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AULA 8

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Geogra�a política
Aula 8: Geogra�a Política e questões ambientais
contemporâneas
Apresentação
Com a Revolução Industrial, no século XVIII, o mundo conheceu a intensi�cação da exploração dos recursos naturais e o
crescente processo de degradação ambiental, com a queima de combustíveis fósseis e de �orestas e a forte emissão de
poluentes, tanto na atmosfera, como nos mares, rios e solo.
Diante da forte crise ambiental do planeta, sociedade, Estados e organizações têm se reunido em busca de soluções e,
dentre elas, está o incentivo ao desenvolvimento sustentável, conceito criado nos anos 1980 e que tem estimulado ações
ambientalmente corretas.
Objetivos
Discutir as principais questões ambientais contemporâneas;
Analisar as causas e consequências do aquecimento global;
Esclarecer as propostas do desenvolvimento sustentável.
 Questões ambientais contemporâneas
Em um mundo globalizado, as questões ambientais dos Estados-Nações podem ser extrapoladas e ser o fundamento de
questões geopolíticas. Além da poluição atmosférica, intensi�cada com a Revolução Industrial, outros fatores ambientais
podem ser considerados mais generalizados, como é o caso da poluição de rios e oceanos, as chuvas ácidas e a
deserti�cação, assim como o aquecimento global e a sustentabilidade, que serão tratados em unidades separadas, nesta aula.
Com a queima de toneladas de carvão mineral, a Primeira Revolução Industrial inaugurou a etapa de intensi�cação da poluição
atmosférica no planeta Terra, sobretudo nos países centrais, como Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha. A partir do século
XX, com o uso crescente de petróleo nas indústrias e motores de combustão, a atmosfera foi o espaço preferido de emissão de
poluentes resultantes da queima de combustíveis fósseis. Dentre os principais poluentes atmosféricos estão:
Amônia Óxido de carbono Compostos orgânicos voláteis
Material particulado Óxido de enxofre Óxidos de Nitrogênio
Embora fontes como queima oriunda de atividade vulcânica e atividade
microbiológica aquática sejam consideradas naturais, são as indústrias,
veículos automotores e aterros sanitários os maiores poluidores da
atmosfera, atualmente.
 Chuva ácida
Você já ouviu falar em chuva ácida? É uma forma de precipitação, em que a água cai misturada aos ácidos como nítrico,
nitroso e sulfúrico, resultantes de reações químicas que ocorrem na atmosfera, após o lançamento de poluentes associados
aos centros industriais. A queima de combustíveis fósseis (nos transportes, nas indústrias e nas termelétricas) é a principal
fonte da chuva ácida.
O problema é que a água ácida, embora não prejudique
diretamente o homem, pode degradar lagos e lagoas (e sua
vida aquática), que recebem continuamente a água da
chuva. Além disso, a vegetação e �orestas inteiras já foram
destruídas pelo fenômeno, tal como ocorreu com a Mata
Atlântica, nas encostas da Serra do Mar, após anos de
chuva ácida, oriunda da atividade industrial do município de
Cubatão, em São Paulo. E ainda mais! A chuva ácida causa
a contínua destruição de patrimônios culturais e
arquitetônicos expostos ao fenômeno. Muitas esculturas
são feitas de mármore e pedra-sabão e os ácidos agem
velozmente sobre essas superfícies.
Saiba mais
Você sabia que a chuva ácida pode causar um problema geopolítico internacional? A Alemanha é historicamente apontada como
um país que passou pela Revolução Industrial e, desde então, tem queimado grandes reservas de carvão mineral para alimentar a
poluente indústria siderúrgica. Essa prática contribuiu para a poluição atmosférica que, carregada pelo vento, transforma as
nuvens em potenciais polos de chuva ácida em países vizinhos, como Polônia e República Tcheca.
 Degradação dos recursos hídricos
Por sua vez, a degradação dos recursos hídricos é muito mais do que poluir os corpos d´água, como rios, nascentes e
reservatórios subterrâneos, mas retirar a sua quantidade mais do que a sua capacidade de reposição, promover a destruição da
vida aquática e destruir a mata do entorno.
Atualmente, a maior fonte de degradação dos recursos hídricos está no lançamento de esgotamento sanitário, contaminação
por causa de chorume de aterros sanitários, poluição por insumos agrícolas e rejeitos minerais, bem como pela poluição
pontual de centros industriais.
Imagine a situação de rios que cortam diferentes estados ou países, como acontece na América do Sul, com o Rio da Prata,
cujas nascentes estão no Brasil, mas essa via �uvial drena terras no Paraguai, Uruguai e Argentina. Todas as mazelas hídricas
produzidas em território nacional podem atingir as nações vizinhas.
No Oriente Médio, a água é razão para con�itos importantes, você sabia? Vamos entender melhor essa questão.
 Con�itos pela água
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Con�itos pela água
Segundo Pinto (2017), o domínio por territórios de grandes quantidades de água é um fator fundamental para que
qualquer sociedade possa garantir a sua sobrevivência e desenvolvimento, e que tem gerado muitas guerras desde
milhares de anos antes de Cristo até os dias de hoje.
A escassez de água é uma realidade que precisamos encarar. Veja a �gura, a seguir. Quanto mais azul claro, maior é a
escassez de água. Lugares como o norte da África e Oriente Médio destacam-se, certo?
Essas regiões apresentam uma signi�cativa crise quanto ao abastecimento de água, o que se agrava com a ausência
de saneamento básico.
Os recursos hídricos são usados prioritariamente para abastecimento urbano? Não. Grande parte da água vai para os
processos agropecuários, como a irrigação e a dessedentação de animais. Outra parte vai para a geração de energia
elétrica e para a produção industrial.
De acordo com Pinto (2017), no Oriente Médio, a tensão pela água é agravada pelos con�itos religiosos e territoriais,
envolvendo países como Israel, Palestina, Síria, Jordânia, Egito, Turquia e Iraque.
Em 1950, o con�ito nas margens do rio Jordão entre Síria e Israel teve como origem a construção de canais e túneis
para transpor água do mar da Galileia, que é abastecido pelo Rio Jordão, para o Deserto de Neguev (em Israel, para
promover a agricultura). Em resposta, os sírios construíram dutos para reter a água em seu território. Para garantir seu
abastecimento, Israel ocupou, em 1965, essas construções sírias.
Também no Oriente Médio, os rios Tigre e Eufrates têm suas nascentes localizadas na Turquia, que pode controlar
toda a água que segue para Síria e Iraque, posteriormente. Veja, na �gura, as terras drenadas por esses rios e sua
localização geográ�ca.
Os turcos desenvolvem vários produtos de contenção da água dos rios Tigre e Eufrates, voltados para irrigação e
geração de energia elétrica, o que tem gerado con�itos regionais. Calcula-se que a vazão dos rios tem reduzido
bastante, ao longo dos anos, prejudicando a Síria e o Iraque, que também precisam desse recurso hídrico.
Iraque e Síria pedem mais água, pois enfrentam uma forte seca, mas a Turquia diz que está no limite. A questão
ameaça prejudicar as relações entre a Turquia e seus vizinhos e complicar os esforços para levar estabilidade à região.
Segundo Pinto (2017), alguns analistas acreditam que a Turquia tem como objetivo utilizar deste controle para
pressionar o Iraque a negociar petróleo com o país. Já no caso da Síria, a pressão por parte dos turcos seria para
retirar o apoio dado aos curdos, que reivindicam um país autônomo, e que incluiria partes do território turco, localizado
nas nascentes dos rios Tigre e Eufrates.
Por sua vez, um dos pontos de tensão entre China e Índia ocorre no curso do Rio Brahmaputra, que tem sua nascente
localizada na região do Tibete, da China, e depois se desenvolve, em direção à Índia. O governo indiano acusa os
chineses de construírem usinas ao longo do rio, podendo futuramente diminuir o volume de água tanto para a Índia
quanto para Bangladesh. Veja, na �gura a seguir, a localização do Rio Brahmaputra:
Outros con�itos pela água que vêm preocupando as autoridades mundiaisocorrem entre Paquistão e Índia e entre
Índia e Bangladesh, que tem como alvo da disputa o controle sobre o Rio Indo, que nasce no território chinês do
Himalaia, e que percorre a região da Caxemira, que �ca em território indiano e é reivindicada pelos paquistaneses.
Essa região preocupa porque tanto a Índia quanto o Paquistão são países com grande potencial atômico. Aliás,
Myanmar, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã, Bangladesh e, principalmente, Índia, são todos países que dependem dos
rios que descem as geleiras do Himalaia e desafogam suas águas no Oceano Índico.
 Impactos econômicos gerados pela poluição dos mares e oceanos
Ainda dentro do contexto hídrico, não podemos esquecer de discutir a questão da poluição dos mares e oceanos, que banham
inúmeras nações e territórios. Além da clássica questão da falta de saneamento dos países, os oceanos estão concentrando
material plástico, resultante da inadequada destinação dos resíduos sólidos.
Literalmente, estamos falando de um "oceano de plástico". E, embora esses detritos estejam disseminados por todas as áreas,
os oceanógrafos a�rmam que eles têm se concentrado em um lugar denominado de plastic patch, no Oceano Pací�co.
E você sabia que essa poluição toda tem custado caro para os seres humanos? Segundo um estudo publicado no Boletim da
Poluição Marinha, citado por Barbosa (2019), serão impressionantes US$2,5 trilhões os desembolsos resultantes dos seus
efeitos negativos sobre os ecossistemas marinhos. E esses valores são associados a que fatores, especi�cadamente?
De acordo com Barbosa (2019), na prática, esse valor representa todas as perdas e danos causados aos serviços ambientais
importantes que o mar fornece, como a produção de oxigênio e alimentos, armazenamento de carbono e a manutenção do
equilíbrio térmico no mundo. Nesta lista entram, ainda, atividades e benefícios inestimáveis ligados a atividades de lazer
(contemplar o mar na praia não custa nada e é muito relaxante).
E como pagar essa conta? Com esforço geopolítico internacional. As nações
precisam se ajudar, em vez de potencializar con�itos regionais.
 Deserti�cação
Outro problema ambiental mais global que tem chamado a
atenção de líderes mundiais é deserti�cação.
Na Rio-92, o conceito de deserti�cação foi cunhado pela
Convenção das Nações Unidas de Combate à
Deserti�cação. O fenômeno é resultante da degradação de
solos nas áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas que
se transformam em desertos, por causa da redução da
biodiversidade e que tem no homem o maior causador.
E que tipo de atividades antrópicas podem causar ou potencializar os processos de deserti�cação? Veja, a seguir:
Desmatamento de áreas com vegetação nativa. Uso intenso do solo, tanto na agricultura quanto na pecuária.
Práticas inadequadas de irrigação. Mineração
E que tipos de problemas o ser humano pode ter com a ampliação de
trechos áridos no Planeta Terra?
Bem, só para começar, as secas não possuem muita umidade, o que afeta diretamente as condições meteorológicas. Com o
solo estéril e seco, há di�culdade no desenvolvimento de atividades agropastoris, o que pode resultar na redução de áreas
agrícolas e, por conseguinte, a produção de alimentos. Dentre as principais consequências da deserti�cação, estão:
1
Eliminação da cobertura vegetal.
2
Redução da biodiversidade.
3
Sinalização e alcalinização do solo.
4
Intensi�cação do processo erosivo.
5
Redução da disponibilidade e da
qualidade dos recursos hídricos.
6
Diminuição na fertilidade e
produtividade do solo.
7
Redução das terras agricultáveis.
8
Redução da produção agrícola.
9
Desenvolvimento de �uxos migratórios.
Em 2010, a ONU declarou a década seguinte (2010 a 2020) como sendo a Década das Nações Unidas para os desertos e a luta
contra a deserti�cação. Cerca de 30% do território do nosso planeta já está sofrendo as consequências do processo de
deserti�cação.
A medida mais e�caz de combate à deserti�cação é a manutenção das áreas verdes e a promoção da biodiversidade. A
vegetação mantém a umidade no solo e contribui para o processo de evaporação, formador de chuvas. Também é
fundamental adotar técnicas sustentáveis de utilização do solo, que garantam a prática da agropecuária sem impactar
negativamente o meio ambiente.
Saiba mais
Assista à reportagem Deserti�cação no Brasil: 33% da superfície do planeta já está comprometida.
Você sabia que Yacouba Sawadogo, um fazendeiro de Burkina Faso (África), parou a deserti�cação em sua aldeia plantando
árvores? Sugerimos que você assista ao documentário intitulado O homem que parou a deserti�cação.
 A questão do clima com o aquecimento global
A radiação solar é o fator determinante do clima. São as condições térmicas da atmosfera e da superfície do solo que
determinam as temperaturas médias e extremas de uma região, as precipitações, os ventos e outros fenômenos climáticos.
Você já ouviu falar no fenômeno conhecido como efeito estufa? Será que é a mesma coisa que aquecimento
global?
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A radiação solar, quando chega à superfície terrestre, é parcialmente absorvida e a maior parte é re�etida, de volta ao espaço.
Mas, um conjunto de gases presentes na atmosfera acabam por reter essa energia reemitida, auxiliando no aquecimento do ar
atmosférico. Na verdade, é esse fenômeno que mantém a Terra aquecida, quando anoitece e o sol não é capaz de aquecer a
parte na sombra. Chamamos de efeito estufa.
Saiba mais
Assista ao vídeo Efeito estufa.
Então, podemos concluir que efeito estufa é um mecanismo natural do
planeta Terra para possibilitar a manutenção da temperatura numa média de
15ºC.
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Os principais absorventes da energia na atmosfera são o vapor d’água, o ozônio troposférico, o dióxido de carbono e as nuvens,
que podem ser encontrados naturalmente na Terra e é a sua produção que cria essa condição de efeito estufa e manutenção
de uma temperatura média.
Mas, tudo seria bem legal se esses gases não estivessem sendo produzidos em grande quantidade, nos últimos séculos,
aumentando a sua concentração, na atmosfera. E aumentando a sua capacidade de produzir o efeito estufa. Intensi�cando o
efeito estufa. Pronto! Aí está o problema!
É exatamente a intensi�cação do efeito estufa que tem causado o que
entendemos como aquecimento global.
Atualmente, as Nações Unidas reuniram um conjunto de gases que causam a intensi�cação do efeito estufa e os chamou de
Gases Efeito Estufa (GEE). Os gases internacionalmente reconhecidos como gases de efeito estufa regulados pelo Protocolo
de Quioto estão presentes a seguir:
Nas Nações Unidas, existe um órgão que cuida exclusivamente das questões das �utuações climáticas globais, que é o Painel
Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC). Todas as vezes que você obtiver informações sobre aquecimento
global, é bom prestar atenção e veri�car se a fonte é o IPCC.
 Flutuações climáticas globais
 Clique no botão acima.
Flutuações climáticas globais
A temperatura da Terra tem aumentado muito? De acordo com Silva (2009), o IPCC nos informa que a maior parte do
aumento do dióxido de carbono ocorreu nos últimos 100 anos, com crescimento mais acentuado a partir de 1950.
Segundo o órgão, nos últimos 140 anos a temperatura da Terra aumentou, em média, 0,7 °C.
Precisamos ter cuidado com as projeções alarmistas, por isso, é bem interessante veri�car as propostas do IPCC. Em
um relatório produzido em 2013, o órgão mundial destacou que é possível que a temperatura do planeta possa
aumentar em quase 5ºC até 2100. É uma previsão bastante pessimista, considerando que nada seja feito a partir de
agora.
Mas, vamos pensar positivo? Caso as ações propostas pelos cientistas para redução das causas do efeito estufa
sejam colocadas em prática, então, a elevação da temperatura poderá variar entre 0,3°C e 1,7ºC no período 2081-2100.
Os especialistas apresentaram essa variação baseada em quanto o planeta pode emitir, nas próximas décadas, de
gases que provocam o efeito estufana atmosfera. É que o IPCC considera agora "extremamente provável" que a
in�uência da atividade humana seja a principal causa do aquecimento global observado desde meados do século 20,
de acordo com o UOL (2013).
É consenso na comunidade cientí�ca de que as principais causas do aquecimento global estão associadas às
atividades antrópicas, sobretudo a queima de combustíveis fósseis, queimadas e desmatamento. Acompanhe no
vídeo, a seguir:
O principal GEE em discussão é o gás carbônico (CO2), porque ele tem aumentado ao longo dos séculos, desde a sua
primeira medição e esse crescimento está sendo atribuído às emissões decorrentes das atividades humanas, como a
queima de combustíveis fósseis e de �orestas tropicais.
O aquecimento global tem impactos profundos no planeta: Extinção de espécies animais e vegetais, alteração na
frequência e intensidade de chuvas (interferindo, por exemplo, na agricultura), elevação do nível do mar e intensi�cação
de fenômenos meteorológicos (por exemplo: Tempestades severas, inundações, vendavais, ondas de calor, secas
prolongadas), entre outros (BRASIL, 2017).
Mas, como deter o aquecimento global? Este é um questionamento feito por várias esferas da sociedade. E medidas
precisam ser tomadas.
Em 1997, no Japão, muitos países reuniram-se e, como solução, determinaram que países ricos deveriam ter metas de
redução de GEE, o que agradou as nações periféricas (muitas também grandes emissoras) e enfureceu os Estados
Unidos, que se recusaram a assinar o Protocolo de Quioto.
As discussões continuaram avançando e, em 2015, um novo acordo foi assinado, intitulado de Acordo de Paris. Na 21ª
Conferência das Partes (COP21), reunião bienal, organizada pela ONU, na França, 195 países acordaram sobre algumas
medidas para a redução das emissões de GEE.
Saiba mais
Assista à reportagem sobre a insu�ciência do Protocolo de Quioto.
Assista ao vídeo O Acordo de Paris explicado: Como funciona o tratado?
 Atividade
1. Encontramos na atmosfera gases que possuem efeito termorregulador. Alguns cientistas defendem a ideia de que desde a
Primeira Revolução Industrial, a emissão de determinado gás na atmosfera tem crescido, contribuindo para a potencialização
de sua ação e intensi�cando o efeito estufa. Que gás é esse?
a) Ozônio
b) Dióxido de carbono
c) Nitrogênio
d) Enxofre
e) Argônio
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2. (FAFIPA 2016). A tirinha de Carlos Ruas (//www.umsabadoqualquer.com/) apresenta um dos grandes problemas ambientais
da atualidade, muito discutido internacionalmente, inclusive em um tratado internacional importantíssimo, que visa a sua
melhora.
Assim, com base na tirinha apresentada e no que foi dito, assinale a alternativa correta:
a) Trata-se do aquecimento global, causado pelo aumento dos gases do efeito estufa, sendo o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris os
principais documentos internacionais a seu respeito.
b) Trata-se do aquecimento global, causado pelo aumento do buraco da camada de ozônio, sendo o Protocolo de Quioto o principal
documento internacional a seu respeito.
c) Trata-se do aquecimento global, causado pelo aumento dos gases do efeito estufa, sendo o Protocolo de Montreal o principal
documento internacional a seu respeito.
d) Trata-se do aquecimento global, causado pelo aumento do buraco da camada de ozônio, sendo o Protocolo de Montreal o principal
documento internacional a seu respeito.
e) Trata-se do aquecimento global, causado pelo aumento do buraco na camada de ozônio, sendo o Protocolo de Quioto e o Acordo de
Paris os principais documentos internacionais a seu respeito.
 A sustentabilidade
Em 1972, aconteceu o primeiro grande evento em prol do
meio ambiente, organizado pelas Nações Unidas. Foi a
Conferência de Estocolmo, que reuniu lideranças
internacionais para debater a relação entre a busca do
crescimento econômico e a degradação ambiental
correspondente.
Da Conferência de Escolmo, algumas iniciativas foram
realizadas nos países centrais e periféricos em busca de
maior normatização da exploração dos recursos naturais e,
no Brasil, a legislação ambiental protetora tem evoluído.
No cenário mundial, a Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU, na década
de oitenta, foi muito importante para a sustentabilidade. A
comissão foi presidida pela norueguesa Gro Harlem
Brundtland, médica e mestre em Saúde Pública que, junto
com sua equipe, tinha o objetivo de pesquisar as questões
críticas ambientais e buscar formular propostas efetivas de
abordagem na busca por soluções na relação entre meio
ambiente e desenvolvimento econômico.
 Gro Harlem Brundtland
Em 1987, os resultados da comissão foram apresentados ao mundo, através do relatório Nosso Futuro Comum, mas que �cou
conhecido mundialmente como Relatório Brundtland.
O documento destacou três componentes fundamentais para o desenvolvimento sustentável: Proteção ambiental, crescimento
econômico e equidade social. O paper também apresentou uma receita fundamental para o futuro, representada pelo conceito
de desenvolvimento sustentável, descrito por Leite & Awad (2012).
"Desenvolvimento sustentável é desenvolvimento que atende às necessidades do
presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas próprias
necessidades."
- (LEITE & AWAD, 2012)
A partir de então, o desenvolvimento sustentável tornou-se uma prática a ser perseguida pela sociedade, governos e
instituições. Hoje, muitas nações, Estados e institutos têm encontrado maneiras de se alcançar esse objetivo.
Essa discussão sobre sustentabilidade permeou as discussões na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento (Rio 92) e inúmeros países assinaram documentos que reforçavam a necessidade de se alcançar o
desenvolvimento sustentável. Na Rio+20, novamente, essas nações reuniram-se para determinar que avanços estavam sendo
feitos em prol dessa meta e o que precisava ser feito para que essa evolução fosse mais efetiva.
Saiba mais
Assista ao vídeo Gro Brundtland- Desenvolvimento sustentável: Como tudo começou.
Assista ao vídeo Rio+20- Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
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 Atividade
3. Observe a reportagem a seguir: 
 
O aumento na concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, responsável pelo aquecimento global, levou o índice a
um nível recorde em 2016. É o maior em cerca de 800 mil anos, anunciou nesta segunda-feira a Organização Meteorológica
Mundial (OMM), que adverte sobre um aumento perigoso da temperatura. 
 
Dentre as causas do aquecimento global, não está:
a) A destruição de balões, durante a época das festas juninas, no Brasil.
b) Queima de combustíveis fósseis promovidos principalmente pelos veículos automotores e indústrias.
c) A emissão de gases metano pelos aterros sanitários.
d) O crescimento industrial a partir da Primeira Revolução Industrial.
e) As queimadas de florestas tropicais em todo o mundo, sobretudo no Brasil.
Notas
Referências
BARBOSA, Vanessa. Poluição dos oceanos por plástico custa ao mundo US$2,5 trilhões por ano. Exame, 12 abr. 2019.
Disponível em: https://exame.abril.com.br/economia/poluicao-dos-oceanos-por-plastico-custa-ao-mundo-us25-trilhoes-por-
ano/. Acesso em: 06 out. 2019.
BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Quais as consequências do
aquecimento global? Disponível em: //www.inpe.br/faq/index.php?pai=9. Acesso em: 06 out. 2019.
LEITE, Carlos; AWAD, Juliana di Cesare Marques. Cidades sustentáveis, cidades inteligentes. Porto Alegre: Bookman, 2012.
SILVA, Robson Willians da Costa; PAULA, Beatriz Lima de. Causa do aquecimento global: Antropogênica versus natural. Revista
Terræ Didatica, 2009, 5(1):42-49. Disponível em: https://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v5/pdf-v5/TD_V-a4.pdf. Acessoem:
06 out. 2019.
UOL. Temperatura do planeta pode subir quase 5ºC até �m do século, estima IPCC. Notícias UOL, 29 set. 2013. Disponível
em: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/09/27/temperatura-do-mundo-pode-subir-ate-
48c-no-seculo-21-estima-ipcc.htm. Acesso em: 06 out. 2019.
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Complexo industrial militar;
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