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DOCÊNCIA EM SAÚDE ORIENTAÇÃO VOCACIONAL 1 Copyright © Portal Educação 2012 – Portal Educação Todos os direitos reservados R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 Internacional: +55 (67) 3303-4520 atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil Triagem Organização LTDA ME Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 Portal Educação P842o Orientação vocacional / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 2012. 72p. : il. Inclui bibliografia ISBN 978-85-8241-144-5 1. Orientação vocacional. 2. Orientação profissional. I. Portal Educação. II. Título. CDD 371.425 2 SUMÁRIO 1 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NA PÓS MODERNIDADE ..................................................... 4 1.1 SER OU FAZER ......................................................................................................................... 5 2 MUDANÇAS NA CARREIRA E NA EDUCAÇÃO ..................................................................... 7 2.1 CRIAÇÃO DE CENTROS DE CARREIRA NAS UNIVERSIDADES ........................................... 9 2.2 POLÍTICAS PÚBLICAS .............................................................................................................. 9 2.3 SINDICATOS E ÓRGÃOS DE CLASSE .................................................................................... 10 2.4 DESEMPREGO E GRUPOS DE REFLEXÃO DE INCLUSÃO SOCIAL .................................... 10 3 NOVOS ESPAÇOS DE INTERVENÇÃO .................................................................................. 14 4 ORIENTAÇÃO VOCACIONAL X ORIENTAÇÃO DE CARREIRA ........................................... 18 5 ORIENTAÇÃO VOCACIONAL – O DESAFIO DE FAZER A ESCOLHA CERTA .................... 19 6 INFLUÊNCIAS .......................................................................................................................... 24 7 MERCADO DE TRABALHO ..................................................................................................... 27 8 VESTIBULAR ............................................................................................................................ 28 9 ORIENTAÇÃO DE CARREIRA ................................................................................................ 30 10 PLANO DE CARREIRA, PROJETO DE VIDA .......................................................................... 35 11 O PROJETO, UMA JORNADA ................................................................................................. 37 12 PROJETO DE CARREIRA ........................................................................................................ 49 13 MODELO DE PLANO DE CARREIRA: O MODELO VICKY BLOCH ...................................... 53 14 COACHING ............................................................................................................................... 55 3 14.1 UM BREVE RESUMO HISTÓRICO .......................................................................................... 56 15 DISTINGUINDO COACHING DO QUE NÃO É COACHING .................................................... 58 15.1 COACHING E CONSULTORIA ................................................................................................. 58 15.2 COACHING E TERAPIA ............................................................................................................ 58 15.3 COACHING E MENTORIA ........................................................................................................ 58 15.4 O QUE LEVA UMA PESSOA A PROCURAR UM COACH? ..................................................... 58 15.5 QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DO COACHING? ...................................................................... 59 16 CURIOSIDADES DO MUNDO COACHING .............................................................................. 66 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 68 4 1 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NA PÓS MODERNIDADE FIGURA 1 FONTE: Disponível em: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-older-man-standing-next-to-younger- man/dv079051b Acesso em: 16/04/2012. A Orientação Profissional é o processo pelo qual o indivíduo é ajudado a escolher e a se preparar para ingressar e progredir em uma ocupação. (SUPER; BOHN Jr., 1976). Atualmente o campo da Orientação Profissional passa por um novo estágio: como a dinâmica do mundo é cada vez menos previsível, estabelece-se um cenário de transição que exige das pessoas adaptabilidade e multifuncionalidade e coloca a realização do projeto profissional em um contexto complexo e mutante. ( VIDEO LEITURA) Com as mudanças de paradigma, ou seja, as orientações profissionais não se atêm apenas ao ensino médio e a demanda cresce cada dia mais entre adultos empregados e desempregados, aposentados, entre outros. A desconstrução do mercado de trabalho, fruto das grandes mudanças ocorridas nas organizações do trabalho e da mecanização, altera profundamente a relação do homem com o próprio trabalho e com seu projeto de vida. http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-older-man-standing-next-to-younger-man/dv079051b http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-older-man-standing-next-to-younger-man/dv079051b 5 A globalização trouxe para o homem, para educação e para relação homem-trabalho inúmeras questões. Confrontamo-nos com novas demandas e com novas ideologias que sustentam essa relação. Antes a Orientação Profissional coincidia com um conjunto de práticas que tinha como perspectiva o ingresso no mercado de trabalho, ou seja, a transição da escola para o campo profissional: no entanto, agora, enfatiza-se o encaixe e a elaboração de projetos, no sentido de sobrevivência. 1.1 SER OU FAZER O campo da Orientação Profissional passa a ter como foco uma problemática que vai além da escolha de uma profissão e que deve incluir também a importância do trabalho como forma de inserção social. Em um contexto de educação continuada, a demanda é constante, pois as crises profissionais ressurgem em vários momentos da vida. A nova tarefa do orientador é resgatar o indivíduo das tendências de valor de uso (vínculo alienado), dando sentido à relação do indivíduo com o seu trabalho, assim como o de lhe devolver atividades que produzem efeitos sobre o mundo (modificações da natureza, objetos novos, produtos culturais, relações sociais, etc.) No entanto, tal tarefa torna-se cada vez mais difícil, pois no cenário do capitalismo globalizado novas combinações estão sendo feitas constantemente na sociedade pós-industrial, tornando as representações frágeis e tirando das pessoas uma perspectiva de totalidade. Têm-se diante dos olhos apenas vários fragmentos em constante mudança, os quais colocam em risco os vínculos, enfraquecendo o engajamento em projetos coletivos. As deformações chegam ao ponto de certos indivíduos perceberem a realidade social com tanta autonomia, que buscam a Orientação Profissional para encurtar o caminho e escolher a profissão que lhe proporcione suporte financeiro e status. E os desempregados buscam a orientação, entretanto dizem: “aceito qualquer ocupação” e outros afirmam: “submeto-me a qualquer coisa para me manter no emprego”. Na sociedade atual, em que predomina a mecanização, muitasvezes não se discrimina o sujeito das coisas, chegando-se, às vezes, a um perfil de homem ambíguo, não discriminado e 6 dependente. Como Guichard (2001) assinalou, é necessário esclarecer para o indivíduo que nos procura o impacto da ideologia da pós-modernidade, que transforma o vínculo do homem com o trabalho e com a sua produção social, trazendo mudanças profundas que se contrapõem amplamente aos modelos e aos sentidos que o trabalho teve até então para a humanidade. Harvey (1993) observa que as transformações vertiginosas do mundo atual fazem com que o homem caia em uma cultura de sobrevivência. O que passa a importar é o modismo, o passageiro; e isso afeta o homem em sua produção, em seu trabalho nas organizações e nas próprias políticas organizacionais. A nova orientação profissional deve ser flexível e estratégica devido às novas demandas e às realidades que se apresentam. Isso torna a tarefa do orientador mais complexa, pois ele deve tolerar inúmeros paradoxos: no mundo pós-moderno a identidade deve constantemente incluir a construção e, ao mesmo tempo, a desconstrução: e o orientador deve buscar a individualização. Assim como a diversificação, é preciso também combinar e considerar fatores que outrora eram totalmente diversos e excludentes, mas que, no momento, não são mais. “Recordo o que disse certo aluno de engenharia mecânica: ‘A área está acabando... Agora é só eletrônica’. Dois anos depois, nasceu a mecatrônica”. (YVETTE PIHA LEHMAN, 2010). 7 2 MUDANÇAS NA CARREIRA E NA EDUCAÇÃO O conceito de carreira teve origem em uma expressão de Roma Antiga: via carraria, que em latim significava “estrada para carros”. Foi somente no século XIX que a palavra “carreira” passou a definir “trajetória profissional” – uma propriedade estrutural das organizações ou das ocupações, implicando a noção do avanço, com expectativa de progressão vertical na hierarquia de uma organização e, por fim, associando-se a uma profissão, pressupondo uma estabilidade ocupacional. Super (1985) foi um dos pioneiros das concepções de “carreira”, definida como a sequência de atividades ocupacionais e profissionais que uma pessoa executa durante a trajetória de vida, incluindo todos os momentos e os papéis que desempenha, em uma sequência singular e intransferível, mas que segue um ordenamento previsível e determinado por estágios de vida – um padrão de carreira (resultante da interação entre fatores internos e externos). FIGURA 2 FONTE: Disponível em: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-career-ladder-concept/97887457/ Acesso em: 16/04/2012. http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-career-ladder-concept/97887457/ 8 A introdução de novas tecnologias e a globalização trouxe uma nova dinâmica na realidade da carreira. Os padrões de desenvolvimento profissional que definiam as carreiras até então desmoronaram: não há mais como estabelecer as etapas de ascensão profissional segundo critérios previsíveis e esperados. A carreira antes seguia uma direção vertical. Ao ingressar em uma organização, previa-se o que podia esperar de cada cargo e quais as habilidades que ele exigia. Atravessa-se um momento de novas configurações, as quais fazem com que a conquista de espaço, evolução e a sobrevivência no mundo do trabalho passem a ser da responsabilidade da própria pessoa. Nem mesmo as organizações mantêm um modelo de cargos e funções claros, associando a qualificação do indivíduo a um processo de atualização contínua, cuja realização é delegada a ele mesmo, o qual se torna o único responsável por se manter na competitividade desejada pelo mercado de trabalho, bem como por atender aos critérios mutantes da seleção. Assim, o sujeito, para se instrumentalizar na nova realidade, deverá ser responsável por sua formação – isto é, por sua sobrevivência no mundo do trabalho. Isso tem influência direta na Orientação Profissional, à qual os indivíduos recorrem por sentirem necessidade de reatualização, além de se questionarem a respeito de habilidades e qualificações necessárias em um mercado cujo modelo de profissional é o de um sujeito superqualificado. Apoiam-se na educação continuada, ou seja, na justaposição entre vida profissional e vida estudantil que, do ponto de vista da Orientação Profissional, abre espaço para uma intervenção preventiva secundária ao atender profissionais em crise, desmotivados e sem perspectivas com a profissão – pois, mesmo aqueles que têm emprego, vivem em constante medo de perdê-lo. A Orientação Profissional busca, neste contexto, acompanhar essas mudanças, pois elas atingem de modo intenso o trabalhador, criando a necessidade de desenvolver e encontrar novos modelos e novas estratégias que articulem e auxiliem o indivíduo a reconstituir seu vínculo com o trabalho, prevendo as desestabilizações do sistema e atuando como suporte para os eventuais momentos de crise. 9 Para demonstrar as mudanças nos novos campos da Orientação Profissional, citaremos exemplos reais de empresas e órgãos públicos que se adequaram à nova realidade e estão trabalhando para um futuro melhor. 2.1 CRIAÇÃO DE CENTROS DE CARREIRA NAS UNIVERSIDADES As faculdades e universidades precisam também se preocupar com a inserção de seus alunos no mercado de trabalho e, devido a este fato, as instituições de ensino possuem um departamento de atendimento ao aluno voltado para auxiliá-lo na busca do primeiro estágio ou de sua recolocação no mercado de trabalho. Como exemplo prático, mencionaremos o serviço da Global Career Center (GCC), da Universidade Anhembi Morumbi, renomada universidade do país, com atuação internacional. O GCC é um serviço de empregabilidade especialmente desenvolvido pela Rede Laureate para inserir seus alunos no mercado de trabalho, oferecendo um atendimento personalizado para alunos e empresas. Além do portal de recrutamento, ferramenta que permite às empresas publicarem suas oportunidades de trabalho e localizar currículos de alunos e ex- alunos da Anhembi Morumbi. A Universidade conta agora com 13 painéis de vagas, posicionados em todos os campi, facilitando a divulgação das melhores oportunidades. As empresas podem agendar seus processos seletivos, focando em pré-requisitos que atendam a especificidade das vagas, como curso e/ou semestre, por exemplo. Com base nesses dados, providenciaremos toda a divulgação junto aos alunos, incluindo a organização do espaço para o desenvolvimento da ação. É também incluso neste serviço realização de cursos, palestras, treinamentos e outros serviços gratuitos, que tornarão o aluno mais preparado para ingressar no competitivo mercado de trabalho e envio das melhores oportunidades via e-mail. 2.2 POLÍTICAS PÚBLICAS 10 Visam basicamente à preparação de parcelas da população para ingressar no mercado de trabalho ou voltar a ele e ao atendimento ao desempregado cujas funções são extintas, os quais, então, passarão por um centro de treinamento para novas funções. Além disso, destacam- se os programas de estágio oferecidos aos alunos de ensino médio, dando a eles a oportunidade de desenvolver competências necessárias para sua inserção no mundo do trabalho. 2.3 SINDICATOS E ÓRGÃOS DE CLASSE Os sindicatos e órgãos de classe veem a pouco mudando seus eixos de ação na negociação salarial e na obtenção de garantias para a qualificação de seus associados por meio de cursos, de palestras e de outros espaços ainda pouco explorado pelos orientadores. 2.4 DESEMPREGO E GRUPOS DE REFLEXÃO DE INCLUSÃO SOCIAL Junto à Secretaria do Trabalho, criaram-se espaços importantes para o desenvolvimento de modelos de atendimento às populações desempregadas, que estão à margem do processo produtivo – mesmo que esses avanços ainda se restrinjam, em grande parte, à pesquisa acadêmica. Para exemplificar, segue modelo em plena atividade nacidade de São Paulo, capital do Centro de Solidariedade ao Trabalhador. O CST é uma iniciativa do governo do estado para atender a massa desempregada e também oferecer ao empregador uma opção de captação de pessoas para sua empresa, sem ônus por este serviço. *Exemplo na Prática O Centro de Solidariedade ao Trabalhador dispõe de uma Central de Telemarketing totalmente estruturada e conta com profissionais preparados para um atendimento de primeira qualidade ao empregador. Esse órgão é considerado por milhares de clientes de renome, 11 parceiros confiáveis para recrutar, selecionar e preencher, com qualidade e a custo zero, todas as suas necessidades em termos de pessoal, em todos os níveis e em quaisquer áreas. O serviço de Call Center é de uso exclusivo ao empregador e totalmente gratuito. O empregador, após o cadastro, poderá disponibilizar vagas, alterar dados e exigências constantes nas vagas já cadastradas, informar-se sobre o resultado dos processos seletivos, fornecer e receber todas as informações necessárias para um atendimento à sua necessidade. Para o cadastramento da vaga por telefone é solicitado que tenham previamente preparadas e anotadas as seguintes informações: • Número do CNPJ da sua empresa (ou CPF, se pessoa física); • Endereço completo, bairro, zona da cidade e CEP; • Endereço para recrutamento; • Ponto de referência para facilitar a localização; • Nome do responsável pelo recrutamento; • Datas e horários para atendimento dos candidatos; • Telefone e E-mail; • Título da vaga; • Quantidade de vagas; • Descrição de todas as atividades que serão desempenhadas; • Escolaridade mínima aceitável; • Conhecimentos e habilidades imprescindíveis; • Experiência mínima aceitável; • Salário e benefícios oferecidos; • Local de Trabalho; • Ponto de referência e facilidade de acesso; • Quantidade de vale transporte oferecido; • Ramo de atividade; • Outras informações complementares. O setor de atendimento é o departamento por onde circulam diariamente cerca de 3.000 trabalhadores a procura de uma oferta de emprego. Com isso, o Centro de Solidariedade 12 disponibiliza atendentes altamente treinados para executar um atendimento com qualidade, dignidade e respeito ao trabalhador. Em todos os postos de atendimento os novos profissionais passam por uma série de treinamentos; psicólogas e selecionadores fazem parte da equipe de admissão. Isso é feito para os trabalhadores serem atendidos por um selecionador e não por um simples atendente. • Ao chegar ao guichê de atendimento, o trabalhador é recebido por um atendente que realiza uma entrevista visando à elaboração de um cadastro detalhado, contendo todas as informações pessoais e profissionais dos candidatos. Em seguida o atendente faz uma triagem das vagas disponíveis no sistema, confronta com o perfil do currículo desse trabalhador e apresenta as ofertas de emprego existentes que estão no seu objetivo. • No sistema on-line o trabalhador realiza o cadastro com todos os seus dados pessoais e profissionais. Após cumprir as etapas do sistema o trabalhador acessa a função xxx e com um único clique vai usufruir o que há de melhor entre as empresas de colocação no mercado de trabalho. • O melhor de tudo: o serviço é inteiramente gratuito. O Centro de Solidariedade ao Trabalhador da Força Sindical conta hoje com dois postos na cidade de São Paulo. A) LIBERDADE O posto da Liberdade, no centro de São Paulo, conta com uma estrutura única entre os locais que fazem a intermediação de mão de obra entre empregadores e trabalhadores na América Latina. O prédio tem a capacidade e infraestrutura para atender 3 (três) mil trabalhadores por dia. Com cerca de 50 atendentes capacitados e em constante treinamento, os trabalhadores são recepcionados com dignidade e qualidade, ficando a maior parte do tempo acomodados em locais confortáveis e seguros contra chuva e sol. Além de ter disponíveis banheiros coletivos (dois masculinos e dois femininos) e telões com noticiários e entretenimento para tornar mais agradável a espera para ser atendido. A principal característica do posto da Liberdade é contar com um atendimento humano, mesmo com uma circulação alta de trabalhadores diariamente. O Centro de Solidariedade ao 13 Trabalhador foi inaugurado em 21 de julho de 1998, na Rua Galvão Bueno, nº 782, no bairro da Liberdade, atende de segunda a sexta-feira das 7h às 16 horas* e está localizado a cinco minutos da estação do Metrô São Joaquim ou da Avenida Liberdade. B) SANTO AMARO A zona sul de São Paulo também tem o seu Centro de Solidariedade ao Trabalhador. O posto de atendimento ao trabalhador foi aberto em agosto de 2001 no bairro de Santo Amaro. A região sul conta com milhares de empresas à procura de mão de obra qualificada, trabalhadores à procura de uma oportunidade de trabalho. Apostando nisso, foi aberto o posto de Santo Amaro devido a grande procura de trabalhadores moradores da região no posto da Liberdade. O posto está localizado na Rua Barão do Rio Branco, nº 864, no Centro, próximo ao terminal de ônibus de Santo Amaro, Largo 13 e Avenida João Dias. A região é de fácil acesso para os moradores da zona Sul. O Centro de Santo Amaro atende cerca de 700 (setecentos) trabalhadores diariamente e funciona de segunda a sexta-feira, das 7 h às 16 horas*. As principais vagas são na área de serviços. Dica importante: Procure na sua cidade a sede da prefeitura local e informe-se sobre os serviços oferecidos ao trabalhador. É um direto do cidadão, um dever do estado. Curiosidade!!!! O CST possui 24237 vagas ativas, já atendeu até o momento (fevereiro/2012)611134 candidatos, 26449 empresas, recolocou 13797 pessoas e teve 15739013 acessos pela internet. 14 3 NOVOS ESPAÇOS DE INTERVENÇÃO 1 Escolarização como Garantia de Inclusão no Mundo do Trabalho A Orientação Profissional nesses novos espaços necessita desenvolver modelos de intervenção conforme cada problemática. Entretanto, a consciência cada vez maior de que a inserção no mercado de trabalho depende do desenvolvimento educacional parece ser verdadeira para determinada camada da população, mas não para outra, pois os trabalhadores com maior escolaridade são justamente os mais atingidos pelo desemprego (Pochmann, 2001). 2 Orientação e Planejamento de Carreira Essas duas expressões são normalmente utilizadas como sinônimos por vários autores (Vodracek e Kawasaki, 1995; Dias, 2000). Segundo Holland (1988), “orientar” se refere a determinar, adaptar ou ajustar uma posição. Enquanto “planejar” refere-se a fazer planos, projetar e traçar. Em geral, encontramos em São Paulo um número significativo de consultorias que se dedicam ao Planejamento de Carreira para os cargos executivos no mundo corporativo e também ao indivíduo que procura a Orientação Profissional por motivos de crescimento pessoal, desinteresse no trabalho atual, demissão ou se sentem desorientados frente às questões de trabalho. 3 Orientação Profissional na Grade Curricular O sistema brasileiro realizou algumas reformulações para acompanhar as mudanças ocorridas no mundo do trabalho. A Lei das Diretrizes e Bases de 1997 determinou que 25% do currículo do ensino médio deve ser flexível, de modo a incluir disciplinas que sejam adequadas às necessidades da comunidade. Surge, então, um espaço para que a Orientação Profissional possa se integrar à grade curricular, tornando formal a responsabilidade da escola em lidar com a questão. 15 4 Orientação Profissional em Cursinhos para a população de baixa renda Organizados pela própria comunidade, por universidades e por ONG´s, esses cursinhos visam atuar de forma mais ativa sobre as exigências educacionais, as quais excluíram os alunos de baixa renda do sistema educacional superior, preparando a população carente para se inserir no sistema universitárioe obter sucesso nos exames vestibulares. Para ilustrar esta nova prática, mencionamos um cursinho que oferece este serviço à população carente na cidade de São Paulo. O Cursinho da Poli é um projeto de educação sem fins lucrativos criado em 1987 por um grupo de estudantes de Engenharia da Escola Politécnica da USP. Em 1996, o CP deixou o campus universitário e deu início a um processo de expansão que resultou na criação de uma rede com três unidades: Lapa, Santo Amaro e Zona Leste. Seu projeto pedagógico busca a formação pré-universitária dos alunos, o que vai muito além da simples preparação para os vestibulares: por meio de palestras, oficinas, debates e outras atividades científicas, artísticas e sociais, busca suprir as deficiências de formação escolar do estudante e incluí-lo no universo da cultura. 5 Novos espaços possíveis Programas de TV: Dois canais pagos já apresentam programas semanais de informação profissional, sendo que, em um deles, carreiras de todos os níveis são apresentadas. Orientação Profissional pela internet: Apesar do interesse por essa possibilidade, o que encontramos nos sites brasileiros são basicamente informações sobre profissões e testes vocacionais. Uma universidade de São Paulo vem desenvolvendo uma pesquisa para criar um modelo de atendimento não presencial, por meio da internet. Os resultados desta iniciativa ainda estão em elaboração e, por essa razão, ainda não foram divulgados. Como orientadores profissionais, precisamos ter a consciência da atuação da crise atual, seja porque o trabalho – ou a noção do trabalho – está se modificando, seja porque o valor do trabalho hoje não é o mesmo que antes. Na área da Orientação Profissional fica explícita a influência do psicológico no social e o contrário disso. Desta forma, cada vez mais nos confrontamos com as encruzilhadas profissionais e somos obrigadas a lidar com elas. 16 Precisamos conhecer (e até tentar prever) as condições futuras da profissão escolhida e ter em mente a realidade da educação e da economia do Brasil. O trabalhador e a qualificação profissional 23.10.2008 por Miguel Torres Fonte: http://www.cst.org.br/coluna.php?texto=31 Recentemente promovemos junto com todas as demais centrais de trabalhadores uma caminhada pelo centro da cidade de São Paulo seguindo da Praça Ramos até a sede da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), na qual entregamos às autoridades um manifesto cobrando ações do governo em prol do trabalho decente. A intenção de nossa jornada foi despertar a atenção da sociedade sobre a necessidade urgente de uma nova globalização com os pilares sobre o trabalho decente. A promoção do trabalho decente no Brasil foi um compromisso assinado entre o governo brasileiro e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2003. Trabalho decente é definido como um trabalho produtivo e adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, sem discriminação e capaz de garantir uma vida digna aos trabalhadores. Os quatro eixos deste projeto são a criação de emprego de qualidade para homens e mulheres, extensão da proteção social, promoção e fortalecimento do diálogo social e respeito aos princípios fundamentais no trabalho, expressos na Declaração dos Princípios Fundamentais no Trabalho, da OIT, feita em 1998. Quando vamos às portas das fábricas reivindicar aumento salarial levamos uma pauta de exigências como a valorização do piso salarial, fim da terceirização e cumprimento da Convenção 158 da OIT, contra a demissão imotivada (rotatividade da mão de obra). Reivindicamos nossos direitos conscientes de que também é preciso fazer a nossa parte. E que contribuição nós, trabalhadores, podemos dar neste sentido? Entendemos que a qualificação 17 profissional é um grande desafio para o sindicalismo brasileiro hoje. Quanto mais qualificado, mais o trabalhador é respeitado em todos os seus direitos. Ao se qualificar, o trabalhador amplia suas conquistas, ganha mais direitos, consegue com mais facilidade tudo aquilo que tem como alvo, ou seja, a melhoria da qualidade de vida. Pretendemos qualificar os trabalhadores e não só ele, mas estender esse benefício a seus familiares, aí entendido a mulher, os filhos e demais membros da casa. Um trabalhador mais qualificado tem maiores possibilidades de emprego e poderá obter vaga melhor remunerada. Em nosso sindicato estamos na iminência de inaugurar a escola profissional da mais alta tecnologia que há para os metalúrgicos. O presidente Lula já se comprometeu a estar presente na inauguração da escola que levará o nome de nosso honrado companheiro Eleno José Bezerra, com quem assumi o compromisso de levar adiante seu trabalho à frente da entidade. Entendemos que esta caminhada não é só dos trabalhadores, mas precisamos da participação dos empresários, com quem vamos construir um país grande. Caminhando juntos possibilitaremos a abertura de mais vagas no mercado de trabalho, hoje incipiente. Junto com o empresariado podemos abrir mais oportunidades, mas para isso nós, trabalhadores, devemos estar devidamente qualificados. Diploma não vai mais ser um papel bonito apenas para colocar nas paredes, ele vai ser importante para uma vida prática. 18 4 ORIENTAÇÃO VOCACIONAL X ORIENTAÇÃO DE CARREIRA FIGURA 3 FONTE: Disponível em: http://psicopoesia.blogspot.com.br/2007/04/sobre-orientao-vocacional.html Acesso em: 16/04/2012. Você sabe qual é a diferença entre O.V e O.C? Em qual momento da vida devo procurar a Orientação Vocacional e vice-versa? Neste módulo vamos explicar e exemplificar os dois tipos de orientação profissional mais utilizados entre jovens e adultos que estão iniciando ou que estão inseridos no mercado de trabalho. O homem é, antes de mais nada, um projeto; um projeto que se vive subjetivamente. (...) O homem não é outra coisa senão aquilo que se faz. (Jean Paul Sartre) http://psicopoesia.blogspot.com.br/2007/04/sobre-orientao-vocacional.html 19 5 ORIENTAÇÃO VOCACIONAL – O DESAFIO DE FAZER A ESCOLHA CERTA A Orientação Vocacional Ocupacional, entendida desde 1975 como transdisciplinar, tem a escolha do objetivo. E para escolher é preciso saber. Saber de si mesmo e do mundo, no qual cada ser vivo ingressa em uma novela familiar na qual é designado participante e da qual deverá emergir para construir a sua própria novela. Não somente ser protagonista, mas autor. Não autor único, mas coautor na oportunidade de amar, conhecer e trabalhar. (VEINSTEIN, 1997). O autoconceito social é uma das importantes dimensões do autoconceito vocacional. Diz respeito à imagem social ou ao grau com que o indivíduo percebe sua receptividade no meio social, além do grau de valorização que este mantém por si mesmo. A formação do autoconceito ocorre na infância concomitantemente ao desenvolvimento de identidade, ou “self”, e evolui a partir dos processos de exploração, diferenciação, identificação, desempenho de papéis e testes de realidade. (VIDEO LEITURA) O desenvolvimento psicossocial do indivíduo tem papel fundamental no sentido de fortalecer ou modificar autoconceitos que foram adquiridos nessa fase. A tradução do autoconceito em vocação, que ocorre na adolescência, envolve aspectos como identificação com um adulto significativo, maior ou menor êxito do desempenho de papéis, consciência da relação entre as características que o indivíduo possui, seus atributos, sua satisfação e sua realização no exercício de determinado conjunto de papéis ocupacionais. Mais tarde, ocorre o processo de implementação do autoconceito, com a entrada no mundo do trabalho. O ajuste vocacional do indivíduo com estabilidade e satisfação estaria relacionado diretamente a uma tradução adequada do autoconceito no mundo ocupacional. (SUPER et al., 1963; LASSANCE et al.,1993). Para Neiva (1995), as identificações que o indivíduo estabelece aolongo da vida contribuem para sua identidade vocacional. É comum um jovem desempenhar a mesma profissão de alguém que estabeleceu vínculo positivo. As figuras parentais, em especial, são fonte importante de identificação. 20 “A liberdade de escolha e de elaboração de um projeto próprio de carreira depende muito mais do conhecimento das influências recebidas do que a ausência delas”. (Andrade, 1997). A principal razão da Orientação Vocacional é saber o conceito e o mais importante: por que buscá-la na hora de decidir qual carreira seguir, qual curso superior escolher e qual curso técnico prestar? Todos estes temas são abordados pelos jovens centrados na tarefa da escolha profissional e sua relação com o momento da escolha profissional. GOSTO – Mencionam o que gostam em termos de ocupação, referendando a ideia de que neste momento o jovem está definindo sua identidade: quem ele quer ser e quem ele não quer ser, considerando a futura escolha profissional a partir de seus interesses, do que gosta e o que pensa ser possível realizar. (SOARES, 1988 e GINZEBERG et al., 1951, citados por LEVENFUS, 1997b). Durante o processo de Orientação Vocacional essas referências podem ser diretas, indiretas, claras ou confusas, referentes ao passado ou ao presente. Exemplos: • Nomeia profissão: Eu gosto de Psicologia, eu quero Fisioterapia, penso mais em Engenharia Civil. • Não nomeia profissão: Eu gosto de analisar as coisas; sempre gostei de esportes; adoro coisas de decoração; de lidar com pessoas; eu gosto de computador. • Área: É na área de comunicação o que eu quero; se fosse uma área exata eu buscaria mais uma área da engenharia. “A menos que acredite em si mesmo, nada fará; este é o caminho do sucesso.” Jonh D. Rockfeller Jr. Vídeo Orientação Vocacional - a hora da escolha Disponível em: <http://migre.me/8HzNf>. Acesso em: 16 abr. 2012 21 • Sonhos: Quero poder tirar as crianças da rua; meu sonho é traduzir novelas; eu quero ser rica como todos os outros. • Gostava de: Quando eu era criança queria ser veterinária para cuidar dos bichinhos; eu queria Medicina quando era pequena; até naquelas caixas de supermercado eu pensei... Às vezes também surgem referencias negativas com relação ao gosto expresso, por exemplo, em uma tendência a escolher pela eliminação das profissões das quais não gosta. Embora seja difícil, a tarefa de escolher, o jovem bem preparado é capaz de fazê-lo mediante o balanceamento maduro entre os prós e os contras implicados na tomada de decisão sobre essa ou aquela ocupação. • Não gosto de: Nenhum desses dois eu gosto muito; Química não é o que eu gosto. • Descarta o que não quer: É que eu fui descartando os outros que eu não queria mesmo; pega todas as profissões e começa a descartar tudo aquilo que não gostas; tu vês aquelas poucas coisas que sobraram; eu não quero Medicina; eu não quero Engenharia. • Visão Negativa: A gente sempre tira o pior da profissão; a gente nunca olha o lado bom da profissão. O sentimento de dúvida é uma condição adquirida, um sinal de maturidade, pois pressupõe capacidade de suportar ambivalência frente ao objeto. (LEVISKY, 1995; LEVENFUS, 1997e). As dúvidas costumam aparecer conforme os seguintes modelos: • Dúvida entre duas possibilidades: Eu gosto de Publicidade e Artes Plásticas; estou entre Medicina ou Psicologia. • Dúvida entre mais de duas possibilidades: Estou indeciso entre Relações Públicas, Publicidade e Jornalismo. • Dúvida total ou indecisão: Nunca consegui saber se queria uma área exata ou uma área humana; sem a menor dúvida do que eu quero; não tenho a mínima ideia; estou bem dividida; estou em dúvida ainda; ainda não sei bem direito o que eu quero. 22 Por outro lado, os jovens também podem procurar a Orientação Vocacional por declararem-se decididos, por exemplo: eu sei bastante do que eu quero; agora decidi; estou bem decidida sobre a minha profissão. O trabalho será mais curto pela decisão já tomada, entretanto haverá a orientação em relação ao planejamento para conclusão do objetivo final. Para fazer uma escolha ajustada, pressupomos que exista capacidade de adaptação, de interpretação e de juízo da realidade, de discriminação, de hierarquização dos objetivos e, em especial, capacidade para esclarecer a ambiguidade e tolerar a ambivalência nas relações de objeto. É comum no processo o orientando comentar sobre seus medos e dificuldades de fazer escolhas importantes tão cedo. De forma geral, os medos referem-se a errar na escolha e ser infeliz e a ter que mudá-la. São apontadas pressões internas e externas que contribuem para dificultar a tomada de decisão. Essa ansiedade parece estar centrada na realidade, pois as pesquisas apontam para um alto índice de evasão nas universidades por abandono ou troca de curso. Também existe uma tendência nos jovens a idealizar a ocupação que querem seguir. Eles se imaginam em uma profissão perfeita, ideal, que responderá a todas as suas aspirações e sobre qual poderão projetar sonhos. (SOARES-LUCCHIARI, 1997b). Arquitetam, muitas vezes, que, se não encontrarem a profissão ideal, ficarão perdidos para sempre. Em contrapartida, o medo de escolher errado pode estar respaldado também na convivência com diversos jovens que ingressaram na universidade e a abandonaram. Outro fator que influencia o púbere na escolha de sua profissão é a interferência financeira, ou seja, a posição socioeconômica da família no sentido de oferecer maiores ou menores possibilidades educacionais. Nas classes mais favorecidas, nas quais já existe uma segurança financeira, é possível uma maior preocupação com a realização ou com o desenvolvimento pessoal. Em contrapartida, na classe média, observa-se um direcionamento para a satisfação pessoal e preocupação com o padrão financeiro. (SCHULENBERG, 1984, citado por LASSANCE et al., 1993): o ambiente obriga o jovem tomar uma série de decisões em relação a seu futuro, mas esse mesmo ambiente, muitas vezes, apresenta dificuldades que impedem a realização de inúmeros projetos seus. 23 FIGURA 4 FONTE: Disponível em: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-education-costs/104491054 Acesso em: 16/04/2012. A perda financeira também aponta para uma interferência na escolha da universidade. Citam as universidades que consideram mais caras e baratas, com pagamento facilitado e o desejo de ingressar preferencialmente em uma universidade federal. Já o ingresso na universidade adquire um caráter de tarefa evolutiva por si só, em detrimento da tarefa da adolescência relativa à escolha de uma profissão ou de uma profissionalização. O adolescente, ao escolher sua profissão, estará pautando sua ação na representação social de adulto. (ANDRADE, 1993). http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-education-costs/104491054 24 6 INFLUÊNCIAS É muito comum que os jovens façam referência ao fato de sentirem influências sobre sua escolha. As influências, explícitas ou sutis, existem e devem ser consideradas em um processo de Orientação Vocacional. O conteúdo predominante apresentado pelo jovem quanto à influência refere-se à influência por parte dos pais. Em grande parte, é percebida pelo jovem como uma influência ativa, na qual os pais falam abertamente ou ditam suas preferências. FIGURA 5 FONTE: Disponível em: http://elidioalmeida.wordpress.com/2011/02/06/orientacao-vocacional-e-a-influencia-dos- pais-na-escolha-da-profissao-dos-filhos/ Acesso em: 16/04/2012. Os pais, em muitas falas dos jovens, mais do que enumeram profissões, sonham que o filho trabalhe em grandes empresas brasileiras, multinacionais e apresentam o desejo de que o filho desfrute estabilidade. Ou seja, depositam sonhos não realizados, frustrações e na maioria http://elidioalmeida.wordpress.com/2011/02/06/orientacao-vocacional-e-a-influencia-dos-pais-na-escolha-da-profissao-dos-filhos/http://elidioalmeida.wordpress.com/2011/02/06/orientacao-vocacional-e-a-influencia-dos-pais-na-escolha-da-profissao-dos-filhos/ 25 das vezes uma ansiedade desnecessária que acaba culminando o próprio desejo ou vontade do filho em seguir carreira no que almeja. Em menor proporção, encontramos pais neutros, os quais não procuram interferir e reforçam a liberdade que o filho tem para escolher. Exemplos de influência dos pais: • Sonha com grandes empresas: O que será que os pais têm com o Polo? O sonho da minha mãe é eu trabalhar no Polo Petroquímico; eles dizem tu podia conseguir uma coisa na GM; você podia conseguir uma vaga na TAM. • Influências ativas: Minha mãe não gostaria que eu fosse professor; o sonho da minha mãe é que eu faça Química; minha mãe me inscreveu no vestibular de Medicina. • Cobrança e Pressão: Muitas vezes, ocorre uma pressão na família, é muito chato isso, cobrança; a minha mãe sempre fala. • Querem que tenha sucesso na profissão • Os desejos paternos: Minha mãe disse que gostaria que eu fosse engenheira; a mãe quer que eu faça informática; minha mãe ficou meio assim quando decidi fazer Administração; quando se escolhe ser professor a mãe não aconselha porque ganha mal; o pai diz por que não faz Engenharia? • Deixa em dúvida: Minha mãe me coloca em dúvida; minha mãe fica me perguntando se eu tenho certeza se é isso que eu quero; minha mãe diz: pensa bem. • Imposição: Geralmente os pais dizem: faz isso porque eu quero e pronto; os pais fazem isso, pois têm domínio sobre nós. • Idealizam: Os pais ficam idealizando, eu quero que meu filho seja isso, seja aquilo; a mãe quer que eu seja famosa; ela acha que Engenharia dá um status; quer que seja uma coisa que dê dinheiro. • Faça uma faculdade: Meu pai diz: faz uma faculdade porque não pode ficar parado. • Indiferenciação: Ela quer que eu faça isso por ela; aquelas famílias tradicionais que só têm médicos, aí tem que fazer Medicina, os pais impõem assim, fazer a mesma profissão dos pais. • Apoio Incondicional: Meus pais sempre me apoiaram, eu tenho certeza que se eu escolhesse Educação Física eles iam me apoiar do mesmo jeito. 26 • Não sofrem influências: A mãe nunca me influenciou; nunca disseram o que eu tinha que fazer; até me recomendaram essa orientação, pois querem que eu decida a minha vida. • Avós: Meu avô já está fazendo altos planos para quando eu for médica, para a minha avó tinha que ser uma profissão que desse dinheiro, status. • Família: Minha família inteira está jurando que vou fazer Psicologia; minha tia me aconselhou fazer Hotelaria. • Meio: Eu vim com a ideia de Odontologia, pois me criei com velho; é muita dentista lá em casa, duas primas e uma tia. • Pessoas: Todo mundo dá palpite. • Amigos/namorados: Só tive influência do meu namorado; eu tenho vários amigos que cursam essa faculdade. • Professores: A professora disse para eu fazer Biologia... • Cara de...: Muita gente olha para mim e diz: esse aí tem cara de RP; meu pai diz que tenho cara de jornalista. 27 7 MERCADO DE TRABALHO Outro item importante a ser considerado na escolha é o mercado. Na realidade, quem ingressa no mercado hoje encontra menos segurança em relação às atribuições, menores previsões de intervalos de tempo e nas chances de carreira, bem como maior exigência de flexibilização. Diante desse cenário, é importante que o jovem esteja maduro em relação à escolha profissional e consciente das novas exigências, que esteja aberto ao novo, seja capaz de pensar seu próprio fazer e que o faça de forma coletiva. Strey (1994) concluiu em sua pesquisa que “quando chega o momento de escolher a profissão, a escola frequentemente produz conflitos. O conflito surge porque a pessoa nem sempre sabe como equilibrar os custos com os benefícios, satisfação imediata e mal-estar futuro”. Gus (1999) pontua que tudo isso deixa o jovem temeroso: teme enfrentar uma sociedade competitiva e excludente (que enaltece a competência), ficando assustado e com dificuldades de amadurecer como consequência do temor de não obter êxito. O futuro para a juventude é eclipsado pelo pessimismo. Surpreendentemente o termo competência começa a ocupar com frequência a literatura sociológica francesa a partir de 1985, por intermédio de empresários, de industriais e de empregadores preocupados com as recentes transformações nos postos de trabalho. O termo era inicialmente restrito aos meios jurídicos, hoje em dia está marcado pela polissemia; e seu uso é limitado a uma elite intelectual, visto que esta certa competência é exigida para julgar a competência de alguém. (ISAMBERT-JAMATY, 1994). As competências dizem respeito ao uso de técnicas definidas que, embora não tenham sido criadas pelo indivíduo, são por ele usadas e podem por ele ser adaptadas às novas situações. “Competência é um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. (Fleury, 2004) 28 8 VESTIBULAR FIGURA 6 FONTE: Disponível em: http://www.pensevestibular.com.br/vestibular/distracoes-elementares-sao-comuns-no- vestibular Acesso em: 16/04/2012. Em nosso país, não se pensa em escolha profissional com vistas ao ingresso na universidade, sem que isso envolva a questão do vestibular. Os jovens preocupam-se especialmente com a grande concorrência e citam tentativas fracassadas de aprovação. Manifestam também o desejo de passar de primeira e o quanto se sentem cobrados a serem aprovados rapidamente. O desejo de passar de primeira ou de ser aprovado logo encontra explicação nos pensamentos que realizam equivalência entre o vestibular e os rituais de passagem. (TEIXEIRA, 1981; ALVES, 1986; LEVENFUS, 1993b, 1997a, 1997g, LEVENFUS e TRINTINAGLIA, 1995). O vestibulando estaria equiparando a uma entidade limiar: sem identidade, enquanto permanece “no vestíbulo” – nesse caso, espaço intermediário entre o término do ensino médio e o ingresso no curso superior. Mais do que ritual de passagem, esses pensamentos apontam para o vestibular como uma barreira ritualizada de ingresso à universidade. Essa barreira coloca vestibulandos excedentes em situação que desencadeia acentuada diminuição de autoestima. A http://www.pensevestibular.com.br/vestibular/distracoes-elementares-sao-comuns-no-vestibular http://www.pensevestibular.com.br/vestibular/distracoes-elementares-sao-comuns-no-vestibular 29 grande maioria deles continua perseguida por sentimentos de fracasso: a autoimagem passa a ser motivo de vergonha; é acometido de sentimentos de infelicidade, desânimo etc. (LEVENFUS, 1997a). Concluímos que o trabalho é um aspecto de grande importância na vida das pessoas. A vida agitada, a extensa jornada de trabalho de quase 12 horas por dia, o mercado constantemente mutável e a grande oferta de profissões traz para o século XXI o aumento da dificuldade de definição profissional dos jovens. Ainda bem que podemos escolher nossa profissão e por este motivo a tarefa da Orientação Vocacional é facilitar a escolha do indivíduo, auxiliando-o na compreensão de sua situação de vida, incluindo aspectos familiares, pessoais e sociais para chegar à decisão responsável sobre a escolha de qual carreira seguir. Toda decisão envolve certa dificuldade porque implica escolhas, entretanto SONHAR, ACREDITAR E ALCANÇAR É PERMITIDO! O projeto de Orientação Vocacional Ocupacional é realizado por meio de sessões individuais, em que o profissional trabalha com testes, jogos e dinâmicas, permitindo uma escolha ajustada, na qual o indivíduo consegue fazer coincidir seus gostos com as oportunidades exteriores, buscando encaixar interesses e aptidões com que a realidade e a carreira lhe oferecem. 30 9 ORIENTAÇÃO DE CARREIRA Seguindoa orientação do historicismo de Friederich Hegel (MENEZES, 2001), as ideias ou ações humanas devem ser analisadas conforme o contexto histórico nas quais estão inseridas. Primeiramente devemos comentar o fenômeno da globalização, que se faz sentir na interdependência entre os países, na queda das barreiras econômicas, na difusão e intercâmbio cultural, na redução e eliminação dos obstáculos geopolíticos. Como exemplos, a União Europeia, Nafta, Mercosul e União Africana. Esses são blocos econômicos que uniram países em torno de interesses comuns. Com a abertura das negociações entre países de orientações diferentes, no final da década de 1980 criaram-se exigências críticas ao mercado de trabalho, como a padronização da produção, a questão da qualidade e da melhoria contínua. Outra questão importante é a questão tecnológica, que possibilita a troca de informações em tempo real, encurta distâncias, agiliza negócios, coloca países de diferentes continentes em contato, aumentando a concorrência e a competitividade, exigindo uma produtividade mais enxuta, com crescente redução de custos e otimização dos processos. Neste cenário nos deparamos com um mercado competitivo e acirrado, exigente em relação aos seus profissionais, por meio da produtividade, qualidade, melhoria contínua, administração do tempo e também uma mão de obra acuada por fortes exigências externas em relação à escolaridade, qualificação e aperfeiçoamento, exigências internas com a satisfação financeira, autoestima e automotivação. Dessa forma, consideramos que a economia global mudou, as empresas mudaram e o emprego também mudou. O processo de trabalho adquiriu novas formas e o emprego passa por redefinições. O emprego ainda é uma necessidade dos empregadores e empregados, mas deixou de ser sinônimo de segurança. As relações de trabalho já não são mais duradouras como antigamente. As grandes empresas e corporações, para buscar competitividade e manter-se no mercado atendendo às novas demandas, eliminaram ou reestruturaram cargos e funções. Como consequência da reestruturação das empresas, o emprego pode ser retirado ou a função extinta de uma hora para outra. A contrapartida disso é que, em muitas organizações, esse processo de reestruturação e enxugamento acontece paralelamente à descentralização da 31 tomada de decisões. Isso aumenta a responsabilidade dos profissionais sobre suas atividades, eleva o padrão de desempenho e, em alguns casos, a remuneração. A administração de carreira é uma exigência de qualificação, de especialização e de educação continuada por parte do empregado para que ele possa acompanhar as mudanças tecnológicas e de cenários dos novos tempos. Os profissionais de hoje precisam utilizar o próprio interesse para reciclar-se e/ou refletir sobre o planejamento e andamento da sua carreira, manter seu conhecimento atualizado e desenvolver outras habilidades. Além de ter segurança profissional, capacidade de gerar trabalho e renda permanentemente. Sendo assim, o primeiro passo na construção de uma carreira de sucesso é integrar os objetivos pessoais com os do mercado de trabalho. Para isso é importante interagir com as pessoas, dividir expectativas e partilhar objetivos. É também necessário desenvolver interações, relações construtivas e networking para a carreira. Como podemos perceber, o mercado exige que o indivíduo esteja conectado com as novidades da área na qual está inserido, tendências de mercado, competências e habilidades para sua função. Alguns encaram esse ritmo competitivo como uma simples demanda do mundo corporativo, entretanto, para outros, esse ritmo de pressão leva à desmotivação, início de estresse, problemas pessoais e perda de foco, inclusive de sua carreira, com risco de perda do emprego. A orientação de carreira auxilia os indivíduos que passam por este delicado momento de vida ou antecipa-se a esta situação e atua com as metas do indivíduo, ou seja, planeja e administra aonde a pessoa quer chegar profissionalmente ao longo da sua vida produtiva. O processo é enriquecedor, pois a troca de experiência e informações é de grande valia, criando um plano de contingência, popularmente conhecido como “plano B”. Trabalhamos com expectativa, vontade, talento e sonhos. Sempre que necessário é acrescentado um teste ou uma dinâmica para deixar o roteiro da sessão mais adequado ao orientando. Já imaginou o que pode ser trabalhado em um processo de Orientação de Carreira? • Autoconhecimento • Satisfação Pessoal • Autorreflexão sobre seu real objetivo de vida • Administração do tempo 32 • Escolher outra profissão • Quebrar paradigmas • Estabelecer metas claras e alcançáveis • Direcionamento da busca por um novo desafio • Reconhecimento de fraquezas e virtudes • Novos Aprendizados to Conhecimento Auto-reflexão sobre seu real objetivo de vida Satisfação Pessoa Curiosidade: Durante 45 anos de trabalho, uma pessoa gasta mais de 94 mil horas em seu emprego. Você já parou para pensar nisso? FIGURA 7 FONTE http://www.thinkstockphotos.com/ Acesso em: 16/04/2012. http://www.thinkstockphotos.com/ 33 Atividade Reflexiva – Orientação Vocacional Filosofia é indagar sobre a própria existência humana, assim como o trabalho de Orientação Vocacional é buscar a existência humana por meio de filosofar. A partir da passagem de Fernando José de Almeida, reflita sobre “qual é o seu talento/dom?” e elabore uma breve resenha de 10 linhas. (...) Estou aqui neste mundo. Eu existo. Mas o que é existir? É mais que o simples ser. As pedras são, as flores são, as nuvens são. Elas têm de ser. Mas elas não sabem disso. Só o homem existe. Quer dizer: existir é ter consciência do próprio ser. (...) Quando me pergunto do meu existir tomo consciência dele. (...) Penso em mim, nos meus projetos, no mundo que vai me fazendo (...) Fernando José de Almeida ATIVIDADE REFLEXIVA Texto Complementar de (DAL SASSO, 2006) Carreiras, profissões e futuro Nos cenários atuais e futuros, a frase “ser competitivo” está e continuará estampada, dentro dos meios e opções escolhidas, para que nossos esforços acrescentem pequenos 34 detalhes, compondo conjuntos para que envolvam a quem destinamos as atenções. Entre zero e 10, tudo vai depender da qualidade da preparação e treinamento, do foco atrelado à direção dos objetivos e do envolvimento com as pessoas certas, em particular àquelas que somam para propiciar nossas trocas. Gente preparada, com boa formação, tudo isso não é suficiente. Diga-se de passagem, nesse mundo não falta nada, pois até o desempregado dá seu jeitinho para demonstrar que não está fora do combate, ou seja, na pior das hipóteses somos consultores. Para uma carreira consistente, palavras como aptidão, atitude, percepção, capacitação e competência deverão andar juntas como ferramentas de organização (estratégia, planos e metas), pelas possibilidades e evolução da segurança diante da execução de ações e suas traduções em resultados positivos, sentimentos de realização e motivação para continuar. Estar preparado não é garantia de diferenciação e nem motivo para desespero, pois nossas carreiras (em oferta cada vez maior que a procura) incluem o conhecimento junto a passos combinados com vivência e maturidade, até que a experiência comece a criar a segurança ao que temos, do como temos que aplicar para transpor dificuldades, unindo conhecimento e prática, para que sejamos bem vendidos. Tiros treinados para serem exatos, em mercados previamente identificados, estudados, definirão nossos limites e a natural disposição para continuarmos motivadamente pela evolução e suas necessárias atualizações em forma de reinvenções dos objetivos e sonhos. Não existe mais espaço para ativos fixos, aquele do tipo que pensa que vai morrer no único emprego. Na verdade, carreira e profissões independem de locais ou formas e estãoatreladas aos resultados e ao período positivo dessa convivência. Nossas medições incluem erros, mas não perdoam ausências de reavaliações sem que haja rápidas retomadas nas suas correções. Somos um elo, entre propostas e resultados, dependentes de um comprometimento, acrescido da missão de oferecer o máximo, enquanto os meios que adotamos para compor nossos próprios resultados e destinos. Leia o texto e responda a questão: Diante das atuais conjunturas do mundo corporativo, como está construindo sua carreira? 35 10 PLANO DE CARREIRA, PROJETO DE VIDA O que você acha que pode. Você pode. O que você acha que não pode. Não pode. De qualquer maneira, você está certo. A escolha é sempre sua. (Henry Ford) FIGURA 8 FONTE: Disponível em: http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/noticias/plano-de-carreira.shtm Acesso em: 16/04/2012. Sucesso e realização profissional, carreira brilhante e satisfação individual, conciliando desejos pessoais com a realidade do mundo do trabalho: esse é o objetivo de jovens estudantes http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/noticias/plano-de-carreira.shtm 36 e adultos, de profissionais e, muitas vezes, de recém-aposentados ao procurarem serviço de orientação vocacional e de carreira. Ainda que as exigências do mercado venham à frente, o real desejo das pessoas é investir em uma atividade que lhes dê prazer e traga alegria. Esse é o real segredo das pessoas que tornam a sua carreira ou seu emprego parte do seu projeto de vida. Sonhar parece uma tarefa fácil, mas, quando o tema é sucesso profissional, percebe- se uma desvinculação de objetivos pessoais e profissionais. Por que não pensar no projeto de carreira como parte do projeto de vida? Com relação a isso, Soares (2002b) destaca que “a profissão tem de ser vista como uma relação conectada entre trabalho e vida”. Os objetivos de vida evoluem naturalmente, à medida que as circunstâncias mudam e que as dificuldades se apresentam, por isso precisamos estar prontos para contorná-las. Uma promoção, um novo filho, um divórcio, um casamento, morte na família: todas são oportunidades para as pessoas pensarem seriamente o que deve ser mudado. Mudanças fundamentais, algumas previstas, outras não, moldam o destino de quase todos. O desafio é usá-las favoravelmente como oportunidades para a autorrenovação. Segundo Gardner (citado por LORSCH e TIERNEY, 2003), “a maioria das pessoas tem potencialidades que jamais são desenvolvidas simplesmente porque as circunstâncias em suas vidas jamais as exigiram”. (VIDEO LEITURA) 37 11 O PROJETO, UMA JORNADA Um projeto de carreira pode ser comparado ao planejamento de uma viagem. Primeiramente é preciso definir o destino. Se a viagem é curta, a bagagem pode ser simples, os preparativos menos detalhados. É possível até mesmo correr riscos, não fazendo reservas e deixando a viagem fluir. Dinsmore (2002) sugere que ao programar a viagem de férias, devem- se considerar questões que abordam preferências, disponibilidade de recursos, tempo disponível e principalmente, o sonho de conhecer ou de retornar a um lugar prazeroso. Seguindo essa linha, o autor apresenta no quadro abaixo o que se pode fazer em uma viagem dos sonhos. O que Como Vantagens Desvantagens Fazer Acontecer Planejar cada passo, desde as passagens, reservas de hotel, lugares a serem visitados, compras, restaurantes, bem como pesquisa sobre o clima do lugar, bagagem apropriada, gastos diários, entre outros. Resultados, Planejamento, facilidade para avaliação, viabilidade e recursos. Requer disciplina, pouca flexibilidade, pouca criatividade. Deixar Fluir Não planejar, deixar que a viagem seja uma surpresa. Flexibilidade, poucas limitações, possibilidades de mudar de rumo. Resultados indesejáveis, situações inesperadas. Adotar a forma híbrida Planejar a parte essencial para não ter surpresas desagradáveis e, ao mesmo tempo, deixar fluir, permitindo-se experimentar o que não estava previsto. Mantém a estrutura básica e permite abertura para inovar. Exige um certo grau de disciplina para não perder o foco. Assim, percebe-se que há vantagens e desvantagens em fazer acontecer e em deixar fluir. O mais sensato parece ser adotar a forma híbrida, a qual não engessa os planos e proporciona novas experiências. Novas maneiras de entender o mundo levam à revisão de 38 significados e à criação de novos sonhos. Assim pode-se ir vivendo, de sonho em sonho, por toda a vida, criando e caminhando em direção aos sonhos, lembrando que a estrutura básica do projeto é fundamental para não se perder de vista a linha de chegada. (...) felicidade não é uma estação de chegada, mas uma maneira de viajar. Não espere ser feliz algum dia, quando chegar a seu destino. Busque ser feliz hoje, amanhã, sempre, durante toda a jornada. Aproveite o caminho, cada parada, cada etapa. Cada etapa é um sonho menor que o aproxima de seu ideal. Estes sim são sonhos que devem ser cumpridos, em benefício daquilo que faz sua vida ter sentido. (Walter, 2005) FIGURA 9 Fonte: Disponível em: http://anivelde.org/blogdozangari/2011/03/24/projeto-de-vida-caminho-ou-armadilha.htm Acesso em: 16/04/2012. http://anivelde.org/blogdozangari/2011/03/24/projeto-de-vida-caminho-ou-armadilha.htm 39 A HISTÓRIA DE PIGMALIÃO Pigmalião não desistiu. Perdido de amor por aquela mulher foi à luta. Não se paralisou diante do obstáculo aparentemente intransponível. Tentando transformar sua expectativa em realidade, procurou Afrodite, deusa da beleza e do amor, a qual concordou em dar vida à escultura, transformando-a em uma mulher de verdade. Enfatiza-se que quando as pessoas fazem algo por amor tem maiores chances de chegar mais perto da perfeição. (MUSSAK, 2003). A história de Pigmalião inspira pessoas a não serem medíocres, abrindo mão de projetos, sonhos e de realizações. Inspira-as a aceitar seus limites e viver um mundo realista, sem abrir mão de seus sonhos. Sonhar é preciso! Mudar para melhor, permanentemente, é a única forma de escapar da mediocridade, que faz as pessoas não exercerem a função de protagonistas, mas apenas de espectadores da própria vida. A vida das pessoas é parecida com essa história. Quando imaginam e agem com amor, dedicação, determinação, habilidade, competência, ética, lógica, elas têm condição de tornar sua imaginação realidade. Mussak (2003) afirma que “a diferença entre ser alguém que apenas sonha e ser alguém capaz de transformar sonhos em realidade não está em nossa expectativa, mas no que fazemos com ela”. “Dê-me uma alavanca e um apoio, que moverei o mundo”. (Arquimedes) Para dar início a elaboração do seu plano de carreira e transformá-lo em um projeto de vida, faremos (passo a passo) os exercícios de autoconhecimento: os treze passos para uma autoimagem sadia. FONTE: ZIGLAR, Zig. Eu chego Lá. São Paulo: Record, 20--. 40 Leia atentamente: 1. Gostei de você 2. Levante-se, vista-se, arrume-se, fique bonito(a) 3. Busque parâmetros 4. Ouça, Leia e participe, para a autoconstrução 5. Filie-se ao clube do sorriso e do elogio 6. Habitue-se a construir autoconfiança 7. Faça alguma coisa por alguém 8. Associe-se aos vitoriosos 9. Faça uma lista das qualidades 10. Faça um inventário das suas contabilidades 11. Creia em uma força maior 12. Aprenda com os fracassos bem-sucedidos 13. Fale; comunique-se Pegue uma caneta, responda as questões e faça uma autoanálise: 1. Gosto de mim? Por quê? 2. Como é minha imagem (vista por mim mesmo)? Preciso: 3. Tenho parâmetros? Quais? 4. O que estou fazendo hoje e que me faz crescer? 5. Possuo as seguintes qualidades: Preciso desenvolver: 6. Confio em mim? O que preciso para isso? 7. O que faço pelos outros? 41 8. Quem considerovitorioso? 9. Minhas qualidades são: 10. Minhas vitórias são: 11. Creio em; 12. Aprendi o seguinte, com os meus fracassos: 13. Tenho facilidade em comunicar-me? Como faço isso? Muitas pessoas fracassam por não serem capazes de definir nitidamente sua posição perante uma situação. A repetição desses fatos acaba por minar sua autoconfiança; toda vez que precisam tomar uma posição sentem que não serão competentes para posicionarem-se com firmeza, e isso as leva ao estado de pânico, tornando-as ainda mais bloqueadas. Com o passar do tempo poderão acabar por admitir a si mesmas essa fraqueza, o que será fatal para sua identidade. Embora isso aconteça com certa frequência, e sejam vários os motivos para que isso ocorra, há uma regrinha de quatro passos que pode ser de grande ajuda: 1 PASSO – Proposição A realização de qualquer ideia é fruto de uma proposição, que pode partir de você ou de terceiros. 2 PASSO – Deliberação Tudo o que precisa ser feito merece ser bem feito; portanto, a prudência aconselha que se delibere intensivamente, até chegar a um ponto de consenso sobre o que se quer fazer, para que não haja falhas ao longo da ação. A deliberação pode ser feita por você, pode partir de terceiros ou pode ser realizada em conjunto. 3 PASSO – Decisão 42 FIGURA 10 Fonte: Disponível em: http://desafiopapocabeca.blogspot.com.br/2011/09/escolhendo-seu-projeto-de-vida.html Acesso em: 16/04/2012. A decisão precisa ser sempre sua; explicando melhor: se a proposição e a deliberação foram suas, a decisão será inexoravelmente sua. Todavia, se tudo foi feito em conjunto, é preciso haver consenso. Estando o ponto de vista dos outros em consonância com o seu, tudo estará bem, pois a decisão terá sido consensual; mas se ele se chocar com aquilo que acha justo, e seu ponto de vista for voto vencido, abandone o projeto, mas não compactue com o que a seu ver – não seja melhor para todos. É preferível ficar de fora a “engolir” algo imposto, só aceito para ser simpático aos outros. Seja, sim, o “pomo da discórdia”, apresente seus argumentos – para isso é preciso que tenha convicção de que está bem fundamentado em seus motivos –, mostre que sua decisão é melhor e procure ser convincente, ou saia daquele projeto mas não assuma a posição de “bonzinho”. O bonzinho não é bom para si nem para os outros. 4 PASSO – Ação Tal como na hora da decisão, a ação também precisa ser sua. Não é preciso ser apenas você a assumi-la; a execução pode ser feita em conjunto, mas, sozinho ou em grupo, você precisa estar atuante para que fique patenteada sua condição de líder. Isso não significa também que tenha http://desafiopapocabeca.blogspot.com.br/2011/09/escolhendo-seu-projeto-de-vida.html 43 de chamar para si o trabalho mais duro, mais penoso. Você poderá supervisionar as ações; o que importa é que esteja ativo desde o início da execução do projeto e que chegue ao seu final de forma atuante, patenteando assim sua posição de liderança. Formando o hábito de não acionar nada antes de dar esses quatro passos, suas chances de acertar serão maiores, você adquirirá mais segurança para posicionar-se diante de qualquer circunstância e estará transmitindo a imagem do líder que deve ser. Atividade Reflexiva Responda as questões do roteiro para identificar o estágio de mudança. Neste exercício você fará uma autoavaliação do seu desejo de mudar. As respostas encontram-se no rodapé. Você realmente pretende mudar nos próximos seis meses? Sim ou não? O que você pretende desenvolver ou mudar? Você planeja desenvolver/mudar no próximo mês? Sim ou Não? O que você vai fazer? Você já tentou desenvolver ou mudar nos últimos doze meses? Sim ou não? O que você já tentou? Quais são os prós em desenvolver ou mudar? Quais são as consequências positivas para você? E para os outros? Quais são os contras em desenvolver ou mudar? Quais são as consequências negativas para você? E para os outros? Avaliação das respostas: Pré-contemplação: Não para 1., 2. e 3. Contemplação: Sim para 1. e não para 2. ou 3. Preparação: Sim para 1., 2. e 3. 44 Pré-contemplação: Você não está aberto a mudanças. Provavelmente está na zona de conforto/acomodação e não pensa sobre este assunto. Contemplação: Você está pensando sobre o assunto. Sua intuição está mostrando sinais que você deseja mudar. Pense mais sobre este assunto, faça uma reflexão e mãos à obra. Preparação: Você está aberto e deseja a mudança. Busque-a, planeje-se e tenha ótimas conquistas! Vamos elaborar seu plano de metas? Antes de dar o “pontapé” inicial em seu plano de metas, utilize a ferramenta abaixo: O que eu quero? (Faça um brainstorming) Urgente: Importante: Objetivo: Meta em longo prazo: Obstáculos: Envolve mais alguém? Quem, o que e como e como negociar? 45 Estratégias Data de início: Data de finalização: Meta em curto prazo: Obstáculos Envolve mais alguém? Quem, o que e como negociar? Estratégias Data de início: Data de finalização: Meta em curtíssimo prazo Obstáculos 46 Envolve mais alguém? Quem, o que, e como negociar? Estratégias Data de início: Data de finalização: Departamento Espiritual Este departamento trabalha diretamente sincronizado com o Departamento Mental. Todas as ideias, pensamentos e desejos relativos à religiosidade são assimilados pelo Departamento Mental, da forma como chegam ao Departamento Espiritual. Os sentimentos de fé, de esperança e caridade brotam nesta área, desenvolvem-se nela e são entregues, já amadurecidos, ao setor Mental, que os arquiva no cérebro. Inúmeras são as informações recebidas desta forma. O cérebro as processa e arquiva; se elas deixam de ser requisitadas com certa assiduidade, para consulta, vão ficando “empoeiradas” e acabam por deteriorar-se, sendo levadas para o “arquivo morto”, onde embora continuem ali, ficarão perdidas para sempre. Como evitar isso? Fazendo reciclagem periódica. Reexamine as fichas e atualize o histórico de cada uma delas; verifique as que já foram solucionadas, reveja as que ainda não têm o carimbo “resolvido”, traga o assunto para o tempo presente e trabalhe sobre elas em busca de soluções, até resolver aquela questão. Essa é a função da reciclagem nesta área. Cada vez que revive uma situação, você aprende algo mais. A pergunta é: você registra o que aprendeu, pondo em prática o que é positivo e riscando de seus hábitos o que reconhece como negativo? Toda vez que reformula 47 uma atitude, eliminando os erros, eles vão se tornando mais raros, até desaparecerem. Esse é o procedimento acertado para a conquista de si próprio. Não importa qual o seu credo. O fundamental é criar uma escala de valores e agir com coerência dentro dela. Agradeça sempre, perdoe, para manter a alma leve. Posicionamento sobre o Departamento Espiritual: Você tem conversas constantes com o seu Ser Superior? Você agradece diariamente por sua inteligência e capacidade de crescimento? Quando se depara com uma situação difícil, em que se sente lesado, num primeiro momento você: Acha que o Ser Superior foi injusto com você, reclama e lastima ou procura entender o que está nas entrelinhas dessa situação, decifra e incorpora um aprendizado que o faz crescer? Relacione alguns momentos difíceis dos quais tenha tirado ensinamentos importantes e que, num segundo momento, tenham colaborado para que você subisse alguns degraus em seu próprio conceito: ACONTECIMENTO: APRENDIZADO: Antes de pedir algo a Ele ou a alguém, você procura dar antes: 48 “A menos que acredite em si mesmo, nada fará; este é o caminho do sucesso.” Jonh D. Rockfeller Jr. Vídeo Escolha profissional,orientação profissional e testes vocacionais Disponível em: <http://migre.me/8IjhJ>. Acesso em:17 abr. 2012 49 12 PROJETO DE CARREIRA Antes de começar a elaboração de um projeto de carreira, devem ser respondidas algumas questões básicas: Qual seu sonho? Aonde você quer chegar? Qual a sua missão? E uma dica importante: este projeto pode ser refeito ao longo da vida, pois estamos sujeitos a “imprevistos”, ou seja, acontecimentos não planejados, como alguns exemplos citados anteriormente neste módulo. A missão é aquilo que as pessoas querem ser na vida. É aquilo que as aproximam de seu ideal. Não importa que seus sonhos mudem; importa que a vida tenha significado e faça sentido. Não importa que tais sonhos sejam totalmente realizados; importa que existam, pois sua existência dá sentido à vida, e não a sua realização. A pessoa desejar ser feliz? Esse é um grande sonho. Provavelmente, o maior sonho. É seu guia, seu direcionador. Quanto à visão, ela é aquilo que se quer ser em determinado período de tempo. É a visão que permite às pessoas sonhar, mas com “os pés no chão”, na realidade. Há os que sonham e sonham com os seus sonhos, passando a vida a curti-los, mas pouco fazem para realizá-los, pois dão-se por satisfeitos em levar a vida conforme “a vontade do Ser Superior”, ao sabor do acaso e das oportunidades que eventualmente aparecem. Por outro lado, há os que sonham e não se contentam em sonhar; transformam seus sonhos em visões claras, em objetivos e vão à luta. Criam recursos, desenvolvem competências e se preparam para as oportunidades que vierem. Se não surgem oportunidades, inventam, criam. Persistem até realizá-los, ou criam novos sonhos. Segundo Mussak (2003), há pessoas capazes de competir e essas são as competentes; há pessoas capazes de construir novos cenários, e essas são as que estão além da competência. Dessa forma, é preciso ser competente, ou melhor, metacompetente, não apenas para atender especificamente as exigências do mercado de trabalho, mas também para elaborar seu projeto de vida, baseado em suas visões, sem nunca perder de vista sua missão. Sendo que missão, o sonho maior, não é apenas uma meta, é uma maneira de enxergar a vida. E ela é responsável pelo verdadeiro significado dos detalhes do percurso, da alegria e da chegada. 50 Os três passos para o desenvolvimento de Você S/A: Passo 1 – Estabeleça sua missão de vida; Passo 2 – Determine seu objetivo em cada departamento em longo prazo; Passo 3 – Estabeleça suas metas: em longo, médio, curto e a curtíssimo prazo. PASSO 1 – Estabeleça sua missão Dedique o tempo que for necessário para descobrir e traduzir, de forma clara e objetiva, qual a sua missão de vida. Faça brainstorming – tempestade de ideias. Leve em consideração: O que você sabe fazer? As coisas que lhe dão satisfação, ao fazer. Os empreendimentos que você tem muita vontade de realizar e pelos quais seria capaz de renunciar as coisas corriqueiras e banais. O que lhe provoca grande interesse na vida? Quais são os valores que regem sua vida? Faça um balanço de custo/benefício. Estabeleça um parâmetro com alguém que tenha tido uma missão semelhante. 51 Descubra: O que essa pessoa conseguiu? Em quanto tempo? Como conseguiu? Onde conseguiu? Que tipo de sensação você deverá ter, ao assumir essa missão? Como irá sentir-se, se estiver em situação análoga? Relacione: Do que terá que abrir mão? Que prejuízos poderão advir em consequência dessa opção? O que (ou quem) poderá impedi-lo de continuar sua missão? Isso trará prejuízo a alguém? 52 Você estará destruindo algo importante para a natureza ou ao bem comum? Ao que se modificará positivamente em sua vida, se levar avante essa missão? O que poderá surgir de novo? Dica: Comece a esboçar sua missão sem a preocupação de estabelecê-la como definitiva. FONTE: MACHADO, Maria de Lourdes. Líder 24 horas. São Paulo: Best Seller, 2005. O homem vale aquilo que sabe... O homem que não sabe semeia a peste da ignorância. (Albert Camus) 53 13 MODELO DE PLANO DE CARREIRA: O MODELO VICKY BLOCH Vicky Bloch (citado por Oliveira, 2005) sugere o plano de carreira em 10 lições, conforme descrito a seguir: 1. Faça duas perguntas essenciais: Quais são meus talentos? O que me dá prazer? Segundo a autora, quanto mais você aproximar uma coisa da outra, maiores serão as chances de realização. 2. Siga sua vontade e não a dos outros: pense no que você realmente gostaria de ser e não no que os outros gostariam que fosse. Planeje um futuro que combine com suas aspirações e com seus talentos. 3. Seja realista: não liste um número exagerado de objetivos, impossíveis de serem realizados no tempo estipulado. 4. Estabeleça prioridades: em vez de planejar o aprendizado de dois idiomas nos próximos cinco anos e fracassar em ambos (afinal, a vida das pessoas não se limitará a estudar línguas), concentre-se naquele que é mais importante para seus objetivos. 5. Aposte na autocrítica: somente quem conhece bem as próprias necessidades de aprendizado e desenvolvimento consegue ir direto ao ponto para se aprimorar. 6. Lembre-se de que o futuro começa agora: o planejamento pode ser dissociado de sua situação atual. Informe-se sobre os planos da empresa em que você trabalha e analise os rumos de sua área de atuação. 7. Seja flexível: esteja sempre pronto para reavaliar seus planos a partir de um acontecimento significativo que não estava no script. 54 8. Amplie suas perspectivas: já que está se falando do futuro, não se esqueça de que há muitas formas de trabalho além da vida corporativa. Uma pessoa pode ser consultor, professor, empreendedor, ter seu negócio próprio, entre outros. 9. Jogue conversa fora: compartilhe seus planos pessoais com o marido ou com a esposa, com um parente ou amigo. Troque ideias sobre o futuro da carreira com pessoas que conheçam sua área de atuação e tenham mais experiência. Cultive e amplie sua rede de relacionamentos. 10. Revisite seus planos anualmente – faça uma revisão anual e transfira o que for preciso para sua agenda. Um exemplo: se uma das decisões é ter uma vida mais saudável, anote em todas as segundas-feiras o lembrete “fazer exercícios três vezes nesta semana”. FONTE: Adaptado de Dinsmore (2002). “Coaching é como água: se não penetra, envolve”. (Mike Martins) FIGURA 11 FONTE: Disponível em: http://espacosaudefisiopilates.blogspot.com.br/2011/09/consultoria-coaching.html Acesso em: 16/04/2012. http://espacosaudefisiopilates.blogspot.com.br/2011/09/consultoria-coaching.html 55 14 COACHING Life Coaching ou popularmente conhecido como Coaching Pessoal é uma metodologia de desenvolvimento de pessoas que buscam mudar de vida, pensar positivamente, agir e atingir objetivos pessoais, profissionais e qualidade de vida. Coaching é um processo de parceria com o cliente para descobrir o melhor caminho para a conquista desejada. No processo de coaching, o coach (profissional) trabalha as habilidades do cliente para que ele conquiste seus objetivos, criando consciência, produzindo motivação, revelando e aprimorando talentos e desempenho. Durante todo o processo o coach trabalha com quatro premissas: • Foco • Ação • Resultados • Melhoria Contínua O coach concentra-se no ponto em que seus clientes estão hoje, nas suas metas e no que estão fazendo para conquistá-las. O Coaching pressupõe que o cliente seja capaz de refletir sobre seu próprio pensamento e subentende responsabilidade. Ele não é indicado para clientes portadores de sérios problemas de saúde física ou mental, pois o cliente precisa estar atuante em sua vida antes de recorrer a um coach. Ele é um profissional especializado no crescimento pessoal e profissional das pessoas.
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