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Complemento do Design de Interiores
 O projeto de interiores estabelece a direta relação entre os aspectos visuais e funcionais do ambiente/espaço arquitetônico. Capaz de valorizar formal e esteticamente a organização dos elementos construtivos e de potencializar funcionalmente seu uso do espaço. Projetar é um exercício de contínuo aprendizado. Estamos sempre aprendendo coisas novas, pois cada novo projeto é um novo desafio e requer o uso de tecnologias e materiais diversos, assim como atender a diferentes finalidades
Processos do Design de Interiores
 O planejamento do projeto de interiores é de enorme importância, pois garante que cada etapa possa ser pensada e executada de forma eficiente, considerando as necessidades gerais e específicas de cada projeto. Requer não apenas criatividade, mas um conhecimento extenso de todos os fatores contemplados pela ação projetual. Existe um conjunto de elementos e informações que precisa ser estudado, organizado e trabalhado com o objetivo de atingir resultados eficazes.
 Somente a partir de um conhecimento aprofundado do usuário, do espaço e do objetivo a ser trabalhado é que podemos propor uma série de resoluções para o projeto e, então, dar início à sua elaboração. As etapas preliminares são, portanto, de enorme importância para o levantamento de todas as questões pertinentes ao projeto. A pesquisa acerca dos temas e das possíveis soluções é essencial para o sucesso da proposta. É preciso conhecer minuciosamente todos os fatores determinantes para a elaboração da proposta, mas também considerar que esse aprendizado deve ser contínuo no exercício do design.
 O designer deve assumir uma postura crítica em relação ao mundo, sendo a ele obrigatório um vasto repertório de conhecimento das culturas e dos comportamentos humanos para que possa responder a necessidades de usos e atividades diversas. Assim, podemos destacar a importância também de um conhecimento técnico e um repertório vasto de soluções que se possam aplicar para as diferentes funções que um espaço/ambiente possa acolher. Desta forma, podemos considerar possível estabelecer uma série de possibilidades e diferentes combinações para a resolução do projeto.
 Devem ser considerados diversos fatores: funcionais, ergonômicos, ambientais, sociais, econômicos, culturais e técnicos; com o objetivo de estabelecer melhores resultados e o melhor custo/benefício. Também são importantes os aspectos relacionados aos estilos e à composição visual dos diversos elementos contemplados no projeto. O processo projetual deve, portanto, conter uma ordem em que se permitam o recolhimento e a análise de dados e informações que possam de alguma forma nortear o processo criativo e elaborar soluções eficientes e que possam ser aplicadas criativamente ao contexto da proposta.
 É atribuição do designer de interiores a interpretação do espaço arquitetônico, o projeto e o planejamento, assim como a proposta de conceitos para intervir adequadamente nos ambientes, atendendo à sua funcionalidade, organização e conformidade com o projeto proposto. É também seu papel gerenciar e executar projetos, garantindo o cumprimento das propostas, assim como a manutenção dos custos previstos. O processo do Design de Interiores está relacionado à organização do trabalho em um conjunto de ações necessárias para seu desenvolvimento de forma lógica e coordenada, visando à resolução do problema a ser solucionado.
 Devemos considerar todos os fatores que envolvem os objetivos do projeto com o intuito de problematizá-lo em busca de melhores soluções no processo de elaboração. Para isso, podemos nos basear em metodologias projetuais, propostas por diferentes autores para auxiliar na documentação e na elaboração dos processos de forma lógica e organizada. Vale ressaltar que tais metodologias visam a criar um percurso que vai desde o levantamento dos dados pertinentes para o projeto até as tomadas de decisão e a proposta final, apresentando as melhores soluções possíveis.
 Na primeira etapa, também conhecida por estudos preliminares, o profissional é responsável por levantar todas as questões pertinentes ao projeto com o intuito de conhecer o escopo do trabalho a ser realizado. É importante conhecer primeiramente o usuário final e suas necessidades, assim como o espaço a ser trabalhado. Definir o perfil do cliente exige sensibilidade e o pleno entendimento de quem ele é, do que ele gosta e o que ele quer.
 É preciso também conhecer o espaço a ser trabalhado, de forma a analisar o que ele oferece e como se apresenta, pois devemos ter ciência do que pode ou não ser proposto para a definição do problema a ser solucionado pelo projeto. O espaço ou ambiente configura o lugar de intervenção do projeto de interiores e, portanto, é um dos fatores determinantes para a elaboração das propostas. Como podemos perceber, são diversos os fatores a serem considerados e conhecidos para a elaboração de um bom projeto de interiores
a) Está relacionado à organização do trabalho em um conjunto de ações necessárias para seu desenvolvimento de forma lógica e coordenada.
 A aproximação com o usuário é essencial e tem como objetivo compreender da melhor forma possível seus hábitos, assim como seu comportamento, observando e investigando suas ações e suas experiências. Lembre-se sempre de que o ambiente é pensado para o uso e, assim, torna-se uma extensão de seu usuário em qualquer uma de suas atividades, seja habitar, trabalhar ou se divertir. Assim, devemos pensar que não é possível concebê-lo de forma independente, ou seja, o conforto do usuário é o ponto de interesse em uma intervenção espacial e deve sempre ser considerado em um projeto de interiores
O usuário
 No caso de projetos comerciais ou empresariais, leve em consideração as ações a serem executadas no ambiente e entenda em detalhes como devem ser executadas com eficiência e conforto e de que forma o projeto pode ou não colaborar para isso. É preciso conversar não só com o cliente/contratante, mas também com o próprio usuário para entender melhor as necessidades. Pergunte como podemos facilitar suas ações para garantir que seu cotidiano de tarefas seja funcional e produtivo.
O espaço
 Na análise do espaço ou ambiente são necessários a observação atenta e o levantamento detalhado de suas condições e de seus potenciais. Assim como devem ser consideradas suas características arquitetônicas e seus elementos construtivos que lhe conferem uma organização e uma identidade. Nessa etapa preliminar, o levantamento do espaço tem como objetivo o entendimento de suas possibilidades de intervenção.
Problematização
 Com as informações levantadas relativas ao usuário e ao espaço em mãos, é possível partirmos para a etapa de problematização. Essa etapa é a definição do que se precisa e do que pode ser feito. O projeto é uma proposta de solução em que se pretende a adequação de um determinado ambiente a uma determinada atividade. A problematização é importante e deve ser trabalhada de forma a reunir todos os fatores determinantes para o projeto.
Programa de Necessidades
Ching (2013) estabelece três itens a serem levados em consideração: O que existe? O que se deseja? O que é possível? Para a organização das informações, podemos sugerir a criação de um Programa de Necessidades. Nele podemos perceber, de maneira lógica e clara, quais são os ambientes a serem trabalhados, seu dimensionamento, sua utilização e os elementos necessários para sua ocupação e organização visual e funcional.
 Ainda é possível usar alguns métodos de análise por meio de estudos esquemáticos que possam ajudar a visualizar as relações espaciais entre os ambientes, estabelecendo e classificando suas formas de uso. A realização de um fluxograma complementa e organiza algumas informações referentes ao Programa de Necessidades, estabelecendo relações entre diferentes ambientes ou, ainda, diferentes ações dentro deles.
O fluxograma
Referências projetuais
 Procurar referências que atendam, de certa forma, a demanda e a resolução do projeto.As referências se aplicam tanto às questões estéticas, quanto às técnicas e permitem que possamos conhecer possíveis soluções encontradas por outros profissionais para questões semelhantes. Assim será possível criar um repertório de ideias que poderá ser aplicado e experimentado, visando às melhores decisões para as propostas do projeto.
Memorial descritivo
 O briefing ou memorial descritivo, nesse caso, tem duas funções. A primeira é a de apresentar ao cliente uma proposta de trabalho estruturada, das necessidades consideradas até as propostas iniciais de intervenção no espaço. A segunda é a de definir as ações propostas, organizando e orientando sua execução, como um programa de necessidades mais extenso e detalhado do projeto.
e) O programa de necessidades serve para organizar as questões pertinentes para o planejamento de cada ambiente.
Elaboração do projeto
 Após as etapas preliminares relacionadas às pesquisas e o levantamento das informações necessárias, além da organização de todos os dados, foi possível reunir e documentar uma série de questões relevantes ao projeto e decidir as melhores soluções para a sua elaboração. Então é o momento de colocar em prática o que foi até aqui estudado. O processo criativo toma forma com a concretização das propostas e o estudo sistemático das possíveis soluções a serem adotadas em forma de representação gráfica.
 O projeto e a sua elaboração se distribuem em etapas que permitem análises constantes de suas propostas para melhor adequá-las às necessidades do usuário. Tais etapas, geralmente, são distribuídas da seguinte maneira: 1. Estudo preliminar. 2. Anteprojeto. 3. Projeto executivo.
Estudo preliminar
 O estudo preliminar compreende as primeiras propostas para o projeto, considerando todas as informações listadas no Programa de Necessidades. A primeira ação efetiva para essa etapa é um levantamento detalhado do espaço arquitetônico. É necessário fazer uma medição mais precisa e observar sua organização espacial com mais atenção, documentar os elementos construtivos e levantar tudo o que é preciso para o entendimento deles
 A medição do espaço existente de forma criteriosa é muito importante, pois, se houver diferenças significativas entre o desenho e o ambiente real, algumas ideias podem ser incorporadas de forma equivocada. Todo esse levantamento deve ser devidamente documentado e organizado, dando origem ao desenho das plantas baixas de situação. Onde serão representadas as características originais do espaço/ambiente, permitindo sua visualização gráfica.
 É a partir desses desenhos que o projeto irá se desenvolver. Propomos, então, a elaboração de um conjunto de desenhos que deve conter as seguintes informações: alvenaria; aberturas; piso; teto; elétrica; hidráulica; bancadas; outros.
Conceituação do projeto
 A fase de conceituação leva em consideração tudo o que foi levantado até aqui.
 É o momento de definir um conceito para atribuir ao projeto em relação aos quesitos estéticos e funcionais propostos na concepção inicial do ambiente. 
 Ainda que não aconteça sempre de forma explícita, tem a ver com a essência e as sensações que tal ambiente pretende causar nas pessoas. Sua importância está no fato de que todo o projeto terá o conceito como norteador das decisões propostas.
Projeto preliminar
 O projeto preliminar deve conter algumas informações importantes e também trazer soluções criativas para que possa ser analisado de forma cuidadosa. Essas propostas devem ser representadas graficamente por meio de planta baixa, cortes, vistas e, se possível, perspectivas. Alguns detalhamentos serão necessários para essa compreensão, mas ainda não há uma definição específica de todos os elementos. São propostas que serão ainda analisadas para então serem definidas e finalizadas em etapa posterior.
Situação/intervenção
Layout
b) O projeto preliminar deve trabalhar com as informações estudadas e também trazer soluções criativas para que possa ser analisado adequadamente.
Anteprojeto
 O anteprojeto é a próxima etapa do trabalho. Nele deverão ser apresentadas e explicadas todas as soluções definidas após análise das propostas do estudo preliminar. Deve conter um conjunto de informações que permita ao cliente/usuário compreender a totalidade da proposta e também de suas particularidades. O que muda nessa etapa é que o projeto começa a ter especificações mais precisas e características mais específicas.
Vamos listar o que é necessário:
Layout – organização do espaço/ambiente
Iluminação (planta baixa)
Instalações hidrossanitárias (planta baixa)
Pisos e revestimentos
Projeto de execução (ou executivo)
Planejamento elétrico
Projeto de execução (ou executivo)
Memorial descritivo
b) Apresenta graficamente todas as soluções definidas após análise das propostas do estudo preliminar.
Elementos do Design de Interiores
 Agora que já sabemos o que envolve a elaboração de um projeto, suas etapas e seu conteúdo, iremos conhecer os elementos que dão forma ao Design de Interiores, em busca de compreendermos os aspectos mais importantes da criação e da elaboração de espaços, em relação à composição estética e funcional dos ambientes. Vamos começar definindo o espaço e as suas características formais e construtivas, pois é nele que atuamos com o objetivo de oferecer uma experiência agradável e prática aos seus usuários.
Espaço e função
 A intervenção que transforma o espaço construído e constituído pelo pensamento arquitetônico envolve, na maior parte das vezes, não a alteração formal da construção propriamente dita, mas a sua transformação visual, na organização compositiva e espacial dos elementos que ocupam, preenchem e estabelecem relações com o intuito de estimular a percepção do usuário. Os atributos dos arranjos espaciais e de seus elementos estabelecem uma qualificação de suas funcionalidades e, portanto, devemos explorar seus limites de maneira criativa, mas acima de tudo responsável em relação às soluções técnicas e estéticas.
 A qualidade do espaço é delineada pela maneira como é usado e seu uso facilitado pela forma como o planejamos e organizamos. Se o planejamento ou a modificação de uma construção está a cargo da arquitetura, o espaço interno é o objeto de ação do designer e, então, é importante percebermos os diferentes modos de percebê-los. As diferentes formas que o edifício assume alteram também sua ocupação e, por conseguinte, sua utilização, pois seu uso deve ser planejado a partir delas.
 Podemos definir uma diversidade de espaços de intervenção do design a partir de seus usos e suas funcionalidades. Iremos abordar dois tipos básicos de classificação: A primeira é o uso residencial e a outra é o uso comercial. 
 Ambos determinam os espaços em que as pessoas trabalham, que compreendem usos coletivos e também onde vivem suas vidas privadas, seu espaço de descanso e lazer familiar.
O espaço habitável
 É uma organização personalizada que considera as individualidades do usuário, mas também sua relação com outros indivíduos em seu espaço de intimidade. A casa é um sentimento afetivo, que abriga toda a intimidade de uma pessoa e de seus familiares. Não é meramente um espaço, mas um conjunto que ultrapassa a construção física e abraça as pessoas, seus moradores e suas coisas, seus objetos.
O espaço de trabalho
 Os lugares de trabalho são ambientes planejados e organizados para atividades que são o inverso da intimidade, são espaços de relações coletivas e de atividades funcionais e objetivas. A necessidade de uma organização desse espaço interno de forma a adequá-lo a tais atividades passou a ser de grande importância. Diferente da residência, em que os valores emocionais ligados à intimidade devem ser trabalhados, os ambientes de trabalho precisam ser racionalizados para garantir a produtividade, mas para isso também precisam ser estimulantes.
 O planejamento objetivo de sua organização deve estar de acordo com as tarefas a serem executadas e permitir que sejam cumpridas com precisão, mas de forma confortável e, portanto,precisa ser estudado de acordo com necessidades mais específicas. É preciso entender que diferentes atividades em geral necessitam de soluções diversas que atendam suas necessidades e o uso de diferentes indivíduos.
Usuários do espaço
 O projeto de interiores tem no espaço seu objeto de intervenção, mas não se pode esquecer dos motivos que nos levam a planejar um ambiente: as pessoas, os indivíduos que nele atuam e suas necessidades individuais e coletivas. Podemos afirmar que todos os aspectos de organização, visual e funcional de um ambiente, devem ser ergonomicamente compatíveis e dimensionados para o seu uso. É preciso considerar os padrões humanos, suas medidas e as proporções médias, mas também considerar suas características individuais e emocionais.
 Os indivíduos se diferenciam em termos psicológicos, mas também variam de tamanho, altura, idade e, assim, devem ser ponderadas tais diferenças. Consideremos que, no caso de moradias e residências, as medidas individuais podem ser consideradas com mais ênfase. Já no caso de um ambiente em que o uso é feito por pessoas diversas, é preciso respeitar os padrões de medida, já que estão adequados a maior parte dos indivíduos
c) O espaço residencial abriga a intimidade de um indivíduo e sua família, enquanto o espaço comercial se configura para uma atividade específica.
Classificação dos ambientes
 As edificações e os espaços nelas contidos são classificados, a princípio, a partir de suas formas de uso. A diferenciação entre uma edificação residencial e uma outra comercial se apresenta, a princípio, de forma clara quando definimos sua função primária. Considerando que tanto os espaços residenciais quanto os comerciais podem ser diferenciados a partir das diferentes funções e dos tipos de uso a que se pretendem, mas também pela diversidade dos usuários e suas características, tanto físicas quanto psicológicas.
 Os ambientes comerciais, de uma maneira geral, são voltados para o atendimento de pessoas diversas, o que o torna um misto de espaço público e privado. Assim, devem estar preparados para uma infinidade de diferentes aspectos que atendam uma multiplicidade de características dos indivíduos. A questão primordial é entender quais atividades devem ser contempladas e como os ambientes devem ser divididos e classificados para que a organização seja eficiente.
As funções no espaço residencial
 O espaço comercial é difícil de ser exemplificado pelo simples motivo de que prevê diferentes ações e usos que estão relacionados às diferentes atividades comerciais e suas necessidades. No caso das residências é mais simples generalizar e encontrar padrões mais específicos relacionados ao uso e, portanto, a uma classificação possível das funções que cada ambiente assume no conjunto. Podemos definir, inicialmente, 3 funções essenciais dentro de uma residência: o espaço íntimo, o social e o de serviço.
Espaço residencial – função social
 Devemos considerar os cômodos do ambiente residencial, percebendo como se classificam e se caracterizam os espaços internos de uma casa a partir dessas classificações funcionais. As funções sociais de uma residência são caracterizadas pelo uso comum de seus habitantes, mas também dos visitantes e, portanto, relacionadas ao lazer. É espaço que abriga funções relacionadas à convivência entre as pessoas e a realização de atividades cotidianas e coletivas.
 Portanto deve ser planejado para o uso de diferentes pessoas com diferentes características físicas, que podem ser exemplificadas, por exemplo, por uma família composta por indivíduos em diferentes faixas etárias. Embora possa ter variações, pode ser classificado e dividido a partir dos seguintes ambientes: hall de entrada; sala de estar e sala de televisão; sala de jantar; escritório; lavabo.
Espaço residencial – função íntima
 Outras partes da residência são organizadas para usos específicos e individualizados e, portanto, mais particularizados em seu planejamento. Como as áreas com função íntima, caracterizadas por atividades relacionadas, principalmente, ao descanso e à intimidade. 
 Podemos, então, entendê-las como de uso individual e mantê-las protegidas em relação à circulação das visitas, mantendo-as como exclusivas ao uso familiar.
 Neste caso, pode haver variações em diferentes residências que abrigam diferentes estruturas familiares. Podemos listar os ambientes mais comuns: dormitórios e sanitários. Os dormitórios podem abrigar diferentes configurações: dormitório de casal; dormitório de solteiro; dormitório de criança; dormitório de hóspedes.
 Os sanitários também podem ter um uso variado e devem ser planejados de diferentes maneiras: Sanitários de uso comum, que são utilizados por mais de uma pessoa ou por todos os membros da família. Sanitários individuais, que se localizam dentro dos dormitórios, caracterizados como “suítes”, servindo a uma única pessoa ou a um casal
Espaço residencial – função doméstica (ou serviços)
 Por último, considerar a função doméstica, ligada aos serviços de manutenção da vida familiar. Tais ambientes têm por característica a realização de atividades específicas como cozinhar ou lavar roupas, entre outras. Então, podemos listar, basicamente, a cozinha e a área de serviço ou lavanderia, mas é possível citar as despensas, os depósitos de materiais de limpeza e a manutenção.
 No caso da cozinha é importante fazermos uma reflexão mais atual sobre esse ambiente. Principalmente, considerando as residências de menores dimensões, como os apartamentos. Em muitas situações, a cozinha foi integrada ao ambiente social, fazendo da sala de jantar a sua extensão. Na maior parte das vezes, os ambientes são divididos por um balcão, formando um espaço único e integrado; o que pode também caracterizar a cozinha como função social.
c) A cozinha pode ser classificada como função doméstica, mas também social
Linhas e complementos
 As linhas e os complementos do Design de Interiores estão relacionados aos elementos e aos objetos que compõem os diferentes ambientes de uma edificação, seja de uso residencial ou comercial. Ou seja, consideramos todos os objetos que complementam e organizam a composição dos ambientes, conferindo a eles diferentes valores estéticos, emocionais e funcionais. O projeto de interiores visa a trabalhar com essa organização como forma de adequação dos ambientes em relação ao uso desejado.
Iluminação
 A iluminação é um dos principais elementos do Design de Interiores. Ela confere aos ambientes valores visuais, emocionais e funcionais. A iluminação natural deve sempre ser garantida, pois é muito importante para criar um ambiente saudável. Dado que essa iluminação foi planejada pelo projeto arquitetônico, é preciso saber aproveitá-la na composição dos ambientes, respeitando seu planejamento.
 A iluminação artificial, trabalhada de forma correta, pode valorizar aspectos importantes de um ambiente, tornando-o mais funcional, criando sensações e trazendo qualidades sensoriais mais elaboradas. O uso de uma iluminação correta requer atenção a alguns aspectos: Primeiro é preciso reconhecer o espaço e as suas funções de uso e conhecer sua organização espacial e a disposição dos elementos físicos existentes. É preciso pensar no valor objetivo da iluminação. O que é preciso iluminar e de que maneira?
 Algumas atividades, principalmente relacionadas ao trabalho ou serviços de forma geral, necessitam de uma iluminação mais direta e mais intensa, outras devem ser mais relaxantes. Portanto é preciso decidir sobre as qualidades subjetivas e escolher quais sensações se deseja transmitir ao ambiente e de que maneira alcançá-las. Assim, entendemos que a iluminação é um elemento funcional, mas também emocional no projeto de interiores.
Geralmente, trabalhamos com 3 tipos de iluminação: Iluminação direta – utilizada para destacar e pode ser usada em ambientes em que a concentração é necessária. Iluminação indireta – utilizada para dar sensação de aconchego e criar um clima mais intimista. Iluminação difusa – utilizadaem todo tipo de ambientes, pode ser alternada com outros tipos de iluminação.
 Também deve ser considerada a cor da fonte luminosa, que, geralmente, diferencia-se entre a luz branca e a luz amarela. É preciso primeiro estabelecer que tipo de sensações se queira criar em um ambiente e também que tipo de atividades serão executadas nele. A luz branca é utilizada para um estado de atenção e é mais indicada para ambientes de trabalho. A luz amarela dá um ar mais intimista ao ambiente e, portanto, mais relaxante.
Devem, ainda, ser considerados os diferentes tipos de lâmpadas: lâmpada incandescente; lâmpada halógena; fluorescente; led. E também os diferentes tipos de luminárias: embutida; superficial; pendente; luminárias de mesa; luminárias de piso.
Tapetes e forrações
 Tapetes podem fazer muita diferença no resultado de uma composição no Design de Interiores. Uma infinidade de tipos, cores e texturas oferece possibilidades múltiplas de estilos, combinações e composições com as peças do mobiliário e pode apresentar diferentes funções em diferentes ambientes. São usados como fator estético, devendo ser escolhidos com base no mobiliário e nas peças de decoração.
 Sua utilização deve ser pensada em relação ao melhor planejamento visual de cada ambiente. As cores e as estampas podem ser variadas, o importante é o resultado do conjunto que faz com o mobiliário, a decoração e os revestimentos. Outra função do tapete em salas de televisão e dormitórios é aquecer o ambiente, já que é normal que as pessoas fiquem descalças neles. Assim, principalmente em pisos frios e cerâmicos, o tapete garante um conforto térmico mais adequado.
Os principais tipos de tapetes são: Tapetes orientais – fazem parte de uma tradição muito antiga em alguns países do Oriente e, por isso, são tão apreciados e valiosos. Tapetes de fibra natural – são confeccionados com materiais naturais retirados de plantas ou animais. Tapetes sintéticos – são confeccionados com material sintético e existem em grande quantidade e variedade no mercado. Estampados – são, em geral, confeccionados com materiais diversos e estampas das mais variadas, como geométricas, lineares ou florais.
d) Os tapetes, além de um elemento estético, podem melhorar o conforto térmico
Cortinas
 As cortinas são elementos muito importantes na decoração de um ambiente, especialmente em relação à entrada de luz natural.
 Funcionam como filtros que permitem moderar a intensidade da luz que entra pelas aberturas externas, podendo vedá-la completamente ou parcialmente. As cortinas podem ganhar outras funções, como permitir maior privacidade em ambientes mais devassados por aberturas ou na separação de determinados ambientes.
 É importante perceber que, além de funcional, a cortina também exerce um papel estético importante na composição formal e visual de um ambiente. Por isso, a escolha da cortina precisa levar em consideração ambos os aspectos: funcional e estético. Os materiais são diversos, desde os naturais, como os sintéticos, levando em consideração o resultado desejado, assim como a questão da limpeza e da manutenção.
Quadros
 Os quadros são elementos importantes que influenciam muito na percepção do ambiente. Eles podem dizer muito sobre o lugar, mas principalmente sobre as pessoas que o ocupam ou moram nele. Os quadros, em geral, estão ligados à expressão artística e sua diversidade de técnicas, conceitos, movimentos e artistas. É preciso respeitar tanto o estilo do ambiente, como o do cliente para que eles estejam adequados.
 Também é possível pensar em outros tipos de elementos. Pratos e outros objetos podem ser usados como decoração para as paredes. Ou, ainda, outros tipos de quadros não relacionados à pintura, mas também fotografias. A fotografia tem um papel cada vez mais presente na vida das pessoas e também tem ganhado destaque na decoração. Pôsteres e cartazes gráficos também podem ser usados como elementos decorativos.
 O importante, mais uma vez, é apresentar adequação com os elementos compositivos do ambiente e com o estilo pessoal do cliente. Além da escolha estilística, é preciso também pensar na composição e na colocação dos quadros. Assim, podemos pensar em diversos tipos de planejamento visual. Esse planejamento deve levar em consideração o tamanho da obra e também o impacto visual que se deseja criar. Assim, podemos pensar em uma única peça ou em uma composição de peças variadas
Mobiliário
 O mobiliário é talvez o elemento mais significativo do projeto de interiores. Ele é uma peça-chave que traz identidade e é a partir dele que todos os outros acessórios devem ser pensados. É ele que confere funcionalidade e referência estética e, portanto, é muito importante considerar os dois fatores na hora de decidir quais e como usá-lo. A escolha do mobiliário deve considerar de fato o estilo do espaço/ambiente a partir de sua composição arquitetônica, no entanto, a adequação ao uso é essencial.
 São diversos os estilos e as formas em que se apresentam e podem representar valores simbólicos relacionados a diferentes épocas ou conceitos. Devem ser consideradas as linhas formais, as cores e as estampas, os materiais, entre outros aspectos, de maneira a adequá-los ao conceito do projeto. Em geral, é determinado a partir de um conceito que permite estabelecer relações de semelhança entre as diferentes peças, mas é possível ser mais flexível e misturar móveis de diferentes contextos históricos com linhas mais contemporâneas, permitindo estabelecer outros tipos de relação formal.
 Conhecer a história do mobiliário e os diferentes conceitos e usos aplicados nos diferentes contextos sociais, ajuda na hora de fazer escolhas e caracterizar estilos. Não que se vá, nos projetos em geral, criar um ambiente que seja integralmente em estilo egípcio ou renascentista, mas servem como inspiração estilística e referência cultural.
Mobiliário planejado
 É preciso acrescentar a necessidade de projetar móveis, como armários para os dormitórios ou gabinetes de banheiro e cozinha ou outros, como aparadores e racks de televisão. Porque devem ser adaptados ao espaço existente e ao uso que será feito, ou seja, o que e como as coisas serão guardadas. O que, de certa forma, dificulta bastante a adaptação de móveis prontos. Gurgel (2007, p. 152) afirma que “é importante racionalizar os espaços a fim de garantir maior aproveitamento interno e, consequentemente, maior volume de armazenagem”.
b) O mobiliário confere funcionalidade e referência estética ao ambiente.
A transformação do espaço
 O Design de Interiores está relacionado ao conjunto de elementos que ocupam determinado espaço ou ambiente, criando uma composição e estabelecendo relações estéticas e funcionais. Devemos estar conscientes de que a composição visual de um ambiente não depende individualmente do estilo dos móveis, objetos e acessórios. Devemos considerar que os estilos de cada um desses elementos podem ser combinados de formas diversas, definidas pelo contexto histórico, funcional ou estético.
Transformações visuais
 Portanto, essa combinação entre os diferentes elementos está não apenas menos relacionada a como cada um se apresenta a nós individualmente, mas também e principalmente na composição do conjunto em um espaço definido. As possíveis combinações serão percebidas de formas determinadas, de acordo com a maneira como tais elementos foram organizados. As relações formais e visuais estabelecem uma percepção visual do todo, portanto, é importante que sejam projetadas e pensadas de forma criteriosa a partir do conceito pretendido.
 Ching lista uma série de conceitos que devem ser considerados quando pensamos em um projeto de interiores, apresentando o que ele sugere como “Um vocabulário de projeto.” Podemos separar essa lista em dois grupos: O primeiro está relacionado aos elementos físicos e suas características formais, que interferem visualmente na composição, considerando: A Forma; O Formato; A Cor; A Textura; A Luz.
O segundo está relacionado à composição espacial e incluias possíveis relações espaciais e visuais dos elementos e de que maneira podem ser trabalhados nesta composição, e assim podemos considerar: A Proporção; A Escala; O Equilíbrio; A Harmonia; A Homogeneidade e Variedade; O Ritmo; A Ênfase.
 Todas essas possíveis relações entre os diferentes elementos dispostos no espaço fazem parte da concepção de um projeto de interiores. Assim, tais elementos se apresentam com maior ou menor ênfase visual, dependendo das escolhas para a composição e a combinação física entre eles. Então é importante pensarmos em estratégias criativas para trabalhar tais composições espaciais com o objetivo de atingir determinados resultados.
 Tais estratégias para o arranjo físico estão ligadas aos valores objetivos e funcionais, mas também aos valores visuais e emocionais que se pretende para um determinado ambiente. Estes últimos estão relacionados ao processo de percepção e entendimento do que será visto, tornando um ambiente mais ou menos interessante visualmente. Sendo assim, é possível direcionar a maneira como queremos que cada elemento seja percebido no espaço.
 Consideremos então que a escolha de determinados elementos deve seguir um objetivo a partir de um planejamento e de um conceito visual definidos pelo projeto. O resultado estético e formal do projeto deve ser pensado a partir de suas subjetividades, conferindo ao ambiente um resultado que está relacionado ao aspecto visual, mas também emocional. As diferentes percepções que a organização visual dos ambientes pode oferecer são responsáveis pela maneira como o observador e o usuário sentem o espaço
 Quando escolhemos tipos de acessórios e móveis, quando definimos os revestimentos e as cores dos ambientes, estamos buscando uma identidade, uma forma criativa de acolher o usuário e distribuir todos os elementos. 
 É uma maneira de criar afinidades entre os espaços e as pessoas que os ocupam e utilizam. Quando estudamos a transformação visual dos ambientes, estamos buscando uma linha de pensamento que seja traduzida de forma criativa e possa planejar todos os detalhes, sempre considerando a interferência visual entre os diferentes elementos da decoração de interiores.
 É importante percebermos os decorrentes usos de cada tipo de organização visual. Normalmente, o ambiente social de uma residência pode oferecer mais dinamismo, em contrapartida, o que se espera na área íntima, que compreende os dormitórios, é um aspecto mais aconchegante, que ofereça maior estímulo ao descanso e ao relaxamento. E, portanto, os elementos devem ser pensados em relação aos seus atributos e suas possíveis relações.
 Se usamos cores de tons suaves e neutros, iluminação indireta, poucas texturas, simetria e homogeneidade, estamos conferindo ao ambiente uma maneira de se apresentar de forma mais relaxante e delicada. No entanto, se trabalhamos com os opostos, quebrando a simetria, usando contrastes mais acentuados entre os elementos, suas cores, texturas e pontos de luz direcionados e hierarquizados, podemos percebê-los de forma mais dinâmica, oferecendo um espaço mais estimulante aos olhos do observador.
c) Os elementos decorativos devem ser trabalhados como um conjunto compositivo
A Forma
 A forma está relacionada ao desenho ou à maneira como as diferentes partes de um objeto ou ambiente são pensadas e organizadas. Toda forma é composta por pontos, linhas, planos e volumes. São os elementos básicos do desenho e, portanto, da forma. Assim, podemos perceber que a tridimensionalidade do mundo que vemos é definida pela maneira como percebemos o seu desenho e a relação entre seus elementos formadores.
 A capacidade de perceber a forma é comum a todos nós, no entanto, estabelecer as relações formais, percebendo quais relações podem ser trabalhadas para se criar o efeito desejado é uma habilidade que requer um melhor entendimento da linguagem visual da forma. O ponto é a unidade mínima da forma. A linha é formada por dois ou mais pontos que se unem de forma contínua. Os planos são formados por linhas contínuas ou conjuntos de linhas. O volume é o que atribui tridimensionalidade ao unir os planos.
O Formato
 O formato deriva da forma. A linha que confere a forma ao plano e consequentemente ao volume estabelece uma relação de tamanho e dimensão, criando uma aparência externa para os objetos e dando a eles um formato. Esse formato influencia a maneira como percebemos as coisas e que sensações e entendimentos elas podem nos transmitir. Os formatos podem ser classificados de acordo com certos padrões que dão a eles uma determinada configuração de formas e então podemos defini-los como naturais, abstratos (não figurativos) ou geométricos.
 Os formatos naturais estão relacionados às formas orgânicas e, portanto, se assemelham aos elementos que vemos e reconhecemos na natureza. 
 Os formatos abstratos apresentam formas não figurativas e, portanto, não se assemelham às coisas do mundo. Não fazem referências a objetos ou matérias existentes. 
 Os formatos geométricos simbolizam a racionalidade e o domínio do homem sobre o mundo natural.
As Cores
 As cores são elementos visuais marcantes que influenciam nossa percepção da forma, dando a ela outras qualidades. Podem ser combinadas de diversas maneiras, a partir de suas diferenças ou semelhanças ou ainda das diferentes sensações que podem transmitir. As cores podem ser combinadas a partir da relação e da sua proximidade visual ou contraste e assim podem apresentar maior ou menor diferença entre elas e, portanto, podem ser trabalhadas para destacar ou mesclar um objeto em um determinado ambiente.
 Como tudo no Design de Interiores, não há uma regra, tudo depende do que se pretende criar em termos de sensação visual. Quais elementos devem ou não predominar no ambiente. Quando trabalhamos com o contraste entre a cor intensa de algum objeto ou mobiliário e a cor de um ambiente neutro, evidenciamos o elemento e damos destaque a ele. Quando usamos cores semelhantes ou neutras, estabelecemos uma relação de paridade na maneira como cada elemento será percebido dentro de um ambiente. Assim, nenhum objeto, móvel ou revestimento se sobressai, criando uma percepção mais uniforme.
A Textura
 A textura é uma característica resultante da materialidade de uma superfície, podendo apresentar dois tipos: visual e tátil. Pode ser aplicada em forma de revestimento sobre as superfícies ou estar diretamente ligada às propriedades físicas de um material específico. É usada para causar determinadas sensações. A diferenciação mais comum entre as texturas vem da ideia de aspereza ou rugosidade em contrapartida ao que é liso e aparenta suavidade.
 As texturas estão inteiramente ligadas aos sentidos. Quando olhamos para uma superfície, podemos senti-la e associá-la através do sentido tátil, e o inverso também se aplica, quando tocamos algo, podemos imaginá-lo visualmente. Esses aspectos acontecem através da associação dos sentidos. É importante provocar os sentidos, isso torna os ambientes mais dinâmicos em termos perceptivos, mesmo que sejam usados de forma suave, sem provocar contrastes bruscos.
A Luz
 A luz, quando atinge determinada superfície, reflete e gera sombras. No caso das texturas físicas ou tridimensionais, a luz pode acentuar ou diminuir sua intensidade. A mesma coisa acontece com a cor. Uma iluminação direcionada a uma superfície gera sombras mais duras e delimitadas, já uma iluminação mais difusa cria sombras menos intensas. O efeito da sombra e da luz também interfere na visualização das formas, tanto do ambiente como dos objetos e do mobiliário. Pois acentua ou não o contraste, interferindo na percepção da tridimensionalidade e da materialidade.
 É importante aqui percebermos como todos os elementos do Design de Interiores criam interferências visuais e sensoriais, portanto, é preciso planejar com cuidado e atenção a relação entre todos eles. A luz é um dos principais elementos, pois ela pode modificar toda a ambientação, interferindo na hierarquia visual. 
 As luminárias também são muitoimportantes, pois são objetos e têm uma configuração visual e formal e, portanto, devem conversar com o restante do ambiente.
d) A luz pode modificar toda a ambientação, interferindo na hierarquia visual.
A Proporção
 A proporção é um aspecto importante para a composição espacial de um ambiente. É preciso perceber a relação do espaço e dos elementos que o compõem. O espaço interno tem que ser elaborado e planejado em relação a todas as suas dimensões: altura, largura e profundidade.
 Ou seja, o espaço, assim como os objetos que o preenchem, é tridimensional e, portanto, deve ser trabalhado para que as proporções e as relações entre tais dimensões sejam feitas de forma equilibrada.
A Escala
O Equilíbrio
A Harmonia
Homogeneidade e variedade
O Ritmo
d) O ritmo é formado pela repetição de elementos e dinamiza o ambiente de forma organizada e contínua.
Materiais de Revestimento
 Os materiais estão presentes em grande diversidade em um projeto de interiores. Todos os elementos usados em um projeto apresentam características como forma, formato, escala, cor, textura, entre outras. 
 Tais características são próprias dos materiais de que são compostos, afinal, eles não apenas definem as características visuais, mas suas propriedades interferem nas possibilidades formais. 
 Além dos elementos utilizados na decoração do ambiente, como mobiliário, tapetes e cortinas, temos que considerar os elementos arquitetônicos que configuram visualmente o espaço, como os revestimentos.
Materiais de Revestimento
 Além de suas propriedades estruturantes, suas características visuais são de grande importância para a composição do projeto. Podemos considerar os revestimentos como acabamentos, ou seja, em geral, revestem o material com o qual a edificação foi construída, oferecendo a ela novas cores e texturas. Esses revestimentos aparecem entre outros elementos da arquitetura, principalmente nos pisos, paredes e tetos dos ambientes.
Revestimentos de Piso
 Revestimento de piso é a camada final de um sistema de piso. Como o piso está sujeito ao desgaste direto e representa uma grande parte da área da superfície de um recinto, ele deve ser selecionado com base em critérios tanto funcionais quanto estéticos. (CHING; BINGGELI, 2013, p. 290) Quanto aos fatores funcionais, podemos destacar que é preciso considerar o uso do ambiente para que possamos avaliar se a resistência e as propriedades do material serão adequadas. Devemos ainda considerar outros aspectos, como facilidade de limpeza e manutenção, conforto térmico e acústico e a textura.
Dentro de toda a variedade de materiais e tipos de piso, podemos destacar: Madeira; Laminados; 
 Pedras; Cerâmicos e Porcelanato; Forrações e Carpetes; Vinílico. Cada um desses tipos apresenta uma grande diversidade de opções relacionadas a texturas, cores ou padrões.
 Quando optamos por um piso de madeira ou um piso cerâmico, estamos definindo uma interferência visual, mas também estamos trabalhando as sensações térmicas que o ambiente pode oferecer. Essa é uma preocupação importante na hora de definir o tipo de piso a ser instalado. Em ambientes como salas e dormitórios, podem ser propostos materiais como a madeira ou a forração, no caso de locais com temperaturas mais baixas. Ao contrário, pisos frios podem ser mais eficientes em temperaturas mais elevadas.
Revestimentos de Parede
 Os acabamentos de parede são utilizados para aumentar a durabilidade, absorção de sons e a refletância da luz ou modificar a aparência de uma parede. Alguns são parte integral da estrutura de uma parede, enquanto outros são camadas separadas, fixas à estrutura. Já outros acabamentos de parede são finas camadas ou coberturas que são aplicadas sobre uma superfície de parede. (CHING; BINGGELI, 2013, p. 303) São inúmeros os materiais que se pode aplicar sobre a superfície de uma parede, garantindo que diferentes materiais construtivos possam receber o revestimento adequado.
 Devemos considerar que as paredes são elementos muito significativos para um ambiente interno. Pois têm um valor visual muito expressivo na composição. Os tipos de revestimentos mais comuns são: Papel de parede; Tecido; Revestimento cerâmico; Pastilhas de vidro; Pintura e textura. Cada um desses tipos apresenta uma grande diversidade de opções relacionadas a texturas, cores ou padrões
Revestimentos de Teto
 O teto é a parte que cobre o ambiente. Também é muito significativo visualmente e pode ser de diversos tipos de materiais construtivos. Um ambiente coberto por uma laje plana pode utilizar materiais de acabamento como pintura, mas também a utilização de um forro para diminuir a altura do pé-direito, dando ao espaço uma ideia maior de aconchego. Também pode ser útil para uma redistribuição da iluminação, planejando pontos específicos relacionados à composição dos elementos.
 Na ausência da laje, o uso do forro serve também para esconder o telhado e sua estrutura ou outro tipo de cobertura. O que garante maior conforto térmico e acústico para o ambiente. O gesso e a madeira são os mais comuns e podem receber acabamentos como a pintura. Mas também podem ser feitos de PVC ou de metal, deixando o próprio material aparente como acabamento.
Transformação Visual
 Abordamos então aspectos relacionados à transformação visual dos espaços e ambientes e sua adequação com as propostas conceituais do projeto. Devemos considerar, portanto, que o projeto de interiores é um planejamento que deve levar em conta todos os tipos de elementos a serem utilizados, mas principalmente sua organização. Desta forma, podemos nos certificar de que os aspectos, tanto formais quanto funcionais, serão solucionados de maneira adequada ao objetivo do projeto.
d) Os revestimentos de parede devem ser adequados ao material construtivo.
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Estilos do design
 O estilo a ser usado deve ser escolhido logo no início do processo de um projeto de interiores, após o levantamento de todos os aspectos relevantes do espaço, do usuário e do tipo de uso pretendido. É a partir do estilo determinado que tudo irá se configurar. Todas as escolhas em relação aos elementos decorativos partem dessa definição conceitual do ambiente. As características dos elementos e do mobiliário, das formas, das cores e das texturas devem seguir uma linha para que se possa tornar uma composição visual coerente, equilibrada e interessante.
 O Design de Interiores trabalha com a formação e a informação visual do espaço interno e, portanto, é preciso definir o quanto antes o que se quer atingir e quais caminhos o projeto pode seguir. Os estilos seguem tendências de comportamento e valores estéticos ligados a elas. Assim, servem como uma inspiração e fonte de pesquisa para o projeto e não como modelo literal do que será definido. O mais comum é considerar uma mistura dessas referências, de modo a causar interferências visuais entre elementos e acessórios, criando um aspecto mais dinâmico na composição espacial.
 A busca por uma composição original não deve seguir propriamente um modelo, mas encontrar inspirações que possam originar uma combinação que tenha identidade com o usuário. Todos somos uma mistura de gostos e preferências e, portanto, somos únicos em nossa maneira de agir e interagir com os lugares e, assim, um ambiente deve refletir seu usuário e não padrões predefinidos. Quando recorremos a um estilo que remeta ao clássico, por exemplo, ele será uma adaptação, uma analogia do pensamento daquele período, com o uso de novos materiais e soluções tecnológicas, assim como de novos elementos decorativos.
 Os diferentes estilos podem ser vistos em uma cronologia que, de certa maneira, acompanha a evolução cultural da humanidade. Assim, é também importante considerar os diferentes conceitos que cada um deles representa. Os estilos mais antigos, como o clássico ou o renascentista, possibilitam uma relação com o pensamento estilístico e o modo de vida desses períodos. Eles representam um designmais ornamentado e suntuoso, que é traduzido por ambientes carregados de elementos com características cromáticas específicas.
 Já nos períodos modernos, percebemos que tais ornamentações são colocadas de lado em nome de uma limpeza visual que privilegia os aspectos funcionais da composição espacial. A geometrização das formas define o pensamento racional desse estilo, que pode apresentar características variáveis que, de certa forma, utilizam-se do pensamento moderno, apresentando questões mais específicas. Outros movimentos surgem dentro do pensamento contemporâneo, em que a busca por referências marca as tendências do Design de Interiores.
 Os estilos devem acompanhar os comportamentos e as tecnologias de cada momento histórico e cultural, assim como devem seguir também aspectos relacionados ao próprio desenho arquitetônico da edificação. As construções mais modernas pedem soluções visuais que, de certa maneira, respeitem suas propostas, outros estilos arquitetônicos devem ter outros aspectos predominantes. O Design de Interiores deve ser criativo, mas deve também estar adequado, estabelecendo um diálogo com a arquitetura do espaço e com as características culturais dos indivíduos.
 Por isso é importante para um profissional de Design de Interiores construir um repertório pessoal que permita auxiliar na elaboração e na busca de soluções. Precisamos conhecer, além de estilos, desde as referências projetuais de outros profissionais até as mais novas possibilidades de produtos e soluções que o mercado pode oferecer. Pois é esse conhecimento que irá permitir trabalhar com criatividade, mas também com eficiência e adequação, encontrando as soluções desejadas.
 O designer deve adotar uma postura crítica em relação ao mundo, sendo a ele obrigatório um vasto repertório de conhecimento das culturas e dos comportamentos humanos, para que possa responder a necessidades de usos e atividades diversas. Assim, podemos destacar a importância também de um conhecimento técnico e um repertório vasto de soluções que se possam aplicar a diferentes funções e necessidades que um espaço/ambiente possa acolher.
 O profissional de design está apto não apenas a realizar as expectativas do cliente/usuário, mas a ir além delas, fazendo propostas e soluções criativas e inovadoras, baseadas em seu repertório e seu conhecimento técnico. Na maioria das vezes, o cliente sabe o que deseja, mas cabe ao profissional adequar tal desejo às possibilidades concretas que condicionam o projeto. Tais possibilidades envolvem soluções técnicas adequadas e necessárias e, muitas vezes, inovadoras como forma de responder às necessidades previstas
 O conhecimento adquirido com os estudos, tanto nas áreas técnicas quanto estéticas permite ao designer trabalhar com sua criatividade. O aspecto criativo necessita, muitas vezes, do entendimento de como determinada proposta possa ser aplicada e executada ou, então, corremos o risco de elaborar um projeto que não possa ser concretizado por razões diversas. No decorrer desta unidade iremos abordar alguns estilos do design como forma de conhecermos um pouco melhor suas propostas estéticas.
e) A escolha do estilo em um projeto é uma das principais decisões.
Estilo clássico
 O estilo clássico nos remete à Antiguidade Clássica e aos períodos egípcio, grego e romano; no entanto, se mistura a outros estilos, como Renascentista, Barroco e Rococó na ornamentação, nas texturas e nas cores. É considerado um estilo elegante e luxuoso pela suntuosidade dos seus aspectos decorativos. Esse estilo é indicado para ambientes amplos e de grandes dimensões, tanto em relação à largura e à profundidade, mas também à altura, para que possa acolher os elementos decorativos e o mobiliário adequados de forma equilibrada.
 Por conta das maiores dimensões, esses ambientes podem ter grandes aberturas, como portas e janelas, geralmente em madeira com entalhes e molduras ornamentadas. O mobiliário é marcado pelo uso de materiais nobres como a madeira em tons escuros, usando o mogno, a cerejeira, entre outros tipos. A riqueza de detalhes é outra característica dos móveis clássicos, com entalhes e tecidos de tonalidades fortes ou estampados.
Estilo moderno
 O estilo moderno caracteriza as edificações compostas por linhas retas e a retirada de todo o tipo de ornamentação, valorizando o material construtivo, utilizando em grande parte o concreto, o aço e o vidro. As cores também seguem uma paleta abreviada, em que o uso do branco predomina para valorizar as formas do edifício. Busca uma sensação de simplicidade e racionalidade que é utilizada também em todos os elementos decorativos e mobiliários, tanto em relação ao desenho como na quantidade de peças decorativas.
 A Escola alemã Bauhaus, que existiu na primeira metade do século XX, é uma referência importante para o estilo moderno, tanto na arquitetura quanto no design. A funcionalidade é um aspecto bastante importante dentro do estilo, seguindo o conceito de “forma e função”, em que a forma deve seguir as necessidades funcionais e auxiliar na eficiência de uso do espaço/ambiente. Os elementos privilegiam as linhas retas ou formatos geométricos, como triângulos, círculos, quadrados; muitas vezes utilizando as cores primárias, mas, principalmente, a variação de tons entre o branco e o preto.
Estilo minimalista
 O minimalismo é uma das variações comuns do estilo moderno, potencializando conceito de “forma e função”, somado à ideia de que “menos é mais”. No estilo minimalista, o espaço é valorizado com o uso de uma quantidade mínima de elementos possíveis. A funcionalidade é a questão mais importante e a estética do ambiente deve seguir seu uso determinado. Excluir todo tipo de excessos é muito importante e, portanto, requer também uma escolha e uma organização visual eficiente ao que for essencial no ambiente.
Estilo industrial
 No estilo industrial, todos os materiais e as instalações ficam expostos e não priorizam o uso de ornamentações, já que os próprios elementos da edificação interferem visualmente na percepção do espaço. A estética é inspirada no ambiente industrial que, de certa maneira, tem como prioridade a utilidade dos elementos e não a sua estética. Os ambientes, em geral, eram amplos e sem divisões internas, o que incentivava a criação de ambientes integrados, posteriormente originando o conceito de loft.
f) A riqueza de detalhes é uma característica dos móveis clássicos.
Estilo rústico
 O estilo rústico remete a um conceito mais natural ou artesanal, de certa maneira em oposição ao estilo moderno e ao estilo de vida industrial e tecnológico. Propõe um retorno aos elementos e aos materiais naturais em estado quase bruto, buscando um ar de fazenda e vida rural que oferece um ambiente com sensação de aconchego para quem busca criar um refúgio no cotidiano da vida urbana. O mobiliário rústico utiliza materiais como a pedra, a madeira, o tecido cru, o sisal e outros com características artesanais. Geralmente, são pesados e feitos de madeira maciça, sem tratamentos ou revestimentos, o que dá a eles um aspecto mais bruto.
Estilo contemporâneo
 O estilo contemporâneo é o estilo que representa nossos dias atuais. Adaptado a uma sociedade tecnológica e conectada. Utiliza materiais sintéticos como o plástico, o vidro, o aço e suas variantes, e uma maior liberdade de experimentação em diferentes composições físicas e novas formas de uso para os espaços e os objetos. O contemporâneo herda os princípios modernos de funcionalidade e simplicidade, no entanto, uma de suas características é uma maior variação de texturas, cores, formas e materiais, que cria uma composição visual mais diversificada. 
 A produção de mobiliários, atualmente, busca alternativas de materiais que possam substituir a madeira, a pedra, entre outros; investindo cada vez mais na reciclagem do plástico, do vidro e dos metais. O mobiliário contemporâneo segue os princípios de simplicidade modernos, no entanto, é mais espaçoso e com desenhos angulares, muitas vezes de altura baixae quase rente ao chão. O estilo valoriza muito a iluminação e, portanto, os revestimentos tendem, em geral, para cores claras e neutras ou tons pastel, mas é muito comum que cores e texturas fortes e marcantes estejam presentes em detalhes.
Estilo retrô
 O estilo retrô é uma das tendências do contemporâneo, investindo na produção de peças inspiradas no design do período que vai da década de 1950 até a de 1970, período que compreende a passagem do moderno para o contemporâneo. A funcionalidade deve ser uma preocupação. Os objetos decorativos devem ser pensados a partir de sua função de uso. No entanto, os materiais podem ser bastante diversificados, misturando texturas e formas, tanto florais quanto geométricas.
Estilo vintage
 É importante ressaltar que existe uma diferença entre o estilo retrô e o estilo chamado vintage. O primeiro envolve o uso de peças novas, produzidas, como mencionado anteriormente, a partir dos preceitos estilísticos do design dos anos 1950 aos 1970. Já o estilo vintage utiliza peças antigas e usadas, originais de outras épocas, às vezes variadas e não específicas de um estilo, que são reaproveitadas na decoração e encontradas em antiquários.
Outros estilos 
 É possível listar uma infinidade de outros estilos, com referências diversas, relacionadas não só aos contextos históricos, mas também climáticos, étnicos ou culturais. Por exemplo, no Brasil temos condições climáticas tropicais que interferem no clima e na natureza e, de certo modo, somos influenciados por tais condições em relação aos nossos gostos e padrões estéticos. O clima tropical nos leva, a princípio, à utilização de ambientes que priorizem a ventilação e tirem proveito da luminosidade natural.
c) O estilo contemporâneo faz uso de mobiliários diversificados em relação a materiais e formas.
Leilões, antiquários e mercados de objetos usados
 O uso de peças antigas é uma tendência do mercado de decoração contemporâneo. O reaproveitamento e a utilização de peças e objetos usados são, muitas vezes, alternativas visuais muito interessantes na composição de um ambiente. O uso de objetos usados e antiguidades pode ter dois aspectos: o primeiro é a economia da reutilização de peças existentes e o segundo é como recurso estilístico, oferecendo composições que misturam os estilos decorativos.
Móveis e objetos usados
 Cada vez mais, a prática do design define a necessidade de diminuir o consumo de materiais e recursos naturais para a fabricação de peças. Assim, o mercado de móveis e elementos usados oferece algumas vantagens, ligadas à sustentabilidade e à economia de recursos e também aos aspectos econômicos, já que os custos são mais atrativos. É possível encontrar produtos interessantes no mercado. O importante, na hora da escolha, é manter o foco em relação ao que foi definido no projeto e procurar o melhor custo-benefício.
Quando alguém se muda ou reforma uma residência ou um ambiente, geralmente, pensa em substituir a maior parte do mobiliário, o que faz parte da renovação. No entanto é comum que uma ou outra peça tenha um valor sentimental e, então, o esperado é que seja reutilizada e ganhe lugar em meio à composição da nova mobília. É reconfortante a presença de objetos e móveis que façam parte de memórias afetivas, sejam ligadas a pessoas ou lugares, ou mesmo à sua própria história
Antiguidades
São peças autênticas que já não mais são produzidas e deixaram marcas no tempo. Tais marcas têm a ver com diversos fatores, seja pelo seu valor material ou imaterial. Em relação ao seu valor imaterial, um aspecto importante para definirmos uma antiguidade é a idade da peça. Podemos defini-la dessa maneira quando tem, pelo menos, 100 anos. Quando falamos de valor material, referimo-nos a aspectos como os materiais e os físicos, mas também os meios de produção e os estilos adotados em diferentes épocas.
Antiquários
 Antiquários são lojas especializadas em antiguidades. Sua importância está justamente em dar acesso, às pessoas, às peças antigas, favorecendo também um destino adequado para quem quer se desfazer de determinados objetos. Podemos encontrar todo o tipo de móveis, acessórios e objetos decorativos. Geralmente, oferecem uma variedade de estilos, o que garante uma possibilidade grande de que algo possa ser adequado ao projeto, seja lá qual for a sua linha temática, basta usar a criatividade e o bom senso.
Leilões de artigos usados e antiguidades
 Os leilões são, geralmente, organizados por grandes casas de antiguidades e antiquários. Existe todo tipo de objetos e bens que são oferecidos em leilões: propriedades, carros, roupas, móveis, obras de arte, entre outros, e é possível encontrar uma diversidade de ofertas e preços para todo tipo de objetos e gostos. São boas oportunidades para conseguir objetos pouco acessíveis ou, então, por valores abaixo do mercado.
 Existem, ainda, os leilões dedicados a peças muito valiosas ou destinados a colecionadores em busca de produtos específicos. É comum, por exemplo, vermos peças de artistas e pessoas importantes serem disputadas e arrematadas por valores elevados. Ou, ainda, obras de arte famosas de artistas renomados na história.
Mercados de pulgas
 Outra alternativa para encontrar produtos antigos e usados são os famosos mercados de pulgas. É uma espécie de feira ou bazar ao ar livre, em que se pode encontrar todo o tipo de produtos usados, como roupas, móveis, talheres, louças, objetos de decoração, sejam antiguidades ou não. Neles, a negociação costuma ser mais flexível e os preços menores do que nos antiquários tradicionais, no entanto, os vendedores oferecem menos garantias em relação à origem e à história das peça
c) São considerados antiguidades os objetos com mais de 100 anos de idade.

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