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ATIVIDADE SUPER 2 TERRITORIO E VD

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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
FACULDADE DE ENFERMAGEM
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE SALA
TEMA: TERRITORIALIZAÇÃO E VISITA DOMICILIAR
 
DOCENTES:
 Márcia Goulart
 CUIABÁ
2022.2
	1. 
	INTRODUÇÃO - TERRITORIALIZAÇÃO 
 
Para entendermos o que é a territorialização, é importante que primeiramente seja compreendido o conceito de território e das áreas de risco. 
A concepção mais comum de território é a de um espaço geográfico delimitado por divisões administrativas, que hoje dão origem a bairros, cidades, estados e países. A palavra território vem do latim territorium, que significa terra que pertence a alguém. Qualquer espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder se caracteriza como território (COLUSSI; PEREIRA, 2016). 
Cada território tem as suas particularidades, que configuram diferentes perfis demográficos, epidemiológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos, os quais se encontram em constante transformação. Assim, a atuação das equipes de saúde sobre esse território tem de considerar esses perfis. Os profissionais de saúde que atuam na Atenção Básica devem se apropriar dessas características, precisam dialogar com os atores, para que tenham poder de atuação sobre a realidade onde atuam e à qual também pertencem (COLUSSI; PEREIRA, 2016). 
Já os riscos são inerentes à condição humana, ou seja, fazem parte da nossa vida. Estão por toda parte, em todo lugar, porém distribuídos de maneira heterogênea no território. As áreas que concentram determinados riscos são denominadas áreas de risco (COLUSSI; PEREIRA, 2016). 
As áreas de risco, portanto, são partes de um determinado território que, por suas características, apresentam mais chances de que algo indesejado aconteça. 
A definição da área de risco pode variar conforme o que seja esse algo indesejado. Para a Defesa 
Civil, por exemplo, tratam-se de locais com maior risco de enchentes ou desmoronamentos. Na Estratégia de Saúde da Família (ESF), consideramos como de risco as áreas em que os moradores, de maneira geral, têm seus níveis de saúde inferiores aos do restante da população do território, apresentam mais chances de adoecer ou, ainda, quando têm a mesma doença que pessoas de outro local, desenvolvem-na em maior gravidade ou com maiores complicações. Alguns exemplos de condições que definem uma área como sendo de risco são: 
· Acesso precário a bens e serviços (tratamento da água, tratamento de esgoto, coleta de lixo 
etc.). 
· Poluição. 
· Violência. 
· Consumo de drogas. 
· Desemprego. 
· Analfabetismo. 
A presença de um maior número dessas características corresponde a maior risco para a população. 
A territorialização em saúde é denominada como o processo de reconhecimento do território. Pode ser visto como uma prática, um modo de fazer, uma técnica que possibilita o reconhecimento do ambiente, das condições de vida e da situação de saúde da população de determinado território, assim como o acesso dessa população a ações e serviços de saúde, viabilizando o desenvolvimento de práticas de saúde voltadas à realidade cotidiana das pessoas (COLUSSI; PEREIRA, 2016). 
O processo de territorialização será capaz de induzir as transformações desejadas quando concebido e praticado de maneira ampla: 
· Um processo de habitar e vivenciar um território. 
· Uma técnica e um método de obtenção e análise de informações sobre as condições de vida e saúde de populações. 
· Um instrumento para se entender os contextos de uso do território em todos os níveis das atividades humanas (econômicos, sociais, culturais, políticos etc.) 
· “Um caminho metodológico de aproximação e análise sucessivas da realidade para a produção social da saúde” (GODIM, 2011, p.199) 
Cabe destacar que o processo de territorialização ocorre simultaneamente as demais atividades das equipes, ou seja, deve ser incorporado na sua rotina. Pense que, ao sair no território para realizar uma visita domiciliar, por exemplo, você já pode coletar e registrar informações a partir da sua observação durante o trajeto. 
Para a realização dessa atividade, considere a situação hipotética a seguir: 
 
1.1 Apresentação da Unidade Saúde da Família- Cambé II 
 	 
A Unidade Saúde da Família (USF) Cambé II está localizada no município de Cambé-RS. Sua população adscrita é de 3.800 habitantes. A estimativa de renda familiar da comunidade corresponde a aproximadamente 2 salários mínimos. Dos aspectos sociais relevantes, não há área de invasão na região; 502 famílias são cadastradas nos programas sociais. Todas as moradias são de tijolos e possuem energia elétrica nos domicílios, com coleta urbana para o lixo, abastecimento de água feito pela rede pública e possui rede de esgoto. Dentre as condições crônicas de saúde mais frequentes da população de abrangência da USF, destacam-se: 391 pessoas (10,3%) hipertensas, 91 pessoas (2,7%) diabéticos, 64 pessoas (1,7%) com sofrimento mental, 34 pessoas (0,9%) asmáticas, 34 pessoas (0,9%) envolvidas com problemas de alcoolismo e 26 pessoas (0,7%) acamados ou classificados como idosos frágeis. No entanto, apenas uma pequena parte da agenda da equipe é destinada a consultas referentes às ações planejadas de uma demanda estruturada e baseada nos programas de puericultura, pré-natal, saúde mental, hipertensos e diabéticos, e as visitas domiciliares. As condições agudas são o foco das atividades da Unidade, e a agenda é reservada, na sua grande maioria, ao atendimento de demanda espontânea que visa a “medicalização dos problemas” e a solicitação de exames. A equipe trabalha, portanto, com uma demanda espontânea sobrecarregada que visa atender a uma população ainda fortemente influenciada pela cultura curativa em saúde. 
Você, foi nomeado para assumir as atividades como enfermeiro(a) coordenador(a) nessa Unidade 
Saúde da Família e tem um grande desafio pela frente. Vamos lá?! Agora é com você! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	2. 
	MAPA DO TERRITÓRIO E TERRITORIALIZAÇÃO 
 
2.1 Atividades 
 
A partir dos dados apresentados na situação hipotética, realize as atividades a seguir: 
1. Qual a importância da territorialização para o trabalho das equipes da APS? Justifique. 
2. Diante da situação hipotética, com relação a Unidade Saúde da Família- Cambé II, elabore no mapa abaixo a distribuição das microáreas e identifique a área de abrangência dessa unidade. Identifique quantos Agentes Comunitários de Saúde serão necessários para atender essa população. (Relembrando que a área de abrangência da USF é de 3.800 habitantes, cada microárea é composta por 750 habitantes e cada quadra contém 20 casas, com 5 habitantes em cada uma). 
 
3. Agora, você, enfermeiro (a) da USF, após elaborar o mapeamento das microáreas e da área de abrangência, deverá organizar como será realizado o processo de territorialização baseado nas 3 fases: preparatória ou de planejamento, coleta de dados/informações e de análise dos dados. 
4. De acordo com o mapa abaixo, quais locais estratégicos poderiam ser realizados ações em saúde para a comunidade? Descreva essas ações em saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
	3. 
 
	REFERÊNCIAS 
 
COLUSSI, C. F.; PEREIRA, K. G. Territorialização como instrumento do planejamento local na Atenção 
Básica 	[Recurso 	eletrônico]. 	- 	Florianópolis: 	UFSC, 	2016. 	Disponível 	em: 
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13957/1/TERRITORIALIZACAO_LIVRO.pdf Acesso em: 12/08/20. 
GONDIM, Grácia Maria de Miranda. Territórios da Atenção Básica: múltiplos, singulares ou inexistentes? 2011. 256 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio 
Arouca, 	Fiocruz. 	Rio 	de 	Janeiro, 	2011. 	Disponível 	em: 	bvssp. 
icict.fiocruz.br/lildbi/docsonline/get.php?id=2371. Acesso em: 12/08/20. 
	 
 	 
 
 
ATENÇÃO DOMICILIAR NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
A Atenção Domiciliar (AD) é uma forma de atenção à saúde, oferecida na moradia do paciente e caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e integrada à Redede Atenção à Saúde.
Com abordagens diferenciadas, esse tipo de serviço está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a necessidade do paciente, esse cuidado em casa pode ser realizado por diferentes equipes. Quando o paciente precisa ser visitado com menos frequência, por exemplo, uma vez por mês, e já está mais estável, este cuidado pode ser realizado pela equipe de Saúde da Família/Atenção Básica de sua referência. Já os casos de maior complexidade são acompanhados pelas equipes multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e de apoio (EMAP), do Serviços de Atenção Domiciliar (SAD) – Melhor em Casa.
A Atenção Domiciliar proporciona ao paciente um cuidado ligado diretamente aos aspectos referentes à estrutura familiar, à infraestrutura do domicílio e à estrutura oferecida pelos serviços para esse tipo de assistência. Dessa forma, evita-se hospitalizações desnecessárias e diminui o risco de infecções. Além disso, melhora a gestão dos leitos hospitalares e o uso dos recursos, bem como diminui a superlotação de serviços de urgência e emergência.
A visita domiciliar é uma técnica que vem sendo utilizada por diferentes profissionais, consistindo no atendimento ou acompanhamento dos usuários no seu local de residência (Rocha, Moreira, & Boeckel, 2010). As visitas domiciliares podem servir como uma forma de criar fortes vínculos afetivos com pacientes, especialmente os que podem estar com dificuldade de locomoção ou com humor deprimido, conforme descrevem Neves et al. (2012).
No Brasil, a visita domiciliar aparece como uma atividade realizada dentro do Sistema Único deSaúde (SUS) pelos profissionais das equipes de atenção primária, chamadas de Estratégia Saúde da Família (ESF), e mais recentemente pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), que fazem a retaguarda especializada para as equipes de atenção primária (Freire & Pichelli, 2013). Porém, Neves et al., (2012) argumentam que a prática de visita domiciliar nem sempre é reconhecida como legítima pelos profissionais que a praticam, às vezes sendo considerada algo do improviso.
É importante destacar que a visita domiciliar pode ter como aspecto positivo a aproximação dos profissionais ao contexto no qual os sujeitos estão inseridos. A maior aproximação do contexto de vida dos usuários possibilita a valorização da dimensão subjetiva das práticas em saúde, das vivências dos usuários e dos trabalhadores da saúde, abrindo espaços de comunicação e diálogo entre saberes e práticas, além de novas perspectivas para a reflexão e ação (Paim & Almeida Filho, 1998).
O SUS propõe as “Diretrizes para a Atenção Domiciliar na Atenção Básica” ,com o objetivo de orientar a organização dos serviços de atenção domiciliar na atenção básica no Brasil. A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde, com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2011). É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento deve ser acolhido (BRASIL, 2011).
Pela sua organização, a atenção básica se constituiu como o primeiro contato dos usuários com o sistema de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, acessibilidade (ao sistema), continuidade, integralidade, responsabilização, humanização, vínculo, equidade e participação social. Dentro desse enfoque, é responsabilidade das equipes de atenção básica atenderem os cidadãos conforme suas necessidades em saúde. Essas necessidades, que são produzidas socialmente, muitas vezes se traduzem também pela dificuldade que algumas pessoas possuem em acessar os serviços de saúde, seja pelas barreiras geográficas, pelas longas distâncias, pela forma como são organizados, seja pelo seu estado de saúde, que, muitas vezes, os impedem de se deslocarem até esses serviços, exigindo que a assistência seja dispensada em nível domiciliar.Com base no princípio da territorialização, deve-se ser responsável pela atenção à saúde de todas as pessoas adscritas. Dessa forma, a atenção domiciliar é atividade inerente ao processo de trabalho das equipes de atenção básica, sendo necessário que estejam preparadas para identificar e cuidar dos usuários que se beneficiarão dessa modalidade de atenção, o que implica adequar certos aspectos na organização do seu processo de trabalho, bem como agregar certas tecnologias necessárias para realizar o cuidado em saúde no ambiente domiciliar. 
A proposta de atenção domiciliar inclui a reorganização do processo de trabalho pela equipe de saúde e as discussões sobre diferentes concepções e abordagens à família. Espera-se que os profissionais sejam capazes de atuar com criatividade e senso crítico, mediante uma prática humanizada, competente e resolutiva, que envolva ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação.A participação ativa do usuário, família e profissionais envolvidos na assistência domiciliar constitui traço importante para a efetivação dessa modalidade de atenção. Assim, a articulação com os outros níveis da atenção.
	ATIVIDADE Nº 1
	A visita domiciliar é uma das atividades mais importantes dos Agentes de Saúde. É através dela que ele vai poder fazer o cadastramento e o acompanhamento das famílias e, principalmente o trabalho educativo, orientando as pessoas como evitar as doenças e cuidar melhor da saúde. 
A) Numa entrevista, que é uma conversa direcionada com as pessoas, pergunta-se: que tipo de acompanhamento é possível realizar? 
B) Entre os itens que se seguem qual deles NÃO se aplica aos diferentes acompanhamentos possíveis?
I. Conhecer as condições de moradia, de trabalho, os hábitos, as crenças, os costumes e os valores.
II. Ensinar às pessoas medidas simples de prevenção e orientá-las a usar corretamente os medicamentos;
III. Identificar as pessoas que estão bem de saúde e as que não estão e passar para a equipe as informações só dos doentes.
IV. Ajudarem as pessoas a refletir sobre os seus problemas de saúde e ajudá-las a organizar suas ações para tentar resolvê-los.
V. Justifique sua resposta.
	AÇÕES DA EQUIPE NA VISITA DOMICILIAR
	
A visita domiciliar (VD) é uma ferramenta muito utilizada pelos por profissionais das ESF para a prestação da assistência no ambiente domiciliar, dessa forma é necessário o planejamento do número de visitas ou encontros necessários para o tratamento e orientações ao usuário e também criar a relação de ajuda familiar, além do foco no cuidado e acompanhamento clínico (KAWATA et al., 2013).
Segundo DE PAULA et al. (2014) para a realização da visita domiciliar é relevante que a equipe
multidisciplinar tenha preparo profissional, comprometimento e disponibilidade de tempo para desempenhar suas atividades, para que dessa maneira possa contribuir para redução das demandas nas instituições hospitalares de saúde.
Em relação a visita domiciliar (VD), entende-se que por estar inclusa nas ações da Estratégia Saúde da Família (ESF) todos os profissionais devem estar inseridos ao programa, a fim de possibilitar uma observação multiprofissional do usuário, por promover meios de aproximação com os aspectos principaisdo processo saúde doença no ambiente familiar. É importante destacar que a função do profissional na VD não é apenas lidar com a saúde da família, mas com condições que permitem a integridade da mesma, já que se compreende que o meio familiar pode sofrer influência por parte do estado da saúde de seus membros (GOMES et al., 2015).
A troca de conhecimento e vivências facilita o planejamento e a implementação, possibilitando uma abordagem de forma global à família e ao indivíduo, suprindo as dificuldades da comunidade (LIONELLO et al., 2012). Vale realçar, que para um bom desenvolvimento profissional, um atendimento humanizado e que dê resultado, é crucial que os profissionais possuam habilidades e eficiência, para que sua atividade durante a VD não se limite a um atendimento mecânico (CLEMENTINO e MIRANDA, 2015).
 é importante que os profissionais tenham conhecimento técnico-científico para resolver as dificuldades encontradas durante a realização da assistência, usando medidas que ajudem no processo da comunicação, como desenvolver uma boa interação por meio da escuta, adequação da linguagem para cada usuário, estando atentos as dúvidas e sempre incentivando a participação do mesmo nesse processo.
O atendimento domiciliar na ESF tem como princípio ajudar o médico ou enfermeiro juntamente com Agente Comunitário de Saúde (ACS), fazer a busca ativa e a promoção da educação em saúde no ambiente domiciliar. 
O Enfermeiro tem competência técnico-cientifico para desempenhar suas ações educativas e assistenciais de forma aperfeiçoada. Entretanto, o abraçamento que o ACS tem com a comunidade possibilita que suas atividades educativas sejam em benefício das necessidades atuais da população em questão, facilitando o entendimento e reconhecimento da mesma. Sendo assim, o profissional realiza suas atividades através da identificação das demandas encontradas e o ACS pesquisa as dificuldades da população e averigua a saúde das famílias, o qual deve ser feito com regularidade (ALVES e ACIOLE, 2011).
Neste contexto, a VD é uma ferramenta que permite à equipe da ESF o entendimento das restrições fundamentais do processo saúde-doença, como também da adesão de medidas de promoção da saúde. É por meio da visita que o profissional será capaz de avaliar as condições social e familiar em que vive o indivíduo, bem como fazer a busca ativa e idealizar e realizar as medidas assistenciais adequadas, com base na promoção da saúde (NASCIMENTO et al., 2013).
Portanto, o trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar na ESF à população visa a execução da integralidade em saúde no sentido de proporcionar uma atuação em saúde mais contextualizada e resolutiva na concepção da corresponsabilização de trabalhadores, usuários e suas famílias.
	Atividade 2: Estudo de caso 1
	
 Ana, enfermeira da unidade de saúde Vila Maria foi chamada para um atendimento de urgência em domicílio à dona Maria do Carmo,75 anos, viúva do Sr. José que morreu de derrame aos 85 anos. Dona Maria do Carmo teve 3 filhos e mora agora com Janice (54 anos) sua filha mais nova e sua neta Inês de 32 anos. Janice é divorciada de Mário e trabalha de doméstica. Inês é manicure. Dona Maria do Carmo apresenta quadro de disúria oligúria, além de dor supra púbica no momento, sem relato de febre. Tem história de hipertensão, mas não está fazendo uso do medicamento.
A enf. Ana levou o caso para reunião de equipe com o objetivo de organizar e sistematizar as visitas domiciliares a serem realizadas pela equipe, uma vez que as visitas aos pacientes com doenças crônicas eram realizadas mediante solicitação da família.
Foi traçado um plano terapêutico para dona maria do Carmo, sob a supervisão da enf Ana e da médica Cristina. O ACS Antônio seria responsável pelo agendamento das visitas e a enfermeira iria fazer avaliação global aos idosos.
A Enf. Ana durante visita a dona Maria do Carmo, detectou que mesma apresentava baixa acuidade visual, higiene bucal precária com lesões em lábios, incontinência urinária, teste minimental* alterado.
Na reunião de equipe a foi sugerido pela enfermeira um acompanhamento para Janice, ensinando técnicas de como lidar com a dependência parcial da dona Maria do Carmo, novo atendimento médico para avaliação da demência e incontinência urinária e também acompanhamento da equipe de saúde bucal.
CONTEXTUALIZAÇÃO:
O caso acima remete a várias questões que envolvem aspectos sócio culturais e de saúde que são observados na atenção domiciliar pela equipe de saúde da UBS. Uma abordagem familiar com corresponsabilização e vínculo, atenção voltada a pessoa e não a doença, escuta qualificada e trabalho em equipe
 Diante disso, responda:	
A)	como o grupo faria o planejamento das visitas domiciliares a dona Maria do Carmo?
B)	Em quais circunstâncias devem ser feitos os atendimentos domiciliares pela equipe de saúde da ESF?*Minimental- teste rápido de avaliação cognitiva
C)	Qual a importância da visita domiciliar no processo saúde/doença?
D)	Qual a responsabilidade da equipe diante do caso apresentado?
	Atividade 3: Estudo de caso 2
	Na reunião de planejamento semanal realizada pela equipe de saúde da unidade Vila Maria, os Agentes comunitários de Saúde (ACAS) apresentam as situações dos usuários que têm maior complexidade, e que demandam uma maior intervenção da equipe.
Nesta semana, a ACS Camila, responsável pela microárea 4 apresentou a situação de uma das famílias por ela acompanhada. A paciente índice é a Dona Nilza, idosa de 74 anos, acamada a cerca de um ano por conta de um derrame sofrido. Apresenta ainda como limitações, dificuldade para se alimentar, falar, fazendo uso também de fralda geriátrica. A filha responsável pelo cuidado é a Helena, de 48 anos. Por conta do cuidado com a mãe, Helena precisou se mudar para a casa da mãe, juntamente com o marido e suas três netas (6, 8 e 11 anos), e também abrir mão do trabalho que antes exercia. Hoje a renda da família é a pensão de D. Nilza e a renda do marido, José, que trabalha como vigilante noturno.
A filha, Helena, relatou que se esforça para cuidar adequadamente da mãe, mas que apesar de tanto esforço a mãe vem apresentando feridas nas costas (por conta de permanecer muito tempo na mesma posição) e perda de peso, já que a alimentação ficou muito difícil de ser realizada, já que a mãe só come mingau e toma vitaminas, que ela oferece em pequenas porções, porque a mãe já se engasgou em outros momentos. Disse também que a mãe está “trocando o dia pela noite”. Dorme o dia todo e a noite fica acordada, chamando e falando mesmo com dificuldades.
Helena ainda informou que ela tem sentido muitas dores nas costas e braços, por conta do cuidado com a mãe, já que cuida sozinha e que nem sempre consegue dormir à noite, o que com frequência faz com que ela sinta fortes dores de cabeça durante o dia. Também disse que com certa frequência tem crises de ansiedade e choro por medo de que a mãe morra em casa, sob os seus cuidados.
Após o relato da ACS Camila, a equipe então começa a discutir as ações que podem vir a ser realizadas no cuidado desta família.
O enfermeiro Arthur, convidou para participar da discussão do caso junto aos membros da ESF Vila Maria, os profissionais do NASF, que apoiam esta unidade. Participaram da reunião o fisioterapeuta Renato, a nutricionista Cláudia e a Psicóloga Jaqueline.
CONTEXTUALIZAÇÃO: 
O caso acima remete a várias questões que envolvem aspectos sócio culturais e de saúde que são observados na atenção domiciliar pela equipe de saúde da UBS. Uma abordagem familiar com corresponsabilização e vínculo, atenção voltada a pessoa e não a doença, escuta qualificada e trabalho em equipe
 Diante disso, responda:	
a) As ações a serem realizadas no processo de cuidado desta família se encaixariam em qual tipo de atenção domiciliar? AD1, AD2 ou AD3? Justifique a sua resposta.
b) Quais ações ou orientações poderiam ser dadas a esta família para auxiliar no processo do cuidado de D. Nilza e para auxiliar, a filha Helena neste processo?
	
Leiaatentamente o caso abaixo identificando os fatores de risco. Após leitura, aplicar a Escala de Coelho e Savassi (ANEXO) realizando a somatória dos scores e classificando a família conforme grau de risco.
CASO: ALINE
Aline, 16 anos, solteira, estudante do 1º ano do Ensino Médio, encontra-se gestante de 21 semanas. Realiza o pré-natal na UBS Jacarandás e é acompanhada pela ACS Luzia. Recentemente a equipe percebeu que Aline tem faltado às consultas. A Enfermeira junto com a ACS realizou VD no dia 18/05 e colheu a seguinte história familiar:
Aline mora com seu pai (Agenor, 48 anos), sua mãe (Vera, 47 anos), seu irmão Rafael (11 anos) e sua avó materna (Carmem, 73 anos) o avô materno de Aline faleceu há 3 anos por infarto. Seus avós paternos já são falecidos por CA pulmão (avô) e Infarto (avó).
O pai de Aline é pintor, mas, no momento está desempregado e sua mãe trabalha como caixa no Mercado do Bairro. Moram em uma casa alugada de 3 cômodos, com saneamento e rede elétrica.
Seu Agenor é etilista, faz tratamento para hipertensão na UBS e faz uso de medicamentos constantemente; a mãe de Aline não tem problemas de saúde, mas, desde que descobriu a gravidez da filha tem apresentado quadros de tristeza profunda e agressividade. A avó de Aline é analfabeta...faz tratamento para diabetes, teve AVC há mais ou menos dois anos e após isso apresenta dificuldade na fala e está acamada. O irmão Rafael tem forte vínculo com a avó, e tem passado longos momentos no quarto por conta das brigas dos pais.
O pai do bebê de Aline terminou o relacionamento assim que soube da gravidez e nunca mais foi visto nas imediações. A relação entre seu Agenor e a filha está bem conflituosa, ela anda distante de todos e não quer mais ir à escola.
Aline estuda de manhã e à tarde frequenta o projeto social do bairro Jovem em Ação. Gosta de música. Tem forte amizade com a vizinha Laís e costumam frequentar aos fins de semana a praça da comunidade.
ANEXO
Escala de Coelho Savassi 
 
Sentinelas de Risco, Definições das Sentinelas e Escore de Risco. 
 	 	 	 	 	 	 	 	 
	Dados da Ficha A 
(Sentinelas de 
Risco) 
	Definições das Sentinelas de Risco 
	Escore de Risco 
	Acamado 
	Toda pessoa restrita ao seu domicílio, por falta de habilidade e/ou incapacidade de locomoção por si só a qualquer unidade de saúde. 
	3 
	Deficiência Física 
	Defeito ou condição física de longa duração ou permanente que dificulta ou impede a realização de determinadas atividades cotidianas, escolares, de trabalho ou de lazer. 
	3 
	Deficiência Mental 
	Defeito ou condição mental de longa duração ou permanente que dificulta ou impede a realização de determinadas atividades cotidianas, escolares, de trabalho ou de lazer. 
	3 
	Baixas Condições de Saneamento 
	Saneamento implica no controle dos fatores do meio físico do homem que podem exercer efeitos prejudiciais à sua saúde. 
	3 
	Desnutrição (Grave) 
	Percentil menor que 0,1 e peso muito baixo para a idade. 
	3 
	Drogadição 
	Utilização compulsiva de drogas lícitas ou ilícitas que apresentem potencial para causar dependência química (álcool, tabaco, benzodiazepínicos, barbitúricos, e drogas ilícitas). 
	2 
	Desemprego 
	Situação na qual a pessoa não esteja exercendo nenhuma ocupação (não incluir na avaliação férias, licenças ou afastamentos temporários). A realização de tarefas domésticas é considerada ocupação (trabalho doméstico), mesmo que não seja remunerado. 
	2 
	Analfabetismo 
	Pessoa que, a partir da idade escolar, não sabe ler nem escrever no mínimo um bilhete, e/ou que sabe apenas assinar o nome. 
	1 
	Menor de 06 Meses 
	Lactente com idade até 5 meses e 29 dias. 
	1 
	Maior 70 anos 
	Toda pessoa com mais de 70 anos completos. 
	1 
	HAS 
	Pressão arterial sistólica maior ou igual a 130mmHg e pressão arterial diastólica maior ou igual a 90mmHg, em indivíduos que não usam medicação anti-hipertensiva. 
	1 
	Diabetes Mellitus 
	Grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos. 
	1 
	Relação 
Morador/Cômodo 
	Número de moradores na residência dividido pelo número de cômodos do domicílio. São considerados cômodos todos os compartimentos integrantes do domicílio, inclusive banheiro e cozinha, separados por paredes, e os existentes na parte externa do prédio, desde que constituam parte integrante do domicílio, com exceção de corredores, alpendres, varandas abertas, garagens, depósitos.
	 >que 1 ………. 3 
Igual a 1 ……….. 2 
<que 1 ……….. 1 
 
Cálculo do risco familiar 
 
	Escore Total 
	Risco Familiar 
	5 ou 6 
	R1 – Risco menor 
	7 ou 8 
	R2 – Risco médio 
	Acima de 9 
	R3 – Risco máximo 
Fonte: Savassi et al (2012). 
Referência bibliográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
UNHA, Marcela Silva da and SA, Marilene de Castilho. A visita domiciliar na estratégia de saúde da família: os desafios de se mover no território. Interface (Botucatu) [online]. 2013, vol.17, n.44 [cited 2020-03-30], pp.61-73. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832013000100006&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1414-3283. https://doi.org/10.1590/S1414-32832013000100006.
ROCHA, Kátia Bones et al. A visita domiciliar no contexto da saúde: uma revisão de literatura. Psic., Saúde & Doenças [online]. 2017, vol.18, n.1 [citado 2020-03-30], pp.170-185. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862017000100015&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1645-0086. http://dx.doi.org/10.15309/17psd180115.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE SALA
 
TEMA: TERRITORIALIZAÇÃO
 
E 
V
ISITA DOMICILIAR
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
 
FACULDADE DE ENFERMAGEM
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
 
 
DOCENTES:
 
 
Márcia Goulart
 
CUIABÁ
 
202
2.
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE SALA 
TEMA: TERRITORIALIZAÇÃO E VISITA DOMICILIAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ 
FACULDADE DE ENFERMAGEM 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
 
DOCENTES: 
 Márcia Goulart 
CUIABÁ 
2022.2

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