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M.A.P.A. – MATERIAL DE AVALIAÇÃO PRÁTICA DE APRENDIZAGEM TEORIA DAS ESTRUTURAS I – MÓDULO 51/2022 ACADÊMICO: R.A.: CURSO: Engenharia Civil. DISCIPLINA: Teoria das Estruturas I. VALOR DA ATIVIDADE: 3,5 pontos. PRAZO: CURSOS HÍBRIDOS | ENGENHARIA CIVIL A engenharia civil é uma profissão que se divide em muitas áreas especificas, e entre elas, as estruturas, um dos setores fundamentais para as edificações, considerando que sem as estruturas, não existe construção. Baseado no texto acima, analise a estrutura dada a seguir e calcule os diagramas de cortante, normal e momento fletor, detalhando o passo a passo dos cálculos e indicando as respectivas equações e intervalos de x. RESOLUÇÃO: Análise preliminar: Antes de se iniciar os cálculos, primeiro se deve fazer uma análise preliminar da estrutura (figura 1). A DC B Figura 1 – Viga Gerber com uma rótula. Fonte: a autora. A figura 1 apresenta a estrutura a ser analisada. Ela pode ser dividida em duas partes: trecho AB e trecho BD. O trecho AB se pôde observar que há um apoio de segundo gênero (ponto A), restringindo o movimento em duas direções. Já o ponto B (rótula) conta com o apoio do ponto A, transmitindo apenas forças verticais e horizontais para o ponto C. A figura 2 apresenta a força distribuída na viga. 10KN A B C D 3 m 3 m 4 m Figura 2 – Carregamento da viga. Fonte: Unicesumar, atividade 1, Engenharia Civil. Podemos melhor visualizar os carregamentos sobre esta viga, por intermédio da figura 3. A D C B P1 P6P2 P3 P4 P5 P1 P2 P3 P4 P5 P2P1 P3 P4 P5 P6 P6 Figura 3 – Carregamento da viga Gerber com cargas concentradas. Fonte: Adaptado de SOUZA (2022). O ponto B pode ser considerado um apoio virtual, possuindo duas reações virtuais, que irão representar a transmissão de esforços até a parte estável, apresentadas na figura 4. P3 P4 P5 P6 Hvb Rvb Rc Rc Hd P2P1 Ra Rvb Hvb Figura 3 – Reações no vínculo viga Gerber. Fonte: Adaptado de SOUZA (2022). As reações Ra, Rc, Rd e Hd, são consideradas reações reais e, Rvb e Hvb são consideradas reações virtuais que possuem a mesma intensidade, direção e sentidos opostos, significando que a soma dos esforços no ponto é igual a zero. O que é considerado um ponto de apoio para a parte da estrutura (AB) é transmitida e se torna um ponto de aplicação de carga a outra parte da estrutura (BCD), a parte estável. Para que seja iniciado os cálculos, se deve identificar a estaticidade das estruturas, utilizando a seguinte equação: 𝐺ℎ = 1 ∙ 𝐶1 + 2 ∙ 𝐶2 + 𝐶3 − 3 ∙ 𝑚 Onde: Gh: grau de estaticidade C1: apoios de 1º gênero C2: apoios de 2º gênero C3: apoios de 3º gênero m: número de barras da estrutura Após a realização desse cálculo, se deve comparar com a seguinte classificação: 𝐺ℎ < 0: 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 𝐺ℎ = 0: 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑖𝑠𝑜𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 𝐺ℎ > 0: 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 A figura 4 apresenta o esquema de viga Gerber com uma rótula. A B C D Figura 4 – Esquema de uma viga Gerber com uma rótula. Fonte: Adaptado de Unicesumar (2022). No caso em questão (figura 4), a estrutura é isostática pois há dois apoios do 1º gênero (C e D), um apoio do 2° gênero (A) e o vínculo Gerber (B) que pode ser considerado um vínculo de 2° gênero por possuir duas reações de apoio, uma vertical e outra horizontal e, não apresenta apoios de 3º gênero. A estrutura é dividida em duas barras (AB e BCD). Com relação ao cálculo foi encontrado: 𝐺ℎ = 1 ∙ 2 + 2 ∙ 2 + 3. 0 − 3 ∙ 2 𝐺ℎ = 0 Segue os cálculos realizados: 1. Verificação do grau de hiperestaticidade da estrutura: Gh=0 – estrutura isostática. 2. Desmembramento das vigas e identificação das reações de apoio (figura 5): A B B C D 10KN Hvb Rvb Hd Rvb Hvb Ra Rc Rc Figura 5 – Reações de apoio. Fonte: A autora. 3. Resolução das vigas: Determinação das reações de apoio virtuais por meio das equações de equilíbrio. ∑ 𝑀 = 0; ∑ 𝐹𝑉 = 0 ; ∑ 𝐹𝐻 = 0 A figura 6 apresenta o trecho AB da viga e suas reações, note que em B, a reação é virtual e se torna um ponto de aplicação de carga concentrada para o trecho BCD. A B Rvb Hvb Ra Hva Figura 6 – Reações da barra do trecho AB. Fonte: A autora. ∑ 𝐹𝐻 = 0 → 𝑯𝑨 = 𝟎 ∑ 𝑀 𝐴 = 0 → 10 ∙ 3 ∙ 3 2 − 𝑉𝐵 ∙ 3 = 0 −3𝑉𝐵 = −45 𝑉𝐵 = −45 −3 𝑽𝑩 = 𝟏𝟓𝑲𝑵 ∑ 𝐹𝑉 = 0 → 𝑉𝐴 + 𝑉𝐵 − 10 ∙ 3 = 0 𝑉𝐴 = 30 − 15 𝑽𝑨 = 𝟏𝟓𝑲𝑵 A figura 7 apresenta as reações calculada no trecho AB. HA A B 15 KN Hvb 15 KN 10 KN Figura 7 – Reações de apoio da barra do trecho AB. Fonte: A autora. A figura 8 apresenta as reações do trecho BCD da viga. B C D 10KN Hvb Rvb Hd Rc Rc 3 m 4 m Figura 8 – Reações da barra do segundo trecho. Fonte: A autora. ∑ 𝐹𝐻 = 𝑂 → 𝑯𝑩 = 𝑯𝑫 ∑ 𝑀𝐵 = 0 → −10 ∙ 7 ∙ 7 2 + 𝑉𝐶 ∙ 4 − 15 ∙ 7 = 0 −245 + 4 ∙ 𝑉𝐶 − 105 = 0 4𝑉𝐶 = 350 4 𝑽𝑪 = 𝟖𝟕, 𝟓𝑲𝑵 ∑ 𝐹𝑉 = 0 → 𝑉𝐷 + 𝑉𝐶 − 𝐹𝑋 − 𝑉𝐵 = 0 𝑉𝐷 + 𝑉𝐶 − 10 ∙ 7 − 15 = 0 𝑉𝐷 + 𝑉𝐶 − 85 = 0 𝑉𝐷 = 85 − 𝑉𝐶 𝑉𝐷 = 85 − 87,5 𝑽𝑫 = −𝟐, 𝟓𝑲𝑵 Valores encontrados: VA= 15 KN VB= 15 KN VC= 87,5 KN VD= -2,5 KN Deste modo, a figura 9 apresenta as cargas calculadas. 10KN A B C D 3 m 3 m 4 m 15 KN 15 KN 87,5 KN 2,5 KN 15 KN Figura 9 – Reações de apoio calculado. Fonte: A autora. 4. Determinação dos Esforços Internos: a. Determinação das seções de carregamento: As seções de carregamento ficaram assim estabelecida (figura 10): 10KN A B C D 3 m 3 m 4 m 15 KN 15 KN 87,5 KN 2,5 KN 15 KN S1 S2 S3 Figura 10 – Apresentação das seções escolhidas. Fonte: A autora. A estrutura analisada possui três seções distintas para avaliação dos esforços. Seção AB – S1 (FIGURA 11) 0 ≤ 𝑋 ≤ 3 A X 15 KN S1 10KN X/2 MS1 +HS1 VS1 Figura 11 – Métodos das seções – S1. Fonte: A autora. ∑ 𝐹𝐻𝑆1 = 0 → 𝐻𝑆1 = 0 ∑ 𝑀𝑆1 = 0 → − 10 ∙ 𝑋 ∙ 𝑋 2 + 15 ∙ 𝑋 − 𝑀𝑆1 = 0 𝑴𝑺𝟏 = −𝟓𝑿 𝟐 + 𝟏𝟓𝑿 ∑ 𝐹𝑉𝑆1 = 0 → 𝑉𝑆1 + 10 ∙ 𝑋 − 𝑉𝐴 = 0 𝑉𝑆1 + 10 ∙ 𝑋 − 15 = 0 𝑽𝑺𝟏 = −𝟏𝟎𝑿 + 𝟏𝟓 Seção BC – S2 (FIGURA 12) 3 ≤ 𝑋 ≤ 6 X 15 KN S2 B 10KN X/2 MS2 +HS2 VS2 Figura 12 – Métodos das seções – S2. Fonte: A autora. ∑ 𝐹𝐻𝑆2 = 0 ∑ 𝑀𝑆2 = 0 → 𝑀𝑆2 + 10 ∙ 𝑋 ∙ 𝑋 2 + (−15) ∙ 𝑋 = 0 𝑀𝑆2 = − 10𝑋2 2 + 15 ∙ 𝑋 𝑴𝑺𝟐 = −𝟓𝑿 𝟐 + 𝟏𝟓𝑿 ∑ 𝐹𝑉𝑆2 = 0 → 𝑉𝑆2 + 𝑉𝐵 + 𝐹𝑋 = 0 𝑉𝑆2 − 15 + 10 ∙ 𝑋 = 0 𝑽𝑺𝟐 = 𝟏𝟓 − 𝟏𝟎 ∙ 𝑿 Seção DC – S3 (FIGURA 13) 6 ≤ 𝑋 ≤ 10 MS3 + 10KN D 10-X 2,5 KN 10-X/2 S3 HS3 VS3 Figura 13 – Métodos das seções – S3. Fonte: A autora. ∑ 𝐹𝐻𝑆3 = 0 ∑ 𝑀𝑆3 = 0 → 𝑀𝑆3 + 𝐹(10 − 𝑋) ∙ (10 − 𝑋) 2 + 𝑉𝐷 ∙ (10 − 𝑋) = 0 𝑀𝑆3 = −𝐹 ∙ (10 − 𝑋) ∙ (10 − 𝑋) 2 − 𝑉𝐷 ∙ (10 − 𝑋) 𝑀𝑆3 = (−100 + 10 ∙ 𝑋) ∙ (10 − 𝑋) 2 − 2,5 ∙ (10 − 𝑋) 𝑀𝑆3 = −1000 + 100𝑋 + 100𝑋 − 10𝑋2 2 − 25 + 2,5𝑋 𝑀𝑆3 = −500 + 100𝑋 − 5𝑋 2 − 25 + 2,5𝑋 𝑴𝑺𝟑 = −𝟓𝑿 𝟐 + 𝟏𝟎𝟐, 𝟓𝑿 − 𝟓𝟐𝟓 ∑ 𝐹𝑉𝑆3 = 0 → 𝐹 ∙ (10 − 𝑋) − 𝑉𝐷 = 0 𝑉𝑆3 − 10 ∙ (10 − 𝑋) − 2,5 = 0 𝑉𝑆3 − 100 + 10 ∙ 𝑋 − 2,5 = 0 𝑽𝑺𝟑 = 𝟏𝟎𝑿 + 𝟏𝟎𝟐, 𝟓 b. Traçados dos diagramas Com a determinação das equações dos esforços internos, foi possível determinar as equações de esforços e, com elas é possível determinar os diagramas de esforços internos: diagrama de esforço normal – DEN; diagrama de esforços cortantes – DEC e, o diagrama do momento fletor – DMF. • Diagrama dos esforços normais Temos que para todos ‘x’, a força normal é igual a zero. Portanto (figura 14): DEN A B C D Figura 14 – Diagrama dos Esforços Normais. Fonte: A autora. • Diagrama dos esforços cortantes Temos que ao longo de ‘x’, os esforços cortantes variam linearmente pelas equações, conforme mostra a figura 2. Seção AB: 𝑉𝑆1 = −10𝑋 + 15 para 0 ≤ 𝑋 ≤ 3 Em A para x=0 temos VA = -10X + 15= 15 KN Em B para x=3 temos VB = -10X + 15 = -15 KN Seção BC: 𝑉𝑆2 = 15 − 10𝑋 para 3 ≤ 𝑋 ≤ 6 Em B para x=3 temos VB = 15 - 10X = -15 KN Em C para x=6 temos VC = 15 - 10X = -45 KN Seção DC: 𝑉𝑆3 = −10𝑋 + 102,5 para 6 ≤ 𝑋 ≤ 10 Em C para x=6 temos VC = - 10X + 102,5 = 42,5 KN Em D para x=10 temos VD = - 10X +102,5 = 2,5 KN Então, temos o seguinte diagrama (figura 15): DEC 3,0 m3,0 m 4,0 m -45.0 42.5 2.5 -15,0 -15,0 15,0 MMAX1 Figura 15 – Diagrama dos Esforços Cortantes. Fonte: A autora. • Diagrama de momento fletor Temos ao longo de ‘x’, o momento fletor varia por meio de uma parábola, como mostra as equações: Seção AB, 𝑀𝑆1 = −5𝑋 2 + 15𝑋 para 0 ≤ 𝑥 ≤ 3 𝑥 = 0 → 𝑀𝑆3 = 0 𝑥 = 3 → 𝑀𝑆3 = 0 AB cortante máxima −10𝑥 + 15 = 0 → 𝑥 = 1,5 Assim, em 𝑥 = 1,5 → 𝑀𝑀𝐴𝑆𝑋1 = 11,25 𝐾𝑁 Seção BC, 𝑀𝑆2 = −5𝑋 2 + 15𝑋 para 3 ≤ 𝑥 ≤ 6 𝑥 = 3 → 𝑀𝑆3 = 0 𝑥 = 6 → 𝑀𝑆3 = −90 Seção DC, 𝑀𝑆3 = −5𝑋 2 + 102,5𝑋 →para 6 ≤ 𝑥 ≤ 10 𝑥 = 6 → 𝑀𝑆3 = −90 𝐾𝑁 𝑥 = 10 → 𝑀𝑆3 = 0 Logo, o diagrama do momento fletor ficou conforme aponta a figura 16. DMF 90,0 11,25 A DC Figura 16 – Diagrama Momento Fletor. Fonte: A autora. REFERENCIAS SOUZA, Mateus Henrique. Teoria das estruturas I. Maringá-PR: Unicesumar, 2021.
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