Buscar

NEUROPSIQUIATRIA-GERIÁTRICA-E-GERONTOLÓGICA--AVALIAÇÃO-E-HABILIT NEUR_

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
NEUROPSIQUIATRIA GERIÁTRICA E GERONTOLÓGICA – 
AVALIAÇÃO E HABILITAÇÃO NEUROLÓGICA 
 
 
 
2 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................................................... 2 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 5 
REQUISITOS E COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS À FORMAÇÃO PARA A ADEQUADA ATENÇÃO AOS 
IDOSOS .................................................................................................................................................... 6 
FORMA E DISPOSIÇÃO DOS CONHECIMENTOS ACERCA DO ENVELHECIMENTO NA FORMAÇÃO ....... 10 
ATITUDES DIDÁTICAS E PRÁTICAS FORMATIVAS .................................................................................. 13 
INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO EM GERIATRIA .............................................................................. 15 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA ..................................................... 16 
Índice de Lawton-Brody, versão apresentada por Sequeira (2007) ....................................... 18 
Índice de Pfeffer .............................................................................................................................. 18 
Índice de Barthel ............................................................................................................................. 19 
Índice de Katz ................................................................................................................................. 20 
HABILIDADES ......................................................................................................................................... 21 
Habilidade de transferência de cadeira de rodas ...................................................................... 22 
Habilidade de permanecer em pé ................................................................................................ 22 
Habilidade de balançar-se na cadeira de rodas ........................................................................ 22 
Habilidade de movimentação dos braços ................................................................................... 23 
Habilidade de usar as mãos e braços para comer .................................................................... 23 
Habilidade de se mobilizar na cama............................................................................................ 23 
Habilidade para tossir .................................................................................................................... 23 
Habilidade para falar ...................................................................................................................... 24 
Bem-estar geral .............................................................................................................................. 24 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE EQUÍLIBRIO/QUEDAS ................................................................... 25 
Índice de Tinetti ............................................................................................................................... 25 
Escala de Berg ................................................................................................................................ 25 
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO EM AVC’s ........................................... 26 
Escala de Berg Instruções gerais ................................................................................................ 26 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE DEPRESSÃO E SOLIDÃO ............................................................... 27 
Escala Geriátrica de Depressão (GDS) GDS-30....................................................................... 28 
Escala de Cornell de Depressão na Demência (CSDD) .......................................................... 30 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO COGNITIVA ........................................................................................ 31 
Mini Mental State Examination (MMSE) ..................................................................................... 32 
 
 
4 
Pontuação ........................................................................................................................................ 33 
Referências ............................................................................................................................................ 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
INTRODUÇÃO 
 
A transição demográfica e epidemiológica são fenômenos mundiais que 
precisam ser considerados na formação do profissional da saúde. 
É necessário que o envelhecimento, em sua complexidade, seja incluído nos 
currículos das diversas graduações da área e que o conteúdo abordado na formação 
dos profissionais enfoque mais do que as doenças comuns ao envelhecimento e 
contemple, entre outros, aspectos sociais e políticas públicas direcionadas aos idosos. 
No Brasil, a adequação curricular é mencionada na atual Política Nacional de 
Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), vigente no país desde 2006. 
A PNSPI é resultado da reformulação de políticas anteriores direcionadas aos 
idosos implementadas no país principalmente a partir da década de 1990. 
Especificamente acerca da interface saúde-educação, a PNSPI preconiza, 
entre outros aspectos, a adequação de currículos, metodologias e material didático de 
formação de profissionais na área da saúde visando ao atendimento a suas diretrizes 
e o incentivo à criação de Centros Colaboradores de Geriatria e Gerontologia nas 
instituições de ensino superior que possam atuar de forma integrada com o Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
Busca-se, desta forma, valorizar a formação dos profissionais de saúde, 
preconizando a abordagem de conteúdos e práticas referentes ao envelhecimento em 
todos os níveis da formação e, especificamente no que se refere à graduação, a 
PNSPI reafirma esta necessidade. 
Nesse contexto, questiona-se como tem se dado o ensino da saúde do idoso e 
do envelhecimento em cursos superiores da área de saúde e em que medida se tem 
reconhecida a importância de tais temas na formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
REQUISITOS E COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS À 
FORMAÇÃO PARA A ADEQUADA ATENÇÃO AOS IDOSOS 
 
Os requisitos e competências necessárias à formação profissional para a 
atenção de qualidade aos idosos foram enfocados por 14 dos estudos analisados, 11 
nacionais e três internacionais. 
Morgan,em seu estudo acerca do que é relevante para ser estudado em sala 
de aula, tendo em vista as questões-chave em Gerontologia, indica dois paradigmas 
emergentes, o biopsicossocial e do ciclo de vida - este mais relacionado às Ciências 
Sociais e do comportamento. 
O primeiro capta um elemento essencial da Gerontologia que é o cruzamento 
de fronteiras disciplinares para ampliar a compreensão do envelhecimento e da vida 
adulta. 
O segundo foca as transições e trajetórias ao longo da vida como um 
desenvolvimento temporalmente dinâmico e essencial com influências sobre o 
envelhecimento humano. 
Para o autor, a questão primordial é fazer o aluno extrair dos paradigmas, a 
partir de seus limites e pressupostos, ferramentas capazes de construir novos 
conhecimentos na direção de uma abordagem interdisciplinar. 
Biz & Maia conseguem sintetizar o que, segundo os estudos analisados, seria 
o perfil do profissional desejado para o cuidado ao idoso. 
Este deve ser pautado no desenvolvimento de competências em múltiplas 
dimensões que envolvem: o conhecimento da fisiologia e da fisiopatologia do 
envelhecimento humano; a conduta resolutiva diante das principais doenças que 
afetam os idosos; a concepção de saúde na sua dimensão biopsicossocial e não 
apenas como um distúrbio biológico; os aspectos éticos e o relacionamento com a 
equipe multiprofissional, numa perspectiva de integralidade. 
A relevância do conhecimento da fisiologia e da fisiopatologia do 
envelhecimento humano, tal como indicado por Biz & Maia, foi aspecto abordado, 
inclusive por outros autores. 
Segundo Câmara et al. a formação médica não tem contemplado 
adequadamente aspectos básicos sobre a fisiologia e prescrição de exercícios físicos 
em geral, já que a formação generalista não tem abrangido aspectos atuais 
 
 
7 
relacionados à fisiologia do exercício e prescrição de atividades físicas direcionadas 
para a população idosa. 
Os autores consideram de grande importância os conhecimentos sobre o tema, 
possibilitando que mais indivíduos possam se beneficiar com segurança da prática 
regular de atividade física, julgada essencial para independência e qualidade de vida 
da população idosa. Motta & Aguiar alertam para o fato de que conceitos específicos 
da Gerontologia, como síndromes geriátricas, reabilitação, fragilidade, independência 
(capacidade de executar tarefas sem ajuda) e autonomia (capacidade de 
autodeterminação) não constam habitualmente nos conteúdos da graduação, mas são 
operacionais para a proposição de condutas adequadas. 
Para as autoras, os profissionais recém-egressos das faculdades não dispõem 
de competências mínimas para operacionalização da concepção ampliada de saúde 
na atenção aos idosos, o que implicaria, entre outros fatores, identificação precoce 
das situações de risco para a fragilização, isto é, risco de perda de autonomia e 
independência, na utilização de medidas preventivas e de suporte, e na prática do 
trabalho em equipe. 
Sobre a fragilidade no envelhecimento, os estudos indicam que os profissionais 
mencionam critérios diferentes para definir fragilidade, incluindo: vulnerabilidade, 
incontinência urinária, sarcopenia, dependência nas atividades de vida diária, 
problemas familiares, demência, perda do sentido da vida, redução do bem estar 
subjetivo, perda de pessoas queridas, institucionalização, déficit cognitivo, doenças, 
sintomas depressivos, condição socioeconômica desfavorável e solidão. 
Os resultados indicaram que não houve consenso sobre os critérios para 
identificar os idosos frágeis. 
De acordo com Huber et al., para cuidar do envelhecimento da população que 
sofre de várias doenças crônicas e incapacidades, é necessário um bom 
conhecimento da avaliação funcional, e esse tema deve ser abordado no currículo. 
O autor relata sua experiência em um seminário de avaliação funcional que 
envolveu estudantes de diversas categorias profissionais. 
A conduta resolutiva diante das principais doenças que afetam os idosos, 
apontada como uma das competências necessárias aos profissionais, é destacada 
por dois dos estudos analisados. 
Pioltini et al. entrevistaram médicos de diferentes especialidades, Neurologia, 
Psiquiatria, Geriatria e Medicina Geral, com o objetivo de analisar as atitudes desses 
 
 
8 
profissionais de diferentes áreas de formação frente à incapacidade de pacientes com 
doença de Alzheimer e sua competência para interferir com autonomia para tomada 
de decisões. 
O estudo considerou evidente a falta de informações sobre aspectos legais e 
éticos relacionados aos tutores e cuidadores dos idosos. 
O autor sugere que “aspectos jurídicos” é um tema que deveria ser incorporado 
na formação profissional, a fim de melhorar as atitudes em relação à gestão em longo 
prazo de pacientes com demência. 
Conhecer sobre as características de transtornos cognitivos e demências na 
clínica privada de especialistas e o preparo dos médicos nessa área foram objetivo do 
estudo de Vale, que aplicou questionário de auto avaliação a neurologistas brasileiros 
do Estado de São Paulo e, apesar de as demências representarem uma proporção 
significativa na clínica privada desses especialistas (principalmente Alzheimer e do 
tipo vascular), eles responderam não ter recebido boa formação em transtornos 
cognitivos e demências. 
O autor considera necessária a incorporação de medidas visando à melhoria 
do preparo do médico especialista para o atendimento daqueles quadros clínicos. 
Segundo Viana et al., o acolhimento ao idoso em sua dimensão biopsicossocial 
é visto como fundamental. 
Nesse sentido, a relação médico-paciente assume papel de destaque. Há uma 
pluralidade de contextos de encontros e uma diversidade de formas de relação 
médico-paciente idoso. 
Assim, deve-se buscar a articulação do conhecimento biomédico ao sistema de 
representações populares referentes à saúde doença. 
Os autores ressaltam a importância de uma formação que possibilite o 
nascimento de uma nova imagem desse profissional, no caso o médico, responsável 
pela efetiva promoção da saúde, ao considerar o paciente idoso em sua integridade 
física, psíquica e social, e não somente do ponto de vista biológico. 
Cuidados paliativos, finitude e morte são em geral temas relacionados ao 
envelhecimento e não deixaram de ser indicados como importantes conteúdos a 
serem trabalhados na formação. 
Destaca-se que os acadêmicos, neste caso de Enfermagem, se sentem 
despreparados para lidar com a morte, demonstrando certa angústia, insegurança ao 
falar sobre o assunto. 
 
 
9 
Atribuiu-se isto ao fato de a discussão sobre a temática não ser frequente 
durante a graduação. 
Os autores entendem que a criação de espaços para autoconhecimento, 
sensibilização e reflexão sobre o tema nas universidades possibilitaria a formação de 
profissionais não só capacitados para assistir a vida visando à reabilitação ou a cura, 
mas também preparados para lidar com a morte. 
Em relação aos aspectos éticos, referidos como importantes na formação dos 
profissionais, alerta-se que o impressionante crescimento da tecnologia na Medicina 
foi sendo assimilado de maneira inadequada na prática profissional, pois 
originalmente complementares, os métodos de semiologia armada transformaram-se 
em procedimentos essenciais para a realização de qualquer diagnóstico. 
Faz-se necessário, portanto, dentre outras medidas, introduzir com maior 
ênfase temas de bioética na grade curricular dos cursos médicos. 
No sentido de assegurar que competências necessárias ao cuidado adequado 
aos idosos fossem abordados nos cursos de graduação, Thornlow et al. relatam em 
seu estudo o processo de desenvolvimento de protocolos realizado pela Associação 
Americana de Faculdades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
FORMA E DISPOSIÇÃO DOS CONHECIMENTOS 
ACERCA DO ENVELHECIMENTO NA FORMAÇÃO 
 
Osconteúdos e práticas relacionados ao envelhecimento podem estar 
disponíveis de diversas formas na formação dos profissionais de saúde, seja por meio 
de disciplinas específicas de Geriatria ou Gerontologia, outras disciplinas ao longo do 
curso, e ainda por meio de projetos de pesquisa ou de extensão. Xavier & Koifman, 
em seu estudo sobre a inclusão de diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa 
Idosa nos cursos da área de saúde da Universidade Federal Fluminense, identificaram 
que dos 11 cursos da área de saúde que a universidade possui, apenas os de 
Enfermagem e Medicina possuem disciplinas relacionadas ao envelhecimento na 
modalidade obrigatória, e os cursos de Educação Física, Odontologia e Serviço Social 
apresentavam tais disciplinas na modalidade optativa. 
O estudo de Leite et al. destaca que 10% dos 74 profissionais entrevistados em 
sua pesquisa mencionaram ter recebido conteúdos relativos a Geriatria, Gerontologia 
ou envelhecimento em disciplinas que não possuíam o objetivo único de tratar desses 
temas, tais como Saúde Coletiva, Saúde do Adulto, Saúde da Comunidade e 
Enfermagem Clínica-Cirúrgica. No entanto, segundo o estudo, 60% dos entrevistados 
de nível superior contaram com esse componente curricular na forma de disciplinas 
específicas. 
Jiménez Díaz et al.18 realizaram estudo descritivo dos currículos dos cursos 
de graduação em Enfermagem, Medicina, Fisioterapia, Serviço Social, Terapia 
Ocupacional e Educação Física nas universidades espanholas e concluíram que 
apenas os cursos de Enfermagem e Terapia Ocupacional possuíam disciplinas com 
tema central relacionado ao envelhecimento. 
A importância de se ter uma disciplina específica no tema pode ser constatada 
no estudo de Guarniere et al., destacando que a existência da disciplina intitulada 
“Enfermagem em Saúde dos Idosos”, obrigatória aos alunos do terceiro ano da 
graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina do ABC, foi o que despertou 
nos alunos o interesse no tema e possibilitou a criação e implantação de um projeto 
de extensão universitária com foco na promoção da saúde. 
Segundo os autores, o envolvimento no projeto de extensão facilita o interesse 
dos alunos para a especialização na área. 
 
 
11 
Sobre o mesmo assunto, Garuffi et al. apresentam a experiência bem-sucedida 
de um projeto de extensão universitária envolvendo estudantes de graduação que, 
por meio da prática de atividade física com doentes de Alzheimer, mostrou resultados 
favoráveis no que se refere aos sintomas progressivos da doença. 
Falcão et al. destacam a contribuição da Psicologia nas ações de ensino, 
pesquisa e extensão do curso de graduação em Gerontologia da Universidade de São 
Paulo (USP). 
Segundo os autores, o eixo psicológico é um dos três eixos estruturantes do 
curso de graduação em Gerontologia da instituição. 
As contribuições da Psicologia no curso de graduação em Gerontologia iniciam-
se no ciclo básico, já no primeiro período do curso e em todos os semestres da 
graduação há disciplinas de Psicologia. 
As autoras mencionam, no estudo, as ações do grupo de pesquisadoras da 
área em projetos de iniciação científica, atrelando-os, muitas vezes, às atividades de 
extensão realizadas. 
As linhas de pesquisas desenvolvidas e mencionadas no estudo são: 
Envelhecimento Cognitivo e Plasticidade; Envelhecimento, Família, Relações Sociais 
e Promoção da Saúde; Envelhecimento Bem-Sucedido e Educação. 
A avaliação dos discentes, docentes e profissionais acerca da formação 
adequada para o cuidado ao idoso a qual foram submetidos na graduação foi tema de 
dois estudos nacionais e quatro internacionais analisados. 
Em pesquisa sobre a visão de 55 discentes de sete cursos de Enfermagem nas 
universidades públicas de Minas Gerais acerca do ensino de Gerontologia e sua 
contribuição para a vida profissional, os discentes relataram acréscimo de 
conhecimento e suporte para o desenvolvimento da assistência de enfermagem ao 
idoso. 
Desse modo, constata-se que os discentes valorizam o conhecimento científico 
e o considera base para um bom planejamento da assistência. Além disso, os alunos 
relataram aumento do interesse pela área do envelhecimento e maior visualização da 
perspectiva profissional na atenção aos idosos. 
A formação profissional em Gerontologia foi objeto de reflexão dos terapeutas 
ocupacionais. 
 
 
12 
Almeida et al. realizaram pesquisa exploratória e descritiva com egressos do 
Curso de Terapia Ocupacional da USP, para identificação de possíveis contribuições 
da graduação para a atuação com pessoas idosas. 
Segundo o estudo, os principais desafios relatados pelos participantes são o 
desconhecimento da Terapia Ocupacional por outros profissionais, a diluição do 
discurso desse profissional no discurso gerontológico e a superação da escassez de 
recursos para intervenções. 
Para enfrentar os desafios, os egressos referiram recorrer à formação 
complementar, ao contato com profissionais de outras áreas e à reflexão sobre a 
própria prática profissional. 
Parte das estratégias adotadas pelo curso de Terapia Ocupacional da USP na 
área de Gerontologia - adequação de carga horária para formação, disciplinas 
específicas e articulação teórico-prática - é abordada em mais um estudo dos autores. 
O interesse dos odontólogos por uma formação mais adequada ao atendimento 
de qualidade ao idoso pode ser constatado no estudo de Saintrain et al. que 
pesquisaram a Odontogeriatria no currículo de 17 cursos de Odontologia situados na 
Região Norte e Nordeste do Brasil. 
Os autores constataram que a Odontogeriatria, como disciplina ou conteúdo, 
está ausente do currículo em dois terços dos cursos de Odontologia pesquisados e os 
conhecimentos são geralmente transmitidos pela disciplina Prótese Dentária. 
Segundo o referido estudo, para uma parcela expressiva de alunos, nenhuma 
formação teórico-prática na área foi oferecida pelo curso, apesar de ser expressiva a 
perspectiva do concluinte em trabalhar com idosos. 
Sabzwari et al. discutem o desenvolvimento do primeiro currículo com 
conteúdos específicos de Geriatria em uma escola médica do Paquistão e seu efeito 
sobre o conhecimento e as atitudes dos estudantes de Medicina do terceiro ano. 
O currículo foi concebido seguindo o modelo interdisciplinar e com abordagem 
baseada na resolução de problemas. 
Segundo os autores, todos os alunos estavam satisfeitos com a qualidade do 
ensino sobre o tema, com 90% da avaliação sendo qualificada como boa ou superior. 
Estus et al. descreveram a elaboração, implementação e avaliação de um curso 
eletivo de Farmacoterapia geriátrica enfatizando uma abordagem centrada no 
paciente e em estratégias ativas de aprendizagem. 
 
 
13 
A avaliação dos alunos a respeito do curso foi positiva e eles concordaram que 
as habilidades aprendidas foram importantes para o sucesso nas experiências 
práticas de Farmácia. 
As atitudes de 93 estudantes de Medicina do quinto período da Universidade 
de Salamanca no que se refere à abordagem de pessoas idosas foi estudada por 
Bernardini et al., por meio da aplicação de questionário no início e no final da disciplina 
de Geriatria. 
Os autores concluíram que a exposição aos conhecimentos e práticas 
baseadas na atenção e cuidado de pessoas idosas modificou positivamente as 
atitudes dos estudantes de Medicina. 
Observou-se, na revisão de literatura, que os três estudos internacionais 
apresentam resultados mais favoráveis, mas se referem a casos específicos e 
experiências circunscritas, enquanto que os quatro estudos nacionais, apesar de 
apresentarem resultados menos favoráveis, apresentam enfoque mais abrangentes. 
ATITUDES DIDÁTICAS E PRÁTICAS FORMATIVAS 
De acordo com Karasik, apesar das tendências demográficas favoráveis a uma 
ampla gama de oportunidades de emprego relacionadas ao cuidado e assistência ao 
idoso e maior segurança no mercadode trabalho, o envelhecimento é raramente a 
primeira escolha dos estudantes quando se trata de escolhas de carreira. 
O autor destaca o papel das estratégias de ensino como importante para 
motivar os alunos em relação à atuação com idosos. 
Algumas diferentes estratégias podem ser consideradas como formas potentes 
no sentido de melhor aproveitar as experiências didáticas relacionadas ao 
envelhecimento e foram abordadas nos estudos internacionais. 
Schafer relata o uso de tai chi chuan como estratégia de ensino na qual os 
estudantes relataram insights sobre o processo de envelhecimento, comparando e 
contrastando seus movimentos com os dos adultos mais velhos. 
Alguns estudos destacaram as narrativas como estratégia de atenção aos 
idosos, e os autores relatam que os fragmentos narrativos fornecem ampla informação 
sobre as experiências, valores e aspectos da vida dos idosos que podem ser usados 
para ajudar os alunos a compreender os conceitos-chave sobre o envelhecimento e 
da abordagem do curso de vida. 
 
 
14 
Shapiro Cho e Sutin et al. abordaram o papel do teatro no ensino de disciplinas 
relacionadas a questões do envelhecimento. 
O primeiro destaca que o teatro é uma forma inovadora e simples de ajudar os 
estudantes de Medicina na reflexão e discussão de temas difíceis, como os 
estereótipos de envelhecimento, invalidez e perda de independência, sexualidade, 
vida assistida, os relacionamentos com adultos e crianças e as questões de fim de 
vida. 
O segundo usa o teatro para ajudar os alunos no uso de testes padronizados 
visando identificar os principais problemas funcionais dos idosos. 
As atitudes didáticas, no que se refere à disciplina relacionada ao 
envelhecimento em graduação de Medicina, foi tema da pesquisa de Reye Mediaceja 
et al., a fim de implementar uma estratégia para a melhoria do processo de formação 
de futuros médicos em Santiago de Cuba. 
A estratégia foi realizada em três etapas: a primeira, sensibilização e 
diagnóstico; a segunda, de planejamento e treinamento; e a terceira de 
implementação e avaliação (cada etapa inclui objetivos, ações, formas e resultados 
esperados). 
Para os autores, a estratégia de organização da disciplina é um processo 
dialético que permite diferentes ações na formação do profissional para o 
desenvolvimento de competências na área de Gerontologia e Geriatria. Práticas de 
cuidado em Enfermagem desenvolvidas nas unidades de saúde são entendidas e 
descritas como experiências formadoras por Moniz. 
Os enfermeiros mobilizam diversos recursos formativos ao longo de suas 
experiências práticas com pessoas idosas. 
Para o autor, trata-se de compreender os processos de formação dos 
enfermeiros por meio do significado e expressões que eles conferem a suas 
experiências de prestadores de cuidados às pessoas idosas. 
O mesmo destaca as experiências práticas com idosos como meio no qual cada 
um vai adquirindo, descobrindo e desenvolvendo novas competências. 
A importância da interdisciplinaridade na formação e sua inclusão no currículo 
foram relatadas nos estudos de Demiris e Lam. 
O primeiro descreve uma abordagem educacional interdisciplinar, a chamada 
“Gerontechnolog y”, descrita pelos autores como um novo campo interdisciplinar que 
se concentra no uso de tecnologia para suportar o envelhecimento. 
 
 
15 
O autor destaca como o currículo promove a colaboração de disciplinas dos 
cursos de Enfermagem, Engenharia, Ciências da Computação e Administração. 
O segundo estudo relata a experiência do curso de Farmácia em programas 
que oferecem atividades para que os alunos alcancem competências 
interprofissionais. 
Os programas, com a supervisão de preceptor, estabelecem planos 
curriculares que são implementados mediante resolução de desafios. 
Kolb descreve o uso da Writing Across the Curriculum (WAC), metodologia de 
ensino aprendizagem que enfatiza a importância da escrita como ferramenta de 
ensino nas diversas disciplinas, em uma disciplina sobre envelhecimento no curso de 
Serviço Social. 
Segundo o autor, quando os alunos começam a escrever suas reações à 
informação, sua compreensão e retenção da informação melhoram e a escrita pode 
facilitar a aplicação do novo conteúdo a própria vida e interesses dos alunos. 
Segundo o autor, o uso da técnica em questão resultou na melhoria das 
habilidades de escrita e facilitou o desenvolvimento do conhecimento sobre a prática 
gerontológica e teorias sociológicas. 
 
 INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO EM GERIATRIA 
 
A sociedade atual caracteriza-se pelo envelhecimento demográfico, transversal 
nas sociedades desenvolvidas, em consequência do aumento dos níveis de 
esperança de vida e do declínio da natalidade. 
De acordo com os resultados das atuais projeções, a população residente em 
Portugal em 2050 (10,3 milhões de indivíduos, em 2000) diminuirá, podendo oscilar 
entre os 7,5 milhões, no cenário mais pessimista, e os 10,0 milhões, no cenário mais 
otimista, situando-se nos 9,3 milhões de indivíduos no cenário mais provável. 
Em 2000, o Índice de Envelhecimento (IE) da população, traduzido no número 
de idosos por cada 100 jovens, era de 102 para Portugal, valor que nas regiões variou 
entre os 61, nos Açores, e os 173, no Alentejo. 
Até 2050 a população de todas as regiões, qualquer que seja o cenário 
escolhido, envelhecerá, podendo mesmo o IE situar-se nos 398 idosos por cada 100 
 
 
16 
jovens, em 2050 no cenário mais pessimista, quase quadruplicando assim o valor 
deste indicador no decorrer dos 50 anos em projeção. 
No cenário base, o valor aumenta para 243 idosos por cada 100 jovens, 
enquanto no cenário mais optimista a projeção é inferior (190) (INE, 2004). 
A melhoria dos cuidados de saúde, a melhoria das condições socioeconômicas 
contribuiu para o aumento da longevidade da população, à qual se associa uma maior 
prevalência das doenças crônicas, de dependência nas atividades da vida diária e do 
declínio das capacidades cognitivas. 
As condições de cronicidade, na maioria das vezes, são geradoras do que pode 
ser denominado processo incapacitante, ou seja, o processo pelo qual uma 
determinada condição afeta a funcionalidade da pessoa idosa. 
Neste contexto, a funcionalidade é definida como a capacidade do indivíduo se 
adaptar aos problemas de todos os dias, apesar de possuir uma incapacidade física, 
mental e/ou social (Duarte, 2007). 
Apresentamos um documento onde estão reunidos um conjunto de 
instrumentos de avaliação das atividades de vida diária, cognição, equilíbrio, risco de 
desenvolvimento de úlceras de pressão, depressão e solidão. 
 
 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 
DE VIDA DIÁRIA 
 
Lawton e Brody em 1969 desenvolveram uma escala que pretendia medir a 
incapacidade e servir para planear e avaliar intervenções em idosos. 
Este instrumento avalia o nível de independência da pessoa idosa no que se 
refere à realização das atividades instrumentais (AIVD) que compreendem oito tarefas 
como usar telefone, fazer compras, preparação da alimentação, lida da casa, lavagem 
da roupa, uso de transportes, preparar medicação e gerir o dinheiro, mediante a 
atribuição de uma pontuação segundo a capacidade do sujeito avaliado para realizar 
essas atividades (Araújo, et al., 2008; Sequeira, 2007). 
Araújo, et al., (2008) analisaram a qualidade da escala pontuada na forma 
original (0 ou 1) e na versão alternativa, obtendo os valores de α = 0,91 e α = 0,94, 
respectivamente. 
 
 
17 
A Escala (de 0 a 16) apresenta gradientes cujos extremos são total 
independência e total dependência (Azeredo & Matos, 2003). 
Estes autores converteram a escala em três grupos na mesma proporção em 
que apresenta cada item e consideraram os seguintes pontos de corte: 0-5 significa 
dependência grave ou total; de 6-11 moderada dependência; de 12-16 ligeira 
dependência ou independente. 
 
 
 
Sequeira (2007) apresenta umaversão diferente com a seguinte pontuação: 
cada item apresenta 3, 4 ou 5 níveis diferentes de dependência, pelo que cada 
atividade é pontuada de 1 a 3, de 1 a 4 ou de 1 a 5 em que a maior pontuação 
corresponde a um maior grau de dependência. 
O Índice varia entre 8 e 30 pontos de acordo com os seguintes pontos de corte: 
8 pontos – Independente; 
9 a 20 pontos - Moderadamente dependente, necessita de uma certa ajuda; > 
20 pontos - Severamente dependente, necessita de muita ajuda. 
 
 
18 
Nos resultados de um estudo do autor a análise fatorial revelou apenas um fator 
explicando 65% da variância total reforçando o caráter unidimensional do instrumento 
e consistência interna de 0,92. 
 
Índice de Lawton-Brody, versão apresentada por Sequeira (2007) 
 
Índice de Pfeffer 
 
O Índice de Pfeffer é constituído por itens relacionados com a capacidade do 
indivíduo para realizar AIVDs (atividades instrumentais de vida diária) e funções 
cognitivas/sociais como fazer compras, preparar alimentação, manter-se em dia com 
a atualidade, prestar atenção em programas de rádio, TV e de os discutir. 
Quanto menor a pontuação obtida pelo indivíduo, maior a sua independência e 
autonomia. 
 
 
19 
Esta escala é constituída por dez itens e evidencia a funcionalidade por meio 
do grau de independência para realização das atividades instrumentais de vida diária. 
O score mínimo é 0 e o máximo é 30. 
Quanto maior a pontuação, maior é a dependência do paciente, sendo 
considerada a presença de prejuízo funcional a partir de um score de 3 (Cassis et al., 
2007). 
De acordo com Jacinto (2008) scores iguais ou superiores a 5 possuem boa 
especificidade e sensibilidade para o diagnóstico de alterações da cognição com 
declínio funcional. 
 
Índice de Barthel 
 
O Índice de Barthel avalia o nível de independência do sujeito para a realização 
de dez atividades básicas de vida diária (ABVD): comer, higiene pessoal, uso dos 
sanitários, Instrumentos para avaliação em geriatria tomar banho, vestir e despir, 
controlo de esfíncteres, deambular, transferência da cadeira para a cama, subir e 
descer escadas (Mahoney & Barthel, 1965; Sequeira, 2007). 
Pode ser preenchido através da observação direta, de registros clínicos ou 
ainda ser auto ministrado. 
Pretende avaliar se o doente é capaz de desempenhar determinadas tarefas 
independentemente. 
Cada atividade apresenta entre 2 a quatro níveis de dependência, em que 0 
corresponde à dependência total e a independência pode ser pontuada com 5, 10 ou 
15 pontos de acordo com os níveis de dependência (Sequeira, 2007). 
Numa escala de 10 itens o seu total pode variar de 0 a 100, sendo que um total 
de 0-20 indica Dependência total; 
21-60 Grave dependência; 
61-90 Moderada dependência; 
91-99 muito leve dependência e 100 Independência (Azeredo & Matos, 2003). 
Sequeira (2007) uma versão do Índice de Barthel, com uma redação dos itens 
ligeiramente diferente das que apresentamos seguidamente, mas avaliando conteúdo 
semelhante. 
 
 
 
 
20 
Índice de Katz 
 
O Índice de Katz ou Índice de Atividades de Vida Diária desenvolveu-se para 
medir o funcionamento físico de doentes com doença crônica (Katz, 1963). 
Várias foram as teorias e instrumentos de medida desenvolvidos a partir de 
então. 
Katz e colaboradores demonstraram, por exemplo, que a recuperação do 
desempenho funcional de seis atividades consideradas básicas da vida quotidiana de 
idosos incapacitados (banhar-se, vestir-se, ir à casa de banho, transferir-se, ser 
continente e alimentar-se) era semelhante à Item Incapaz de realizar a tarefa. 
Requer ajuda substancial 
Requer moderada ajuda 
Requer mínima ajuda 
Totalmente independente 
Higiene Pessoal 0 1 3 4 5 
Banho 0 1 3 4 5 Alimentação 0 2 5 8 1 
Toalete 0 2 5 8 0 1 
Subir escadas 0 2 5 8 0 1 
Vestuário 0 2 5 8 0 1 
Controle de Bexiga 0 2 5 8 0 1 
Controle intestino 0 2 5 8 0 1 
Deambulação 0 3 8 1 0 2 1 
Ou cadeira de rodas* 0 1 3 4 5 5 
Transferência cadeira/cama 0 3 8 12 15 100 
Interpretação do Resultado 
75 a 51 pontos - dependência moderada 
100 pontos – totalmente dependente independente 
50 a 26 pontos – dependência severa 
99 a 76 pontos – dependência leve 
25 e menos pontos – dependência total 
 
 
 
 
 
 
21 
HABILIDADES 
 
Sequência observada no processo de desenvolvimento da criança. 
Verificaram, através de estudos antropológicos, a existência de semelhança 
entre essas seis funções e o comportamento das pessoas nas sociedades primitivas, 
o que sugeria que as funções citadas eram biológica e psicossocialmente primárias, 
refletindo uma hierarquização das respostas neurológicas e locomotoras (Duarte, 
Andrade & Lebrão, 2007). 
Estes autores desenvolveram um estudo tendo por objetivo descrever o 
desenvolvimento histórico, a evolução e a correta utilização do índice de 
Independência nas Atividades de Vida Diária de Katz, bem como as modificações e 
adaptações desenvolvidas. 
Na versão inicial apresentada por Katz, (1963) Observa-se que o formulário de 
avaliação possui três categorias de classificação: independente, parcialmente 
dependente ou totalmente dependente. 
Escala EK A escala EK foi inicialmente desenvolvida em dinamarquês, tendo 
sido validada para a língua portuguesa (Brasil) por Martinez et al., (2006). 
Esta escala apresenta-se dividida em dez categorias, em que cada uma 
apresenta quatro alternativas que fornecem pontuações parciais entre 0 e 3. 
A pontuação total é obtida pela soma das pontuações parciais e varia entre 0 e 
30. Quanto maior o grau de comprometimento funcional, maior a pontuação obtida. 
Ao contrário do Índice de Barthel, baixos valores da escala EK indicam menor 
comprometimento funcional (Martinez et al., 2006). 
Escala EK: Adaptação nossa a partir da versão Português do Brasil (Martinez 
et al., 2006). 
Habilidade para o uso da cadeira de rodas: 
0. Capaz de usar uma cadeira de rodas manual no plano, progredindo pelo 
menos 10 metros em menos de um minuto. 
1. Capaz de usar uma cadeira de rodas manual no plano, progredindo 10 
metros em mais de um minuto. 
2. Incapaz de usar uma cadeira de rodas manual, necessitando de uma cadeira 
de rodas elétrica. 
 
 
22 
3. Faz uso de uma cadeira elétrica, mas ocasionalmente apresenta dificuldades 
para realizar curvas. 
 
Habilidade de transferência de cadeira de rodas 
 
0. Capaz de sair da cadeira de rodas sem ajuda. 
1. Capaz de sair da cadeira de rodas de forma independente, mas com 
necessidade de dispositivo auxiliar. 
2. Necessita assistência para sair da cadeira de rodas, com ou sem uso de 
dispositivos auxiliares. 
3. Necessita de ser levantado com suporte da cabeça durante a transferência 
da cadeira de rodas. 
 
Habilidade de permanecer em pé 
 
0. Capaz de se manter de pé quando está com os joelhos apoiados ou quando 
usa muletas. 
1. Capaz de se manter de pé quando está com os joelhos e quadris apoiados 
ou quando utiliza dispositivos auxiliares. 
2. Capaz de se manter de pé apenas quando todo o corpo está apoiado. 
3. Incapaz de ficar de pé; presença de contraturas acentuadas. 
 
Habilidade de balançar-se na cadeira de rodas 
 
0. Capaz de assumir sozinho a posição vertical, com a ajuda das mãos, a partir 
de uma flexão ventral completa. 
1. Capaz de mover a porção superior do corpo mais do que 30 graus em todas 
as direções, a partir da posição sentada, mas incapaz de assumir sem ajuda a posição 
vertical a partir de uma flexão ventral completa. 
2. Capaz de mover a porção superior do corpo menos de 30 graus de um lado 
a outro. 
3. Incapaz de modificar a posição da parte superior do corpo; não consegue 
sentar-se sem apoio total no tronco e na cabeça. 
 
 
 
23 
 
Habilidade de movimentação dos braços 
 
0. Capaz de elevar os braços acima da cabeça com ou sem movimentos 
compensatórios. 
1. Incapaz de elevaros braços acima da cabeça, mas capaz de elevar os 
antebraços contra a gravidade como, por exemplo, a mão até a boca, com ou sem 
apoio dos cotovelos. 
2. Incapaz de elevar os antebraços contra a gravidade, mas capaz de usar as 
mãos contra a gravidade quando o antebraço está apoiado. 
3. Incapaz de mover as mãos contra a gravidade, mas capaz de usar os dedos. 
 
Habilidade de usar as mãos e braços para comer 
 
0. Capaz de cortar a carne em pedaços e comer com colher e garfo. Pode 
elevar uma tigela cheia (aproximadamente 250 ml) até a boca sem o apoio do 
cotovelo. 
1. Come e bebe com o cotovelo apoiado. 
2. Come e bebe com o cotovelo apoiado e com a ajuda da mão oposta, com ou 
sem a utilização de dispositivos auxiliares alimentares. 
3. Necessita de ser alimentado. 
 
Habilidade de se mobilizar na cama 
 
0. Capaz de se mobilizar na cama. 
1. Capaz de se mobilizar num sofá, mas não na cama. 
2. Incapaz de se mobilizar na cama. Tem que ser mobilizado três vezes ou 
menos durante a noite. 
3. Incapaz de se mobilizar na cama. Tem que ser mobilizado quatro vezes ou 
mais durante a noite. 
 
Habilidade para tossir 
0. Capaz de tossir eficazmente. 
1. Tem dificuldade para tossir e algumas vezes necessita de estímulo manual. 
 
 
24 
2. Necessita sempre de ajuda para tossir. Capaz de tossir somente em certas 
posições. 
3. Incapaz de tossir. Necessita de aspiração de secreções para manter as vias 
aéreas limpas. 
 
Habilidade para falar 
 
0. Discurso enérgico. Capaz de cantar e elevar o tom de voz. 
1. Discurso normal, mas não consegue elevar a voz. 
2. Discursa com voz baixa e precisa respirar após três a cinco 
palavras. 
3. Discurso incompreensível a não ser pelos parentes próximos. 
 
Bem-estar geral 
 
0. Sem queixas, sente-se bem. 
1. Cansa-se facilmente. Apresenta dificuldades quando repousa numa cadeira 
ou na cama. 
2. Apresenta perda de peso, perda de apetite. Medo de dormir à noite; dorme 
mal. 
3. Apresenta sintomas adicionais tais como: mudanças de humor, dor de 
estômago, palpitações, sudorese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE 
EQUÍLIBRIO/QUEDAS 
 
O equilíbrio corporal é definido como a manutenção de uma postura particular 
do corpo com um mínimo de oscilação (equilíbrio estático) ou a manutenção da 
postura durante o desempenho de uma habilidade motora que tenda a perturbar a 
orientação do corpo (equilíbrio dinâmico) (Lima, Figueiredo & Guerra, 2007). 
Têm sido desenvolvidos vários instrumentos a fim de avaliar o equilíbrio, 
procurando definir parâmetros para identificar o risco de queda em idosos. 
Este desenvolvimento de instrumentos confiáveis e validados tem-se 
demonstrado relevante não só para a investigação, mas também para a prática clínica. 
 
Índice de Tinetti 
 
Esta escala foi criada em 1986 por Tinetti, Williams e Mayewski (Abreu et al., 
2008). 
Classifica aspectos da marcha como a velocidade, a distância do passo, a 
simetria e o equilíbrio em pé, o girar e também as mudanças com os olhos fechados 
(Silva et al., 2007). 
É uma escala que não requer equipamento sofisticado e é confiável para 
detectar mudanças significativas durante a marcha. 
A utilização deste instrumento de avaliação tem importantes implicações na 
qualidade de vida dos idosos, uma vez que possibilita ações preventivas, assistenciais 
e de reabilitação. 
 
Escala de Berg 
 
A escala de equilíbrio de Berg foi criada em 1992 por Katherine Berg e tem tido 
larga utilização para avaliar o equilíbrio na população acima dos 60 anos. 
Foi traduzida e adaptada para a língua portuguesa (Brasil) por Miyamoto et al., 
na sua dissertação de mestrado, pelo que a versão brasileira é um instrumento 
confiável para ser usado na avaliação do equilíbrio da população idosa (Silva et al., 
2007). 
 
 
26 
É composta por 14 itens envolvendo tarefas funcionais específicas em 
diferentes bases de apoio. 
As tarefas envolvem o equilíbrio estático e dinâmico tal como, alcançar, girar, 
transferir-se, permanecer de pé e levantar-se. 
Cada item apresenta uma escala ordinal de 5 alternativas que recebem uma 
pontuação entre 0 e 4, em função do desempenho do utente, obtendo um escore total 
de 56 pontos (Oliveira, 2006; Silva et al., 2007). 
O score desta escala é baseado na habilidade para executar as tarefas em 
tempo e de forma independente e engloba três dimensões: manutenção da posição, 
ajuste postural e movimentos voluntários (Santos, 2007). 
Uma pontuação entre 0 a 20 indica mau equilíbrio, e entre 40 a 56 pontos indica 
bom equilíbrio (Oliveira, 2006). 
Estes pontos devem ser subtraídos, caso o tempo ou a distância não sejam 
atingidos ou o sujeito necessite de supervisão para a execução da tarefa ou de suporte 
no esterno (Abreu et al., 2008). 
Como material necessário para a aplicação prática é necessária uma régua, 
um relógio, duas cadeiras (com e sem braços) e um banco. 
No que se refere ao tempo de execução este é de aproximadamente de 30 
minutos. 
Tal como referenciamos anteriormente quando apresentamos a escala de 
Tinetti, apesar de para a língua portuguesa (Brasil) existirem diversas referências a 
estudos com a escala de Berg, para o Português de Portugal, embora estejam 
publicados estudos com a sua utilização, estes não referenciam os respectivos 
estudos de adaptação. 
 
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS E SUA RELAÇÃO COM O 
EQUILÍBRIO EM AVC’s 
Escala de Berg Instruções gerais 
 
Demonstre cada tarefa e/ou instrua o sujeito da forma como está descrito 
abaixo. 
 
 
27 
Quando colocar a pontuação, registre a categoria da resposta de menor 
pontuação relacionada a cada item. 
• Na maioria dos itens pede-se ao sujeito para manter uma dada posição por 
um tempo determinado. 
Progressivamente mais pontos são subtraídos caso o tempo ou a distância não 
sejam atingidos, caso o sujeito necessite de supervisão para a execução da tarefa, ou 
se o sujeito se apóia num suporte externo ou ainda recebe ajuda do examinador. 
• É importante que se torne claro aos sujeitos que estes devem manter o 
equilíbrio enquanto tentam executar a tarefa. 
A escolha de qual perna permanecerá como apoio e o alcance dos movimentos 
fica a cargo dos sujeitos. Julgamentos inadequados irão influenciar negativamente o 
desempenho e a pontuação. 
Nos itens 1, 3 e 4 deverá ser utilizada uma cadeira com braços. 
 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE DEPRESSÃO E 
SOLIDÃO 
 
Escala de Solidão da UCLA Barroso (2008) desenvolveu um estudo de 
adaptação para Português da UCLA. 
De acordo com o autor, esta escala mostra-se válida, quer na avaliação da 
solidão, quer na discriminação entre solidão e outros construtos relacionados. 
Refere ainda que no estudo de Lins (1998) são considerados quatro fatores 
fortemente correlacionados e um fator geral, que o instrumento revelou ainda ótima 
confiabilidade ao fator geral e limitações quanto à precisão dos outros fatores. 
A adaptação portuguesa da Escala de Solidão da UCLA, de acordo com 
(Barroso, 2008), engloba um total de dezoito itens, avaliados numa escala de escolha 
múltipla de quatro pontos, cada um com o seu valor, indo desde “nunca” (1); raramente 
(2); “algumas vezes” (3) até “muitas vezes” (4). 
Os inquiridos selecionam a opção que melhor reflita os seus sentimentos. 
A pontuação final é obtida através da soma dos 18 itens (inversão dos 
negativos). 
 
 
28 
O score final da escala situa-se entre os 18 e os 72 pontos. Quanto mais 
elevado o score final, maior o nível de solidão. 
Na Escala a solidão é encarada enquanto estado psicológico e apreendida de 
modo unidimensional. 
 
Escala Geriátrica de Depressão (GDS) GDS-30 
 
A Escala Geriátrica de Depressão – Geriatric Depression Scale (GDS), 
traduzida, aferida e adaptada à população portuguesa por Veríssimo (1988), na 
“Avaliação diagnóstica dos Síndromes Demenciais”, proposta no serviçode 
neurologia e neurocirurgia do Hospital S. João do Porto. 
Esta escala construída inicialmente por Brink, Yesavage, Lum, Heersema, Adey 
e Rose, em 1982, é segundo os autores, o único instrumento que se conhece que terá 
sido elaborado com o objetivo de ser utilizado, especificamente, para pessoas idosas. 
Para além disso, elimina a confusão, geralmente presente em outros 
instrumentos de avaliação da depressão, entre indicadores somáticos da depressão 
e manifestações físicas normais da velhice (Ballesteros, 1992 cit in Fernandes, 2000). 
Trata-se de uma escala de hetero-avaliação, composta por vinte e oito itens, 
com duas alternativas de resposta (sim ou não), consoante o modo como o idoso se 
tem sentido ultimamente, em especial na semana transata. 
Como procedimento para a cotação da GDS, deve atender-se que os itens 1, 
5, 7, 9, 15, 19, 21 e 27, devem ser pontuados negativamente; isto é uma resposta 
“Não” corresponde um ponto. 
Aos itens 2,3,4,6,8,10,11,12, 13,14,16,17,18,20,22,23,24,25,26,e,28, será 
atribuído um ponto à resposta positiva “Sim”. 
Veríssimo (1998), cit. in Fernandes (2000) sugere que, para a quantificação dos 
resultados se proceda à seguinte classificação: valores de 0-10 pontos – idosos 
normais; pontuações iguais ou superiores a 11 são indicativas de depressão em 
severidade crescente; uma pontuação média de 23 é indicadora de idosos 
gravemente deprimidos. 
De acordo com Barroso (2008), a GDS tem boas medidas de consistência 
interna (alfa= 0,94) e confiabilidade (0,94), de igual modo sugere estabilidade no re-
teste de 8 dias (r= 0,85). 
 
 
29 
Apresenta uma boa validade de critério (correlação com outros instrumentos 
que avaliam depressão entre 0,83 e 0,84). 
Escala de depressão geriátrica (Veríssimo, 1998) Assinale a resposta mais 
adequada ao seu estado de espírito durante a última semana: 
1. Está satisfeito com a sua vida? 
2. Abandonou muitas atividades de seu interesse? 
3. Sente que a sua vida é vazia? 
4. Sente tédio na sua vida? 
5. Vê o futuro com optimismo? 
6. Sente-se perturbado por pensamentos que não lhe saem da cabeça? 
7. Está, geralmente, de bom humor? 
8. Tem medo que alguma coisa de mau lhe possa acontecer? 
9. Sente-se feliz a maior parte do tempo? 
10. Sente-se indefeso com frequência? 
11. Sente-se irrequieto? 
12. Você prefere ficar em casa em vez de sair à descoberta de novas 
experiências? 
13. Preocupa-se, frequentemente com o futuro? 
14. Tendo em conta a média, considera que tem uma memória pior do que 
esta? 
15. Acha que é maravilhoso estar vivo neste momento? 
16. Sente-se desanimado e deprimido com frequência? 
17. Sente que não tem valor no estado em que se encontra agora? 
18. Preocupa-se muito com o Passado? 
19. Acha a vida excitante? 
É difícil para si iniciar novos projetos? 
21. Sente-se cheio de energia? 
22. Sente que não há esperança para a sua situação? 
23. Acha que a maioria das pessoas está melhor que você? 
24. Altera-se (frequentemente) com pequenas coisas? 
25. Tem (frequentemente) vontade de chorar? 
26. Tem dificuldades em concentrar-se? 
27. Gosta de se levantar de manhã? 
28. Prefere evitar encontros sociais? Sim 
 
 
30 
29. Toma decisões como antigamente? 
30. A sua mente está tão clara como antigamente? 
 
Escala de Cornell de Depressão na Demência (CSDD) 
 
A Cornell Scale for Depression in Dementia (C.S.D.D.) foi especificamente 
desenvolvida para avaliar sinais e sintomas de depressão em indivíduos com 
demência. 
É constituída por 19 itens que analisam e quantificam a informação obtida 
através de entrevista com o prestador de cuidados, o qual colabora no preenchimento 
da escala (Sobral, 2006).) 
Cada item é avaliado por gravidade em uma escala de 0-2 (0 = ausente, 1 = 
leve ou intermitente, 2 = grave). 
A pontuação dos itens e adicionada. 
Scores acima de 10 indicam uma provável depressão maior. 
Scores acima de 18 indicam uma depressão major. 
Scores abaixo de 6, em regra, estão associados com ausência de significativa 
dos sintomas depressivos (Alexopoulos, nd). 
Em regra tem sido considerado: Pontuações iguais ou inferiores a nove pontos 
estão relacionadas com ausência de depressão. 
Pontuações entre dez e 17 pontos indiciam uma provável depressão. 
Pontuações superiores a 18 pontos indicam depressão. 
 
10.2.1 Sintomas relativos ao Humor 
1 Ansiedade, expressão ansiosa, ruminações, preocupações 
2 Tristeza, expressão triste, voz triste, choro 
3 Ausência de reação aos eventos agradáveis 
4 Irritabilidade, facilidade em ficar contrariado, humor lábil 
 
10.2.2 Distúrbios do Comportamento 
5 Agitação, não consegue ficar no lugar, contorce-se, puxa os cabelos 
6 Lentidão psicomotora: dos movimentos, da fala, das reações avaliação 
impossível 
 
 
31 
7 numerosas queixas somáticas (anotar ausente se apenas sintomas 
gastrointestinais) 
8 Perda de interesse, menor implicação nas atividades habituais (anotar 
apenas se a mudança ocorreu de forma rápida, em menos de 1 mês) 
 
10.2.3 Sintomas Somáticos 
9 Perda de apetite, come menos do que usualmente 
10 Perda de peso (anotar severa se superior à 2,5 kg em 1 mês) 
11 Falta de energia, se cansa facilmente, incapaz de sustentar uma actividade 
(anotar apenas se a mudança ocorreu de forma rápida, em menos de 1 mês) 
 
10.2.4 Funções Cíclicas 
12 Variações de humor durante o dia, sintomas mais acentuados pela manhã 
13 Dificuldades para dormir, dorme mais tarde do que usualmente 
14 Despertar noturno frequente 
15 Despertar matinal precoce, mais cedo do que usualmente 
 
10.2.5 Distúrbios Ideatórios 
16 Ideias de suicídio, pensa que a vida não vale a pena de ser vivida, deseja 
morrer 
17 Auto-depreciação, se queixa dele próprio, pouca estima de si, sentimento 
de fracasso 
18 Pessimismo, antecipação da pior avaliação impossível 
19 Ideias delirantes congruentes ao humor, ideias delirantes de pobreza, de 
doença ou de perda 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO COGNITIVA 
 
É inegável que, com o passar dos anos, as células, órgãos e sistemas do corpo 
humano comecem a apresentar défices, havendo perdas no seu bom funcionamento. 
Assim, é necessário que um estudo integral avalie a linguagem, a coordenação 
motora, as condições perceptivas sensoriais, a capacidade de abstração, o raciocínio, 
a atenção, a linguagem, o cálculo e a memória (especialmente a de curto prazo) 
(Souza et al., 2007). 
 
 
32 
Uma investigação pode necessitar que sejam utilizados vários testes para que 
se avalie adequadamente, tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo, o 
estado cognitivo da pessoa idosa. 
 
Mini Mental State Examination (MMSE) 
 
O Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), elaborado por Folstein et al. (1975), 
é um dos testes mais empregues e mais estudados em todo o mundo para avaliação 
do funcionamento cognitivo. 
Usado isoladamente ou incorporado em instrumentos mais amplos, permite a 
avaliação da função cognitiva e rastreio de quadros demenciais (Lourenço & Veras, 
2006). 
O MEEM foi desenvolvido para ser utilizado na prática clínica na avaliação da 
mudança do estado cognitivo de pacientes geriátricos. 
Examina a orientação temporal e espacial, memória de curto prazo (imediata 
ou atenção) e evocação, cálculo, coordenação dos movimentos, habilidades de 
linguagem e viso-espaciais. 
Pode ser usado como teste de rastreio para perda cognitiva. Não pode ser 
usado para diagnosticar demência (Chaves, 2009). 
Exceto os itens de linguagem e coordenação motora, o conteúdo do MEEM foi 
derivado de instrumentos que já existiam. 
Foi denominado “mini” porque concentra apenas os aspectos cognitivos da 
função mental e exclui humor e funções mentais anormais que são detectadas, por 
exemplo, pela Escala de Demência de Blessed. 
 
Inclui onze itens, divididos em duas secções: 
A primeira exige respostas verbais a questões de orientação,memória e 
atenção; a segunda, leitura e escrita cobre habilidades de nomeação, seguir 
comandos verbais e escritos, escrever uma frase e copiar um desenho (polígonos). 
Todas as questões são realizadas na ordem listada e podem receber um score 
imediato somando os pontos atribuídos a cada tarefa completada com sucesso. 
Em termos de validade de conteúdo, o MMS avalia oito de 11 principais 
aspectos do estado cognitivo, omitindo abstração, julgamento e expressão. 
 
 
33 
Embora análises fatoriais tenham usado diferentes tipos de amostras e versões 
do MMS, facilmente identificam fatores relacionados com a orientação, memória e 
atenção (Chaves, 2009). 
De acordo com Sequeira (2007) o MEEM foi traduzido e adaptado para a 
população portuguesa por Guerreiro e col. (1994). 
Outros estudos para a população Portuguesa podem ser consultados em: 
MMSE adaptação portuguesa. 
 
Pontuação 
 
O score pode variar de 0 a 30. As pontuações de limiar diagnóstico para defeito 
cognitivo. 
Em função do nível de escolaridade obtidos no processo de validação para 
Português (Portugal) são (Nunes, 2005): 
 
 
 
34 
 
Referências 
 
Abreu, S. S. E., & Caldas, C. P. (2008). Velocidade de marcha, equilíbrio e 
idade: Um estudo correlacional entre idosas praticantes e idosas não praticantes de 
um programa de exercícios terapêuticos. Revista Brasileira de Fisioterapia [On line], 
12 (4), 324-330. [Consult. 10-7-2009]. 
Alexopoulos, G. S., Abrams, R. C., Young, R. C., & Shamoian, C. A. (1988). 
Cornell scale for depression in dementia. Biological Psychiatry, 23 (3), 271-284. 
Alexopoulos, G. S. (ns). The Cornell Scale for Depression in Dementia: 
administration & scoring guidelines. [On line]. [Consult. 23-9-2010]. Disponível: 
http://scalesandmeasures.net/files/files/The%20Cornell%20Scale%20for%20Depress
ion% 20in%20Dementia.pdf 
Almeida, O. P., & Almeida, S. A. (1999). Confiabilidade da versão brasileira da 
Escala de Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arquivos de Neuro-
Psiquiatria, 57, 421-426. 
Alves, N. C., & Figueiras, M. J. (2008). Adaptação experimental da Escala de 
Queixas Subjectivas de Saúde para a população portuguesa. Análise Psicológica, 26 
(2), 281-293. 
Angst, J., Gamma, A., Gastpar, M., Lépine, J.-P, Mendlewicz, J., Tylee, A.-
(2002). Gender differences in depression. European Archives of Psychiatry and 
Clinical Neuroscience, 252 (5), 201-209. 
Anthony, W. (2004). The principle of personhood: the field's transcendent 
principle. Psychiatr Rehabil J. 27:3, 205 
Apóstolo, J. L. A. (2008). O imaginário conduzido no conforto de doentes em 
contexto psiquiátrico. Doctoral Dissertation. Porto, PT: Universidade do Porto. 
Apóstolo, J. L. A., Rodrigues, M. A., & Olvera, J. P. - Evaluacion de los estados 
emocionales de estudiantes de enfermería. Index de Enfermeria, 56, 26-29. 2007. 
 
 
35 
Apóstolo, J. L. A., Mendes, A. C., & Azeredo, Z. A. (2006). Adaptação para a 
língua portuguesa da Depression, Anxiety and Stress Scales (DASS). Revista Latino-
Americana de Enfermagem, 14 (6), 863-871. 
Araújo, F., Pais-Ribeiro, J., Oliveira, A., & Pinto, C. (2007). Validação do Índice 
de Barthel numa amostra de idosos não institucionalizados. Revista Portuguesa de 
Saúde Pública, 25 (2), 59-66. 
Azeredo, Z., & Matos, E. (2003). Grau de dependência em doentes que 
sofreram AVC. Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa, 3 Série, 8 (4), 199-204. 
Barroso, V. L. (2008). Orfãos geriatras: Sentimentos de solidão e 
depressividade face ao envelhecimento: estudo comparativo entre idosos 
institucionalizados e não institucionalizados [On line]. [Consult. 10-7-2009]. 
Bertolucci, P. H. F., Okamoto, I. H., Neto, J. T., Ramos, L. R., & Brucki, S. M. 
D. (1998). Desempenho da população brasileira na bateria neuropsicológica do 
Consortion to Establish a Registry for Alzheimer´s Disease (CERAD). Revista de 
Psiquiatria Clínica, 25 (2), 80-83. 
Blessed, G., Tomlinson, B. E., & Roth, M. (1968). The association between 
quantitative measures of dementia and of senile change in the cerebral grey matter of 
elderly subjects. British Journal of Psychiatry, 114 (512), 797-811. 
Brito, L. (2000). A saúde mental dos prestadores de cuidados a familiares 
idosos [On line]. Dissertação de mestrado. Universidade do Porto, Faculdade de 
Medicina. [Consult. 10-9-2009]. Disponível: 
repositorio.up.pt/aberto/bitstream/10216/.../2524_TM_01_P.pdf. 
Brooke, P., & Bullock, R. (1999). Validation of a 6 item cognitive impairment test 
with a view to primary care usage. International Journal of Geriatric Psychiatr, 14 (11), 
936- 940. 
Cameron, I. D., & Kurrle, S. (2002). Rehabilitation and older people. Medical 
Journal of Australia, 177 (7), 387-391. 
 
 
 
36 
Duarte, Y. A. O., Andrade, C. L., & Lebrão, M. L. (2007). O Índex de Katz na 
avaliação da funcionalidade dos idosos. Revista da Escola Enfermagem da USP, 41 
(2), 317-325. 
Fernandes, P. (2000). A depressão no idoso. Coimbra: Quarteto Editora. 
Ferreira, P. L., Miguéns, C., Gouveia, J., & Furtado, K. (2007). Risco de 
desenvolvimento de úlceras de pressão: Implementação nacional da escala de 
Braden. Loures: Lusociência. 
Galera, C., & Fuhs, C. C. L. (2003). Memória visuo-espacial a curto prazo: Os 
efeitos da supressão articulatória e de uma tarefa aritmética. Psicologia: Reflexão e 
Crítica, 16 (2), 337-348. 
Jacinto, A. (2008). Alterações cognitivas em pacientes atendidos em 
ambulatório geral de clínica médica [On line]. Tese de doutoramento. Universidade de 
São Paulo. Faculdade de Medicina. [Consult. 10-9-2009]. Disponível: 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-12012009-172647/. 
Katzman, R., Brown, T., Fuld, P., Peck, A., Schechter, R., & Schimmel, H. 
(1983). Validation of a short orientation-memory concentration test of cognitive 
impairment. American Journal of Psychiatry, 40 (6), 734-739. 
Lawton, M. P., & Brody, M. H. (1969). Assessment of older people: Self-
maintaining and instrumental activities of daily living. The Gerontologist, 9 (3), 179-
186. 
Lojudice, D. (2005). Quedas de idosos institucionalizados: Ocorrência e 
factores associados [On line]. [Consult. 10-7-2009]. Disponível: 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-04102006-140850. 
Lopes, M. V. O., Araujo, M. F. M., & Moraes, G. R. (2006). Avaliação do grau 
de dependência nas actividades de vida diária em idosos da Lourenço, R. A., & Veras, 
R. P. (2006). 
Mini-Exame do Estado Mental: características psicométricas em idosos 
ambulatoriais. Revista de Saúde Pública, 40 (4), 712-719. 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-04102006-140850
 
 
37 
Martinez, J. A. B., Brunherotti, M. A., Assis, M. R., & Sobreira, C. F. R. (2006). 
Validação da escala motora funcional EK para a língua portuguesa. Revista da 
Associação Médica Brasileira [On line], 52 (5), 347-351. 
Mata, F. A. F., Barros, A. L. S., & Lima, C. F. (2008). Avaliação do risco de 
queda em pacientes com doença de Parkinson. Revista de Neurociências, 16 (1), 20-
24. 
Melo, M. B. (2008). Impacto da estimulação cognitiva sobre o desempenho de 
idosos com demência de Alzheimer em tarefas de memória lógica e recordação livre 
[On line]. Dissertação de mestrado. Universidade de Brasília. 
Pereira, C. (2006). A recuperação do utente após AVC: Que prognóstico? 
EssFisioOnline, 2 (4), 38-49. 
Pfeffer, R. I., Kurosaki, T. T., Harrah, C. H., Jr., Chance, J. M., & Filos, S. (1982). 
Measurement of functional activities in older adults in the community. Journal of 
Gerontology, 37 (3), 323-329. 
Ribeiro, J., & Ribeiro, L. (2003). Estudo de validação de uma escala de auto-
conceito físico para homens jovens adultos. Análise Psicológica [On line]. [Consult. 
10-7-2009]. 
Santana, I. (2005). A doença de Alzheimer e outras demências. In A. Castro-
Caldas & A. de Mendonça (Eds.), A doença de Alzheimer e outras demências em 
Portugal(pp. 61- 81). Lisboa: Lidel. 
Santos, A. (2007). Valor dos instrumentos de avaliação do risco de queda em 
idosos com fibrilhação atrial [On line]. [Consult. 15-5-2009]. 
Souza, M. C., Tutiya, G. C., Jones, A., Lombardi, I., Jr., Natour, J. (2008). 
Avaliação do equilíbrio funcional e qualidade de vida em pacientes com espondilite 
anquilosante. Revista Brasileira de Reumatologia. 48 (5), 274-277. 
Wells, K., Sherbourne, C. (1999). Functioning and utility for current health of 
patients with depression or chronic medical conditions in managed, primary care 
practices. Arch Gen Psychiatry, 56 (10), 897-904.

Continue navegando