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ESTÁGIOSUPERVISIONADO_ ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS-2

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MANUAL DE 
ESTÁGIO DO CURSO 
SERVIÇO SOCIAL
Professora Me. Maria Cristina Araújo de Brito Cunha 
Professora Esp. Valeria Cristina da Costa
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; CUNHA, Maria Cristina Araújo de Brito; COSTA, Valeria 
Cristina da.
. Maria Cristina Manual de Estágio do Curso Serviço Social 
Araújo de Brito Cunha; Valeria Cristina da Costa. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. Reimpresso em 2021.
100 p.
“Graduação - EaD”.
1. Metodologia. 2. Estágio. 3. Serviço Social. 4. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed.360
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais
Nádila Toledo
Supervisão Operacional de Ensino
Luiz Arthur Sanglard
Coordenador de Conteúdo
Marcia Maria Previato de Souza
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Editoração
Melina Belusse Ramos
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Pró-Reitor de 
Ensino de EAD
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
A
U
TO
R
A
S
Professora Esp. Valeria Cristina da Costa
Bacharel em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina (1998). 
MBA em RH, experiência como supervisora de benefícios sociais, professora 
da Unicesumar Maringá/PR. Atualmente, atua como gerente de proteção 
social básica na prefeitura municipal de Maringá.
Professora Me. Maria Cristina Araujo de Brito Cunha
Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal do Amazonas (1985), 
Especialista em Administração de Recursos Humanos pela Universidade 
Federal da Paraíba (1990), Mestrado em Gerontologia Social pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (2003). Experiência docente na área de 
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, gestão de processos acadêmicos, 
consultora em assuntos educacionais, Coordenadora do Curso de Serviço 
Social, na modalidade presencial e NEAD da Unicesumar - Maringá/PR. 
Olá, Caro(a) aluno(a)! 
Sabemos o quanto é esperado esse momento para você, afinal, representa uma expec-
tativa de desvelar o campo de estágio a partir da validação do aprendizado teórico e 
prático em confronto com a realidade, no cotidiano da prática profissional. 
É o momento do salto do saber teórico-metodológico para o saber técnico-operativo. 
Por entendermos o quanto representa essa significativa passagem, preparamos com 
todo carinho o Manual de Estágio Supervisionado em Serviço Social da Unicesumar es-
pecialmente para você!
Aqui, você encontrará todas as prerrogativas que regem e regulamentam a Supervisão 
de Estágio em Serviço Social e toda base conceitual que circunscreve o processo de 
supervisão, além das informações e orientações necessárias para realizar seu processo 
formativo de estágio com sucesso, uma vez que se trata de uma disciplina que faz parte 
da sua formação profissional. Lembre-se, ainda, que o estágio é a grande oportunidade 
de o aluno vislumbrar a prática profissional e que muito o ajudará nas futuras escolhas 
de atuação sócio ocupacional, ao identificar as áreas que mais tem afinidade. Sendo 
assim, é imprescindível sua total dedicação.
Nosso objetivo é prepará-lo(a) para o mercado de trabalho, para tanto, o estágio tem o 
papel ímpar de cumprir todas as suas etapas de forma eficiente, com subsídios teóricos 
e técnicos que perpassam questões éticas. 
É com esse propósito que estamos imbuídos de promover o estágio supervisionado e 
aproximar cada um de nossos alunos das demandas sociais que surgem no mundo do 
trabalho, criando, dessa forma, oportunidades de exercitar a tão sonhada prática profis-
sional sob a supervisão sistematizada de supervisores acadêmicos e de campo que, de 
forma efetiva, irão corroborar com o seu aprendizado.
Desejamos que este Manual de Estágio se torne um guia que oriente tanto o aluno 
como os supervisores nesse caminho de mútuas descobertas, de aprendizagem ede 
crescimento profissional.
Bom aproveitamento do estágio!
Prof.ª Me. Maria Cristina Cunha
APRESENTAÇÃO
MANUAL DE ESTÁGIO DO CURSO SERVIÇO 
SOCIAL
SUMÁRIO
OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL
11 Objetivos Gerais
11 Objetivos Específicos 
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL: PRINCÍPIOS E 
DIRETRIZES
14 Projeto Político Pedagógico do Curso de Serviço Social Unicesumar
15 Bases Conceituais da Supervisão de Estágio 
17 Fundamentos Éticos e Legais para Operacionalização do Estágio 
Supervisionado Obrigatório e não Obrigatório 
29 A Instrumentalidade da Supervisão de Estágio Curricular 
DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE SUPERVISÃO DO ESTÁGIO
40 Da Organização do Processo de Estágio
48 Processo de Supervisão de Estágio 
53 Os Papéis dos Sujeitos na Supervisão de Estágio em Serviço Social 
SUMÁRIO
ATRIBUIÇÕES DOS SUJEITOS NAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO
59 Do Supervisor de Campo
63 Do Supervisor Acadêmico 
66 Do Aluno/Estagiário 
70 Da Coordenação de Estágio 
71 Das Atribuições Conjuntas de Supervisores 
85 Sistema de Avaliação do Desempenho 
88 Anexos 
98 Referências 
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11
OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM 
SERVIÇO SOCIAL
OBJETIVOS GERAIS:
 ■ Conhecer as Diretrizes Curriculares Nacionais do Estágio Supervisionado 
em Serviço Social, as Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de 
Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), a Política Nacional de 
Estágio, a Lei de Estágio e todos os atos normativos que regulamentam o 
Estágio Supervisionado em Serviço Social.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
 ■ Conhecer as bases conceituais da Supervisão de Estágio.
 ■ Refletir sobre a importância do Projeto Ético Político para a formação 
profissional.
 ■ Estudar as atribuições dos sujeitos e instâncias envolvidas no estágio 
supervisionado. Identificar as estratégias de operacionalização do Estágio 
Supervisionado.
 ■ Compreender o processo formativo do estágio supervisionado e sua orga-
nização apresentada no Manual de Estágio do Curso de Serviço Social 
Unicesumar.
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO 
SOCIAL: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
A proposta do estágio curricular supervisionado do Curso de Serviço Social 
do NEAD Unicesumar tem como premissa possibilitar aos nossos alunos(as) 
vivenciarem: as mais vastas experiências mediatizadas pelo conhecimento teóri-
co-metodológico e pelo trabalho profissional; o exercício técnico operativo para 
o desenvolvimento de competências necessárias para a intervenção profissional, 
somado ao reconhecimento do compromisso com as classes trabalhadoras, no 
contexto político, econômico e cultural.
É nesta perspectiva que o estágio supervisionado adquire um peso pri-
vilegiado no processo de formação profissional do estudante do curso 
de Serviço Social, podendo oportunizar não somente aproximações no 
processo de capacitação teórico-metodológica para o profissional, mas 
também o conhecimento das diferentes relações que compõem o com-
plexo tecido social (OLIVEIRA, 2004, p.67).
O curso de Serviço Social Unicesumar concebe o processo formativo de super-
visão, o acompanhamento sistemático das ações desenvolvidas pelos três atores 
assim identificados: supervisor acadêmico, aluno estagiário e o assistente social 
do campo credenciado, denominado supervisor de campo. As atividades 
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supervisionadas visam desenvolver o espírito crítico, analítico e empreendedor 
do aluno, complementando o processo de ensino e aprendizagem.
O estágio supervisionado se objetiva no decurso da formação, no momento 
em que o aluno estagiário inicia a sua história profissional, experimentando na 
prática o exercício inicial de uma postura que é marcada pela passagem da reali-
dade acadêmica para a realidade profissional, possibilitando, nesse contato com 
o real, o trato com os sujeitos da intervenção no campo profissional e, ao mesmo 
tempo, o contato com o contexto institucional, na medida em que for se inse-
rindo nos diversos espaços sócios ocupacionais. Essa experiência é um processo 
contínuo de construção mútua, que requer múltiplas responsabilidades e contí-
nuas reflexões na construção do saber e da práxis. 
O Estágio é um componente curricular obrigatório exigido para a conclusão 
do curso superior de Bacharel em Serviço Social. Sua realização é fundamental 
para a formação acadêmica universitária, tendo em vista o desenvolvimento de 
habilidades e competências frente as exigências do mercado de trabalho. O Estágio 
Supervisionado deverá ser iniciado no terceiro ano letivo, quando da oferta da disci-
plina, com o objetivo de capacitar o(a) aluno(a) para pôr em prática todo o cabedal 
de conhecimento acumulado durante o percurso do curso e os instrumentais neces-
sários para intervir na dinâmica das organizações nas diversas esferas e setores.
O(a) aluno(a), ao ser inserido no estágio, estará sob a responsabilidade 
do(a) supervisor(a) acadêmico(a) e do(a) supervisor(a) de campo, que, obri-
gatoriamente, tem que ser assistente social, juntos, vão trabalhar no sentido 
da orientação sistemática para construir o plano de ação, realizar diagnóstico, 
identificar as potencialidades e fragilidades da instituição, levantar indicadores 
e analisar cenário, bem como o contexto das situações de entrave e as possíveis 
intervenções. Com o suporte do corpo docente e apoio técnico, o domínio dos 
conhecimentos adquiridos e as contribuições decorrentes das aulas, fóruns, semi-
nários, estudo de caso, atividades de estudo e de todos os recursos pedagógicos, 
muitos projetos de pesquisa já serão delineados ali para fins do trabalho de con-
clusão de curso, o TCC, que tem como objetivo tratar de um determinado tema, 
como resultado das observações e da própria atividade de estágio, aglutinando 
os subsídios recebidos durante o processo formativo. 
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
14
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE 
SERVIÇO SOCIAL UNICESUMAR
O curso de Serviço Social da Unicesumar concebe o processo de supervisão 
dentro das Diretrizes Curriculares Nacionais e Projeto Político Pedagógico do 
Curso em consonância com as orientações da Política Nacional de Estágio da 
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS, desen-
volvida pelo professor de estágio (supervisor acadêmico) e o assistente social do 
campo credenciado (supervisor de campo), como uma múltipla oportunidade: 
além do aprendizado do aluno, pela experiência e conhecimentos específicos 
da área pelo supervisor de campo, a realimentação dos conteúdos ministrados 
pelo curso, pelo contato direto com as demandas emergidas nos campos e a rea-
limentação da prática profissional do Supervisor e da própria organização, pela 
aproximação com as novas teorias e conhecimentos oportunizados pelo profes-
sor de estágio e pelo próprio aluno.
O Projeto Pedagógico de Curso foi construído segundo as diretrizes curricu-
lares do MEC - Ministério da Educação – e conforme pressupostos da ABEPSS 
– Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – de 08 de novem-
bro de 1996, além de estar fundamentado nas seguintes regulamentações: 
 ■ Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
 ■ Lei nº 8.662/93 - Lei que regulamenta a profissão de Assistentes Sociais.
 ■ Diretrizes Curriculares da ABEPSS 1996.
 ■ Parecer CNE 492/2001 - emite parecer sobre as Diretrizes Curriculares 
Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, 
Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, 
Arquivologia e Museologia.
 ■ Parecer CNE 1363/2001 - retifica o Parecer CNE/CES n.º 492, de 3 de 
abril de 2001, que aprova as Diretrizes CurricularesNacionais dos cur-
sos de Arquivologia, Biblioteconomia, Ciências Sociais - Antropologia, 
Ciência Política e Sociologia, Comunicação Social, Filosofia, Geografia, 
História, Letras, Museologia e Serviço Social.
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 ■ Resolução CNE/CES nº 15, de 13 de março de 2002 - estabelece as 
Diretrizes Curriculares para os cursos de Serviço Social.
 ■ Parecer CONAES 4 de 17/6/2010 – regulamenta o Núcleo Docente 
Estruturante.
 ■ Resolução 2 de 18/6/2007 – dispõe sobre carga horária.
 ■ Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e Plano de Desenvolvimento 
Institucional (PDI) do Unicesumar.
 ■ Portarias e Resoluções emanadas dos Conselhos Superiores Unicesumar 
para a área acadêmica. 
 ■ Política Nacional de Estágio em Serviço Social da ABEPSS - maio de 2010 
– que trata dos princípios norteadores para a realização do estágio em 
Serviço Social para a formação profissional.
BASES CONCEITUAIS DA 
SUPERVISÃO DE ESTÁGIO
Então, o que é supervisão em Serviço Social? É o 
processo pedagógico de ensino e aprendizagem, 
que se realiza na área do agir, desenvolvendo 
o acompanhamento da prática cotidiana do(a) 
aluno(a) estagiário(a), pautado no projeto éti-
co-político do Serviço Social, consubstanciado 
no seu Código de Ética Profissional.
A supervisão é um “processo educativo”, onde o supervisor e o super-
visionado aprendem em conjunto, onde há a torça, o debate. Existe a 
preocupação de a prática profissional estar respaldada em uma teoria, e 
de a visão da unidade teoria-prática, na ação supervisora (BURIOLLA, 
2003, p. 64).
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
16
SUPERVISÃO DE ESTÁGIO – PONTENCIALIDADES NA RELAÇÃO 
ENSINO-APRENDIZAGEM
“A relação supervisor e supervisionado é 
a relação do debate no
 processo de ensino-aprendizagem.
 Mas, também, é uma relação de saber” 
(Toledo).
Agora, caro(a) aluno(a), vamos conhecer melhor as atribuições de todos os sujeitos 
envolvidos no estágio supervisionado em Serviço Social – Unicesumar – NEAD?
Inicialmente, é preciso ter clareza sobre o estágio em Serviço Social como um 
processo pedagógico de ensino-aprendizado, o estágio se realiza pela aproximação 
e dissociação entre a teoria e a prática, no desenvolvimento e acompanhamento 
do cotidiano do aluno estagiário nos mais diversificados espaços sócio ocupa-
cionais do assistente social, pautado no projeto ético-político do Serviço Social, 
consubstanciado no seu Código de Ética Profissional.
A autora que mais discute sobre a temática na área de Serviço Social, é Buriolla 
(2001), que, em sua obra, fala sobre a importância do supervisor de campo e do 
supervisor acadêmico como ímpar, pois a figura deles contribuirá para “direcio-
nar” um novo profissional que, na maioria das vezes, será influenciado por eles. 
Devido a isso, espera-se que esses profissionais tenham uma postura ética e com-
promissada com o desenvolvimento e com a cidadania dos usuários, buscando 
a emancipação deles e o resgate de sua cidadania enquanto sujeitos, rompendo 
com a visão do assistente social burocrático e assistencialista.
Sobre o planejamento da disciplina e do acompanhamento do aluno/estagiário, 
todos os nossos esforços estão pautados em garantir a excelência na sua formação 
profissional e competência para o exercício profissional; na perspectiva da teoria 
social crítica e na condução dos valores que devem ser assumidos pelo Projeto Ético-
Político do Assistente Social, respeitando os princípios de liberdade como valor ético 
central, rompendo com o conservadorismo e elegendo como princípios a demo-
cracia, os direitos humanos, a cidadania, a equidade, a justiça social e o pluralismo.
Além disso, a supervisão em Serviço Social é parte integrante da formação da 
profissão, processo de aperfeiçoamento mútuo, exigindo sistematização da atua-
ção. O estágio supervisionado deve proporcionar a compreensão do processo de 
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trabalho nos diferentes níveis de intervenção social; instrumentalizar o aluno, com-
plementando sua formação teórico-metodológica e técnico-operativa; propiciar a 
valorização do compromisso ético-profissional; possibilitar a identificação e a cons-
trução de respostas profissionais às demandas resultantes das particularidades da 
questão social da realidade; exercitar habilidades profissionais traduzidas em estra-
tégias, procedimentos, práticas específicas e instrumentais, além da elaboração de 
projetos de intervenção social (PUC/Mar/98 e PUC/Set/99).
A importância da discussão da supervisão de estágio, entendida como um 
espaço que deve tanto garantir como viabilizar o processo de ensino-aprendi-
zagem, é possibilitar a reflexão e o questionamento crítico. Tem, portanto, uma 
dimensão pedagógica por excelência. Tanto o aluno quanto o supervisor devem 
estar integralmente comprometidos com esse processo.
Assim, o processo de formação profissional e, particularmente o es-
tágio supervisionado curricular, devem garantir a apreensão do sig-
nificado sócio histórico do Serviço Social; das condições de trabalho 
dos assistentes sociais; das conjunturas; das instituições; do universo 
dos trabalhadores usuários dos diversos serviços e das políticas sociais. 
Neste aspecto, exige conhecimentos teóricos e saberes prático-inter-
ventivos, além, é claro, dos fundamentos e da lógica tendencial que os 
constituem (GUERRA, 2006, p. 32).
FUNDAMENTOS ÉTICOS E LEGAIS PARA OPERACIONA-
LIZAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓ-
RIO E NÃO OBRIGATÓRIO 
EIXOS NORTEADORES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO:
1. As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Bacharelado em Ser-
viço Social.
2. Política Nacional de Estágio da ABEPSS/CFESS.
3. O estágio no projeto de formação profissional.
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
18
Figura 1: Os 4 elementos significativos que compreendem o estágio curricular. 
Fonte: Oliveira (2009).
O MEC – Ministérios da Educação e Cultura é quem normatiza o estágio de 
forma geral e institui leis para organizar todos os procedimentos a serem adota-
dos, a respeito do estágio, precisamos levar em consideração os seguintes textos 
legais desse Ministério regulador da educação no país:
A LEI nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – que estabelece as diretrizes 
e bases da educação nacional:
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização 
dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou 
superior em sua jurisdição.
Parágrafo único. O estágio realizado nas condições deste artigo não 
estabelece vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de 
estágio, estar segurado contra acidentes e ter a cobertura previdenciária 
prevista na legislação específica.
A Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, mais conhecida como a Lei do Estágio 
dispõe em seu primeiro artigo:
Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no 
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo 
de educandos que estejam frequentando o ensino regular em institui-
ções de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, 
da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na mo-
dalidade profissional da educação de jovens e adultos. 
§ 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de inte-
grar o itinerário formativo do educando. 
§ 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da ativi-
dade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desen-
volvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. 
ESTÁGIO CURRICULAR
QUATRO ELEMENTOS SIGNIFICATIVOS:
1. A LEGALIDADE
2. A LEGITIMIDADE
3. OS DIFERENTES SUJEITOS
4. A CONSTRUÇÃO DE NOVA LÓGICA CURRICULAR
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No Brasil, os estágios estão baseados na Lei 11.788, de 25 de novembro de 2008. 
No caso do Serviço Social, o estágio também está norteado pelas diretrizes cur-
riculares da ABEPSS, da Resolução CFESS nº 533/2008, do Código de Ética do 
Assistente Social e da Lei 8.662/1993, que regulamenta a profissão de Serviço Social, 
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proporcionando a complementação do ensino e da aprendizagem a serem planeja-
dos, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos, 
programas e calendários escolares.
Logo, o objetivo principal do Estágio Supervisionado é capacitar o aluno 
para o exercício profissional crítico e comprometido com o projeto ético-polí-
tico profissional. O estágio supervisionado possibilita ao discente uma inserção 
no espaço sócio institucional.
A POLÍTICA NACIONAL DE ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL – ABEPSS
O estágio supervisionado curricular, nas modalidades obrigatória e não obrigatória, 
é um processo didático-pedagógico que se consubstancia pela “indissociabilidade 
entre estágio e supervisão acadêmica e profissional” (ABESS-CEDEPSS,1997, 
p.62), um dos princípios das diretrizes curriculares para o curso de Serviço 
Social. Caracteriza-se pela atividade teórico-prática, efetivada por meio da inser-
ção do(a) estudante nos espaços sócio institucionais nos quais trabalham os(as) 
assistentes sociais, capacitando-o(a) nas dimensões teórico-metodológica, éti-
co-política e técnico operativa para o exercício profissional.
Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. (Lei do Estágio)
Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Con-
solidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 
1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as 
Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, 
o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e 
o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá 
outras providências.
Fonte: Brasil (2008, online). 
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Assim, podemos definir o Estágio conforme preconizado pela Política 
Nacional de Estágio:
O estágio se constitui num instrumento fundamental na formação da 
análise crítica e da capacidade interventiva, propositiva e investigati-
va do(a) estudante, que precisa apreender os elementos concretos que 
constituem a realidade social capitalista e suas contradições, de modo 
a intervir, posteriormente como profissional, nas diferentes expressões 
da questão social, que vem se agravando diante do movimento mais re-
cente de colapso mundial da economia, em sua fase financeira, e de des-
regulamentação do trabalho e dos direitos sociais (PNE, 2010, p. 11).
Reconhecemos que nossa profissão tem um caráter eminentemente interven-
tivo e, por isso, a prática do estágio se reveste de extrema importância, pois é o 
elemento fundante de experiências, vivências e elaboração crítica e reflexiva do 
exercício profissional.
Diante disso, destaca-se a importância da discussão da supervisão de estágio, 
entendida como um espaço que deve tanto garantir como viabilizar o processo 
de ensino e aprendizagem, que possibilita a reflexão, o questionamento crítico. 
Essa supervisão tem, portanto, uma dimensão pedagógica por excelência. Tanto 
o aluno quanto o supervisor devem estar integralmente comprometidos com 
esse processo.
O ESTÁGIO NO PROJETO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Dentro desse contexto, reunimos o conjunto de Normas, Resoluções e Leis que 
regem o Estágio em Serviço Social, consolidando o que denominamos de Projeto 
Ético Político, sendo esse o instrumento norteador da prática profissional que 
tem como base a formação acadêmica.
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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Figura 2 - O Código de Ética de 1993 é o grande balizador para a construção do Projeto Ético Político do 
Serviço Social Brasileiro.
Fonte: Conselho… (online).
No início da década de 90, a categoria profi ssional adquire sua maturidade, ao 
passo que, assim como Koike (2009, p. 12) afi rma:
Com renovada capacidade intelectiva, ético‐política e organizativa, a 
categoria profi ssional, as unidades acadêmicas, docentes e discentes da 
graduação e pós‐graduação, sob a coordenação de suas entidades repre-
sentativas apresentaram‐se, à entrada dos anos de 1990, para um amplo 
repensar coletivo e democrático da profi ssão. Cabia redimensionar o 
projeto profi ssional, a partir de então denominado projeto ético‐polí-
tico, frente às alterações no mundo do trabalho, nas manifestações da 
questão social, nas práticas do Estado e suas relações com as classes 
sociais.
Figura 3 - Livro A relação intrínseca entre o Projeto Ético-Político e o exercício profi ssional
Fonte: Conjunto CFESS/CRESS-RJ (2014).
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Segundo Netto (1999), o projeto deve ser concebido para além de um conjunto 
de prescrições normativas e corporativas, sendo apreendido como constru-
ção coletiva profissional que busca se aproximar, coerentemente, com o projeto 
societário emancipatório. Tal projeto estrutura-se na sua dimensão jurídico-nor-
mativa com a aprovação e difusão do Código de Ética de 1993 e a lei 8.662/93 
que regulamenta a profissão; na dimensão política, com a reorganização e o for-
talecimento das entidades de organização da categoria (CFESS/CRESS, ABEPSS 
e ENESSO) e, na dimensão formativa, por meio da elaboração e implementação 
das Diretrizes Curriculares do Serviço Social, construídas pela categoria em um 
amplo processo de discussão conduzido no âmbito da ABEPSS, em todo país.
O PROJETO ÉTICO POLÍTICO PROFISSIONAL
Projeto Ético Político – PEP foi constituído no contexto histórico entre as 
décadas de 1970 – 1980, sendo consolidado na década de 90, a partir do amadu-
recimento da categoria profissional, dada a sua inserção na sociedade, organizado 
pelo conjunto CFESS/ABEPSS/ENESSO, com um caráter sócio-político, crítico 
e interventivo. O PEP sofre influência Marxista, em uma tentativa de superação 
da visão conservadora para avançar no direcionamento do papel da interven-
ção profissional na perspectiva da emancipação humana, do grupo familiar, dos 
direitos individuais, sem perder de vista o sentido de classes sociais.
Netto (2001) salienta que a perspectiva constitutiva do processo de renovação 
profissional é conhecida como intenção de ruptura. Essa tendência caracteriza-
-se pela crítica que realiza ao Serviço Social tradicional e pelo intento de romper 
com seus parâmetros teóricos, metodológicos, técnicos e políticos, para tanto, 
ela recorre à tradição teórica de Marx.
Os elementos até aqui arrolados nos remetem à necessidade da reafirma-
ção, do aprofundamento do debate e da construção concreta de instrumentos 
que possibilitem a materialização da lógica curricular, que “expressa uma con-
cepção de ensino e aprendizagem calçada na dinâmica da vida social, o que 
estabelece os parâmetros para a inserção profissional na realidade sócio institu-
cional” (ABESS/ CEDEPSS, 1996, p. 08). 
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Com base na análise do Serviço Social, historicamente construída e teorica-
mente fundada, é que se poderá discutir as estratégias e técnicas de intervenção 
a partir de quatro questões fundamentais: o que fazer, por que fazer, como fazer 
e para que fazer. Não se trata apenas da construção operacional do fazer (organi-
zação técnica do trabalho), mas, sobretudo, da dimensão intelectiva eontológica 
do trabalho, considerando aquilo que é específico ao trabalho do assistente social 
em seu campo de intervenção (ABESS/ CEDEPSS, 1996, p.14).
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL: DIMENSÕES DO PROCESSO DE 
SUPERVISÃO DE ESTÁGIO 
Repartido pois entre a curiosidade que não pudera reprimir e o desa-
grado de ver tanta gente junta, o rei, com o pior dos modos, perguntou 
três perguntas seguidas, Que é que queres, Por que foi que não disseste 
logo o que querias, Pensarás tu que eu não tenho mais nada que fazer, 
mas o homem só respondeu a primeira pergunta. Dá-me um barco, 
disse ( José Saramago).
Relembrando um pouco a história, nossa profissão sempre esteve envolvida na 
construção de um projeto ético-político, cujo objeto profissional está determi-
nado pela realidade social. Dessa forma, a formação profissional do assistente 
social deve estar voltada ao movimento, às mudanças, na forma de viver e sobre-
viver, de ser, de se construir dessa sociedade, na realidade e no contexto social 
em que vivem. 
Por isso, caro(a) aluno(a), nosso propósito no estágio é buscar a aproximação 
entre o campo teórico e crítico e as diferentes formas de conhecimento, inter-
pretação e intervenção da realidade.
Nossa formação não se esgota na academia, mas deve ser uma educação 
continuada, pois nosso universo de atuação é a realidade social, que precisa ser 
contextualizada, compreendida pelos seus aspectos estruturais e conjunturais.
Nesse sentido, compreendemos que se exige cada vez mais profissionais quali-
ficados, com conhecimentos atualizados a seu tempo, com flexibilidade intelectual 
para dar respostas às demandas que lhe são apresentadas e interpretação da rea-
lidade, capaz de decifrar a realidade e intervir de forma crítica e propositiva.
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É nesse contexto que iremos refletir sobre a importância do estágio super-
visionado no ensino e aprendizagem profissional: “[...] o estágio na formação é 
uma alternativa fundamental de conhecimento da realidade concreta, uma forma 
de se apropriar de conhecimento e questões presentes na sociedade” (OLIVA, 
1989, p. 150).
Para começar, vamos entender como o projeto profissional está pautado na 
indissociabilidade entre as dimensões teórico-metodológica, ético-política e 
técnico-operativa, que deve ser garantida na experiência de estágio, para que 
esse não seja submetido à tendência tecnicista da dimensão operativa em detri-
mento das demais, especialmente quando se trata da vivência no campo ou da 
supervisão de campo. 
De maneira mais geral, como podemos compreender as dimensões teórico-
-metodológica, ético-política e técnico-operativa, mencionadas anteriormente? 
Como seus princípios devem nortear a realização do estágio no Serviço Social?
Vamos discutir, a partir de agora, um pouco mais sobre as dimensões ético-
-política, teórico-metodológica e técnico-operativa, suas possibilidades e limites 
no contexto das respostas às demandas e requisições sócio-profissionais e a racio-
nalidade que lhe é conexa.
O termo “dimensão” nos remete às prioridades de alguma coisa, no sentido 
de seus pressupostos, de suas direções, de seus princípios fundamentais.
Fonte: adaptado de Santos (2002).
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Dimensão ético-política
Vamos iniciar nossa discussão pelos princípios da dimensão ético-política, uma 
vez que o estágio de fato só consegue ser materializado se estiver em consonância 
com os princípios éticos-políticos profissionais, pautados por nosso Código de 
Ética de 1993. O projeto profissional do Serviço Social deve ser pensado a par-
tir de suas contradições, com uma postura crítica diante dos fatos e demandas 
que lhe são colocados, porém só conquistadas, mediante o respaldo teórico-me-
todológico para criar novas estratégias do agir profissional, sempre respaldado 
pelo compromisso ético-político profissional.
Dessa forma, a Política Nacional de Estágio – ABEPSS nos orienta quanto: a 
defesa da liberdade, democracia, cidadania, justiça, direitos humanos, combate ao 
preconceito se vinculam à construção de uma nova configuração societária que 
supere a exploração e as formas de opressão. Não podemos deixar de ressaltar, 
também, o compromisso com a qualidade dos serviços prestados, a competência 
e o pluralismo como princípios que precisam se objetivar no cotidiano profis-
sional e nas vivências de estágio.
A questão do compromisso profissional frente a sua atuação e ações realiza-
das, a postura crítica e investigativa diante das demandas que lhe são apresentadas, 
na perspectiva de direito, trata-se da dimensão ético-política.
Dimensão teórico-metodológica
Quanto a essa dimensão, a primeira compreensão que devemos ter é o rompimento 
com a atividade meramente burocrática, rotineira e tecnicista, pois o pressu-
posto ora apresentado é de um exercício profissional que exige do profissional 
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competência, análise crítica diante do contexto que lhe é apresentado, capaci-
dade de decifrar a realidade e detectar possibilidades de melhorias e propósitos 
às demandas apresentadas no cotidiano. Para tanto, devem ser observados, tanto 
no exercício profissional como no desenvolvimento do estágio supervisionado, a 
fundamentação teórica, metodológica, os aspectos históricos, a capacidade crí-
tico-analítica e ética-política, pois são exigências para a qualidade nos serviços 
prestados nos espaços sócio-institucionais. 
Por isso, caro(a) aluno(a), nossa disciplina de estágio inicia a partir do terceiro 
ano do curso, uma vez que, para desenvolver um bom estágio, foram apresenta-
dos, nesse momento, as disciplinas, as exigências e todo o processo que até então 
estudou em sua formação e que são pré-requisitos para o desenvolvimento de 
um estágio com qualidade, que facilite o propósito da intervenção e operacio-
nalização das diversas capilaridades da profissão, sempre, é claro, resguardado 
pelos princípios éticos-políticos.
Resumindo, a dimensão teórico-metodológica respalda-se nos elementos 
históricos e no contexto social de atuação, vinculada aos conhecimentos adqui-
ridos para desenvolver a metodologia do trabalho.
Dimensão técnico-operativa
A instrumentalidade da Supervisão de Estágio Curricular
O desenvolvimento tecnológico provocou mudanças que impactam toda a 
nossa sociedade, seja no aspecto econômico, seja no cultural ou político. 
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Hoje, é apresentada uma diversidade de 
formas de comunicação e socialização entre 
as pessoas e conhecimentos. Assim, se as for-
mas de convívio mudaram, as relações sociais 
e de produção também sofrem mudanças, 
os nossos instrumentos também mudaram?
Claro que sim, pois todas essas mudan-
ças geram novas necessidades e facilidades, 
que, por sua vez, são incorporadas pela pró-
pria exigência dos sujeitos que demandam 
nosso trabalho, das instituições empregado-
ras e devem ser materializadas em nosso cotidiano profissional.
O domínio do conteúdo para desenvolver as atribuições privativas pro-
fissional, desde o seu planejamento até a sua execução, refere-se à dimensão 
técnico-operativa, que perpassa as outras duas dimensões. 
Essa dimensão é a forma de dar visibilidade à profissão, é conhecida e reco-
nhecida pela sociedade, carregada com as representações sociais e da cultura 
profissional. Refletida pelos resultados e pela qualidade do trabalho, assim, legi-
tima a profissão.
Diante de nossas discussões, deve ficar claro que as três dimensões não 
devem ser tratadas teoricamente e nem no cotidiano profissional como sepa-
radas e cada qual com suas atribuições, mas deve articular-se estreitamente, e 
nosso trabalho deve ser embasadopor suas caraterísticas sempre, assim como 
embasar o desenvolvimento do estágio supervisionado, pois esse é um processo 
que lhe prepara ao exercício profissional.
A competência profissional na supervisão de estágio, para Lewgoy (2010, 
p.150), 
implica considerar as competências e habilidades previstas nas três di-
mensões da profissão […] nas particularidades dos espaços sócio-ocu-
pacionais em que o aluno está inserido em termos de meios, estratégias, 
instrumentos referenciais técnicos, projetos de atuação, usuários, lutas e 
direitos sociais entre outros.
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A INSTRUMENTALIDADE DA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO 
CURRICULAR
Perspectiva do estudo da instrumentalidade 
O estudo da instrumentalidade deve ser compreendido na perspectiva que 
contém em si determinações materiais e ideais, as quais incorporam não ape-
nas o como fazer, mas o porquê, o para que, o quando e o onde fazer, ou seja, a 
intencionalidade das ações humanas, fundamentada pela ontologia do ser social 
que se constrói pelo trabalho.
A escolha dos meios (o método, as técnicas e os instrumentos) e as media-
ções a serem acionadas se darão em função das condições objetivas e de suas 
finalidades. 
Instrumentos, técnicas e estratégias serão estabelecidos no interior do pro-
jeto profissional, o que se exige uma formação profissional qualificada. Porém, 
Reprodução proibida. A
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para ter instrumentalidade, uma profissão necessita de clareza dos fins, racio-
nalidade para saber aonde se quer chegar, mobilizar e identificar os meios mais 
adequados e, se necessário, criá-los e, por último, criar condições objetivas e sub-
jetivas para realizar a prática.
Não podemos incorrer na dimensão técnico-operativa se restringir ao sim-
ples cumprimento de normas, regulamentos, objetivos institucionais, papéis já 
estabelecidos, respostas pré-concebidas, mas deve ser construída no espaço da 
análise concreta de situações concretas, uma vez que, no cotidiano profissional, 
os movimentos e as possibilidades são dinâmicos e contextuais.
Os instrumentos técnico-operativos incorrem na capacidade de procedi-
mentos ligados à técnica necessária para a materialização da ação profissional 
em uma determinada intervenção, possibilitando responder ao objeto profissio-
nal, frente ao enfrentamento das expressões da questão social. 
A compreensão da instrumentalidade na profissão do assistente social precisa 
ser compreendida nos diferentes espaços sócio-institucionais, nas relações esta-
belecidas e na forma como é e pode ser construída a mediação da prática, no que 
tange a responder às demandas das atribuições profissional nesse campo, pois cada 
demanda tem suas particularidades, na qual devem ser utilizadas técnicas específi-
cas para alcançar os resultados esperados. Nos termos de Iamamoto (2008, p.208):
Requisita um perfil profissional culto, crítico e capaz de formular, re-
criar e avaliar propostas que apontem para a progressiva democratiza-
ção das relações sociais. Exige-se, para tanto, compromisso ético-polí-
tico com os valores democráticos e competência teórico-metodológica 
na teoria crítica em sua lógica de explicação da vida social. Esses ele-
mentos, aliados à pesquisa da realidade, possibilitam decifrar situações 
particulares com que se defronta o assistente social no seu trabalho, de 
modo a conectá-los aos processos sociais macroscópios que as geram 
as modificam. Mas, requisita, também, um profissional versado no ins-
trumental-técnico-operativo, capaz de potencializar as ações nos níveis 
de assessoria, planejamento, negociação, pesquisa e ação direta, estimu-
ladora da participação dos sujeitos sociais nas decisões que lhes dizem 
respeito, na defesa de seus direitos e no acesso aos meios de exercê-los.
O assistente social, para materializar suas ações, utiliza conhecimentos, infor-
mações, habilidades e atitudes, sendo imprescindíveis para efetivação de seu 
caráter interventivo.
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A realização do seu estágio deve transcender o aprendizado quanto à técnica e 
à operacionalização da demanda institucional ou meramente cumprir o regula-
mento quanto às ferramentas de avaliação que estamos apresentando. O nosso 
propósito é que você tenha compromisso, primeiro, consigo mesmo, com o que 
de melhor tem a oferecer e aprender com esse espaço privilegiado de aprendi-
zado que é o estágio. Nossa proposta é que as ferramentas que estamos 
apresentando sejam os meios que o possibilitarão contextualizar a 
realidade, capacidade nos relacionamento interpessoais, saber 
fazer escuta qualificada, investigar a realidade social e posicio-
nar-se analítica e criticamente diante de seus estudos.
Muitas vezes, desde seu ingresso no curso de Serviço 
Social você foi abordado(a) com o seguinte 
questinonamento:
Você já ouviu falar no ideograma CHA?
Significa: Conhecimento, Habilidade e Atitude.
O C significa conhecimento, trata de dominar um assunto, você adquire 
através do referencial teórico, de estudos, pesquisas etc.
O H significa habilidade, é o saber fazer, utilizar a metodologia de trabalho, 
as estratégias de atuação, os instrumentais para o projeto profissional.
O A significa atitude assertiva e pró-ativa – iniciativa, seguindo os princípios 
ético-políticos.
Fonte: Marques (2014, online).
O que faz o 
ASSISTENTE SOCIAL?
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Essa é uma pergunta que conduz a uma resposta direcionada às atividades desem-
penhadas pelo profissional, com enfoque na prática, não podemos nos limitar a 
essa compreensão, mas sim a quais são os objetivos da ação, compreender o para 
que é realizada e quais as consequências que o nosso trabalho produz.
As Diretrizes Curriculares apresentam como proposta a teoria crítica, por isso, 
toda operacionalização no cotidiano dos campos de estágio deve ser respaldada 
por conhecimentos específicos, portanto, não basta somente adquirir experiência 
do processo de trabalho com os profissionais nos espaços sócio-ocupacionais, seja 
público ou privado, mas exigir a relação teórica, que deve ser constante. Sabemos 
das dificuldades de referências bibliográficas de algumas temáticas, em especial 
as referentes ao instrumental técnico, mas temos fontes que perpassam a temá-
tica, como: Código de Ética, documentos no campo de intervenção, pesquisas, 
programas e projetos que são desenvolvidos, orientações técnicas para o desenvol-
vimento dos serviços, dentre outras possibilidades. Para Iamamoto (2003, p. 94):
A leitura hoje predominante da “prática profissional” é de que ela não 
deve ser considerada “isoladamente”, “em si mesma”, mas em seus “con-
dicionantes” sejam eles “internos” - os que dependem do desempenho 
profissional - ou “externos” - determinados pelas circunstâncias sociais 
nas quais se realiza a prática do assistente social. Os primeiros são geral-
mente referidos a competências do assistente social como, por exemplo, 
acionar estratégias e técnicas; a capacidade de leitura da realidade con-
juntural, a habilidade no trato das relações humanas, a convivência numa 
equipe interprofissional etc. Os segundos abrangem um conjunto de fa-
tores que não dependem exclusivamente do sujeito profissional, desde as 
relações de poder institucional, os recursos colocados à disposição para o 
trabalho pela instituição ou empresa que contrata o assistente social; as 
políticas sociais específicas, os objetivos e demandas da instituição em-
pregadora, a realidade social da população usuária dos serviços prestados 
etc.
Apresentadas algumas discussões importantes sobre a instrumentalidade profissio-
nal, convido-os a conhecer alguns instrumentos utilizados peloassistente social que 
você deverá utilizar ao longo do estágio supervisionado obrigatório, previsto em 
nosso conteúdo programático do curso de Serviço Social - Unicesumar. Portanto, 
vale ressaltar que esse conteúdo não é estático, não se trata de “receita pronta”, por-
que os instrumentos que serão tratados aqui “são criados e recriados de acordo 
com os objetivos e com as exigências da ação profissional” (MIOTO, 2001, p.148).
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Termo de Compromisso
É um termo celebrado pelo campo de estágio e pela Unicesumar, que estabe-
lece as condições do estágio, obedecidas as disposições legais. Nele, consta o 
período de realização, o dia da semana, os horários, a carga horária e as eta-
pas exigidas para formação profi ssional.
Plano de Estágio
Está prevista na Política Nacional de Estágio da ABEPSS que a elaboração do 
Plano de Estágio deve ser realizada pelos sujeitos envolvidos: aluno/estagiário, 
mas em conjunto com os supervisores acadêmicos e de campo, devendo estar 
contido em seu conteúdo os objetivos e as atividades a serem desenvolvidas 
durante o percurso do estagiário no campo. Deve estar norteada pelas dimen-
sões ético-política, teórico-prática e técnico-operativa, pois esse documento 
será o norte do processo ensino-aprendizagem. O acompanhamento proces-
sual do estágio será realizado mediante o plano de estágio, com a unicidade 
da instituição concedente de estágio e o projeto da IES, além dos outros ins-
trumentos avaliativos e pedagógicos, como a folha de frequência acadêmica 
e de campo, relatórios das atividades realizadas com análise teórica e crítica, 
relatório circunstanciado, dentre outros.
Mas você pode estar se perguntando: 
o que são disposições legais?
Simples! São as Leis que orientam 
o estágio. Já mencionadas 
anteriormente neste manual!
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Projeto de Intervenção
O projeto de intervenção visa construir um projeto, com a reflexão sobre a prá-
tica do estágio e as demandas institucionais, contribuindo para o fortalecimento 
do trabalho do assistente social e para a formação profissional. A proposta é a 
confluência entre a teoria e a prática. Faz-se relevante reconhecer o espaço insti-
tucional, as contradições presentes no cotidiano do trabalho do assistente social; 
o projeto tem caráter interventivo, coerente com as demandas e possibilidades 
institucionais e com o projeto ético-político do Serviço Social. 
O projeto de intervenção é uma ação planejada, deve ser monitorada e ava-
liada no campo de estágio, com a supervisão do profissional. 
Folha de frequência – de campo e acadêmica
Esse instrumento trata-se do registro onde serão anotadas: data, hora de entrada, 
hora da saída, hora acumulada e atividades desenvolvidas no cotidiano do trabalho 
profissional; deve ser seguido da assinatura e do carimbo do supervisor de campo, 
do supervisor acadêmico e do estagiário – no caso da folha de frequência do campo 
e da folha da supervisão acadêmica, são assinadas pelo supervisor acadêmico e 
pelo estagiário. Assim, é possível o acompanhamento das realizações do estágio 
supervisionado, bem como a comprovação do cumprimento da carga horária. 
Atividades previstas no AVA 
No decorrer das cinco disciplinas previstas de Estágio Supervisionado Obrigatório, 
estão previstas participações em fóruns de discussões, atividades de estudos 
e entrega de Portfólio, vale destacar que estes documentos, não devem ser 
apresentados somente com o objetivo de obtenção de nota, mas com muito 
comprometimento, pois estes darão o embasamento necessário para formação 
profissional. Esses instrumentos aproximam a prática com a teoria, pois você 
irá, a partir das práticas vivenciadas no estágio, relacionar a teoria, realizando 
referenciais bibliográficos ou legislações; o posicionamento crítico diante das 
atividades apresentadas, mas não esqueçam nunca: deve ser permeado pelo 
compromisso ético. 
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Mioto (2001, p.11) expõe a necessidade das atividades profissionais se anco-
rarem em competências: 
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
36
Assim, podemos concluir que a funcionalidade profissional é, de fato, efetivada 
por meio da instrumentalidade e reflete concretamente o exercício profissional. 
Mas, lembre-se: esse documento é privativo do assistente social!
Articulação do Estágio com a pesquisa e extensão
Outra questão apontada na construção da política de estágio diz respeito à 
articulação do Estágio com a pesquisa e extensão. A formação do ensino supe-
rior, por meio do desenvolvimento articulado entre o tripé: Ensino, Pesquisa 
e Extensão, segundo a PNE (2009, p 37):
[...] objetiva-se reforçar o cumprimento do princípio universitário e 
a possibilidade da efetivação de uma formação crítica e de qualidade, 
capaz de articular teoria e prática, numa perspectiva de revisitar a 
função social da universidade que é produzir e socializar conheci-
mentos necessários e úteis à sociedade.
O Estágio em Extensão é desenvolvido nos cursos de Serviço Social como 
estratégia de atravessar os muros universitários e aproximar com a realidade 
social, podendo ser planejadas e articuladas com as práticas profissionais em 
campos diversificados. 
No caso da Unicesumar, temos grande abertura e incentivo para o desen-
volvimento da tríade da formação, profissionais e alunos são valorizados 
quando envolvidos em pesquisa e extensão, muitas vezes, essas estão intrin-
secamente ligadas, bem como o mercado de trabalho avalia positivamente 
currículos que conta com essas experiências no histórico escolar, pois, desen-
volver essas metodologias de ensino participativas agrega valor ao processo 
de intervenção e investigação no Serviço Social. 
Ademais, existe uma consonância entre a defesa da universidade e da 
extensão, conforme destaca a política nacional de extensão ao indicar as 
seguintes diretrizes: 
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A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e cientí-
fico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável en-
tre Universidade e Sociedade. A Extensão é uma via de mão-dupla, 
com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, 
na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um conhe-
cimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discen-
tes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será 
acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca 
de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá como consequ-
ências a produção do conhecimento resultante do confronto com a 
realidade brasileira e regional, a democratização do conhecimento 
acadêmico e a participação efetiva da comunidade na atuação da 
Universidade. Além de instrumentalizadora deste processo dialético 
de teoria/prática, a extensão é um trabalho interdisciplinar que favo-
rece a visão integrada do social (FÓRUM NACIONAL DE PRÓ-
-REITORES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 2005, p.18).
A Extensão historicamente se legitimou na Universidade como um espaço 
de interlocução e permanência da relação dessa instituição com a sociedade 
civil (movimentos sociais de base, luta pelos direitos, diversidade cultural 
etc), que demanda uma outra postura e compromisso da universidade face 
aos problemas sociais do seu contexto (ABREU, 2008, p.08). 
Porém a Lei Federal 11. 788 permite a extensão como estágio, ao afir-
mar que “as atividades de extensão, de monitorias e de iniciação 
científica na educação superior, desenvolvidas pelo 
estudante, somente poderão ser equiparadas aoestágio em caso de previsão no pro-
jeto pedagógico do curso”. No caso 
da Unicesumar, consta em nosso 
projeto a realização de Projetos de 
Extensão, assim, estamos recepti-
vos para estudar boas propostas 
de intervenção nessa metodolo-
gia, relacionada às diferentes 
áreas de atuação, destacando 
as experiências do setor: 
Público, Privado e Terceiro 
Setor, preferencialmente.
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
38
Para que os projetos de extensão se tornem campo de estágio, institucio-
nalmente falando, sempre respeitamos essa prerrogativa, devemos seguir as 
orientações do PNE, que impõe as seguintes condicionalidades: 
- Explicitar objetivos e funções desempenhadas pelo Serviço Social em con-
formidade com os artigos 4º e 5º da Lei que regulamenta a profissão.
- Indicar que os projetos e planos de intervenção do estágio estão articulados 
ao exercício profissional do Serviço Social, considerando a análise e a apropria-
ção crítica do contexto sócio-institucional. 
- Que o docente envolvido na atividade de extensão assuma o processo de 
supervisão de campo, quando não houver outro assistente social devidamente 
registrado no Conselho. 
- Que não haja acúmulo nas funções de supervisor(a) de campo e de super-
visor(a) acadêmico(a). O(a) docente, ao assumir a função de supervisor(a) 
acadêmico(a) de um grupo de estudantes, não poderá acumular a função do 
supervisor de campo junto aos outros.
A Extensão deve ser realizada por meio de levantamento de necessidades e 
um planejamento de ações dirigidas à sociedade, as quais devem estar indisso-
ciavelmente vinculadas ao Ensino e à Pesquisa. 
Podemos afirmar que ao realizar o estágio em extensão, sendo estes espaços 
privilegiados para absorção, disseminação e produção de conhecimentos para a 
formação e a capacitação de profissionais cidadãos bem qualificados, passando a 
desenvolver potenciais para a elaboração de políticas públicas, que tenham como 
objetivo o desenvolvimento e garantia de direitos dos cidadãos. 
Para entender mais sobre o projeto deformação profissional e sua relação com o estágio 
supervisionado, assista ao vídeo de Rodrigo Teixeira, coordenador nacional de graduação da 
ABEPSS (gestão 2015/2016), comentando sobre as Diretrizes Curriculares da ABEPSS para a 
graduação em Serviço Social e sobre a Política Nacional de Estágio, disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=UPgKALe9e9U>. 
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O processo de formação profissional inclui o estágio curricular obrigatório, 
e tem como diretriz A Política Nacional de Estágio da ABEPSS – Associação 
Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, de Abril de 2010, em con-
formidade com a Resolução Nº 533 do CFSS / CRESS – Conselho Federal 
de Serviço Social e Conselhos Regionais de Serviço Social, de Setembro de 
2008, que normatizam o Estágio Supervisionado a fim de nortear atores en-
volvidos nesse processo de formação profissional: aluno e os supervisores 
(de campo e acadêmico) quanto às diretrizes básicas do estágio curricular 
obrigatório. Cabendo ao estagiário desenvolver um conjunto de atividades 
explicitadas em seu plano de estágio e (...) contribuir no processo de oxige-
nação da ação profissional do assistente social, na medida que apresenta 
questionamentos acerca do trabalho realizado e possibilidades de enfrenta-
mento das situações vivenciadas no cotidiano profissional. 
Fonte: Oliveira (2009, p. 105).
A Lei 8.662/93 dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional do 
assistente social no território Brasileiro, que compreende as especificidades 
e particularidades da ação profissional ético-moral. Trata-se de um Código 
moral que prescreve normas, direitos, deveres e sanções previstas pela pro-
fissão, orientando o comportamento individual dos profissionais, buscando 
consolidar o projeto societário do Serviço Social.
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
40
DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE SUPERVISÃO 
DO ESTÁGIO
Bases da estruturação do estágio curricular obrigatório: Diretrizes Curriculares 
Nacionais, o Projeto Pedagógico do Curso e as normas internas Unicesumar.
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
PPCDIRETRIZES
CURRICULARES
REGIMENTO
DE ESTÁGIO
Figura 4: Estágio Curricular Obrigatório
DA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE ESTÁGIO
Para planejar e organizar as atividades de estágio supervisionado, estruturou-se 
como objetivos principais: informar, orientar e acompanhar os alunos e super-
visores quanto à realização dos estágios. Para tanto, além da valiosa contribuição 
da supervisão direta dos profissionais do campo, também propõe-se a supervisão 
acadêmica, que acontece durante todo processo de estágio, por meio da orga-
nização da disciplina de estágio supervisionado, computando 500 horas entre 
conteúdos teóricos e práticos.
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AVALIAÇÕES DE DESEMPENHO - CAMPO / ACADÊMICA
Figura 5: Estrutura da disciplina de estágio supervisionado
Fonte: a Autora.
A Coordenação de Estágio do Curso de Serviço Social é responsável pela orga-
nização da documentação necessária para o desenvolvimento do processo de 
estágio. Para tal, disponibilizará um conjunto de instrumentos para o aluno, 
como supervisor de campo e supervisor acadêmico – com a função de acom-
panhamento e avaliação do processo. O conjunto desses documentos forma o 
que denominamos de Pasta de Estágio, que é produzida durante o período de 
realização do estágio. Esse material é composto por documentos de caráter obri-
gatório apresentados ao supervisor acadêmico.
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
42
METODOLOGIA
As funções específicas de cada ator envolvido neste processo estão previstas no 
Regulamento Interno do Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório do Curso 
de Serviço Social – Unicesumar. Ele será também estudado e estipula como fun-
ção da Instituição a promoção da abertura de campos de estágio que assegure 
ao aluno o processo ensino-aprendizagem.
Figura 6: Atores envolvidos no estágio
Fonte: a Autora.
O processo de supervisão de estágio é realizado conjuntamente pelo(a) supervi-
sor(a) acadêmico(a) e de campo, requerendo encontros periódicos/sistemáticos 
entre esses(as). Constitui-se atribuição privativa de assistentes sociais, conforme 
explicitado no art. 2º da Resolução CFESS 533/2008: 
A supervisão direta de estágio em Serviço Social é atividade privativa do 
assistente social, em pleno gozo dos seus direitos profissionais, devidamente ins-
crito no CRESS de sua área de ação; sendo denominado supervisor de campo o 
assistente social da instituição campo de estágio e supervisor acadêmico o assis-
tente social professor da instituição de ensino (PNE, 2010, p. 15).
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AS DISCIPLINAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO - CARGA HORÁRIA
As disciplinas de Estágio Supervisionado estão distribuídas entre carga horária 
teórica e prática, a saber:
DISCIPLINAS/MÓDULOS
AULA TEÓRICA 
E SUPERVISÃO 
ACADÊMICA
PRÁTICA E 
SUPERVISÃO 
DE CAMPO
TOTAL
Estágio Supervisionado: Orienta-
ções Didático-pedagógicas 100 horas - 100 horas
Estágio Supervisionado: Políticas 
Públicas 20 horas 80 horas 100 horas
Estágio Supervisionado: Obser-
vatório Social 20 horas 80 horas 100 horas
Estágio Supervisionado:Terceiro 
Setor e Conselhos Gestores 20 horas 80 horas 100 horas
Estágio Supervisionado: Serviço 
Social e Empreendedorismo 20 horas 80 horas 100horas
TOTAL - - 500 horas
Tabela 1: Disciplinas e cargas horárias do estágio supervisionado
Fonte: a Autora.
IMPORTANTE!
A carga horária do estágiocurricular obrigatório é de 500 horas, distribuídas 
entre aulas teóricas e práticas nas disciplinas de estágios: Estágio Supervisionado: 
Orientações Didático-pedagógicas, Estágio Supervisionado: Políticas Públicas, 
Estágio Supervisionado: Observatório Social, Estágio Supervisionado: Terceiro 
Setor e Conselhos Gestores e Estágio Supervisionado: Serviço Social e 
Empreendedorismo, desta forma, contemplam-se diversas possibilidades de atu-
ação do assistente social. A carga horária das atividades de campo deve ser de, no 
máximo, 30 horas semanais (conforme Lei 11.788, de 25/09/ 2008), e não menos que 
08 horas semanais, conforme previsto neste manual quanto a duração do estágio.
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
44
O Estágio será inserido ao campo de estágio conforme a oferta de vaga de está-
gio disponível em seu Polo. O campo/local pode ser mantido ou ser alternado no 
avanço dos módulos, de acordo com os respectivos módulos do curso. Vale destacar 
que, para cada etapa de estágio, faz-se necessário realizar o termo de compromisso 
de estágio, em que é firmada a parceria entre a instituição de ensino e o campo.
Estágio Supervisionado: Orientações Didático-pedagógicas, trata dos aspec-
tos legais do Estágio Supervisionado. Regulamento e documentação. O supervisor 
e o aluno - estagiário e suas relações. O cotidiano e a prática do Serviço Social.
As demais disciplinas de estágio: Estágio Supervisionado: Políticas Públicas, 
Estágio Supervisionado: Observatório Social, Estágio Supervisionado: 
Terceiro Setor e Conselhos Gestores e Estágio Supervisionado: Serviço Social 
e Empreendedorismo poderão ser realizados, de acordo com a oferta de vagas, 
nas seguintes áreas:
a. Políticas Públicas – Assistência Social/Saúde/ Previdência/ Habitação/
Educação/ Trabalho/ Sócio Jurídico: Promotorias de Justiça, Juizado da 
Família, Juizado da Infância e Adolescência, Penitenciárias, entre outras. 
b. Terceiro Setor – Organizações da Sociedade Civil. 
c. Organizacional e/ou Consultorias - Empresas de capital privado e/ou 
mista e pública.
d. Extensão Universitária - Núcleo de Prática Jurídica/Unicesumar, nas pre-
feituras, promotorias, hospitais e dentre outros espaços conforme análise 
de indicadores sociais.
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO
Apresentamos, a seguir, a orientação para o desenvolvimento das atividades a 
serem realizadas em cada etapa dos Estágios realizados nos campos: Estágio 
Supervisionado: Políticas Públicas, Estágio Supervisionado: Observatório 
Social, Estágio Supervisionado: Terceiro Setor e Conselhos Gestores e Estágio 
Supervisionado: Serviço Social e Empreendedorismo: 
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a. Conhecimento da estrutura organizacional, das normas e rotinas da ins-
tituição;
b. Elaboração de diagnóstico institucional;
c. Apresentação do Plano de Estágio;
d. Elaboração Plano de Ação e/ou Projeto de Intervenção;
e. Aprovação do Plano de Ação pelo supervisor de estágio e corpo técnico-
-administrativo da instituição;
f. Elaboração das atividades previstas para cada disciplina do componente 
curricular obrigatório de estágio dos eixos temáticos, cumprindo-se os 
prazos conforme calendário disponibilizado no AVA.;
g. Realização de protocolo on-line das documentações pertinentes ao está-
gio: Plano de Estágio, avaliações de desempenho e folha de freqüência 
acadêmica e folha de freqüência de campo devidamente validadas pela 
supervisão acadêmica
h. O acompanhamento das orientações realizadas quanto suas atividades e 
demais documentações de estágio são imprescindíveis para efetividade 
do processo ensino-aprendizagem.
Vale destacar, que estas são orientações gerais quanto a elaboração dos docu-
mentos pertinentes ao Estágio Supervisionado, pois no Ambiente Virtual de 
Aprendizado – AVA, terão as devidas orientações sobre as suas realizações, atra-
vés de tutoriais e preâmbulos das atividades.
DURAÇÃO DO ESTÁGIO
A carga horária de 500 horas prevista para as atividades dos componentes cur-
riculares deverá ser cumprida da seguinte maneira:
8 horas semanais, distribuídas em 4 horas/diárias, duas vezes por semana, 
totalizando 80h cumpridas em dez semanas, a contar da data de assinatura 
do Termo de Compromisso.
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
46
Quanto aos Projetos de Extensão Universitária e Comunitária, desen-
volvidos pelos Assistentes Sociais dos Polos de Apoio Presencial
Os projetos de extensão elaborados e executados pelos assistentes sociais/
supervisores acadêmicos, serão aprovados pela coordenação de estágio em con-
junto com a coordenação do curso de Serviço Social.
O assistente social deve articular com uma instituição pública, privada ou 
não governamental, para firmar parceria, a fim de viabilizar o projeto a ser vin-
culado à instituição parceira e a demanda a ser trabalhada, deve ser pertinente 
às necessidades dessa instituição.
Os profissionais assistentes sociais contratados atuam sob orientação peda-
gógica do coordenador de curso e da coordenação de Estágio Supervisionado 
da Unicesumar. O acompanhamento e a articulação do Estágio Supervisionado 
serão realizados, conforme previsto POP 067 - Projeto de Ensino, Extensão e 
Visita Técnica da Instituição. Que prevê o procedimento formalizado que estes 
deverão adotar como critérios e requisitos estabelecidos para planejar, forma-
lizar, aprovar, executar e avaliar as ações relacionadas aos projetos presenciais 
de Ensino, Extensão e Visitas Técnicas, tendo como objetivos:
 ■ Estimular a participação de alunos dos cursos de graduação da modali-
dade à distância em atividades que complementem de forma prática os 
conteúdos estudados;
 ■ Desenvolver nos alunos habilidades e competências quanto à prática do 
Serviço Social;
 ■ Fortalecer o vínculo entre teoria e prática por meio de atividades que 
extrapolem os conteúdos teóricos;
 ■ Oportunizar aos acadêmicos a convivência com a realidade social e prá-
tica profissional;
 ■ Gerar conhecimento sobre a realidade local em que a universidade está 
inserida;
 ■ Prestar serviços e assistência à comunidade;
 ■ Fornecer subsídios para o aprimoramento curricular;
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 ■ Facilitar a integração ensino-pesquisa-extensão;
 ■ Possibilitar a integração universidade e comunidade.
Está previsto, desta forma, a articulação de contatos com as instituições públi-
cas, privadas ou não governamentais, para realizar parceria e a vinculação do 
projeto social a uma instituição e assim:
 ■ Socializar e Democratizar o Conhecimento Produzido;
 ■ Mecanismo de interação entre a Universidade e a Prática Social e 
Profissional dos Acadêmicos;
 ■ Contato in loco dos acadêmicos com diferentes situações existentes na sua 
comunidade, objetivando a complementação didático-pedagógica de dis-
ciplinas teórico-práticas específicas dos cursos.
O projeto de extensão deve ser realizado pelo supervisor acadêmico do Polo, 
seguindo todas as etapas previstas no processo:
1ª TAREFA: ENVIAR PROPOSTA DO PROJETO.
2ª TAREFA: APROVAR PROPOSTA DO PROJETO.
3ª TAREFA: AVALIAR RELATÓRIO FINAL.
Cabendo ainda, ao supervisor acadêmico, além de seguir o processo acima 
descrito:
 ■ Monitorar a presença dos alunos na execução das atividades do projeto 
e participação nas reuniões;
 ■ Realizar a avaliação, ao término da execução do projeto, juntamente com 
os alunos;
 ■ Enviar a lista presença do aluno pelo AVA do estágio de Serviço Social;
 ■ Elaborar o relatório parcial e final do projeto de intervenção.
 ■ E demais atividades previstas no processo. 
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
48
PROCESSO DE SUPERVISÃO DE ESTÁGIO
Os encontrosserão efetuados por meio de visitas aos campos de estágio pelo 
supervisor acadêmico e/ou da presença do supervisor de campo no Polo de 
Apoio Presencial.
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Seminários entre os supervisores acadêmicos e de campo: Realização de 
encontros semestrais entre todos os supervisores de campo e supervisores aca-
dêmicos para discussão de mediações no estágio supervisionado e outros temas 
demandados no processo.
Fóruns sistemáticos entre supervisores: Encontros semanais entre os pro-
fessores supervisores, para discussão e elaboração do planejamento das atividades 
do processo de supervisão acadêmica.
EXIGÊNCIAS PARA O CUMPRIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
OBRIGATÓRIO
Quanto à inserção do aluno na disciplina de estágio
O aluno de Serviço Social, para iniciar as atividades de Estágio Obrigatório, 
deverá ter cumprido as seguintes exigências:
Estar devidamente matriculado na disciplina de Estágio Supervisionado, 
conforme a oferta no módulo.
Providenciar o Termo de Compromisso de Estágio, em três vias, devida-
mente assinado pelos respectivos responsáveis: coordenação do curso, supervisor 
de campo e aluno.
Os Supervisores Acadêmicos Presenciais do Curso de Serviço Social 
dos Polos de Apoio Presencial da Unicesumar são os Assistentes Sociais 
contratados, responsáveis pelo acompanhamento e articulação do Estágio 
Supervisionado.
Atuam sob orientação pedagógica do coordenador de curso e da equipe de 
professores orientadores do Estágio Supervisionado da Unicesumar.
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
50
QUANTO À FREQUÊNCIA
O aluno, obrigatoriamente, deve ter presença de 75% (setenta e cinco por cento) 
de aproveitamento da carga horária de estágio, entre teórica e prática.
QUANTO À PARTICIPAÇÃO DO PROCESSO DE SELEÇÃO DE ESTÁGIO
1. O aluno deve escolher sua inserção no campo de estágio, por intermédio 
do edital de abertura dos campos de estágio, divulgado no AVA.
2. O aluno deve preencher a Ficha Cadastral (disponível no AVA) e entregar 
para o(a) assistente social do Polo Presencial, para participar do processo 
de seleção da vaga de estágio.
3. Quando aprovado, o aluno deve levar o Termo de Convênio e Termo de 
Compromisso à organização campo de estágio, para que ambos sejam 
assinados pelos membros responsáveis.
4. Depois de assinado, o aluno deve entregar o Termo de Convênio de Com-
promisso ao supervisor acadêmico do Polo de Apoio Presencial.
QUANTO À DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA
DOCUMENTO EXECUÇÃO OBJETIVO
Ficha Cadastral
(disponível no AVA)
Preenchida pelo supervisor acadêmico. Solicitar o Convênio e Contrato de Estágio.
Termo Convênio e 
Cooperação Técnica Unicesumar e a Instituição parceira.
Firmar parceria e responsa-
bilidades.
Termo de 
Compromisso
Supervisor acadêmico orienta o(a) aluno(a), 
será devidamente preenchido digitado, cole-
tado a assinatura do supervisor de campo e 
protocolado no Polo, que emitirá à coorde-
nação de estágio, que fará a conferência, co-
letará a assinatura da coordenação do curso e 
emitirá duas vias de volta ao Polo de origem.
Formalizar o início do 
estágio.
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Termo de Conduta 
de Estágio
Elaborado pelo Unicesumar, o supervisor 
acadêmico deverá consultar os alunos e 
coletar a assinatura e arquivar sob seus 
cuidados no Polo de Apoio Presencial, não 
é necessário de envio à sede.
Certificar que os alunos tem 
amplo conhecimento sobre 
o processo de estágio obri-
gatório em Serviço Social na 
Instituição.
Plano de Estágio
Elaborado pelo supervisor de campo em 
conjunto com o aluno, sob a orientação do 
supervisor acadêmico (Obrigatório carimbo 
e assinatura dos supervisores em todas as 
páginas, bem como do aluno).
Sistematizar o estágio.
Atividades acadêmi-
cas (disponíveis no 
AVA)
Conforme orientações da discilina.
Registrar a carga horária exe-
cutada e acompanhar o de-
senvolvimento do aluno(a).
Avaliações de De-
sempenho - Campo / 
Acadêmica
(modelo no AVA)
Realizada pelos supervisores de campo 
e acadêmico, todos em conjunto com o 
aluno (feedback)(Obrigatório carimbo e 
assinatura dos supervisores).
Deve ser atribuída nota.
Avaliar o aluno no estágio 
e monitorar a execução do 
plano de estágio.
Folha de Frequência 
de Campo e Folha 
de Frequência Aca-
dêmica
Elaborado pelo aluno e assinado pelo su-
pervisor de campo e acadêmico (Obrigató-
rio carimbo e assinatura dos supervisores) e 
assinatura do aluno.
Registrar a carga horária 
executada e as atividades 
desenvolvidas.
20h acadêmica.
80 horas no campo.
Atestado de 
Desligamento
(disponível no AVA)
Preenchido pelo aluno e assinado pelo 
supervisor de campo e acadêmico.
Firmar o desligamento do 
aluno e/ou encerramento do 
estágio.
Credenciamento do 
campo de estágio
Deve ser preenchido o Formulário Unificado 
para Credenciamento de Campos de Estágio 
e Declaração do CRESS, seguir o modelo 
apresentado, adequar a regional na qual 
se encontra o Polo, além da etiqueta para 
envio dos mesmos aos Conselhos Regionais.
Credenciar e comunicar aos 
Conselhos Regionais de sua 
jurisdição os campos de está-
gio de seus alunos e designar 
os assistentes sociais respon-
sáveis por sua supervisão.
Declaração do 
CRESS
Elaborado pelo supervisor acadêmico, con-
forme modelo disponível, deve ser enviado 
com as devidas assinaturas a declaração de 
cumprimento das horas no módulo, a sede 
receberá as declarações que fará a confe-
rência, a coordenação de curso assinará o 
documento que será enviado aos Polos.
Viabilizar documentação 
necessária para registro 
profissional.
Tabela 2: Documentação de estágio
Fonte:a autora.
Obs.: Demais documentações poderão ser acrescentadas de acordo com as necessidades levantadas para o melhor desempenho 
do estágio supervisionado, tais como: Workshop, apresentação dos campos, participações em eventos, etc.
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
52
QUANTO À AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
A avaliação é processual e realizada in loco pelo supervisor acadêmico, supervi-
sor de campo e aluno estagiário, por meio do instrumento próprio de avaliação 
com atribuição das seguintes notas: 
DISCIPLINA AE CGE FORUM MAPA PRO SUB
Estágio Supervisionado: Orientações 
Didático-pedagógicas 1,5 1,0 0,5 1,0 6,0 10,0
DISCIPLINA AE1 FÓRUM
AVAL. 
DESEMPENHO
AE2
NOTA 
FINAL
Estágio Supervisionado: 
Políticas Públicas 1,5 0,5 5,0 3,0 10,0
Estágio Supervisionado: 
Observatório 1,5 0,5 5,0 3,0 10,0
Estágio Supervisionado: 
Terceiro Setor e Conse-
lhos Gestores
1,5 0,5 5,0 3,0 10,0
Estágio Supervisionado: 
Serviço Social e 
Empreendedorismo
1,5 0,5 5,0 3,0 10,0
Tabela 3: Avaliação do estágio
Fonte: a autora.
ATENÇÃO:
 ■ Para a elaboração dos documentos de estágio, devem ser usados os mode-
los padrões disponíveis no AVA.
 ■ Os documentos de estágio devem ser entregues, impreterivelmente, na 
data fixada conforme calendário da disciplina.
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53
O aluno será aprovado em cada disciplina de estágio ao cumprir a carga horá-
ria exigida de aula teórica e prática e que tenha obtido nota igual ou superior a 
6.0 pontos.
OS PAPÉIS DOS SUJEITOS NA SUPERVISÃO DE 
ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL 
A importância de todos os envolvidos na supervisão de estágio para formação 
profissional se constrói mediante um processo coletivo de ensino-aprendizagem, 
no qual leva-se em consideração o ensino, a pesquisa e a extensão, prevendo todas 
as possibilidades em aproximar o conteúdo teórico com o cotidiano da área do 
Serviço Social nos espaços sócio-ocupacionais, objetivando capacitar o aluno para 
o exercício

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