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CCJ0006-WL-PP-Guido-Aula 02-Fatos e Negócios Jurídicos

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Guido 
Cavalcanti
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Aula 2
Os Planos do Negócio Jurídico
Ementário de temas
Ato e Negócio Jurídico – Fato Jurídico – Negócio jurídico – Classificação dos Negócios Jurídicos – Existência, Validade 
e Eficácia do negócio jurídico – Considerações acerca dos requisitos de validade do art. 104.
Leitura obrigatória
VENCESLAU, Rose Melo. “O negócio jurídico e as suas modalidades”, in Gustavo Tepedino epedino (org). A Parte 
Geral do Novo Código Civil. Rio de Janeiro: Renovar, 2002; pp. 177/200.
Leituras complementares
TEPEDINO, Gustavo, BODIN DE MORAES, Maria Celina e BARBOZA, Helena. Código Civil Interpretado conforme a 
Constituição da República, v. I. Rio de Janeiro: Renovar, 2004; pp. 207/220.
SILVA, Caio Mário da. Instituições de Direito Civil, v. I. Rio de Janeiro: Forense, 2005; pp. 475/495.
1. Roteiro de aula
Ato e Negócio Jurídico
No Código Civil de 1916, ato jurídico era considerado como todo ato voluntário, revestido das condições 
determinadas pela lei e que produzisse regularmente efeitos jurídicos. Fatores como a vontade humana careciam 
ainda de maiores estudos sobre a sua participação para a formação de um conceito, e ao contrário do que se 
observa atualmente, a diferenciação entre ato jurídico e negócio jurídico ainda não restava bem delineada.
A noção de negócio jurídico provém de trabalhos doutrinários alemães que passaram a considerar a importância das 
manifestações de vontade na produção de efeitos jurídicos. Dessa forma, a doutrina gradativamente se aproximou 
de um conceito contemporâneo de ato jurídico, o qual, mais modernamente, é compreendido em um sentido amplo, 
passando a se desdobrar em dois outros significados: (i) o ato jurídico em sentido estrito; e (ii) o negócio jurídico.
Antes de estudar os atos jurídicos em sentido amplo, algumas considerações acerca da categoria mais ampla de 
fatos jurídicos se fazem necessárias.
Fato Jurídico
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05/07/2013https://sites.google.com/site/professorguidocavalcanti/home/aula-2010---2o-semestre/fir--...
Fato jurídico é um acontecimento, quer seja humano, quer seja natural, apto a produzir efeitos jurídicos, 
provocando o nascimento, a continuação, a modificação ou a extinção de relações jurídicas e dos direitos que a ela 
se referem.
Os fatos jurídicos podem ser subdivididos em espécies. Eles se bipartem tendo como critério a sua natureza, 
podendo ser denominados fatos humanos voluntários ou eventos naturais.
Os fatos jurídicos naturais (que decorrem de eventos naturais) são independentes da vontade do homem. Não se 
deve afirmar que os mesmos são completamente estranhos ao homem, visto que fulminam as relações jurídicas –
que por sua vez são titularizadas por pessoas físicas ou jurídicas (conjunção de vontades humanas para o 
atingimento de um fim).
Esses fatos decorrem da manifestação da natureza, podendo ser ordinários ou extraordinários. Os ordinários são 
aqueles cuja verificação é comum, tal qual o nascimento e a morte; os extraordinários, por sua vez, são dotados de 
maior margem de imprevisibilidade, correspondendo aos denominados caso fortuito ou força maior.
Além dos fatos jurídicos naturais, deve-se mencionar a existência de fatos humanos voluntários, que são aqueles 
que resultam da atuação humana, seja ela positiva ou negativa. Tais fatos influem nas relações jurídicas, variando 
em razão da tipologia do ato praticado. Dividem-se em fatos lícitos (atos jurídicos lícitos em sentido amplo) e fatos 
ilícitos.
Os atos jurídicos latu sensu, são aqueles caracterizados pela atuação da vontade da parte em sua constituição e na 
produção de sus efeitos. A manifestação de vontade assume aqui um papel muito mais relevante do que nas 
tipologias examinadas acima. Os atos jurídicos em sentido amplo subdividem-se em duas espécies:
(i) Ato jurídico stricto sensu – a declaração de vontade é dirigida para a produção de efeitos previamente 
determinados em lei, imodificáveis pela ação volitiva. Não compete à parte modificar, moldar os efeitos dessa 
declaração de vontade, mas apenas decidir pela produção de um ato que possui os seus efeitos já previamente 
estipulados. A manifestação de vontade se corporifica pela intenção ou não de sofrer em sua esfera jurídica os 
efeitos já determinados pela letra da lei;
(ii) Negócio jurídico – Os efeitos que se produzem a partir dos negócios jurídicos são aqueles não proibidos pela lei. 
Não confrontando com a dicção legal, as partes possuem espaço para construir relações jurídicas de diversos 
moldes. O teor negocial aqui é flagrantemente maior, implicando na composição de interesses. Os efeitos são 
permitidos pela lei e são desejados pelos agentes.
Os fatos ilícitos, por sua vez, são aqueles que se processam contrariamente à ordem jurídica, provocando o dever 
de reparação. Produzem efeitos diversos ou não pretendidos pelos agentes que lhes dão causa.
https://docs.google.com/document/d/1xPv325XD1lBeY4Pwz2WWZ6zbxoEOdO8pnBHvZDgm25Q/edit
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