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MANUAL DE ESTÁGIO DO CURSO SERVIÇO SOCIAL Professora Me. Maria Cristina Araújo de Brito Cunha Professora Esp. Valeria Cristina da Costa GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; CUNHA, Maria Cristina Araújo de Brito; COSTA, Valeria Cristina da. . Maria Cristina Manual de Estágio do Curso Serviço Social Araújo de Brito Cunha; Valeria Cristina da Costa. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. Reimpresso em 2021. 100 p. “Graduação - EaD”. 1. Metodologia. 2. Estágio. 3. Serviço Social. 4. EaD. I. Título. CDD - 22 ed.360 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Diretoria Executiva Chrystiano Minco� James Prestes Tiago Stachon Diretoria de Design Educacional Débora Leite Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila Toledo Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard Coordenador de Conteúdo Marcia Maria Previato de Souza Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Editoração Melina Belusse Ramos Qualidade Textual Hellyery Agda Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos com princípios éticos e profissionalismo, não so- mente para oferecer uma educação de qualidade, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in- tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e espiritual. Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil. A rapidez do mundo moderno exige dos educa- dores soluções inteligentes para as necessidades de todos. Para continuar relevante, a instituição de educação precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, coragem e compromisso com a quali- dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor do ensino presencial e a distância. Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária. Vamos juntos! Pró-Reitor de Ensino de EAD Diretoria de Graduação e Pós-graduação Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu- nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con- tribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desenvolvendo competên- cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá- rios para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cresci- mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis- cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui- lidade e segurança sua trajetória acadêmica. A U TO R A S Professora Esp. Valeria Cristina da Costa Bacharel em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina (1998). MBA em RH, experiência como supervisora de benefícios sociais, professora da Unicesumar Maringá/PR. Atualmente, atua como gerente de proteção social básica na prefeitura municipal de Maringá. Professora Me. Maria Cristina Araujo de Brito Cunha Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal do Amazonas (1985), Especialista em Administração de Recursos Humanos pela Universidade Federal da Paraíba (1990), Mestrado em Gerontologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). Experiência docente na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, gestão de processos acadêmicos, consultora em assuntos educacionais, Coordenadora do Curso de Serviço Social, na modalidade presencial e NEAD da Unicesumar - Maringá/PR. Olá, Caro(a) aluno(a)! Sabemos o quanto é esperado esse momento para você, afinal, representa uma expec- tativa de desvelar o campo de estágio a partir da validação do aprendizado teórico e prático em confronto com a realidade, no cotidiano da prática profissional. É o momento do salto do saber teórico-metodológico para o saber técnico-operativo. Por entendermos o quanto representa essa significativa passagem, preparamos com todo carinho o Manual de Estágio Supervisionado em Serviço Social da Unicesumar es- pecialmente para você! Aqui, você encontrará todas as prerrogativas que regem e regulamentam a Supervisão de Estágio em Serviço Social e toda base conceitual que circunscreve o processo de supervisão, além das informações e orientações necessárias para realizar seu processo formativo de estágio com sucesso, uma vez que se trata de uma disciplina que faz parte da sua formação profissional. Lembre-se, ainda, que o estágio é a grande oportunidade de o aluno vislumbrar a prática profissional e que muito o ajudará nas futuras escolhas de atuação sócio ocupacional, ao identificar as áreas que mais tem afinidade. Sendo assim, é imprescindível sua total dedicação. Nosso objetivo é prepará-lo(a) para o mercado de trabalho, para tanto, o estágio tem o papel ímpar de cumprir todas as suas etapas de forma eficiente, com subsídios teóricos e técnicos que perpassam questões éticas. É com esse propósito que estamos imbuídos de promover o estágio supervisionado e aproximar cada um de nossos alunos das demandas sociais que surgem no mundo do trabalho, criando, dessa forma, oportunidades de exercitar a tão sonhada prática profis- sional sob a supervisão sistematizada de supervisores acadêmicos e de campo que, de forma efetiva, irão corroborar com o seu aprendizado. Desejamos que este Manual de Estágio se torne um guia que oriente tanto o aluno como os supervisores nesse caminho de mútuas descobertas, de aprendizagem ede crescimento profissional. Bom aproveitamento do estágio! Prof.ª Me. Maria Cristina Cunha APRESENTAÇÃO MANUAL DE ESTÁGIO DO CURSO SERVIÇO SOCIAL SUMÁRIO OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL 11 Objetivos Gerais 11 Objetivos Específicos O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES 14 Projeto Político Pedagógico do Curso de Serviço Social Unicesumar 15 Bases Conceituais da Supervisão de Estágio 17 Fundamentos Éticos e Legais para Operacionalização do Estágio Supervisionado Obrigatório e não Obrigatório 29 A Instrumentalidade da Supervisão de Estágio Curricular DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE SUPERVISÃO DO ESTÁGIO 40 Da Organização do Processo de Estágio 48 Processo de Supervisão de Estágio 53 Os Papéis dos Sujeitos na Supervisão de Estágio em Serviço Social SUMÁRIO ATRIBUIÇÕES DOS SUJEITOS NAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 59 Do Supervisor de Campo 63 Do Supervisor Acadêmico 66 Do Aluno/Estagiário 70 Da Coordenação de Estágio 71 Das Atribuições Conjuntas de Supervisores 85 Sistema de Avaliação do Desempenho 88 Anexos 98 Referências Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 11 OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL OBJETIVOS GERAIS: ■ Conhecer as Diretrizes Curriculares Nacionais do Estágio Supervisionado em Serviço Social, as Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), a Política Nacional de Estágio, a Lei de Estágio e todos os atos normativos que regulamentam o Estágio Supervisionado em Serviço Social. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ■ Conhecer as bases conceituais da Supervisão de Estágio. ■ Refletir sobre a importância do Projeto Ético Político para a formação profissional. ■ Estudar as atribuições dos sujeitos e instâncias envolvidas no estágio supervisionado. Identificar as estratégias de operacionalização do Estágio Supervisionado. ■ Compreender o processo formativo do estágio supervisionado e sua orga- nização apresentada no Manual de Estágio do Curso de Serviço Social Unicesumar. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES A proposta do estágio curricular supervisionado do Curso de Serviço Social do NEAD Unicesumar tem como premissa possibilitar aos nossos alunos(as) vivenciarem: as mais vastas experiências mediatizadas pelo conhecimento teóri- co-metodológico e pelo trabalho profissional; o exercício técnico operativo para o desenvolvimento de competências necessárias para a intervenção profissional, somado ao reconhecimento do compromisso com as classes trabalhadoras, no contexto político, econômico e cultural. É nesta perspectiva que o estágio supervisionado adquire um peso pri- vilegiado no processo de formação profissional do estudante do curso de Serviço Social, podendo oportunizar não somente aproximações no processo de capacitação teórico-metodológica para o profissional, mas também o conhecimento das diferentes relações que compõem o com- plexo tecido social (OLIVEIRA, 2004, p.67). O curso de Serviço Social Unicesumar concebe o processo formativo de super- visão, o acompanhamento sistemático das ações desenvolvidas pelos três atores assim identificados: supervisor acadêmico, aluno estagiário e o assistente social do campo credenciado, denominado supervisor de campo. As atividades Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 13 supervisionadas visam desenvolver o espírito crítico, analítico e empreendedor do aluno, complementando o processo de ensino e aprendizagem. O estágio supervisionado se objetiva no decurso da formação, no momento em que o aluno estagiário inicia a sua história profissional, experimentando na prática o exercício inicial de uma postura que é marcada pela passagem da reali- dade acadêmica para a realidade profissional, possibilitando, nesse contato com o real, o trato com os sujeitos da intervenção no campo profissional e, ao mesmo tempo, o contato com o contexto institucional, na medida em que for se inse- rindo nos diversos espaços sócios ocupacionais. Essa experiência é um processo contínuo de construção mútua, que requer múltiplas responsabilidades e contí- nuas reflexões na construção do saber e da práxis. O Estágio é um componente curricular obrigatório exigido para a conclusão do curso superior de Bacharel em Serviço Social. Sua realização é fundamental para a formação acadêmica universitária, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências frente as exigências do mercado de trabalho. O Estágio Supervisionado deverá ser iniciado no terceiro ano letivo, quando da oferta da disci- plina, com o objetivo de capacitar o(a) aluno(a) para pôr em prática todo o cabedal de conhecimento acumulado durante o percurso do curso e os instrumentais neces- sários para intervir na dinâmica das organizações nas diversas esferas e setores. O(a) aluno(a), ao ser inserido no estágio, estará sob a responsabilidade do(a) supervisor(a) acadêmico(a) e do(a) supervisor(a) de campo, que, obri- gatoriamente, tem que ser assistente social, juntos, vão trabalhar no sentido da orientação sistemática para construir o plano de ação, realizar diagnóstico, identificar as potencialidades e fragilidades da instituição, levantar indicadores e analisar cenário, bem como o contexto das situações de entrave e as possíveis intervenções. Com o suporte do corpo docente e apoio técnico, o domínio dos conhecimentos adquiridos e as contribuições decorrentes das aulas, fóruns, semi- nários, estudo de caso, atividades de estudo e de todos os recursos pedagógicos, muitos projetos de pesquisa já serão delineados ali para fins do trabalho de con- clusão de curso, o TCC, que tem como objetivo tratar de um determinado tema, como resultado das observações e da própria atividade de estágio, aglutinando os subsídios recebidos durante o processo formativo. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 14 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL UNICESUMAR O curso de Serviço Social da Unicesumar concebe o processo de supervisão dentro das Diretrizes Curriculares Nacionais e Projeto Político Pedagógico do Curso em consonância com as orientações da Política Nacional de Estágio da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS, desen- volvida pelo professor de estágio (supervisor acadêmico) e o assistente social do campo credenciado (supervisor de campo), como uma múltipla oportunidade: além do aprendizado do aluno, pela experiência e conhecimentos específicos da área pelo supervisor de campo, a realimentação dos conteúdos ministrados pelo curso, pelo contato direto com as demandas emergidas nos campos e a rea- limentação da prática profissional do Supervisor e da própria organização, pela aproximação com as novas teorias e conhecimentos oportunizados pelo profes- sor de estágio e pelo próprio aluno. O Projeto Pedagógico de Curso foi construído segundo as diretrizes curricu- lares do MEC - Ministério da Educação – e conforme pressupostos da ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – de 08 de novem- bro de 1996, além de estar fundamentado nas seguintes regulamentações: ■ Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. ■ Lei nº 8.662/93 - Lei que regulamenta a profissão de Assistentes Sociais. ■ Diretrizes Curriculares da ABEPSS 1996. ■ Parecer CNE 492/2001 - emite parecer sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. ■ Parecer CNE 1363/2001 - retifica o Parecer CNE/CES n.º 492, de 3 de abril de 2001, que aprova as Diretrizes CurricularesNacionais dos cur- sos de Arquivologia, Biblioteconomia, Ciências Sociais - Antropologia, Ciência Política e Sociologia, Comunicação Social, Filosofia, Geografia, História, Letras, Museologia e Serviço Social. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15 ■ Resolução CNE/CES nº 15, de 13 de março de 2002 - estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Serviço Social. ■ Parecer CONAES 4 de 17/6/2010 – regulamenta o Núcleo Docente Estruturante. ■ Resolução 2 de 18/6/2007 – dispõe sobre carga horária. ■ Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Unicesumar. ■ Portarias e Resoluções emanadas dos Conselhos Superiores Unicesumar para a área acadêmica. ■ Política Nacional de Estágio em Serviço Social da ABEPSS - maio de 2010 – que trata dos princípios norteadores para a realização do estágio em Serviço Social para a formação profissional. BASES CONCEITUAIS DA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO Então, o que é supervisão em Serviço Social? É o processo pedagógico de ensino e aprendizagem, que se realiza na área do agir, desenvolvendo o acompanhamento da prática cotidiana do(a) aluno(a) estagiário(a), pautado no projeto éti- co-político do Serviço Social, consubstanciado no seu Código de Ética Profissional. A supervisão é um “processo educativo”, onde o supervisor e o super- visionado aprendem em conjunto, onde há a torça, o debate. Existe a preocupação de a prática profissional estar respaldada em uma teoria, e de a visão da unidade teoria-prática, na ação supervisora (BURIOLLA, 2003, p. 64). Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 16 SUPERVISÃO DE ESTÁGIO – PONTENCIALIDADES NA RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZAGEM “A relação supervisor e supervisionado é a relação do debate no processo de ensino-aprendizagem. Mas, também, é uma relação de saber” (Toledo). Agora, caro(a) aluno(a), vamos conhecer melhor as atribuições de todos os sujeitos envolvidos no estágio supervisionado em Serviço Social – Unicesumar – NEAD? Inicialmente, é preciso ter clareza sobre o estágio em Serviço Social como um processo pedagógico de ensino-aprendizado, o estágio se realiza pela aproximação e dissociação entre a teoria e a prática, no desenvolvimento e acompanhamento do cotidiano do aluno estagiário nos mais diversificados espaços sócio ocupa- cionais do assistente social, pautado no projeto ético-político do Serviço Social, consubstanciado no seu Código de Ética Profissional. A autora que mais discute sobre a temática na área de Serviço Social, é Buriolla (2001), que, em sua obra, fala sobre a importância do supervisor de campo e do supervisor acadêmico como ímpar, pois a figura deles contribuirá para “direcio- nar” um novo profissional que, na maioria das vezes, será influenciado por eles. Devido a isso, espera-se que esses profissionais tenham uma postura ética e com- promissada com o desenvolvimento e com a cidadania dos usuários, buscando a emancipação deles e o resgate de sua cidadania enquanto sujeitos, rompendo com a visão do assistente social burocrático e assistencialista. Sobre o planejamento da disciplina e do acompanhamento do aluno/estagiário, todos os nossos esforços estão pautados em garantir a excelência na sua formação profissional e competência para o exercício profissional; na perspectiva da teoria social crítica e na condução dos valores que devem ser assumidos pelo Projeto Ético- Político do Assistente Social, respeitando os princípios de liberdade como valor ético central, rompendo com o conservadorismo e elegendo como princípios a demo- cracia, os direitos humanos, a cidadania, a equidade, a justiça social e o pluralismo. Além disso, a supervisão em Serviço Social é parte integrante da formação da profissão, processo de aperfeiçoamento mútuo, exigindo sistematização da atua- ção. O estágio supervisionado deve proporcionar a compreensão do processo de Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17 trabalho nos diferentes níveis de intervenção social; instrumentalizar o aluno, com- plementando sua formação teórico-metodológica e técnico-operativa; propiciar a valorização do compromisso ético-profissional; possibilitar a identificação e a cons- trução de respostas profissionais às demandas resultantes das particularidades da questão social da realidade; exercitar habilidades profissionais traduzidas em estra- tégias, procedimentos, práticas específicas e instrumentais, além da elaboração de projetos de intervenção social (PUC/Mar/98 e PUC/Set/99). A importância da discussão da supervisão de estágio, entendida como um espaço que deve tanto garantir como viabilizar o processo de ensino-aprendi- zagem, é possibilitar a reflexão e o questionamento crítico. Tem, portanto, uma dimensão pedagógica por excelência. Tanto o aluno quanto o supervisor devem estar integralmente comprometidos com esse processo. Assim, o processo de formação profissional e, particularmente o es- tágio supervisionado curricular, devem garantir a apreensão do sig- nificado sócio histórico do Serviço Social; das condições de trabalho dos assistentes sociais; das conjunturas; das instituições; do universo dos trabalhadores usuários dos diversos serviços e das políticas sociais. Neste aspecto, exige conhecimentos teóricos e saberes prático-inter- ventivos, além, é claro, dos fundamentos e da lógica tendencial que os constituem (GUERRA, 2006, p. 32). FUNDAMENTOS ÉTICOS E LEGAIS PARA OPERACIONA- LIZAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓ- RIO E NÃO OBRIGATÓRIO EIXOS NORTEADORES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO: 1. As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Bacharelado em Ser- viço Social. 2. Política Nacional de Estágio da ABEPSS/CFESS. 3. O estágio no projeto de formação profissional. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 18 Figura 1: Os 4 elementos significativos que compreendem o estágio curricular. Fonte: Oliveira (2009). O MEC – Ministérios da Educação e Cultura é quem normatiza o estágio de forma geral e institui leis para organizar todos os procedimentos a serem adota- dos, a respeito do estágio, precisamos levar em consideração os seguintes textos legais desse Ministério regulador da educação no país: A LEI nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional: Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição. Parágrafo único. O estágio realizado nas condições deste artigo não estabelece vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio, estar segurado contra acidentes e ter a cobertura previdenciária prevista na legislação específica. A Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, mais conhecida como a Lei do Estágio dispõe em seu primeiro artigo: Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em institui- ções de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na mo- dalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de inte- grar o itinerário formativo do educando. § 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da ativi- dade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desen- volvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. ESTÁGIO CURRICULAR QUATRO ELEMENTOS SIGNIFICATIVOS: 1. A LEGALIDADE 2. A LEGITIMIDADE 3. OS DIFERENTES SUJEITOS 4. A CONSTRUÇÃO DE NOVA LÓGICA CURRICULAR Re prod uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19 No Brasil, os estágios estão baseados na Lei 11.788, de 25 de novembro de 2008. No caso do Serviço Social, o estágio também está norteado pelas diretrizes cur- riculares da ABEPSS, da Resolução CFESS nº 533/2008, do Código de Ética do Assistente Social e da Lei 8.662/1993, que regulamenta a profissão de Serviço Social, Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 20 proporcionando a complementação do ensino e da aprendizagem a serem planeja- dos, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos, programas e calendários escolares. Logo, o objetivo principal do Estágio Supervisionado é capacitar o aluno para o exercício profissional crítico e comprometido com o projeto ético-polí- tico profissional. O estágio supervisionado possibilita ao discente uma inserção no espaço sócio institucional. A POLÍTICA NACIONAL DE ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL – ABEPSS O estágio supervisionado curricular, nas modalidades obrigatória e não obrigatória, é um processo didático-pedagógico que se consubstancia pela “indissociabilidade entre estágio e supervisão acadêmica e profissional” (ABESS-CEDEPSS,1997, p.62), um dos princípios das diretrizes curriculares para o curso de Serviço Social. Caracteriza-se pela atividade teórico-prática, efetivada por meio da inser- ção do(a) estudante nos espaços sócio institucionais nos quais trabalham os(as) assistentes sociais, capacitando-o(a) nas dimensões teórico-metodológica, éti- co-política e técnico operativa para o exercício profissional. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. (Lei do Estágio) Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Con- solidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Fonte: Brasil (2008, online). Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21 Assim, podemos definir o Estágio conforme preconizado pela Política Nacional de Estágio: O estágio se constitui num instrumento fundamental na formação da análise crítica e da capacidade interventiva, propositiva e investigati- va do(a) estudante, que precisa apreender os elementos concretos que constituem a realidade social capitalista e suas contradições, de modo a intervir, posteriormente como profissional, nas diferentes expressões da questão social, que vem se agravando diante do movimento mais re- cente de colapso mundial da economia, em sua fase financeira, e de des- regulamentação do trabalho e dos direitos sociais (PNE, 2010, p. 11). Reconhecemos que nossa profissão tem um caráter eminentemente interven- tivo e, por isso, a prática do estágio se reveste de extrema importância, pois é o elemento fundante de experiências, vivências e elaboração crítica e reflexiva do exercício profissional. Diante disso, destaca-se a importância da discussão da supervisão de estágio, entendida como um espaço que deve tanto garantir como viabilizar o processo de ensino e aprendizagem, que possibilita a reflexão, o questionamento crítico. Essa supervisão tem, portanto, uma dimensão pedagógica por excelência. Tanto o aluno quanto o supervisor devem estar integralmente comprometidos com esse processo. O ESTÁGIO NO PROJETO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Dentro desse contexto, reunimos o conjunto de Normas, Resoluções e Leis que regem o Estágio em Serviço Social, consolidando o que denominamos de Projeto Ético Político, sendo esse o instrumento norteador da prática profissional que tem como base a formação acadêmica. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 22 Figura 2 - O Código de Ética de 1993 é o grande balizador para a construção do Projeto Ético Político do Serviço Social Brasileiro. Fonte: Conselho… (online). No início da década de 90, a categoria profi ssional adquire sua maturidade, ao passo que, assim como Koike (2009, p. 12) afi rma: Com renovada capacidade intelectiva, ético‐política e organizativa, a categoria profi ssional, as unidades acadêmicas, docentes e discentes da graduação e pós‐graduação, sob a coordenação de suas entidades repre- sentativas apresentaram‐se, à entrada dos anos de 1990, para um amplo repensar coletivo e democrático da profi ssão. Cabia redimensionar o projeto profi ssional, a partir de então denominado projeto ético‐polí- tico, frente às alterações no mundo do trabalho, nas manifestações da questão social, nas práticas do Estado e suas relações com as classes sociais. Figura 3 - Livro A relação intrínseca entre o Projeto Ético-Político e o exercício profi ssional Fonte: Conjunto CFESS/CRESS-RJ (2014). Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 23 Segundo Netto (1999), o projeto deve ser concebido para além de um conjunto de prescrições normativas e corporativas, sendo apreendido como constru- ção coletiva profissional que busca se aproximar, coerentemente, com o projeto societário emancipatório. Tal projeto estrutura-se na sua dimensão jurídico-nor- mativa com a aprovação e difusão do Código de Ética de 1993 e a lei 8.662/93 que regulamenta a profissão; na dimensão política, com a reorganização e o for- talecimento das entidades de organização da categoria (CFESS/CRESS, ABEPSS e ENESSO) e, na dimensão formativa, por meio da elaboração e implementação das Diretrizes Curriculares do Serviço Social, construídas pela categoria em um amplo processo de discussão conduzido no âmbito da ABEPSS, em todo país. O PROJETO ÉTICO POLÍTICO PROFISSIONAL Projeto Ético Político – PEP foi constituído no contexto histórico entre as décadas de 1970 – 1980, sendo consolidado na década de 90, a partir do amadu- recimento da categoria profissional, dada a sua inserção na sociedade, organizado pelo conjunto CFESS/ABEPSS/ENESSO, com um caráter sócio-político, crítico e interventivo. O PEP sofre influência Marxista, em uma tentativa de superação da visão conservadora para avançar no direcionamento do papel da interven- ção profissional na perspectiva da emancipação humana, do grupo familiar, dos direitos individuais, sem perder de vista o sentido de classes sociais. Netto (2001) salienta que a perspectiva constitutiva do processo de renovação profissional é conhecida como intenção de ruptura. Essa tendência caracteriza- -se pela crítica que realiza ao Serviço Social tradicional e pelo intento de romper com seus parâmetros teóricos, metodológicos, técnicos e políticos, para tanto, ela recorre à tradição teórica de Marx. Os elementos até aqui arrolados nos remetem à necessidade da reafirma- ção, do aprofundamento do debate e da construção concreta de instrumentos que possibilitem a materialização da lógica curricular, que “expressa uma con- cepção de ensino e aprendizagem calçada na dinâmica da vida social, o que estabelece os parâmetros para a inserção profissional na realidade sócio institu- cional” (ABESS/ CEDEPSS, 1996, p. 08). Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 24 Com base na análise do Serviço Social, historicamente construída e teorica- mente fundada, é que se poderá discutir as estratégias e técnicas de intervenção a partir de quatro questões fundamentais: o que fazer, por que fazer, como fazer e para que fazer. Não se trata apenas da construção operacional do fazer (organi- zação técnica do trabalho), mas, sobretudo, da dimensão intelectiva eontológica do trabalho, considerando aquilo que é específico ao trabalho do assistente social em seu campo de intervenção (ABESS/ CEDEPSS, 1996, p.14). COMPETÊNCIA PROFISSIONAL: DIMENSÕES DO PROCESSO DE SUPERVISÃO DE ESTÁGIO Repartido pois entre a curiosidade que não pudera reprimir e o desa- grado de ver tanta gente junta, o rei, com o pior dos modos, perguntou três perguntas seguidas, Que é que queres, Por que foi que não disseste logo o que querias, Pensarás tu que eu não tenho mais nada que fazer, mas o homem só respondeu a primeira pergunta. Dá-me um barco, disse ( José Saramago). Relembrando um pouco a história, nossa profissão sempre esteve envolvida na construção de um projeto ético-político, cujo objeto profissional está determi- nado pela realidade social. Dessa forma, a formação profissional do assistente social deve estar voltada ao movimento, às mudanças, na forma de viver e sobre- viver, de ser, de se construir dessa sociedade, na realidade e no contexto social em que vivem. Por isso, caro(a) aluno(a), nosso propósito no estágio é buscar a aproximação entre o campo teórico e crítico e as diferentes formas de conhecimento, inter- pretação e intervenção da realidade. Nossa formação não se esgota na academia, mas deve ser uma educação continuada, pois nosso universo de atuação é a realidade social, que precisa ser contextualizada, compreendida pelos seus aspectos estruturais e conjunturais. Nesse sentido, compreendemos que se exige cada vez mais profissionais quali- ficados, com conhecimentos atualizados a seu tempo, com flexibilidade intelectual para dar respostas às demandas que lhe são apresentadas e interpretação da rea- lidade, capaz de decifrar a realidade e intervir de forma crítica e propositiva. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 25 É nesse contexto que iremos refletir sobre a importância do estágio super- visionado no ensino e aprendizagem profissional: “[...] o estágio na formação é uma alternativa fundamental de conhecimento da realidade concreta, uma forma de se apropriar de conhecimento e questões presentes na sociedade” (OLIVA, 1989, p. 150). Para começar, vamos entender como o projeto profissional está pautado na indissociabilidade entre as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, que deve ser garantida na experiência de estágio, para que esse não seja submetido à tendência tecnicista da dimensão operativa em detri- mento das demais, especialmente quando se trata da vivência no campo ou da supervisão de campo. De maneira mais geral, como podemos compreender as dimensões teórico- -metodológica, ético-política e técnico-operativa, mencionadas anteriormente? Como seus princípios devem nortear a realização do estágio no Serviço Social? Vamos discutir, a partir de agora, um pouco mais sobre as dimensões ético- -política, teórico-metodológica e técnico-operativa, suas possibilidades e limites no contexto das respostas às demandas e requisições sócio-profissionais e a racio- nalidade que lhe é conexa. O termo “dimensão” nos remete às prioridades de alguma coisa, no sentido de seus pressupostos, de suas direções, de seus princípios fundamentais. Fonte: adaptado de Santos (2002). Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 26 Dimensão ético-política Vamos iniciar nossa discussão pelos princípios da dimensão ético-política, uma vez que o estágio de fato só consegue ser materializado se estiver em consonância com os princípios éticos-políticos profissionais, pautados por nosso Código de Ética de 1993. O projeto profissional do Serviço Social deve ser pensado a par- tir de suas contradições, com uma postura crítica diante dos fatos e demandas que lhe são colocados, porém só conquistadas, mediante o respaldo teórico-me- todológico para criar novas estratégias do agir profissional, sempre respaldado pelo compromisso ético-político profissional. Dessa forma, a Política Nacional de Estágio – ABEPSS nos orienta quanto: a defesa da liberdade, democracia, cidadania, justiça, direitos humanos, combate ao preconceito se vinculam à construção de uma nova configuração societária que supere a exploração e as formas de opressão. Não podemos deixar de ressaltar, também, o compromisso com a qualidade dos serviços prestados, a competência e o pluralismo como princípios que precisam se objetivar no cotidiano profis- sional e nas vivências de estágio. A questão do compromisso profissional frente a sua atuação e ações realiza- das, a postura crítica e investigativa diante das demandas que lhe são apresentadas, na perspectiva de direito, trata-se da dimensão ético-política. Dimensão teórico-metodológica Quanto a essa dimensão, a primeira compreensão que devemos ter é o rompimento com a atividade meramente burocrática, rotineira e tecnicista, pois o pressu- posto ora apresentado é de um exercício profissional que exige do profissional Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27 competência, análise crítica diante do contexto que lhe é apresentado, capaci- dade de decifrar a realidade e detectar possibilidades de melhorias e propósitos às demandas apresentadas no cotidiano. Para tanto, devem ser observados, tanto no exercício profissional como no desenvolvimento do estágio supervisionado, a fundamentação teórica, metodológica, os aspectos históricos, a capacidade crí- tico-analítica e ética-política, pois são exigências para a qualidade nos serviços prestados nos espaços sócio-institucionais. Por isso, caro(a) aluno(a), nossa disciplina de estágio inicia a partir do terceiro ano do curso, uma vez que, para desenvolver um bom estágio, foram apresenta- dos, nesse momento, as disciplinas, as exigências e todo o processo que até então estudou em sua formação e que são pré-requisitos para o desenvolvimento de um estágio com qualidade, que facilite o propósito da intervenção e operacio- nalização das diversas capilaridades da profissão, sempre, é claro, resguardado pelos princípios éticos-políticos. Resumindo, a dimensão teórico-metodológica respalda-se nos elementos históricos e no contexto social de atuação, vinculada aos conhecimentos adqui- ridos para desenvolver a metodologia do trabalho. Dimensão técnico-operativa A instrumentalidade da Supervisão de Estágio Curricular O desenvolvimento tecnológico provocou mudanças que impactam toda a nossa sociedade, seja no aspecto econômico, seja no cultural ou político. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 28 Hoje, é apresentada uma diversidade de formas de comunicação e socialização entre as pessoas e conhecimentos. Assim, se as for- mas de convívio mudaram, as relações sociais e de produção também sofrem mudanças, os nossos instrumentos também mudaram? Claro que sim, pois todas essas mudan- ças geram novas necessidades e facilidades, que, por sua vez, são incorporadas pela pró- pria exigência dos sujeitos que demandam nosso trabalho, das instituições empregado- ras e devem ser materializadas em nosso cotidiano profissional. O domínio do conteúdo para desenvolver as atribuições privativas pro- fissional, desde o seu planejamento até a sua execução, refere-se à dimensão técnico-operativa, que perpassa as outras duas dimensões. Essa dimensão é a forma de dar visibilidade à profissão, é conhecida e reco- nhecida pela sociedade, carregada com as representações sociais e da cultura profissional. Refletida pelos resultados e pela qualidade do trabalho, assim, legi- tima a profissão. Diante de nossas discussões, deve ficar claro que as três dimensões não devem ser tratadas teoricamente e nem no cotidiano profissional como sepa- radas e cada qual com suas atribuições, mas deve articular-se estreitamente, e nosso trabalho deve ser embasadopor suas caraterísticas sempre, assim como embasar o desenvolvimento do estágio supervisionado, pois esse é um processo que lhe prepara ao exercício profissional. A competência profissional na supervisão de estágio, para Lewgoy (2010, p.150), implica considerar as competências e habilidades previstas nas três di- mensões da profissão […] nas particularidades dos espaços sócio-ocu- pacionais em que o aluno está inserido em termos de meios, estratégias, instrumentos referenciais técnicos, projetos de atuação, usuários, lutas e direitos sociais entre outros. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 29 A INSTRUMENTALIDADE DA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CURRICULAR Perspectiva do estudo da instrumentalidade O estudo da instrumentalidade deve ser compreendido na perspectiva que contém em si determinações materiais e ideais, as quais incorporam não ape- nas o como fazer, mas o porquê, o para que, o quando e o onde fazer, ou seja, a intencionalidade das ações humanas, fundamentada pela ontologia do ser social que se constrói pelo trabalho. A escolha dos meios (o método, as técnicas e os instrumentos) e as media- ções a serem acionadas se darão em função das condições objetivas e de suas finalidades. Instrumentos, técnicas e estratégias serão estabelecidos no interior do pro- jeto profissional, o que se exige uma formação profissional qualificada. Porém, Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 30 para ter instrumentalidade, uma profissão necessita de clareza dos fins, racio- nalidade para saber aonde se quer chegar, mobilizar e identificar os meios mais adequados e, se necessário, criá-los e, por último, criar condições objetivas e sub- jetivas para realizar a prática. Não podemos incorrer na dimensão técnico-operativa se restringir ao sim- ples cumprimento de normas, regulamentos, objetivos institucionais, papéis já estabelecidos, respostas pré-concebidas, mas deve ser construída no espaço da análise concreta de situações concretas, uma vez que, no cotidiano profissional, os movimentos e as possibilidades são dinâmicos e contextuais. Os instrumentos técnico-operativos incorrem na capacidade de procedi- mentos ligados à técnica necessária para a materialização da ação profissional em uma determinada intervenção, possibilitando responder ao objeto profissio- nal, frente ao enfrentamento das expressões da questão social. A compreensão da instrumentalidade na profissão do assistente social precisa ser compreendida nos diferentes espaços sócio-institucionais, nas relações esta- belecidas e na forma como é e pode ser construída a mediação da prática, no que tange a responder às demandas das atribuições profissional nesse campo, pois cada demanda tem suas particularidades, na qual devem ser utilizadas técnicas específi- cas para alcançar os resultados esperados. Nos termos de Iamamoto (2008, p.208): Requisita um perfil profissional culto, crítico e capaz de formular, re- criar e avaliar propostas que apontem para a progressiva democratiza- ção das relações sociais. Exige-se, para tanto, compromisso ético-polí- tico com os valores democráticos e competência teórico-metodológica na teoria crítica em sua lógica de explicação da vida social. Esses ele- mentos, aliados à pesquisa da realidade, possibilitam decifrar situações particulares com que se defronta o assistente social no seu trabalho, de modo a conectá-los aos processos sociais macroscópios que as geram as modificam. Mas, requisita, também, um profissional versado no ins- trumental-técnico-operativo, capaz de potencializar as ações nos níveis de assessoria, planejamento, negociação, pesquisa e ação direta, estimu- ladora da participação dos sujeitos sociais nas decisões que lhes dizem respeito, na defesa de seus direitos e no acesso aos meios de exercê-los. O assistente social, para materializar suas ações, utiliza conhecimentos, infor- mações, habilidades e atitudes, sendo imprescindíveis para efetivação de seu caráter interventivo. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 31 A realização do seu estágio deve transcender o aprendizado quanto à técnica e à operacionalização da demanda institucional ou meramente cumprir o regula- mento quanto às ferramentas de avaliação que estamos apresentando. O nosso propósito é que você tenha compromisso, primeiro, consigo mesmo, com o que de melhor tem a oferecer e aprender com esse espaço privilegiado de aprendi- zado que é o estágio. Nossa proposta é que as ferramentas que estamos apresentando sejam os meios que o possibilitarão contextualizar a realidade, capacidade nos relacionamento interpessoais, saber fazer escuta qualificada, investigar a realidade social e posicio- nar-se analítica e criticamente diante de seus estudos. Muitas vezes, desde seu ingresso no curso de Serviço Social você foi abordado(a) com o seguinte questinonamento: Você já ouviu falar no ideograma CHA? Significa: Conhecimento, Habilidade e Atitude. O C significa conhecimento, trata de dominar um assunto, você adquire através do referencial teórico, de estudos, pesquisas etc. O H significa habilidade, é o saber fazer, utilizar a metodologia de trabalho, as estratégias de atuação, os instrumentais para o projeto profissional. O A significa atitude assertiva e pró-ativa – iniciativa, seguindo os princípios ético-políticos. Fonte: Marques (2014, online). O que faz o ASSISTENTE SOCIAL? Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 32 Essa é uma pergunta que conduz a uma resposta direcionada às atividades desem- penhadas pelo profissional, com enfoque na prática, não podemos nos limitar a essa compreensão, mas sim a quais são os objetivos da ação, compreender o para que é realizada e quais as consequências que o nosso trabalho produz. As Diretrizes Curriculares apresentam como proposta a teoria crítica, por isso, toda operacionalização no cotidiano dos campos de estágio deve ser respaldada por conhecimentos específicos, portanto, não basta somente adquirir experiência do processo de trabalho com os profissionais nos espaços sócio-ocupacionais, seja público ou privado, mas exigir a relação teórica, que deve ser constante. Sabemos das dificuldades de referências bibliográficas de algumas temáticas, em especial as referentes ao instrumental técnico, mas temos fontes que perpassam a temá- tica, como: Código de Ética, documentos no campo de intervenção, pesquisas, programas e projetos que são desenvolvidos, orientações técnicas para o desenvol- vimento dos serviços, dentre outras possibilidades. Para Iamamoto (2003, p. 94): A leitura hoje predominante da “prática profissional” é de que ela não deve ser considerada “isoladamente”, “em si mesma”, mas em seus “con- dicionantes” sejam eles “internos” - os que dependem do desempenho profissional - ou “externos” - determinados pelas circunstâncias sociais nas quais se realiza a prática do assistente social. Os primeiros são geral- mente referidos a competências do assistente social como, por exemplo, acionar estratégias e técnicas; a capacidade de leitura da realidade con- juntural, a habilidade no trato das relações humanas, a convivência numa equipe interprofissional etc. Os segundos abrangem um conjunto de fa- tores que não dependem exclusivamente do sujeito profissional, desde as relações de poder institucional, os recursos colocados à disposição para o trabalho pela instituição ou empresa que contrata o assistente social; as políticas sociais específicas, os objetivos e demandas da instituição em- pregadora, a realidade social da população usuária dos serviços prestados etc. Apresentadas algumas discussões importantes sobre a instrumentalidade profissio- nal, convido-os a conhecer alguns instrumentos utilizados peloassistente social que você deverá utilizar ao longo do estágio supervisionado obrigatório, previsto em nosso conteúdo programático do curso de Serviço Social - Unicesumar. Portanto, vale ressaltar que esse conteúdo não é estático, não se trata de “receita pronta”, por- que os instrumentos que serão tratados aqui “são criados e recriados de acordo com os objetivos e com as exigências da ação profissional” (MIOTO, 2001, p.148). Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 33 Termo de Compromisso É um termo celebrado pelo campo de estágio e pela Unicesumar, que estabe- lece as condições do estágio, obedecidas as disposições legais. Nele, consta o período de realização, o dia da semana, os horários, a carga horária e as eta- pas exigidas para formação profi ssional. Plano de Estágio Está prevista na Política Nacional de Estágio da ABEPSS que a elaboração do Plano de Estágio deve ser realizada pelos sujeitos envolvidos: aluno/estagiário, mas em conjunto com os supervisores acadêmicos e de campo, devendo estar contido em seu conteúdo os objetivos e as atividades a serem desenvolvidas durante o percurso do estagiário no campo. Deve estar norteada pelas dimen- sões ético-política, teórico-prática e técnico-operativa, pois esse documento será o norte do processo ensino-aprendizagem. O acompanhamento proces- sual do estágio será realizado mediante o plano de estágio, com a unicidade da instituição concedente de estágio e o projeto da IES, além dos outros ins- trumentos avaliativos e pedagógicos, como a folha de frequência acadêmica e de campo, relatórios das atividades realizadas com análise teórica e crítica, relatório circunstanciado, dentre outros. Mas você pode estar se perguntando: o que são disposições legais? Simples! São as Leis que orientam o estágio. Já mencionadas anteriormente neste manual! Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 34 Projeto de Intervenção O projeto de intervenção visa construir um projeto, com a reflexão sobre a prá- tica do estágio e as demandas institucionais, contribuindo para o fortalecimento do trabalho do assistente social e para a formação profissional. A proposta é a confluência entre a teoria e a prática. Faz-se relevante reconhecer o espaço insti- tucional, as contradições presentes no cotidiano do trabalho do assistente social; o projeto tem caráter interventivo, coerente com as demandas e possibilidades institucionais e com o projeto ético-político do Serviço Social. O projeto de intervenção é uma ação planejada, deve ser monitorada e ava- liada no campo de estágio, com a supervisão do profissional. Folha de frequência – de campo e acadêmica Esse instrumento trata-se do registro onde serão anotadas: data, hora de entrada, hora da saída, hora acumulada e atividades desenvolvidas no cotidiano do trabalho profissional; deve ser seguido da assinatura e do carimbo do supervisor de campo, do supervisor acadêmico e do estagiário – no caso da folha de frequência do campo e da folha da supervisão acadêmica, são assinadas pelo supervisor acadêmico e pelo estagiário. Assim, é possível o acompanhamento das realizações do estágio supervisionado, bem como a comprovação do cumprimento da carga horária. Atividades previstas no AVA No decorrer das cinco disciplinas previstas de Estágio Supervisionado Obrigatório, estão previstas participações em fóruns de discussões, atividades de estudos e entrega de Portfólio, vale destacar que estes documentos, não devem ser apresentados somente com o objetivo de obtenção de nota, mas com muito comprometimento, pois estes darão o embasamento necessário para formação profissional. Esses instrumentos aproximam a prática com a teoria, pois você irá, a partir das práticas vivenciadas no estágio, relacionar a teoria, realizando referenciais bibliográficos ou legislações; o posicionamento crítico diante das atividades apresentadas, mas não esqueçam nunca: deve ser permeado pelo compromisso ético. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 35 Mioto (2001, p.11) expõe a necessidade das atividades profissionais se anco- rarem em competências: Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 36 Assim, podemos concluir que a funcionalidade profissional é, de fato, efetivada por meio da instrumentalidade e reflete concretamente o exercício profissional. Mas, lembre-se: esse documento é privativo do assistente social! Articulação do Estágio com a pesquisa e extensão Outra questão apontada na construção da política de estágio diz respeito à articulação do Estágio com a pesquisa e extensão. A formação do ensino supe- rior, por meio do desenvolvimento articulado entre o tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão, segundo a PNE (2009, p 37): [...] objetiva-se reforçar o cumprimento do princípio universitário e a possibilidade da efetivação de uma formação crítica e de qualidade, capaz de articular teoria e prática, numa perspectiva de revisitar a função social da universidade que é produzir e socializar conheci- mentos necessários e úteis à sociedade. O Estágio em Extensão é desenvolvido nos cursos de Serviço Social como estratégia de atravessar os muros universitários e aproximar com a realidade social, podendo ser planejadas e articuladas com as práticas profissionais em campos diversificados. No caso da Unicesumar, temos grande abertura e incentivo para o desen- volvimento da tríade da formação, profissionais e alunos são valorizados quando envolvidos em pesquisa e extensão, muitas vezes, essas estão intrin- secamente ligadas, bem como o mercado de trabalho avalia positivamente currículos que conta com essas experiências no histórico escolar, pois, desen- volver essas metodologias de ensino participativas agrega valor ao processo de intervenção e investigação no Serviço Social. Ademais, existe uma consonância entre a defesa da universidade e da extensão, conforme destaca a política nacional de extensão ao indicar as seguintes diretrizes: Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 37 A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e cientí- fico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável en- tre Universidade e Sociedade. A Extensão é uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um conhe- cimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discen- tes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá como consequ- ências a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional, a democratização do conhecimento acadêmico e a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade. Além de instrumentalizadora deste processo dialético de teoria/prática, a extensão é um trabalho interdisciplinar que favo- rece a visão integrada do social (FÓRUM NACIONAL DE PRÓ- -REITORES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 2005, p.18). A Extensão historicamente se legitimou na Universidade como um espaço de interlocução e permanência da relação dessa instituição com a sociedade civil (movimentos sociais de base, luta pelos direitos, diversidade cultural etc), que demanda uma outra postura e compromisso da universidade face aos problemas sociais do seu contexto (ABREU, 2008, p.08). Porém a Lei Federal 11. 788 permite a extensão como estágio, ao afir- mar que “as atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas aoestágio em caso de previsão no pro- jeto pedagógico do curso”. No caso da Unicesumar, consta em nosso projeto a realização de Projetos de Extensão, assim, estamos recepti- vos para estudar boas propostas de intervenção nessa metodolo- gia, relacionada às diferentes áreas de atuação, destacando as experiências do setor: Público, Privado e Terceiro Setor, preferencialmente. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 38 Para que os projetos de extensão se tornem campo de estágio, institucio- nalmente falando, sempre respeitamos essa prerrogativa, devemos seguir as orientações do PNE, que impõe as seguintes condicionalidades: - Explicitar objetivos e funções desempenhadas pelo Serviço Social em con- formidade com os artigos 4º e 5º da Lei que regulamenta a profissão. - Indicar que os projetos e planos de intervenção do estágio estão articulados ao exercício profissional do Serviço Social, considerando a análise e a apropria- ção crítica do contexto sócio-institucional. - Que o docente envolvido na atividade de extensão assuma o processo de supervisão de campo, quando não houver outro assistente social devidamente registrado no Conselho. - Que não haja acúmulo nas funções de supervisor(a) de campo e de super- visor(a) acadêmico(a). O(a) docente, ao assumir a função de supervisor(a) acadêmico(a) de um grupo de estudantes, não poderá acumular a função do supervisor de campo junto aos outros. A Extensão deve ser realizada por meio de levantamento de necessidades e um planejamento de ações dirigidas à sociedade, as quais devem estar indisso- ciavelmente vinculadas ao Ensino e à Pesquisa. Podemos afirmar que ao realizar o estágio em extensão, sendo estes espaços privilegiados para absorção, disseminação e produção de conhecimentos para a formação e a capacitação de profissionais cidadãos bem qualificados, passando a desenvolver potenciais para a elaboração de políticas públicas, que tenham como objetivo o desenvolvimento e garantia de direitos dos cidadãos. Para entender mais sobre o projeto deformação profissional e sua relação com o estágio supervisionado, assista ao vídeo de Rodrigo Teixeira, coordenador nacional de graduação da ABEPSS (gestão 2015/2016), comentando sobre as Diretrizes Curriculares da ABEPSS para a graduação em Serviço Social e sobre a Política Nacional de Estágio, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=UPgKALe9e9U>. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 39 O processo de formação profissional inclui o estágio curricular obrigatório, e tem como diretriz A Política Nacional de Estágio da ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, de Abril de 2010, em con- formidade com a Resolução Nº 533 do CFSS / CRESS – Conselho Federal de Serviço Social e Conselhos Regionais de Serviço Social, de Setembro de 2008, que normatizam o Estágio Supervisionado a fim de nortear atores en- volvidos nesse processo de formação profissional: aluno e os supervisores (de campo e acadêmico) quanto às diretrizes básicas do estágio curricular obrigatório. Cabendo ao estagiário desenvolver um conjunto de atividades explicitadas em seu plano de estágio e (...) contribuir no processo de oxige- nação da ação profissional do assistente social, na medida que apresenta questionamentos acerca do trabalho realizado e possibilidades de enfrenta- mento das situações vivenciadas no cotidiano profissional. Fonte: Oliveira (2009, p. 105). A Lei 8.662/93 dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional do assistente social no território Brasileiro, que compreende as especificidades e particularidades da ação profissional ético-moral. Trata-se de um Código moral que prescreve normas, direitos, deveres e sanções previstas pela pro- fissão, orientando o comportamento individual dos profissionais, buscando consolidar o projeto societário do Serviço Social. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 40 DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE SUPERVISÃO DO ESTÁGIO Bases da estruturação do estágio curricular obrigatório: Diretrizes Curriculares Nacionais, o Projeto Pedagógico do Curso e as normas internas Unicesumar. ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO PPCDIRETRIZES CURRICULARES REGIMENTO DE ESTÁGIO Figura 4: Estágio Curricular Obrigatório DA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE ESTÁGIO Para planejar e organizar as atividades de estágio supervisionado, estruturou-se como objetivos principais: informar, orientar e acompanhar os alunos e super- visores quanto à realização dos estágios. Para tanto, além da valiosa contribuição da supervisão direta dos profissionais do campo, também propõe-se a supervisão acadêmica, que acontece durante todo processo de estágio, por meio da orga- nização da disciplina de estágio supervisionado, computando 500 horas entre conteúdos teóricos e práticos. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 41 AVALIAÇÕES DE DESEMPENHO - CAMPO / ACADÊMICA Figura 5: Estrutura da disciplina de estágio supervisionado Fonte: a Autora. A Coordenação de Estágio do Curso de Serviço Social é responsável pela orga- nização da documentação necessária para o desenvolvimento do processo de estágio. Para tal, disponibilizará um conjunto de instrumentos para o aluno, como supervisor de campo e supervisor acadêmico – com a função de acom- panhamento e avaliação do processo. O conjunto desses documentos forma o que denominamos de Pasta de Estágio, que é produzida durante o período de realização do estágio. Esse material é composto por documentos de caráter obri- gatório apresentados ao supervisor acadêmico. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 42 METODOLOGIA As funções específicas de cada ator envolvido neste processo estão previstas no Regulamento Interno do Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório do Curso de Serviço Social – Unicesumar. Ele será também estudado e estipula como fun- ção da Instituição a promoção da abertura de campos de estágio que assegure ao aluno o processo ensino-aprendizagem. Figura 6: Atores envolvidos no estágio Fonte: a Autora. O processo de supervisão de estágio é realizado conjuntamente pelo(a) supervi- sor(a) acadêmico(a) e de campo, requerendo encontros periódicos/sistemáticos entre esses(as). Constitui-se atribuição privativa de assistentes sociais, conforme explicitado no art. 2º da Resolução CFESS 533/2008: A supervisão direta de estágio em Serviço Social é atividade privativa do assistente social, em pleno gozo dos seus direitos profissionais, devidamente ins- crito no CRESS de sua área de ação; sendo denominado supervisor de campo o assistente social da instituição campo de estágio e supervisor acadêmico o assis- tente social professor da instituição de ensino (PNE, 2010, p. 15). Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 43 AS DISCIPLINAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO - CARGA HORÁRIA As disciplinas de Estágio Supervisionado estão distribuídas entre carga horária teórica e prática, a saber: DISCIPLINAS/MÓDULOS AULA TEÓRICA E SUPERVISÃO ACADÊMICA PRÁTICA E SUPERVISÃO DE CAMPO TOTAL Estágio Supervisionado: Orienta- ções Didático-pedagógicas 100 horas - 100 horas Estágio Supervisionado: Políticas Públicas 20 horas 80 horas 100 horas Estágio Supervisionado: Obser- vatório Social 20 horas 80 horas 100 horas Estágio Supervisionado:Terceiro Setor e Conselhos Gestores 20 horas 80 horas 100 horas Estágio Supervisionado: Serviço Social e Empreendedorismo 20 horas 80 horas 100horas TOTAL - - 500 horas Tabela 1: Disciplinas e cargas horárias do estágio supervisionado Fonte: a Autora. IMPORTANTE! A carga horária do estágiocurricular obrigatório é de 500 horas, distribuídas entre aulas teóricas e práticas nas disciplinas de estágios: Estágio Supervisionado: Orientações Didático-pedagógicas, Estágio Supervisionado: Políticas Públicas, Estágio Supervisionado: Observatório Social, Estágio Supervisionado: Terceiro Setor e Conselhos Gestores e Estágio Supervisionado: Serviço Social e Empreendedorismo, desta forma, contemplam-se diversas possibilidades de atu- ação do assistente social. A carga horária das atividades de campo deve ser de, no máximo, 30 horas semanais (conforme Lei 11.788, de 25/09/ 2008), e não menos que 08 horas semanais, conforme previsto neste manual quanto a duração do estágio. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 44 O Estágio será inserido ao campo de estágio conforme a oferta de vaga de está- gio disponível em seu Polo. O campo/local pode ser mantido ou ser alternado no avanço dos módulos, de acordo com os respectivos módulos do curso. Vale destacar que, para cada etapa de estágio, faz-se necessário realizar o termo de compromisso de estágio, em que é firmada a parceria entre a instituição de ensino e o campo. Estágio Supervisionado: Orientações Didático-pedagógicas, trata dos aspec- tos legais do Estágio Supervisionado. Regulamento e documentação. O supervisor e o aluno - estagiário e suas relações. O cotidiano e a prática do Serviço Social. As demais disciplinas de estágio: Estágio Supervisionado: Políticas Públicas, Estágio Supervisionado: Observatório Social, Estágio Supervisionado: Terceiro Setor e Conselhos Gestores e Estágio Supervisionado: Serviço Social e Empreendedorismo poderão ser realizados, de acordo com a oferta de vagas, nas seguintes áreas: a. Políticas Públicas – Assistência Social/Saúde/ Previdência/ Habitação/ Educação/ Trabalho/ Sócio Jurídico: Promotorias de Justiça, Juizado da Família, Juizado da Infância e Adolescência, Penitenciárias, entre outras. b. Terceiro Setor – Organizações da Sociedade Civil. c. Organizacional e/ou Consultorias - Empresas de capital privado e/ou mista e pública. d. Extensão Universitária - Núcleo de Prática Jurídica/Unicesumar, nas pre- feituras, promotorias, hospitais e dentre outros espaços conforme análise de indicadores sociais. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO Apresentamos, a seguir, a orientação para o desenvolvimento das atividades a serem realizadas em cada etapa dos Estágios realizados nos campos: Estágio Supervisionado: Políticas Públicas, Estágio Supervisionado: Observatório Social, Estágio Supervisionado: Terceiro Setor e Conselhos Gestores e Estágio Supervisionado: Serviço Social e Empreendedorismo: Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 45 a. Conhecimento da estrutura organizacional, das normas e rotinas da ins- tituição; b. Elaboração de diagnóstico institucional; c. Apresentação do Plano de Estágio; d. Elaboração Plano de Ação e/ou Projeto de Intervenção; e. Aprovação do Plano de Ação pelo supervisor de estágio e corpo técnico- -administrativo da instituição; f. Elaboração das atividades previstas para cada disciplina do componente curricular obrigatório de estágio dos eixos temáticos, cumprindo-se os prazos conforme calendário disponibilizado no AVA.; g. Realização de protocolo on-line das documentações pertinentes ao está- gio: Plano de Estágio, avaliações de desempenho e folha de freqüência acadêmica e folha de freqüência de campo devidamente validadas pela supervisão acadêmica h. O acompanhamento das orientações realizadas quanto suas atividades e demais documentações de estágio são imprescindíveis para efetividade do processo ensino-aprendizagem. Vale destacar, que estas são orientações gerais quanto a elaboração dos docu- mentos pertinentes ao Estágio Supervisionado, pois no Ambiente Virtual de Aprendizado – AVA, terão as devidas orientações sobre as suas realizações, atra- vés de tutoriais e preâmbulos das atividades. DURAÇÃO DO ESTÁGIO A carga horária de 500 horas prevista para as atividades dos componentes cur- riculares deverá ser cumprida da seguinte maneira: 8 horas semanais, distribuídas em 4 horas/diárias, duas vezes por semana, totalizando 80h cumpridas em dez semanas, a contar da data de assinatura do Termo de Compromisso. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 46 Quanto aos Projetos de Extensão Universitária e Comunitária, desen- volvidos pelos Assistentes Sociais dos Polos de Apoio Presencial Os projetos de extensão elaborados e executados pelos assistentes sociais/ supervisores acadêmicos, serão aprovados pela coordenação de estágio em con- junto com a coordenação do curso de Serviço Social. O assistente social deve articular com uma instituição pública, privada ou não governamental, para firmar parceria, a fim de viabilizar o projeto a ser vin- culado à instituição parceira e a demanda a ser trabalhada, deve ser pertinente às necessidades dessa instituição. Os profissionais assistentes sociais contratados atuam sob orientação peda- gógica do coordenador de curso e da coordenação de Estágio Supervisionado da Unicesumar. O acompanhamento e a articulação do Estágio Supervisionado serão realizados, conforme previsto POP 067 - Projeto de Ensino, Extensão e Visita Técnica da Instituição. Que prevê o procedimento formalizado que estes deverão adotar como critérios e requisitos estabelecidos para planejar, forma- lizar, aprovar, executar e avaliar as ações relacionadas aos projetos presenciais de Ensino, Extensão e Visitas Técnicas, tendo como objetivos: ■ Estimular a participação de alunos dos cursos de graduação da modali- dade à distância em atividades que complementem de forma prática os conteúdos estudados; ■ Desenvolver nos alunos habilidades e competências quanto à prática do Serviço Social; ■ Fortalecer o vínculo entre teoria e prática por meio de atividades que extrapolem os conteúdos teóricos; ■ Oportunizar aos acadêmicos a convivência com a realidade social e prá- tica profissional; ■ Gerar conhecimento sobre a realidade local em que a universidade está inserida; ■ Prestar serviços e assistência à comunidade; ■ Fornecer subsídios para o aprimoramento curricular; Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 47 ■ Facilitar a integração ensino-pesquisa-extensão; ■ Possibilitar a integração universidade e comunidade. Está previsto, desta forma, a articulação de contatos com as instituições públi- cas, privadas ou não governamentais, para realizar parceria e a vinculação do projeto social a uma instituição e assim: ■ Socializar e Democratizar o Conhecimento Produzido; ■ Mecanismo de interação entre a Universidade e a Prática Social e Profissional dos Acadêmicos; ■ Contato in loco dos acadêmicos com diferentes situações existentes na sua comunidade, objetivando a complementação didático-pedagógica de dis- ciplinas teórico-práticas específicas dos cursos. O projeto de extensão deve ser realizado pelo supervisor acadêmico do Polo, seguindo todas as etapas previstas no processo: 1ª TAREFA: ENVIAR PROPOSTA DO PROJETO. 2ª TAREFA: APROVAR PROPOSTA DO PROJETO. 3ª TAREFA: AVALIAR RELATÓRIO FINAL. Cabendo ainda, ao supervisor acadêmico, além de seguir o processo acima descrito: ■ Monitorar a presença dos alunos na execução das atividades do projeto e participação nas reuniões; ■ Realizar a avaliação, ao término da execução do projeto, juntamente com os alunos; ■ Enviar a lista presença do aluno pelo AVA do estágio de Serviço Social; ■ Elaborar o relatório parcial e final do projeto de intervenção. ■ E demais atividades previstas no processo. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 48 PROCESSO DE SUPERVISÃO DE ESTÁGIO Os encontrosserão efetuados por meio de visitas aos campos de estágio pelo supervisor acadêmico e/ou da presença do supervisor de campo no Polo de Apoio Presencial. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 49 Seminários entre os supervisores acadêmicos e de campo: Realização de encontros semestrais entre todos os supervisores de campo e supervisores aca- dêmicos para discussão de mediações no estágio supervisionado e outros temas demandados no processo. Fóruns sistemáticos entre supervisores: Encontros semanais entre os pro- fessores supervisores, para discussão e elaboração do planejamento das atividades do processo de supervisão acadêmica. EXIGÊNCIAS PARA O CUMPRIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO Quanto à inserção do aluno na disciplina de estágio O aluno de Serviço Social, para iniciar as atividades de Estágio Obrigatório, deverá ter cumprido as seguintes exigências: Estar devidamente matriculado na disciplina de Estágio Supervisionado, conforme a oferta no módulo. Providenciar o Termo de Compromisso de Estágio, em três vias, devida- mente assinado pelos respectivos responsáveis: coordenação do curso, supervisor de campo e aluno. Os Supervisores Acadêmicos Presenciais do Curso de Serviço Social dos Polos de Apoio Presencial da Unicesumar são os Assistentes Sociais contratados, responsáveis pelo acompanhamento e articulação do Estágio Supervisionado. Atuam sob orientação pedagógica do coordenador de curso e da equipe de professores orientadores do Estágio Supervisionado da Unicesumar. Fonte: a autora. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 50 QUANTO À FREQUÊNCIA O aluno, obrigatoriamente, deve ter presença de 75% (setenta e cinco por cento) de aproveitamento da carga horária de estágio, entre teórica e prática. QUANTO À PARTICIPAÇÃO DO PROCESSO DE SELEÇÃO DE ESTÁGIO 1. O aluno deve escolher sua inserção no campo de estágio, por intermédio do edital de abertura dos campos de estágio, divulgado no AVA. 2. O aluno deve preencher a Ficha Cadastral (disponível no AVA) e entregar para o(a) assistente social do Polo Presencial, para participar do processo de seleção da vaga de estágio. 3. Quando aprovado, o aluno deve levar o Termo de Convênio e Termo de Compromisso à organização campo de estágio, para que ambos sejam assinados pelos membros responsáveis. 4. Depois de assinado, o aluno deve entregar o Termo de Convênio de Com- promisso ao supervisor acadêmico do Polo de Apoio Presencial. QUANTO À DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA DOCUMENTO EXECUÇÃO OBJETIVO Ficha Cadastral (disponível no AVA) Preenchida pelo supervisor acadêmico. Solicitar o Convênio e Contrato de Estágio. Termo Convênio e Cooperação Técnica Unicesumar e a Instituição parceira. Firmar parceria e responsa- bilidades. Termo de Compromisso Supervisor acadêmico orienta o(a) aluno(a), será devidamente preenchido digitado, cole- tado a assinatura do supervisor de campo e protocolado no Polo, que emitirá à coorde- nação de estágio, que fará a conferência, co- letará a assinatura da coordenação do curso e emitirá duas vias de volta ao Polo de origem. Formalizar o início do estágio. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 51 Termo de Conduta de Estágio Elaborado pelo Unicesumar, o supervisor acadêmico deverá consultar os alunos e coletar a assinatura e arquivar sob seus cuidados no Polo de Apoio Presencial, não é necessário de envio à sede. Certificar que os alunos tem amplo conhecimento sobre o processo de estágio obri- gatório em Serviço Social na Instituição. Plano de Estágio Elaborado pelo supervisor de campo em conjunto com o aluno, sob a orientação do supervisor acadêmico (Obrigatório carimbo e assinatura dos supervisores em todas as páginas, bem como do aluno). Sistematizar o estágio. Atividades acadêmi- cas (disponíveis no AVA) Conforme orientações da discilina. Registrar a carga horária exe- cutada e acompanhar o de- senvolvimento do aluno(a). Avaliações de De- sempenho - Campo / Acadêmica (modelo no AVA) Realizada pelos supervisores de campo e acadêmico, todos em conjunto com o aluno (feedback)(Obrigatório carimbo e assinatura dos supervisores). Deve ser atribuída nota. Avaliar o aluno no estágio e monitorar a execução do plano de estágio. Folha de Frequência de Campo e Folha de Frequência Aca- dêmica Elaborado pelo aluno e assinado pelo su- pervisor de campo e acadêmico (Obrigató- rio carimbo e assinatura dos supervisores) e assinatura do aluno. Registrar a carga horária executada e as atividades desenvolvidas. 20h acadêmica. 80 horas no campo. Atestado de Desligamento (disponível no AVA) Preenchido pelo aluno e assinado pelo supervisor de campo e acadêmico. Firmar o desligamento do aluno e/ou encerramento do estágio. Credenciamento do campo de estágio Deve ser preenchido o Formulário Unificado para Credenciamento de Campos de Estágio e Declaração do CRESS, seguir o modelo apresentado, adequar a regional na qual se encontra o Polo, além da etiqueta para envio dos mesmos aos Conselhos Regionais. Credenciar e comunicar aos Conselhos Regionais de sua jurisdição os campos de está- gio de seus alunos e designar os assistentes sociais respon- sáveis por sua supervisão. Declaração do CRESS Elaborado pelo supervisor acadêmico, con- forme modelo disponível, deve ser enviado com as devidas assinaturas a declaração de cumprimento das horas no módulo, a sede receberá as declarações que fará a confe- rência, a coordenação de curso assinará o documento que será enviado aos Polos. Viabilizar documentação necessária para registro profissional. Tabela 2: Documentação de estágio Fonte:a autora. Obs.: Demais documentações poderão ser acrescentadas de acordo com as necessidades levantadas para o melhor desempenho do estágio supervisionado, tais como: Workshop, apresentação dos campos, participações em eventos, etc. Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 52 QUANTO À AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO A avaliação é processual e realizada in loco pelo supervisor acadêmico, supervi- sor de campo e aluno estagiário, por meio do instrumento próprio de avaliação com atribuição das seguintes notas: DISCIPLINA AE CGE FORUM MAPA PRO SUB Estágio Supervisionado: Orientações Didático-pedagógicas 1,5 1,0 0,5 1,0 6,0 10,0 DISCIPLINA AE1 FÓRUM AVAL. DESEMPENHO AE2 NOTA FINAL Estágio Supervisionado: Políticas Públicas 1,5 0,5 5,0 3,0 10,0 Estágio Supervisionado: Observatório 1,5 0,5 5,0 3,0 10,0 Estágio Supervisionado: Terceiro Setor e Conse- lhos Gestores 1,5 0,5 5,0 3,0 10,0 Estágio Supervisionado: Serviço Social e Empreendedorismo 1,5 0,5 5,0 3,0 10,0 Tabela 3: Avaliação do estágio Fonte: a autora. ATENÇÃO: ■ Para a elaboração dos documentos de estágio, devem ser usados os mode- los padrões disponíveis no AVA. ■ Os documentos de estágio devem ser entregues, impreterivelmente, na data fixada conforme calendário da disciplina. Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 53 O aluno será aprovado em cada disciplina de estágio ao cumprir a carga horá- ria exigida de aula teórica e prática e que tenha obtido nota igual ou superior a 6.0 pontos. OS PAPÉIS DOS SUJEITOS NA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL A importância de todos os envolvidos na supervisão de estágio para formação profissional se constrói mediante um processo coletivo de ensino-aprendizagem, no qual leva-se em consideração o ensino, a pesquisa e a extensão, prevendo todas as possibilidades em aproximar o conteúdo teórico com o cotidiano da área do Serviço Social nos espaços sócio-ocupacionais, objetivando capacitar o aluno para o exercício
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