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KGI I 09 Quando o Sol Brilha

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Maya Banks 
KGI 09 
 
 
 
** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
 1 
 
Maya Banks 
Quando o Sol Brilha 
KGI 9 
 
O Grupo Internacional de Kelly (KGI): Um negócio super-elite e super secreto, de 
administração familiar. 
Qualificações: alta inteligência, corpo duro e resistente, experiência militar. 
Missão: Recuperação de vítimas de sequestro. Coleta de informações. Lidar com trabalhos que o 
governo dos EUA não consegue... 
Eden é considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo. Seu rosto já estampou 
inúmeras revistas e seu corpo já vendeu milhões de dólares em roupas. Mas sua fama e beleza 
ganharam mais do que jamais imaginou. O mal está perseguindo-a, determinado a extinguir a 
beleza etérea para sempre. 
Swanson ou "Swanny", como seus companheiros de equipe o chamam, está sempre pronto 
para a próxima missão. Ele voltou do Afeganistão ferido e com cicatrizes. Dificilmente o tipo de 
homem que combinaria com o mesmo ambiente que Eden. E mesmo assim há algo sobre a beleza 
calma que mexe com o seu sangue e o faz sonhar com o impossível. Porque a Bela amar a Fera só 
acontecia em contos de fadas e a KGI não lidava com contos de fadas. Nunca. 
 
 
 
 
 
Maya Banks 
KGI 09 
 
 
 
** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
 2 
 
 Traduzido e Revisado do Inglês 
Envio do arquivo e Formatação: Δίκη 
Revisão Inicial: 
Kimie – Capítulo 01 ao Capítulo 19 
Val – Do capítulo 20 ao Epílogo 
Revisão Final: 
Val – Capítulo 01 ao Capítulo 19 
Kimie – Do capítulo 20 ao Epílogo 
Capa: Élica 
Talionis 
 
 
 
 Em memória de Pat Pattarozzi. Ela era a verdadeira — Mama Kelly — e sua ausência será sentida 
por muitas pessoas. Espero que você aproveite suas asas de anjo, enquanto carinhosamente cuida 
de sua família do céu. 
 
 
 
Comentário das Revisoras: 
 
 
Comentário Kimie: A estória do Swanny - Swanson - cheio de cicatrizes depois do cativeiro 
no Afeganistão, - se apaixona por Eden, a nova Missão da KGI. Ela quase foi atingida por um tiro 
disparado e após uma ameaça anônima, o pai de Eden decide contratar a KGI para protegê-la. Ela 
logo se apaixona por Swanny mas ele se mostra relutante em aceitar que a "Bela" esteja 
interessada nele. Estória mais "leve" comparada com as outras da série KGI, com a rápida 
passagem dos irmãos Kelly e seus bebês. Tem também a presença de Hancock no desenrolar da 
estória e algumas surpresas, mas nada que Swanny não possa resolver... 
 
Comentário Val: Após a tragédia que ocasionou tantas cicatrizes em seu rosto, corpo e alma, 
Swanny não se sente digno de nenhuma mulher. Ele acredita que nunca será amado por que suas 
cicatrizes amedrontam e despertam pena nas mulheres que se aproximam dele. E apesar de 
considerá-las feias e amedrontadoras, ele tem a intenção de nunca retirá-las por que são a 
lembrança do quanto ele foi vulnerável um dia, de como foi uma vítima, e essas cicatrizes 
cimentam sua determinação de nunca ser vítima novamente. Então, ele se conforma em não tem 
um amor, não formar uma família. Até conhecer Eden. Ela gira o seu mundo de cabeça para baixo, 
por que é uma modelo internacionalmente conhecida, considerada uma das mulheres mais lindas 
do mundo. E Swanny a deseja profundamente, não consegue parar de pensar nela e se sente um 
idiota por isso, por que tem certeza que ela desprezará seus sentimentos. Mas Eden é uma mulher 
que valoriza muito mais que as aparências e desde o primeiro momento se encanta com Swanny, 
 
 
 
Maya Banks 
KGI 09 
 
 
 
** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
 3 
com seu jeito cuidadoso, com seu corpo forte que tanto a atrai e depois com sua determinação em 
mantê-la a salvo a qualquer preço. 
Eu adorei a maneira como ela se aproxima dele, como derruba suas defesas e 
principalmente, como o convence que ele é um homem que vale a pena! Que ele é desejável, 
atraente e lindo para ela. Que é uma pessoa que desperta o desejo, atração e amor, independente 
de sua aparência. Ela é corajosa, vai atrás daquilo que deseja e deixa Swanny desnorteado. Ele se 
sente tão surpreso e por fim tão grato por ela querê-lo e demonstrar descaradamente esse 
sentimento que cai completamente apaixonado. 
O livro foi bem leve em comparação aos anteriores devido ao fato de se passar no mundo da 
moda e beleza. Ele focou em sentimentos, em desejos e anseios que os protagonistas possuíam e 
que pensavam não se realizariam, Swanny, por sua suposta feiura que o incapacitava a encontrar 
um amor que o aceitasse do jeito que se tornou, e Eden por sua beleza que a impossibilitava atrair 
pessoas que a amariam por si mesma. A ação foi breve, deixando muito espaço para a sedução 
que começa nas primeiras páginas. 
Achei o trecho abaixo muito bonito e o coloco aqui, para exemplificar o quanto os 
sentimentos de Eden são fortes. 
“Para ela, ele era único. Ele podia ter dúvidas quanto às razões pelas quais ela o queria, mas 
ela não tinha absolutamente nenhuma e se fosse a última coisa que fizesse, iria fazê-lo ver a si 
mesmo do jeito que ela o via. Forte. Afetuoso. Leal. Terno. Tão amoroso e humilde. O homem por 
trás das cicatrizes. Um sobrevivente." 
 
 
 
Capítulo 1 
 
 
Big Eddie Sinclair estava sentado atrás da mesa de madeira envelhecida em sua casa 
grande e vazia, — uma casa que já foi cheia de amor e riso — as retorcidas mãos calejadas 
trêmulas. 
O suor escorria na testa e corria em regatos finos para baixo das têmporas, traçando uma 
linha sobre a pele sulcada, envelhecida e castigada pelo tempo. Suas mãos tremiam tanto que os 
papéis que estava segurando caíram, espalhando sobre a mesa, alguns deslizando no chão. 
Olhou para cima, seu olhar inconscientemente buscando o revestimento sobre a lareira 
que sua esposa insistia em ter instalada no espaço de trabalho. Ela queria que ele nunca sentisse 
frio. A ideia de que a mulher gentil de Big Eddie Sinclair estava preocupada que ele fosse ficar com 
frio o faria rir fora do quartel. Seus amigos fodões nunca parariam de incomodá-lo por causa disso. 
Eddie era um homem superior. Um assassino. Treinado pelo melhor. E, por sua vez, ele 
havia treinado os melhores. Mas agora se sentia tão indefeso como um bebê recém-nascido. 
Medo, uma emoção que até o dia em que seu primeiro filho nasceu tinha sido completamente 
estranha para ele, agarrou-o pelas bolas, congelando suas entranhas. Esfregou o peito, em um 
esforço para aliviar o desconforto e fechou os olhos, tentando livrar-se das imagens que a ameaça 
invocara. 
 
 
 
Maya Banks 
KGI 09 
 
 
 
** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
 4 
Ele viveu a vida sabendo que era invencível. Ele não foi egoísta. Homens que serviam com 
os homens a quem ele servia não achavam que eles eram bons. Eles sabiam que eram bons. 
E nenhuma dessas capacidades foi capaz de salvar sua preciosa esposa. 
Fechou os olhos com mais força contra a picada de lágrimas o traindo. Mesmo anos mais 
tarde, o pensamento do amor de sua vida tinha o poder de deixá-lo de joelhos. Uma vida inteira 
de arrependimento armazenada nos anos desde que ela morreu, deixando-o com três filhos para 
amar, proteger e criar por conta própria. E, por Deus, ele fez exatamente isso. Tinha certeza de 
que eles estavam protegidos acima de tudo. 
E agora sua preciosa Eden, a única filha, era um alvo. Tudo por causa dele e da vida que ele 
levou, pelas escolhas que fez. Os erros que ele fez no passado. Tudo voltava para assombrá-lo. 
Ainda o assombravam muito, todas as malditas noites. 
Ela era a imagem da mãe, não só na aparência, mas em todos os aspectos. Gentil. 
Amorosa. Um coração de ouro. Doce e inocente. Sempre disposta a olhar para o lado bom das 
pessoas. Nunca vendo o mal. 
Não foi dito em tantas palavras, a ameaça. Mas ele sabia. Seu olhar caiu sobre as fotos 
brilhantes da filha, ampliadas. Tiradas em um momento de vulnerabilidade,uma raridade para 
Eden porque ele a ensinou a nunca baixar a guarda. Ela podia ter a cara de um anjo e posar para as 
câmeras para viver, mas ela tinha a mente de um soldado. Eddie se assegurou disso. 
Eu vou tirar de você o que você tirou de mim. Não vou parar até que a dor seja tudo o que 
você veja, tudo o que você sente, tudo o que você conhece. Vou tomar todas as coisas que você 
ama e, em seguida, você vai morrer. Ela é bonita, não é? 
O bilhete, tão simples e ao mesmo tempo tão capaz de mudar sua vida, olhava para ele, 
feio e negro. 
As fotos de Eden brilhavam em sua visão. Tiradas quando ela pensou que estava fora do 
olho da câmera. Nenhuma das roupas glamorosas ou maquiagem. Se não estivesse tão 
aterrorizado, ele teria suavizado com a verdadeira Eden. Mais confortável em agasalhos, o cabelo 
em um rabo de cavalo, o rosto desprovido de cosméticos. Tão linda que doía olhar para ela, 
porque ela o lembrava muito da mãe. 
Pegou o telefone, discando o número dela, antes que pensasse melhor. Enquanto tocava, 
ele quase desligou, mas Eden chamaria de volta. O que ele poderia dizer a ela? 
Ele tinha seguranças ao redor dela. O melhor que o dinheiro podia comprar e ainda assim 
sabia que havia ainda melhores lá fora. Não era com ela que ele precisava conversar. Ele precisava 
falar com os outros. Pessoas que garantiriam a segurança dela e colocariam a vida dela antes das 
deles. Esse tipo de lealdade cega era difícil de encontrar. Não havia muitos homens dispostos a 
sacrificar suas vidas por alguém, não importa o que acontecesse. 
Os civis não poderiam entender esse tipo de altruísmo. Eles viviam em suas pequenas 
bolhas nunca pensando nos milhares de jovens americanos, homens e mulheres, que deram suas 
vidas para que o resto da América pudesse existir em voluntariosa e ignorante felicidade. 
Ele não precisava de segurança privada. O que ele precisava era de militar. 
A voz de Eden veio na linha, logo que ele começou a desconectar. 
 
 
 
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** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
 5 
— Oi, pai! 
A voz alegre bateu em uma parte profunda do seu coração, que nunca deixou de apertar 
sempre que ela estava por perto. 
— Oi, querida, — disse ele com a voz rouca. — Como você está? 
— Eu estou bem. O que está acontecendo? 
— Nada, — disse ele às pressas. — Eu só... Eu só queria ouvir a sua voz. 
— Está tudo bem? Você está bem, papai? 
A preocupação em sua voz sacudiu-o de seus pensamentos sombrios. A última coisa que 
queria era ela preocupada e distraída. Se ela estivesse focada em outra coisa — ele — então não 
estaria prestando atenção como deveria. Ela cometeu um erro. Escorregou. Permitiu a alguém a 
chance de chegar até ela. 
— Eu estou bem, menina, — disse, tornando sua voz mais forte. — Eu só queria ver como a 
minha menina estava indo. 
— Eu estou bem. Acabei uma sessão esta tarde. Se eu nunca vir outro cão inquieto 
estúpido em breve vai ser muito bom, — ela resmungou. 
Apesar da gravidade da situação, Eddie sorriu. Não. Sua garota não era uma que irritava 
cães pequenos. Ela preferia estar rodeada de cães maiores e mais fortes. O dela — bebê — era um 
mastiff Inglês1 de bem mais de duzentos quilos. 
— King vai ficar chateado quando cheirar esses outros cães em mim, — ela disse com 
desgosto. — Vou ter que suborná-lo com guloseimas durante uma semana. 
— Você está descansando o suficiente? — Ele perguntou. — Não deixe que o seu agente a 
faça trabalhar tanto, Eden. 
Ela riu. 
— Se alguma coisa, eu o faço trabalha muito. Você sabe disso, pai. Ele está sempre atrás de 
mim para desacelerar. E bem, talvez um dia eu desacelere. Mas agora tenho que dar duro, 
enquanto ainda estou na demanda. Em um ano ou dois, ninguém vai me querer. Há sempre 
alguém mais jovem, mais bonita aparecendo. E você sabe que estou ficando velha para modelo. 
Ele revirou os olhos e soltou um grunhido. Isso não fazia muito sentido para ele. Eden tinha 
apenas 24 anos e ainda assim falava como se fosse um cavalo de meia-idade prestes a ser 
mandado para o pasto. Ela constantemente o lembrava que para uma modelo, ela era velha. 
— Oh ei, deixe-me ir, pai. É Ryker chamando agora. Nós não conseguimos falar no telefone 
durante todo o dia e tenho que desejar feliz aniversário a ele. 
O peito de Eddie apertou com a menção de seu filho do meio. Irmão mais velho de Eden. 
Os dois eram muito íntimos. Sempre foram. Eddie não tinha esquecido o aniversário de seu filho. 
Mas ele desistiu de ligar, porque sabia que o que ele diria não seria a melhor mensagem de 
aniversário do mundo. 
 
1 Mastiff é uma raça canina oriunda do Reino Unido. De origem antiga, vê-se desenhos egípcios com estes caninos 
datados de 3000 a.C. 
 
 
 
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** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
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— Falo com você mais tarde, então. Te amo, — Eddie disse roucamente. 
— Eu também te amo, papai — ela entoou um pouco antes da linha ficar em silêncio. 
Ainda segurando o telefone, ele hesitou apenas um breve momento antes de bater em 
uma série aparentemente interminável de números e códigos. Ele tinha jurado nunca envolver 
Guy novamente. Não depois do que ele fez para Eddie em nome da vingança depois que a esposa 
havia morrido. Não, ela simplesmente não, morreu porra. Ela foi assassinada. 
Eddie fechou os olhos em frustração quando, mais uma vez não conseguiu conectar-se a 
única pessoa em quem confiava a vida de Eden. Um homem que nunca permitiria que alguém a 
machucasse. 
— Hancock, — Eddie disse asperamente, limpando a garganta, a fim de deixar mais uma 
mensagem. — Sou eu. Big Eddie Sinclair. Preciso de sua ajuda. É Eden. Estou com medo... — 
Interrompeu-se, recusando-se a permitir que suas fraquezas fossem exibidas mesmo através de 
uma linha segura. — Preciso de sua ajuda. Chame-me assim que pegar essa mensagem. 
Terminou a chamada e, em seguida, recostou-se na cadeira, temendo o que tinha que fazer 
a seguir. O cansaço e temor o assaltaram. Seus filhos não entenderiam. Como poderiam? Eddie 
nunca confiara a eles que a morte da mãe não foi um acidente e que o assassino foi cruelmente 
caçado e removido. Embora ele não estivesse presente, sabia sem perguntar que a morte do 
assassino da esposa foi lenta e dolorosa. A missão foi profundamente pessoal para Hancock, 
também, pelo fato de a esposa de Eddie ser em todos os aspectos, uma mãe de aluguel para o 
próprio Hancock. 
Agora Eddie tinha que chamá-los. Porque ele teria que pedir a ajuda deles, se iriam cerrar 
as fileiras em torno de Eden. 
Digitou o número de Raid e esperou, sabendo que seu filho atenderia, a menos que 
estivesse fora em uma missão. Dois segundos depois, sua ideia foi confirmada quando o filho 
atendeu. 
— Ei, pai. Você não deveria estar chamando o verme hoje? É o aniversário dele, não o meu. 
— Espere um pouco enquanto eu o coloco em conferência, — Eddie disse em uma voz 
baixa, sombria. 
Raid ficou em silêncio. Era uma prova de seu treinamento e disciplina que ele não exigisse 
saber imediatamente o que estava errado. Um momento depois, Ryker respondeu com um baixo 
Olá. 
— Filho, Raid está no telefone, também, — Eddie disse a modo de saudação. 
— Ah ótimo, dois pelo preço de um, — Ryker disse alegremente. — Acabei de falar ao 
telefone com Eden. Agora meu dia está completo. 
— O que foi papai? — perguntou Raid, cortando o humor de Ryker. 
— Eu preciso que vocês venham, — disse Eddie. — Não posso discutir isso por telefone. 
Vou explicar tudo quando chegarem aqui. Preciso que vocês se apressem. 
 
 
Capítulo 2 
 
 
 
Maya Banks 
KGI 09 
 
 
 
** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
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— Sorria! Vamos Eden, dê-me sensualidade. É isso aí. Mais um. Perfeito! 
Eden arqueou o pescoço, jogou o cabelo sobre o ombro e mandou o maisardente olhar 
diretamente para a lente da câmera. Seu pescoço doía e ela queria uma pausa, mas ainda havia os 
cachorros a enfrentar. 
— Ok, terminado. Justin, onde estão os malditos vira-latas? — o fotógrafo gritou. 
Naquele momento, dois chihuahuas foram carregados no set enquanto outro assistente 
mudava o cenário. Enquanto Justin empurrava um dos cães nos braços dela, o pequeno cão 
rosnava para Eden e começava a latir furiosamente. 
— Sim, sim, inteiramente mútuo, o sentimento — Eden rosnou de volta. — bola de pelos 
estúpido. 
— Uh, Eden, eles não tem muito pelo, — Justin disse em sua voz metálica. 
Ela revirou os olhos. O cara era tão literal. 
— Foi uma expressão, — ela disse inutilmente. 
— Bem, que seja, mas seja boa para eles. Precisamos tirar essas fotos e você não pode ficar 
carrancuda, nem podem rosnar para você. Você deveria estar rindo. Glamour. Bonita mesmo. 
Eden teve de reprimir o grunhido que retumbava em sua garganta. King, seu mastiff, não 
perdoaria esta transgressão. Assim que farejasse o cheiro de outros cães nela, ele ficaria de mau 
humor por toda a eternidade. Isto é, até que ela quebrasse as barreiras com uma oferta de paz. 
Colando seu mais brilhante sorriso, ela abraçou, ou tanto quanto podia, quando o cão era 
uma massa balançante de infelicidade, e voltou sua atenção para a câmera. 
O fotógrafo batia fotos rápido como fogo, capturando todos os ângulos. Ele esbravejou 
comandos para Eden, como se ela fosse o cachorro, e então ela ficou de joelhos e os dois cães se 
reuniram em torno dela enquanto ela fingia brincar com eles, seu sorriso brilhante, as bochechas 
doendo com o esforço. 
Ela tinha um enorme, enorme ensaio fotográfico depois de amanhã e, se não conseguisse 
terminar isso hoje, haveria um único dia de folga para conseguir algum tempo de inatividade 
muito necessário antes da sessão do comercial de cosméticos Aria. 
Tinha sido um golpe enorme conseguir o contrato lucrativo. Iria projetar Eden o suficiente 
para que ela pudesse se aposentar, se assim escolhesse, embora planejasse trabalhar mais alguns 
anos. Ela estaria na demanda por mais alguns anos na melhor das hipóteses. Havia sempre alguém 
mais jovem, mais bonita, mais ávida de subir as fileiras. Embora Eden fosse uma grande estrela 
hoje, não havia garantias que amanhã ela não seria a estrela de ontem. 
Mas ela planejava diminuir o ritmo um pouco, pelo menos. Já planejara um período de 
férias após a conta da Aria ter terminado. Já estava imaginando estar em casa com o pai e seus 
irmãos. Talvez os levasse a algum lugar agradável. Para as montanhas. Todos eles amavam lá. Isso 
realmente não importava, no entanto. Ela só queria estar em torno de sua família novamente. 
Fazia meses desde a última vez que os viu por mais de um dia aqui e ali. Apesar de ter apertado 
 
 
 
Maya Banks 
KGI 09 
 
 
 
** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
 8 
sua agenda lotada e ter se privado do descanso tão necessário, ela fizera voos regulares para casa 
de vez em quando, quando tinha apenas um dia de folga entre os trabalhos. 
— Você está comigo, Eden? — o fotógrafo estalou. — Acredite em mim, querida, todos nós 
temos coisas que preferiríamos estar fazendo, mas não deixe-me segurar você. Desse jeito 
ficaremos aqui a tarde toda. 
Eden lhe lançou um olhar antes de voltar para a tarefa em mãos. Estava cansada até os 
ossos e estava pronta para terminar isso para que pudesse dormir cerca de 24 horas antes de voar 
para Paris para a sessão da Aria. Tinha que parecer o seu melhor absoluto. Fresca. Descansada. 
Espumante com vida. 
Por mais meia hora, sofreu com sorrisos intermináveis, ignorando os cães que pareciam 
odiá-la e os fez cooperar para a câmera. Em um ponto, Eden deslizou a mão por baixo da barriga 
de um dos cães, com a intenção fazer parecer que estavam brincando nariz com nariz. Só que o 
cão não estava gostando e afundou seus dentes afiados na mão de Eden. 
— Ai! Maldição! 
Ela largou o cão e segurou a mão na palma da outra mão, olhando para o cão agressor, que 
parecia extremamente satisfeito consigo mesmo. 
— Ok, está terminado, — o fotógrafo disse em um tom irritado. — Peça a alguém para 
olhar sua mão, maldição. Suas vacinas para tétano estão em dia, Eden? 
Ela cerrou os dentes, ainda olhando para o cão presunçoso que ela afirmava estava rindo 
dela. 
— Estou bem. Não rompeu a pele. — Graças a Deus. As mãos dela estariam 
predominantemente em exibição nos próximos comerciais, como estaria o resto de seu corpo. Ela 
não precisava de quaisquer manchas ou cortes. 
Ainda assim, um dos assistentes correu com um kit de primeiros socorros, estalou e ficou 
ao redor de Eden, até que ficou convencido de que o local estava apenas vermelho e 
provavelmente iria desaparecer dentro de algumas horas. 
Ela ouviu quando ele recitou uma tonelada de instruções sobre como tratá-la, hidratá-la e 
cuidar para que sua pele estivesse perfeita para a próxima sessão. Ela deixou de prestar atenção e 
olhou para onde David e Micah esperavam nos bastidores. 
Eles reconheceram como SOS e empurraram para frente, ladeando-a e pastoreando-a em 
direção à saída. 
— Graças a Deus, está terminado, — murmurou Eden. 
— Oh, eu não sei, — Micah falou lentamente. — Você parecia bonitinha com os pequenos 
ratos sem pelos. 
Ela lançou-lhe um olhar sujo que garantia retorno. 
Os dois homens que seu pai insistira para supervisionar sua segurança pessoal e viajar com 
ela em todos os lugares que ela estava, situou-a entre eles, enquanto deixavam o estúdio. Estavam 
perto do carro à espera, o motorista foi alertado por David que estavam saindo, quando o mundo 
pareceu explodir em torno deles. 
 
 
 
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** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
 9 
Gritos soaram estridentes nos ouvidos de Eden enquanto ela caía com força, um homem 
de noventa quilos em cima dela. Houve gritos roucos, mais gritos e o som de pessoas esbarrando 
na calçada. Mais vidro quebrado, janelas do edifício sendo quebradas. 
Um carro rugiu, uma barreira entre Eden e tudo o que diabos estava acontecendo... Tiros? 
Ela mal registrou que soaram como balas colidindo com concreto e vidro, e estava certamente 
familiarizada com como as balas soavam. 
Em seguida, se viu arrastada e jogada no banco de trás do carro e, logo depois, o grito 
rouco de Micah: 
— Vai, vai, vai! 
O carro guinchou, queimando os pneus no asfalto enquanto se afastavam da cena. 
— O que diabos está acontecendo? — Eden arfou. 
Sentia o corpo machucado e se perguntou se estaria raspada e ensanguentada para a 
sessão da Aria. Eles não ficariam felizes com todos os atrasos. Estavam em um cronograma de 
produção extremamente apertado e pressionando as duas semanas de fotos em apenas alguns 
dias. 
— Tiroteio. — David disse severamente. 
— Mas por quê? — Eden perguntou perplexa. — Isso é loucura! Quer dizer que algum 
atirador aleatório apenas começou a disparar contra as pessoas na calçada? 
— Se é que foi aleatório... — Micah falou baixo. 
Ela virou os olhos arregalados para ele. 
— Isso não foi pessoal. 
Mas soou mais como uma pergunta do que a declaração que ela pretendia que fosse. 
— Eu vou fazer algumas chamadas quando chegarmos ao hotel, — disse David. — Os 
policiais vão querer falar com você de qualquer maneira. Eles vão fazer barulho sobre você deixar 
a cena, mas não podem culpá-la por querer ficar segura. Mas vão querer questioná-la, uma vez 
que somos todos, testemunhas de um crime. 
— Mas eu não testemunhei nada, — disse Eden. — Oh Deus, tenho que ligar para o meu 
pai. Se isso chegar aos noticiários ele vai pirar! 
— Não importa o que você viu. A polícia ainda vai querer questioná-la, — Micah disse, seu 
tom calmante. 
Seguiram até o hotel e Micah quase carregou Eden para fora, colocando-a firmemente 
entre ele e David. Ele passou o pesado casaco em volta dela, apesar do calordo dia, protegendo-a 
da vista, embora a visão que provavelmente apresentasse seria uma grande dica para qualquer 
paparazzo à espreita. 
Na recepção, Micah falou em voz baixa com o funcionário e, em seguida, foi presenteado 
com vários cartões-chave. Eden olhou para ele em confusão quando a arrebanhou para o elevador 
e apertou o botão para um andar que não era o que ela estava. 
— Nós não sabemos o que diabos está acontecendo, mas não vou levar você de volta para 
seu quarto de hotel até que esteja limpo, — Micah disse. — Pois agora, você vai ficar em quarto 
diferente, em um andar diferente, até que isso tudo esteja resolvido. 
 
 
 
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 10 
Ela se permitiu ser levada para a grande suíte, idêntica ao que tinha ocupado nas últimas 
noites, e depois se jogou em uma das poltronas, com as mãos tremendo tanto que não podia 
controlar. 
Então, lembrando-se que tinha que ligar para o pai, pegou o telefone. Do outro lado da 
sala, David já estava ao telefone, explicando a situação à polícia e que Eden estava em segurança 
dentro do hotel. Ela propositadamente esperou David terminar a chamada, querendo ser capaz de 
dar a seu pai tanta tranquilidade quanto possível. 
Quando finalmente desligou, ele se virou, a expressão tensa. 
— Estão enviando dois detetives aqui agora. Foram contundentes ao dizer que não deve ir 
a qualquer lugar enquanto isso. E Eden, é provável que vão detê-la ainda mais, enquanto resolvem 
essa coisa toda. A imprensa vai pressionar por isso. 
Ela fez um som de ugh e, em seguida, olhou para o telefone. Com um suspiro, digitou o 
número de seu pai, sabendo que ele ia ter um ataque cardíaco quando lhe dissesse que tinha sido 
vítima num tiroteio, aleatório ou como o alvo pretendido. Qualquer opção não seria aceitável para 
Eddie Sinclair. 
 
 
Capítulo 3 
 
 
Eddie olhou para seus dois filhos, mal-estar agarrando-o pelas bolas. Ele estava suando. Até 
suas mãos estavam úmidas. Sua lendária calma sob pressão o havia abandonado. 
Ryker e Raid estavam olhando para ele em expectativa, as expressões sombrias e 
preocupadas. Raid viera do trabalho, com colete, arma no coldre. O cabelo de Ryker ainda estava 
úmido do chuveiro e era óbvio que ele tinha se jogado na primeira coisa que encontrou em sua 
pressa para responder a convocação de Eddie. 
— O que está acontecendo, papai? — Raid perguntou em voz baixa. 
Eddie passou a palma da mão sobre o rosto. 
— É uma longa história. Uma que eu preciso lhes contar do começo ao fim para que 
possam entender com o que estamos lidando. 
Ryker franziu a testa e olhou para o irmão. Sem dúvida, não estavam acostumados a ver o 
pai em tal estado de agitação. Eddie nunca tinha sido nada, além de seguro e confiante. 
— Sentem-se, — Eddie ordenou, apontando para o sofá. 
Seus dois filhos fizeram o que ele mandou e, em seguida, olharam com expectativa para 
ele, mas ele não se sentou. Estava muito nervoso, muito destruído pelo que tinha a dizer a seus 
meninos. Como poderia olhar qualquer um dos seus filhos nos olhos novamente, uma vez que 
soubessem a verdade? 
— Você está me preocupando, papai — Ryker disse em um tom sombrio. 
Eddie fechou os olhos e, em seguida, passou a mão pelo cabelo irregularmente. 
— A morte de sua mãe não foi um acidente, — disse ele. 
 
 
 
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Choque registrava nas faces de seus filhos. 
— Eu não entendo, — Raid disse, o tom tão sombrio como o de Ryker estivera momentos 
antes. — Que porra é essa que você está dizendo, pai? Você acabou de descobrir isso? Como 
diabos descobriu, afinal? E se a morte dela não foi um acidente... 
— Quem a matou? — Ryker perguntou com voz rouca. 
O nó no estômago de Eddie cresceu, apertando dolorosamente. 
— É uma longa história, que começa antes de vocês nascerem. 
— Estamos ouvindo, — Raid disse firmemente, seus traços desenhados em uma máscara 
de dor e confusão. E preocupação. 
Eddie finalmente caiu em uma das poltronas em frente ao sofá onde Raid e Ryker sentaram 
e ficou olhando friamente para seus filhos. 
— Vocês sabem que eu servi nas forças armadas. 
Eles assentiram, impaciência latente nos olhos de Ryker. Ele queria que o pai chegasse ao 
ponto. 
— Eu servi em um grupo de operações especiais, um que não existia oficialmente. Nossas 
missões não eram habituais e convencionais. Tomamos missões que se fosse descoberto que os 
EUA tinham uma mão nelas, as consequências teriam sido confusas. Uma missão especial nos 
custou três anos para ser concluída. Três longos anos de espera aguardando a oportunidade certa. 
Raul Sanchez era a nossa missão. Derrubá-lo e desmantelar sua operação. Três anos e dois meses 
em nossa operação, e tivemos sorte de conseguir informações de que ele estaria em um 
determinado local para uma reunião de família. Aniversário de sua filha. Era um homem tão 
escorregadio quanto uma enguia. Militares de mais de um país estavam atrás dele. Nós só 
conseguimos alcançá-lo primeiro. 
— Montamos vigilância no complexo onde ele iria estar. Tudo correu sem problemas. Mas, 
então, o impensável aconteceu. Acreditávamos que sua esposa e filha já haviam partido em um 
carro. Esperamos até que elas deixaram o complexo e, em seguida, entramos. 
Ele parou, arrependimento e culpa surgindo e bombeando em suas veias como se tivesse 
acontecido ontem. Durante anos, ele tinha vivido com o erro. Um erro pelo qual sua esposa 
pagou, toda a sua família pagou. E agora parecia que Eden também pagaria, se ele e seus filhos 
não impedissem. 
— Um tiroteio eclodiu. Nossa entrada não foi limpa. Um guarda teve sorte e se desviou da 
patrulha, viu um dos meus homens e tudo desabou. Eu estava liderando o grupo de homens 
encarregados de eliminar Sanchez. Nós invadimos o estúdio onde ele estava escondido. Ele tinha 
dois homens com ele e atiraram em nós. Não tivemos escolha a não ser revidar e... 
Esfregou as mãos sobre o rosto, lágrimas queimando suas pálpebras. 
— O que aconteceu? — Raid perguntou em voz baixa. 
— A esposa e a filha de Sanchez foram pegas no fogo cruzado. Deus, ela era apenas uma 
menina. Segurando a boneca que ela ganhou como presente de aniversário. Havia sangue por 
toda parte. Deus, eu ainda posso vê-las em meus sonhos, meus pesadelos. 
 
 
 
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— Jesus. Sinto muito, pai. Isso é um grande fardo para carregar por todos esses anos, — 
disse Ryker. 
— Sanchez e seu filho fugiram, em meio ao caos e meu horror sobre a esposa e filha serem 
apanhadas no fogo cruzado. A minha prioridade foi tentar ajuda para elas, e Sanchez e seu filho 
escaparam. 
— Nós limpamos o melhor que podíamos. Coletamos as informações necessárias para 
desmantelar sua operação, e ligamos muitos jogadores-chave ao seu negócio. Ele tinha uma mão 
em muitos diferentes potes. Drogas. Tráfico de armas. Deus, ele ainda tinha uma operação 
lucrativa de tráfico de seres humanos. Venda de jovens para a escravidão sexual pelo maior lance. 
Raid fez um som de desgosto. 
— Pensei... — Eddie respirou fundo. — Anos se passaram e pensei que eu iria superar. Eu 
me aposentei depois daquele desastre. Simplesmente não podia fazê-lo por mais tempo. Você, 
crianças, nasceram e sua mãe e eu estávamos felizes. E, em seguida... 
Ele sufocou, emoção atando sua garganta enquanto as lágrimas reuniram-se em seus 
olhos. 
— Sanchez esperou, passando o tempo, planejando sua vingança. Ele foi responsável pela 
morte de sua mãe e não perdeu tempo em informar-me que estava tomando olho por um olho. 
Uma esposa por uma mulher. 
— Que porra é essa? — Ryker exigiu. — E você nunca nos contou? Simplesmente o deixou 
fugir com isso? Matar a nossa mãe? 
— Não, — Eddie disse em voz baixa. — Não, eu não deixei.Liguei para Guy. 
— Hancock? — Raid perguntou em um tom confuso. 
Eddie suspirou. 
— Há muita coisa que vocês não sabem sobre Guy. Ele se juntou ao exército, seguindo os 
meus passos em mais de uma maneira. Ele pertencia a um grupo que foi enterrado tão 
profundamente que de acordo com registros militares, todos foram mortos em ação. Eles já não 
existiam. Não deveriam ter qualquer ligação com o mundo exterior. Viviam, respiravam e comiam 
as suas missões. Mas ele me manteve no circuito. Ele não deveria, é por isso que eu nunca revelei 
para vocês ou Eden. Tudo o que vocês sabiam era que ele estava servindo ao exército em locais 
secretos. E é por isso que nunca o viam. Eu tinha notícias dele esporadicamente. Ele nunca me 
disse muito, apenas que estava bem de vez em quando. Ele fez muitos inimigos ao longo dos anos 
e agora o governo cortou os laços e, provavelmente, tem ordens para eliminá-lo se ele vir à tona. 
— Então você o contatou após a morte de mamãe. Por quê? — Ryker perguntou. 
— Porque eu queria vingança, — disse Eddie em voz baixa. — Eu queria ir atrás do 
bastardo e fazê-lo pagar pelo que ele tirou de mim. Pelo que ele tirou de todos nós. 
— Jesus, — Raid suspirou. — E? E você fez? Você o encontrou? 
Eddie ficou em silêncio um longo momento antes de finalmente assentir. 
— Guy foi atrás dele. Ele não queria me envolver. Eu dei-lhe toda a informação que eu 
tinha. Convoquei muitos favores para obter as informações de que precisava. 
— Então, ele o matou, — Ryker disse sem rodeios. 
 
 
 
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Mais uma vez Eddie assentiu. 
— Cristo, pai. E não acha que merecíamos saber tudo isso antes? E por que nos dizer 
agora? O que está acontecendo? — Raid exigia. 
Eddie empalideceu, de repente se sentindo mais velho. O peso de uma vida inteira de 
arrependimento se estabelecia como uma tonelada de tijolos em seus ombros e seu coração. 
Ele chegou até a lareira e pegou as fotos e a nota que recebeu. Com as mãos trêmulas, 
empurrou-as para os filhos, simplesmente esperando que olhassem e tirassem suas próprias 
conclusões. 
— Puta merda, — Ryker explodiu. — Eden está sendo ameaçada? 
— O filho dele, — Eddie disse em uma voz tensa. — Tem que ser o filho. Nós não fomos 
capazes de encontrá-lo. Apenas Raul. Mas o filho iria querer vingança, não só porque ele perdeu a 
mãe e a irmã, mas, em seguida, Guy pegou o pai e agora ele está à procura de vingança. Atingindo-
me onde ele sabe que iria me machucar mais. Através de Eden. 
— Filho da puta, — Raid xingou. — Que diabos vamos fazer? Onde está Eden agora? O que 
vamos fazer? Ela não está segura, mesmo por um minuto. E se ele já a encontrou? E se for atrás 
dela enquanto falamos? 
— É por isso que eu liguei para vocês virem. Falei com Eden hoje cedo. Ela parecia bem. 
Não quero assustá-la. Nem quero que ela saiba de tudo isso. Iria aborrecê-la. Mas temos de cerrar 
fileiras em torno dela. Apertar a segurança. O que temos agora não vai parar. Essas pessoas são 
cruéis. Eles têm recursos além das nossas imaginações. Ela não está segura. Temos que descobrir 
uma maneira de ter certeza de que ela está segura em todos os momentos. 
Ryker ficou em silêncio um longo momento, sua expressão pensativa. 
— Conheço pessoas que poderiam nos ajudar. É o que eles fazem. Eles são todos ex-
militares. Eu servi com dois dos irmãos. Nathan e Joe Kelly. Eles saíram quando eu saí. Na última 
missão que foi tudo para o inferno. Alguns de nós não voltamos. Joe foi ferido, Nathan e outro 
companheiro de equipe foram mantidos prisioneiros por meses nas montanhas do Afeganistão. 
Mas seus irmãos montaram um grupo de operações especiais. Parte dela é do setor privado, mas 
também faz muito trabalho em contrato com o governo. Trabalhos que ninguém pode ou vai 
fazer. Recuperação de reféns, resgate, proteção. Você nomeia, eles fazem. E eles são muito bons. 
Nathan e Joe trabalham com eles agora assim como Swanny, o outro cara com quem eu servi. 
Poderíamos convocá-los. Eles me devem um favor. 
— Quão bons? — Perguntou Raid sem rodeios. — Porque bom não é bom o suficiente. Não 
quando se trata de manter Eden segura. Precisamos do melhor, porra. 
— Vou ligar para eles. Marcar uma reunião imediatamente. Podemos precisar voar para lá, 
para que possamos fazer a bola rolar mais rápido, — Ryker disse severamente. 
— Você faz isso, — disse Eddie. — Eu não vou perder Eden. Ou vocês. Esses bastardos 
tiraram o suficiente desta família. 
O telefone tocou, interrompendo a discussão tensa. Eddie olhou para baixo para ver que 
era Eden chamando. 
— Ei, menina, — ele cumprimentou, acenando com a mão para seus filhos. 
 
 
 
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— Papai? 
No tremor que ouviu na voz dela, o sangue dele gelou. 
— Eden? O que foi? Você está bem? O que aconteceu? 
Raid e Ryker imediatamente prestaram atenção, correndo para ficar mais perto para que 
pudessem ouvir o que estava ocorrendo. 
— Houve um tiroteio, — ela disse, com a voz oscilando precariamente. — Mas eu queria 
que você soubesse que estou bem. Não quero que você ouça sobre isso no noticiário e se 
preocupe. 
— O que quer dizer com houve um tiroteio? — Ele rugiu. 
— Eu não sei de nada ainda, papai. Os policiais estão vindo para me questionar. David e 
Micah me colocaram no carro e me trouxeram para o hotel. Estamos hospedados em uma suíte 
diferente. Micah e David estavam preocupados que isso poderia ser pessoal. 
Inferno, Eddie sabia que era pessoal. Filho da puta, mas ele não esperava que começasse 
tão cedo. Ele só recebeu a ameaça hoje. Seu sangue gelou nas veias. Mas o momento foi 
impecável. Teria o assassino planejado dessa forma? Para Eddie receber a ameaça apenas um 
curto período de tempo antes de Eden ser morta? 
Raiva impotente agarrou sua garganta, apertando até que mal podia respirar. Raid 
arrancou o telefone da mão dele, ignorando o protesto imediato do pai. 
— Eden, é Raid. Diga-me onde você está e vamos pegar o primeiro voo que pudermos — 
disse ele calmamente. 
Houve uma pausa e, em seguida, Raid disse: 
— Tudo bem, querida. Fique onde David e Micah a colocaram. Nós estaremos lá assim que 
pudermos. 
Ele terminou a chamada e entregou a seu pai o telefone de volta, com os olhos quase 
pretos de raiva. 
— Então, começou. 
Eddie pôde apenas acenar, medo e fúria guerreando em sua mente. 
— Então vamos dar o fora daqui, — Ryker disse firmemente. — Vou ligar para Nathan e Joe 
no caminho e fazê-los nos encontrar lá, se eles puderem fazer isso. 
 
 
Capítulo 4 
 
 
— Daryl — Swanny — Swanson ergueu a cabeça quando o telefone tocou na cabana que 
dividia com Joe Kelly. 
— Ei, você pode atender? — Joe falou do banheiro. 
Swanny içou-se do sofá onde estava assistindo ao jogo de beisebol e caminhou para pegar 
o telefone sem fio da casa. Era, provavelmente, uma maldita operadora de telemarketing porque 
ninguém nunca chamava no telefone fixo. Todo mundo usava telefones celulares. 
 
 
 
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— Alô? 
— Posso falar com Nathan ou Joe Kelly? É urgente. 
A voz masculina soou vagamente familiar, mas Swanny não conseguiu identificá-la. Mas 
quem quer que fosse, obviamente, não era alguém que conhecia bem os irmãos ou saberia que 
Nathan vivia em sua própria casa com a esposa, Shea. 
— Posso dizer-lhe quem está chamando? — Swanny perguntou enquanto se dirigia para o 
banheiro. 
— É Ryker Sinclair. Servimos juntos. É importante eu falar com um deles imediatamente. 
— Sin? — Swanny exclamou. — Ei, amigo, é Swanny. Como diabos você está? 
Houve uma pausa e depois Ryker respondeu. 
— Swanny? Ouvi dizer que você estava trabalhando com os Kellys, mas não esperava pegá-
lo ao telefone. Cara, estou contente de ouvirsua voz. Como vai? Como Nathan está? Não tive 
notícias de vocês desde que todos nós saímos. 
— Estamos todos bem. Nathan está casado agora. Mas ei, o que está acontecendo? Você 
disse que era urgente. Algo que eu possa ajudar? 
Ryker respirava pesadamente sobre o telefone. 
— Sim, preciso de sua ajuda. Preciso da ajuda da KGI. 
— Espere, deixe-me chamar Joe e vou colocar no viva-voz. 
Swanny bateu na porta do banheiro, segurando o telefone de lado. 
— Ei, Joe, saia aqui. É Sin. Ryker Sinclair. Ele precisa falar conosco o mais rápido possível. 
A porta se abriu e Joe apareceu, uma carranca no rosto. 
— Sin? 
— Sim, vamos na cozinha para que eu possa colocá-lo em viva-voz. Ele disse que era 
urgente e que precisava da ajuda da KGI. 
— Merda, — Joe murmurou. 
Caminharam de volta para a cozinha e Swanny apertou o botão do alto-falante antes de 
recolocar o telefone no receptor. 
— Ei, cara, nós dois estamos aqui, — disse Joe. — O que está acontecendo? Como diabos 
você está? 
— Não muito bem, — Ryker disse severamente. — Tenho um problema. Preciso da ajuda 
de vocês. Ajuda da KGI. 
— Você sabe que vamos fazer tudo o que pudermos. Dê-me o resumo. 
— Eu não tenho tempo para passar tudo por telefone e não tenho todos os detalhes. Nós 
estamos a caminho para onde Eden está. Ela está com problemas. É uma história longa e maldita. 
Sei que não estou dando muito para seguir, mas preciso de vocês para isso. Vocês podem vir? 
As sobrancelhas de Swanny subiram. Eden? Ela era irmã de Ryker. Sua muito quente irmã. 
Ryker costumava compartilhar as cartas dela — e fotos — com os caras quando eles estavam 
congelando suas bundas nas montanhas afegãs. Ela queimava mais do que um sonho molhado. 
Era muito linda. E não de uma forma comprada e paga. Ela era uma beleza natural por completo e 
brilhava. Tinha um sorriso de milhões de dólares e suas cartas eram sempre cheias de amor e 
 
 
 
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humor. Suas cartas animaram muitos dias de merda quando estavam agachados apenas com as 
fotos dela — e suas fantasias — para mantê-los aquecidos. 
Ele franziu o cenho. Ela era modelo, se ele se lembrava direito. E estava com problemas? 
Os instintos protetores de Swanny rugiram para a vida. Em que tipo de problema ela estaria para 
que seu irmão precisasse da ajuda da KGI? Fosse o que fosse, não poderia ser bom. 
— Diga-me onde, — Joe disse simplesmente. 
Sin salvou o traseiro de Joe empurrando-o para baixo quando sua equipe ficou sob fogo. 
Sin tomou uma bala que teria atingido Joe. Swanny sabia que se Sin precisasse de ajuda, Joe não 
iria recusar. Não importa o que estivesse envolvido. 
— Estamos voando para Boston, agora, — Ryker disse severamente. — Um idiota atirou 
nela e estão segurando-a para interrogatório, por isso, papai e Raid e eu iremos lá para que 
possamos descobrir o que diabos está acontecendo. 
Ele parou um segundo, deixando escapar um suspiro. 
— E há mais. Muito mais. Mas não posso passar por telefone. É por isso que preciso de 
vocês lá tão rapidamente quanto puderem. Vou explicar tudo quando chegarem lá. 
Joe e Swanny trocaram olhares rápidos. 
— Vou ligar para a minha equipe e vamos sair assim que eu conseguir todos no jato. 
Segure-se, ok? Deixe-me dar-lhe o número do meu celular para que você pode me alcançar. 
— Obrigado, cara. Isso significa muito para mim. E para o pai. Vou enviar mensagem com o 
hotel. 
Joe deu-lhe o número do celular dele e de Swanny, em seguida, rapidamente anotaram o 
de Ryker. 
— Ok, me dê algumas horas e estaremos a caminho. Tenho que passar isto para meus 
irmãos mais velhos, mas nós iremos. Você pode contar com isso, — disse Joe. 
Ele desligou e Joe virou a carranca para Swanny. 
— Eu me pergunto o que diabos foi tudo isso. 
Swanny encolheu os ombros. 
— Estou mais curioso para saber o que ele quis dizer quando disse que alguém atirou em 
Eden. Será que ele quer dizer que alguém a acertou ou realmente tentou matá-la? 
Joe fez uma careta para isso. 
— Ela não é uma modelo requisitada? 
— Certamente você se lembra das fotos que Sin costumava nos mostrar, — Swanny disse 
secamente. 
A testa de Joe franziu. 
— Não, não realmente. 
Swanny revirou os olhos. 
— Cara, ela é quente. Muito quente. 
As sobrancelhas de Joe arquearam. 
— Uau. Ela deve ter feito realmente uma boa impressão sobre você. Eu nunca o ouvi falar 
sobre garotas, quentes ou não. 
 
 
 
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Swanny passou a mão sobre a cicatriz irregular que corria o comprimento do rosto. 
— Não há muito que falar, — ele murmurou. — Elas não estão exatamente fazendo fila 
para ficar comigo. 
Joe fez uma careta. 
— Sinto muito, cara. Má escolha de palavras. 
Swanny encolheu os ombros. 
— Você quer que eu chame Skylar e Edge? Dirigi-los nessa direção? Vou deixar você 
enfrentar seus irmãos. Eles vão querer uma reunião no quartel general. Eles não vão 
simplesmente nos liberar com base em um telefonema dizendo que precisamos de um jato, e oh, 
a propósito, nós estamos levando a equipe, mas não sei por que ainda. 
— Espertalhão, — Joe murmurou. — Mas sim, você está certo. Você chama Sky e Edge. 
Vou ligar para Nathan e Sam, e vamos nos encontrar no complexo. 
Swanny puxou o telefone do bolso e virou-se para começar a fazer suas chamadas. Se 
tivesse sorte, ambos estariam em casa, uma vez que viviam juntos em uma casa perto do 
complexo de modo que ele só teria que fazer uma chamada. 
— Edge, — Swanny cumprimentou. — Ei, cara, Sky está com você? 
— Sim, ela está aqui, — Edge respondeu. — O que está acontecendo? 
— Fomos chamados. Situação carregar e partir. Não faço ideia de quanto tempo, faça as 
malas de acordo. Encontrem-me na sala de guerra, logo que puderem chegar lá. 
— Mais tarde, — Edge disse, e desligou. 
Swanny sorriu. Detalhado como nunca. Edge não disse muita coisa, mas as pessoas 
tendiam a prestar atenção quando ele dizia. Mas, então, ele era um cara grande. A maioria das 
pessoas tinha receio em torno dele. Swanny se perguntava muitas vezes como ele e Skylar 
decidiram conviver juntos. 
Skylar era alegre, extrovertida e falante. Edge era quieto e nunca instigou conversa. 
Swanny poderia imaginar Skylar deixando o grande homem insano dentro de uma semana de 
convivência. Mas estavam na mesma casa por meses agora e tudo parecia estar indo bem. 
Joe ainda estava no telefone com um de seus irmãos, de modo que Swanny se dirigiu para 
seu quarto para arrumar o equipamento. Tinha armas a verificar, embora sempre fosse meticuloso 
sobre seu equipamento e o mantivesse pronto para sair em todos os momentos. Não era 
incomum obter um chamado que necessitava deles carregados e partir. 
Só mais um dia de trabalho. 
Só que este trabalho envolvia uma mulher muito bonita, e isso o irritava muito, que alguém 
atirou nela, figurativo ou não. Pelo que ele observou nas cartas para o irmão dela e as histórias de 
Ryker sobre ela, ela tinha um coração enorme e era completamente pé no chão, apesar de sua 
vida glamorosa como modelo. 
Uma imagem passou em sua mente. A revista que Ryker orgulhosamente exibira na última 
missão, aquela que efetivamente encerrara a carreira de Swanny no exército, tinha o rosto de 
Eden na capa. Ela foi escolhida como a mulher mais bonita do mundo, e Swanny podia ver o 
porquê. Ela era tão linda que fez suas bolas doerem. 
 
 
 
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Longos e fluídos cabelos loiros. Não era o tipo engarrafado. Olhos um tom incomum de 
água-marinha que brilhava intensamente contra a pele beijada pelo sol. E o sorriso. Cara! Não um 
sorriso falso, mas um verdadeiro sorriso vindo do coração. Seus olhos brilhavam com o riso. Ela 
não tinha feito uma dessas graves poses sensuais.Havia uma pitada de malícia brilhando nos olhos 
de oceano. O tipo que dizia a um homem que ele estava de mãos cheias com ela. 
E aqueles lábios. Cheios, sedutores. Apenas a quantidade certa de enchimento e formavam 
um arco perfeito. Sem batom, apenas um toque de gloss brilhante. Aliás, enquanto ele ganhava 
uma imagem mais firme do que a imagem em sua mente, se lembrou de que ela não usava 
maquiagem, ou se usava, era o tipo que fez com que parecesse que não usava nenhuma. Ela tinha 
um olhar natural, de garota toda americana. A menina ao lado, só que dez vezes mais quente. Os 
homens só podiam sonhar que sua vizinha da casa ao lado fosse tão linda quanto ela. 
Sacudiu-se de seus pensamentos retrógrados e escondeu roupas em uma mochila, fez um 
inventário rápido de suas facas e as granadas que sempre tinha com ele e, em seguida, se 
certificou de que tinha munição suficiente para as duas pistolas que carregava. 
Estava agindo como um maldito adolescente com uma queda pela líder de torcida. Sim, ele 
teve sua cota de fantasias nas longas noites de frio, com apenas os devaneios para ocupar seus 
pensamentos. Eden não daria a um homem como ele uma segunda olhada. Ou talvez desse, mas 
seria porque ela estaria dando uma dupla olhada na cicatriz horrível que marcava seu rosto. Esse 
pensamento efetivamente colocou um amortecedor sobre sua imaginação e ele voltou para a 
tarefa em mãos. 
Prendeu o coldre do tornozelo antes de deslizar a Sig2 menor no lugar e, em seguida, 
colocar no coldre de ombro3e prender a Glock4 maior. Pegou a mochila carregando suas roupas e 
estojo contendo a munição e, então, cuidadosamente prendeu as correias dos dois rifles de alta 
potência nos ombros. Um deles era uma semiautomática, o outro a .3085 com mira de alta 
potência que usava para tiros mais precisos. Qualquer outra coisa que precisasse estaria no avião 
no armário de armas. 
Não tinha certeza de que tipo de problemas Eden Sinclair estava, mas Ryker parecia 
preocupado, e poucas coisas preocupavam a família Sinclair. O pai era um fodão com todas as 
letras. Raid, o mais velho, era um policial experiente e Ryker trabalhou na segurança privada, uma 
versão menor e menos militar que a KGI. Todos os seus postos de trabalho eram abertos e 
 
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honestos. Principalmente a segurança pessoal, o que tornava estranho que ele buscasse a ajuda 
da KGI para o problema em que a irmã estava. Swanny teria pensado que se ela estava em algum 
tipo de problema, a família iria cerrar fileiras em torno dela e lidar com isso por conta própria. Eles 
eram privados desse jeito. O que só reafirmava sua crença de que a situação era terrível. A 
indefinição de Ryker no telefone incomodava Swanny. Ele tinha um mau pressentimento sobre a 
coisa toda. Mas não havia nada a fazer até que chegassem lá e ouvissem em primeira mão o que 
estava acontecendo. 
Correu de volta para a sala para ver Joe encher as mochilas com roupas e seu próprio 
arsenal pessoal, que era semelhante ao de Swanny. Todos tinham suas preferências pessoais 
quando se tratava de armas, mas todos aderiram ao lema que muito era suficiente, mas mais era 
ainda melhor. 
Se o apocalipse zumbi acontecesse, estavam definitivamente preparados. O complexo KGI 
poderia suportar uma porra de guerra. O grande número de coisas legais e ilegais que estava 
abrigado por trás das paredes do complexo chocaria o cidadão médio. Swanny tinha seu próprio 
estoque de C-4 e granadas suficientes para repelir um pequeno exército. 
Durante seu cativeiro, jurou nunca mais sentir aquele tipo de desamparo e medo. Ele 
aceitou a inevitabilidade de sua própria morte. Ele até a abraçou. Em suas horas mais sombrias, 
orou por ela. Isso o envergonhava agora, mas na época, a morte era a liberdade definitiva. Escapar 
de sua realidade sombria. 
Agradecia a Deus por Shea, atual esposa de Nathan, que inexplicavelmente estendera a 
mão para ele através de milhares de quilômetros, falando com ele em sua mente. Ajudou-o e a 
Swanny a escapar de seus captores e da morte certa. E Grace. A irmã de Shea. Deus, ela curou-o. 
Ela realmente o curou dos ferimentos que teriam retardado a fuga dele e de Nathan. Ele implorou 
a Nathan para deixá-lo. Para salvar a si mesmo. E, ao invés disso, Nathan, com Shea e a ajuda de 
Grace, o curaram. Tornou possível para ele persistir, e conseguiram sair daquelas montanhas, 
vivos. Não ilesos. Mas vivos, no entanto. 
Distraidamente tocou a cicatriz em seu rosto. Uma lembrança de seu tempo em cativeiro. 
A certeza de que nunca iria esquecer aqueles dias intermináveis de tortura e fome. Elas marcavam 
a ele e Nathan. Ambos ainda tinham as cicatrizes do cativeiro, mas as de Swanny eram mais 
visíveis. Seu rosto foi cortado e no momento em que foi resgatado e hospitalizado, havia pouco 
que um cirurgião poderia fazer, e não era vaidoso o suficiente para fazer cirurgia plástica. 
Não, ele usava essa cicatriz como um lembrete de que tinha sobrevivido. 
Sua vida sexual certamente tinha sofrido como resultado, mas o sexo não era uma de suas 
prioridades. Não desde voltar para casa vivo. Atirou-se no seu trabalho. Sua nova família. Balançou 
a cabeça. Ele não tinha família. Não até Nathan. Os Kellys e a KGI o abraçaram. Marlene Kelly, a 
matriarca do clã Kelly, o adotou como um dos seus, e o tratava como se ele fosse um de seus 
muitos filhos. 
Frank e Marlene Kelly tiveram seis filhos, mas Marlene adotara outros em seu rebanho. 
Rusty Kelly, a adolescente mal-humorada que havia invadido sua casa, mas agora estava prestes a 
 
 
 
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se formar na faculdade, uma jovem bela e vibrante que tinha o mundo a seus pés. Swanny não 
tinha dúvidas de que ela um dia governaria o mundo. 
E havia Sean Cameron, um vice xerife em Stewart County. Também adotado na família 
Kelly e tratado muito parecido como todas as outras crianças de Marlene e Frank. Era 
incompreensível a medida de generosidade dos Kellys. 
A família tinha crescido e expandido. Joe era o único Kelly solteiro, e ele definitivamente 
ouvia Marlene falar sobre isso regularmente. Havia netos em grande quantidade e mais a 
caminho. 
E aqui, no meio de tudo isso estava Swanny. Ele vinha de uma existência solitária, com 
apenas os homens que serviram como com seus irmãos. E agora tinha toda a família Kelly, mais os 
membros da equipe KGI. Todos em sua volta. Prontos para ir para a parede por ele. Isso o 
confundia, essa lealdade incondicional. 
Rastejara de volta para a pequena casa que tinha herdado de seus pais depois que ele e 
Nathan receberam alta do hospital. Mas ele estava inquieto e... Solitário. Seu encontro com a 
morte, de frente com sua mortalidade e, em seguida, a sua cura milagrosa o trouxeram para o 
Tennessee, em busca de respostas de Nathan sobre o que acontecera naquelas montanhas antes 
de serem resgatados. 
E ele ficou, adotado pela primeira vez instantaneamente por Marlene Kelly e, em seguida, 
lhe ofereceram uma posição na KGI. Juntou-se a nova equipe chefiada por Nathan e Joe e logo 
depois por Edge e Skylar. Eles eram sua família agora. E ter família, pessoas que o aceitavam, 
parecia... Bom. 
Quando serviu no exército, ele tinha um propósito. Sua vida tinha sido consumida com a 
necessidade de proteger e servir. Depois dos ferimentos e dispensa, não sabia mais o que fazer. 
Não havia nada para ele do lado de fora. Nunca ficaria feliz com um trabalho de escritório das 
nove as cinco ou ingressar na corrida de ratos como um civil. A KGI tinha lhe dado um propósito 
novamente. 
A KGI ajudava as pessoas. Eles protegiam os inocentes e os fracos. Ajudavam a derrubar os 
idiotas no mundo, aqueles que caçavam os inocentes. Agora,quando acordava pela manhã, ele se 
sentia vivo. Como se tivesse um futuro. A KGI lhe deu isso, e ele seria eternamente grato a eles por 
isso. 
Resignou-se a nunca se estabelecer, ter uma família, as coisas que a maioria das pessoas 
tinha como certo, mesmo que elas não estivessem com pressa. Estava cercado por apenas essas 
coisas. Cada um dos irmãos Kelly, com a exceção de Joe, encontrara sua alma gêmea. Mesmo os 
líderes de equipe, Rio e Steele, estabeleceram-se em domesticidade com uma facilidade que ainda 
divertia e confundia os homens e mulheres que trabalharam sob seu comando. Inferno, mesmo 
Cole e PJ, dois dos membros da equipe de Steele, se casaram e estavam vivendo em felicidade 
conjugal, embora ele imaginasse o deles como um arranjo interessante desde que PJ poderia 
arrebentar com o melhor deles. Era ela, certamente que mantinha Cole na ponta dos pés. 
Mas isso não era para ele, e ele aceitou, assim como aceitara todo o resto. Com paz e 
compreensão. Ele não só tinha cicatrizes no lado de fora. Estava irremediavelmente marcado — 
 
 
 
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** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 
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mudado — por dentro. Não tinha certeza de como Nathan estava lidando com as memórias. Tinha 
certeza de que Nathan ainda tinha seu quinhão de noites sem dormir, mas ele tinha Shea para 
ajudá-lo, para se apoiar quando o passado elevava sua cabeça feia. Mas Swanny ainda sofria 
pesadelos. Flashbacks do cativeiro. Ainda acordava em um suor frio, temendo por um momento 
que estava de volta naquele inferno. Acorrentado em uma caverna esperando o momento em que 
chegariam até ele. Para esculpi-lo, vencê-lo e interrogá-lo. 
Eles não foram capazes de quebrá-lo. Orgulhava-se disso. Ele e Nathan haviam resistido a 
tudo o que os seus captores dispensaram e nunca quebraram. Porque no final, isso era tudo que 
lhes restara. O orgulho e a determinação de não deixar que esses canalhas ganhassem. 
Ele tinha uma boa vida agora. Não, nunca teria uma esposa ou filhos, e estava bem com 
isso na maioria dos dias. De vez em quando, quando todos os Kellys ficavam juntos e ele era 
cercado por tanto amor, as esposas e os filhos Kelly, era instigado com um forte anseio, mas há 
muito tempo descobrira que não adiantava insistir naquilo que nunca seria. 
A maioria das mulheres não conseguia sequer olhar para ele sem medo, nojo ou piedade. 
Piedade era o pior. Ele preferia medo e ódio a pena. Apesar de que doía que uma mulher o 
temesse apenas por causa de sua aparência. Ele cortaria o braço direito antes de ferir uma mulher. 
Deixava-o doente só de pensar nisso. Tinha visto violência suficiente em sua vida para saber que 
nunca faria parte dela contra uma mulher. Exceto quando se tratava de derrubar imbecis que 
mereciam o que ia acontecer com eles. 
Ele era um assassino e não tinha nenhum escrúpulo em fazer justiça onde era merecido. 
Contanto que pudesse olhar para si mesmo no espelho todas as manhãs com a consciência limpa, 
poderia continuar a fazer o trabalho exigido dele como um membro da KGI. 
— Você está pronto? — Joe gritou, sacudindo Swanny de seus pensamentos. 
— Sim. Tudo embalado. Você chamou Nathan e Sam? 
Joe assentiu. 
— Nathan está a caminho e Sam está chamando Garrett, Ethan e Van para nos encontrar 
lá. Eu disse a ele que não havia necessidade de chamar Steele ou Rio. Esta é a nossa missão. Sin é 
nosso amigo e não vou deixar ninguém liderar nesta missão. 
— Concordo — disse Swanny. — Não sei em que tipo de problemas Eden está, mas se Sin 
está preocupado, então deve ser sério. 
Joe assentiu. 
— Vamos pegar a estrada. Nathan pode nos levar, por isso não há necessidade e não temos 
tempo para chamar um dos outros pilotos. 
Swanny sorriu. 
— Mais ou menos agradável, agora que temos uma pista de pouso no complexo. Aquela 
viagem para o Condado de Henry era um pé no saco. Para não falar que faz um inferno de um 
tempo de resposta mais rápido quando somos chamados para uma missão. 
Joe pendurou uma das mochilas sobre o ombro e depois se inclinou para prender as 
correias dos dois rifles nos ombros. Levaram os equipamentos para a caminhonete de Joe e 
 
 
 
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cuidadosamente colocaram na cabine antes de correrem alguns quilômetros ao longo do lago para 
o complexo. 
 
 
Capítulo 5 
 
 
Quando Joe e Swanny chegaram ao complexo, Nathan, Sam, Garrett e Ethan já estavam lá. 
Swanny caminhou dentro da sala de guerra e colocou o equipamento no chão ao lado da porta. 
Quando olhou para os outros, teve que reprimir um sorriso de diversão, provavelmente, teria o 
seu traseiro chutado se notassem. 
Sam e Garrett estavam segurando seus bebês. Bem, não tão novos. Tinham poucos meses 
de idade agora, mas de acordo com Joe, ambos estavam no inferno da dentição e estavam dando 
aos pais muitas noites sem dormir. Swanny só podia adivinhar que os pais estavam dando as suas 
esposas um fôlego e transportaram as crianças para a reunião improvisada. 
— Os diabinhos dos dentes mantiveram vocês acordados à noite? — Joe perguntou com 
um sorriso que ele não disfarçava. 
Sam e Garrett atiraram olhares descontentes e Garrett fez um rápido shhhh e acenou com 
a mão livre para acalmar os outros. 
— Acabei de fazê-la dormir, — Garrett sussurrou. — Ela não dormiu a maldita noite inteira! 
Ethan riu, o que lhe rendeu outro olhar de Garrett. 
— Bem-vindo à paternidade, — Ethan disse em um sussurro alto. — Fico feliz em dizer que 
já passamos esse estágio com os gêmeos. Eles estão dormindo durante a noite completa agora. 
Mason está quase treinado com o pinico! Nada mal para um bebê de quase dois anos. 
A nota orgulhosa não passou despercebida pelos outros. Sam revirou os olhos e fez um 
gesto rude com a mão livre. 
— Se apenas suas esposas pudessem ver e ouvir todos os palavrões e gestos que vocês 
estão fazendo, — Nathan falou devagar. — Sarah não ficaria feliz em ouvir o seu xingamento perto 
de Kelsey. 
— Foda-se, — Garrett disse em voz baixa. 
Sam girou seu filho nas mãos e, em seguida, empurrou-o em direção a Ethan. 
— Aqui. Já que você é tão apto nisso agora, você pode segurar Grant enquanto conduzo 
esta reunião. 
Ethan contente tomou a criança e imediatamente começou a arrulhar murmúrios ao bebê. 
Joe, Nathan e Swanny trocaram girar de olhos desde que eram os únicos sem filhos. 
Nathan e Shea não tinham pressa para adicionar à pilha crescente de crianças Kellys acumulando, 
e Joe e Swanny não mostravam nenhum sinal de se estabelecer em breve. 
Ainda assim, Swanny não pôde evitar o surto de inveja enquanto inspecionava a sala de 
guerreiros corpulentos, todos fazendo idiotices de si mesmos sobre seus descendentes. Era difícil 
imaginar esses homens como os últimos fodões quando estavam falando de dentição, bebês e 
 
 
 
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treinamento de pinico. E ainda assim executavam uma operação apertada. Eles eram os melhores. 
E empregavam o melhor. 
Swanny não tinha falsa modéstia quando se tratava de suas habilidades e capacidades. Ele 
era bom antes de vir para a KGI, mas a KGI o tornou melhor. Estava em sua melhor forma, ou pelo 
menos estava chegando lá. Era uma mera concha de si mesmo quando retornou do Afeganistão 
depois de meses de prisão, fome e tortura. 
Mas com a ajuda de bons amigos, a família Kelly, a organização KGI como um todo, ele iria 
colocar os pedaços juntos novamente. Pelo menos, os aspectos físicos. Não tinha certeza de que 
ele seria o mesmo mentalmente. Ainda tinha pesadelos. Ou terrores noturnos, já que os sonhos 
que ele tinha não eram provavelmente considerados pesadelos normais. 
A maioria das pessoas não tinha pesadelos envolvendo ser retalhado com uma faca, 
despojado de suas roupas e sendo mantido e tratadocomo um animal. Inferno, a maioria dos 
animais era oferecida um tratamento melhor do que ele recebeu nas mãos de seus captores. 
Um dia iria fazer as pazes com tudo isso. Ele esperava. E no final, isso era tudo que podia 
fazer. Manter a esperança de que seu passado não governaria para sempre ou mancharia seu 
futuro. Talvez convivesse com seus demônios para sempre. Mas pelo menos estava se tornando 
mais hábil em sobreviver a eles. 
Mas não queria sobreviver à vida. Queria vivê-la. Ele morreria antes mesmo de se tornar 
uma vítima novamente. Nunca mais seria despojado de sua humanidade, sua própria alma. 
Quando pensou muitas vezes durante o cativeiro o quanto quisera desistir, tinha desistido, isso o 
envergonhava. Nathan foi mais forte do que Swanny, fato que ainda o incomodava depois de 
tantos meses. Mas nunca mais. Nada e ninguém jamais iriam derrubá-lo novamente. Foi uma 
promessa que fizera no momento em seu socorro tornara-se realidade e não apenas um sonho 
aparentemente impossível. 
A porta da sala de guerra abriu e Donovan caminhou sem pressa, com um sorriso no rosto. 
Como o mais novo irmão a se casar, ele estava de bom humor perpétuo. Apesar de Eve, sua 
esposa, não ter engravidado, ela tinha dois irmãos mais jovens que viviam com ela e Van. Travis 
tinha dezesseis anos e estava matriculado no ensino médio local, enquanto Cammie, a preciosa 
irmã de Eva, estava agora com cinco anos de idade e iria para o jardim de infância, no outono, com 
Charlotte, filha mais velha de Sam. 
Donovan levantou uma sobrancelha quando viu os bebês que Ethan e Garrett estavam 
segurando. 
— Dentição ainda? 
— Seu dia está chegando, irmãozinho, — Sam avisou. — E não pense que você vai ter um 
pingo de simpatia do resto de nós, quando você e Eva tiverem filhos. 
Donovan sorriu. 
— Estou esperando ansioso por esse dia. O tipo de merda sobre a qual vocês gemem e 
reclamam, eu não posso esperar. Mas nós vamos esperar um pouco. Eve ainda é jovem e esteve 
cuidando de seu irmão e irmã por um longo tempo. Não quero impor a ela essa responsabilidade 
por um tempo. Nós dois queremos filhos. Muitos. Mas temos muito tempo e eu a quero, Cammie 
 
 
 
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e Travis para mim por um tempo antes de aumentar família. Não quero que Cammie ou Travis 
achem que eles vêm em segundo lugar a qualquer criança que Eve e eu tivermos, juntos. 
Joe fez um som de impaciência. 
— Não é que eu não ame toda a domesticidade que escorre das paredes, mas temos uma 
missão para nos concentrar. Podemos seguir? 
— Falou como um homem livre, — Ethan falou devagar. 
Swanny também estava ficando impaciente. O telefonema de Sin ainda estava pesando 
fortemente em sua mente, e como Joe, ele estava pronto para se mover sobre isso. 
A porta se abriu novamente e Edge e Skylar entraram, parecendo focados e prontos. 
— Ok, todo mundo está aqui, — disse Joe. — Vamos começar. 
— Vão nos dizer o que está acontecendo, ou vocês vão apenas fugir com um jato e 
decolar? — Sam perguntou secamente, sutilmente lembrando-os que, embora esta fosse uma 
organização familiar, ele ainda estava no comando. Ou melhor, ele compartilhava o duplo 
comando com Garrett e Donovan, mas na maior parte, Sam comandava o show, embora ele 
incluísse seus irmãos em todo o processo decisório. Ethan estava entrando progressivamente, mas 
ele tinha muito terreno para compensar, tendo apenas se juntado à KGI quando sua esposa, 
Rachel, foi resgatada alguns anos antes. 
Edge e Skylar moveram-se para a mesa de planejamento onde os outros estavam reunidos, 
mas não antes de Skylar parar para arrulhar para Grant, que ainda estava nos braços de Ethan. 
— Aqui, entregue o rapaz de volta para Sam, para que possamos começar a planejar, — 
Ethan disse, entregando o bebê a Skylar. — Eu acho que é hora de uma mudança de fralda e eu 
paguei minhas dívidas nesse departamento. 
Houve olhares simultâneos de diversão, dos homens que tiveram filhos, e algo parecido 
com horror dos homens que não tiveram. 
Skylar não parecia nada incomodada com a perspectiva de uma fralda suja. Ela estendeu a 
mão para pegá-lo de Ethan e balançou-o suavemente em seus braços antes de finalmente passar 
de volta para Sam. 
— Ele é adorável, Sam. E se parece muito com você! É estranho olhar para os seus filhos, 
porque Charlotte é uma réplica exata de Sophie, e Grant se parece exatamente com você, — 
Skylar meditou. — Vocês conseguiram uma completa miniatura! 
— Pobre criança, — Nathan murmurou. 
— Olá? Hora da missão? — Joe disse, exasperado. 
Garrett moveu Kelsey cuidadosamente em seus braços como se ela fosse uma bomba 
prestes a explodir. Ele ficou tenso e olhou para ela, a tensão evidente na testa. Swanny viu a 
evidência de muitas noites sem dormir recentes no rosto do grande homem, o viu visivelmente 
suspirar de alívio quando sua filha se contorceu uma vez e depois se acomodou para dormir, 
aninhada nos braços do pai. Mas havia também muito amor e adoração nos olhos do grande 
homem que Swanny teria que ser cego ou completamente alheio para não notar. 
Aquela menina tinha trazido Garrett de joelhos, e continuaria a fazê-lo pelo resto de sua 
vida. Uma coisa era certa, porém, e isso era verdade para todas as crianças Kelly. Não havia uma 
 
 
 
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criança no mundo que estaria mais protegida e vigiada do que aqueles bebês. Swanny tinha pena 
do pobre tolo que tentasse namorar as filhas Kelly. Ter encontros na varanda da frente vigiado por 
um pai super protetor ranzinza? Swanny pagaria para ver isso. 
— Então o que temos aqui? — Garrett perguntou em voz baixa. — Vocês não nos deram 
muito para seguir. 
Joe olhou para Nathan. 
— Ryker Sinclair chamou. Disse que a irmã dele estava em apuros. Ele não quis entrar em 
detalhes. Disse que alguém deu um tiro nela, mas não tenho ideia do que isso significa 
exatamente. 
Nathan franziu a testa. 
— A irmã dele não é uma supermodelo, ou algo assim? Ele costumava nos mostrar fotos 
dela. Ela foi escolhida como a mulher mais bonita do mundo por uma revista alguns anos atrás. Ele 
mostrou para nós quando estávamos em nossa última missão. 
— Sim, é ela, — Swanny forneceu. 
Só a menção daquela capa de revista, cabelos loiros sedosos fluindo como se fossem em 
uma brisa suave, os olhos brilhando e um sorriso megawatt, trouxe de volta a primeira vez que ele 
viu a foto dela. Sentia-se como um idiota por ter quase uma reação idêntica apenas pela memória. 
— Então, você conhece este Ryker Sinclair? — Perguntou Donovan. 
Joe assentiu, assim como Nathan e Swanny. 
— Nós servimos com ele, — explicou Nathan. 
— Ele salvou meu traseiro, — Joe interrompeu. — Me empurrou para baixo e tomou a bala 
destinada a mim. Eu devo a ele. 
— Todos nós devemos a ele, então, — Sam disse simplesmente. 
E assim era Sam. A seus olhos, a dívida de um de seus irmãos era uma dívida que toda a 
família assumia. Estendendo-se ao resto da KGI também. 
— Ele não entrou em muitos detalhes, — Joe continuou. — Mas parecia preocupado, e se 
ele está preocupado, então devemos estar também. Seu pai serviu e o irmão mais velho é um 
policial. Provavelmente contrataram uma empresa de segurança para proteger Eden, porque não 
posso imaginar Big Eddie deixando a segurança de sua filha ao acaso. Assim, o fato de nos 
chamarem me diz que isso é algo grande. Sin me disse que Eden se escondeu em um hotel e eles 
estão voando imediatamente para chegar até ela. Ele disse que ia estar em contato assim que 
soubesse onde precisávamos encontrá-los, mas pediu que fôssemos nessa direção. 
Sam prendeu Joe com seu olhar. 
— Você vai me informar o momento em que tiver mais informações, e se for algo que sua 
equipe não pode lidar por conta própria, não seja teimoso. Chame-me para apoio, e eu posso tera 
equipe de Steele ou de Rio no ar dentro de algumas horas. 
— Vocês estão dentro? — Joe perguntou, virando-se para olhar para Edge e Skylar. 
— Claro que sim, — Skylar disse em um tom que sugeria que a pergunta de Joe a irritou. — 
Nós somos parte desta equipe. Se você vai, estamos indo. 
 
 
 
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Edge sorriu, a ação apagando as linhas duras do seu rosto e acendendo as sombras 
taciturnas em seus olhos. 
— Não poderia ter dito melhor do que Sky. 
— Tudo bem, então, voem e gritem quando aterrissarem e conseguirem um melhor 
controle sobre a situação, — disse Donovan. 
— Vou avisar Steele e tê-lo em modo de espera, — Garrett disse em voz baixa, embora 
ainda estivesse olhando para a filha como se tivesse medo de qualquer barulho fosse acordá-la. 
Ele fez uma careta, obviamente vendo algo que não gostou. 
Então, um gemido soou e um olhar de pânico entrou nos olhos de Garrett. Ele soltou um 
suspiro cansado. Swanny quase podia convocar simpatia, mas como se sentir triste por um cara 
que tinha o mundo a seus pés? Uma mulher linda, amorosa. Uma filha recém-nascida. A promessa 
de futuros filhos. Um futuro que ele não enfrentaria sozinho. Não, Swanny não sentia pena dele. 
Percebeu que o vacilo interno era... Inveja. Era assim que Donovan tinha se sentido antes de Eve 
entrar em sua vida, quando seus irmãos foram caindo um a um? Forjando seu próprio caminho 
separado. Ainda firmemente arraigados na dobra da família Kelly mas abrindo seu caminho por 
conta própria também. Ramificando-se, apesar de todos os caminhos levarem de volta para o 
mesmo lugar. Lar. Lago Kentucky. 
— Merda. Eu deveria voltar para casa. Ela provavelmente vai precisar de cuidados. Eu 
estava esperando dar mais tempo de cochilo a Sarah, — Garrett disse com uma careta. 
Sem esperar por uma resposta, Garrett apenas correu para a saída, o riso em seu rastro. 
Ele só fez uma pausa para levantar a mão direita e estender o dedo médio antes de desaparecer 
da sala de guerra. 
— Estou falando sério, — Sam disse em um tom austero, voltando a atenção de todos para 
ele. — Se isso for algo que vocês achem que precisam de apoio, me chame imediatamente. 
Garrett e eu estamos fora de ação por curto prazo, mas Van e Ethan, bem como as outras duas 
equipes podem partir para ajuda-los. Vou colocá-los em alerta para o caso de precisar deles. 
— Conseguiremos irmão, — Nathan disse secamente. — Somos meninos grandes agora. É 
hora de desapegar e soltar-nos no mundo. 
— Babaca, — Sam murmurou. — É o meu trabalho me preocupar com todos vocês. Sou o 
mais velho, de modo que cai na descrição do meu trabalho. 
— Contanto que você não pretenda ser o cérebro desta operação, — Donovan falou 
devagar. — Esse é o meu título. Super gênio, lembra-se? 
Os outros reviraram os olhos, mas, em seguida, Joe pegou sua mochila e fez um gesto para 
os outros. 
— Vamos pegar a estrada. Estamos perdendo tempo. Sam, o jato está abastecido e 
pronto? — Perguntou Joe. 
Sam assentiu. 
Joe deu um tapa no ombro de Nathan. 
— Tudo bem, irmãozinho. Você pilotará o jato. 
— Com permissão desta vez, — Sam disse secamente. 
 
 
 
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— Vocês nunca vão me deixar esquecer aquela vez que roubei o jato da empresa, não é? — 
Nathan perguntou, exasperado. 
— Foi uma causa justa, — Swanny disse sabiamente. 
Nathan tinha pilotado um jato KGI e saiu de casa como um morcego fora do inferno, mas 
ele voltou com Shea. Com um novo sopro de vida. Swanny podia ver a diferença de Nathan. Ele 
percorreu um longo caminho desde o homem que foi resgatado do mesmo inferno que Swanny 
sofreu. Swanny não tinha dúvida de que Nathan ainda lidava com seu passado, mas havia uma paz 
sobre ele que era evidente. Ele era... Feliz. Contente. Não era isso que todos queriam no final? 
Donovan sorriu. 
— Verdade, mas isso não significa que não vamos incomodá-lo sobre isso sempre que 
tivermos a chance. 
— Canalhas, — Nathan resmungou. 
Skylar e Edge pegaram as mochilas e se dirigiam para a porta. Swanny abaixou-se para 
recuperar sua mochila enquanto Nathan e Joe invadiam o arsenal KGI em uma sala ao lado da área 
de treinamento principal. 
Caminharam rapidamente na direção do hangar. Era uma boa distância da sala de guerra, 
mas no momento em que empurravam todos os equipamentos em vários SUVs e dirigiam até o 
aeroporto, eles já estariam lá apenas arrastando-se. 
Apesar de pequena, Skylar mantinha o passo com os homens muito mais altos e sequer 
parecia sem fôlego. Ela se mantinha em forma impecável. Uma coisa Swanny notou desde o 
primeiro dia da sua adesão à nova equipe era que ela não guardava mágoas, nem parecia que 
tinha algo a provar só porque era uma mulher em uma organização predominantemente do sexo 
masculino. Ela era afiada como uma tachinha, inteligente e confiante. E as poucas vezes que 
Swanny realmente não olhou para ela como um companheiro, como apenas uma parte de um 
todo, ela era bonita de uma forma efervescente. Mas confiante. É. Essa era uma qualidade 
atraente em uma mulher. Talvez alguns homens não concordassem, ou talvez se sentissem 
ameaçados por uma mulher plenamente capaz de cuidar de si mesma, não só dos outros ao seu 
redor, mas Swanny achava que não havia mulher mais bonita do que aquela que conhecia sua 
mente e desafiava o mundo para lidar com ela. 
Talvez não ser a única mulher na KGI tenha ajudado a esse respeito, embora Swanny 
reconhecesse que, provavelmente, tinha pouco a ver com isso. Sky era ela própria. Ela não teria 
precisado que PJ limpasse o terreno para ela. Ela poderia muito revolucionar e chutar traseiros por 
conta própria. Ela e PJ, aliás. 
PJ Rutherford... Porra, Coletrane agora. Ele tinha que se corrigir todas às vezes. Ela e Cole 
se casaram, mas agora era difícil começar a pensar nela como PJ Coletrane. De qualquer forma, PJ 
era uma guerreira impressionante que poderia facilmente derrubar um homem ou homens do 
dobro do tamanho dela. Skylar não era menos durona e nenhum dos rapazes a tratava como... 
Bem, uma menina. 
Como PJ, ela era um dos caras. Como ele já pensou, as duas mulheres eram mais do que 
capazes de cuidar de si mesmas, e mais importante, perfeitamente capazes de apoiar seus 
 
 
 
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companheiros, homens. Swanny não tinha nenhum receio em ter o apoio de Skylar ou PJ. Confiava 
em Sky com a sua vida assim como ela confiava nele com a dela. 
Era a maneira que funcionava na KGI. A química tinha que ser perfeita dentro de cada 
equipe para que executassem e funcionassem como uma máquina bem oleada. Suas vidas, e as 
dos outros dependiam desse fato. 
Enquanto embarcavam, Swanny estava contemplando Eden. A imagem dela nadava em sua 
mente. Incrivelmente bela e de doce índole, e tinha um coração de ouro. Ele usou o telefone para 
estudar as atividades recentes dela, curioso sobre a mulher que o irmão costumava falar muito. E 
onde ela estava agora em sua carreira. Se ela era uma das mulheres mais bonitas do mundo alguns 
anos atrás, e agora? Ela teria mudado? 
Mas enquanto olhava para fotos recentes, cortesia do Google, percebeu que ela estava 
incrivelmente mais bela do que nunca. Adorável. A palavra o divertiu. Não conseguia se lembrar 
de um tempo em que a palavra alguma vez fez parte de seu vocabulário, e com maldita certeza 
nunca a usou em discurso atual. E ainda assim não conseguia pensar em uma palavra mais 
apropriada. Bonita. Linda. Aquelas eram comuns. Lançadas ao redor com entusiasmo. Mas 
adorável? De alguma forma, parecia mais elegante e atemporal. Como ela. Seu tipo de beleza 
nunca saiu de moda. Ela era bonita em qualquer período de tempo. 
Folheou outras fotos dela: poses profissionais,

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