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Nordeste: Cultura, Turismo e Economia

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Geogra�a Regional do Brasil
Aula 6: Nordeste, cultura e turismo
Apresentação
O Nordeste foi a primeira região ocupada na história do Brasil; dessa forma, durante muito tempo, esteve no centro das
decisões políticas e econômicas e da concentração populacional.
Não é possível falar sobre a cultura nordestina sem mencionar, mais uma vez, a riqueza histórica dessa região, que é a
mais antiga do país. Talvez por isso apresente uma das mais belas expressões de nossa identidade nacional.
Objetivos
Discutir a diferenciação das sub-regiões nordestinas;
Analisar as relações entre o povo nordestino, suas tradições e sua cultura;
Examinara questão turística na região nordestina.
1.0 - Sub-regiões, ocupação e
econômia
O grande potencial de cultura e economia do Nordeste é o
fato de que não se trata apenas de uma região, mas de
várias. Por conta de suas diferenças quanto ao clima, à
vegetação e ao relevo, o Nordeste é dividido em quatro sub-
regiões, que se distinguem conforme nos distanciamos do
litoral oriental. Veja a �gura ao lado.
 (Fonte: Mundo Educação)
Essa diferença regional está muito associada às condições de relevo. Na �gura a seguir, observe a área serrana ou de planície,
da Zona da Mata, trecho um, enquanto o Agreste predomina nas regiões mais altas do Planalto da Borborema. E, por �m, o
Sertão está presente na depressão interplanáltica.
 (Fonte: marcosbau)
A Zona da Mata localiza-se exatamente na região mais
próxima do Oceano Atlântico, onde o relevo é de planície ou
com serras voltadas para o mar. O clima é quente, chove
bastante, e o bioma predominante é a Mata Atlântica.
Na história da ocupação do território brasileiro, a região
Nordeste (Zona da Mata) foi a primeira a ser apropriada e
explorada pelos portugueses, durante as décadas iniciais do
Brasil colonial. A primeira atividade econômica foi a
extração do pau-brasil, seguida da cana-de-açúcar e das
demais atividades, que possuíam, quase sempre, a mão-de-
obra escrava como base; primeiro indígena e, depois, negra.
 Fragmentos do ecossistema de restinga, dentro do bioma Mata Atlântica, em Arraial
d´Ajuda, ao sul de Porto Seguro, na Bahia (Fonte: Autora).
Considerada a mais desenvolvida do Nordeste, a Zona da Mata é aquela que mais apresenta indicadores sociais baixos e
problemas urbanos mais intensos. Ocupa todo o litoral, que vai desde o Rio Grande do Norte até o Sul da Bahia. A área mais
“problemática” do Nordeste não é o sertão, mas, sim, a faixa litorânea, aquela que concentra mais pessoas, indústrias e
urbanização, em razão da ocupação histórica dessa região.
Sua importância está na concentração de núcleos urbanos, na infra-
estrutura e nos pólos industriais, além da concentração populacional. Das 9
capitais da região nordestina, 6 encontram-se na Zona da Mata: Natal, João
Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e Salvador, sendo Recife e Salvador as duas
principais metrópoles. No entanto, essa posição privilegiada com relação
aos pilares político e econômico confere-lhes também o maior número de
problemas urbanos e sociais.
Do Rio Grande do Norte ao norte baiano, a Zona da Mata Açucareira destaca-se pela produção mecanizada de cana-de-açúcar
e pelas usinas de açúcar e álcool. É a ocupação mais antiga do Brasil, caracterizada pela monocultura, pelo latifúndio e pela
produção no estilo plantation.
Por sua vez, no Sul da Bahia, ou Zona do Cacau, destaca-se a produção de cacau, sobretudo para exportação. As cidades mais
importantes são Ilhéus e Itabuna, marcadas pela concentração de terras e pelo poder concentrado na mão das elites locais, o
que acaba excluindo os pequenos produtores, expulsando-os para as cidades da região.
 Praia de Pitinga, em Arraial D’Ajuda (Fonte: Autora).
É preciso lembrar que um importante impulso econômico
dessa região litorânea é o turismo, uma vez que o Nordeste
está entre os principais destinos do Brasil. Destaque
também pode ser dado para a indústria pesqueira,
sobretudo a pesca artesanal, que, além de ser uma fonte de
renda, auxilia na manutenção da cultura dos pequenos
pescadores, catadores de caranguejo e pequenos
extrativistas.
A segunda sub-região é o Agreste, caracterizado como uma zona de transição entre o Sertão e a Zona da Mata. Ele possui
aspectos naturais mistos que englobam tanto a Mata Atlântica e o clima úmido do litoral quanto da caatinga seca do interior.
Essa área �ca no Planalto da Borborema, uma formação rochosa cuja altitude média é de 500m, apresentando alguns cumes
que podem chegar amais de 1200m, como é o caso do Pico do Papagaio, em Pernambuco.
Em termos econômicos, trata-se de um local de pequenas e médias propriedades, onde predomina a agricultura familiar na
policultura de algodão, café e frutas, entre outros. Também é praticada a agricultura de brejo nas bordas no planalto, pois a
fertilidade do solo e umidade facilitam essa atividade. A criação de rebanhos bovinos e caprinos também acontece, seguida da
produção de leite e da presença de indústrias de laticínios.
Comentário
Você sabia que o Agreste se destaca pela produção algodoeira do país? O apoio técnico da Embrapa tem contribuído para retirar
inúmeras pessoas da situação de extrema pobreza na região.
Além disso, a cidade de Campina Grande (PB) possui
destaque na indústria de software, disputando com João
Pessoa a predominância econômica. Caruaru (PE) e Feira de
Santana (BA) também são importantes centros do Agreste
por serem cidades comerciais que atendem ao mercado
local, na prestação de serviços e no comércio, por meio de
festas juninas, feiras livres e festivais culturais. Na �gura ao
lado, vemos os festejos em Campina Grande.
 Festa Junina de Campina Grande (Fonte: Jornal da Paraíba)
Talvez uma das mais conhecidas sub-regiões seja o Sertão Nordestino, que aparece como destaque na mídia por conta das
secas que assolam a região e a população que nela vive. Tida como o retrato do Nordeste, é a imagem do solo rachado e sem
vegetação que está na mente da maioria das pessoas que não conhecem o local.
O Sertão está localizado em uma área de baixas altitudes (Depressão Nordestina), circundada por duas formações geológicas
com altitudes mais altas, como os Planaltos da Borborema e Central).
Comentário
Será que a semi-ardidez do sertão é causada pelo alto relevo perto do litoral? Embora seja um dos motivos, há as questões de
pressão atmosférica e albedo.
"As causas da escassez de precipitação naquele ponto do
território brasileiro são múltiplas e ainda não inteiramente
explicadas."
(Fonte: ROSS, 1996, p.104)
 Caatinga. (Fonte: Kleber Cordeiro / Shutterstock).
Nesse lugar, predomina a caatinga, cuja vegetação é
composta de cactáceas xeró�tas, que são plantas
adaptadas à escassez de água, com raízes aprofundadas,
espinhentas e que guardam água em seu interior. O clima
semiárido é tipicamente seco, com chuvas irregulares e mal
distribuídas, ou seja, além de ocorrerem em pequena
quantidade, ainda se concentram somente em
determinados períodos do ano. Ex: 8 meses sem chuva e 4
meses com chuvas não muito intensas.
O domínio das caatingas brasileiras é um dos três pontos do semiárido dentro da América do Sul, mas se apresenta como:
"a grande região seca, mais homogênea do ponto de vista
�siográ�co, ecológico e social dentre todas elas"
(Fonte: AB'SÁBER, 2003, p.83)
Para o cotidiano do sertanejo e a sobrevivência de sua família, o fator interferente mais grave reside nas irregularidades
climáticas periódicas que assolam o espaço social dos sertões secos. Na verdade, os sertões nordestinos não escapam de um
fato peculiar a todas as regiões semiáridas do mundo: a variabilidade climática. Assim, a média das precipitações anuais de
uma localidade qualquer serve apenas para normatização e referência, em face de dados climáticos obtidos em muitos anos. O
importante a ser destacado é a sequência altamente irregular dos anos de ritmo habitual, entre os quais se intercalam trágicos
anos de secas prolongadas, que representam dramas inenarráveispara os pequenos sitiantes e camponeses safristas das
áreas mais afetadas pela ausência das chuvas habituais de �ns e início de ano (AB’SABER, 2003).
Os sertanejos buscar se preparar para o período de seca. Observe, na foto a seguir, um registro feito no trajeto entre Juazeiro
do Norte (CE) e Exu (PE):
 Grupamento familiar reunindo a colheita de feijão e acondicionando-a em garrafas pet; eles se alimentarão disso durante o período de estiagem (Fonte: Autora)
O que é praticado no Sertão Nordestino é a pecuária
extensiva de subsistência, a mesma impulsionada pela
interiorização da ocupação brasileira desde a colônia. São
criados bovinos e animais de pequeno porte, sobretudo as
cabras, que representam o maior rebanho do Brasil. O
rebanho de asininos (jumento, mulas e burros) também é
importante, pois, em razão de sua força física, foram e são
muito utilizados no transporte de cargas, embora estejam
sendo gradativamente substituídos pelas motocicletas.
A implantação de novas técnicas de cultivo tem mudado o
cenário da agricultura na região. O Rio São Francisco é a
principal bacia hidrográ�ca regional e, além de fornecer
energia elétrica, também contribui para a irrigação por
gotejamento. Dessa forma, as áreas próximas ao vale do
“Velho Chico” têm se tornado, cada vez mais, produtoras
signi�cativas de frutas frescas no Brasil (como melão, uva
de mesa e manga). Podemos destacar o Vale do Rio Piranha
(RN), Petrolina (PE) e Juazeiro do Norte (BA) como
fornecedores de produtos para o abastecimento do
mercado interno e externo por meio da fruticultura. Além
disso, as últimas duas cidades são de extrema relevância no
cenário cultural.
 Extensa área de fruticultura irrigada em Petrolina (Fonte: Wikimedia)
A última sub-região é o Meio-Norte, mais uma região de transição que guarda em seu interior formas físicas mistas, que vão
desde a Caatinga do Sertão até resquícios de Floresta Amazônica e do Cerrado. É caracterizado por um clima tropical
semiúmido na maior parte do território e clima equatorial úmido na porção oeste.
 Palmeira da carnaúba, no Vale do rio Preguiças, na cidade de Barreirinhas, no
Maranhão, próximo dos Lençóis Maranhenses (Fonte: Autora)
Originalmente, essa região era tomada por uma transição
entre a mata densa amazônica, as plantas arbustivas do
cerrado e as xeró�las da caatinga. Hoje, o que predomina é
a vegetação secundária da Mata dos Cocais. Apesar de não
originária, os Cocais do Meio-Norte garantem a subsistência
da região por meio da agricultura e de cultivos tradicionais,
sobretudo na �gura das mulheres quebradeiras de babaçu e
da carnaúba, para a produção de coco e cera.
Além disso, é forte o cultivo de arroz, cana, algodão e soja, em uma área de
expansão das fronteiras agrícolas conhecida como MATOPIBA.
É também ali, por meio do porto no município de São Luís (MA), que escoa a
produção de ferro vinda da região dos Carajás, alimentado pelo Programa
Grande Carajás.
2.0 - Povo, tradições e cultura
O Nordeste possui um patrimônio literário, de lendas, histórias populares, musical e de danças incrivelmente grande. Somente a
Paraíba possui 21 ritmos catalogados, e cada estado vai expressar de forma mais ou menos intensa cada um deles. A poesia, a
literatura de cordel e a literatura tradicional também são expressivas e com grandes nomes conhecidos nacional e
internacionalmente.
Nomes conhecidos nacional e internacionalmente.
José de Alencar Nelson Rodrigues Jorge Amado Ariano Suassuna
1829-1877 - Fortaleza (CE) 1912-1980 - Recife (PE) 1912-2001 - Salvador (BA) 1927-2014 - João Pessoa (PA)
(Fonte: Alberto
Henschel/Wikipedia)
(Fonte: Wikipedia) (Fonte: Wikipedia) (Fonte: Wikipedia)
Como deixar de falar da literatura de cordel? Um gênero literário
inteiramente popular, elaborado predominantemente na forma
rimada, originado de relatos orais e, depois, impresso em folhetos.
Musicalmente, a região apresenta tanto danças quanto letras e melodias típicas e tradicionais conhecidas nacionalmente,
como o forró, axé, xote, baião, frevo, maracatu, além de tantos outros que fazem parte da cultura popular. Além disso, grandes
nomes da música popular brasileira (MPB) nasceram nessa região: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alceu Valença, Ivete Sangalo,
Elba Ramalho, Zé Ramalho, entre outros.
 Estátua de Luiz Gonzaga (Fonte: Autora).
Luiz Gonzaga, um famoso pernambucano, foi o precursor
do baião, um tipo de música/ritmo que, junto a outros
ritmos, como xote, xaxado e coco, faz parte do chamado
forró nordestino. Vários artistas deram continuidade ao
legado de Luiz Gonzaga, como é o caso de Sivuca,
Dominguinhos, Waldonys e Jackson do Pandeiro.
Em uma simples visita à cidade de Exu, em Pernambuco, é
possível observar inúmeras estátuas de Luiz Gonzaga.
Quem visita a região não pode deixar de visitar o museu à
memória desse artista.
Não se pode deixar de falar do frevo, muito comum nos estados da Paraíba e de Pernambuco. O ritmo caracteriza-se pela
dança acelerada e pelos passos, que lembram a capoeira. O gênero musical já revelou grandes artistas, como Elba Ramalho,
Alceu Valença e Geraldo Azevedo, que, ao lado de Zé Ramalho, misturaram frevo, forró, rock, blues e outros ritmos.
Prefeitura de Olinda (Fonte: Wikipedia) Fonte: Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo (Fonte: G1)
Nos anos 1980, a Bahia tornou-se novamente berço de um importante
gênero musical, o axé music, tendo como expoentes: Chiclete com Banana,
Luiz Caldas, Daniela Mercury, Timbalada e Olodum.
Na culinária nordestina, percebe-se uma grande constelação de estrelas gastronômicas, como as demonstradas a seguir:
Buchada de bode Baião de dois Acarajé
(Fonte: Cacio Murilo/ Shutterstock) (Fonte: Zé Carlos Baretta/ Wikipedia) (Fonte: Claudia Baiana/ Wikipedia)
Moqueca de peixe Cuscuz de milho
(Fonte: DAR7 e Eloy Olindo Setti/ Wikipedia) (Fonte: Wikipedia)
No que se refere à religião nordestina, podemos destacar:
 Praça Irmã Dulce, em Salvador. (Fonte:
Wikipedia).
O cristianismo (catolicismo); inclusive, algumas �guras são regionalmente veneradas, como é o caso do padre Cícero, do Frei
Damião, da Irmã Dulce, do Padre Ibiapina e de Maria de Araújo.
 Estátua de Padre Cícero, em Juazeiro do
Norte – CE (Fonte: Autora).
Núcleos religiosos e de peregrinação de romeiros em vários locais, sobretudo em Bom Jesus da Lapa (BA), Juazeiro do Norte e
Canindé (CE) e Santa Cruz dos Milagres (PI).
 Lavagem do Bonfim (Fonte: Autora)
No mês de janeiro, em Salvador, acontece uma tradicional celebração religiosa nas escadarias da Igreja Nosso Senhor do
Bon�m, a lavagem do Bon�m.
 Festa do Divino Espírito Santo (Fonte:
Correio MA)
No Maranhão, o Tambor de Mina é herança da religião africana, onde há a presença cultural de gentisvodus, e caboclos,
entidades que podem se manifestar em “pais” e “�lhos de santo”. Nesse estado, também é possível usufruir da Festa do Santo
Padroeiro, São José de Ribamar, bem como de outras festas de santos que acontecem na capital e no interior maranhense,
além da Festa do Divino Espírito Santo, que se funde com religiões africanas.
 Oferendas para Iemanjá. (Fonte: Cassio
Habib / Shutterstock).
Na Bahia, os orixás são vinculados ao candomblé, que possui inúmeros adeptos e buscam reverenciar Iemanjá com oferendas,
que são lançadas ao mar ou colocadas em pequenos barcos soltos em alto-mar.
Assim, o Nordeste é um dos destinos mais procurados dentro do Brasil; isso se deve não somente às lindas praias de seu
litoral, mas também à cultura e à exuberante natureza, até mesmo nos sertões. É preciso lembrar que a Chapada Diamantina,
uma das formações mais altas do país, encontra-se nessa sub-região.
Atenção
Em virtude da importância econômica do turismo para os nordestinos, vale comentar sobre o recente derramamento de óleo
ocorrido no litoral e que ainda continua sem solução por parte do governo brasileiro. Esse acidente causou um impacto na
economia local.
3.0 - Turismo no Nordeste
Nos últimos anos, o turismo tem aumentadobastante, o que tem melhorado as condições econômicas e se tornado
importante fonte de renda regional. Porém, é bom deixar claro que, muitas vezes, a atividade tem proporcionado super
exploração na paisagem e desagregação de históricas relações culturais.
Olhar o turismo como um fenômeno complexo permite a compreensão de que essa atividade envolve desde a ocupação
imobiliária, a alteração e descaracterização da paisagem até o deslocamento das comunidades locais, o aumento demográ�co
sazonal e o consequente aumento na produção de esgoto e lixo (OEI, 2020).
Quando se buscam opções turísticas, é preciso decidir que
tipo de atividade a pessoa procura.
Visitar praias?
Tomar banho de rio?
Passear pelas serras e cachoeiras?
Aventurar-se por lagoas e areias?
Conhecer patrimônios históricos?
 (Fonte: StunnningArt/Shutterstock)
Lagoa Azul, nos Lençóis Maranhenses (Fonte: Autora) Delta do Parnaíba, (Fonte: Piauí hoje)
No Maranhão, o centro histórico de São Luís guarda segredos e
tradições importantes, com seus casarões e suas calçadas sem
asfalto/cimento. Por meio de Barreirinhas, é possível visitar o
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, onde o contato com
dunas e lagoas límpidas formam uma paisagem de tirar o
fôlego.
Seguindo pelo litoral, é importante visitar a única foz em forma de
deltaem mar aberto pertencente ao território nacional, o Delta do
Parnaíba, que lambe as águas do Oceano Atlântico na minúscula
costa do Piauí.
                                                                                                                 
Pedra Furada. Jericoacoara – CE. Por Anderps (Fonte:
Anderps/Wikipedia).
Vista do Morro do Careca. Natal-RN. (Fonte: Wikipedia)
A partir do Delta, é possível conseguir uma passagem e seguir
em direção ao Ceará, passando,inequivocamente, por
Jericoacoara e prosseguindo para a costa cearense, que possui
várias opções de lazer, como as praias de Canoa Quebrada,
Lagoinha, Cumbuco e Águas Belas.
No Rio Grande do Norte, sua capital, Natal, guarda o Morro do Careca
e o Parque das Dunas. Dessa cidade, é possível ir para Maracajaú,
Genipabu, Pipa e Barra de Cunhaú.
                                                                                                                 
São João de Campina Grande. (Fonte: Wikipedia) Ponto extremo Oriental das Américas. (Fonte: Autora)
Adentrando o estado da Paraíba, é imprescindível visitar o maior São
João do mundo, em Campina Grande.                         
                             
Em João Pessoa, deve-se visitara Praia de Tambaú, Cabo Branco
e Ponta do Seixas, onde está o ponto mais oriental da América
do Sul.
Pôr do sol Praia da Jacaré (Fonte: Henrique Martins de
Oliveira/Wikipedia).
Carnaval em Recife (Fonte: Antônio Cruz/Wikipedia).
Em João Pessoa, ainda é possível aproveitar o espetacular pôr do sol
na praia do Jacaré, ao som do Bolero de                       
Ravel.                                                                                                     
Recife é a capital do frevo e fica próximo a Olinda, que permite
aos visitantes a possibilidade de ter contato direto com a cultural
local e os bonecos gigantes, que tanto encantam o carnaval
pernambucano.
Vista de Porto de Galinhas - PE (Fonte: Leo Benini/Wikipedia). Arquipélago de Fernando de Noronha (Fonte: Roberto
Garrido/ Wikipedia)
Em Pernambuco, também é possível visitaras grandes porções recifais, como
aquelas localizadas em Carneiros, Porto de Galinhas e na Ilha de
Itamaracá.                                                                                                             
O arquipélago de Fernando de Noronha fica em
Pernambuco, embora o acesso mais rápido a esse local
seja por Natal. Os grandes recifes de corais, as encostas
cobertas por vegetação arbustiva e a possibilidade de
ver ampla vida marinha tornam o lugar um ambiente
propício para visitas.
Canyon do São Francisco, no município de Piranhas, em Alagoas
(Fonte: Autora)
Mangue Seco (Fonte: Glauco Umbelino/Wikipedia)
No estado de Alagoas, o visitante pode visitar não somente a Foz do
Rio São Francisco, como também as áreas rochosas dos inúmeros
canyons. A partir de Maceió, partem passeios para a paradisíaca
Maragogi e as especiais localidades de São José dos Milagres e Barra
de São Miguel.   
Por sua vez, Aracaju, em Sergipe, oferece opções de turismo
importantes, como é o caso do bairro de São Cristóvão. É
dessa capital que você consegue visitar o badalado local onde
foi gravada a novela Tieta; trata-se de Mangue Seco, no norte
da Bahia.
Vista panorâmica de Salvador - BA (Fonte: Berenice Kauffmann
Adub/Wikipedia).
Chapada da Diamantina - BA (Fonte: Cleide Isabel/Wikipedia).
A Bahia guarda clamores econômicos, sociais e ambientais únicos.
Você não pode deixar de visitar a Baía de Todos os Santos, em
Salvador, bem como o Elevador Lacerda e o Pelourinho (Cidade Alta).
Seguindo para o sul, é possível visitar Morro de São Paulo, Ilhéus,
Itacaré e Porto
Seguro.                                                                                   
Saindo da costa baiana, é importante visitar a Chapada
Diamantina, uma região serrana que recebe a proteção de uma
unidade de conservação, o Parque Nacional. A região tem
grande geodiversidade e serve de nascente para quase todos
os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de
Contas.
Apesar de possuir imenso potencial turístico, o Nordeste apresentava obstáculos ao seu desenvolvimento, devido à falta de
infraestrutura de apoio, aos poucos equipamentos e serviços, à falta de recursos humanos capacitados e à inadequada
comercialização do produto turístico.
Atenção
É importante pontuar também que muitas práticas turísticas, embora promovam o desenvolvimento local, podem causar
inúmeros problemas de ordem ambiental, como acentuado aumento de visitações em áreas especialmente protegidas do ponto
de vista ambiental e o desmatamento realizado para a construção de pousadas e hotéis.
Atividade
1. De todos os complexos regionais estudados por Geiger (1967), talvez o nordestino seja o mais diverso e controverso. Tanto em
relação aos aspectos físicos quanto socioeconômicos e culturais, existe uma subdivisão interna que representa os “vários
nordestes”. Quais são essas subdivisões?
a) Zona da Mata, Sertão e Agreste.
b) Zona da Mata, Agreste, Cerrado e Meio-Norte.
c) Sertão, Agreste, Cerrado e Meio-Norte.
d) Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio-Norte.
e) Sertão, Cerrado, Caatinga e Campos Gerais.
2. O pernambucano Luiz Gonzaga foi o precursor do baião, ritmo que, ao lado de outros, como xote, xaxado e coco, faz parte do
chamado forró. Qual o nome da cidade de origem do rei do baião?
a) Exu.
b) Recife.
c) Olinda.
d) Camaragibe.
e) Caruaru.
3. O Delta do Parnaíba é considerado uma das mais belas paisagens do mundo. Sua con�guração se assemelha a uma mão
aberta, onde os dedos representam: Barra de Tutoia, Barra do Caju, Barra do Igaraçu, Barra das Canárias e Barra da Melancieira,
que se rami�cam, formando um grandioso santuário ecológico. (Fonte: Delta Rio Parnaíba)
O acesso ao Delta é predominantemente feito por qual estado nordestino?
a) Ceará.
b) Piauí.
c) Pernambuco.
d) Alagoas.
e) João Pessoa.
Notas
Referências
AB'SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
DELTA RIO PARAÍBA. Disponível em: //deltarioparnaiba.com.br/delta-parnaiba-historia/. Acesso em: 19jan. 2020.
OEI. Turismo no litoral produz impactos. Disponível em: https://www.oei.es/historico/divulgacioncienti�ca/reportajes_131.htm.
Acesso em: 24 jan. 2020.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geogra�a do Brasil. Edusp, 1996.
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