Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GUIA DE ESTUDO UNIDADE I Gestão de Carreira 2 GUIA DE ESTUDO - UNIDADE 1 DISCIPLINA: GESTÃO DE CARREIRA PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá estudante! Desejo a você boas-vindas a disciplina Gestão de Carreira! Será um prazer cola- borar para seu aprendizado, aproveite o conteúdo e as interações propostas nessa disciplina. Independente da área de atuação, todos os profissionais precisam estar atentos à evolução de suas carreiras. Conto com sua determinação em relação ao estudo do nosso guia. Preparado (a)? Acredito que sim! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Elaborei este guia de estudo utilizando uma linguagem prática e objetiva para facilitar seu aprendizado. Antes de iniciar a leitura do nosso guia, peço que faça a leitura de seu livro-texto, pois, ele irá nortear seus estudos. Caso queira buscar novos conhecimentos, acesse nossa Biblioteca virtual e faça pesquisas. Assista também, as vídeoaulas. Em alguns momentos vou indicar links para leitura com- plementar. Ao final da nossa disciplina é primordial que você acesse o ambiente e responda as atividades e os fóruns avaliativos. Você tem à sua disposição o tutor para esclarecer quaisquer dúvidas. Vamos começar! PALAVRAS DO PROFESSOR Acredito que você tenha observado como a globalização tem impactado a vida das pessoas, tanto no aspecto social, como no campo profissional. Com a abertura econômica ficou mais fácil adquirir produtos de outros países, o que forçou as organizações a fazerem uma adaptação nos preços em função da concorrência. Também aconteceu, em alguns casos, uma mudança na própria produção de bens e serviços. A modernização tecnológica trouxe para o cotidiano, não só novos pro- dutos, mas também, novos estilos de comunicação e até um novo estilo de vida. Alinhadas às inovações, foram criadas, por exemplo, os tablets, toda a família “i” (iPhone, iPod, iPad...), assim como, outros smartphones ou celulares com GPS, TV, rádio, gravador, câmera fotográfica de alta resolução, WhatsApp, etc. É comum ouvirmos falar das mudanças sociais, econômicas e mercadológicas, mas você tem observado que algumas mudanças vêm acontecendo no cenário que in- tegra educação e mercado de trabalho? Vou citar um exemplo para sua melhor compreensão. 3 EXEMPLO A valorização de cursos técnicos, inclusive através de um grande investimento do governo em esco- las e cursos técnicos. Outro exemplo que podemos mencionar é o da educação a distância, haja vista que estamos inseridos neste modelo, que proporciona facilidades como a flexibilidade de horário e não demandar o deslocamento diário, no entanto, por outro lado, requer um maior comprometimento do estudante. Culturalmente, no Brasil, o aluno que conclui o ensino médio se vê diante da escolha de uma pro- fissão, através da escolha de um curso de graduação, que a princípio, o encaminhará para a vida profissional. Além de sofrer a forte pressão do vestibular, o jovem, na maioria das vezes, na faixa etária dos 16 aos 18 anos, ainda não passou por vivências suficientes para consolidar essa decisão numa base sólida. Algumas vezes essas escolhas são influenciadas pela profissão do pai ou da mãe; quando isso acon- tece e não existe a real identificação do jovem com a profissão é muito comum ocorrer frustração, pois, neste caso, a realização não é dos seus próprios sonhos. Essa situação também é comum no processo de sucessão familiar, quando os sucessores se frustram por atender a meta dos pais e não as suas próprias. Ainda existem alguns jovens que pautam suas decisões no “achismo”, por exemplo, eu acho que gosto disso e/ou eu acho que essa profissão é legal. Isso pode acontecer mesmo quando esses jo- vens participam de algum tipo de orientação profissional, seja participando de feiras das profissões, ofertadas pelas escolas; ou qualquer outro tipo de orientação, baseada em um teste vocacional. Essas ações são importantes e valorosas, mais nem sempre são suficientes para consolidar essa escolha. Nesta perspectiva, é importante deixar claro que decisões desse porte, que impactam fortemente na realização pessoal e profissional de um ser humano, precisam ser estruturadas de forma cons- ciente e com maturidade. Em função disso, é comum encontrarmos jovens profissionais nos cursos de graduação e de pós-graduação pensando em redirecionar suas carreiras e não sabendo nem por onde começar. Quando o aluno não se sentir feliz com uma escolha profissional, existe sempre a possibilidade de redirecionar o caminho escolhido; e é isso o que se deve fazer, pois sempre é tempo de recomeçar. Por outro lado, se deve levar em consideração que, independentemente da profissão escolhida, a mudança, quase sempre, demanda muito esforço e reestruturar um caminho pode levar mais tempo e investimento, inclusive no networking, do que construir um caminho. 4 Devemos compreender que essas escolhas e a construção da carreira, atualmente, são impactadas pelo cenário da sociedade do conhecimento em que vivemos, onde tudo é mais dinâmico e complexo. Por exemplo, hoje produzimos mais dados e informações do que somos capazes de sintetizar, e isso impacta diretamente no cenário corporativo, que passa a demandar um profissional com um perfil adequado para lidar com as mudanças decorrentes desse novo contexto. Observe que, se por um lado, há mais possibilidades de escolhas profissional, por outro lado, o mercado exige que o profis- sional tenha ou desenvolva mais competências. O grande desafio do cenário organizacional, nos dias de hoje, é aumentar o desempenho do traba- lhador da era do conhecimento, porém, este profissional deve possuir competências diferenciadas e saber fazer adequadamente a gestão da sua carreira para obter um currículo atrativo para o merca- do, aumentando assim, a sua empregabilidade. VISÃO PANORÂMICA DA DISCIPLINA GESTÃO DE CARREIRAS PALAVRAS DO PROFESSOR Prezado (a) aluno (a), tendo em vista que pontuamos a importância da escolha de uma carreira, é necessário começar a refletir sobre a inserção no mercado de trabalho, através de um emprego e, consequentemente, a viabilização de uma carreira profissional, seja ligada a uma empresa, seja fruto de um projeto empreendedor, independente e autônomo. Todos esses passos, advindos das escolhas, precisam estar alinhados aos objetivos pessoais e profissionais para poder proporcionar a realização desejada. Esses são pontos que aprofundaremos mais tarde nesta disciplina. Ainda na disciplina Gestão de Carreiras, vamos conhecer alguns conceitos relacionados ao universo do mercado de trabalho, que serão básicos para a boa prática profissional diante do mundo corpo- rativo, tais como: trabalho, emprego, empregabilidade e trabalhabilidade. Nesta disciplina, teremos a oportunidade de refletir sobre a diferença de ter um emprego e ter empregabilidade, a partir da compreensão de como funcionam os processos de entrada no mercado e também os processos de manutenção da empregabilidade para construção de uma carreira. Você observou que comecei o nosso estudo contextualizando o cenário organizacional? Em seguida, vamos aprender como aconteceu a evolução dos conceitos e das teorias sobre carreira. Caminharemos juntos pelos elementos que norteiam a adequada construção de um bom currículo; até porque, o currículo é o seu cartão de visitas. Em breve, mergulharemos nas abordagens específicas da gestão de carreira e da questão da empre- gabilidade, desde que você seja o gestor de sua carreira e, não deve delegar essa responsabilidade à organização. 5 Faremos reflexões sobre o quanto é importante ter uma postura adequada diante do processo de recrutamento e seleção, assim como, veremos a necessidade de o candidato estar preparado não só para o processo de Recrutamento e Seleção, mas, para seguir em frente no mundo do trabalho. Observaremos qual é o papel da organização e qual é o do funcionário no planejamento de carreira. Entenderemos a diferença entre valorização profissional e remuneração. Investigaremos um modelo de planejamentode carreira. E ao final daremos uma breve olhada nos novos paradigmas na gestão de pessoas que impactam na gestão de carreira. VEJA O VÍDEO Neste momento peço que pare a leitura do nosso guia e assista ao vídeo: Como começar uma carrei- ra com duração de aproximadamente 13 minutos. Link: Clique aqui. Neste vídeo, o consultor e professor de comunicação e marketing Mário Persona (1995), que também é escritor. Caso você queria adquirir novos conhecimentos, vale a pena conferir algumas obras deste autor: Receitas de Grandes Negócios, Gestão de mudanças em Tempos de Oportunidades e Dia de Mudança. Lembre-se, conhecimento nunca é demais! Alguns pontos que você deve ter especial atenção no vídeo, são: 1. Apenas a formação acadêmica não qualifica a pessoa para o mercado; 2. Necessidade de ter um caráter idôneo; 3. Ser humilde e não soberbo; 4. Sempre que possível fazer estágio enquanto ainda estiver estudando; 5. Ser prudente e não se deve deixar o sucesso prematuro subir à cabeça; 6. Ter clareza que sucesso é um conceito subjetivo, mas pode ser conceituado como o atingimento de metas; 7. A importância da disciplina e dos limites durante a adolescência para a construção do caráter; 8. A necessidade de quebrar paradigmas, isso é as certezas da vida; 9. Ter foco, mas não perder de vista o cenário; 10. A carreira é composta de fases; 11. O jovem hoje tem mais oportunidades, mas precisa aprender a ser flexível e a ter resiliência; 12. Nunca trate mal aos outros quando você estiver subindo, você pode precisar dessas pessoas quando estiver descendo. Espero que você tenha achado o vídeo interessante e tenha aprendido com as dicas do escritor Mario Persona. O próximo item vai estar ligado diretamente ao livro-texto. Você deve ler os itens 2.1 e 2.2 (capítulo 2 do livro-texto), antes de ir adiante. 6 EMPREGO, EMPREGABILIDADE E CARREIRA. No início do capítulo 2 do seu livro-texto, você deve ter lido o item 2.1 que aborda o fim dos em- pregos formais. Vou resgatar alguns pontos para deixar ainda mais clara sua compreensão. No item 2.1 o autor ressalta a automação, a informatização e abertura dos mercados internacionais que favorecem a diminuição do emprego formal e aumento do desemprego estrutural. Vamos rever esses dois conceitos que estão no seu material: Empregos formais – são aqueles nos quais há um vínculo empregatício entre a organização e o funcionário e, tanto os deveres, como os direitos das duas partes, são garantidos por leis, por con- tratos, etc. Por outro lado, o desemprego estrutural é a eliminação de cargos e funções nas organizações, decor- rentes, muitas vezes ,da automação, isto é, do uso de máquinas, em função de diminuição de custos e aumento da lucratividade organizacional. Para facilitar sua compreensão, fique atento ao exemplo do desemprego estrutural! EXEMPLO Observe que em vários lugares a atividade do cobrador de ônibus está sendo extinta pois os veículos tradicionais estão sendo substituídos por outros que possuem uma máquina leitora de cartão, locali- zada próximo ao motorista. Quando um passageiro não tem o cartão e vai pagar a dinheiro, paga ao motorista mesmo. Um exemplo interessante acontece em algumas cidades, tanto da Europa, como da América do Norte. Em Nova York, nos Estados Unidos, para entrar nos ônibus, os passageiros precisam levar o valor exato, para que não seja necessário passar o troco, o que poderia atrasar a viagem. Observe, caro (a) estudante, que, ao mesmo tempo em que várias funções operacionais estão sendo substituídas através da automação, aumenta a necessidade de mão de obra especializada. As em- presas buscam essa mão de obra diferenciada para aumentar a sua competitividade no mercado, e esse profissional se diferencia pela qualificação. Para chegar nesse nível de qualificação o profis- sional deve planejar e administrar sua carreira. Trabalho, emprego, carreira e empregabilidade. a) Evolução do conceito de trabalho Você conhece a seguinte frase: “ O trabalho dignifica o homem”? Essa é uma famosa frase de Ben- jamin Franklin, que nasceu em Boston em 1706 e morreu na Filadélfia em 1790. Ele foi abolicionis- ta, cientista, diplomata, inventor e um dos líderes da Revolução Americana. 7 VISITE A PÁGINA Se você tiver interesse em saber mais sobre Benjamin Franklin, acesse o LINK. Você já parou para refletir sobre essa frase? Concorda com ela? Será que o sentido da palavra trabalho foi sempre esse; de que é através do trabalho que o ser humano pode criar, estruturar e transformar sua realidade? Na verdade, ocorreu uma mudança importante, não só no significado da palavra, como também na relação do homem com o seu próprio trabalho. Originariamente, a palavra trabalho estava associada a sofrimento desde que etimologicamente a palavra trabalho vem do vocábulo latino “Tripaliu”, que era um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu). As pessoas, normalmente agriculto- res, que não podiam pagar os impostos eram torturadas e precisavam se esforçar cada vez mais para poder contribuir com a cota estipulada na próxima cobrança. Observe a imagem a seguir. Fonte: LINK Com o passar do tempo, o significado da palavra trabalho foi se alargando e envolvendo as ativida- des físicas produtivas dos trabalhadores. Essas atividades, a princípio, estavam ligadas ao esforço físico, o que acarretava em certo sofrimento. Neste sentido, nós podemos observar que houve também uma mudança substancial na forma em que o homem percebe e interage com o seu trabalho. Se antes o trabalho era visto apenas como uma forma de sobrevivência, atualmente, a perspectiva é que a pessoa se desenvolva e se realize plenamente em sua vida profissional. Dessa forma, é natural que seja cada vez mais frequente a preocupação com a qualificação profissional e com a gestão de carreira, que passam a ser determi- nantes no processo de empregabilidade. 8 GUARDE ESSA IDEIA Em seu material, você aprendeu que trabalho é um conjunto de atividades representadas por esfor- ços realizados por pessoas, que possuem como objetivo o atingimento de metas de caráter econô- mico. O autor do seu livro-texto ressalta que a pessoa pode conseguir satisfação pessoal através do trabalho que executa. É importante entender, que o trabalho não se origina necessariamente de um vínculo empregatício com a organização na qual a pessoa seja subordinada e esteja encaixada no organograma de uma empresa. Desta forma, uma pessoa pode ser artista, por exemplo, um pintor de quadros e tirar seu sustento financeiro da venda de seus quadros. Neste caso, a pessoa tem trabalho, mas não é obri- gatoriamente funcionário de uma empresa. Para favorecer a produtividade e a harmonia no clima organizacional é importante que cada pessoa entenda e reconheça a importância e o impacto do seu trabalho no contexto da organização. Diver- sas vezes, o trabalho de um funcionário depende do trabalho de outro funcionário, por exemplo, o orçamentista de uma gráfica, só pode fazer um orçamento adequado, se os vendedores entregarem a solicitação do cliente com muita clareza e todos os detalhes, como: tamanho, tipo e gramatura do papel, detalhes do acabamento, etc. Autores de diversas áreas (administração, sociologia, pedagogia, filosofia, etc.) chamam a atenção sobre a importância do trabalho na produção cultural de um povo, de uma nação. Pois na medida que o homem trabalha, ele modifica a natureza e ao mesmo tempo, modifica sua maneira de pensar, de agir, de sentir. Isto é, ao fim do trabalho, o homem além de produzir, também se modifica, assim como intervém agregando valor à coletividade. b) Emprego Ao ler o seu livro-texto, você aprendeu o seguinte conceito sobre emprego: “é toda atividade tempo- rária que envolve um vínculo profissional e formal, garantindo a relação entre empregador e empre- gado, trazendo direitos e deveres trabalhistas ao indivíduo e que gera uma remuneração financeira ao final de cada período”. Vamos analisar esse conceito, por que atividade temporária?Antigamente, era comum ouvirmos uma pessoa falando que trabalhou 30 anos em uma empresa, ou que tinha orgulho de se aposentar naquela empresa, pois, havia começado lá em sua juventude. Atualmente, a perspectiva mudou; é até muito raro encontrar um jovem que tenha esse tipo de ideia. Hoje, é mais comum a pessoa ter várias experiências durante sua vida profissional e a convivência com diversas empresas, pode ser muito agregadora para ampliar a visão de mundo daquela pessoa. Observe que, apesar de um profissional poder trabalhar em um tipo de trabalho, a vida toda, ele pode ter vários empregos. Portanto, como está posto em seu livro de estudo: trabalho e emprego devem ser vistos sob o ponto de vista do presente. 9 O que vai delimitar o emprego é justamente o vínculo empregatício com determinada empresa. Al- gumas profissões possibilitam que o profissional tenha mais de um vínculo empregatício ao mesmo tempo, de maneira formalizada e dentro dos trâmites legais. Por exemplo, o professor universitário que não tem dedicação exclusiva a uma instituição de ensino superior, ele pode ter a carteira de trabalho assinada por mais de uma organização. Por outro lado, também é comum encontrarmos no mundo corporativo pessoas trabalhando em su- bempregos de forma marginalizada e sem formalização de acordo com as leis trabalhistas. Até pouco tempo atrás, isso era frequente nos empregados domésticos (cozinheiras, copeiros, jar- dineiros, etc). Embora isso venha mudando, ainda é de forma lenta e várias pessoas se submetem a situações insalubres e constrangedoras – às vezes próximas de trabalho escravo – por uma questão de necessidade e de falta de informações. Neste ponto, vale ressaltar a necessidade de uma educa- ção formadora de consciência crítica e de cidadania, pois em algumas regiões do Brasil, é possível encontrar a exploração infantil aliada a não formalização do emprego. Ainda nessa perspectiva, é fundamental lembrar que havia tanta desigualdade na remuneração dos funcionários no Brasil, um país de dimensões continentais, que foi necessário ser criada uma lei para estipular uma remuneração mínima. O presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo através da lei número 185, de janeiro de 1936, e do decreto da lei número 399 de abril de 1938. Só no dia primeiro de maio de 1940, o salário mínimo passou a vigorar, quando o decreto da lei número 2162 fixou os seus valores. Em razão disso, é comemorado o dia do trabalhador no dia primeiro de maio. VISITE A PÁGINA Caro (a) estudante, se você quiser saber um pouco mais sobre salário mínimo, pesquise no LINK e não esqueça a ideia de que este deve ser o menor valor pago pelos empregadores em troca do tempo e do esforço gastos por uma pessoa que vende a força de seu trabalho, isto é, o empregado que produz bens e/ou serviços. c) Evolução do termo carreira Caro(a) estudante, há vários termos de carreira. Você deve ter lido em seu livro-texto o seguinte con- ceito de carreira (com foco individual) “um conjunto de decisões que o profissional terá de tormar ao longo de sua vida útil, não necessariamente em uma só empresa. É uma série de ações e decisões sequenciais, objetivando um futuro esperado”. 10 PARA RESUMIR É essencial entendermos a etimologia e a evolução para uma adequada compreensão desse con- ceito. Com este objetivo, traremos as ideias de vários autores clássicos e contemporâneos (Dutra, 1996; Martins, 2001; Araújo, 2010) mencionados nos trabalhos de Silva, Lorena Bezerra (2007, 2008, 2012) que é mestre em Administração; Especialista em gestão de Pessoas; coordenadora do Núcleo de Empregabilidade da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco; possui duas certificações internacionais como Coach – o coaching é um processo de desenvolvimento humano e vem traba- lhando o tema de gestão de carreira quer seja produzindo material escrito ou na prática de coaching de carreira. Etimologicamente, isto é, de acordo com o estudo da origem e evolução da palavra carreira, ela se originou da expressão latina “via carraria”, que significa estrada para carros. Somente a partir do século XIX, passou-se a utilizar o termo ‘carreira’ para definir a trajetória da vida profissional, no entanto, durante muito tempo, o conceito de carreira esteve ligado a essa ideia de estrada. A carreira era entendida como uma propriedade estrutural das organizações ou das ocupações. Neste sentido, as pessoas acreditavam que ter sucesso em uma carreira era entrar em uma estrada (carreira) sabendo desde o começo o que deveriam esperar do percurso, chegar ao final ou a apo- sentadoria naquela empresa. Diversos autores desenvolveram teorias sobre carreira, baseados numa visão voltada para a econo- mia, na qual as organizações eram burocráticas, trabalhavam através de níveis hierárquicos rígidos e atuavam em economias relativamente estáveis. Nesta abordagem tradicional, três pontos limitam o conceito de carreira: 1. A noção de avanço dependia da expectativa de progressão vertical na hierarquia de uma or- ganização, os cargos ocupados e sua progressão seria acompanhada por sinais de status em crescimento e ganhos financeiro; 2. A carreira está unicamente associada a uma profissão; 3. A ideia de uma estabilidade ocupacional, na qual a pessoa sempre exercia atividades relaciona- das à profissão até a aposentadoria. 4. Depois da Segunda Guerra Mundial, com a diminuição da mão de obra, grandes organizações investiram em planos de carreira para garantir a lealdade das pessoas, mas ainda pautadas em uma abordagem tradicional, na qual o desenvolvimento profissional era influenciado e direcio- nado pelo interesse das empresas. 11 DICA É neste período que surge o conceito que você leu em seu material a respeito de carreira sob o ponto de vista empresarial: sob o ponto de vista da empresa, este mesmo termo (carreira) pode ser caracterizado como o conjunto histórico de atividades e resultados de trabalhos formais que os empregados exercem e influenciam a vida das empresas. Portanto, quando se considera a gestão de carreira, esta deve ser vista sob o ponto de vista do indivíduo ao longo de sua vida profissional, em como deve ser analisada sob o ponto de vista da empresa onde a gestão deve ocorrer no período do vínculo empregatício do empregado. Esta é a concepção tradicional de “carreiras organizacionais”, que devem ser estruturadas na rela- ção tempo x espaço e podem estar ligadas a um emprego “vitalício” ou duradouro, pois são constru- ídas para revelar um único cenário de emprego. São reconhecidas como características das carreiras organizacionais os seguintes aspectos: O ambiente é considerado estável, principalmente em relação a economia. Hoje o ambiente é mais dinâmico. A economia era subordinada às grandes empresas, que geram oportunidades de emprego – que poderia ser vitalício. Ainda vemos hoje, pessoas que dizem: minha vida inteira foi na Gerdau, na Coca-Cola, no Banco do Brasil, etc. As mudanças nas organizações causam mudanças nas carreiras. As estruturas de carreira são pre- determinadas pelas empresas, isto é, o processo não é dirigido pelas pessoas. A postura empreendedora não é um elemento necessário e essencial ao comportamento do profis- sional para o desenvolvimento de sua carreira. Nas últimas décadas do século XX desapareceu o senso de estabilidade econômica que servia de base para a ideia de que os empregos eram relativamente seguros, principalmente em nível de ges- tão. Surgiram então novas visões sobre carreira e sua gestão. Neste contexto Jeffrey H. Greenhaus, um estudioso que se tornou referência mundial em gestão de carreira, propôs em 1999, um conceito de carreira sem as limitações da abordagem tradicional, sendo, portanto, mais adequado às características dinâmicas da atualidade. Greenhaus afirma que “carreira é um padrão de experiências relacionadas ao trabalho que abrange o curso da vida de uma pessoa”. GUARDE ESSA IDEIA Vamos analisar esse conceito, enquanto no passado,os estudos sobre carreira davam ênfase aos cargos que o profissional ocupava dentro da empresa; agora o foco mudou para as percepções, às escolhas e as possibilidades de construção dos fenômenos relacionados à carreira profissional. Ao mesmo tempo em que ocorre a mudança de visão sobre o contrato profissional, surgem modernas teorias sobre carreira, por exemplo, a de carreira proteana. Um conceito divisor de águas foi proposto por um grande estudioso no tema gestão de carreira: Douglas T. Hall. Esse autor criou em 1996 a expressão “carreira protea- na”, a partir da compreensão de uma nova perspectiva de carreira, mais dinâmica e adequada ao novo perfil profissional e às novas demandas do mercado. 12 VOCÊ SABIA? O termo “proteano” é derivado do deus Proteu que, na mitologia grega, possuía a habilidade de mudar de forma ao comando de sua vontade. Nesta perspectiva, a carreira proteana seria descrita como um processo gerenciado pela pessoa, que deverá ter flexibilidade, e não pela organização. Esse conceito de carreira proteana foi apresentado como um contraponto à carreira organizacional estruturada no tempo e no espaço. Vamos entender melhor essa metáfora entre Proteu e o profissional proteano. O deus Proteu tinha o dom da premonição e em função disso atraía o interesse de muitas pessoas que queriam saber as artimanhas do poderoso destino. No entanto, Proteu não gostava de contar o que iria acontecer, então, quando algum humano se aproximava, ou ele fugia ou se transformava e assumia uma nova aparência, normalmente de figuras marinhas assustadoras. Se o ser humano que o procurasse, fosse muito corajoso e não fugisse do monstro em que ele se transformou, Proteu então lhe contava a verdade. Vamos traçar um paralelo entre a metáfora do deus Proteu e o profissional proteano para entender melhor os pontos em comum: 1. O deus Proteu possui o dom da adivinhação, habilidade de prever o futuro. O profissional protea- no deve possuir a habilidade de planejar a carreira com base em uma visão de futuro compatível com objetivos pessoais, de carreira e de vida. 2. O deus Proteu possui habilidade de mudar de forma física. O profissional proteano deve ser versátil, flexível e adaptável. 3. O deus Proteu toma decisão de fugir dos mortais que o aborrecem. O profissional proteano deve saber a hora de decidir quando mudar de emprego ou redefinir a carreira, principalmente quando esses não o aproximam de seus objetivos de carreira e de vida. 4. O deus Proteu se transforma em animais perigosos para afastar os mortais inoportunos. O pro- fissional proteano deve usar suas habilidades e competências para atingir seus objetivos de carreira e de vida. PALAVRAS DO PROFESSOR Caro (a) aluno (a), voltaremos ao tema de carreira proteana nos próximos guias. O item empregabilidade será abordado no próximo guia de estudos. Não se esqueça de assistir ao vídeo recomendado, de ler os itens 2.1 e 2.2 (até o parágrafo que começa assim: o termo Carreira pode ser definido, sob o ponto de vista do indivíduo...) do livro, assistir a vídeoaula e de fazer as atividades propos- tas. Agora chegou o momento de colocar em prática seu aprendizado, acesse o AVA e responda as atividades e os fóruns avaliativos. Em caso de dúvidas, pergun- te ao seu tutor. Bom estudo! ??? GUIA DE ESTUDO UNIDADE II Gestão de Carreira 2 GUIA DE ESTUDO – II UNIDADE DISCIPLINA: GESTÃO DE CARREIRA PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá, estudante, como vão os estudos? Espero que esteja preparado para mais uma jornada de estudo da nossa disciplina. Conto com sua total atenção, pois seu comprometimento é a chave para seu sucesso! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA No guia passado, nós contextualizamos o atual cenário corporativo, no qual estão inseridos os profissionais; fizemos uma visão panorâmica do que aborda a disciplina gestão de carreiras; aprendemos o que é emprego formal e desemprego estrutural; entendemos como ocorreu a evolução do conceito de trabalho; analisamos a definição de emprego; estudamos como ocorreu a evolução do termo carreira; entendemos o conceito de carreira na abordagem tradicional (organizacional) e carreira na abordagem contemporânea ou carreira proteana. Caro (a), aluno (a), gostaria de lembrar a importância da leitura de seu livro-texto, caso queira fazer novas pesquisa, você tem à sua disposição a nossa biblioteca virtual. As- sista às nossas videoaulas, ao final da nossa II unidade, acesse o AVA e responda as atividades e os fóruns avaliativos. Em caso de duvidas, pergunte ao seu tutor. Vamos começar! PALAVRAS DO PROFESSOR Neste guia vamos iniciar fazendo um link com o guia anterior, através do resgate do novo e dinâmico cenário econômico, social e corporativo. Neste contexto atual, o tra- dicional contrato de carreira, baseado em promessas de remuneração, segurança e estabilidade, foi substituído por contratos de médio e até de curto prazo, com base em performance (desempenho), em comprometimento, necessidades cotidianas, e em expectativas de realização e desenvolvimento. Esta nova visão traz maior liberdade para o profissional e, ao mesmo tempo, mais complexidade ao con- texto de carreira. Observe que na visão tradicional o profissional tem menos autonomia na condução de sua carreira, o que pode ser percebido com tranquilidade e até com alivio por pessoas com um perfil menos empreendedor, mas que, ao mesmo tempo, pode levar desconforto para profissionais com o perfil mais empreendedor. Boa Leitura! 3 2.2. TRABALHO, EMPREGO, CARREIRA E EMPREGABILIDADE (CONTINUAÇÃO) Vamos concluir o item 2.2 abordando agora o que foi visto na unidade passada, a questão da emprega- bilidade. Como já foi mencionado anteriormente, o atual cenário corporativo exige profissionais muito bem preparados e conscientes de sua postura e do impacto de sua atuação dentro de sua comunidade organizacional. Você leu em seu livro texto que “carreira remete à ideia de empregabilidade, onde, uma das definições pode estar associada à capacidade de adequação do profissional às novas tendências do mercado. Tam- bém trata sobre a capacidade de o empregado / trabalhador possuir as capacidades e competências necessárias para se tornar o objeto de desejo das empresas”. Os avanços tecnológicos que vêm ocorrendo na sociedade contribuem para delimitar o foco de atenção a esse novo olhar voltado para a empregabilidade, até porque com a automação, advinda da globalização, o índice de desemprego aumentou, principalmente para as pessoas com poucas habilidades. A ênfase dada ao desenvolvimento de competências deixa de ser um Plus (algo a mais) para ser a base que diferencia o profissional do século XXI, que está conectado com as demandas organizacionais e tem consciência que, para satisfazer essas demandas, ele precisa ampliar seu leque de possibilidades, de habilidade e de competências. VOCÊ SABIA O termo empregabilidade surgiu na década de noventa, pela percepção de que os pro- fissionais precisavam adquirir novos conhecimentos que os habilitassem a acompa- nhar as mudanças no mercado de trabalho, portanto, é uma nomenclatura recente e remete a exigência do desenvolvimento de competências (detalharemos mais adiante as dimensões que constituem cada competência) e da capacidade de adequação do profissional ao mercado de trabalho. Em seu livro texto, você leu que em decorrência da globalização e do aumento do desemprego estrutural, profissionais devem procurar se adaptar às diferentes mudanças e transformações globais. Desta forma, a adequação vocacional, competência profissional, idoneidade, saúde física e mental, reserva financeira, fontes alternativas de renda e relacionamentos são as bases da empregabilidade, segundo Minarelli (1997). GUARDE ESSA IDEIA Observe que este conceito nos remete ao conceito de profissional proteano, resgatan- do as questões da flexibilidade e da adaptabilidade. Portanto, quanto mais flexível e adaptável for o profissional, maior será sua empregabilidade. Isso não quer dizerque o profissional não tenha identidade, ou seja, como se diz no popular “um vira casaca, um Maria vai com as outras”. ??? 4 EXEMPLO Não é neste sentido a abordagem da empregabilidade e sim na possibilidade de lidar com desafios e cenários diversos. Por exemplo, ter vivido a experiência de trabalhar em mais de uma empresa, ou em diversas funções na mesma organização; ou até ter tido a oportunidade de viver e trabalhar em países ou regiões diferentes. Tudo isso levará o profissional a desenvolver a habilidade de lidar com pessoas e cenários diferentes. Há vários conceitos de empregabilidade, a Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional – do Ministério do Trabalho (Brasil, 2000), define empregabilidade como sendo um “conjunto de conhecimen- tos, habilidades, comportamentos e relações que tornam o profissional necessário não apenas para uma, mas para toda e qualquer organização”. Analisando esse conceito, observamos que ele agrega, com clareza, a necessidade de demonstrar na prática comportamental os conhecimentos e habilidades. Outro ponto de destaque, nesse conceito, é a introdução do termo relações, pois a habilidade de manter relacionamentos saudáveis é cada vez mais importante para a manutenção do clima organizacional positivo. PARA RESUMIR Fazendo a ligação com seu livro texto, empregabilidade é “em outras palavras, a condição do funcionário de ser empregável, conseguida por meio de educação e treinamento contínuo, sintonizados com as novas necessidades do mercado de trabalho global. A empregabilidade traduz, essencialmente, os conteúdos valorizados pelas empresas. ” Ainda vale resgatar o trecho que afirma que “um profissional com empregabilidade tem as suas chances de atuação ampliadas pela grande atratividade que exerce em contratantes potenciais, devido à sua con- tribuição, ajusta-se às novas demandas empresariais. O profissional terá condições de estabelecer novos rumos, novas direções, enfim, novo sentido à sua vida e à sua carreira, ajustando-se aos novos tempos. O termo empregabilidade é amplo e merece destaque, uma vez que a segurança profissional não é origi- nada, somente, pela capacidade técnica do indivíduo para executar funções, mas de uma somatória de fatores profissionais, humanos e sociais”. Sendo assim, é importante refletir que, no cenário atual, com o mercado de trabalho muito competitivo, não existe estabilidade nos empregos, com raríssimas exceções, é essencial que o profissional se mante- nha empregável, ou seja, mantenha a empregabilidade em alta. E como fazer isso? O primeiro passo é a pessoa ter uma postura ética e se manter atualizada, seja fazendo cursos específicos e de línguas – que é sempre um diferencial, ou participando de congressos, seminários e palestras. 5 Do ponto de vista de Minarelli (1997), os pilares que dão suporte a empregabilidade são seis: a adequa- ção vocacional, a competência profissional, a idoneidade, a saúde física e mental, a reserva financeira e fontes alternativas e os relacionamentos. GUARDE ESSA IDEIA Ainda de acordo com esse autor, quando esses seis pilares estão unidos, articulados e coesos vão gerar segurança e empregabilidade ao profissional. Fique atento, caro (a), estudante, que não adianta ter ade- quação profissional, competência ou estar atualizado em sua profissão, se não tiver uma postura ética, se não possuir relacionamentos, se a saúde estiver fraca ou se não dispuser de reservas financeiras. Vamos conhecer alguns pontos de destaque dos seis pilares que sustentam a ideia de empregabilidade, segundo Minarelli. São eles: Adequação da profissão à vocação - fazer o que gosta é essencial para a automotivação e para a produtividade. Há um ditado que diz, quem faz o que gosta não precisa trabalhar, pois faz tudo com prazer. Competências – toda competência é constituída de três dimensões: conhecimento – é o saber; habilidade – é o saber fazer; e a atitude – é o querer fazer. Uma empresa deve ter profissionais com competências diversas e complementares, a fim de alcançar os resultados esperados. Esse é um grande desafio, conseguir profissionais com as competências adequadas para a organização e orquestrar essa diversidade de competências, pois é necessário haver sinergia entre as pessoas para alcançar resultados diferenciados. Sinergia significa cooperação, e é um termo de origem grega (synergía). Sinergia é quando dois objetos, ou até mesmo duas pessoas, agem da mesma forma para atingir um determinado objetivo. Fonte: LINK 6 Idoneidade – esse é um ponto essencial, pois para ser um bom profissional é preciso ser uma boa pessoa. Uma pessoa ética que tem valores morais, tende a ser um profissional que respeita os colegas e subordinados no ambiente corporativo. Atualmente as empresas não podem mais admitir comportamentos antiéticos, pois isso impacta diretamente na imagem da empresa e na produtividade. Além disso, ninguém consegue produzir em um ambiente que não seja saudável e harmônico. Resgatando do seu livro texto, é importante que os profissionais possuam “valores e parâmetros morais, éticos e responsabilidades sociais individuais, que devem estar de acordo com os valores, posturas, ati- tudes e políticas de cada empresa onde o profissional exerce suas atividades”. Fonte: LINK Saúde física e mental – há um provérbio latino, que foi retirado da Sátira X do poeta romano Juve- nal, que afirma: “mens sana in corpo sano”, isto é, “uma mente sã num corpo são ou saudável”. Todas as pessoas são seres biopsicossociais, ou seja, nós possuímos uma dimensão biológica – nosso corpo; psicológica – nossa mente e sentimentos; e social – nossa relação com o outro, pois ninguém vive só no mundo. Assim sendo, para produzir mais e melhor, precisamos cuidar de todas essas dimensões, fazendo exercícios físicos regularmente, tendo uma boa alimentação, cuidando da higiene física e oral, lendo, descansando e relaxando. “A saúde mental pode ser analisada a partir do cotidiano das pessoas, hábitos de leitura, costumes e como visualizam os diferentes relacionamentos”. Reserva financeira e fontes alternativas de aquisição de renda – cultuar o hábito de manter uma poupança, em qualquer tipo de investimento, é extremamente importante para o equilíbrio da vida pes- soal e profissional. Muitas vezes as pessoas são surpreendidas por uma despesa extra, ou se interessam em fazer determinado curso (que pode até ser fora do seu estado ou do seu país) ou ainda, tem vontade de 7 participar de algum processo de desenvolvimento individualizado e não têm nenhuma economia guardada nesse momento. Esse é um fator muito estressante, que pode até impactar na saúde do profissional. Por outro lado, “aquele (profissional) que visualiza um futuro mais promissor deve entender que deve ter fontes de recursos financeiros que possibilitem o investimento na carreira, pois a evolução profissional envolve cursos de especialização e de capacitação, além de outros modelos que podem promover a em- pregabilidade. Geralmente são considerados investimentos e, como tal, geram expectativas de retornos no médio e longo prazo”. Muitos profissionais ainda não se deram conta que a carreira deles é responsabilidade deles mesmos, e ficam eternamente esperando que a empresa proporcione, ou melhor, pague os treinamentos. De fato, alguns treinamentos são básicos e outros obrigatórios, no entanto, os processos de desenvolvi- mento, que são mais caros, as empresas, normalmente, só disponibilizam para os funcionários que estão atuando em cargos de liderança. E nada impede de um colaborador investir em seu desenvolvimento pessoal. Essa iniciativa é, inclusive, um fator muito bem avaliado no cenário corporativo. Relacionamentos, também chamado de networking – a palavra networking é de origem inglesa e é constituída pela união de duas palavras: “Net”, que significa “Rede”; e “Working”, que significa “Traba- lhando”. É através dos bons relacionamentos pessoais e profissionais que oportunidadesaparecem, mas não é fácil administrar sua rede de contatos com a vida corrida que as pessoas possuem. DICA É possível criar estratégias para manter o contato, por exemplo, marcar um happy hour mensal com um grupo ou um almoço bimestral com outro grupo de interesse. Outra coisa importante é fazer uma planilha para manter sua lista de contatos organizada e atualizada, não pegue os cartões de visita recebidos e jogue em qualquer lugar. Você pode guardá-los, mas antes, atualize os dados em sua planilha de contatos. Outra dica é dividir, na planilha, seus contatos por um critério, por exemplo, nível de intimidade – se é amigo ou conhecido; outra classificação possível é pessoas que estu- daram com você ou que trabalharam com você em determinada empresa. Use qualquer classificação, o importante é ter critérios para poder organizar. ASSISTA O VÍDEO Neste momento convidamos você a assistir ao vídeo: Empregabilidade o que é e como mantê-la. Que tem aproximadamente treze minutos. É necessário que você pare a leitu- ra e assista ao vídeo, pois essa é uma atividade obrigatória. Clique aqui para assistir. 8 Neste vídeo você vai ver o caso de um profissional que passou por um momento de transição de carreira e também assistirá a uma entrevista com Maíra Habimorad, vice- -presidente da DMRH e da Companhia de Talentos. Na entrevista, Maíra Habimorad afirma que o mercado de trabalho está ficando mais educado e dá dicas sobre empre- gabilidade. Ela ressalta, entre outras coisas, que o profissional: Deve se autoavaliar para saber se a bagagem e as experiências que ele tem são interessantes para o mercado; Deve entender a estratégia da empresa para saber como pode contribuir com ela; Deve perceber de que jeito está sendo visto pelo mercado; Não deve ficar pulando de emprego em emprego com menos de dois anos de trabalho, pois se isso ocorrer com frequência, ele não vai ter a oportunidade de fechar os ciclos e poderá ficar com a imagem comprometida. PALAVRAS DO PROFESSOR Espero que você tenha achado o vídeo interessante e tenha aprendido com as dicas de Maíra Habimorad. 2.3 - O PRIMEIRO EMPREGO O primeiro emprego é uma etapa importante na vida da pessoa que vem repleta de desafios e oportunida- des. Esse é um momento de significativas mudanças, pois ao ingressar no mercado de trabalho, a pessoa, normalmente, tem uma visão completamente diferente da vida, a começar pela valorização do dinheiro – que passa a ser fruto do seu próprio esforço. É nesta fase que o profissional – iniciante – enfrentará o desafio de aprender a conviver com os mais variados tipos de pessoas e de fazer tarefas que não são tão prazerosas quanto pareciam, isto é, ter uma atitude profissional. Por outro lado, é um período de grande crescimento e no qual, muitas vezes, são firmadas amizades que duram a vida toda. PALAVRAS DO PROFESSOR Prezado (a), aluno ,devemos compreender que quando uma pessoa passou, na vida acadêmica, pela expe- riência de fazer um estagio supervisionado, o choque de realidade, no primeiro emprego, tende a não ser tão forte, pois o estágio antecipa a convivência no ambiente corporativo. Isso faz com que o profissional, apesar de inexperiente, tenha menos dúvidas, pois já vivenciou, mesmo que por pouco tempo aquela 9 experiência. De acordo com seu livro texto o estágio supervisionado tem objetivos gerais bem fáceis de entender, vamos relembrar: • Integrar o processo de ensino-pesquisa-aprendizagem: A ideia desse item é ressaltar as vantagens de aplicar na prática empresarial as teorias aprendidas na vida acadêmica; • Contribuir para a formação de um profissional que detenha um conhecimento amplo, profundo e articulado da realidade organizacional. O fato de poder participar de forma integrada das atividades e ações que podem sustentar o processo decisório, bem como a liderança, dá um pouco de maturidade ao profissional iniciante; • Oferecer uma oportunidade para o estudante elaborar uma reflexão fundamentada na área de seu maior interesse pessoal, profissional e/ou acadêmico, por meio do exercício investigatório. A ideia aqui é fomentar a iniciativa de ir a busca de alternativas que possibilitem o alcance de resultados diferenciados; • Instrumentalizar o estudante para a atitude do “aprender a aprender”, de forma que, em etapas posteriores à sua graduação, o estudante sinta-se capaz de elaborar diagnósticos, planos de melhorias, programas de avaliações e interpretações compatíveis com a realidade organizacional. Ao chegar à vida profissional o estudante é obrigado a ampliar seu conceito de mundo e deixar de esperar que o professor diga o que está certo e o que está errado. Se ele não desenvolveu competência crítica, certamente terá muitas dificuldades de agir com autonomia quando lhe for dada a possibilidade de fazer diagnóstico e de decidir que ação é mais adequada naquele momento. Outra possibilidade de chegar ao primeiro emprego com alguma experiência é participando de um progra- ma de trainee. Mas afinal o que significa um programa de trainee? Um programa de trainee tem por objetivo captar, desenvolver, estimular e reter pessoas em início de car- reira profissional e que demonstrem ter alto potencial. Como o programa de trainee é um investimento da organização que dura em média de um a três anos, normalmente há poucas vagas e uma seleção rigorosa para ser aprovado e entrar em um programa de trainee. Os selecionados serão preparados para assumir posições estratégicas no futuro. Interessante destacar que os profissionais que participam de um programa de trainee geralmente recebem um bom salário, além de diversos benefícios e enquanto estão no programa são contratados pelo regime da CLT. Geralmente as organizações que promovem esse tipo de programa são multinacionais e outras grandes empresas, que estejam dispostas a investir tempo e dinheiro nos seus novos talentos. No Brasil, os pro- gramas de trainees mais conhecidos e concorridos são os da Gerdau, Unilever, Ambev, Procter e Gamble, entre outros. As organizações que possuem programas de trainee, normalmente possuem uma cultura de valorização de talentos, de inovação e de suporte ao desenvolvimento profissional, características que auxiliam na retenção de talentos. Muitos jovens que estão no último ano de faculdade ou terminaram a graduação recentemente (nor- malmente dois anos) se interessam em participar de programa de trainees pela oportunidade de obter 10 experiência, de ter a chance de desenvolver o perfil de liderança e de crescer profissionalmente, além dos benefícios da remuneração. 2.3.1. RECOMENDAÇÕES PARA A OBTENÇÃO DE UM BOM EMPREGO A obtenção de um bom emprego é fruto de uma junção de fatores, por exemplo, uma boa formação acadê- mica, o perfil profissional do candidato, a maturidade pessoal e profissional, bom senso de oportunidade, demonstrar comprometimento com educação continuada e até um pouco de sorte, entre outros itens. PALAVRAS DO PROFESSOR Por que falamos em sorte? Quando as oportunidades aparecem, só quem está preparado vai poder apro- veitar, mas em alguns casos o profissional está preparado, mas não está no lugar certo e na hora certa. Mas como ninguém pode controlar a sorte é preciso dar foco aos itens que podem ser trabalhados e desenvolvidos, como por exemplo, o seu currículo. Nesse trecho sobre currículo, usaremos como base um trabalho de, Lorena Bezerra (2012) que é mestre em Administração; Especialista em gestão de Pessoas; coordenadora do Núcleo de Empregabilidade da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco; possui duas certificações internacionais como Coach – o coaching é um processo de desenvolvimento humano – e vem trabalhando o tema de gestão de carreira, quer seja produzindo material escrito, ou na prática de coaching de carreira. Caro (a) estudante, o termo Curriculum Vitae vem do latim e literalmente quer dizer ‘resumo da vida’. Nos Estados Unidos é muito comum ouvir a denominação ‘résumé’, diferentedo Brasil e da Europa, onde se usa mais a palavra currículo. Esse documento é um passaporte para uma colocação no mercado de trabalho e é muito importante aprender a prepará-lo de forma que valorize suas qualidades acadêmicas, profissionais e os resultados obtidos ao trabalhar em outras organizações. O currículo é fruto de uma construção continua, pois ninguém elabora um currículo maravilhoso sem ter se esforçado antes, seja estudando ou adquirindo experiências de trabalho. É muito importante estar em constante desenvolvimento, por exemplo, participando de cursos, de congressos e, inclusive, fazer traba- lho voluntário, para poder obter um bom ‘recheio’, a fim de preencher o currículo. O trabalho voluntário é uma excelente oportunidade para o jovem que está em busca do primeiro emprego, demonstrar sua proatividade e seu interesse pela responsabilidade social. 11 DICA Muitas pessoas pensam que um currículo é um documento burocrático que simplesmente relata uma trajetória profissional e não é bem assim. Hoje em dia o mercado de trabalho é muito exigente e o modo como este documento é escrito é quase tão importante quanto o conteúdo do texto. Ele é o seu primeiro contato com a empresa que deseja trabalhar e será analisado e observado nos mínimos detalhes. A finalidade de um currículo é apresentar positiva e adequadamente um candidato a uma vaga, a fim de possibilitar a realização de uma entrevista no processo de seleção e, consequentemente, conseguir uma vaga no mercado de trabalho. Mesmo quem já está inserido no mercado de trabalho deve manter seu cur- rículo atualizado, pois esse documento pode ser solicitado para dar suporte a um processo de progressão de carreira (promoção), ou mesmo para apresentá-lo diante um convite para um novo emprego. Caro (a), estudante, entenda que não existe “receita de bolo” para elaborar um currículo e nem para conseguir um emprego. Mas alguns cuidados são fundamentais para fazer uma boa apresentação de si mesmo para a empresa que está avaliando você como um potencial colaborador. Independente do cargo a ser preenchido, o currículo deve evidenciar as habilidades, conquistas e experiências do candidato, a fim de distingui-lo de uma multidão de outros candidatos. Em seu livro-texto encontramos a seguinte afirmativa: um bom curriculum vitae serve como um ponto de partida para um relacionamento duradouro, se você tem pouca ou nenhuma experiência, deixe claro em seu currículo qual é o seu perfil; por exemplo, não adianta dizer que é uma pessoa proativa, se nada em seu perfil demonstra essa proatividade. E como você pode ser proativo se está começando a vida profissional? Destacando a sua participação de eventos como congressos, fóruns, palestras, etc. Caso você já tenha algumas experiências profissionais, ressalte que resultados você tem alcançado e agregado às organiza- ções em que trabalhou. Relembre as três recomendações básicas sobre currículos: Formação acadêmica - a formação acadêmica tende a ajudar o profissional a ter uma melhor visibilidade por parte da empresa. Informação e cultura – Informação e cultura estão intimamente relacionadas aos hábitos de lei- tura e a procura de informações. É importante que o candidato esteja atualizado em relação ao mercado onde a empresa atua. O curriculum vitae deve ser sucinto e completo – além de conter todas as informações neces- sárias e ressaltar o que o candidato conseguiu conquistar com seu trabalho nas experiências anteriores, os currículos devem ser elaborados de acordo com as características de cada empresa para onde será enviado. 12 DICA Ainda em relação à elaboração do currículo, esteja atento para evitar os seguintes erros: 1. Erros ortográficos não são perdoados; 2. Informações desatualizadas; 3. Colocar pretensão salarial sem ter sido solicitado; 4. Um resumo de qualificações muito extenso e “glorioso”. Seja claro e objetivo. 5. Não endereçar o documento (seja através do Correio ou e-mail). Coloque o nome da pessoa e, se possível, o cargo. É aconselhável, sempre que possível, fazer uma sucinta carta de apresentação. 6. Mentiras. Não vale a pena e também é um pecado raramente perdoado. No entanto, se você seguir todas as recomendações e mentir, ou se não possuir os conteúdos que o mercado demanda, outra pessoa poderá oferecer essas qualidades ao mercado. 2.4 – DIAGNÓSTICO PESSOAL PALAVRAS DO PROFESSOR Neste item, caro estudante, vamos começar a refletir sobre a importância do planeja- mento de uma carreira. Além de ter clareza das metas e dos objetivos a serem alcan- çados, é essencial identificar o cenário em que se está inserido. Dentro desse contexto é necessário entender o que o mercado necessita, assim como o que o profissional tem a oferecer. O diagnóstico começa com a autoavaliação e a identificação dos pontos fortes e dos pontos fracos – que precisam ser desenvolvidos. No entanto, como nossa percepção sobre nós mesmos é parcial, precisamos do feedback de outras pessoas para nos co- nhecer melhor. Um excelente caminho nesse processo é contratar um profissional experiente – um coach de carreira – que saiba usar ferramentas adequadas para garantir que haja me- nor influência dos ‘achismos’ da percepção e que o eu real seja identificado. No seu livro-texto há uma adaptação da matriz SWOT – uma ferramenta de análise de cenários – que você pode fazer como exercício de autopercepção. 13 2.4.1 PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI) E PORTFÓLIO PALAVRAS DO PROFESSOR Neste item você encontra a diferença entre PDI – plano de desenvolvimento individual e portfólio. Se por um lado o plano de desenvolvimento individual estrutura objetivos, metas, competências existentes e a desenvolver dentro de um espaço de tempo; por outro lado o portfólio seria composto pelas comprovações das competências adquiri- das. É importante ressaltar que há uma diferença entre ter os certificados e conseguir colocar as competências na pratica para serem mensuradas. ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL Caro (a), aluno (a), chegamos ao final da nossa II unidade, acesse o ambiente e respon- da as atividades e os fóruns avaliativos. Surgindo dúvidas, pergunte ao seu tutor. Espero que estejam gostando. Nos veremos em breve, até lá! UNIDADE III GUIA DE ESTUDO Gestão de Carreiras 1 PALAVRAS DO PROFESSOR Caro (a) estudante, no guia passado nós estudamos vários temas ligados a gestão de carreira, tais como, o conceito de empregabilidade e como você pode aumentar a sua empregabilidade; os desafios do pri- meiro emprego e as dicas para ter um currículo desejável para o mercado, e terminamos entendendo a importância de fazer um diagnóstico do cenário e do autoconhecimento para a elaboração do plano de desenvolvimento individual e da estruturação do portfólio. ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Neste guia, vamos começar resgatando a necessidade de consolidar as competências demandadas pelo mercado, tanto para ter um bom currículo como para poder construir um plano de carreira pessoal e pro- fissional. Lembre-se de assistir as vídeoaulas e ao final da nossa Unidade III, acesse o ambiente e responda as atividades e os fóruns avaliativos. Preparado (a)? Acredito que sim! AS COMPETÊNCIAS HUMANAS NECESSÁRIAS PALAVRAS DO PROFESSOR Neste item há alguns conceitos de competências, inclusive o de Bittencourt (2001), que nós já havíamos usado: “resume a competência em três dimensões: saber, saber fazer e saber”. Ainda neste item, existe a categorização das competências entre competências gerais e específicas. As competências gerais elencadas são: pessoais e educacionais, interpessoais, organizacionais, cog- nitivas e profissionais. Observe que as competências específicas estão ligadas a comportamentos que evidenciem as competências gerais. Por exemplo: a pessoa que quiser desenvolver as competências interpessoais deve: valorizar o desenvolvimento de pessoas, a começar pelo seu próprio. Desenvolver bons ou adequados relacionamentos e estar atentocomo ocorre a comunicação interpessoal. Deve ter humildade para trabalhar em equipe. Deve respeitar as diferenças para transitar bem, em con- textos nos quais a diversidade está inserida. 2 O Plano de Carreira Individual Depois de conseguir o primeiro emprego e de ter tomado consciência de que as competências técnicas adquiridas em sua vida acadêmica são importantes, mas não o diferenciam dos outros que também se formaram no mesmo curso, chega o momento de ampliar o leque para trabalhar as competências indivi- duais relacionais. Isto é, aquilo que você pode oferecer ao mercado além do básico de saber fazer aquilo que você foi ‘formado’ para fazer. Neste momento, vale a pena resgatar a atividade feita no diagnóstico pessoal, trabalhado no guia ante- rior, você deve ter feito uma reflexão antes de preencher a matriz SWOT adaptada à gestão de carreira. Caso não tenha feito, pare um pouco e volte nesse item. Antes de elencar seus pontos fortes e pontos fracos nas três dimensões: pessoal, profissional e financeira, reflita sobre os feedbacks que você tem recebido. Antes de enumerar as oportunidades e ameaças (nas três dimensões: pessoal, profissional e financeira) pense no cenário em que você está inserido. Observe que só o fato de estar fazendo um curso de pós-graduação no modelo de ensino a distância, pode revelar aspectos de seu perfil como determinação ou inovação. Perceba que só é possível identificar essas características contextualizando um cenário mais amplo. Fazer o curso é só um exemplo, mas se além de fazer o curso você tem em sua vida, pessoal e / ou profis- sional, outros exemplos – foi empreendedor ao colocar um pequeno negócio; saiu de casa para morar em outro estado que tinha o curso que queria fazer ou mais oportunidades de emprego, etc. – será possível identificar, de forma consistente, algumas características. O plano de carreira individual deve ser idealizado de forma integrada As empresas estão inseridas em um universo maior, composto por diversos cenários: econômico, social, cultural/regional, demográfico, tecnológico, tributário e, fazendo parte desse sistema interligado, rece- bem diversas influências, tais como: econômicas, tecnológicas, sociais, políticas e institucionais. Dentro desse cenário macro existe o ambiente operacional da organização, composto por outros compo- nentes: mercado de trabalho, ambiente de negócios, concorrentes, fornecedores, mídia, clientes, fornece- dores, sindicatos, comunidade local, agências e administradores governamentais. GUARDE ESSA IDEIA O plano de carreira deve ser construído levando em consideração que todas as dimensões citadas acima, vão constituir valores, oportunidades e desafios. O profissional precisa fazer um planejamento bem estru- turado para poder consolidar sua carreira. 3 DICA Para quem está atento, há sempre espaço para o aprendizado, que vai além das teorias e possíveis práti- cas assimiladas na vida acadêmica, mas principalmente das contribuições da vivência e das interações no ambiente corporativo. Lembre-se da dica do seu livro-texto: “procure aproveitar as oportunidades de estar trabalhando em uma empresa. A empresa pode lhe fornecer a experiência necessária, mas você deve potencializar seus conteúdos. Uma das formas é a de formular um plano de desenvolvimento pessoal”. PLANEJAMENTOS DA CARREIRA PROFISSIONAL E PESSOAL Nós vivemos em um sistema composto por diversas dimensões e interagimos de forma diferente a cada uma delas de acordo com o papel que desempenhamos. O papel pode ser de pai, de filho, de profissional, de gestor, de subordinado, de colega, de marido, de participante da comunidade e / ou de uma determi- nada religião, etc., em função disso, não tem como dissociar o planejamento de carreira profissional do âmbito pessoal. A falta de alinhamento entre vida profissional e vida pessoal, pode gerar uma má qualidade de vida e pode, inclusive, impactar negativamente no desenvolvimento da sua carreira profissional. Outras coisas que podem diminuir o ritmo de crescimento da carreira profissional são mencionadas no seu livro-texto: • A falta de percepção clara das reais potencialidades do profissional – para ajudar nesse aspecto a dica é participar de um processo de desenvolvimento para melhorar o autoconhecimento; • Os investimentos não são aqueles necessários para que o indivíduo tenha o crescimento espera- do. Caro estudante, não pense de imediato não tenho dinheiro para investir. A palavra investimento aqui tem um sentido muito mais amplo, até porque dinheiro não é o único investimento possível e necessário. Você precisa investir sua energia, seu tempo, seu esforço. Precisa investir em relaciona- mentos saudáveis, construtivos e duradouros, para criar sua rede de relacionamentos, etc. • Por vezes, faltam recursos suficientes para promover as mudanças e transformações necessárias. Isso ocorre quando a situação é de ‘fogo de palha’, isto é, falta determinação, persistência para ir adiante ou o planejamento não foi adequado para consolidar a gestão de sua carreira. Não se descarta a ideia que imprevistos podem acontecer, por isso, mesmo que todo planejamento precisa ser flexível. • Falta de interesses e de dar prioridade à carreira profissional. Talvez o item mais grave seja esse. Quando falamos em priorizar, não significa que você deve deixar de viver para só trabalhar, mas em alguns momentos da vida, principalmente no início da carreira, dar foco ao seu desenvolvimento é essencial. O mercado não admite mais aquele perfil antigo de profissional acomodado que só fazia um treinamento “se a empresa pagasse”. Como vimos no primeiro guia de estudos, o profissional protea- no vai assumir as rédeas de sua carreira. 4 PALAVRAS DO PROFESSOR Vamos aproveitar para falar um pouco mais do profissional com perfil proteano. O conceito proteano abrange toda experiência individual de carreira, apresentando um caráter sistêmico e holístico, isto é, conseguir olhar o cenário todo e a relação existente entre as partes; integrador de todas as dimensões e papéis do indivíduo à medida que estabelece como objetivo final o sucesso. Precisamos ressaltar que na concepção de carreira proteana, o critério de sucesso é interno, também denominado sucesso psicológico, ou seja, o sucesso é baseado em critérios pessoais e não externo. Joel de Souza Dutra, em seu livro Gestão de Carreiras na Empresa Contemporânea (2010), elenca algumas das principais características da carreira proteana: Mudanças frequentes - enquanto a maioria das pessoas são bastantes resistente a mudanças, o profis- sional proteano é mais resiliente e, ele mesmo busca mudanças para evitar a acomodação. Autoinvenção - o profissional proteano tem a capacidade de se reinventar. Autonomia - o profissional proteano ‘anda com suas próprias pernas’, não fica esperando a empresa investir nele, vai atrás do seu desenvolvimento pessoal e profissional. Autodireção - o profissional proteano faz constante avaliação do cenário para ter clareza em que direção deve seguir. Habilidade para aprender - aprender a aprender é uma competência essencial a era do conhecimento, na qual há mais informações do que o ser humano é capaz de registrar. Habilidade para direcionar a carreira e a vida - o profissional proteano busca equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, pois ele sabe que, estando bem, poderá produzir mais e melhor. Habilidade para construir relações - o profissional proteano cuida com atenção de sua rede de rela- cionamentos (networking) e busca consolidar as relações interpessoais. Qual é a sua missão e visão pessoal? Qual é o seu valor? ASSISTA O VÍDEO Antes de começar esse item, convidamos você a assistir ao vídeo Autoconhecimento, do canal aberto do médico, psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor Flavio Gikovate, que tem menos de oito minutos. É necessário que você pare a leitura e assis- ta ao vídeo, pois essa é uma atividade obrigatória. Clique aqui para assistir. 5Neste vídeo, Flavio Gikovate explica que o autoconhecimento faz parte do processo de mudança e que devemos prestar atenção nas nossas ações e nas nossas reações. Por exemplo, o que desperta em nós raiva, inveja ou implicância e em que circunstância nos sentimos mais felizes. As reflexões propostas pelo vídeo vão dar suporte a sua elaboração de missão pessoal. É muito comum encontrar no hall de entrada das empresas um quadro afixado na parede com a missão da empresa. Peter Drucker afirma que “uma empresa não se define pelo seu nome, pelo seu estatuto ou produto que faz; ela se define pela sua missão. Somente uma definição clara da missão é a razão de existir da organi- zação e torna possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa”. A missão de uma empresa deveria ser compartilhada por todos os funcionários, mas nem sempre isso acontece. Infelizmente é muito frequente encontrarmos vários funcionários que não sabe qual é a missão da empresa em que trabalham. PARA RESUMIR Podemos dizer que a missão é o que a empresa é (o que ela representa para a comunidade, os serviços e produtos que oferece); a visão é o que a empresa quer ser no futuro e os valores são as qualidades que as pessoas devem possuir para fazer parte do quadro de funcionários daquela empresa. Através da leitura atenta da missão de algumas empresas, você poderá observar a importância da elabo- ração de uma missão muito clara: Missão da Fiat - Desenvolver, produzir e comercializar carros e serviços que as pessoas prefiram comprar e que tenham orgulho de possuir, garantindo a criação de valor e a sustentabilidade do negócio. Missão da Tam - Ser a companhia aérea preferida das pessoas, com alegria, criatividade, respeito e responsabilidade. Missão da Walt Disney - Fazer as Pessoas Felizes. PALAVRAS DO PROFESSOR Agora imagine que você é uma empresa – de fato você é, cada um de nós devemos gerenciar nossas carreiras com esse foco -, qual é sua missão? As pessoas identificam com clareza a sua missão? Quando a pessoa se conhece bem, fica mais fácil fazer sua declaração de missão. Para ajudar na elaboração de sua missão, você pode resgatar o resultado da matriz SWOT em relação a dimensão interna-os pontos fortes e os pontos fracos - que você elencou no diagnóstico pessoal no capí- tulo dois e que podem conduzir a descoberta de aptidões ainda não identificadas ou percebidas. 6 VOCÊ SABIA? Vocação, vem do latim vocatione, significa ato de chamar, escolha, chamamento, predestinação, tendên- cia, disposição, talento, aptidão. Em outras palavras, ter vocação para alguma coisa é fazer aquilo com menor esforço que outras pessoas que não possuem a mesma vocação, aptidão ou talento. Nesse contexto é importante identificar qual sua verdadeira vocação e se preparar para aproveitar as oportunidades quando elas aparecem ou quando você a cria. Vale ressaltar que na matriz SWOT enquanto as forças e fraquezas se referem à dimensão interna, que podem ser qualidades, limitações ou características de personalidade; as oportunidades e as ameaças se referem à dimensão externa constituída por questões do cenário. Para aproveitar as oportunidades, os profissionais devem estar preparados, devem ter as condições ne- cessárias, seja de formação (acadêmica, cursos técnicos, cursos de especialização) e de desenvolvimento de competências que possam ser identificadas na prática. Esse bom preparo também será essencial para identificar as ameaças e saber lidar com elas, seja con- tornando para que elas não impactem negativamente sua carreira, ou seja, transformando as ameaças em oportunidades. Lembre-se que, é nos momentos de crise que, normalmente, as ideias mais criativas surgem. Para terminar esse item, vamos destacar um pensamento interessante que destaca que “o desenvol- vimento de carreira então é resultado de consequências de decisões e opções individuais que trazem consequências e impactos e que influenciam no desenvolvimento de carreira individual. As decisões as- sertivas conduzem a um processo de crescimento contínuo, onde a cada posição conquistada, mais sólida se torna a carreira”. Como está o meu CHA? Ao serem contratados, os profissionais passam para as organizações a expectativa de entrega de re- sultados. Isso realmente acontecerá se as competências pessoais e profissionais forem colocadas em prática. Normalmente, usa a palavra CHA, acróstico formado pelas três primeiras letras dos atributos de uma competência – Conhecimento, Habilidade e Atitude para lembrar os elementos que compõem uma competência. Fonte: http://sereduc.com/LymXqJ ??? 7 O conhecimento está ligado ao saber - Normalmente adquirido a partir da análise crítica a partir dos estudos, nas faculdades, nos cursos e treinamentos. Resgatando do seu livro-texto: conhecimento “é a capacidade do indivíduo em entender o conceito e compreender como deve ser aplicado em diferentes situações. Não é somente pela formação acadêmica que se obtêm conhecimento, é também pelas expe- riências vividas e na capacidade de interpretação e análise de fatos e dados”. Conhecimento é um elemento importante e considerado nivelador, pois ao final de um curso, pressupõe- -se que todos os alunos possuam o mesmo conhecimento. Por exemplo, quando há uma vaga para técnico de segurança do trabalho ou para auxiliar de enfermagem e solicita-se que os candidatos tenham conclu- ído o curso técnico, parte-se do princípio que todos que terminaram o curso, possuem a mesma base de conhecimento. A habilidade é o saber fazer - É um atributo relacionado à experiência e a facilidade que as pessoas possuem de fazer alguma coisa. A habilidade pode ser adquirida pela repetição. Resgatando do seu livro- -texto: habilidade “é a capacidade do indivíduo em entender como se relacionam as partes de um todo. Pessoas podem ter habilidades manuais, que a possibilitam criar instrumentos musicais; pessoas devem conhecer como funciona a área de produção de uma empresa, para compreender como esta se relaciona com as outras áreas, como marketing e finanças, por exemplo”. A atitude é o querer fazer - Esse atributo é o mais complexo, pois passa pela vontade, pelo desejo da pessoa. Um profissional poder saber (ter o conhecimento), saber fazer (ter a habilidade), mas não ter a atitude de fazer, isto é, não fazer o que precisa ser feito, simplesmente porque não quer. Portanto, atitude tem a ver com o posicionamento que o profissional adota diante das situações de sua vida corporativa. PALAVRAS DO PROFESSOR Caro (a) aluno (a), quando as pessoas trabalham esses três elementos - CHA - de forma colaborativa (si- nérgica) e traduzem essa combinação positiva em ações, comportamentos e resultados, elas demonstram que possuem determinadas competências e isso, certamente, impacta no desempenho profissional. Todos os seres humanos possuem diversas competências relacionadas a diferentes áreas de atuação. Para estar adequadamente inserido no cenário corporativo, o profissional precisa desempenhar determi- nadas competências relacionadas ao contexto de trabalho. Neste cenário corporativo, algumas compe- tências ganham destaque, por exemplo: manter um bom relacionamento interpessoal; saber se comunicar adequadamente; ter foco e conseguir determinar objetivos e metas, etc. GUARDE ESSA IDEIA “Foco é importante no sentido de obter os resultados no curto prazo. Consiste em estabelecer, a partir das habilidades e competências, onde o profissional deverá concentrar os seus recursos e principalmente esforços, atenção e energia que movimentarão sua carreira. Essa concentração evitará a dispersão de recursos e esforços em outras atividades sem relação ao objeto principal”. Neste contexto é importante 8 traçar objetivos e metas que sejam viáveis, isto é, que possam ser alcançados dentro do cronograma es- tipulado e com os recursos que se dispõe. A clareza na elaboração das metas vai impactar positivamente na mobilização para iniciar as ações em caminho da execução das metas.DICA Lembre-se de que “a partir do foco e movimento, o atingimento das metas e dos objetivos deve propiciar o crescimento natural da cadeia de eventos, tornando-a de forma que, a cada passo, seja construído o futuro idealizado. Metas e objetivos devem ser formulados de forma a se integrarem e serem sequenciais, focando em uma etapa de cada vez”. É necessário, também, ter clareza de como serão mensuradas a obtenção das metas, pois algumas metas podem não ser tão fáceis de mensurar. Por exemplo, se uma pessoa coloca como meta o reconhecimento profissional, precisará colocar critérios claros de mensuração, por exemplo: ser promovido; receber elo- gios dos colegas de trabalho ou do gestor imediato, etc. Você é um profissional realizador? Algumas características e competências são consideradas essenciais para todos os profissionais, porque são quase sempre demandadas pelas organizações, sejam elas pequenas ou grandes; sejam empresas familiares ou multinacionais. Dentre essas competências, destacam-se a capacidade de entregar resulta- dos, a comunicação e a assertividade. Culturalmente, sabemos que os brasileiros tendem a deixar tudo para a última hora. Isso não quer dizer que eu e você sejamos assim, provavelmente, fazemos parte do pequeno grupo de exceção, mas, certa- mente, conhecemos algumas pessoas que já perderam prazos - por exemplo, a entrega do imposto de renda - por deixarem para o último dia e sofreram consequências desagradáveis em relação a isso. Esse hábito de postergar, adiar ou procrastinar coisas que precisam ser feitas, se acentua quando a necessidade é de fazer alguma coisa que não gostamos. Algumas pessoas têm medo de ir ao dentista – principalmente em função da broca e da anestesia - e só procuram uma clínica odontológica quando estão com dor de dente. Isso não é saudável nem na vida pessoal, nem na vida profissional, pois, geralmente causa um excesso de estresse desnecessário que poderia ter sido evitado, se as ações tivessem sido realizadas com antecedência. Na questão profissional, isso pode, inclusive, delinear o perfil de um funcionário sem comprometimento com os prazos e com a realização das suas funções. Observe que a aproximação de um deadline, de um prazo limítrofe causa, normalmente, uma forte preocupação, que pode impactar na qualidade de vida, causando insônia, ansiedade, angústia, etc. Portanto, os profissionais que tomam decisões que favorecem colocar em prática o que precisa ser feito, tendem a realizar maiores e melhores entregas de resultado à organização. Essa postura proativa também é chamada de realização. 9 COMUNICAÇÃO E NEGOCIAÇÃO PALAVRAS DO PROFESSOR Em toda minha vida profissional, seja como executive coach ou como consultora, nunca encontrei uma empresa na qual não houvesse algum problema de comunicação. Isso me faz lembrar uma frase do drama- turgo, romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês George Bernard Shaw: “o maior problema com a comunicação é a ilusão de que ela foi alcançada”. Essa é uma grande verdade, pois, na maioria das vezes, as pessoas falam ou escrevem uma mensagem e acreditam que a mensagem foi decodificada com êxito. Como o objetivo de estar claro para o emissor, ele parte do pressuposto que está claro para o receptor, e isso nem sempre acontece. A comunicação é considerada um elemento estratégico, porque todos os setores organizacionais depen- dem diretamente ou indiretamente dela. Mesmo para quem trabalha de forma autônoma e independente precisa se comunicar com o cliente – seja cliente externo ou cliente interno. Os processos de comunicação e de negociação são complementares e acontecem a partir da interação de uma ou mais pessoas. Resgatando do seu livro-texto: “comunicação e capacidade de negociação são competências diferentes, mas que se completam no sentido de contribuir para o crescimento profissional. Um dos objetivos da comunicação é facilitar o processo de socialização. Facilita a forma de troca de infor- mações, construindo os conteúdos individuais que moldarão seus comportamentos futuros”. GUARDE ESSA IDEIA Para que a comunicação ocorra de forma adequada, deve-se evitar que os ruídos interfiram na efetivação do processo. Ruído é toda a forma de interferência na transmissão de uma mensagem. Os ruídos podem ser físicos, fisiológicos, psicológicos ou semânticos. Alguns exemplos de ruídos: Físico: barulhos que atrapalham o receptor de ouvir a mensagem: rádio em volume alto. Fisiológico: dores devido a alguma doença no emissor ou no receptor. Psicológico: quando o receptor não consegue se concentrar na mensagem. Semântico: quando o significado das palavras não consegue ser decodificado pelo receptor, isso aconte- ce quando se usa uma linguagem muito técnica para um público leigo. 10 Elementos essências para a comunicação Comunicação é realmente uma questão muito complexa, porque há uma grande quantidade de variáveis. Os elementos básicos constitutivos do processo de comunicação como emissor, receptor e mensagem, estão inseridos em um contexto que recebe impactos ambientais e culturais na interpretação. Importante ressaltar que os meios e os veículos da comunicação devem ser escolhidos de forma adequa- da, para que o público que é foco da mensagem, possa receber a mensagem com clareza. Resgatando do seu livro-texto: “a mensagem não se restringe somente aos conteúdos escritos e falados, mas também na forma como as pessoas expressam fisicamente suas argumentações, de forma a tornarem mais fortes as argumentações a partir de um propósito definido”. Recomendações para uma boa comunicação Os ruídos de comunicação podem acontecer tanto no relacionamento pessoal como no profissional e podem prejudicar a ambos, é importante tentar confirmar se o processo de comunicação ocorreu adequa- damente através do feedback. Os ruídos no ambiente corporativo podem impactar negativamente a eficácia dos resultados. Isso pode acontecer de várias formas, por exemplo, através da falta de comprometimento da equipe que não en- tende o os objetivos organizacionais; ou através da insatisfação dos funcionários com suas carreiras profissionais; ou ainda pela falta de ação pela não compreensão da mensagem. DICA Algumas recomendações para facilitar a boa comunicação: seja autêntico; melhore o seu vocabulário; faça-se entender; esteja presente; preste atenção à linguagem não verbal; administre o seu tempo; tenha cuidado com a comunicação intercultural. Sobre as recomendações: ao ser autêntico, fale de forma simples e esteja atento para não ser in- conveniente. A melhor maneira de melhorar o vocabulário é ler muito e usar as palavras novas de forma adequada e frequente para se apropriar delas. A leitura de vários temas favorece a consistência da argu- mentação e a saúde física e mental. Sobre fazer-se entender: leve em consideração que, dependendo do contexto, do veículo, ou do meio em que estão sendo veiculadas, as palavras podem ganhar sentidos e significados diferentes, portanto, é necessário ter muita atenção a isso e buscar feedback constante para saber se a decodificação da men- sagem ocorreu de forma adequada. Estar presente no processo de comunicação é essencial, pois além de ser condição para manter o foco, mostrará que você consegue dar atenção às pessoas, mesmo e, principalmente, quando não está preci- sando delas. Isso fortalece sua rede de relacionamentos. 11 Linguagem verbal: todo mundo diz que o corpo fala, mas na verdade o corpo grita. Ele fala muito mais alto que as palavras emitidas pela boca. Imagine um palestrante recostado na parede do palco, de mãos e pernas cruzadas, com ar de desleixo e /ou impaciência, começando uma palestra e dizendo que está muito feliz de estar ali. Alguém vai acreditar nele? Estudos mostram que se aprende, apenas 20% é da mensagem verbal, o resto é não verbal. O´Connor e Seymour, no livro: Introdução à programação neolinguística: como entender e influenciar pessoas, publi- cado em 1995, “as palavras são o
Compartilhar