Buscar

TRABALHO SIST TRAT AGUA E ESGOTO (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP 
 
 
 
 
ALAIN GUTEMBERG CAIADO DA SILVA RA: N35864-5 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2022 
 
 
 
 
 
 
 ALAIN GUTEMBERG CAIADO DA SILVA RA: N35864-5 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO 
 
 
 
Trabalho solicitado para obtenção de 
nota na disciplina de Sistema de 
Tratamento de Água e Esgoto, curso 
de Engenharia Civil, Universidade 
Paulista- UNIP. 
 
Orientador: Prof. Abrahão Neto 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2022 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Etapas do tratamento de água..................................................................8 
 
Figura 2 - Processo do tratamento de esgoto.............................................................9 
Figura 3 – Quantidade de água potável.....................................................................11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO............................................................................................5 
1.1 Histórico do sistema de tratamento de esgoto......................................5 
1.2 Surgimento do saneamento no Brasil....................................................6 
2 DESENVOLVIMENTO................................................................................7 
2.1 Etapas do tratamento de água.................................................................7 
2.2 Tratamento de esgoto...............................................................................8 
2.3 Doenças causadas por água contaminada.............................................9 
2.3.1 Doenças causadas por parasitas.................................................................9 
2.3.2 Doenças causadas por vírus......................................................................10 
2.3.3 Doenças causadas por bactérias...............................................................10 
2.4 DIA MUNDIAL DA ÁGUA..........................................................................10 
2.5 Parâmetros de qualidade da água..........................................................11 
2.5.1 Parâmetros Físicos....................................................................................12 
2.5.1.1 Temperatura...............................................................................................12 
2.5.1.2 Sabor e odor..............................................................................................12 
2.5.1.3 Cor.............................................................................................................12 
2.5.1.4 Turbidez.....................................................................................................12 
2.5.1.5 Sólidos.......................................................................................................12 
2.5.1.6 Condutividade Elétrica...............................................................................13 
2.5.2 Parâmetros Químicos................................................................................13 
2.5.2.1 PH (potencial hidrogeniônico)....................................................................13 
 2.5.2.2 Alcalinidade................................................................................................13 
2.5.2.3 Dureza.......................................................................................................14 
2.5.2.4 Cloretos ....................................................................................................14 
2.5.2.5 Ferro e manganês.....................................................................................14 
2.5.2.6 Nitrogênio..................................................................................................15 
2.5.2.7 Fósforo......................................................................................................15 
2.5.2.8 Fluoretos...................................................................................................15 
2.5.2.9 Oxigênio Dissolvido (OD) .........................................................................15 
2.5.2.10 Matéria Orgânica.......................................................................................16 
2.5.2.11 Componentes Inorgânicos ........................................................................16 
 
 
 
2.5.2.12 Componentes orgânicos.............................................................................17 
2.5.3 Parâmetros Biológicos................................................................................17 
2.5.3.1 Coliformes ..................................................................................................17 
2.5.3.2 Algas...........................................................................................................17 
3 CONCLUSÃO.............................................................................................17 
 REFERÊNCIAS..........................................................................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 Histórico do sistema de tratamento de esgoto 
Sabemos que o saneamento básico é de extrema importância. Tanto para 
saúde e bem-estar da humanidade quanto para um país ser considerado 
desenvolvido. 
Entretanto, infelizmente bilhões de pessoas no mundo não têm acesso ao 
mais básico de tudo: abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto. Em 
termos nacionais, são quase 35 milhões de brasileiros sem acesso ao atendimento 
de água, 46,9% da população não tem acesso à coleta de esgoto, o que representa 
quase 100 milhões de pessoas. Já no que diz respeito ao tratamento, apenas 46,3% 
de todo o volume de esgoto é tratado. Além do mais, diariamente são cerca de 5.715 
piscinas olímpicas de esgoto jogadas diariamente na natureza. 
Mesmo apresentando ainda inúmeros problemas no setor, não significa que 
os serviços de saneamento básico sejam algo recente, muito pelo contrário, há 
registros de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto há milhares anos. 
Tudo começou na Antiguidade. Na grande Roma, as ruas que apresentavam 
encanamentos serviam de fonte pública e, com o objetivo de prevenir doenças, 
separava a água para consumo da população. Na Grécia antiga, havia-se o costume 
de enterrar as fezes ou deslocarem para um local bem distante de suas casas. O 
Egito iniciou o controle do fluxo de água do rio Nilo e utilizava tubos de cobre para o 
palácio do faraó Keóps. 
A Idade Média, por sua vez, foi um período de 10 séculos sem avanços no 
saneamento básico. Com a queda de Roma, o conhecimento ficou arquivado em 
mosteiros religiosos. Só foi revelado algo sobre saneamento em 1425. Assim, os 
ensinamentos sobre hidráulica, saneamento e a gestão ficaram escondidos durante 
toda a Idade Média. Nesse período, o gerenciamento de água deixou de ser do 
governo e passou a ser dos cidadãos. Lixo de todo tipo se acumulava nas ruas, 
facilitando o aumento de ratos e criando sérios problemas de saúde. Um dos mais 
 
 
 
6 
graves foi a epidemia da peste bubônica, que só na Europa, causou a morte de cerca 
de 25 milhões de pessoas. 
A primeira rede de distribuição de água e captação de esgoto foi construída 
há aproximadamente 4.000 anos, na Índia. Grandes tubos feitos de argila levavam 
as águas residuais e os detritos para canais cobertos que corriam pelas ruas e 
desembocavam nos campos, adubando e regando as colheitas. 
Em Paris, no final do século XV, a distribuição de água era controlada por 
canalizações.Em 1664, a distribuição de água canalizada foi incrementada com a 
fabricação de tubos de ferro fundidos e moldados, por Johan Jordan, na França, 
sendo instalada no palácio de Versailles. Pouco depois, Johan inventou a bomba 
centrífuga e em 1775, Joseph Bramah inventou o vaso sanitário na Inglaterra 
A primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) foi construída em Londres 
em 1829 e tinha a função de coar a água do rio Tâmisa em filtros de areia. A ideia 
de tratar o esgoto antes de lançá-lo ao meio ambiente, porém, só foi testada pela 
primeira vez em 1874 na cidade de Windsor, Inglaterra. Porém com a descoberta de 
que doenças letais da época (como a cólera e a febre tifóide) eram transmitidas pela 
água, técnicas de filtração e cloração foram mais amplamente estudadas e 
empregadas, chegando próximas ao que vemos hoje. 
 
 
1.2 Surgimento do saneamento no Brasil 
O primeiro registro de saneamento no Brasil ocorreu em 1561, quando o 
fundador Estácio de Sá mandou escavar o primeiro poço para abastecer o Rio de 
Janeiro. Em 1620, iniciou-se as obras do aqueduto do Rio Carioca para 
abastecimento do estado. A obra foi iniciativa de Aires Saldanha e tinha 270 metros 
de comprimento e 18 metros de altura. Entretanto, ela foi concluída mais de cem 
anos depois. Em 1723 ela foi entregue à população sendo o primeiro sistema de 
abastecimento de água no país. No período colonial, ações de saneamento eram 
feitas de forma individual, resumindo-se à drenagem de terrenos e instalação de 
 
 
 
7 
chafarizes. Na capital, o primeiro chafariz foi construído em 1744. A partir dos anos 
1940, se iniciou o comércio dos serviços de saneamento no Brasil. (TRATA BRASIL). 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 Etapas do tratamento de água 
 A água oferecida à população é submetida a uma série de tratamentos 
apropriados que vão reduzir a concentração de poluentes até o ponto em que não 
apresentem riscos para a saúde. Cada etapa do tratamento representa um obstáculo 
à transmissão de infecções. A primeira dessas etapas é a COAGULAÇÃO, quando 
a água bruta recebe, logo ao entrar na estação de tratamento, uma dosagem de 
sulfato de alumínio. Este elemento faz com que as partículas de sujeira iniciem um 
processo de união. Segue-se a FLOCULAÇÃO, quando, em tanques de concreto, 
continua o processo de aglutinação das impurezas, na água em movimento. As 
partículas se transformam em flocos de sujeira. 
A água entra em outros tanques, onde vai ocorrer a DECANTAÇÃO. As 
impurezas, que se aglutinaram e formaram flocos, vão se separar da água pela ação 
da gravidade, indo para o fundo dos tanques ou ficando presas em suas paredes. A 
próxima etapa é a FILTRAÇÃO, quando a água passa por grandes filtros com 
camadas de seixos (pedra de rio) e de areia, com granulações diversas e carvão 
antracitoso (carvão mineral). Aí ficarão retidas as impurezas que passaram pelas 
fases anteriores. A água neste ponto já é potável, mas para maior proteção contra o 
risco de infecções de origem hídrica, é feito o processo de DESINFECÇÃO. É a 
cloração, para eliminar germes nocivos à saúde e garantir a qualidade da água até 
a torneira do consumidor. Nesse processo pode ser usado o hipoclorito de sódio, 
cloro gasoso ou dióxido de cloro. O passo seguinte é a FLUORETAÇÃO, quando 
será adicionado fluossilicato de sódio ou ácido fluorssilícico em dosagens 
adequadas. A função disso é prevenir e reduzir a incidência de cárie dentária, 
especialmente nos consumidores de zero a 14 anos de idade, período de formação 
dos dentes. A última ação nesse processo de tratamento da água é a CORREÇÃO 
 
 
 
8 
de pH, quando é adicionado cal hidratado ou barrilha leve (carbonato de sódio) para 
uma neutralização adequada à proteção da tubulação da rede e da residência dos 
usuários. 
Entre a entrada da água bruta na ETA e sua saída, já potável, decorrem 
cerca de 30 minutos. 
Figura 1 - Etapas do tratamento de água 
 
Fonte: Google Imagens, 2022. 
 
 
2.2 Tratamento de esgoto 
 
O tratamento dos esgotos domésticos tem como objetivo, principalmente: 
remover o material sólido; reduzir a demanda bioquímica de oxigênio; exterminar 
micro-organismos patogênicos; reduzir as substâncias químicas indesejáveis. As 
diversas unidades da estação convencional podem ser agrupadas em função das 
eficiências dos tratamentos que proporciona. Assim temos: 
• Tratamento preliminar: gradeamento, remoção de gorduras e remoção de 
areia. 
• Tratamento primário: tratamento preliminar, decantação, digestão do lodo e 
secagem do lodo. 
 
 
 
9 
• Tratamento secundário: tratamento primário, tratamento biológico, 
decantação secundária e desinfecção. 
A imagem abaixo exemplificará a processo do tratamento de esgoto: 
 
Figura 2 - Processo do tratamento de esgoto 
 
Fonte: Google Imagens, 2022. 
 
2.3 Doenças causadas por água contaminada 
2.3.1 Doenças causadas por parasitas 
• Amebíase: O contágio se dá através de água contaminada com cistos 
provenientes de fezes humanas. 
• Esquistossomose: O contágio se dá através do contato direto com água onde 
há larvas provenientes de caramujos contaminados. 
• Ascaridíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita 
Áscaris Lumbricoides. 
• Giardíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita 
Giárdia Lamblya. 
 
 
 
 
10 
2.3.2 Doenças causadas por vírus 
• Hepatite Viral tipo A e Poliomielite: O contágio se dá ao contato (consumo ou 
banho) com água contendo urina ou fezes humanas. 
 
2.3.3 Doenças causadas por bactérias 
• Meningoencefalite: O contágio se dá pelo contato (consumo ou banho) com 
àguas contaminadas. 
• Cólera: O contágio se dá com o consumo de água contaminada por fezes ou 
vômito de algum indivíduo contaminado. 
• Leptospirose: A água contaminada por urina de ratos é a principal causa da 
doença, cuja incidência aumenta com chuvas fortes e enchentes. Apresenta 
maior perigo em águas próximas a depósitos de lixo e em áreas sem 
esgotamento sanitário. 
• Febre Tifoide: O contágio se dá pela ingestão de água ou alimentos 
contaminados (a contaminação de alimentos ocorre ao se lavar alimentos com 
água contaminada). 
• Gastroenterites: a ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes 
causam muita variedade de distúrbios gástricos, geralmente associados a 
fortes diarreias. 
• Desinteria Bacilar: Uma série de bactérias causam, através da ingestão de 
água sem tratamento, severas formas de diarreias, formando um quadro de 
febre, dores e mal-estar geral. (BRASIL ESCOLA). 
 
2.4 DIA MUNDIAL DA ÁGUA 
Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) durante a Conferência 
Rio-92, no Rio de Janeiro, em 1992, a data 22 de março é um lembrete anual de 
que a água é primordial para a sobrevivência dos seres vivos (homens, animais e 
plantas), mas principalmente da importância de cuidarmos desse recurso tão 
 
 
 
11 
precioso e escasso. 
 Isso porque apesar de mais de 70% da superfície da Terra ser coberta por 
água, menos de 1% é própria para consumo. Do total de água disponível no 
planeta, 97% estão nos mares e oceanos (água salgada) e apenas 3% são água 
doce. Dessa pequena porcentagem, pouco mais de 2% estão nas geleiras (em 
estado sólido) e, portanto, menos de 1% está disponível para consumo. 
 
Figura 3 – Quantidade de água potável 
 
Fonte: World Wildlife Fund, 2020 
 
 
2.5 Parâmetros de qualidade da água 
 
A água contém, geralmente, diversos componentes, os quais provêm do 
próprio ambiente natural ou foram introduzidos a partir de atividades humanas. 
Para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros, os quais 
representam as suas características físicas, químicas e biológicas. Esses 
parâmetros são indicadores da qualidade da água e constituem impurezas quando 
alcançam valores superiores aos estabelecidos para determinado uso. Os principais 
indicadores de qualidade da água são discutidos a seguir, separados sobos 
aspectos físicos, químicos e biológicos. 
 
 
 
12 
2.5.1 Parâmetros Físicos 
 
2.5.1.1 Temperatura 
Medida da intensidade de calor; é um parâmetro importante, pois, influi em 
algumas propriedades da água (densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido), com 
reflexos sobre a vida aquática. A temperatura pode variar em função de fontes 
naturais (energia solar) e fontes antropogênicas (despejos industriais e águas de 
resfriamento de máquinas). 
2.5.1.2 Sabor e odor 
 Resultam de causas naturais (algas; vegetação em decomposição; bactérias; 
fungos; compostos orgânicos, tais como gás sulfídrico, sulfatos) e artificiais (esgotos 
domésticos e industriais). O padrão de potabilidade: água completamente inodora. 
2.5.1.3 Cor 
Resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser 
causada pelo ferro ou manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água 
(principalmente vegetais), pelas algas ou pela introdução de esgotos industriais e 
domésticos. Padrão de potabilidade: intensidade de cor inferior a 5 unidades. 
2.5.1.4 Turbidez 
 Presença de matéria em suspensão na água, como argila, silte, substâncias 
orgânicas finamente divididas, organismos microscópicos e outras partículas. O 
padrão de potabilidade: turbidez inferior a 1 unidade. 
2.5.1.5 Sólidos 
• Sólidos em suspensão: resíduo que permanece num filtro de asbesto após 
filtragem da amostra. Podem ser divididos em: 
• Sólidos sedimentáveis: sedimentam após um período t de repouso da 
amostra. 
 
 
 
13 
• Sólidos não sedimentáveis: somente podem ser removidos por processos de 
coagulação, floculação e decantação. 
• Sólidos dissolvidos: material que passa através do filtro. Representam a 
matéria em solução ou em estado coloidal presente na amostra de efluente. 
 
2.5.1.6 Condutividade Elétrica 
Capacidade que a água possui de conduzir corrente elétrica. Este parâmetro 
está relacionado com a presença de íons dissolvidos na água, que são partículas 
carregadas eletricamente quanto maior for a quantidade de íons dissolvidos, maior 
será a condutividade elétrica na água. 
 
2.5.2 Parâmetros Químicos 
 
2.5.2.1 PH (potencial hidrogeniônico) 
 
Representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH; varia de 7 a 14; indica se 
uma água é ácida (pH inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou alcalina (pH maior do 
que 7); o pH da água depende de sua origem e características naturais, mas pode 
ser alterado pela introdução de resíduos; pH baixo torna a água corrosiva; águas 
com pH elevado tendem a formar incrustações nas tubulações; a vida aquática 
depende do pH, sendo recomendável a faixa de 6 a 9. 
 
 2.5.2.2 Alcalinidade 
 
Causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e cálcio; mede a 
capacidade da água de neutralizar os ácidos; em teores elevados, pode proporcionar 
sabor desagradável à água, tem influência nos processos de tratamento da água. 
 
 
 
 
 
14 
2.5.2.3 Dureza 
 
Resulta da presença, principalmente, de sais alcalinos terrosos (cálcio e 
magnésio), ou de outros metais bivalentes, em menor intensidade, em teores 
elevados; causa sabor desagradável e efeitos laxativos; reduz a formação da 
espuma do sabão, aumentando o seu consumo; provoca incrustações nas 
tubulações e caldeiras. Classificação das águas, em termos de dureza (em CaC03 
): 
• Menor que 50 mg/1 CaC03 – água mole 
• Entre 50 e 150 mg/1 CaC03 – água com dureza moderada 
• Entre 150 e 300 mg/1 CaC03 – água dura 
• Maior que 300 mg/1 CaC03 – água muito dura 
2.5.2.4 Cloretos 
 
Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da intrusão de 
águas do mar; podem, também, advir dos esgotos domésticos ou industriais; em 
altas concentrações, conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas. 
 
2.5.2.5 Ferro e manganês 
 
 Podem originar-se da dissolução de compostos do solo ou de despejos 
industriais; causam coloração avermelhada à água, no caso do ferro, ou marrom, no 
caso do manganês, manchando roupas e outros produtos industrializados; conferem 
sabor metálico à água; as águas ferruginosas favorecem o desenvolvimento das 
ferrobactérias, que causam maus odores e coloração à água e obstruem as 
canalizações. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
2.5.2.6 Nitrogênio 
 
O nitrogênio pode estar presente na água sob várias formas: molecular, 
amônia, nitrito, nitrato; é um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas, 
em excesso, pode ocasionar um exagerado desenvolvimento desses organismos, 
fenômeno chamado de eutrofização; o nitrato, na água, pode causar a 
metemoglobinemia; a amônia é tóxica aos peixes; são causas do aumento do 
nitrogênio na água: esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, excrementos de 
animais. 
 
2.5.2.7 Fósforo 
 
 Encontra-se na água nas formas de ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico; 
é essencial para o crescimento de algas, mas, em excesso, causa a eutrofização; 
suas principais fontes são: dissolução de compostos do solo; decomposição da 
matéria orgânica, esgotos domésticos e industriais; fertilizantes; detergentes; 
excrementos de animais. 
 
2.5.2.8 Fluoretos 
Os fluoretos têm ação benéfica de prevenção da cárie dentária; em 
concentrações mais elevadas, podem provocar alterações da estrutura óssea ou a 
fluorose dentária (manchas escuras nos dentes). 
 
2.5.2.9 Oxigênio Dissolvido (OD) 
 
É indispensável aos organismos aeróbios; a água, em condições normais, 
contém oxigênio dissolvido, cujo teor de saturação depende da altitude e da 
temperatura; águas com baixos teores de oxigênio dissolvido indicam que receberam 
matéria orgânica; a decomposição da matéria orgânica por bactérias aeróbias é, 
geralmente, acompanhada pelo consumo e redução do oxigênio dissolvido da água; 
dependendo da capacidade de autodepuração do manancial, o teor de oxigênio 
dissolvido pode alcançar valores muito baixos, ou zero, extinguindo-se os 
organismos aquáticos aeróbios. 
 
 
 
 
16 
2.5.2.10 Matéria Orgânica 
 
A matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na sua 
nutrição, e aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico; em grandes 
quantidades, no entanto, podem causar alguns problemas, como: cor, odor, turbidez, 
consumo do oxigênio dissolvido, pelos organismos decompositores. 
O consumo de oxigênio é um dos problemas mais sérios do aumento do teor de 
matéria orgânica, pois provoca desequilíbrios ecológicos, podendo causar a extinção 
dos organismos aeróbios. Geralmente, são utilizados dois indicadores do teor de 
matéria orgânica na água: Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda 
Química de Oxigênio (DQO). 
• Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é a quantidade de oxigênio 
necessária à oxidação da matéria orgânica por ação de bactérias aeróbias. 
Representa, portanto, a quantidade de oxigênio que seria necessário fornecer 
às bactérias aeróbias, para consumirem a matéria orgânica presente em um 
líquido (água ou esgoto). A DBO é determinada em laboratório, observando-
se o oxigênio consumido em amostras do líquido, durante 5 dias, à 
temperatura de 20 °C. 
• Demanda Química de Oxigênio (DQO): é a quantidade de oxigênio 
necessária à oxidação da matéria orgânica, através de um agente químico. A 
DQO também é determinada em laboratório, em prazo muito menor do que o 
teste da DBO. Para o mesmo líquido, a DQO é sempre maior que a DBO. 
 
2.5.2.11 Componentes Inorgânicos 
 
alguns componentes inorgânicos da água, entre eles os metais pesados, são 
tóxicos ao homem: arsênio, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, prata, cobre e zinco; 
além dos metais, pode-se citar os cianetos; esses componentes, geralmente, são 
incorporados à água através de despejos industriais ou a partir das atividades 
agrícolas, de garimpo e de mineração. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
2.5.2.12 Componentes orgânicos 
 
 Alguns componentes orgânicos da água são resistentes a degradação 
biológica, acumulando-se na cadeia alimentar; entre esses,citam-se os agrotóxicos, 
alguns tipos de detergentes e outros produtos químicos, os quais são tóxicos. 
 
2.5.3 Parâmetros Biológicos 
 
2.5.3.1 Coliformes 
São indicadores de presença de microrganismos patogênicos na água; os 
coliformes fecais existem em grande quantidade nas fezes humanas e, quando 
encontrados na água, significa que ela recebeu esgotos domésticos, podendo conter 
microrganismos causadores de doenças. 
2.5.3.2 Algas 
 As algas desempenham um importante papel no ambiente aquático, sendo 
responsáveis pela produção de grande pane do oxigênio dissolvido do meio; em 
grandes quantidades, como resultado do excesso de nutrientes (eutrofização), 
trazem alguns inconvenientes: sabor e odor; toxidez, turbidez e cor; formação de 
massas de matéria orgânica que, ao serem decompostas, provocam a redução do 
oxigênio dissolvido; corrosão; interferência nos processos de tratamento da água: 
aspecto estético desagradável. 
 
3 CONCLUSÃO 
 O tratamento do esgoto doméstico é muito importante para a preservação do 
meio ambiente. O esgoto contamina rios, lagos, represas e mares porque possuem 
excesso de sedimentos e micro-organismos que podem causar doenças, como a 
esquistossomose, leptospirose, cólera e piodermites. 
 
 
 
 
18 
Sendo assim, pode transformar áreas próximas, desequilibrando o 
ecossistema da região. Rios e praias sofrem processo de assoreamento, que nada 
mais é do que o aumento de sedimentos (sólidos) em sua base, provocando aumento 
do nível da água e, consequentemente, enchentes. O esgoto também pode 
contaminar mananciais e locais que servem como fonte de água potável para a 
população. Os mais prejudicados são os peixes, espécies inteiras podem ser 
extintas do local onde o esgoto doméstico é jogado. Além deles, as vegetações 
aquáticas e ribeirinhas podem acabar morrendo. O mau cheiro também é uma 
consequência perigosa do esgoto doméstico jogado na natureza. 
Sendo assim, é muito importante os processos de tratamento de água e 
esgoto, a separação dos dois nas, para evitar a poluição do meio e a proliferação de 
doenças. (SANESUL, 2022). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
SANESUL. Importância do Tratamento de Esgoto. 2022, Minas Gerais. Disponível 
em: https://www.sanesul.ms.gov.br/importancia-do-tratamento-de-esgoto. Acesso 
em: 10/05/2022. 
TRATA BRASIL. A origem do saneamento básico. 2021, São Paulo. Disponível em: 
https://tratabrasil.org.br/pt/institucional-blog/a-origem-do-saneamento-basico. 
Acesso em: 11/05/2022. 
ESCOLA, Equipe Brasil. "Tratamento de Água e Esgoto"; Brasil Escola. Disponível 
em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tratamento-de-agua-e-esgoto.htm. 
Acesso em: 14 de maio de 2022. 
WFF. Dia Mundial da Água. Disponível em: 
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/pantanal/dia_da_agua
. Acesso em: 12/05/2022. 
PORTAL TRATAMENTO DE ÁGUA. Qualidade da água, 2015. São Paulo. Disponível em: 
https://tratamentodeagua.com.br/artigo/qualidade-da-agua/. Acesso em: 09/05/2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.sanesul.ms.gov.br/importancia-do-tratamento-de-esgoto
https://tratabrasil.org.br/pt/institucional-blog/a-origem-do-saneamento-basico
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tratamento-de-agua-e-esgoto.htm
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/pantanal/dia_da_agua
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/pantanal/dia_da_agua
https://tratamentodeagua.com.br/artigo/qualidade-da-agua/

Outros materiais