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Geogra�a Regional do Brasil Aula 6: Nordeste, cultura e turismo Apresentação O Nordeste foi a primeira região ocupada na história do Brasil; dessa forma, durante muito tempo, esteve no centro das decisões políticas e econômicas e da concentração populacional. Não é possível falar sobre a cultura nordestina sem mencionar, mais uma vez, a riqueza histórica dessa região, que é a mais antiga do país. Talvez por isso apresente uma das mais belas expressões de nossa identidade nacional. Objetivos Discutir a diferenciação das sub-regiões nordestinas; Analisar as relações entre o povo nordestino, suas tradições e sua cultura; Examinara questão turística na região nordestina. 1.0 - Sub-regiões, ocupação e econômia O grande potencial de cultura e economia do Nordeste é o fato de que não se trata apenas de uma região, mas de várias. Por conta de suas diferenças quanto ao clima, à vegetação e ao relevo, o Nordeste é dividido em quatro sub- regiões, que se distinguem conforme nos distanciamos do litoral oriental. Veja a �gura ao lado. (Fonte: Mundo Educação) Essa diferença regional está muito associada às condições de relevo. Na �gura a seguir, observe a área serrana ou de planície, da Zona da Mata, trecho um, enquanto o Agreste predomina nas regiões mais altas do Planalto da Borborema. E, por �m, o Sertão está presente na depressão interplanáltica. (Fonte: marcosbau) A Zona da Mata localiza-se exatamente na região mais próxima do Oceano Atlântico, onde o relevo é de planície ou com serras voltadas para o mar. O clima é quente, chove bastante, e o bioma predominante é a Mata Atlântica. Na história da ocupação do território brasileiro, a região Nordeste (Zona da Mata) foi a primeira a ser apropriada e explorada pelos portugueses, durante as décadas iniciais do Brasil colonial. A primeira atividade econômica foi a extração do pau-brasil, seguida da cana-de-açúcar e das demais atividades, que possuíam, quase sempre, a mão-de- obra escrava como base; primeiro indígena e, depois, negra. Fragmentos do ecossistema de restinga, dentro do bioma Mata Atlântica, em Arraial d´Ajuda, ao sul de Porto Seguro, na Bahia (Fonte: Autora). Considerada a mais desenvolvida do Nordeste, a Zona da Mata é aquela que mais apresenta indicadores sociais baixos e problemas urbanos mais intensos. Ocupa todo o litoral, que vai desde o Rio Grande do Norte até o Sul da Bahia. A área mais “problemática” do Nordeste não é o sertão, mas, sim, a faixa litorânea, aquela que concentra mais pessoas, indústrias e urbanização, em razão da ocupação histórica dessa região. Sua importância está na concentração de núcleos urbanos, na infra- estrutura e nos pólos industriais, além da concentração populacional. Das 9 capitais da região nordestina, 6 encontram-se na Zona da Mata: Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e Salvador, sendo Recife e Salvador as duas principais metrópoles. No entanto, essa posição privilegiada com relação aos pilares político e econômico confere-lhes também o maior número de problemas urbanos e sociais. Do Rio Grande do Norte ao norte baiano, a Zona da Mata Açucareira destaca-se pela produção mecanizada de cana-de-açúcar e pelas usinas de açúcar e álcool. É a ocupação mais antiga do Brasil, caracterizada pela monocultura, pelo latifúndio e pela produção no estilo plantation. Por sua vez, no Sul da Bahia, ou Zona do Cacau, destaca-se a produção de cacau, sobretudo para exportação. As cidades mais importantes são Ilhéus e Itabuna, marcadas pela concentração de terras e pelo poder concentrado na mão das elites locais, o que acaba excluindo os pequenos produtores, expulsando-os para as cidades da região. Praia de Pitinga, em Arraial D’Ajuda (Fonte: Autora). É preciso lembrar que um importante impulso econômico dessa região litorânea é o turismo, uma vez que o Nordeste está entre os principais destinos do Brasil. Destaque também pode ser dado para a indústria pesqueira, sobretudo a pesca artesanal, que, além de ser uma fonte de renda, auxilia na manutenção da cultura dos pequenos pescadores, catadores de caranguejo e pequenos extrativistas. A segunda sub-região é o Agreste, caracterizado como uma zona de transição entre o Sertão e a Zona da Mata. Ele possui aspectos naturais mistos que englobam tanto a Mata Atlântica e o clima úmido do litoral quanto da caatinga seca do interior. Essa área �ca no Planalto da Borborema, uma formação rochosa cuja altitude média é de 500m, apresentando alguns cumes que podem chegar amais de 1200m, como é o caso do Pico do Papagaio, em Pernambuco. Em termos econômicos, trata-se de um local de pequenas e médias propriedades, onde predomina a agricultura familiar na policultura de algodão, café e frutas, entre outros. Também é praticada a agricultura de brejo nas bordas no planalto, pois a fertilidade do solo e umidade facilitam essa atividade. A criação de rebanhos bovinos e caprinos também acontece, seguida da produção de leite e da presença de indústrias de laticínios. Comentário Você sabia que o Agreste se destaca pela produção algodoeira do país? O apoio técnico da Embrapa tem contribuído para retirar inúmeras pessoas da situação de extrema pobreza na região. Além disso, a cidade de Campina Grande (PB) possui destaque na indústria de software, disputando com João Pessoa a predominância econômica. Caruaru (PE) e Feira de Santana (BA) também são importantes centros do Agreste por serem cidades comerciais que atendem ao mercado local, na prestação de serviços e no comércio, por meio de festas juninas, feiras livres e festivais culturais. Na �gura ao lado, vemos os festejos em Campina Grande. Festa Junina de Campina Grande (Fonte: Jornal da Paraíba) Talvez uma das mais conhecidas sub-regiões seja o Sertão Nordestino, que aparece como destaque na mídia por conta das secas que assolam a região e a população que nela vive. Tida como o retrato do Nordeste, é a imagem do solo rachado e sem vegetação que está na mente da maioria das pessoas que não conhecem o local. O Sertão está localizado em uma área de baixas altitudes (Depressão Nordestina), circundada por duas formações geológicas com altitudes mais altas, como os Planaltos da Borborema e Central). Comentário Será que a semi-ardidez do sertão é causada pelo alto relevo perto do litoral? Embora seja um dos motivos, há as questões de pressão atmosférica e albedo. "As causas da escassez de precipitação naquele ponto do território brasileiro são múltiplas e ainda não inteiramente explicadas." (Fonte: ROSS, 1996, p.104) Caatinga. (Fonte: Kleber Cordeiro / Shutterstock). Nesse lugar, predomina a caatinga, cuja vegetação é composta de cactáceas xeró�tas, que são plantas adaptadas à escassez de água, com raízes aprofundadas, espinhentas e que guardam água em seu interior. O clima semiárido é tipicamente seco, com chuvas irregulares e mal distribuídas, ou seja, além de ocorrerem em pequena quantidade, ainda se concentram somente em determinados períodos do ano. Ex: 8 meses sem chuva e 4 meses com chuvas não muito intensas. O domínio das caatingas brasileiras é um dos três pontos do semiárido dentro da América do Sul, mas se apresenta como: "a grande região seca, mais homogênea do ponto de vista �siográ�co, ecológico e social dentre todas elas" (Fonte: AB'SÁBER, 2003, p.83) Para o cotidiano do sertanejo e a sobrevivência de sua família, o fator interferente mais grave reside nas irregularidades climáticas periódicas que assolam o espaço social dos sertões secos. Na verdade, os sertões nordestinos não escapam de um fato peculiar a todas as regiões semiáridas do mundo: a variabilidade climática. Assim, a média das precipitações anuais de uma localidade qualquer serve apenas para normatização e referência, em face de dados climáticos obtidos em muitos anos. O importante a ser destacado é a sequência altamente irregular dos anos de ritmo habitual, entre os quais se intercalam trágicos anos de secas prolongadas, que representam dramas inenarráveispara os pequenos sitiantes e camponeses safristas das áreas mais afetadas pela ausência das chuvas habituais de �ns e início de ano (AB’SABER, 2003). Os sertanejos buscar se preparar para o período de seca. Observe, na foto a seguir, um registro feito no trajeto entre Juazeiro do Norte (CE) e Exu (PE): Grupamento familiar reunindo a colheita de feijão e acondicionando-a em garrafas pet; eles se alimentarão disso durante o período de estiagem (Fonte: Autora) O que é praticado no Sertão Nordestino é a pecuária extensiva de subsistência, a mesma impulsionada pela interiorização da ocupação brasileira desde a colônia. São criados bovinos e animais de pequeno porte, sobretudo as cabras, que representam o maior rebanho do Brasil. O rebanho de asininos (jumento, mulas e burros) também é importante, pois, em razão de sua força física, foram e são muito utilizados no transporte de cargas, embora estejam sendo gradativamente substituídos pelas motocicletas. A implantação de novas técnicas de cultivo tem mudado o cenário da agricultura na região. O Rio São Francisco é a principal bacia hidrográ�ca regional e, além de fornecer energia elétrica, também contribui para a irrigação por gotejamento. Dessa forma, as áreas próximas ao vale do “Velho Chico” têm se tornado, cada vez mais, produtoras signi�cativas de frutas frescas no Brasil (como melão, uva de mesa e manga). Podemos destacar o Vale do Rio Piranha (RN), Petrolina (PE) e Juazeiro do Norte (BA) como fornecedores de produtos para o abastecimento do mercado interno e externo por meio da fruticultura. Além disso, as últimas duas cidades são de extrema relevância no cenário cultural. Extensa área de fruticultura irrigada em Petrolina (Fonte: Wikimedia) A última sub-região é o Meio-Norte, mais uma região de transição que guarda em seu interior formas físicas mistas, que vão desde a Caatinga do Sertão até resquícios de Floresta Amazônica e do Cerrado. É caracterizado por um clima tropical semiúmido na maior parte do território e clima equatorial úmido na porção oeste. Palmeira da carnaúba, no Vale do rio Preguiças, na cidade de Barreirinhas, no Maranhão, próximo dos Lençóis Maranhenses (Fonte: Autora) Originalmente, essa região era tomada por uma transição entre a mata densa amazônica, as plantas arbustivas do cerrado e as xeró�las da caatinga. Hoje, o que predomina é a vegetação secundária da Mata dos Cocais. Apesar de não originária, os Cocais do Meio-Norte garantem a subsistência da região por meio da agricultura e de cultivos tradicionais, sobretudo na �gura das mulheres quebradeiras de babaçu e da carnaúba, para a produção de coco e cera. Além disso, é forte o cultivo de arroz, cana, algodão e soja, em uma área de expansão das fronteiras agrícolas conhecida como MATOPIBA. É também ali, por meio do porto no município de São Luís (MA), que escoa a produção de ferro vinda da região dos Carajás, alimentado pelo Programa Grande Carajás. 2.0 - Povo, tradições e cultura O Nordeste possui um patrimônio literário, de lendas, histórias populares, musical e de danças incrivelmente grande. Somente a Paraíba possui 21 ritmos catalogados, e cada estado vai expressar de forma mais ou menos intensa cada um deles. A poesia, a literatura de cordel e a literatura tradicional também são expressivas e com grandes nomes conhecidos nacional e internacionalmente. Nomes conhecidos nacional e internacionalmente. José de Alencar Nelson Rodrigues Jorge Amado Ariano Suassuna 1829-1877 - Fortaleza (CE) 1912-1980 - Recife (PE) 1912-2001 - Salvador (BA) 1927-2014 - João Pessoa (PA) (Fonte: Alberto Henschel/Wikipedia) (Fonte: Wikipedia) (Fonte: Wikipedia) (Fonte: Wikipedia) Como deixar de falar da literatura de cordel? Um gênero literário inteiramente popular, elaborado predominantemente na forma rimada, originado de relatos orais e, depois, impresso em folhetos. Musicalmente, a região apresenta tanto danças quanto letras e melodias típicas e tradicionais conhecidas nacionalmente, como o forró, axé, xote, baião, frevo, maracatu, além de tantos outros que fazem parte da cultura popular. Além disso, grandes nomes da música popular brasileira (MPB) nasceram nessa região: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alceu Valença, Ivete Sangalo, Elba Ramalho, Zé Ramalho, entre outros. Estátua de Luiz Gonzaga (Fonte: Autora). Luiz Gonzaga, um famoso pernambucano, foi o precursor do baião, um tipo de música/ritmo que, junto a outros ritmos, como xote, xaxado e coco, faz parte do chamado forró nordestino. Vários artistas deram continuidade ao legado de Luiz Gonzaga, como é o caso de Sivuca, Dominguinhos, Waldonys e Jackson do Pandeiro. Em uma simples visita à cidade de Exu, em Pernambuco, é possível observar inúmeras estátuas de Luiz Gonzaga. Quem visita a região não pode deixar de visitar o museu à memória desse artista. Não se pode deixar de falar do frevo, muito comum nos estados da Paraíba e de Pernambuco. O ritmo caracteriza-se pela dança acelerada e pelos passos, que lembram a capoeira. O gênero musical já revelou grandes artistas, como Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo, que, ao lado de Zé Ramalho, misturaram frevo, forró, rock, blues e outros ritmos. Prefeitura de Olinda (Fonte: Wikipedia) Fonte: Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo (Fonte: G1) Nos anos 1980, a Bahia tornou-se novamente berço de um importante gênero musical, o axé music, tendo como expoentes: Chiclete com Banana, Luiz Caldas, Daniela Mercury, Timbalada e Olodum. Na culinária nordestina, percebe-se uma grande constelação de estrelas gastronômicas, como as demonstradas a seguir: Buchada de bode Baião de dois Acarajé (Fonte: Cacio Murilo/ Shutterstock) (Fonte: Zé Carlos Baretta/ Wikipedia) (Fonte: Claudia Baiana/ Wikipedia) Moqueca de peixe Cuscuz de milho (Fonte: DAR7 e Eloy Olindo Setti/ Wikipedia) (Fonte: Wikipedia) No que se refere à religião nordestina, podemos destacar: Praça Irmã Dulce, em Salvador. (Fonte: Wikipedia). O cristianismo (catolicismo); inclusive, algumas �guras são regionalmente veneradas, como é o caso do padre Cícero, do Frei Damião, da Irmã Dulce, do Padre Ibiapina e de Maria de Araújo. Estátua de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte – CE (Fonte: Autora). Núcleos religiosos e de peregrinação de romeiros em vários locais, sobretudo em Bom Jesus da Lapa (BA), Juazeiro do Norte e Canindé (CE) e Santa Cruz dos Milagres (PI). Lavagem do Bonfim (Fonte: Autora) No mês de janeiro, em Salvador, acontece uma tradicional celebração religiosa nas escadarias da Igreja Nosso Senhor do Bon�m, a lavagem do Bon�m. Festa do Divino Espírito Santo (Fonte: Correio MA) No Maranhão, o Tambor de Mina é herança da religião africana, onde há a presença cultural de gentisvodus, e caboclos, entidades que podem se manifestar em “pais” e “�lhos de santo”. Nesse estado, também é possível usufruir da Festa do Santo Padroeiro, São José de Ribamar, bem como de outras festas de santos que acontecem na capital e no interior maranhense, além da Festa do Divino Espírito Santo, que se funde com religiões africanas. Oferendas para Iemanjá. (Fonte: Cassio Habib / Shutterstock). Na Bahia, os orixás são vinculados ao candomblé, que possui inúmeros adeptos e buscam reverenciar Iemanjá com oferendas, que são lançadas ao mar ou colocadas em pequenos barcos soltos em alto-mar. Assim, o Nordeste é um dos destinos mais procurados dentro do Brasil; isso se deve não somente às lindas praias de seu litoral, mas também à cultura e à exuberante natureza, até mesmo nos sertões. É preciso lembrar que a Chapada Diamantina, uma das formações mais altas do país, encontra-se nessa sub-região. Atenção Em virtude da importância econômica do turismo para os nordestinos, vale comentar sobre o recente derramamento de óleo ocorrido no litoral e que ainda continua sem solução por parte do governo brasileiro. Esse acidente causou um impacto na economia local. 3.0 - Turismo no Nordeste Nos últimos anos, o turismo tem aumentadobastante, o que tem melhorado as condições econômicas e se tornado importante fonte de renda regional. Porém, é bom deixar claro que, muitas vezes, a atividade tem proporcionado super exploração na paisagem e desagregação de históricas relações culturais. Olhar o turismo como um fenômeno complexo permite a compreensão de que essa atividade envolve desde a ocupação imobiliária, a alteração e descaracterização da paisagem até o deslocamento das comunidades locais, o aumento demográ�co sazonal e o consequente aumento na produção de esgoto e lixo (OEI, 2020). Quando se buscam opções turísticas, é preciso decidir que tipo de atividade a pessoa procura. Visitar praias? Tomar banho de rio? Passear pelas serras e cachoeiras? Aventurar-se por lagoas e areias? Conhecer patrimônios históricos? (Fonte: StunnningArt/Shutterstock) Lagoa Azul, nos Lençóis Maranhenses (Fonte: Autora) Delta do Parnaíba, (Fonte: Piauí hoje) No Maranhão, o centro histórico de São Luís guarda segredos e tradições importantes, com seus casarões e suas calçadas sem asfalto/cimento. Por meio de Barreirinhas, é possível visitar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, onde o contato com dunas e lagoas límpidas formam uma paisagem de tirar o fôlego. Seguindo pelo litoral, é importante visitar a única foz em forma de deltaem mar aberto pertencente ao território nacional, o Delta do Parnaíba, que lambe as águas do Oceano Atlântico na minúscula costa do Piauí. Pedra Furada. Jericoacoara – CE. Por Anderps (Fonte: Anderps/Wikipedia). Vista do Morro do Careca. Natal-RN. (Fonte: Wikipedia) A partir do Delta, é possível conseguir uma passagem e seguir em direção ao Ceará, passando,inequivocamente, por Jericoacoara e prosseguindo para a costa cearense, que possui várias opções de lazer, como as praias de Canoa Quebrada, Lagoinha, Cumbuco e Águas Belas. No Rio Grande do Norte, sua capital, Natal, guarda o Morro do Careca e o Parque das Dunas. Dessa cidade, é possível ir para Maracajaú, Genipabu, Pipa e Barra de Cunhaú. São João de Campina Grande. (Fonte: Wikipedia) Ponto extremo Oriental das Américas. (Fonte: Autora) Adentrando o estado da Paraíba, é imprescindível visitar o maior São João do mundo, em Campina Grande. Em João Pessoa, deve-se visitara Praia de Tambaú, Cabo Branco e Ponta do Seixas, onde está o ponto mais oriental da América do Sul. Pôr do sol Praia da Jacaré (Fonte: Henrique Martins de Oliveira/Wikipedia). Carnaval em Recife (Fonte: Antônio Cruz/Wikipedia). Em João Pessoa, ainda é possível aproveitar o espetacular pôr do sol na praia do Jacaré, ao som do Bolero de Ravel. Recife é a capital do frevo e fica próximo a Olinda, que permite aos visitantes a possibilidade de ter contato direto com a cultural local e os bonecos gigantes, que tanto encantam o carnaval pernambucano. Vista de Porto de Galinhas - PE (Fonte: Leo Benini/Wikipedia). Arquipélago de Fernando de Noronha (Fonte: Roberto Garrido/ Wikipedia) Em Pernambuco, também é possível visitaras grandes porções recifais, como aquelas localizadas em Carneiros, Porto de Galinhas e na Ilha de Itamaracá. O arquipélago de Fernando de Noronha fica em Pernambuco, embora o acesso mais rápido a esse local seja por Natal. Os grandes recifes de corais, as encostas cobertas por vegetação arbustiva e a possibilidade de ver ampla vida marinha tornam o lugar um ambiente propício para visitas. Canyon do São Francisco, no município de Piranhas, em Alagoas (Fonte: Autora) Mangue Seco (Fonte: Glauco Umbelino/Wikipedia) No estado de Alagoas, o visitante pode visitar não somente a Foz do Rio São Francisco, como também as áreas rochosas dos inúmeros canyons. A partir de Maceió, partem passeios para a paradisíaca Maragogi e as especiais localidades de São José dos Milagres e Barra de São Miguel. Por sua vez, Aracaju, em Sergipe, oferece opções de turismo importantes, como é o caso do bairro de São Cristóvão. É dessa capital que você consegue visitar o badalado local onde foi gravada a novela Tieta; trata-se de Mangue Seco, no norte da Bahia. Vista panorâmica de Salvador - BA (Fonte: Berenice Kauffmann Adub/Wikipedia). Chapada da Diamantina - BA (Fonte: Cleide Isabel/Wikipedia). A Bahia guarda clamores econômicos, sociais e ambientais únicos. Você não pode deixar de visitar a Baía de Todos os Santos, em Salvador, bem como o Elevador Lacerda e o Pelourinho (Cidade Alta). Seguindo para o sul, é possível visitar Morro de São Paulo, Ilhéus, Itacaré e Porto Seguro. Saindo da costa baiana, é importante visitar a Chapada Diamantina, uma região serrana que recebe a proteção de uma unidade de conservação, o Parque Nacional. A região tem grande geodiversidade e serve de nascente para quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Apesar de possuir imenso potencial turístico, o Nordeste apresentava obstáculos ao seu desenvolvimento, devido à falta de infraestrutura de apoio, aos poucos equipamentos e serviços, à falta de recursos humanos capacitados e à inadequada comercialização do produto turístico. Atenção É importante pontuar também que muitas práticas turísticas, embora promovam o desenvolvimento local, podem causar inúmeros problemas de ordem ambiental, como acentuado aumento de visitações em áreas especialmente protegidas do ponto de vista ambiental e o desmatamento realizado para a construção de pousadas e hotéis. Atividade 1. De todos os complexos regionais estudados por Geiger (1967), talvez o nordestino seja o mais diverso e controverso. Tanto em relação aos aspectos físicos quanto socioeconômicos e culturais, existe uma subdivisão interna que representa os “vários nordestes”. Quais são essas subdivisões? a) Zona da Mata, Sertão e Agreste. b) Zona da Mata, Agreste, Cerrado e Meio-Norte. c) Sertão, Agreste, Cerrado e Meio-Norte. d) Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio-Norte. e) Sertão, Cerrado, Caatinga e Campos Gerais. 2. O pernambucano Luiz Gonzaga foi o precursor do baião, ritmo que, ao lado de outros, como xote, xaxado e coco, faz parte do chamado forró. Qual o nome da cidade de origem do rei do baião? a) Exu. b) Recife. c) Olinda. d) Camaragibe. e) Caruaru. 3. O Delta do Parnaíba é considerado uma das mais belas paisagens do mundo. Sua con�guração se assemelha a uma mão aberta, onde os dedos representam: Barra de Tutoia, Barra do Caju, Barra do Igaraçu, Barra das Canárias e Barra da Melancieira, que se rami�cam, formando um grandioso santuário ecológico. (Fonte: Delta Rio Parnaíba) O acesso ao Delta é predominantemente feito por qual estado nordestino? a) Ceará. b) Piauí. c) Pernambuco. d) Alagoas. e) João Pessoa. Notas Referências AB'SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. DELTA RIO PARAÍBA. Disponível em: //deltarioparnaiba.com.br/delta-parnaiba-historia/. Acesso em: 19jan. 2020. OEI. Turismo no litoral produz impactos. Disponível em: https://www.oei.es/historico/divulgacioncienti�ca/reportajes_131.htm. Acesso em: 24 jan. 2020. ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geogra�a do Brasil. Edusp, 1996. Próxima aula Migrações, con�itos e indústria da seca. Explore mais Assentamento se destaca na produção de algodão colorido no Agreste Paraibano Causas da semiaridez do sertão nordestino MATOPIBA 10 comidas típicas do nordeste do Brasil Delta do Parnaíba: o único delta das Américas em mar aberto Praia da Conceição Turismo no Nordeste:A�nal, qual é a importância da atividade para a região? Cultura Nordestina javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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