Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Modificações gravídicas gerais e locais 1 Modificações gravídicas gerais e locais INTRODUÇÃO Iniciam-se logo após a fertilização e perduram até o final do puerpério (6º semana) Ocorre mediante o estimulo desencadeado pelo feto Paciente com 2-3 meses e percebe desaparecimento dos sintomas: suspeitar de óbito fetal Permite o completo entendimento e tratamento das doenças Gestação dura 40 semanas ou 280 dias Modificações metabólicas 300kcal/dia aumenta em gasto de calorias Tem ganho de peso médio de 12,5kg em toda gestação Aumenta a vassopressina - ADH (retém mias água) Caí a osmolaridade de 10mOsm 3,5l somando a água do feto, do líquido amniótico e da placenta 3,0l presente nas mamas, útero e sangue hidratação permite que tecido seja mais elástico Quantidade de água: sempre deixar a urina clara, se sente sede é porque já passou o horário de beber água, não pode ter sede Trauma abdominal fechado: perde muito mais sangue antes de apresentar sinal de choque hipovolêmico Útero Modificações gravídicas gerais e locais 2 Morango Fora da gravidez é sólido com 70g e cavidade de 10mL Ao final da gravidez: 1100g e volume de 5L (aumenta capacidade de 500 a 1000 vezes) Espessura da parede uterina 1,5cm tem hipertrofia e alongamento de células musculares, com produção limitada de novos miócitos Até a 12º semanas o crescimento predomina pela ação de estrogênio e da progesterona, depois é estirão do feto A porção próxima a placenta cresce de modo mais intenso Fibras musculares em 3 camadas: lâmpada - em cima tem distribuição mais helicoidal e em baixo aspecto de fita camada externa que envolve o fundo uterino até os ligamentos camada média é composta por fibras musculares densas e perfurada pelos vasos sanguíneos - quando o útero contrai ele assemelha a um esfíncter camada interna com fibras de ação esfíncter-símilo e que circundam os óstios tubários e o ostio interno Tem forma esférica de morango e muda para ovoide com 12º semanas Na 20º semana pode sentir um desconforto pelo crescimento uterino para as laterais, alertar que é normal As alças intestinais ascendem cranial e lateral até que o fundo uterino atinge a borda hepática Eixo do útero coincide com o eixo da bacia, porém o peso fica sobre o abdome - então tem diáfise do reto abdominais Muda topografia do apêndice - pode aparecer com dor torácica ou lombar - não fazer lavagem peritoneal, apenas o fast Desde o 1º trimestre o útero apresenta contrações indolores, esporádicas e sem ritmicidade, varia entre 5-25mmHg - contrações de Braxton Hicks Modificações gravídicas gerais e locais 3 as células se comunicam por poros (gap), a progesterona impede a formação dos gaps, então parte contraí e parte não - quando a progesterona cai forma os gaps e indica o início do trabalho de parto (inicia no fundo e é mais forte no fundo, segue vertical de cima para baixo) contrações são segmentares e focais até a queda da progesterona contração não causa dor, dói a distensão de sigmo inferior o que leva a dor é contração após o parto quando libera a ocitocina na amamentação A artéria uterina dobra de diâmetro na 20º semana e a velocidade do fluxo aumenta 8 vezes Débito uterino aumenta muito - tem aumento da capacitância pela invasão trofoblástica Liberar noradrenalina não leva a contração uterina Na pré-eclâmpsia ocorre, tem labilidade pressórica e reduz fluxo Leito vascular é refratário a angiotensina II - sistema é hiperativado Após 1 mês de gravidez o colo torna-se cianótico e amolecido Aumenta a vascularização e edema, com hiperplasia e hipertrofia de glândulas endocervicais (decidualização estromal) Tampão mucoso no canal cervical - se rompe próximo ao parto e impede bactérias - rolha de Shoder Sinal de Hegar: toque bimanual - uma mão por cima e outra no colo do útero, percebe amolecido pela gravidez, mas pode levar ao abortamento - descolamento embrionário Sinal de NOble-Budin: útero não gravídico tem fundo do saco vaginal livre, se tiver ocupado é probabilidade de gravidez, pode ser tumor Regra de Goodell: colo não grávido tem consistência de cartilagem nasal e o grávido de lábio Sinal de Noble-Budin: abaulamento de fundos de sacos laterias Modificações gravídicas gerais e locais 4 Sinais de certeza: batimento cardíaco fetal e movimentação fetal os demais são epônimos, pode ocorrer em outras situações Ovários Aumento de progesterona bloqueia a ovulação Cessa a ovulação e a maturação de novos folículos Corpo lúteo único até 6º - 7º semana - mantido pelo hCG parece muito com o LH, mantem até placenta produzir progesterona Plexo pampiniforme aumenta de 0,9 para 2,6 cm - plexo vascular do ovário Luteoma da gestação Cisto teca-luteínicos Vagina e períneo tem espessamento de mucosa com hipertrofia das células musculares lisas aumenta a vascularização aumenta a secreção cervical com conteúdo vaginal espesso e esbranquiçado pH ácido Tegumentar Estrias gravidarum: risco maior genético, adolescência Leva a diérese dos retos abdominais, escurece a linha alba (linea nigra) Tem tangiectasias e manchas no rosto malar - evitar exposição solar Mamas Tubérculos de Montgomery - aumentam Rede venosa de Hailer Modificações gravídicas gerais e locais 5 Aérola secundária de Hunter Gigantomastia Hematológicas Ferro total na mulher é de 2-2,5g Mas apenas 25% tem a reserva plena de 300mg Risco de anemia ferropriva: infecções, suprimento fetal 1.000 mg de ferro, sendo 300mg feto, aumento da volemia 500mg e perdas 200mg De cada 4 mulheres, 3 não tem reserva adequada de ferro Necessidade diária de 6-7mg/dia - sulfato ferroso e ácido fólio (folato) - 1 mês antes do parto e manter depois 500-600mL de perda no parto vaginal e 1000 mL na cesárea ou gêmeos Volume sanguíneo é de 40-45% e o eritrocitário de 15-20% (anemia da gravidez, tem hemodiluição, protege de trombose) Viscosidade sanguínea é reduzida e reduz o risco de trombose Tem a tríade completa: hipercoagubilidade (estriol aumenta todos os fatores de coagulação), tem lesão vascular (nidação, remodelação de artérias - aumenta os vasos e fluxo - tem invasão trofoblástica, parto), tem compressão do útero sobre a cava - reduz fluxo (edema de membros inferiores, aumenta volume) Se for cardiopata, tem risco de descompensar Armadilha no manejo da gestante vítima de trauma - demora a evidenciar a perda de volume, descobre com gravidade Modificações cardiovasculares: Inicia na 5º semana Reduz a resistência vascular sistêmica, aumenta a FC e DC, aumenta pré- carga Modificações gravídicas gerais e locais 6 Alto risco de morte materna nas cardiopatas útero involui e envia todo o sangue para a corrente sanguínea, leva a choque Rotação do coração para cima e lateral Sopro sistólico suave em 90% e diastólico em 20% - decorre da hemodiluição, se for diastólico deve investigar Hipotensão supina (se ficar deitada de barriga pra cima pressiona fortemente a cava e reduz o fluxo de sangue) - tem queda de pressão sistólica e diastólica Modificações respiratórias: Diafragma eleva em 4cm Alarga o ângulo subcostal Diâmetro transverso do tórax aumenta em 2 cm Circunferência do tórax aumenta 6 cm Aumenta drive respiratório FR não muda, aumenta o volume corrente Reduz capacidade funcional e residual - empurra base do pulmão Não altera complacência (diferente da covid) Reduz a diferença arteriovenosa - respiração mais eficiente e reduz a pressão de gás carbônico Reduz bicarbonato sérico e pH Maior risco de atelectasia Modificação do trato urinário Aumento discreto do tamanho renal Aumenta ritmo de filtração glomerular Glicosúria fisiológica Redução Creatinina (0,7-1,2mg/dl para 0,5-0,9 mg/ml) - deve ser abaixo de 1 Hidronefrose fisiológica - se for grave não é explicado pela gravidez Modificações gravídicas gerais e locais 7 Reduz mobilidade do ureter e da bexiga, reduz peristaltismo (constipação), reduzeliminação de bili - leva a coleolitise, relaxa cárdia - aumenta refluxo e aumenta tempo de digestão Risco de pielonefrite Gestante é imunussuprimida levemente, progesterona assemelha-se a cortisol, leva ao aumento dos léucocitos Urina rica em glicose Retenção urinária Fazer: Urina 1: avaliar função renal Urocultura: assintomática Trata com cefalosporina Maior risco de rotura vesical Musculoesquelética Marcha anserina: relaxina relaxa os ligamentos pélvicos, bem como todos os outros do corpo, centro de peso se anterioriza, joga peso para trás e anda com pernas levemente abertas “pato” Lordose fisiologia Sobrecarga isquiática Risco de entorse: evitar esportes de contato e de impacto Oculares: Reduz pressão intraocular Aumenta pigmentação mas é imperceptível a olho nu Aumenta a dinâmica do humor aquoso Evitar trocas de óculos - reduz sensibilidade da córnea, muda refração Endócrinas: Hipoglicemia em jejum Modificações gravídicas gerais e locais 8 Glicemia do feto é 10 dcl menor que a materna, feto busca buscar glicose da mãe Lactogênio placentário é semelhante ao glucagon - contra regulador da insulina Mãe fica resistente a ação da insulina, quando come carboidrato fica por um tempo sem utilizar - aumenta na corrente sanguínea, para que o feto possa utilizar No jejum cai a glicose e quando come fica um tempo, não usa de imediato - tem hiperglicemia pós-prandial Hiperinsulinemia: aumenta muito mais a insulina Tem cetoacidose em jejum prolongado Pico de hCG em 12 semanas - aumenta náuseas e vômitos - explicar que é temporário TSH deve está abaixo de 2,5 Imunológicas: Risco de supressão de imunidade humoral e celular - feto é um enxerto Pico de IgA e IgG do muco cervical Leucocitose de até 12 mil Atentar com anticoagulantes orais Coagulação: Risco de formar coagulo venoso - TVP ou TEP Tem todos os fatores de risco Puerpério aumenta em 20 vezes o risco de TEP D- dímero aumenta na gravidez Não avaliar perfil lipídico
Compartilhar