso (Paraguai, 2010). ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves Preparação de texto: Mitsue Morrisawa Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 http://www.moderna.com.br/ A colonização da América inglesa e francesa 1620 → algumas famílias deixama Inglaterra no navio Mayflower em busca de liberdade religiosa e prosperidade na América. Os primeiros imigrantes puritanos iniciaram a colonização da chamada Nova Inglaterra com o objetivo de constituir uma sociedade baseada nos princípios calvinistas. Os peregrinos de Mayflower A formação das Treze Colônias Pequena burguesia puritana Alguns grupos da nobreza Camadas populares As Treze Colônias Núcleos independentes e autônomos Fluxos migratórios A formação das Treze Colônias Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 54. AS TREZE COLÔNIAS (1735) C A R T O G R A F IA : A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L /F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A 160 km As características das Treze Colônias Treze Colônias Norte • Clima temperado • Pequenas propriedades • Policultura • Manufaturas • Trabalho livre e familiar • Puritanismo Sul • Clima subtropical • Grandes propriedades • Monocultura • Plantation • Trabalho escravo negro • Anglicanismo e catolicismo Centro • Clima temperado • Pequenas propriedades • Agricultura familiar • Manufaturas e comércio • Trabalho livre e familiar • Tolerância religiosa O comércio triangular Antilhas e colônias do sul: produção de açúcar, melaço e gêneros subtropicais África: troca de rum por escravos, que eram levados para as Antilhas Nova Inglaterra: compra de açúcar e do melaço para fabricação do rum Colonos da Nova Inglaterra comandam o comércio O comércio triangular Fonte: NARO, Nancy Priscilla S. A formação dos Estados Unidos. São Paulo: Atual; Campinas: Unicamp, 1987. p. 15. C A R T O G R A F IA : A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L /F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A 480 km As Treze Colônias possuíam certa autonomia em relação à Coroa inglesa → autogoverno. Os principais cargos administrativos eram: • Governador → eleito (norte e centro) ou nomeado pelo rei (sul). • Conselho ou Câmara Alta → indivíduos nomeados pela elite colonial (em Massachusetts, Connecticut e Rhode Island eles eram eleitos). • Câmaras dos Representantes → eleitos pelos homens livres e proprietários. Os colonos, fazendo parte da administração, acabaram desenvolvendo a noção de participação política e de cidadania. A administração nas Treze Colônias Entre os séculos XVI e XVII a França tentou ocupar territórios coloniais portugueses e espanhóis na América do Sul → fracassou. Na América do Sul e no Caribe, a França fundou colônias nas Antilhas e nas Guianas → produção de gêneros agrícolas tropicais no sistema de plantation. No século XVII, a França ocupou áreas na América do Norte: • Colonização foi promovida por particulares (companhias de comércio), sem participação efetiva do Estado. • Dedicaram-se à caça, à pesca e à extração de madeira. • Rivalidades com a Inglaterra reduziram seus domínios no século XVIII. Os projetos coloniais franceses Franceses no Brasil Na América portuguesa, a França fundou dois núcleos coloniais: • no litoral fluminense (França Antártica). • no litoral do Maranhão (França Equinocial). A França Antártica foi criada em 1555 por colonos calvinistas. Estabeleceram boas relações com os índios e passaram a explorar o pau-brasil. Alguns conflitos religiosos enfraqueceram a colônia francesa, tomada pelos portugueses em 1567. No litoral maranhense, os franceses se estabeleceram em 1612 → pretendiam ocupar a região para produzir cana-de-açúcar. Fundaram o povoado de São Luís, mas tiveram de abandoná-lo após serem derrotados pelos portugueses, em 1615. Os territórios coloniais franceses na América COLÔNIAS FRANCESAS NAS AMÉRICAS (SÉCULO XVII) Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1978. p. 60-61. C A R T O G R A F IA : A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L /F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A 1.340 km ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves Preparação de texto: Mitsue Morrisawa Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 http://www.moderna.com.br/ Organização político-administrativa na América portuguesa O interesse português pelo território americano era pequeno nos primeiros anos após a expedição de Cabral → os lucros do comércio com as Índias eram mais atraentes. A exploração do território foi relegada a particulares → a Coroa exigia parte das receitas das atividades econômicas. O Tratado de Tordesilhas foi questionado pelos países europeus não envolvidos nele → ocorreram invasões das terras portuguesas no Novo Mundo → Portugal foi obrigado a organizar expedições para expulsar os franceses. A primeira atividade explorada pela Coroa na colônia foi a extração do pau-brasil → grupos particulares receberam concessão da Coroa, mas tinham de instalar feitorias e explorar a costa brasileira. Brasil: 1500-1530 A criação das capitanias hereditárias 1530 1532 1534 Expedição colonizadora de Martim Afonso de Sousa Fundação de São Vicente: primeiro núcleo colonial Instalação do primeiro engenho Criação das capitanias hereditárias Objetivos: efetivar a colonização e a exploração econômica do território Proteger a costa Fundar vilas e fortes Iniciar o cultivo de cana- -de-açucar Objetivos A criação das capitanias hereditárias Capitanias hereditárias Deveres do capitão donatário: Entregar à Coroa 10% dos lucros da exploração colonial Recolher para a Coroa o quinto sobre os metais preciosos O que estabelecia: divisão do território em 15 lotes (capitanias) Direitos do donatário: Escravizar indígenas Fundar vilas e conceder sesmarias Exercer a justiça na capitania O fracasso das capitanias hereditárias Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 16. C A R T O G R A F IA : A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L /F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A CAPITANIAS HEREDITÁRIAS 260 km Apesar dos vários direitos concedidos pela Coroa aos donatários, a maior parte das capitanias fracassou. Entre as razões para isso, destacam-se: • Falta de recursos financeiros. • Inexperiência e falta de interesse por parte de alguns donatários. • Frágil sistema de comunicações e transporte. • Conflitos entre indígenas e portugueses. As exceções foram as capitanias de Pernambuco e São Vicente, que tiveram êxito na exploração da cana-de-açúcar. O fracasso das capitanias hereditárias Com o fracasso das capitanias, a Coroa viu a necessidade de centralizar o poder na colônia → em 1548 criou-se o governo-geral. O primeiro governador foi Tomé de Sousa → em 1549 fundou Salvador,a primeira capital do Brasil. A instalação do governo-geral Planta da cidade de São Salvador da Baía de Todos-os-Santos, de João Teixeira Albernaz, 1605. R E P R O D U Ç Ã O – I N S T IT U T O H IS T Ó R IC O E G E O G R Á F IC O B R A S IL E IR O , R IO D E J A N E IR O A instalação do governo-geral Ações do governo-geral: • Incentivo à instalação de engenhos. • Reforço do controle social dos indígenas. • Combate ao comércio ilegal. • Aumento das rendas da Coroa. • Criação de cargos: ouvidor-mor (responsável pela justiça); provedor-mor (responsável pelos impostos); capitão-mor (responsável pela defesa militar). Apesar do impulso à colonização, a precária comunicação entre as capitanias e a grande extensão do território dificultaram a administração da colônia. A instalação do governo-geral Entre os séculos XVI e XVII, os colonos portugueses fundaram no Brasil seis cidades e 31 vilas → a maioria das vilas foi criada no litoral. Somente a partir do século XVIII algumas vilas deram origem às primeiras cidades no interior da colônia. As cidades litorâneas concentravam as atividades econômicas e os recursos humanos. Nelas se encontravam as principais instituições: • políticas → governador e seus auxiliares. • jurídicas → tribunais e advogados. • econômicas → mercadores e armazéns. A formação de cidades resultava de iniciativas individuais e não de um plano executado pela Coroa. As vilas e cidades do Brasil colonial Nas vilas e cidades coloniais surgiram instituições políticas e administrativas → destaque para as Câmaras Municipais. As Câmaras deveriam representar os interesses da população local, mas acabavam subordinadas ao governador-geral. A relação entre o poder local e o poder central criou um sistema de troca de cargos públicos por apoio político entre a elite colonial e as autoridades portuguesas → clientelismo. Entre as funções das Câmaras se destacavam: execução de obras públicas, limpeza urbana, urbanização e regulamentação de feiras e mercados. As Câmaras Municipais eram dominadas pelos “homens-bons”, grandes proprietários de terras e de escravos, os únicos com direito à participação política. O funcionamento das Câmaras Municipais ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves Preparação de texto: Mitsue Morrisawa Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 http://www.moderna.com.br/ A economia na América portuguesa e o Brasil holandês A economia colonial A economia colonial Latifúndio Mão de obra escrava Cultura de produtos tropicais Exploração de metais e pedras preciosos Articulação econômica das colônias da América e da África Superação da crise do comércio das especiarias asiáticas Economia de exportação Produção para o mercado interno + Cultura de subsistência A economia da América portuguesa R E P R O D U Ç Ã O - C O L E Ç Ã O P A R T IC U L A R Engenho de açúcar, autoria desconhecida. Gravura publicada no livro Viagens ao Brasil, de Henry Koster, 1816. A produção de açúcar foi a base econômica do Nordeste colonial. A produção de cana-de-açúcar foi fundamental para o sucesso da colonização do Brasil. A produção açucareira se realizava no sistema de plantation → latifúndio monocultor e escravista. O engenho era a unidade de produção açucareira. Faziam parte dele: • O canavial. • Os equipamentos para produção de açúcar. • Casa-grande, senzala e capela. • Reserva florestal. • Culturas de subsistência. Foi em torno do engenho que se estruturou o sistema de exploração mercantil português e se constituiu a base da organização social da colônia. A produção açucareira e o engenho O trabalho escravo Razões para a substituição da escravidão indígena pela africana na grande lavoura Baixa resistência dos indígenas às doenças de origem europeia Lucratividade do tráfico negreiro: lucros para a Coroa e para os traficantes de escravos Pressão dos jesuítas contra a escravização dos indígenas Facilidade para fugas e organização de resistência Outras atividades econômicas eram realizadas na América portuguesa → destaque para a produção de algodão e do tabaco, que eram mercadorias exportáveis. A pecuária surgiu para atender ao mercado interno, tornando-se importante na ocupação do interior da colônia. Para o controle da região Norte, a exploração das culturas extrativistas, as chamadas drogas do sertão, foi fundamental. Outras atividades econômicas na colônia Outras atividades econômicas na colônia Outras atividades econômicas na colônia (séculos XVII e XVIII) Tabaco Mercado europeu Compra de escravos na África Algodão Confecção de roupas para escravos 2a metade do século XVIII: fábricas têxteis Pecuária Mercado interno Drogas do sertão Mercado externo Cultura de subsistência Mercado interno Outras atividades econômicas na colônia PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS DO BRASIL NO SÉCULO XVII Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. p.28. C A R T O G R A F IA : A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L /F E R N A N D O J O S É F E R R E IR A 370 km Fundadas pelas ordens religiosas dos franciscanos, carmelitas e principalmente jesuítas, as missões tinham como objetivo promover a catequese indígena. As missões fundadas pelos portugueses na Amazônia permitiram a obtenção da mão de obra indígena para as culturas extrativistas do local. Jesuítas espanhóis fundaram missões (ou reduções) no sul, em terras que hoje fazem parte do Rio Grande do Sul, Paraná, Argentina, Uruguai e Paraguai. As missões religiosas da Amazônia geraram lucros para as ordens e contribuíram para ampliar a colonização portuguesa na região. Em várias ocasiões, os religiosos entraram em conflito com colonos pelo controle da mão de obra indígena. As missões religiosas Em 1579, a República das Províncias Unidas se libertou do domínio espanhol e iniciou uma longa guerra contra a Espanha pelo reconhecimento de sua independência. Os holandeses criaram as Companhias de Comércio das Índias Orientais (1602) e das Índias Ocidentais (1621) → buscavam o controle de entrepostos comerciais na África, na América e na Ásia. A morte do rei D. Henrique levou a uma crise dinástica em Portugal e à união dos tronos espanhol e português em 1580 (União Ibérica). A união dos dois reinos (1580-1640) levou ao rompimento dos laços comerciais entre Portugal e Holanda (em guerra com a Espanha) → os holandeses conquistam regiões de produção açucareira no Brasil. A independência dos Países Baixos e a União Ibérica Os holandeses conquistaram Salvador em 1624, mas foram expulsos por uma esquadraluso-espanhola em 1625. Um novo ataque holandês ocorreu em 1630 → conquista de Olinda e Recife, consolidada depois com outras vitórias. Principais medidas tomadas pelo conde Maurício de Nassau, o administrador do Brasil holandês: • Reorganização da produção açucareira. • Estímulo à produção de gêneros de subsistência e à construção de engenhos. • Medidas de relativa liberdade comercial. • Urbanização de Recife. • Liberdade para a prática de diferentes religiões. • Incentivo à produção artística e cultural na colônia. A invasão holandesa no Nordeste brasileiro Os pintores holandeses no Brasil Mulher africana, pintura de Albert Eckhout, 1641. A pintura naturalista de Eckhout expressava a visão europeia sobre o que eram povos “selvagens” e povos “civilizados”. R E P R O D U Ç Ã O - N A T IO N A L M U S E E T , C O P E N H A G U E /D IN A M A R C A Os pintores holandeses no Brasil Paisagem brasileira com tatu, pintura de Frans Post, 1649. As pinturas de Frans Post destacavam as características da natureza dos trópicos que tanto fascinavam os europeus. R E P R O D U Ç Ã O - A L T E P IN A K O T H E K , M U N IQ U E , A L E M A N H A Com o fim da União Ibérica em 1640, Portugal assinou uma trégua com a Holanda. Em 1644, Nassau foi afastado do governo e retornou à Europa → enfraquecimento do domínio holandês e início da Insurreição Pernambucana. A queda dos preços do açúcar no mercado internacional e a cobrança de dívidas atrasadas levaram os senhores de engenho de Pernambuco a organizar a luta pela expulsão dos holandeses. O fim da União Ibérica e a retomada do Nordeste 1654 – expulsão dos holandeses no Nordeste brasileiro. Os holandeses, estimulados pela experiência adquirida com a produção de açúcar no Brasil, decidem impulsionar a agroindústria açucareira nas Antilhas. Concorrência do açúcar antilhano → queda dos preços do açúcar brasileiro → grave crise econômica em Portugal. O fim da União Ibérica e a retomada do Nordeste ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves Preparação de texto: Mitsue Morrisawa Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 http://www.moderna.com.br/ A mineração no Brasil colonial Portugal enfrentava problemas econômicos O açúcar brasileiro enfrentava a concorrência antilhana Perda de possessões no Oriente e na África Grave crise econômica A Coroa passou a estimular a procura por metais preciosos na colônia Entradas: expedições oficiais de exploração do interior da colônia Bandeiras: expedições armadas organizadas em geral por particulares paulistas Busca de índios para escravização Combate às revoltas indígenas Destruição de quilombos Procura por metais preciosos Objetivos As bandeiras dos séculos XVII e XVIII Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991, p. 24. BANDEIRAS DOS SÉCULOS XVII E XVIII C A R T O G R A F IA : E R IC S O N G U IL H E R M E L U C IA N O 330 km Missões jesuítas espanholas no sul: terras dos atuais estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além de áreas da Argentina e do Paraguai. Nessas missões, os índios eram evangelizados, principalmente por meio do canto e do teatro. Cultivavam a terra, criavam gado, faziam artesanato. As bandeiras paulistas atacaram as missões em busca de índios para trabalhar como escravos, principalmente nas lavouras paulistas. Após sucessivas investidas paulistas, muitas missões jesuíticas foram destruídas. Os ataques às missões Os bandeirantes descobriram ouro na região do Rio das Velhas por volta de 1695 → a partir daí ocuparam-se várias áreas em Minas, Mato Grosso e Goiás. Iniciou-se um processo acelerado de urbanização nas áreas próximas às minas descobertas. O grande afluxo de pessoas para a região e a escassez de gêneros de subsistência causaram graves crises de fome. Com o tempo, a escassez de alimentos foi reduzindo com o cultivo de roças de subsistência, a diversificação das atividades econômicas e o comércio de produtos vindos de outras regiões da colônia. A exploração aurífera A Coroa organizou rapidamente um sistema de exploração das minas: • Distribuição das datas → privilégio aos grupos mais ricos. • Criação da Intendência de Minas (1702) → responsável pela cobrança dos tributos, policiamento e justiça local. As formas de arrecadação variaram com o tempo, destacando-se: • O quinto → 20% do metal extraído cabia à Coroa. • A capitação → cobrança de um imposto por cabeça de escravo maior de 12 anos. • A derrama → cobrança de impostos atrasados ou extraordinários. Em 1725, a Coroa instalou a primeira Casa de Fundição – onde o ouro seria fundido, tributado e transformado em barras. A exploração aurífera Guerra dos Emboabas (1708-1709) → conflito entre paulistas e outros colonos, principalmente portugueses, pelo controle da região das minas. Os paulistas exigiam o direito exclusivo sobre as lavras concedidas pela Coroa. Resultado do confronto: • Derrota dos paulistas. • Criação da Capitania de São Paulo e das Minas de Ouro. • Os paulistas avançam mais para o interior em busca de novas minas de ouro → descoberta de novas jazidas em Mato Grosso e Goiás → ampliação da América portuguesa. A Guerra dos Emboabas Os diamantes foram descobertos na região da Comarca de Serro Frio, no norte das Minas Gerais. Para garantir um controle eficiente da região, a Coroa criou o Distrito Diamantino. As regras para a exploração de diamantes tiveram três momentos: • Intendência dos Diamantes (a partir de 1734) → semelhante ao do ouro nas minas → concessão de datas e cobrança do quisto. • Contratos de Monopólio (1740-1771) → um contratador tinha o monopólio da exploração. • Real Extração (depois de 1771) → quando a Coroa assumiu o controle direto da atividade no Distrito. A extração de diamantes Cálculo aproximado da produção de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso no século XVIII (kg) Anos Minas Gerais Goiás Mato Grosso 1730-1734 7.500 1.000 500 1735-1739 10.637 2.000 1.500 1740-1744 10.047 3.000 1.100 1745-1749 9.712 4.000 1.100 1750-1754 8.780 5.880 1.100 1755-1759 8.016 3.500 1.100 1760-1764 7.399 2.500 600 1765-1769 6.659 2.500 600 1770-1774 6.179 2.000 600 1775-1779 5.518 2.000 600 1780-1784 4.884 1.000 400 1785-1789 3.511 1.000 400 1790-1794 3.360 750 400 1795-1799 3.249 750 400 Fonte: PINTO, Virgílio Noya. O ouro brasileiro e o comércio anglo-português. São Paulo: Nacional, 1979. Os rebeldes da colônia Revoltas coloniais (séculos XVII e XVIII) Revoltas com caráter regional, que contestavam aspectos da política metropolitana Revoltas com caráterseparatista, buscando o rompimento com a metrópole Revolta de Beckman (1684) Guerra dos Mascates (1710-1711) Revolta de Vila Rica (1720) Conjuração Mineira (1789) Conjuração Baiana (1798) Os rebeldes da colônia REVOLTAS COLONIAIS Fonte: Isto É Brasil, 500 anos: atlas histórico. São Paulo: Três, 1998. C A R T O G R A F IA : A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L 350 km O estado do Maranhão sofria no século XVII → desabastecimento de gêneros alimentícios, manufaturados e escravos. A Coroa criou então a Companhia Geral de Comércio do Maranhão, que deveria abastecer a região → mas surgiram problemas: • A Companhia impôs uma política de preços que prejudicava os colonos. • Os produtos e escravos enviados para a região eram insuficientes. Em 1684 explode a revolta liderada pelos irmãos Beckman. A Revolta de Beckman Os rebeldes tomaram o depósito, aboliram o monopólio da Companhia e formaram um Governo Provisório. A Coroa negociou com os sublevados, determinou o fim do monopólio da Companhia e nomeou um novo governador para o Maranhão → depois prendeu os líderes e executou Manuel Beckman em 1685. Os monopólios e taxas que tinham sido abolidos foram restabelecidos. A Revolta de Beckman Durante a invasão holandesa, Recife foi escolhida para sede da administração e recebeu diversas melhorias e infraestrutura, o que não ocorreu com Olinda. Segunda metade do século XVII → concorrência do açúcar antilhano → queda nos preços do açúcar brasileiro → → endividamento dos senhores do engenho de Olinda com os comerciantes de Recife. 1709 → Recife foi elevada à categoria de vila → a aristocracia de Olinda não aceita e inicia-se a revolta. A aristocracia de Olinda ocupa Recife → os comerciantes de Recife retomam a cidade com o apoio de outras capitanias. 1711 → O novo governador nomeado pela Coroa ordenou a prisão dos líderes olindenses e manteve Recife como vila. A Guerra dos Mascates A Coroa decretou, em 1719, a instalação das Casas de Fundição na área mineradora → objetivos: • Ampliar o controle sobre a atividade nas minas. • Cobrar o quinto e evitar o contrabando. Os colonos se rebelaram contra essas leis, liderados pelo minerador português Filipe dos Santos. Os rebeldes publicaram um documento no qual denunciavam a corrupção dos funcionários da Coroa e exigiam o fechamento das Casas de Fundição. O governador da capitania reprimiu rapidamente o movimento → os rebeldes foram presos e Filipe dos Santos foi condenado à morte e executado. A Revolta de Vila Rica ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves Preparação de texto: Mitsue Morrisawa Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 http://www.moderna.com.br/ Religião e sociedade na América portuguesa Um dos objetivos mais importantes da colonização portuguesa era a expansão da fé católica. Aliança entre o Estado e a Igreja → defesa de interesses comuns → colonização das terras americanas e evangelização de africanos e indígenas. Por isso, o projeto de catequização do indígena esteve presente nas intenções portuguesas desde a carta de Pero Vaz de Caminha. Evangelização e Inquisição A partir da Reforma Protestante (1517), a Igreja Católica reativou o Tribunal do Santo Ofício → criado para combater as heresias. Depois da Reforma, também assumiu a tarefa de impedir o avanço do protestantismo. O Tribunal não foi instalado no Brasil, mas promoveu visitas esporádicas e perseguiu principalmente os chamados cristãos-novos e os judeus. A denúncia era prática comum entre os cristãos → o acusado era julgado e podia ser condenado à morte. As punições variavam: degredo, prisão, confisco de bens e até condenação à morte. Evangelização e Inquisição A religiosidade no Brasil colonial expressava a diversidade étnica da população → portugueses, indígenas e africanos de diferentes povos e culturas. As irmandades leigas foram muito importantes na expressão dessa religiosidade popular: • Eram sedes de devoção e de assistência social. • Na região das minas, a participação em uma irmandade era condição necessária para a inclusão na sociedade. • As irmandades financiaram a construção de diversas capelas e igrejas → fundamentais para o advento do Barroco mineiro. Religiosidade popular na colônia Uma festa religiosa Festa de Nossa Senhora do Rosário, 1835, de Johann Moritz Rugendas. Gravura retirada da obra Viagem pitoresca através do Brasil. A Ordem Terceira do Rosário dos Pretos era uma irmandade religiosa de negros. R E P R O D U Ç Ã O - F U N D A Ç Ã O B IB L IO T E C A N A C IO N A L , R IO D E J A N E IR O O Barroco mineiro Características do Barroco mineiro Escultura: destaque para a obra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho Pintura: destaque para a obra de Manuel da Costa Ataíde Uso de pedra-sabão para as esculturas Colunas brancas ornamentadas com ouro Pinturas alegóricas, multicoloridas e de efeitos ilusionistas Torres laterais cilíndricas O Barroco mineiro A L E X S A L IM - M U S E U D O O U R O , S A B A R Á Santana mestra, escultura de Aleijadinho, c. 1780. Madeira dourada policromada. O Barroco mineiro D O R IV A L M O R E IR A /S A M B A P H O T O Fachada da igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto, Minas Gerais. Foto de 2007. Na colônia, predominou a família patriarcal → caracterizada pela existência do chefe e, em torno dele, os parentes de sangue, os apadrinhados, amigos, os agregados e os serviçais e escravos. Havia também famílias nucleares, especialmente nas vilas e cidades, formadas pelo pai, sua esposa e os filhos legítimos → nesse tipo de família, a figura do pai tem menos poder. Apesar da proibição da Igreja, na colônia existiram práticas de uniões ilegítimas e separações de casais → para a população pobre, a união simples, não oficial, era o mais comum. Tipos de família na colônia A vida nas cidades coloniais Os arraiais, as vilas e as cidades da América portuguesa Na região açucareira: Pontos de contato entre a administração e os proprietários locais. Locais de culto religioso. Entrepostos comerciais. Na região das minas: Formam-se em torno das capelas e nos vales dos rios, perto das jazidas. O status de vila garantia a instalação do aparelho fiscal, o que interessava à Coroa. No interior da colônia: Resultado principalmente da expansão da pecuária. Povoados surgiram no caminho dos tropeiros. Locais para realização de feiras de animais. As cidades coloniais tinham funções diferentes, dependendo da região em que se encontravam e das atividadesque nelas eram desenvolvidas. Os grupos sociais desclassificados Desclassificados População da colônia, a maior parte pobre, sem condição social definida Escravos libertos Mulatos e mamelucos Índios aculturados Brancos pobres Exerciam pequenos ofícios, esporádicos e incertos Homens: sapateiros, alfaiates, barbeiros etc. Mulheres: costureiras, lavadeiras, vendedoras, ambulantes etc. Formou-se também um grupo intermediário, majoritariamente de brancos, o chamado “povo” em Portugal → pequenos proprietários, soldados, artesãos, pequenos comerciantes. O comando da sociedade colonial cabia aos senhores de engenho, aos donos das ricas lavras de mineração, aos contratadores e aos grandes comerciantes. Setores intermediários e a aristocracia O trabalho escravo e a resistência Escravidão africana no Brasil Predominante a partir do século XVII nos campos e cidades Nos campos: principalmente na monocultura de exportação, como no caso da cana-de- açúcar, executando diferentes trabalhos Na mineração: na extração de ouro e diamantes Nas cidades: Atividades domésticas Escravo de ganho: funções remuneradas Escravo de aluguel: alugado a terceiros Resistência escrava: fugas, rebeliões, recusa do trabalho, formação de quilombos, realização de práticas religiosas de origem africana, suicídios, negociações com os senhores etc. Possuir escravos: instrumento de status social Extração de bicho-de-pé, cena no Brasil, c. 1822, pintura de Augustus Earle. Mesmo os grupos sociais menos abastados podiam ter escravos, evidência incontestável da sua condição de livres na sociedade colonial. B IB L IO T E C A N A C IO N A L D A A U S T R Á L IA , C A N B E R R A A “brecha camponesa” “Brecha camponesa” → concessão de pequenos lotes de terra aos escravos para produzir gêneros para a sua subsistência e para o mercado interno. Esse sistema permitia ao senhor minimizar os custos de manutenção e reprodução da força de trabalho e possibilitava ao escravo obter recursos para garantir uma melhor condição de vida. A “brecha camponesa” significou mais uma forma de negociação entre os cativos e os senhores → condição necessária para a vida em sociedade diante dos grandes conflitos gerados pelo sistema escravista. ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves Preparação de texto: Mitsue Morrisawa Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 http://www.moderna.com.br/ VDhis_cap17_america_espanhola VDhis_cap18_america_inglesa VDhis_cap19_america_portuguesa VDhis_cap20_economia_brasil VDhis_cap21_mineracao_brasil VDhis_cap22_religiao_america_portuguesa
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