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Formação Inicial e Continuada em Assistente de Pessoal Fic MARCOS A. OLIVEIRA Elaboração de Conteúdo Marcos Antonio Oliveira Coordenação do Programa TecRJ Priscila de Souza Costa Couto Coordenação de cursos de Formação Inicial e Continuada Michelle Casal Fernandes Diretoria de Extensão Camila Benevides Delfino da Silva Diretoria de Material Didático Ulisses Schnaider Cunha Diretoria de Design Instrucional Diana Castellani Governo do Estado do Rio de Janeiro Governador: Cláudio Castro Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação: Dr. Serginho Diretoria de Material Impresso Bianca Giacomelli Revisão Linguística Beatriz Fontes Ilustração Vinicius Mitchell Diagramação Maria Fernanda de Novaes Capa Larissa Averbug e Vinicius Mitchell Projeto Gráfico Larissa Averbug Produção Gráfica Fábio Rapello Alencar Fundação Cecierj www.cecierj.edu.br Presidente: Rogerio Tavares Pires Vice-presidente: Caroline Alves da Costa FAETEC – Fundação de Apoio à Escola Técnica www.faetec.rj.gov.br Presidente: Iranildo Campos Vice Presidente Educacional: José Wilson Coura Pinto Assessor de Projetos Especiais VPE: Rogéria Feitoza Varella de Almeida Diretora da Diretoria de Formação Inicial e Continuada: Ana Paula Pillar dos Santos Leitão Coordenadora do Programa TecRJ: Bárbara Sales Castelhano Fic MARCOS A. OLIVEIRA Formação Inicial e Continuada em Assistente de Pessoal Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação Sumário 9 Unidade 1 Administração Básica 31 Unidade 2 Comunicação e negociação 47 Unidade 3 Arquivo e Documentação 65 Unidade 4 Rotinas de Pessoal Palavra do professor Prezado(a) cursista, Seja bem-vindo ao TecRJ. Este material didático tem por objetivo ajudá-lo no acompanha- mento de seus estudos. Ele está organizado em quatro unidades de estudos: Administração Básica, Comunicação e Negociação, Arquivo e Documentação e Rotinas de Pessoal, que trazem as in- formações necessárias para seu aprendizado, exercícios práticos e de fixação dos conteúdos. Cada unidade, por sua vez, foi dividida em capítulos que visam proporcionar uma melhor compreensão desses conteúdos. Além deste livro didático, estão sendo disponibilizados na sala de aula virtual conteúdos complementares, atividades individuais de reforço e colaboração com seus colegas, bem como outros mate- riais que podem auxiliar em sua aprendizagem. Tudo isso foi planejado por uma equipe altamente capacitada e comprometida a garantir a você o acesso a uma educação profis- sional de excelente qualidade. Torcemos para que aproveite esta experiência e que ela resulte em sólida formação profissional. Sucesso e bons estudos! Prof. Marcos Antonio de Oliveira Apresentação do curso No âmbito da educação de formação inicial e continuada profissio- nal, a Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC), por meio da Diretoria de Formação Inicial e Continuada (DIF), em parceria com a Fundação Cecierj – Centro de Ciências e Educação Superior a Dis- tância do Estado do Rio de Janeiro, visa ofertar cursos de formação profissional – via Programa TecRJ – com o objetivo de qualificar e requalificar trabalhadores jovens e adultos. Promove, assim, seu ingresso e reingresso no mundo de trabalho, preparando o indiví- duo para que se dedique a um tipo de atividade profissional na qual, valendo-se de seu esforço, obtenha bom relacionamento, satisfação para si e para a sociedade em que vive. O plano do curso de Assistente de Pessoal integra o Eixo Tecnoló- gico de Gestão e Negócios, cuja metodologia adotada deve envolver análise e solução de problemas, estudo de casos, projetos, pesquisas e outras ações que integrem teoria e prática e focalizem o contexto do trabalho. Com isso, visa estimular a percepção analítica e a con- textualização de informações, o raciocínio hipotético, a solução de problemas, a apropriação de conhecimentos prévios e a construção de novos valores e saberes. Principais competências esperadas pelo egresso: • assimilar os conceitos básicos relacionados à administração do empreendimento; • compreender a relação das atividades do assistente de pessoal com as demais atividades organizacionais; • entender processos de admissão, manutenção e demissão de empregados; • distinguir os diferentes tipos de contratos de trabalho; • compreender as rotinas para organização de documentos, se- guindo a legislação, as normas e os procedimentos organiza- cionais; • apreender as principais rotinas administrativas para gestão da jornada de trabalho; • entender a relevância da comunicação e da negociação para o alcance de objetivos e para a superação de situações adversas. Principais habilidades esperadas pelo egresso: • registrar a entrada e saída de documentos; • comunicar-se com clareza e objetividade; • executar rotinas de admissão e demissão de empregados; • registrar a movimentação de funcionários no empreendimento; • preparar relatórios, formulários e planilhas sobre movimenta- ção de pessoal no empreendimento; • auxiliar na confecção da folha de pagamento; • controlar recepção e distribuição de benefícios (vale-transporte, vale alimentação etc); • atualizar dados cadastrais dos funcionários; • preencher documentos e livros que atendam às exigências da legislação trabalhista; • organizar documentos e arquivos pertinentes à área de pessoal; • realizar cálculos trabalhistas básicos. Bons estudos! unidade 1 Administração Básica A d m in is tr a ç ã o B á si c a 10 Administração: conceitos e concepções Objetivos específicos Ao término deste capítulo, você deverá ser capaz de: • entender o conceito de Administração; • conhecer os fundamentos e princípios básicos da Adminis- tração, bem como colocar em prática esses princípios na vida profissional. Construindo o conceito de Administração Conceituar Administração não é uma tarefa fácil, pois são mui- tas as considerações, concepções e significados, uma vez que cada autor conceitua dentro de sua ótica particular. Porém, tomemos como base Chiavenato (2000, p. 3): A palavra administração tem sua origem no latim (ad, direção para, ten- dência, minister, comparativo de inferioridade; e sufixo ter, subordinação ou obediência, isto é, aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, aquele que presta um serviço a outro) e significa subordinação e serviço. Em sua origem, a palavra administração significa a função que se desenvolve sob o comando de outro, um serviço que presta a outro. A Administração se constitui em fazer as coisas da maneira mais adequada possível, com o mínimo de recursos – humanos, fi- nanceiros e materiais – com o intuito de alcançar objetivos – prin- cípios de eficiência e eficácia. O conceito de Administração representa a ação de interpretar os objetivos propostos e traduzi-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle. O ato de admi- nistrar também remete a trabalhar com e por intermédio de outras 1 F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 11 pessoas, na busca de atingir objetivos da organização, bem como de seus membros. Para Chiavenato (2014), embora a Administração seja vista por quase todos os autores como um processo cíclico e repetitivo de de- cisões e ações, trata-se de um conjunto de variáveis que convergem sempre para o alcance de resultados. Nesse sentido, a Administra- ção vai para além de um processo linear, mas como um conjunto de ações e variáveis que sempre busca as melhores maneiras de alcançar resultados. A Administração apresenta, conforme Rossés (2014), como suas principais funções aquelas descritas a seguir e ilustradas na Figura 1.1. • Fixar objetivos – significa definir o que a organização pretende alcançar e como fazer para que se tornem realidade. • Analisar, conhecer os problemas – significa o mesmo que pre- ver os desafiosque existem no ambiente de negócios, a conjun- tura econômica, o mercado, concorrência etc. • Solucionar os problemas – buscar as melhores formas e os caminhos na solução de problemas e tomadas de decisões com competência. • Organizar e alocar os recursos, tanto financeiros quanto tecno- lógicos e humanos – assegurar que os recursos sejam alocados de forma que os objetivos sejam alcançados. • Liderar, comunicando, dirigindo e motivando as pessoas – de- manda a dinâmica de trabalhar com pessoas fixando metas e objetivos, motivação, comunicação, liderança para obter com- prometimento e engajamento para que os objetivos organizacio- nais sejam alcançados. • Negociar – relacionamento interpessoal, estabelecendo acordos para os negócios, diligenciar, lidar com os negócios em processo de negociações. • Tomar decisões – saber tomar decisões baseadas em riscos cal- culados para que os objetivos sejam alcançados. • Controlar, mensurando e avaliando – quer dizer que deve-se estar atento ao monitoramento, acompanhamento, avaliação e tomadas de ações corretivas. A d m in is tr a ç ã o B á si c a 12 Figura 1.1: Circuito de atividades da Administração Fonte: CTISM, apud Rossés (2014). Para Rossés (2014), o bom desempenho da administração de- pende de o profissional conseguir ser um bom líder, capaz de li- dar com pessoas – negociando e comunicando – e também, apto a tomar decisões, tendo uma visão sistêmica e global da situação que administra. A Administração tem uma série de características, dentre elas estão: um circuito de atividades interligadas, como buscar a obten- ção de resultados, proporcionar a utilização dos recursos físicos e materiais disponíveis, envolver atividades de planejamento, orga- nização, direção e controle. Dessa forma, fica evidente que a tarefa da Administração é in- terpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle. Essas atividades compõem o processo administrativo, o qual deve adequar o fator externo à organização, visando estabelecer objetivos possíveis de serem alcançados. Do exercício de tais ati- vidades depende o alcance dos objetivos, que por sua vez determi- nam o sucesso da organização. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 13 Figura 1.2: O processo administrativo. Fonte: Chiavenato (2009). De acordo com Chiavenato (2009), as funções administrativas são constituídas pelo processo administrativo, o qual envolve pla- nejamento, organização, direção e controle. • Planejamento – significa estabelecer planos, métodos e processos que irão guiar as ações e os objetivos da organização; quer dizer, visua- lizar o futuro e traçar o programa de ação. Tais procedimentos são as linhas mestras que definirão: O que fazer? Quando fazer? Quem fará? Como serão feitas as coisas. • Organização – é o processo de alocar, arrumar e/ou distribuir tarefas, res- ponsabilidades e recursos entre os membros da organização. Remete à com- posição, ao formato, à estrutura da organização e aos objetivos propostos, porque objetivos distintos requerem adaptações diferentes. • Direção – significa liderar, orientar, influenciar e motivar as pessoas a rea- lizar tarefas essenciais à obtenção dos resultados. Ao contrário de planejar e organizar, dirigir é uma atividade concreta, uma vez que envolve trabalhar com pessoas. • Controle – significa verificar, constatar ou certificar-se da realização das atividades e objetivos conforme estabelecido. Enfim, controlar visa medir o de- sempenho das pessoas com relação aos objetivos previstos para manter a empresa no caminho certo. Dessa maneira, a Administração é necessária para equilibrar objetivos pessoais e organizacionais, coordenar esforços e conse- guir eficiência (capacidade de fazer certo as coisas) e eficácia (ha- bilidade de fazer as coisas da maneira correta). A d m in is tr a ç ã o B á si c a 14 Assista a dois vídeos rápidos: 1. Conheça a origem histórica da Administração e seus passos: https://www.youtube.com/watch?v=-3jTGn9VLsM. 2. Entrevista com o professor e escritor Idalberto Chiavenato: https://www.you- tube.com/watch?v=bVYO2cwj3XE Atividade de fixação Reflita sobre a questão e tente chegar a uma conclusão: Descreva (se preciso, dê exemplos) como os princípios básicos da Administração (processo administrativo: planejar, organizar, coordenar e controlar) se aplicam ao cotidiano da vida pessoal e profissional. Empreendimento e áreas da administração Objetivos específicos Ao término deste capítulo, você deverá ser capaz de: • compreender conceitos e características de empreendimentos; • conhecer as áreas funcionais da Administração, bem como a inter-relação entre essas áreas. 2 https://www.youtube.com/watch?v=-3jTGn9VLsM https://www.youtube.com/watch?v=bVYO2cwj3XE https://www.youtube.com/watch?v=bVYO2cwj3XE F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 15 Empreendimento: conceito e caracterização Quando se fala de empreendimento, podemos entender que a palavra advém do ato de empreender, mas afinal o que será então a ação de empreender? Empreender é uma palavra que advém de empreendedor ou empreendedorismo, mas será que são as mesmas coisas? Vejamos, então! Ser empreendedor não significa, necessariamente, nascer como empreendedor, ter tendência para negócios ou abrir algum tipo de comércio. Uma pessoa empreendedora é aquela que almeja algo na vida, que possui objetivos, perspectivas, sonhos e trabalha firme com perseverança para alcançá-los. “Empreender não significa apenas abrir um negócio. Empreen- dedores têm a capacidade de realizar e não aceitam a realidade de forma resignada” (COUTO, 2015, p. 1). Um trabalhador pode adotar uma atitude empreendedora em seu trabalho quando ele passa a atuar como um agente transforma- dor, capaz de colocar-se como “dono” do negócio, com responsabili- dade e senso ético, com atenção ao respeito às normas, às políticas e aos valores da organização. Características do comportamento empreendedor De acordo com Escarlate (2010), em pesquisas realizadas pela Or- ganização das Nações Unidas (ONU), observaram-se algumas carac- terísticas próprias ao comportamento de pessoas empreendedoras. Vejamos quais são essas características: 1. Busca de oportunidades e iniciativa Significa desenvolver a capacidade de se antecipar aos fatos e de criar oportunidades. 2. Persistência Habilidade de enfrentar obstáculos para alcançar o sucesso. 3. Correr riscos calculados Envolve disposição para assumir desafios com responsabilida- des e responder pelos seus resultados. A d m in is tr a ç ã o B á si c a 16 4. Exigência de qualidade e eficiência Relaciona-se com a disposição e a inclinação para fazer sempre mais e melhor. 5. Comprometimento Envolve sacrifício pessoal, colaboração e dedicação para com os colaboradores e clientes. 6. Busca de informações Envolve atualização constante de dados e informações. 7. Estabelecimento de metas Compreende saber estabelecer objetivos que sejam claros, tanto em longo como em curto prazo. 8. Planejamento e monitoramento sistemáticos Requer a organização de tarefas de maneira objetiva, com prazos definidos, a fim de que possam ter os resultados medidos e avaliados. 9. Persuasão e rede de contatos Engloba o uso de estratégias para influenciar pessoas e se relacio- nar com pessoas chave que possam ajudar a atingir seus objetivos. 10. Independência e autoconfiança Desenvolve a autonomia para agir e manter sempre a confiança no sucesso. No entanto, de acordo com o autor, mesmo com esses estudos, vale ressaltar que isso não garante que as pessoas com essas 10 características alcançarão o sucesso como empreendedoras, mas é certo que terão maior possibilidade disso. REFLITA: Que tal parar para pensar e procurar identificar as carac- terísticasempreendedoras que existem em você? Tipos de empreendimentos • Empreendimento de negócios Este tipo de empreendimento é voltado para as atribuições nor- mais de uma empresa. Nesse sentido, ele visa transformar o negó- cio em algo lucrativo. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 17 Exemplos desse tipo de empreendimento: ▶ empresas mais robustas; ▶ comércios; ▶ serviços; ▶ consultorias; ▶ franquias. • Empreendimento individual De modo geral o Empreendedor Individual é a pessoa que traba- lha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário, podendo sua atividade de negócio se alinhar com os mais variados tipos de outros negócios. Atualmente, também conhecido como Microempreendedor In- dividual (MEI), amparado pela Lei Complementar n.º 128 de 2018, que estabelece um regime jurídico específico para aqueles profis- sionais que atuavam por conta própria ou que queriam iniciar sen- do reconhecidos como pequenos empresários. Para atuar como MEI, o empresário deve realizar determinadas atividades previstas na legislação, além de ser necessário atender a alguns outros pré-requisitos previstos na lei. Para saber mais sobre o MEI acesse o site: https://www.gov.br/ empresas-e-negocios/pt- br/empreendedor/quero-ser-mei/o-que-e- ser-um-mei • Empreendimento coletivo Para diversos estudiosos do tema, este tipo de empreendedo- rismo é compartilhado e representado por formas de associativis- mo que se traduzem em entidades formalizadas, que vão desde a criação de entidades de representação política e sindical até ações como compras em comum. Exemplos desse tipo de empreendimentos: ▶ consórcios; ▶ redes de empresas; ▶ cooperativas; https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt- br/empreendedor/quero-ser-mei/o-que-e-ser-um-mei https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt- br/empreendedor/quero-ser-mei/o-que-e-ser-um-mei https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt- br/empreendedor/quero-ser-mei/o-que-e-ser-um-mei A d m in is tr a ç ã o B á si c a 18 ▶ associações; ▶ empresas de participação comunitária. • Empreendimento social É o tipo de empreendedorismo que visa promover mudanças so- ciais em seus campos de atividades. Tem como foco a melhoria de condições de vida e a busca de soluções para problemas sociais e necessidades de determinada comunidade. Suas principais características são: ▶ a coletividade e a integração; ▶ a produção de bens e serviços para a comunidade local, re- gional e global; ▶ seu desempenho é medido pelo impacto na transformação social e ▶ seu capital é social, promovendo a inclusão e emancipação social (SEBRAE, 2013). • Empreendimento sustentável – sustentabilidade Este tipo de empreendedorismo preocupa-se em adotar ações que visam à sustentabilidade da vida no planeta, bem como à re- solução das questões ambientais que preocupam a vida humana e do planeta. O empreendedor sustentável preocupa-se em gerar renda por meio de recursos renováveis, desenvolvendo ações que garantam a sustentabilidade de gerações futuras. Para saber mais e ver alguns exemplos de empreendedorismo coletivo, social e sustentável, visite: www.ashoka.org/pt-br; www.sustentabilida- de.sebrae.com.br; http://redeasta.com.br/ Áreas da Administração No estudo das organizações, um ponto importante a ser analisa- do são as áreas da Administração, denominadas pelos estudiosos da Administração como funções organizacionais, ou seja, aquelas que se relacionam com as tarefas especializadas que as pesso- as e os grupos executam para que a organização consiga realizar seus objetivos. http://www.ashoka.org/pt-br http://www.sustentabilidade.sebrae.com.br http://www.sustentabilidade.sebrae.com.br http://redeasta.com.br/ F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 19 As áreas da Administração ou funções organizacionais são: • Produção – responsável pelo estudo e pelo desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e serviços. A fun- ção produção se preocupa principalmente com os seguintes as- suntos: estratégia de produção, projeto de produtos e serviços, sistemas de produção, arranjos produtivos, estudo de tempos e movimentos; planejamento da produção. Na função produção, matérias-primas são transformadas por meio da aplicação de esforço de pessoas e do uso de máquinas. Exemplo: Fabricação de automóveis. Na prestação de serviços, os clientes são processados e transformados. Exemplo: Alunos em processo de aprendizagem em uma escola. • Marketing – é o processo usado para determinar quais produtos ou serviços poderão interessar aos consumidores, assim como a estratégia que será utilizada nas vendas, nas comunicações e no desenvolvimento do negócio. A finalidade do marketing é criar valor e satisfação para cliente, consumidores, usuários ou público-alvo. As atividades da função marketing abrangem um leque muito alargado de atividades, desde pesquisa, desenvolvi- mento de produtos, preço, comunicação, promoção, distribuição, vendas e pós-venda. • Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) – tem como objetivo trans- formar as informações de marketing, as ideias e os avanços da ciência em produtos e serviços. Também identifica e introduz novas tecnologias e atua como foco na melhoria contínua nos processos produtivos, visando reduzir custos e alcançar melho- rias nos resultados organizacionais. • Finanças – tem a função de proteger e de utilizar de forma efi- caz os recursos financeiros, o que inclui a maximização do re- torno financeiro para a empresa. Cuida da liquidez da empresa de maneira que ela possa cumprir seus pagamentos em dia e seus compromissos. O papel dessa função é cuidar de investi- mentos, financiamento, controle e destinação dos resultados fi- nanceiros, sempre se preocupando em selecionar as melhores alternativas com vistas aos melhores resultados para manter a organização em operação. A d m in is tr a ç ã o B á si c a 20 • Recursos humanos – é uma associação de habilidades e mé- todos, políticas, técnicas e práticas definidas com o objetivo de administrar os comportamentos internos e potencializar o capital humano. Tem por finalidade planejar a necessidade de profissionais para a organização, seu recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho, re- muneração, benefícios ou compensação, higiene, saúde e segu- rança e administração de pessoal. A função de recursos humanos deve atuar de forma a alinhar as políticas de gestão de pessoas com a estratégia da organização. Figura 1.3: Principais funções organizacionais Fonte: Maximiano (2019). Nesse sentido, podemos considerar que as organizações exer- cem uma função considerável na vida do ser humano. Isso se justi- fica porque modelam o comportamento dos respectivos membros, pois podem influenciar as necessidades e os motivos dos indiví- duos em diferentes organizações ou em grupos na mesma organi- zação, incentivar a produtividade, bem como respostas rápidas às estratégias administrativas variadas. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 21 Planejamento administrativo Objetivos específicos Ao término deste capítulo, você deverá ser capaz de: • conhecer e compreender a natureza do planejamento adminis- trativo (definição, características, objetivos), planejando ade- quadamente as atividades de rotinas do trabalho; • conhecer, compreender e aplicar as ferramentas de planeja- mento e administração do tempo, adequando à necessidade do cotidiano da atividade laboral e à realidade organizacional. Planejamento: conceito e concepções Ao falarmos de planejamento, basta lembrar que fazemos isso de maneira constante, senão diária, mesmo que intuitivamente. Sempre que pensamos em realizar alguma tarefa que demanda tempo – um encontro, um passeio, uma viagem, uma festa ou al- cançar algum objetivo em nossa vida –, normalmentefazemos uso, de alguma maneira, do planejamento, ainda que apenas de forma pensada, ou seja, por meio da organização de ideias ou, pelo menos, na tentativa dessa organização. Quando pensamos em realizar algo, logo começamos a imagi- nar como vamos fazer para alcançar o objetivo, o que vamos preci- sar durante o percurso (recursos e outras necessidades). Será que vamos conseguir realizar sozinhos ou precisamos de alguém para nos ajudar? Quanto tempo vamos levar e por aí vai. Com isso, co- meça a surgir tanto questionamento... Assim, podemos dizer que o planejamento é algo intrínseco ao comportamento das pessoas. REFLITA: É importante que todas as nossas atividades sejam pla- nejadas, no entanto, normalmente não tomamos essa atitude ou não a tomamos com mais precisão, ou seja, não fazemos uso do planejamento de forma adequada, mas afinal: 3 A d m in is tr a ç ã o B á si c a 22 Qual a importância do planejamento no nosso cotidiano para o alcance de nossos objetivos e metas? Como podemos fazê-lo de for- ma que possamos obter êxito nos resultados? Nas empresas, o planejamento é uma necessidade que demanda esforços de todos para alcançar com sucesso os resultados. Uma vez definidos os objetivos a serem alcançados, o planejamento tor- na-se a ferramenta fundamental para chegar lá. As literaturas de Administração apontam o planejamento como a primeira função do administrador. Para tanto, o ato de planejar requer uma série de ações que demandam a realização de tarefas sistematizadas. Além disso, é necessário saber em que situações nos encontramos e como podemos fazer dentro da nossa realidade para alcançar o objetivo pretendido. Figura 1.4: Planejamento como primeira etapa do processo administrativo Fonte: Chiavenato (2009). De acordo com Chiavenato (2009), para planejar é preciso co- nhecer a situação e saber diagnosticá-la. Ou seja, identificar as características dessa situação, os possíveis problemas que poderá enfrentar e os objetivos a alcançar, dentre uma série de atitudes a serem tomadas e colocadas em prática. Como relatado anteriormente, o planejamento constitui a pri- meira função do processo administrativo (planejar, organizar, diri- gir e controlar), o que pressupõe ser a sua realização antes da exe- cução de qualquer atividade. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 23 O ato de planejar, para Chiavenato (2009), é determinar os obje- tivos almejados e o que deve ser feito para alcançá-los, o que torna determinante o planejamento antes da execução de qualquer fun- ção administrativa. Para isso, é necessário definir os objetivos e os meios necessários para alcançá-los. Planejar significa se antecipar aos objetivos que se pretende al- cançar, ou seja, os resultados a que se pretende chegar no futuro. Para Chiavenato (2009), o planejamento está focado no futuro, na- quilo que deverá acontecer para que os objetivos sejam cumpridos. Figura 1.5: Planejamento como primeira etapa do processo administrativo Fonte: Chiavenato (2009). A partir do planejamento é possível colocar em prática as demais etapas do processo administrativo, sendo então possível organizar, dirigir e controlar as atividades da empresa ou de uma unidade de negócio. No entanto, para eficácia e eficiência dos resultados, é ne- cessário ter sempre claros e bem definidos os objetivos pretendidos. Administração do tempo: planejamento e organização O tempo é fonte para que todas as tarefas sejam realizadas. En- tretanto, há 24 horas no dia para a realização das atividades que requerem seu cumprimento. A maioria dos profissionais desejam ser produtivos e entregar o melhor resultado para organização e, segundo Chiavenato (2014), fazê-lo com eficiência, o que significa a capacidade de fazer certo as coisas, e com eficácia, o que remete a habilidade de fazer as coisas da maneira correta. Para tanto, torna-se importante que haja um planejamento da administração do tempo, com as atividades descritas por ordem de prioridades, estimando-se o tempo para cada uma dessas atividades, com o intuito de que as tarefas sejam cumpridas dentro do planejado. Segundo a Harvard Business Review (2022), a administração do tempo tem como papel fundamental realizar o trabalho certo em A d m in is tr a ç ã o B á si c a 24 um ritmo consciente e confortável, sem preocupar-se com formas adequadas de realizar as tarefas, mas tendo consciência de que é necessário construir um plano mais realista para obtenção dos re- sultados com sucesso. Para melhor aproveitamento da administração do tempo, é ne- cessário identificar situações que possam desperdiçar o tempo no trabalho, tais como: uso indevido do celular, visitas a sites e redes sociais durante o expediente de trabalho e até conversas demora- das na pausa do café. Para a Harvard Business Review (2022), deve-se analisar e exe- cutar as tarefas necessárias para a obtenção de seus objetivos, or- ganizá-las por ordem de prioridade e identificando as tarefas-cha- ve. A aplicação da matriz do tempo tem a finalidade de organizar a rotina e poderá ser ajustada de acordo com a necessidade. Veja no quadro a seguir o modelo da matriz do tempo para melhor adminis- tração e organização do tempo. Quadro 1.1: A matriz do tempo ou matriz de Eisenhower Urgente e importante São as tarefas cujos prazos acabam na sema-na. Então faça primeiro. Não urgente, porém importante São tarefas que exercem impacto, sendo objetivos de longo prazo. Faça assim que pos- sível, mas não precisa ser imediatamente. Urgente, mas não importante Reflita sobre o impacto da tarefa sobre você ou sua equipe. Talvez essa tarefa possa ser delegada. Não urgente e não importante São as tarefas que não exigem atenção imediata. Devem ficar no fim da fila ou tente eliminá-las do seu planejamento. Fonte: Adaptado de Harvard Business Review, 2022. Principais ferramentas de planejamento e administração do tempo Lista de verificação (Checklist) As listas de verificação ou checklist podem ser entendidas como um roteiro para coleta de dados. Nesse roteiro, constam todos os itens a serem verificados, daí o nome de lista de verificação. Uma vez elaborado o roteiro da atividade, a lista de verificação (checklist) funciona como um passo a passo detalhado da atividade, F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 25 servindo como uma espécie de lembrete para que o executor não esqueça nenhum detalhe. Em geral, esse tipo de ferramenta é usual em rotinas de atividades operacionais. Veja no próximo quadro um modelo de verificação para um even- to de treinamento de colaboradores de determinada organização. Quadro 1.2: Lista de verificação para a organização de um treinamento de colaboradores Local/espaço físico Verificar espaço de acordo com quantidade de partici- pantes e disponibilidade; organizar mesas e cadeiras de acordo com a proposta e o número de participantes. Recursos físicos Quantidade adequada de cadeiras e outros recursos, de acordo com a proposta do treinamento. Materiais para os participantes Apostila, atividades e materiais avulsos, folhas ou blocos de rascunho, crachás, pastas, canetas, certificados, lista de presença. Recursos instrucionais Quadro branco, canetas para quadro branco, apagador de quadro, flip chart, folhas para flip chart, caneta para flip chart. Materiais para a dinâmica Lista de materiais, de acordo com a proposta do evento. Recursos tecnológicos Computador, retroprojetor, caixa de som, lousa. Coffee break Água gelada e natural, café e leite, água quente para chá, sachês de chá, sucos, açúcar e adoçante, copos e xícaras, frutas, salgados, pães, queijos, presunto, bolos, biscoitos, salgados. Avaliações Avaliação de aprendizagem; avaliação de reação. Outras providências Enviar convites e confirmar presenças. Fonte: Elaborado pelo autor. Cronograma É uma ferramenta de planejamento e controledas atividades que organiza as tarefas a serem realizadas dentro de determi- nado período de tempo. Ele pode ser feito de várias formas, des- de em uma folha de papel simples, em uma planilha ou até em softwares especializados. O cronograma é muito útil em diversos contextos no planeja- mento das atividades no cotidiano; basta pensar na atividade do A d m in is tr a ç ã o B á si c a 26 assistente de Departamento Pessoal em determinado período. Se ele listar as principais atividades e definir um prazo para cada uma delas, obedecendo às prioridades, esse profissional terá uma visão mais clara dos prazos e garantirá sucesso na entrega. CURIOSIDADE: A origem do termo cronograma está no grego khró- nos, que significa “tempo”, e gramma, que significa “alguma coisa escrita ou desenhada”. Mas, afinal, como fazer um cronograma? 1. Detalhe tudo que precisa ser feito (nem a mais, nem a menos) para que o executor saiba quais atividades devem ser desenvol- vidas para cumprimento do prazo. 2. Crie uma sequência das tarefas, obedecendo à hierarquia que há entre elas, ou seja, quais tarefas precisam ser executadas pri- meiro, quais serão executadas depois de outra tarefa e quais se- rão executadas paralelamente. 3. Descreva em cada tarefa o que precisa ser feito em cada uma delas; procure ser claro e direto nessa descrição. 4. Defina a duração de cada atividade, procurando estimar dura- ções reais para cada atividade. 5. Por fim, depois de cumpridas essas etapas, é hora de construir o cronograma graficamente. O modelo mais comumente utilizado para representar o cronograma é chamado “Gráfico de Gantt”, que representa as atividades em um eixo vertical e as datas em um eixo horizontal. As atividades são representadas por barras horizontais, conforme as datas de início e de fim das atividades. Veja na Figura 1.6 o modelo de um cronograma simples e mais usual nas atividades de rotinas operacionais. No exemplo, toma- mos o resumo das principais atividades ao longo do curso de As- sistente de Pessoal, com previsão de início em fevereiro de 2022 e término em julho de 2022. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 27 Atividades/Tópicos de Ensino Fev Mar Abr Mai Jun Jul Aula inaugural Unidade I: Administração Básica Atividade Avaliativa 1 Unidade II: Comunicação e Negociação Atividade Avaliativa 2 Unidade III: Arquivo de Documento Atividade Avaliativa 3 Unidade IV: Rotinas de Pessoal Revisão e Atividade Avaliativa 4 (Final) Recuperação Final Encerramento do Curso Figura 1.6: Cronograma de atividades do Curso FIC de Assistente de Pessoal Fonte: Elaborado pelo autor Plano de ação Em muitas situações é fundamental a elaboração de um plano de ação para atingir metas e obter melhores resultados. Mas o que é um plano de ação, afinal? Para que serve? Um plano de ação é uma maneira organizada e que segue uma metodologia definida para estabelecer metas e objetivos. Deve apontar as atividades que serão realizadas, os responsáveis pela realização e/ou pelo acompanhamento de cada uma delas para que se possa atingir os melhores resultados. Você verá neste tópico as etapas de um plano de ação e algumas ferramentas que podem auxiliá-lo. Afinal, como montar um plano de ação? Elaborar um plano de ação não é uma tarefa tão difícil como parece ser, mas é necessário um passo a passo para sua elaboração. A d m in is tr a ç ã o B á si c a 28 Para isso, existem várias metodologias em sua elaboração e veremos, a seguir, uma delas. Para tal, é necessário seguir os passos abaixo: 1. Tenha bem definido o objetivo a ser alcançado. 2. Liste as ações e tarefas a serem executadas. 3. Divida as grandes tarefas em partes menores. 4. Defina o prazo de cada uma das tarefas, com data de início e fim. 5. Verifique os recursos necessários e disponíveis. 6. Defina o pessoal necessário para alocação da atividade. 7. Crie uma representação visual. Para nossa aula, vamos adotar a metodologia 5W2H, que consis- te em um checklist no qual são elencadas diversas atividades que devem ser desenvolvidas com precisão e alto nível de clareza por parte dos envolvidos nas suas ações. Para elaborar esse modelo, deve ser feita uma tabela, a fim de or- ganizar melhor as informações. Na tabela deve ser explicado como é feita cada etapa da atividade e quais serão os recursos, sejam eles financeiros (custos envolvidos), materiais (mesas, cadeiras, armá- rios etc.), físicos (espaços físicos), tecnológicos (computadores, re- troprojetores, audiovisuais etc.) e humanos (pessoas envolvidas). Quando uma tarefa deve ser implantada, entram em cena as seguintes definições: O que (What) deverá ser feito? Por que (Why) deverá ser implementado? Quem (Who) será o responsável pela ação? Onde (Where) deverá ser executado? Quando (When) deverá ser implementado? Como (How) deverá ser conduzido? Quanto (How much) custará a implementação? F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 29 Quadro 1.3: 5W2H – Plano de ação What? Why? Where? Who? When? How? How much? O quê? Por quê? Onde? Quem? Quando? Como? Quanto custa? Foco da ação Razão da ação (Justifica- tiva) Local onde ocorrerá a ação O responsá- vel pela ação Período em que será realizada a ação Forma de recurso (pro- cedimento) O custo en- volvido para a execução Fonte: Adaptado por SEBRAE, 2016. LEMBRE-SE: Um bom planejamento é uma característica dos pro- fissionais que têm visão empreendedora. Muito do sucesso das empresas se deve a um bom planejamento e ao uso adequado de suas ferramentas. Acesse o modelo do plano de ação no link abaixo: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/caderno- -de-ferramentas-planejamento,ebae91c79e5e5510VgnVCM1000004c 00210aRCRD Atividade prática Criando um modelo de cronograma Seguem abaixo as atividades a serem realizadas pelo assistente de pessoal no procedimento para admissão de empregados, desde a finalização do processo de seleção, entrega de documentos para contratação e cadastros, até o treinamento de integração: • recebimento e conferência de documentos; • ficha de cadastro do empregado; • encaminhamento exame admissional; • cadastro eSocial; • registro na carteira de trabalho; • elaboração de contrato individual; • ficha e termo de salário família; https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/caderno-de-ferramentas-planejamento,ebae91c79e5e5510VgnVCM1000004c00210aRCRD https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/caderno-de-ferramentas-planejamento,ebae91c79e5e5510VgnVCM1000004c00210aRCRD https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/caderno-de-ferramentas-planejamento,ebae91c79e5e5510VgnVCM1000004c00210aRCRD A d m in is tr a ç ã o B á si c a 30 • termo de opção de vale-transporte; • encaminhamento para abertura de conta salário; • outras providências. Com base nessas informações, elabore um cronograma diário com prazo máximo de dois meses para cumprimento dessas atividades. unidade 2 Comunicação e negociação C o m u n ic a ç ã o e n e g o c ia ç ã o 32 Comunicação Objetivos específicos Ao término deste capítulo, você deverá ser capaz de: • reconhecer a importância da comunicação humana e organiza- cional e expressar-se de forma clara e convincente. • conhecer os principais canais e ferramentas de comunica- ção interna, desenvolvendo a capacidade do uso adequado dessas ferramentas. • identificar as barreiras no processo de comunicação e desenvol- ver estratégias que permitam ultrapassá-las. A comunicação O ser humano se diferenciou das demais espécies porque desen- volveu a capacidade de expressar suas ideias. Para expressá-las, criou a linguagem e, por meio dela, transmite o que pensa, deseja fazer ou modificar. O grande desafio do ser humano é ser efetivo em sua comunicação (SENAI, 2012, p. 17). Mas, afinal, o que vem a ser comunicação?Comunicar significa tornar algo comum, podendo ser uma men- sagem, uma notícia, uma informação, um significado qualquer. A comunicação é uma fonte que transporta esse algo de uma pessoa para outra ou de uma organização para outra. Comunicação não significa apenas enviar uma informação, mas torná-la comum en- tre os envolvidos. A comunicação é mais que formulação e articulação do pensa- mento; existem variáveis envolvidas, tais como emoções, valores, crenças, cultura, contexto e as pessoas. 1 F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 33 Comunicar bem é um dos mais importantes fatores para o sucesso em qualquer atividade desenvolvida em equipe. Toda relação humana, as- sim como na rotina de trabalho, como distribuição de tarefas, as toma- das de decisão, as avaliações, enfim, tudo passa pela comunicação en- tre os membros.-se a função de fazer as coisas através de outras pessoas, com os melhores resultados possíveis. Para Chiavenato (2003), a comunicação possui dois propósitos principais: “proporcionar informação e compreensão necessárias para que as pessoas possam se conduzir em suas tarefas e propor- cionar as atitudes necessárias que promovam a motivação, a coo- peração e a satisfação nos cargos” (CHIAVENATO, 2003, p. 128-129). O alcance desses dois propósitos acarreta uma melhor comunica- ção e, consequentemente, um espírito de equipe e um melhor de- sempenho na execução das tarefas. A comunicação pode acontecer de diversos modos: pela fala, pela escrita, por gestos ou pelo corpo; dessa forma, podemos dizer que existe a linguagem verbal e a não verbal; é comum fazermos uso de diversas combinações de linguagens para facilitar a compreensão. A linguagem verbal tem como base a fala e a escrita; a lingua- gem não verbal tem como base as formas, os desenhos, os gestos, os movimentos. Qualquer que seja o tipo de linguagem, é importan- te que seja organizada para construção de uma ideia e que alcance uma comunicação eficaz. A linguagem está relacionada diretamente à comunicação, por- tanto, onde há comunicação, há linguagem. Podemos usar inú- meros tipos de linguagens para estabelecer atos de comunicação: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais. Nesse sentido, a linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinais de que se valem os indivíduos para comunicar-se. Tipos de linguagem • Linguagem verbal ou oral É uma linguagem processada por meio da fala, de expressões fonéticas e de comunicação oral. Há necessidade de alguém que fale e alguém que escute. C o m u n ic a ç ã o e n e g o c ia ç ã o 34 • Linguagem corporal ou gestual É a linguagem processada pelos gestos. É produzida por movi- mentos das mãos, do corpo, expressões faciais; sua recepção é visual. • Linguagem escrita É aquela que utiliza de sinais e símbolos para exprimir uma ideia, sendo processada por representações e codificação sistemática. • Linguagem visual É aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não as palavras; emprega imagens para comunicar uma ideia. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e os sinais de trânsito. • Linguagem técnica e científica É um tipo de linguagem específica, comum no contexto da ciên- cia ou de estudos científicos, utilizada na descrição de um fenôme- no estudado. Comum na comunicação entre cientistas e pesquisa- dores. É utilizada em revistas científicas, resumos de congressos, reuniões científicas e nos registros de pesquisas científicas. Na redação científica, devem ser observadas, entre outras re- gras: uso de terminologia precisa, pontuação criteriosa, não fazer uso exagerado de sinônimos e evitar ambiguidade de referências. A linguagem deve ser clara (perfeitamente compreendida), precisa (narração de fatos essenciais, relevantes), comunicativa (comuni- car bem o item, de forma direta e simples) e ter consistência (não ser contraditória e ter coerência). O processo de comunicação A comunicação envolve todo um processo que pode ser divi- dido em etapas para entender melhor este processo, conforme a Figura 2.1. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 35 Figura 2.1: Processo de comunicação humana Fonte: SENAI (2012). Emissor: É a fonte da mensagem; pode ser uma pessoa, um grupo ou organização que deseje transmitir alguma ideia ou informação. Receptor: É quem recebe a mensagem; responsável por decodificar ou interpretar a mensagem para oferecer um significado percebido. Mensagem: É a ideia, a intenção ou informação que se pretende comunicar. Canal: É o meio escolhido por meio do qual a mensagem flui entre a fonte e o destino, ou seja, é o meio utilizado para transmitir uma mensagem, pode ser físico ou virtual. Código: Conjunto de signos para elaborar a mensagem, podendo ser verbais, escritos, visuais etc.; pode ser entendido como um sis- tema de comunicação para transmitir a mensagem. Contexto: Situação à qual a mensagem se refere. O contexto pode se constituir na situação, nas circunstâncias de espaço e tempo em que se encontra o destinatário da mensagem. Quer entender mais sobre o processo de comunicação? Acesse o link e assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_C3A- mzKpJbQ https://www.youtube.com/watch?v=_C3AmzKpJbQ https://www.youtube.com/watch?v=_C3AmzKpJbQ C o m u n ic a ç ã o e n e g o c ia ç ã o 36 Algumas regras de comunicação • Mantenha uma escuta ativa. • Evite termos técnicos e gírias. • Aceite críticas. • Seja objetivo. • Esteja atento a como transmitir a mensagem. • Verifique o entendimento da mensagem. • Forneça feedback. Conviver requer comunicação. Cada pessoa tem um conjunto de ideias sobre si mesma, sobre os ou- tros, o mundo, o trabalho, os acontecimentos, conforme as experiências que teve na vida. O conjunto dessas experiências de vida forma nossa história pessoal, nosso jeito de ser, nossa bagagem cultural, nossa forma de perceber o mundo. Experiências diferentes levam a percepções diferentes. E isso deve ser levado em conta quando nos comunicamos com outras pessoas. É pelo processo de comunicação que pessoas diferentes conseguem se entender, trocar mensa- gens e ideias, compartilhar seu mundo anterior. Reflita um pouco mais sobre o assunto. Para isso, que tal assistir ao vídeo “Você sabe se comunicar?”, que relata a importância do diálogo no processo de comunicação. Acesse-o no link abaixo: https://www.youtube.com/watch?v=ui6zKzPi22o Comunicação no ambiente organizacional Da mesma forma que para o homem, comunicar-se é uma ques- tão de sobrevivência também para as organizações, mesmo porque elas são também caracterizadas pelas pessoas que as compõem, justificando-se então a comunicação existente nesse ambiente, mais do que isso tornando-se uma ferramenta indispensável às or- ganizações (DIAS, 2016). A comunicação interna, ou seja, aquela existente entre a organi- zação e seu público interno, abrange a comunicação entre departa- mentos, órgãos e unidades, entre as pessoas, entre lideranças, entre https://www.youtube.com/watch?v=ui6zKzPi22o F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 37 líderes e colaboradores diretos e indiretos, o que envolve o conjunto de procedimentos e técnicas adotadas no processo de comunicação. De acordo com Dias (2016), pesquisas apontam que o processo de comunicação no ambiente organizacional utilizado de forma inadequada pode trazer prejuízos significativos. Estudos indicam que colaboradores, quando não têm uma comunicação eficaz, alon- gam-se no telefone, fazem uso intenso e desnecessário de internet, confundem e-mails e diversas desordens internas, envolvendo até vícios pessoais. Os indicadores apontam então a comunicação in- terna como tendo papel importante e que seu mau uso pode trazer alguns transtornos e interferir negativamente na produtividade da organização.Considerando a importância da comunicação no ambiente cor- porativo, as organizações devem utilizar várias estratégias direcio- nadas a todo o seu público interno para comunicar normas, pro- cedimentos, informações sobre desempenho, resultados, missão, visão, valores organizacionais etc. O colaborador também deve fa- zer sua parte, buscar se inteirar de todas as informações, interagir, engajar-se e fazer parte da equipe. Figura 2.2: A importância da comunicação Fonte: CHIAVENATO, 2003, p. 129. C o m u n ic a ç ã o e n e g o c ia ç ã o 38 Tipos de fluxo da comunicação O fluxo da comunicação é a direção para onde as informações movimentam-se na empresa. Compreender esse caminho é de ex- trema importância para que a execução dos processos seja eficien- te e para solucionar eventuais conflitos de comunicação. Descendente Conforme descrito por Robbins (2005), a comunicação descen- dente é aquela que flui do nível hierárquico alto para o nível hie- rárquico baixo. É a comunicação que parte do líder para o liderado. Quando pensamos em uma organização, a comunicação descen- dente é aquela que a liderança utiliza “para atribuir tarefas, fornecer instruções de trabalho, informar aos subordinados sobre políticas e procedimentos, identificar problemas que necessitam de atenção e fornecer feedback sobre desempenho” (ROBBINS, p. 234). Esse tipo de comunicação pode ocorrer oralmente, face a face, por e-mail e por correspondência, por exemplo. Ascendente Segundo Robbins (2005), a comunicação ascendente é aquela utilizada para manter os dirigentes das organizações informados. Esse tipo de comunicação é dirigido para os mais altos níveis da organização com o objetivo de oferecer informações aos executivos sobre o andamento das empresas e para fornecer ideias de melho- rias. Alguns exemplos são: os relatórios de desempenho, as caixas de sugestões e os progressos em relação às metas. Esse fluxo de comunicação pode trazer muitos benefícios para as organizações, pois os funcionários são a principal fonte de feedback acerca dos processos da empresa. Circular Esse é um fluxo de comunicação que circula entre pessoas de diferentes níveis hierárquicos. Quanto maior o relacionamento in- terpessoal, mais fluido o processo de troca nesse tipo de comuni- cação. Geralmente, aparece com mais facilidade em empresas de pequeno porte, com poucos funcionários e/ou em organizações in- formais. Lateral De acordo com Robbins (2005), a comunicação lateral é aquela que ocorre entre os indivíduos de mesmo nível hierárquico, entre os pares. O fluxo lateral pode ser benéfico quando, por exemplo, agiliza F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 39 as ações. Porém, pode criar conflitos quando, por exemplo, “os ca- nais formais verticais são violados, quando os membros atropelam ou ultrapassam seus superiores hierárquicos para fazer com que as coisas sejam realizadas ou quando os chefes descobrem que foram iniciadas ações ou tomadas decisões sem o seu conhecimento” (ROBBINS, 2005, p. 235). Alguns canais de comunicação interna • Instruções e ordens escritas, circulares. • Boletins, jornais ou revistas, impressos ou eletrônicos (normal- mente existe periodicidade). • Rádio ou TV interna (boas opções para grandes corporações). • Jornal mural, quadro de avisos (com formato e periodicidade definidos, são boas estratégias para áreas com grande fluxo de público interno segmentado e que possibilitam a leitura). Correios eletrônicos ou e-mails – mais comum e mais usual no ambiente organizacional. Telefonia Voip – admite comunicação em tempo real, além de mensagens; permite transmitir voz e vídeo pela internet e comuni- car de computador para computador ou de computador para telefo- ne fixo e móvel. Na maioria das vezes, as ligações são mais baratas do que as que são feitas pela linha convencional. Redes sociais – muito usadas como forma de a empresa se relacio- nar com seus clientes externos, divulgação da marca etc. Também podem ser utilizadas como uma das estratégias do setor de recur- sos humanos para se relacionar e conhecer melhor seus colabora- dores e/ou candidatos em processo de seleção. Conferências – utilizadas muitas vezes como meio de reduzir cus- tos e despesas com logística de treinamentos, reuniões etc. Intranet – é uma rede de computadores semelhante à internet, mas de uso exclusivo de da organização, ou seja, é um importante veícu- lo de comunicação interna; ao acessar a intranet de uma empresa, os funcionários recebem comunicados, trocam informações com outros departamentos. C o m u n ic a ç ã o e n e g o c ia ç ã o 40 Atividade de revisão Após os estudos sobre os assuntos deste capítulo reflita e responda às seguintes questões: 1. O que você entendeu por comunicação? 2. Quais as formas de comunicação que utilizamos? 3. O que pode prejudicar o processo de comunicação? 4. Você sabe ouvir? Qual a diferença entre ouvir e escutar? 5. O que o corpo pode nos dizer na comunicação? 6. O que tenho que fazer para me comunicar bem? Negociação Objetivos específicos Ao término deste capítulo, você deverá ser capaz de: • conhecer os conceitos mais importantes sobre negociação, de- senvolvendo a capacidade de colocá-los em prática; • desenvolver estratégias para melhorar as negociações no am- biente de trabalho. Entendendo o processo de negociação Negociar é uma ação que faz parte quase que do nosso cotidiano, pois, em algum momento nos deparamos com algum tipo de situ- ação em que se faz necessária a negociação. Ainda que você não tenha tido a oportunidade de fazê-la no trabalho, com certeza em algum momento da sua vida você teve que negociar algo. 2 F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 41 As negociações são as mais amplas e diversas, estando relacio- nadas, às vezes, à resolução de conflitos, como por exemplo, profis- sionais, comerciais, pessoais e políticos. Você considera o saber negociar como uma competência profis- sional que pode ser um diferencial? O que você pensa? Quer se ambientar sobre o processo de negociação? Acesse o link e assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gZUcJsOA2VQ A negociação está presente no dia a dia das empresas e está di- retamente ligada aos indicadores organizacionais. Em definição de valores com clientes, em acerto de prazo de entregas com fornecedo- res, ao firmar metas com funcionários, o ato de negociar está sempre permeando as relações nas organizações (COVA; CASALINHO, 2020). Planejar a negociação facilita o alcance de resultados favorá- veis, porém nem sempre é possível. Quando uma negociação cul- mina em um conflito, é importante avaliar os aspectos racionais e emocionais que motivaram esse cenário. Segundo Cova e Casali- nho (2020, p. 2), esses são alguns fatores: “divergências de objetivos, resistências às mudanças, disputa de poder na hierarquia empre- sarial, a falta de recursos (humanos, financeiros, tecnológicos etc.), o ambiente hostil, manipulações, surpresas indesejadas e falta de informação”. Para realizar uma negociação em que haja resultados positivos, será necessário inicialmente um planejamento. https://www.youtube.com/watch?v=gZUcJsOA2VQ C o m u n ic a ç ã o e n e g o c ia ç ã o 42 Aval iação Aç ão Planejamento Planejamento Consciência do conflito Ou uma nova rodada Antecipação das ações da outra pessoa Fechamento de um acordo Avaliação Negociação Seleção de objetivos Seleção de táticas Seleção de estratégias Análise de necessidades Figura 2.3: O ciclo da negociação Fonte: ALYRIO, 2011. Analisando a figura, quando se trata de planejar a negociação, significa antecipar-se às ações da outra parte, identificar os objeti- vos dessa parte, o resultado que ela deseja alcançar, deve também examinar as variáveis, selecionar as táticas e entender quais são as vantagens e criar uma estratégia para a mesade negociação, tendo em mente o respeito e a ética no tratamento com a outra parte. Os estágios da negociação De acordo com Alyrio (2001), no processo de negociação é ne- cessário considerar as fases que se apresentam na figura a seguir. Figura 2.4: Estágios da negociação Fonte:ALYRIO,2011. Na fase do planejamento levantar informações específicas para a negociação de que irá tratar-se, como dados econômicos, perfil da instituição etc., procurar entender através do levantamento de dados, os propósitos da outra parte com a qual você irá negociar. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 43 A fase inicial é onde serão expostas as argumentações, para al- cançar aquilo que se pretende com a negociação, utilizando as in- formações coletadas e processadas na fase anterior. Na fase da barganha, inicia-se as negociações efetivamente, e as partes se posicionam. Cada parte apresentará suas concessões para que se chegue a um ponto em comum, realizando ajustes ne- cessários, com a intenção de fechar um acordo. A fase final de implementação caracteriza-se em elaborar o contrato ou acordo. É importante neste momento não haver qual- quer tipo de dúvida, deixando tudo claro entre as partes, evitando posterior possibilidade de conflito. É nessa fase que se finaliza a negociação, havendo ainda a possibilidade de realização a renego- ciação, caso precise de algum ajuste Tipos de negociação Negociação colaborativa (ou ganha-ganha) É aquela em que as duas partes se importam uma com a outra, trabalhando em conjunto para maximizar a satisfação de ambos os lados. De modo geral, é o tipo de negociação ganha-ganha. Figura 2.5: Superação do conflito de interesses com solução inteligente Fonte: ALYRIO, 2011. Negociação distributiva ou competitiva (ou ganha-perde) É aquela que caracteriza-se quando uma das partes perde e a outra ganha. Na negociação distributiva ou competitiva, o objetivo está em obter mais vantagem sobre a outra parte. C o m u n ic a ç ã o e n e g o c ia ç ã o 44 Negociação perde-perde É aquela em que ambas as partes saem perdendo. Geralmente, as partes não estão dispostas a flexibilizar e tampouco a entender o que a outra parte deseja. Técnicas de negociação Afinal, como realizar uma boa negociação? Alguns passos são importantes, tais como: • definir ponto de desistência desde cedo; • definir ponto de barganha (troca); • obter anteriormente o máximo de informação possível; • estabelecer a oferta inicial mais alta ou a mais baixa; • concentrar-se no acordo; • saber ouvir; • criatividade; • flexibilidade. Veja no Quadro 2.1 como negociar com cada estilo de negociador: Quadro 2.1: Como negociar com cada estilo de negociador Catalisador Notavelmente criativos, um empreendedor nato de grandes pro- jetos e decisões. Possivelmente pode ser visto como superficial em suas decisões e ações. Apoiador Considera os seres humanos como o mais importante do que qualquer trabalho, portanto, demonstra humanismo, atua em equipe e procura ser sempre agradável. Possivelmente pode ser visto como não cumpridor de prazos e projetos, demora a tomar decisões. Controlador É aquele que toma decisões rápidas, preocupa-se com o tempo, redução de custos, costuma ser direto nos assuntos, é organiza- do e objetivo, tem como meta “resultados”. Possivelmente pode ser visto como durão e carrasco. Analítico É o estilo questionador, detalhista, que obtém o máximo de informação sobre o assunto em pauta. Possivelmente pode ser notado como perfeccionista e detalhista ao extremo. Fonte: Adaptado de JUNQUEIRA (1988, apud GODINHO; MACIOSKI, 2005). F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 45 Além disso, devem ser consideradas outras variantes. Segun- do Cova e Casalinho (2020), é essencial observar os fatores huma- nos, ambientais, objetivos e organizacionais, tais como apresenta a Figura 2.6. Objetivos Organizacionais Competidores Informações de mercado Problemas Oportunidades Qualificação Estratégias de negociação Organograma Estrutura de poder e decisão Processo de decisão Humanos Perfil das pessoas Comportamentos simulados Linguagem do corpo Confiança Ambientais Negociação Figura 2.6: Fatores a considera no processo de negociação Fonte: COVA; CASALINHO (2020). C o m u n ic a ç ã o e n e g o c ia ç ã o 46 De acordo com Cova e Casalinho (2020), são esses fatores que definem aquilo que deve ser observado antes e durante o processo de negociação para que se forme a melhor estratégia. Quer aprender um pouco mais sobre como negociar por meio de técnicas e estratégias de negociação? Acesse o link abaixo e assis- ta ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=yUEO8hpcA_U https://www.youtube.com/watch?v=yUEO8hpcA_U unidade 3 Arquivo e Documentação A rq u iv o e D o c u m e n ta ç ã o 48 Arquivo Objetivos específicos Ao término deste capítulo, você deverá ser capaz de: • registrar entrada e saída de documentos, obedecendo normas. • controlar o fluxo de documentos, salvaguardando a ética e segurança. • organizar documentos e arquivos pertinentes à área de pessoal. O que é arquivo? Segundo Rodrigues (2006), não há uma definição de arquivo que seja definitiva. Esse conceito é reflexo da sociedade e de suas trans- formações. Para a autora, arquivo é “um conjunto de documentos produzidos e recebidos no decurso das ações necessárias para o cumprimento da missão predefinida de uma determinada entidade coletiva, pessoa ou família.” Os arquivos são voltados para a guarda e preservação de docu- mentos, tornando-os disponíveis. Conforme Paes (2002), os arqui- vos são classificados de acordo com: as entidades mantenedoras, os estágios de sua evolução, a extensão de sua atuação e a natureza dos documentos. Classificação dos arquivos Entidades mantenedoras A partir das entidades mantenedoras, os arquivos podem ser públicos (federal, municipal, estadual), institucionais (igrejas, as- sociações), comerciais (firmas, corporações) e familiares. Estágios de evolução Em relação aos estágios de evolução, os arquivos podem ser: 1 F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 49 a) arquivo de primeira idade ou corrente: são aqueles consultados com frequência e que o ideal é que estejam em fácil acesso; b) arquivos de segunda idade ou intermediário: são aque- les consultados com menos frequência, mas que ainda podem ser requisitados; c) arquivos de terceira idade ou permanente: são aqueles que são conservados por seu valor histórico ou documental. Extensão de atuação No que diz respeito à extensão de sua atuação, os arquivos podem ser: a) setoriais: estabelecidos junto aos órgãos operacionais, cum- prindo funções de arquivo corrente (PAES, 2002, p. 22); b) gerais ou centrais: que se destinam a receber os documentos correntes provenientes de diversos órgãos, dessa forma, centrali- zando as atividades de arquivo corrente (PAES, 2002, p. 22). Natureza dos documentos Segundo a natureza dos documentos, os arquivos são caracteri- zados como: especial e especializado. O arquivo especial é aquele cujos documentos são de formas físicas diversas (fotografia, dis- cos, slides etc.) e precisam de tratamento especial em relação ao armazenamento, registro, conservação, controle etc. Já no arquivo especializado estão os documentos de um campo específico, como arquivos médicos e hospitalares e arquivos de imprensa (PAES, 2002, p. 22-23). Técnicas de arquivo de documentos O Departamento de Pessoal lida com grande fluxo de documen- tação de empregados e guias de recolhimento e pagamento de en- cargos trabalhistas, tributários, previdenciários e fiscais, dentre outros itens que fazem parte da rotina administrativa do setor. Portanto, documentação, guias e processos não podem ser perdi- dos ou ficar inacessíveis. O DP também deve estaratento aos pra- zos de arquivamento da documentação, assim como proteger as informações sigilosas. A rq u iv o e D o c u m e n ta ç ã o 50 Como organizar os arquivos? Além do arquivo físico, temos o arquivo eletrônico ou digital. Também é possível adquirir um aplicativo para gestão de docu- mentos, como também contratar empresas especializadas em ar- quivamento. Contudo, sempre haverá a guarda de documentos na empresa. Algumas estratégias de organização e arquivo de docu- mentação são as seguintes: • Crie pastas e subpastas Essa é uma das dicas mais importantes! No caso da documen- tação impressa, o ideal é criar uma pasta para cada colaborador; os documentos e processos relativos de cada um deles devem ser ar- quivados procurando obedecer à ordem cronológica. Embora cada colaborador tenha sua documentação arquivada em sua pasta, po- dem também ser criados arquivos digitalizados. Para isso, podem ser criadas pastas no computador e todos os arquivos pertinentes ao colaborador deverão estar em sua pasta. O mesmo serve para as subpastas, que deverão estar na pasta de cada colaborador, separa- das por tipos de documentos. • Nomeie as pastas e as subpastas Para nomear cada pasta, é importante identificar o que consta em cada uma delas. Uma dica é usar o nome que facilita a identificação de todos que precisam ter acesso aos arquivos/documentação. As subpastas que ficarão guardadas dentro da pasta devem ser nomeadas também obedecendo ao seu conteúdo. Se forem pastas em que constem nomes de colaboradores, eles devem ser escritos completos, como JUVENAL ANTENA DE SOUZA. Dando como exemplo um Departamento de Pessoal: JUVENAL ANTENA DE SOUZA – Sua pasta deverá conter toda a documentação que pertence a ele. Dentro dessa pasta poderão ser criadas várias subpastas, como “Avaliação de desempenho” ou “Contratos”, dependendo da necessidade do departamento. • Nomeie documentos eletrônicos e escaneados Nessa primeira etapa, não muito diferente da anterior, consi- deramos apenas documentos digitais, sejam eletrônicos ou esca- neados. Os arquivos devem ser identificados pelo próprio nome do documento, já que dificilmente será feita uma consulta dele fora da pasta. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 51 Desse modo, convém nomear assim: ▶ correspondência expedida; ▶ ofícios; ▶ declarações e atestados. Uma sugestão para otimizar ainda mais a gestão de documen- tos é incluir a data no nome do arquivo: Requerimento de auxílio-doença–24maio2019. • Insira datas nos documentos com mais de uma edição Como já mencionamos, colocar datas pode fazer uma grande di- ferença na gestão de documentos. Não confie na data indicada pelo sistema operacional, pois ela pode ser modificada facilmente. Por exemplo: quando você abre o arquivo, faz uma alteração e o salva novamente ou quando salva sem querer antes de fazer qual- quer modificação, ao transferir o documento de um diretório para outro, o mesmo problema pode aparecer. Coloque a data completa, como neste exemplo: Inicial – Previdenciária – Solicitação de pensão – JOAQUIM PEREIRADOSSANTOSXINSS–05jul2015. • Arquivos físicos Muitos setores ainda trabalham com documentos físicos, mes- mo que estejam migrando para a digitalização ou fazendo uso de sistemas informatizados. Nesse caso, as pastas suspensas são uma forma de guardar a pa- pelada em gavetas dispostas em arquivos verticais, sempre aces- síveis para consulta. Além disso, elas devem ser organizadas em ordem alfabética para facilitar a identificação e agilizar o acesso. A Figura 3.1 apresenta os tipos de pastas existentes. A rq u iv o e D o c u m e n ta ç ã o 52 Pastas Suspensas Indicada para o arquivamento de documentos em tamanhos oficio ou A4, muito utilizada em arquivo corrente. Possuem etiquetas verticais para identificação da documentação ou da pasta, são guardadas em armários ou arquivos de gavetas. Pastas L Essas geralmente coloridas, permitem criar subdivisões dentro de outras pastas. Pasta AZ Muito utilizada em arquivo corrente, ideal para o arquivamento de documentos em tamanhos ofícios ou A4. Possibilita a colocação de guias, indicando nome ou número do documento ou da pasta. Pasta Sanfonada Confeccionada em diversos tamanhos. Possuem divisórias e guias para indicar o assunto. Caixa Box ou Caixa de Arquivo Muito utilizada para arquivar documentos antigos, chamados de arquivo morto ou inativo. Nela pode ser guardada a documentação da forma que achar mais conveniente para o arquivo. Arquivo de gavetas Os documentos são armazenados, geralmente, em pastas suspensas. É utilizado, quase sempre, nos arquivos correntes e é bastante prático na busca de documento. Fichário Classifica-se como arquivo permanente. O fichário é um móvel de aço próprio para fichas, que pode ter uma, duas, três ou quatro gavetas ou estar conjuga- do com gavetas para fichas e documentos. Figura 3.1: Modelos de pastas e arquivos Fonte: Elaborada pelo autor. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 53 Métodos de arquivamento Podemos dividir os métodos básicos em: • alfabético (principal elemento a ser considerado num documen- to: nome); • geográfico (principal elemento: local ou procedência); • numérico (principal elemento: número); • ideográfico (principal elemento: assunto). Figura 3.2: Métodos de arquivamento Fonte: MIRANDA (2019, p.12). Método alfabético É o sistema mais simples, fácil, lógico e prático, porque obedece à ordem alfabética. Pode-se logo imaginar que não apresentará gran- des dificuldades nem para a execução do trabalho de arquivamento, nem para a procura do documento desejado, pois a consulta é direta. Método numérico simples Consiste em numerar as pastas em ordem da entrada do corres- pondente ou assunto, sem nenhuma consideração à ordem alfabé- tica deles, dispensando assim qualquer planejamento anterior do A rq u iv o e D o c u m e n ta ç ã o 54 arquivo. Para o bom êxito deste método, devemos organizar dois ín- dices em fichas. No primeiro, elas são arquivadas alfabeticamente, para que se saiba que número recebeu o correspondente ou assunto desejado e, no segundo, são arquivadas numericamente, de acordo com o número que recebeu o empregado ou o assunto, ao entrar para o arquivo. Esse último índice pode ser considerado tombo (re- gistro) de pastas ocupadas e, graças a ele, sabe-se qual é o último número preenchido e assim é possível destinar o número seguinte a qualquer novo empregado que seja registrado. Método alfabético numérico Como se pode deduzir pelo nome, é um método que procura reu- nir as vantagens dos métodos alfabético simples e numérico sim- ples, tendo alcançado seu objetivo, pois dessa combinação resultou um método que apresenta ao mesmo tempo a simplicidade de um e a exatidão e rapidez, no arquivamento, do outro. É conhecido tam- bém pelo nome de alfanumérico. Método geográfico Este método é muito aconselhável quando desejamos ordenar a documentação de acordo com a divisão geográfica, isto é, de acor- do com países, estados, cidades, municípios etc. As empresas que possuem uma quantidade significativa de empregados que atuam com vendas, por exemplo, o assistente de pessoal pode agrupar as pastas desses empregados de acordo com as praças onde operam. Método ideográfico ou por assunto É um tipo de método específico que vai depender da interpreta- ção dos documentos em análise, pois é um método que consiste em agrupar os documentos e pastas por assunto, o que pode apresentar certa dificuldade de escolher o melhor termo ou expressão que de- finem o assunto. A importância do arquivo para o DP O descarte indevido e/ou conservação inadequada pode acarre- tar inúmeros prejuízos para o DP. É um arquivo que contém muitas F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 55 informaçõessigilosas, que podem ser acionadas a qualquer tempo por conta de ações trabalhistas. Por exemplo, portanto, é preciso que o arquivo esteja sempre organizado e os documentos, bem con- servados e digitalizados. É muito importante ter um calendário sempre atualizado com as demandas e prazos do DP e um checklist. Atrasos podem acarre- tar em multas, como também conflitos com funcionários, portanto, é necessário ter organização e controle dos processos. Digitalizar os documentos é uma forma de conservá-los adequa- damente por mais tempo, como também de liberar espaço no ar- quivo físico (a depender do documento). Porém, é necessário aten- ção ao armazenamento por conter informações confidenciais. Para saber um pouco mais sobre a organização de arquivos físi- cos, acesse o link abaixo e assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Fq7LhHQ1Qg4 Documento Objetivos específicos Ao término deste capítulo, você deverá ser capaz de: • registrar entrada e saída de documentos, obedecendo normas; • controlar o fluxo de documentos, salvaguardando a ética e segurança; • organizar documentos e arquivos pertinentes à área de pessoal. O que é documento? Segundo a Fundação Roberto Marinho (2019, p. 14): “Documento é qualquer tipo de informação que está registrada de alguma forma e que comprova um fato”. 2 https://www.youtube.com/watch?v=Fq7LhHQ1Qg4 A rq u iv o e D o c u m e n ta ç ã o 56 Temos como exemplo de documentos: e-mail, carta, certidão, notas fiscais etc. Os documentos podem ser físicos, ou seja, aqueles que se repre- sentam por meio do papel, da impressão, que pode ser “palpável”. Além disso, existem os documento digitais, aqueles que são arma- zenas em software ou em pastas digitais. Atualmente todos os documentos físicos podem ser facilmente digitalizados, mas ainda boa parte deles fazem parte da rotina da vida das pessoas e das organizações. A função do documento A maneira mais precisa que as organizações têm para registrar todas as informações se dá por meio dos documentos. Também é essencial que as empresas registrem as informações de seus em- pregados, clientes e fornecedores. Toda a rotina da empresa deve ser registrada por meio dos do- cumentos como atas de reuniões, circulares, relatórios etc., portan- to, é importante que toda a documentação seja organizada, a fim de possibilitar a sua consulta a qualquer momento, principalmente na necessidade de comprovar a realização de tarefas como paga- mento de contas, pagamentos de empregados, registros financei- ros, dentre outras. Como controlar a entrada e saída de documentos? Para controlar a entrada e a saída de documentos pode-se usar o protocolo. No protocolo, normalmente anota a data de envio, o re- metente e o destinatário do documento. Quem recebe o documento assina o protocolo para que o remetente possa comprovar que este foi entregue. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 57 Figura 3.3: Fluxo de entrada e saída de documento Fonte: Fundação Roberto Marinho (2019). Tipos de documentos organizacionais Existem diversos tipos de documento, conforme mencionado anteriormente, mas alguns deles ajudam no fluxo de comunicação nas organizações: • carta comercial; • memorando; • circular; • ofício; • ata; • relatório; • declaração; • e-mail. Carta comercial A carta é um dos meios de comunicação mais importantes da história da humanidade, constituída por algumas folhas onde uma pessoa escreve uma mensagem ou um texto que, em segui- da, é enviado a um destinatário. Nas organizações, é muito usual para transmitir ou solicitar qualquer tipo de informação e também como instrumento de negociação. A rq u iv o e D o c u m e n ta ç ã o 58 Figura 3.4: Exemplo de carta comercial Fonte: Adaptada de Fundação Roberto Marinho (2019). IMPORTANTE: Além do modelo apresentado, existem várias outras formas de elaborar uma carta comercial. Ao elaborar esse tipo de documento, é importante considerar a necessidade da organização, o assunto de que a carta vai tratar, a relação com o destinatário (se mais ou menos formalidade), dentre outras considerações. Memorando Usado, nas organizações, como instrumento de comunicação interna com maior rapidez. Apresenta texto breve e direto na forma de comunicar. Usamos como exemplo, de acordo com a Figura 3.5, um memo- rando em que o Departamento de Administração de Pessoal enca- minha ao Departamento Financeiro a folha de pagamento do mês, para que o setor destinatário possa tomar as providências de paga- mento aos colaboradores. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 59 Figura 3.5: Exemplo de memorando Fonte: Elaborado pelo autor. Circular Usado com frequência quando existe a necessidade de trans- mitir avisos para um determinado número de pessoas de uma vez só. Pode ser usada também para emitir mensagens, instruções e ordens. Usamos como exemplo, conforme pode ser observado na Figura 3.6, uma circular em que o Departamento de Recursos Humanos informa a todos os demais colaboradores o não funcionamento do setor em uma determinada situação de emenda de feriado. Figura 3.6: Exemplo de circular Fonte: Elaborada pelo autor. A rq u iv o e D o c u m e n ta ç ã o 60 Ofício Este tipo de correspondência é semelhante à carta comercial, porém ela é dirigida de um órgão para outro, ou de um indivíduo para o outro, em caráter oficial. Figura 3.7: Exemplo de ofício Fonte: Elaborado pelo autor. Ata É um documento que registra, normalmente de maneira resu- mida, as ocorrências, deliberações, resoluções e decisões de reu- niões e assembleias. Nela consta a data em que ocorreu o evento, nome das pessoas presentes e os detalhes de cada assunto tratado. Relatório É um tipo de documento que descreve alguma ocorrência. É fun- damental para documentar fatos, problemas, soluções e resultados de algum projeto ou processo. F o rm a ç ã o In ic ia l e C o n tin u a d a e m A ssiste n te d e P e sso a l 61 Declaração Este tipo de documento é emitido com a finalidade de confirmar ou garantir o atestado ou direito para uma determinada pessoa. Figura 3.8: Exemplo de declaração Fonte: Elaborada pelo autor. E-mail ou correio eletrônico Por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos. Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir uma forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem in- compatível com uma comunicação oficial. O campo assunto do formulário do correio eletrônico deve ser preenchido de modo a facilitar o entendimento do assunto a ser tratado na mensagem. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer infor- mações mínimas sobre seu conteúdo. Sempre que disponível, de- ve-se utilizar o recurso de confirmação de leitura. Caso não esteja disponível, deve constar da mensagem o pedido de confirmação de recebimento. A rq u iv o e D o c u m e n ta ç ã o 62 Documentos do DP e a conservação Por quanto tempo os documentos do Departamento de Pessoal devem ficar arquivados e ser conservados? Enquanto os documentos estiverem dentro da validade jurídi- ca, existe a obrigação legal de mantê-los em perfeitas condições de preservação. Interessante notar que grande parte dos documentos administrativos possui validade de 5 (cinco) anos. Quadro 2.2: Tempo de arquivo e conservação de documentos destinados ao DP Documentos Tempo de guarda Documentos Tempo de guarda Aviso prévio (comuni- cado) 2 anos PIS/COFINS 5 anos Termo de rescisão do CT 2 anos DARFs (PIS) 10 anos Pedido de demissão 2 anos Recibos de pagamento de férias 10 anos Acordo de compensação de horas 5 anos Recibos de pagamento de salário 10 anos Acordo de prorrogação de horas 5 anos Recibos de pagamento do 13º salário
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