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Ventrículos encefálicos, hidrocefalia e ventriculomegalia

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Cabeça cheia 
Embriogênese: 
A partir da 2ª semana do 
desenvolvimento, o ectoderma inicia 
sua diferenciação para formar a placa 
neural. A placa neural é induzida pela 
notocorda subjacente e pelo 
mesênquima paraxial. 
• A placa neural começa a se 
invaginar para formar o sulco 
neural; 
• Depois desse sulco terá a 
formação de uma estrutura 
semelhante a uma gota, 
chamada de goteira neural 
(terceiro estágio), nesse estágio 
de goteira neural há um 
aprofundamento ainda maior do 
sulco e a formação das cristas 
neurais, e a dobra que é o limite 
entre a goteira e a crista é 
chamada de prega neural; 
• O ectoderma permanece na 
parte superior para formar a 
pele; 
• O último estágio de formação do 
sistema nervoso é o tubo neural, 
que é formado pela fusão das 
pregas neurais, sendo assim, as 
cristas neurais se separaram da 
goteira; 
• O tubo neural vai dar origem a 
todos os elementos do sistema 
nervoso central= encéfalo 
(cérebro, cerebelo e tronco 
encefálico) e medula espinal. O 
fechamento do tubo neural 
acontece entre a 3ª e 4ª semana 
de vida embrionária; 
• As cristas neurais que se 
separaram vão dar origem aos 
elementos do sistema nervoso 
periférico = nervos espinais e 
cranianos e gânglios; 
 
• A partir da 4ª semana, o tubo 
neural começa a se vesicular, 
formando as vesículas primárias, 
que são: 
o Prosencéfalo; 
o Mesencéfalo; 
o Rombencéfalo. 
• Na 5ª semana, as vesículas 
primárias se desdobram e 
formam as vesículas 
secundárias, que são: 
o Prosencéfalo -> 
Telencéfalo e diencéfalo; 
o Mesencéfalo continua; 
o Rombencéfalo -> 
Metencéfalo e 
Mielencéfalo. 
• As vesículas secundárias são 
responsáveis por formar as 
estruturas do SN; 
• A luz do tubo neural dá origem à 
todas as cavidades do SN 
(ventrículos e canal da medula). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação das meninges: 
As meninges são formadas pela dura-
máter, pia-máter e aracnoide. 
 
 
 
 
 
 
 
O mesênquima que circunda o tubo 
neural se condensa para formar uma 
membrana denominada meninge 
primitiva ou meninge. A camada externa 
dessa membrana se espessa, para 
formar a dura-máter A camada interna, 
a pia- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
aracnoide, composta da pia-máter e 
aracnoide-máter (leptomeninge), é 
derivada das células da crista neural. 
Dentro das leptomeninges, aparecem 
espaços preenchidos por líquido, que 
logo coalescem para formar o espaço 
subaracnóideo. A origem da pia-máter e 
da aracnoide a partir de uma única 
camada é evidenciada no adulto pelas 
trabéculas aracnoideas - numerosas 
faixas delicadas de tecido conjuntivo 
que passam entre a pia e a aracnoide. O 
líquido cerebroespinhal (LCE) 
embrionário começa a se formar 
durante a quinta semana. 
Ventrículos: 
Os ventrículos cerebrais são cavidades 
que possuem os plexos coroides. Essas 
cavidades estão interligadas. São 4 
ventrículos: 
• O par de ventrículos laterais, 
antes chamado primeiro e 
segundo ventrículos, está 
situado nos hemisférios 
cerebrais. Seu formato de 
ferradura reflete o 
encurvamento dos hemisférios 
durante o desenvolvimento. No 
lado anterior, os dois ventrículos 
laterais fecham-se, 
permanecendo separados 
apenas por uma membrana 
mediana delgada chamada septo 
pelúcido (“parede 
transparente); 
• O terceiro ventrículo está 
situado no diencéfalo. No lado 
anterior, ele conecta-se a cada 
ventrículo lateral através de um 
forame interventricular. No 
mesencéfalo, a cavidade central 
fina e tubiforme chama-se 
aqueduto do mesencéfalo, que 
conecta o terceiro e o quarto 
ventrículos; 
• O quarto ventrículo está situado 
no tronco encefálico, dorsal à 
ponte e na metade superior do 
bulbo. Ocorrem três aberturas 
nas paredes do quarto 
ventrículo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o par de aberturas laterais e a 
abertura mediana em seu teto. 
Essas aberturas conectam os 
ventrículos com o espaço 
subaracnóideo, que circunda 
todo o SNC. Essa conexão 
permite que o líquido 
cerebrospinal preencha os 
ventrículos e o espaço 
subaracnóideo. O quarto 
ventrículo conecta-se na direção 
caudal ao canal central inferior 
do bulbo e da medula espinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plexos coroides: 
Os plexos coroides são compostos por 
pregas da pia-máter ricas em capilares 
fenestrados e dilatados, situados no 
interior dos ventrículos cerebrais. 
Formam o teto do terceiro e do quarto 
ventrículos e parte das paredes dos 
ventrículos laterais. São constituídos 
pelo tecido conjuntivo frouxo da pia-
máter, revestido por epitélio simples, 
cúbico ou colunar baixo, cujas células 
são transportadoras de íons. 
A principal função dos plexos coroides é 
SECRETAR o LCR. 
 
Líquido cefalorraquidiano 
(líquor): 
O Líquido Cefalorraquidiano (LCR) ou 
Líquor é um fluido corporal límpido e 
incolor, com baixo teor de proteínas e 
poucas células. 
• O líquor é produzido nos plexos 
coroides dos ventrículos 
cerebrais e no epitélio 
ependimário, sendo que 70% 
dele é derivado de filtração 
passiva do sangue e secreção 
através do plexo coroide; 
• O LCR atua como um 
amortecedor protegendo as 
estruturas cerebrais e 
medulares, fornece nutrientes 
essenciais para o cérebro e 
possui importante função na 
remoção dos resíduos 
provenientes da atividade 
cerebral e no equilíbrio da 
pressão intracraniana; 
• Em condições normais, o LCR é 
produzido e reabsorvido 
continuamente em torno de 500 
ml/dia, que pode variar de 
acordo com a estrutura corporal 
do indíviduo; 
• O Líquor circula ao redor das 
estruturas cerebrais em íntimo 
contato com as membranas e 
células nervosas, e reflete em 
sua composição as desordens 
neurológicas decorrentes de 
inflamações e infecções do 
sistema nervoso, especialmente 
as meningites e encefalites; 
• Princípio de Pascal = qualquer 
pressão ou choque no coxim 
líquido é distribuído igualmente 
em todos os pontos. Ou seja, 
mesmo que a pancada seja 
muito forte, o líquor vai expandir 
(dissipar as foças geradas) 
evitando lesões sistema 
nervoso; 
• Fluxo liquórico: 
o O líquido, secretado nos 
ventrículos laterais 
direito e esquerdo, passa 
primeiro para o terceiro 
ventrículo por meio do 
forame de Monro ou 
forame interventricular, 
assim que chega no 
terceiro ventrículo ele 
precisa ser escoado 
através do aqueduto 
cerebral ou forame de 
Sylvius para o quarto 
ventrículo; 
o Finalmente, o líquido sai 
do quarto ventrículo por 
três pequenas aberturas, 
os dois forames laterais 
de Luschka (para seguir 
para o encéfalo) e o 
forame medial de 
Magendie (para seguir 
para a medula espinal), 
adentrando a cisterna 
magna, o espaço 
liquórico que fica por trás 
do bulbo e embaixo do 
cerebelo; 
o A cisterna magna é 
contínua com o espaço 
subaracnóideo que 
circunda todo o encéfalo 
e a medula espinal; 
o Quase todo o líquido 
cefalorraquidiano então 
flui da cisterna magna 
para cima pelo espaço 
subaracnóideo que fica 
ao redor do cérebro; 
o A partir daí, o líquido 
entra e passa por 
múltiplas vilosidades 
aracnoides que se 
projetam para o grande 
seio venoso sagital e 
outros seios venosos do 
prosencéfalo; 
o Dessa forma, qualquer 
líquido em excesso é 
drenado para o sangue 
venoso pelos poros 
dessas vilosidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Absorção do líquor: a 
eliminação do líquor no SNC se 
dá em regiões chamadas de 
vilosidades aracnóideas, que vão 
servir como válvulas e são 
unidirecionais (sempre para fora 
do SN). No seio sagital (superior 
no crânio) é onde há uma maior 
concentração dessas 
vilosidades, ou seja, maior 
absorção do líquor. 
o O líquor é renovado a 
cada 8 horas, em média; 
o A formação e a absorção 
do líquor sempre devem 
estar equilibradas para 
manter a pressão em 
10mmHg; 
o O líquor apresentabaixo 
peso molecular e está em 
equilíbrio osmótico com 
o sangue, sendo 
constituído de pequenas 
concentrações de 
proteína, glicose, lactato, 
enzimas, potássio, 
magnésio e 
concentrações 
relativamente elevadas 
de cloreto de sódio. 
Hidrocefalia: 
A hidrocefalia consiste no acúmulo de 
quantidades excessivas de LCS que 
provocam o alargamento do ventrículo 
cerebral e/ou aumento da pressão 
intracraniana. As manifestações podem 
incluir cabeça alargada, abaulamento da 
fontanela, irritabilidade, letargia, 
vômitos e convulsões. O diagnóstico é 
pela ultrassonografia nos neonatos e 
por TC ou RM nas crianças maiores. O 
tratamento varia de observação à 
intervenção cirúrgica, dependendo da 
gravidade e progressão dos sintomas. 
Essa condição frequentemente é 
dividida em hidrocefalia comunicante e 
hidrocefalia não comunicante: 
• Em geral, o tipo não 
comunicante de hidrocefalia é 
causado por bloqueio do 
aqueduto de Sylvius, resultado 
de atresia (fechamento) pré-
natal em crianças, ou de 
bloqueio por tumor cerebral em 
qualquer idade. Conforme o 
líquido é formado pelos plexos 
coroides nos dois ventrículos 
laterais e no terceiro ventrículo, 
os volumes desses três 
ventrículos aumentam muito. 
Isso comprime o cérebro contra 
o crânio. Em neonatos, a pressão 
aumentada também faz a 
cabeça toda inchar porque os 
ossos cranianos ainda não se 
fusionaram; 
• O tipo comunicante de 
hidrocefalia é geralmente 
causado pelo bloqueio do fluxo 
nos espaços subaracnoides, ao 
redor das regiões basais do 
encéfalo ou pelo bloqueio das 
vilosidades aracnoides de onde o 
líquido seria normalmente 
absorvido pelos seios venosos. 
Assim, o líquido se acumula no 
lado exterior do cérebro e de 
forma menos intensa dentro dos 
ventrículos. Isso também fará a 
cabeça inchar de modo muito 
intenso se ocorrer na infância, 
quando o crânio ainda está 
maleável e pode ser estirado, e 
pode danificar o cérebro em 
qualquer idade. 
 
Referências: 
• Embriologia Clínica- Moore; 
• Neuroanatomia Funcional- 
Ângelo Machado; 
• Tratado de Fisiologia Médica- 
Guyton.

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