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09 Deontologia Kantiana, Utilitarismo e a Ética

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Deontologia Kantiana, Utilitarismo e a Ética.
A deontologia kantiana
A moral Kantiana exclui a ideia de que possamos ser regidos se não por nós próprios. É a pessoa humana, ela própria, que é a medida e a fonte do dever. O homem é criador dos valores morais, dirige ele próprio a sua conduta;
A Consciência moral para Kant é a própria Razão.
Assim, a moral de Kant é uma moral racional: a regra da moralidade é estabelecida pela razão – O Princípio do dever é a pura Razão. A regra da ação não é uma lei exterior a que o homem se submete, mas é uma lei que a razão, Atividade Legisladora, impõe à sensibilidade;
A deontologia é o estudo do dever;
O que interessa é a intenção, a coerência entre a ação e a lei, e não o fim. A ética Kantiana possui uma Forma e não um conteúdo à essa forma necessária é a Universalidade: O racional é o Universal;
Assim, a ética kantiana é guiada pela intensão de cumprir o dever. É sempre uma ação desinteressada;
O Imperativo categórico é um dos principais conceitos da filosofia de Kant;
Para o filósofo alemão, imperativo categórico é o dever de toda pessoa agir conforme princípios os quais considera que seriam benéficos caso fossem seguidos por todos os seres humanos;
O imperativo categórico é enunciado com três diferentes fórmulas (e suas variantes). São estas:
Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, através da tua vontade, em uma lei universal da natureza."
Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio."
Legislador Universal (ou da Autonomia): "Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas." Variante: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino universal dos fins. “
Por outro lado, toda ação guiada por interesse se chama Imperativo Hipotético. Essa conduta é tipificada como antiética;
A moral utilitarista
O pensamento utilitarista é uma variação do pensamento consequencialista;
O consequencialismo é a corrente ética que prega que os valores morais das ações se definem por sua finalidade;
Assim, o pensamento utilitarista define o comportamento e a ação moral como boa ou ruim de acordo com sua finalidade;
A tese utilitarista se divide em três partes:
· Hedonismo;
· Consequencialismo;
· Imparcialidade;
Em essência, para o utilitarismo, uma ação é moralmente boa quando provoca a felicidade para o maior número de pessoas possível;
Jeremy Bentham
(1748 – 1832)
Foi um importante jurista, economista e filósofo britânico;
Bentham é considerado o pai da filosofia utilitarista;
Ele acreditava que na verdade, as ações não são definidas entre boas ou ruins. Mas se provocam felicidade e bem-estar ou dor e sofrimento;
Assim, as ações são determinadas por sua utilidade;
Outro ponto importante no pensamento de Bentham, é a determinação das escolhas das ações baseadas na quantidade de felicidade;
Com isso, o prazer X será melhor ou pior que o prazer Y de acordo com a intensidade e a duração do prazer;
No fim das contas, para o filósofo inglês, nossas decisões são determinadas por suas consequências tanto momentaneamente, quanto a longo prazo;
John Stuart Mill
(1806 – 1873)
Stuart Mill foi outro importante filósofo inglês que problematizou o utilitarismo;
Assim como Bentham, Mill definiu a ação moral como algo útil ou não, de acordo com os prazeres provocados em suas consequências;
Mill dividiu os prazeres entre superiores e inferiores;
Assim, ele definiu não só a quantidade de prazeres provocadas, mas também suas qualidades;
Os prazeres superiores são aqueles que podemos considerar como aqueles ligados ao intelecto. Como ler um livro, escrever um texto, ou participar de uma discussão séria;
Os prazeres inferiores são aqueles guiados unicamente por questões corpóreas e físicas;
Outro ponto importante para Mill é o fato de podermos definir uma ação como boa ou ruim pela quantidade de pessoas que a escolheram;
Assim, a ação X será melhor que a ação Y, se, e somente se, aqueles que a experimentaram preferem X a Y;
Um dos principais pontos do pensamento de Mill é o princípio de maior felicidade. Quanto maior for o número de pessoas atingidas de forma positiva pelas ações que escolhemos, isso a definirá como boa ou correta;
Por exemplo, uma mentira para o pensamento utilitarista não é algo ruim em si. Caso ela cause felicidade em uma grande parcela de pessoas, ela poderia ser considerada como positiva;
A moral utilitarista

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