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Controle de Qualidade Procedimento Operacional Padrão ( POP) -O Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento que fornece um conjunto detalhado de descrições escritas de todas as operações necessárias para a realização de uma atividade de forma a estabelecer um roteiro padronizado para a realização de uma atividade. Objetivo de padronizar os processos, Importante para que todos os técnicos realizem as atividades da mesma forma, Conhecimento de acesso geral a todos, POP é descrito em processos críticos e não para qualquer coisa. Objetivo - Deve ser simples, suscinto, direto , Diz para que serve o procedimento Exemplo: Procedimento de análise de pH .O objetivo deste procedimento é descrever as etapas para realização da análise de pH. Campo de aplicação- Onde o procedimento será aplicado? Exemplo: Este procedimento aplica-se às análises de pH no laboratório e nas análises de campo .Análise de campo, caso sejam realizadas coletas de amostras. Equipamentos e insumos-Lista/descreve os equipamentos e materiais (insumos) necessários para a realização do processo. Siglas- Descreve o significado das siglas citadas ao longo do texto . Elimina a necessidade de repetir constantemente nomes longos ou complexos ao longo do documento. Definições-Definições relevantes e que serão aplicadas naquele determinado processo descrito no POP Procedimento-Item mais importante. Descrição das etapas para realização de um determinado processo. Além das etapas, informações que facilitem a realização das análises. Exemplo:Análise de glicose “...homogeneizar a amostra” Existem várias formas de homogeneizar:Equipamento (vórtex) ,Agitação , Homogeneizar levemente com movimentos elípticos. A forma de homogeneização é absolutamente relevante em vários processos e análises Registros-Informações mais importantes do laboratório. Resultados das medições, calibrações. É necessário descrever, no procedimento, onde serão realizados os registros daquela análise . Necessário citar o nome do formulário que será utilizado para registro das análises Histórico de revisões- Após implantação do procedimento original, observa-se que podem ser feitas melhorias no processo. São realizadas edições (revisões) do procedimento e estas devem ser documentadas . Inclusão ou exclusão de etapas, por exemplo. Gerada nova versão ou revisão do POP. É necessário demonstrar o que foi mudado de uma versão para a outra. Ou armazena todos os POPs completos que já existiram sobre o procedimento OU define um campo que irá descrever apenas as alterações realizadas no procedimento. Referências- Muito importante que o laboratório defina quais referências estará utilizando • Norma específica (última versão válida) • Monografia • Compêndio oficial Anexos- Informações relevantes para o bom entendimento do procedimento • Auxilia na melhor realização do ensaio • Tabela • Texto • Referência complementar • Fluxograma • Esquema • Imagem complementar Desvio de Qualidade e não conformidade de medicamentos ( importante) Desvios de qualidade de medicamentos (DQM): Ocorre quando parâmetros estabelecidos para o registro não são atendidos na comercialização. Programas de farmacovigilância devem notificá-los, assegurando efetividade do medicamento e segurança do paciente. Não conformidade-Os medicamentos são projetados para atender os requisitos sanitários da legislação em vigor, de acordo com as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Quando um produto não cumpre uma ou mais especificações e requisitos estabelecidos configura-se uma Não Conformidade. O Gerenciamento de Não Conformidades é parte essencial do Sistema de Gestão da Qualidade. RDC Nº 301, DE 21 DE AGOSTO DE 2019 • Dispõe sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. • Art. 3º Para fins desta Resolução e das instruções normativas vinculadas a ela, aplicam-se as seguintes definições:XVI - desvio: não cumprimento de requisitos determinados pelo sistema de gestão da qualidade farmacêutica ou necessários para a manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos produtos; RDC N° 55, DE 17 DE MARÇO DE 2005 Estabelece os requisitos mínimos para comunicação e recolhimento de medicamentos com desvios de qualidade . Art. 2º Para os efeitos deste regulamento, são adotadas as seguintes definições: V - Desvio de Qualidade: Afastamento dos parâmetros de qualidade, estabelecidos para um produto RDC Nº 304, DE 17 DE SETEMBRO DE 2019: Dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de Transporte de Medicamentos. CAPÍTULO II- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS • Art. 4º Todas as partes envolvidas na produção, armazenagem, distribuição e transporte devem se responsabilizar pela qualidade e segurança dos medicamentos. • Parágrafo único. A responsabilidade compartilhada abrange ações de recolhimento, independentemente de este ter sido motivado pela autoridade sanitária, pelo detentor do registro, pelo distribuidor ou pelo operador logístico. RDC Nº 301, DE 21 DE AGOSTO DE 2019- Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. • XII - controle em processo: verificações realizadas durante a produção para monitorar e, se necessário, ajustar o processo para garantir que o produto esteja em conformidade com sua especificação. O controle do ambiente ou dos equipamentos também pode ser considerado como parte do controle em processo; RDC 301/2019 XXXII - não conformidade: O não atendimento de um requisito preestabelecido. Tais requisitos podem variar entre fatores externos e internos. As não conformidades podem relacionar-se com: procedimentos, normas, legislações, instalações, equipamentos, sistemas, processos, produtos, fornecedores, materiais, serviços, métodos etc.; RDC 301/2019 XXVIII – lote - quantidade definida de: matéria-prima, material de embalagem ou produto processado em um ou mais processos, cuja característica essencial é a homogeneidade. Para completar determinados estágios de fabricação, pode ser necessário dividir um lote em vários sublotes, que depois são reunidos para formar um lote final homogêneo. RDC 301/2019 II - ação corretiva: medidas adotadas para tratar e eliminar a causa raiz de desvio ou não conformidade já ocorrida. Na sua essência, a ação corretiva remete à uma contenção reativa; III - ação preventiva: medidas adotadas para se evitar que um desvio ou não conformidade venha a ocorrer. Na sua essência, a ação preventiva remete à mitigação proativa de riscos. Em última instância, a ação preventiva busca eliminar a causa de um potencial desvio ou não conformidade; RDC 301/2019 • Art. 17. A Revisão da Qualidade do Produto deve incluir pelo menos: • I - revisão das matérias-primas, incluindo os materiais de embalagem utilizados no produto, especialmente aqueles provenientes de novas fontes e, em especial, a análise da rastreabilidade da cadeia de fornecimento das substâncias ativas; • II - revisão dos controles em processos críticos e dos resultados de controle de qualidade dos produtos acabados; • III - revisão de todos os lotes que não cumpriram com as especificações estabelecidas e suas investigações; • IV - revisão de todos os desvios significativos ou não-conformidades, suas investigações relacionadas e a efetividade das ações corretivas e preventivas resultantes; • V - revisão de todas as mudanças realizadas nos processos ou métodos analíticos Art. 17. Continuação- VII - revisão dos resultados do programa de estabilidade de acompanhamento e quaisquer tendências adversas; Resolução ANVISA/DC Nº 318 DE 06/11/2019 • Estabelece os critérios para a realização de Estudos de Estabilidade de insumos farmacêuticos ativos e medicamentos, exceto biológicos, e dá outrasprovidências. RDC N° 55, DE 17 DE MARÇO DE 2005 Estabelece os requisitos mínimos para comunicação e recolhimento de medicamentos com desvios de qualidade Art. 2º Para os efeitos deste regulamento, são adotadas as seguintes definições: VII - Relatório de Monitoração de Recolhimento de Medicamentos: Documento periódico constante no ANEXO III ( relatório de monitoração de recolhimento de medicamentos) deste regulamento, a ser apresentado, pelo qual o detentor do registro informa à ANVISA sobre o andamento da ação de recolhimento, até sua conclusão. Art.3º : O recolhimento previsto neste regulamento, será obrigatoriamente implementado pela empresa detentora do registro, nas situações enquadradas nas classes I e II da classificação de risco à saúde (Art.2°) Implicará também na imediata suspensão da comercialização do(s) respectivo(s) lote(s) do medicamento e segregação do estoque na empresa detentora do registro, distribuidores e estabelecimentos receptores. Art. 2° -IV - Classificação de Risco à Saúde - determinação de classes (I, II e III) de qualificação de risco relativo à saúde, a que uma população está exposta pelo uso do medicamento com indícios suficientes ou comprovação de desvio de qualidade • a) Classe I: situação na qual existe alta probabilidade de que o uso ou exposição a um medicamento possa causar risco à saúde acarretando morte, ameaça à vida ou danos permanentes. • b) Classe II: situação na qual existe alta probabilidade de que o uso ou exposição a um medicamento possa causar agravo temporário à saúde ou reversível por tratamento medicamentoso. • c) Classe III: situação na qual existe baixa probabilidade de que o uso ou exposição a um medicamento possa causar consequências adversas à saúde. Art. 2º Para os efeitos deste regulamento, são adotadas as seguintes definições- I - Recolhimento: Ação que visa a imediata e eficaz retirada do mercado, de determinado(s) lote(s) de medicamento, com indícios suficientes ou comprovação de desvio de qualidade, que possa representar risco à saúde, ou por ocasião de cancelamento de registro, relacionado com a segurança e eficácia do produto, a ser implementada pelo detentor do registro e seus distribuidores. II - Comunicado de Desvio de Qualidade/Cancelamento de Registro: documento constante no ANEXO I deste regulamento, que deve ser apresentado pelos detentores de registro à ANVISA, bem como para sua cadeia de distribuição, informando o motivo do desvio, classificação do risco, agravo ou consequência à saúde, dentre outras informações pertinentes ao desvio de qualidade detectado. III - Anuência prévia de mensagem publicitária: procedimento pelo qual o detentor do registro, submete à prévia apreciação da ANVISA, por meio de formulário próprio constante no ANEXO II deste regulamento, a mensagem de alerta dirigida aos consumidores, informando o(s) lote(s) do medicamento impróprio para uso, quaisquer que sejam as formas e meios para sua veiculação Nome comercial: TORLOS H (Torrent)- Princípios Ativos: Losartana/Hidroclorotiazida 50mg/ 12,5mg • Lotes: BCA3D001, BCA3D002, BCA3D003, BCA3E002, BCA3E003, BCA3E004; BCA3E005; CE32C014; CE32D004 Desvio de Qualidade: Presença de uma substância da classe das nitrosaminas que, em excesso, pode causar câncer. Risco à Saúde: Pode causar câncer (nitrosamina) NOME COMERCIAL: ( LABEL) Ranitidina- PRINCÍPIO ATIVO: Cloridrato de Ranitidina (Medley) DESVIO DE QUALIDADE: Por causa da detecção de Nnitrosodimetilamina (NDMA) na composição, segundo ANVISA. PORQUE OS LOTES FORAM RECOLHIDOS DO MERCADO: A suspensão contaminada com NDMA é uma medida preventiva, porque estudos em animais classificaram como um potencial agente cancerígeno. RISCOS À SAÚDE: Potencial agente Cancerígeno Estudo de 2019 tentando explicar o possível mecanismo que explicaria a presença de nitrosaminas- N,N-dimethylformamide como soltente na presença de metóxido de sódio como base para fornecer o Tritil losartana. Parece que o NDMA foi gerado durante a síntese do ingrediente farmacêutico ativo (API) a partir do solvente dimetilformamida (DMF) e do nitrito reagente. RESOLUÇÃO-RE Nº 3.259, DE 26 DE AGOSTO DE 2020 - O Gerente-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, no uso das atribuições [...], resolve: • Art. 1º Adotar a(s) medida(s) preventiva(s) constante(s) no ANEXO. • Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. RESOLUÇÃO-RE Nº 3.259, DE 26 DE AGOSTO DE 2020 ANEXO - 1. Empresa: Todas as empresas, independentemente da Natureza da atividade, de Medicamentos de uso humano. Produto - Apresentação (Lote):CLORIDRATO DE RANITIDINA - Todas as apresentações (Todos os lotes) Tipo de Produto: Medicamento. Expediente nº: 2796223/20-7 Assunto: 70351 - MEDIDA PREVENTIVA - Ações de Fiscalização em Vigilância Sanitária Ações de fiscalização: Proibição - Comercialização, Distribuição, Fabricação, Importação, Manipulação, Propaganda. Motivação: Possibilidade de formação da substância Nnitrosodimetilamina (NDMA) nos medicamentos contendo o insumo farmacêutico ativo cloridrato de ranitidina, originada pela degradação da própria molécula, de forma espontânea, dentro das formulações, não sendo até o momento identificada uma possibilidade para a estabilização da molécula frente a essa degradação. DRAMIM B6 DL - INJETÁVEL 10 ML Dimenidrinato, cloridrato de piridoxina, glicose, frutose - Recolhimento do Lote 1103866. O produto é fabricado pela empresa Takeda Pharma Ltda. Justificativa do recolhimento - A determinação ocorreu após o fabricante comunicar à agência o recolhimento voluntário do lote do produto, que apresentou partículas visíveis na solução, acima do especificado pelo padrão USP 790 Visible particulate in injections. • Segundo os fabricantes, estas partículas são provenientes do processo de fabricação e ocorreram devido à carbonização de gotículas do próprio produto durante a etapa de fechamento da ampola realizada por meio do aquecimento. • A anormalidade não é causada por contaminação externa e o risco aos pacientes é baixo. Carta de descontinuação temporária • Informamos que a empresa Takeda protocolou à ANVISA em novembro de 2018 a suspensão temporária de fabricação da apresentação de 100 mg do medicamento Dramin® (dimenidrinato), na forma farmacêutica de comprimidos, por razões comerciais. • Reforçamos que as demais apresentações da família Dramin continuam disponíveis normalmente: Dramin® Capsgel (Cápsula Gelatinosa), Dramin® B6 (Comprimidos, Gotas e Injetável) e Dramin® (Injetável). • Reiteramos que a interrupção da comercialização das apresentações 100mg não ocasionará nenhum prejuízo ao tratamento dos pacientes, uma vez que as apresentações Dramin® Cápsulas Gelatinosas apresentam bioequivalência com a apresentação de Dramin comprimidos e atendem os mesmos padrões de eficácia terapêutica. ANVISA DETERMINA SUSPENSÃO DE LOTE FALSIFICADO OU ADULTERADO DO SOLIRIS - Eculizumab (nome comercial Soliris da Alexion Pharmaceuticals) • Anticorpo monoclonal que se dirige contra a fração C5 do sistema complemento. • Impedindo a destruição de hemácias pelo sistema complemento. • Hemoglobinúria paroxística noturna Sobre a suspensão - A ANVISA determinou a apreensão, suspensão da comercialização, da distribuição e do uso do lote 1001490 do medicamento Soliris (eculizumabe). • Segundo o órgão regulador, a ação foi motivada pelo fato de que o produto pode ser falsificado. “O lote 1000490 do medicamento Soliris, com validade em 07/22, é adulterado ou falsificado, dado que o lote original possui validade de 07/2020, conforme manifestação da empresa Alexion Brasil, mediante consulta ao fabricante internacional”. • De acordo com o órgãoregulador, essa identificação mostra que há uma infração do art. 62 da Lei 6.360 de 1976. • A medida foi divulgada pela Agência por meio da Resolução (RE) 1.568, de 15 de abril de 2021. • Na RE 1568/21, a Anvisa destaca que a medida aconteceu após manifestação da Alexion Brasil, mediante consulta ao fabricante internacional. Ou seja, a iniciativa partiu da empresa em notificar a Agência Sanitária. Vacina SPUTNIK V Não autorização - Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa decidiu, por unanimidade, não autorizar a importação em caráter excepcional da vacina russa Sputnik V, Decisão é baseada nos dados obtidos. Falta de dados consistentes e confiáveis. Quando os dados forem atualizados, nova análise será realizada. Dados obtidos para o embasamento da decisão- • Com base em dados levantados e avaliados pelas equipes técnicas: • Gerência- Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) • Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS) • Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária (GGMON). • Gerência-Geral de Portos, Aeroportos e Recintos Alfandegados (GGPAF) • Assessoria de Assuntos Internacionais (Ainte). Justificativas- Falhas e inconsistências • De acordo com a Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED).Foram identificadas falhas no desenvolvimento do produto, em todas as etapas dos estudos clínicos (Fases 1, 2 e 3). Também há ausência ou insuficiência de dados de controle de qualidade, segurança e eficácia. Falhas e inconsistências • Uma das informações mais preocupantes com relação à avaliação dos dados disponíveis até o momento • As células onde os adenovírus são produzidos para o desenvolvimento da vacina permitem sua replicação. • Isso pode acarretar infecções em seres humanos • Podendo causar danos e óbitos, especialmente em pessoas com baixa imunidade e problemas respiratórios, entre outros problemas de saúde. • Trata-se de um Organismo Geneticamente Modificado Replicante Não-conformidade grave Vetor é um vírus replicante- Não conformidade • Os medicamentos são projetados para atender os requisitos sanitários da legislação em vigor, de acordo com as Boas Práticas de Fabricação (BPF). • Quando um produto não cumpre uma ou mais especificações e requisitos estabelecidos configura-se uma Não Conformidade. • O Gerenciamento de Não Conformidades é parte essencial do Sistema de Gestão da Qualidade. Falhas e inconsistências- A principal advertência feita pela Anvisa é quanto à segurança do imunizante • Foi constatada a replicação do adenovírus usado como vetor da vacina Sputinik - considerado "um dos pontos críticos" da fórmula russa. • Para o gerente geral de medicamentos da agência, Gustavo Mendes, trata-se de "uma não-conformidade grave". • "Isso significa que o vírus que deve ser utilizado apenas para carrear o material genético do coronavírus para as células e assim promover a resposta imune, ele mesmo se replica”, declara Mendes. • “Esse vírus que era para ser só um vetor e não se replicar, ele, no seu procedimento de cultivo junto à célula, começa a se replicar. Ele readquire essa a sua capacidade” Esse aspecto foge dos padrões de qualidade recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos de Medicamentos para Uso Humano (International Council for Harmonisation of Technical Requirements for Pharmaceuticals for Human Use – ICH), seguidos pelas principais agências reguladoras do mundo, incluindo a Anvisa. Além disso, foram detectados estudos de caracterização inadequados da vacina • Inclusive com relação à análise de impurezas e de vírus contaminantes durante o processo de fabricação • Além de ausência de validação/qualificação de métodos de controle de qualidade. • Foi verificada, ainda, a ausência de testes de toxicidade reprodutiva, que permitem verificar se o produto pode ou não ser prejudicial às células reprodutivas. • Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária (GGMON). • Chamou atenção especialmente para a questão do desconhecimento de efeitos adversos de curto, médio e longo prazos decorrentes do uso da vacina. Fiscalização - Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS) • Falta de relatório técnico de aprovação do produto culminou na necessidade de inspeção presencial para permitir a avaliação das condições de fabricação das empresas envolvidas na produção do insumo farmacêutico biológico e da vacina. • Durante a visita • Não foram identificadas condições de fabricação que demonstrassem que os produtos são consistentemente fabricados e controlados, resultando em um produto com a qualidade requerida para o uso pretendido. • Em solo russo, foi negado à equipe de inspeção o acesso às instalações do Gamaleya, instituto desenvolvedor da vacina. Confiança- De acordo com a diretora Meiruze Freitas : A sociedade espera celeridade e responsabilidade da Anvisa na aprovação que garanta a qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos e vacinas . • As pessoas precisam ter a confiança no trabalho da Anvisa . • As vacinas são desenvolvidas e produzidas para salvar vidas • Por isso há a exigência de dados consistentes sobre o produto A diretora Cristiane Rose Jourdan Gomes reforçou • A análise feita pela equipe técnica parece não contemplar ainda o mínimo de dados suficientes que contraste com as inúmeras incertezas existentes. Diretor- presidente Antônio Barra Torres fez questão de reforçar • “..., no escopo da nossa competência, jamais permitiremos, sem que existam as devidas provas necessárias, que milhões de brasileiros sejam expostos a produtos sem a devida comprovação de sua qualidade, segurança e eficácia ou, no mínimo, em face da grave situação que atravessamos, uma relação favorável risco-benefício Lei 14.124/2021 • A avaliação do pedido de importação excepcional da vacina Sputnik V foi feita com base na Lei 14.124/2021 • Determinou que os entes que solicitarem autorização para uso emergencial e temporário de vacinas contra a Covid-19 devem apresentar uma série de informações à Anvisa. • Entre as exigências consta o relatório técnico da avaliação, emitido por determinadas autoridades sanitárias internacionais, capaz de comprovar que a vacina atende a padrões de qualidade, de eficácia e de segurança preestabelecidos. • Na ausência do relatório técnico, o prazo de decisão da Agência é de até 30 dias. • A avaliação também segue normas da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 476/2021. • A lei reconhece na Agência a competência para avaliar as solicitações dessa natureza. RDC Nº 304, DE 17 DE SETEMBRO DE 2019 • Dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de Transporte de Medicamentos. • Seção III - Do Sistema de Gestão da Qualidade • Art. 14. O Sistema de Gestão da Qualidade deve cobrir todos os aspectos que influenciam a qualidade dos medicamentos ou dos serviços prestados. • Art. 15. Os processos que impactam na qualidade dos medicamentos ou dos serviços prestados devem ser mapeados. • Parágrafo único. Os processos identificados no mapeamento devem ser precedidos e governados por procedimentos operacionais padrão, com a devida geração de registros. • Art. 16. As ações do Sistema de Gestão da Qualidade são de responsabilidade de toda a empresa e devem ser exercidas por todos os seus membros. • Art. 17. As divergências em relação aos requisitos expressos pelo Sistema de Gestão da Qualidade devem ser interpretadas e tratadas como não conformidades. Art. 18. A área responsável pelo Sistema de Gestão da Qualidade deve possuir autonomia hierárquica e recursos necessários para o exercício das seguintesfunções: • I - garantir a implementação e manutenção de um sistema da qualidade; • II - coordenar a gestão documental; • III - elaborar, revisar e aprovar formalmente os procedimentos operacionais padrão; • IV - adotar e manter programa de auto inspeções; • V - adotar e manter programas de treinamento iniciais e periódicos; • VI - supervisionar as atividades de recolhimento, incluindo simulações de recolhimento; • VII - receber e investigar as reclamações; • VIII - gerenciar os produtos devolvidos; • IX - implementar um sistema para controle e gerenciamento de mudanças; LII - sistema de Ação Corretiva e Ação Preventiva (CAPA) Implementação das ações definidas no plano de ação e, por último, se aplica à verificação da efetividade das ações (corretivas e preventivas) implementadas, ou para cessar a causa raiz de eventos passados (desvios, não conformidades, etc.), evitando-se reincidências, ou para prevenir a ocorrência de eventos futuros (desvios, não conformidades, etc.). Sistema de CAPA refere-se a um componente do sistema da qualidade que, conduzido de maneira consistente e eficaz pela empresa, tem o poder de auxiliar na promoção da melhoria contínua do sistema da qualidade farmacêutica; Certificações de Qualidade ISSO ( importante ) Representam uma forma de assegurar que empresas públicas ou privadas estejam aptas para fornecer um produto, serviço ou sistema conforme as exigências das agências reguladoras e dos clientes. A ISO: Organização Internacional para Padronização fundada em 1946 e sediada em Genebra, na Suiça. • Tem como foco a padronização e a normatização de sistemas para a garantia da qualidade dos processos internos em diferentes segmentos do mercado. No Brasil - A organização está ligada à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), instaurando um padrão que não só eleva a competitividade das empresas, mas redefine os procedimentos, tornando-a um referencial. ISO 9000 - É a série de normas mais famosas mundialmente. • Com atualizações recentes, esse grupo de regulamentos está voltado para a aplicabilidade do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) nas empresas. Além de ressaltarem o objetivo e os termos do sistema que devem ser considerados para a obtenção de melhorias na administração do negócio, as certificações de qualidade ISO 9000 oferecem meios para a implementação e o monitoramento contínuo de técnicas para a otimização de processos. Com foco na satisfação do cliente, a aplicação da ISO 9001 promove uma verdadeira mudança na cultura de uma instituição. • Isso acontece por conta da fundamentação da gestão interna, que passa a ter um fluxo de trabalho mais claro, registrado e estratégico. O conjunto ISO 9000 inclui as seguintes normas: • ISO 9001 -Orienta a empresa quanto à qualidade em todos os processos internos. • Sem dúvidas, essa norma está entre as mais específicas e desejadas pelas empresas, englobando também a 9002 e a 9003; • ISO 9004 -Determina a conduta para o sucesso, sustentado por orientações substanciais para a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade; • ISO 19011 –detém as instruções para auditorias de sistemas de gestão. Vantagens das certificações de qualidade ISO 9000- Dentre as principais vantagens da implementação da ISO 9000, podemos elencar: • Aumento da produtividade; • Redução de custos; • Garantia da qualidade dos processos; • Visão mais ampla do fluxo de trabalho; • A vantagem de se ter uma certificação de reconhecimento global; • Credibilidade e diferencial competitivo nas relações comerciais; • Segurança nos procedimentos e na tomada de decisões; • Engajamento e integração entre os funcionários, entre muitos outros benefícios. ISO 9001 - Sistema de gestão com o intuito de garantir a otimização de processos • Maior agilidade no desenvolvimento de produtos e produção mais ágil a fim de satisfazer os clientes e alcançar o sucesso sustentado. O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) funciona como um instrumento para ajudar o gestor a encontrar e corrigir processos ineficientes dentro da organização. Além disso, a ISO 9001 é uma forma de documentar a cultura da organização, permitindo que o negócio cresça mantendo a qualidade dos bens e serviços prestados. Por se tratar de um sistema é uma ferramenta que pode ser adotada por qualquer empresa, de qualquer porte • Por isso é a norma mais conhecida e adotada em todo o mundo pelas empresas de sucesso. ISO 9001 serve para melhorar a gestão da empresa e aumentar a satisfação dos clientes. É por isso que a adoção de um sistema de gestão é uma decisão estratégica da empresa. A melhoria da gestão da empresa acontece quando: Identificamos o contexto que a empresa está inserida; Obtemos uma visão holística da organização utilizando a abordagem de processos; Identificamos riscos que podem prejudicar o andamento das atividades; Medimos e avaliamos os resultados do desempenho e eficácia do processo; Asseguramos a melhoria contínua do processo; Monitorar continuamente a satisfação dos clientes. Indicadores de desempenho- Stakeholders de QualidadeStakeholders (partes interessadas) • Qualidade não é um valor absoluto. • Quando falamos sobre qualidade, sempre falamos sobre a percepção de qualidade. • Quem percebe a qualidade do produto ou serviço? • Consumidores e clientes finais • Consumidores: Consumidores finais ,Consumidores internos (nosso time e parceiros) , Reguladores • Pensando nos clientes finais, podemos ser ainda mais específicos e definir, por exemplo: • Clientes prospectivos • Clientes pagantes • Clientes fidelizados • Clientes de alto nível O que a indústria farmacêutica ganha implementando a ISO 9001? São os inúmeros os benefícios da implementação do sistema de gestão da qualidade em uma organização. • O principal deles é o diferencial competitivo que uma empresa que implementou e obteve a certificação passa a ter. • Conquistar a certificação representa um atestado de reconhecimento nacional e internacional à qualidade do trabalho, pois a norma assegura boas práticas de gestão e relacionamento entre clientes e fornecedores. • Além disso, possibilita maior desenvolvimento dos colaboradores, serve como alavanca na busca pela qualidade total, propicia condições para maior competitividade no mercado, otimização de processo e a redução de custos. Mas por que se fala tanto em “diferencial competitivo”? Com a implementação e a certificação, uma empresa consegue: • Produção mais ágil com processos mais inteligentes; • Planejar e controlar de forma sistemática as rotinas de trabalho (padronização e definição de responsabilidades), eliminando retrabalho e dando mais agilidade aos processos; • Reduzir custos com maior produtividade; • Melhorar a comunicação, a moral e a satisfação dos colaboradores no trabalho; Aumentar as oportunidades de mercado, já que muitas empresas grandes só compram de fornecedores que têm o selo ISO 9001; Melhorar a imagem da empresa; Reduzir riscos e melhorar a relação com fornecedores e investidores; Desenvolver fornecedores: o reflexo da certificação sobre os fornecedores é notável, e eles passam a submeter-se a especificações mais precisas e parâmetros de qualidade mais rígidos, aumentando a confiabilidade do seu produto/serviço. Todo mundo ganha no final das contas: o cliente por ter produtos e serviços conformes, o mercado por elevar o nível da competição e a empresa que terá uma margem de lucratividade maior. A ESTRUTURA DA ISO 9001-A ISO 9001 na versão em Português pode ser comprada no site da ABNT e possui a sua estrutura baseada na Estrutura de Alto Nível das normas ISO. • Isso quer dizer que é compatível com outras normas de sistema de gestão facilitando a sua integração.• A estrutura da norma é: • Prefácio • Introdução • 1. Escopo • 2. Referências normativas • 3. Termos e definições • 4. Contexto da Organização • 5. Liderança • 6. Planejamento • 7. Apoio • 8. Operação • 9. Avaliação de desempenho • 10. Melhoria • Anexo A • Anexo B • Bibliografia • Apesar de extenso, os itens que são cobrados na implementação são do 04 ao 10. AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO ISO 9001- Para uma organização obter a certificação, ela precisa passar por uma auditoria de certificação. Este processo cabe aos organismos de certificação (ou certificadores), que são reconhecidas pelo IAF (International Accreditation Forum). No Brasil, o representante do IAF é o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Todas as organizações, de qualquer ramo de atividade ou porte podem certificar na ISO 9001. O que a empresa precisa fazer para certificar na ISO 9001? • Em primeiro lugar, precisa implementar todos os requisitos da ISO 9001. • Ao finalizar essa primeira etapa, deve passar por uma auditoria interna que vai analisar a necessidade de ajuste e depois vai contratar um organismo de certificação que emitirá o selo, após nova auditoria para identificar se todos os requisitos da ISO 9001 estão conformes. • A ISO 9001 tem validade de 03 anos e deve passar por auditorias anuais para garantir a integridade do sistema de gestão. Gerenciamento de riscos - O tema é amplamente divulgado pelo Conselho Internacional de Harmonização de Fármacos para Uso Humano (ICH) e pela ANVISA com as inúmeras RDCs pertinentes à área. Para o setor farmacêutico é algo, relativamente “inédito” que sempre deixa os profissionais da área de garantia da qualidade apreensivos • Principalmente devido às dificuldades na compreensão e implementação das ferramentas. A área farmacêutica ainda tem grande dificuldade em elaborar uma análise de risco com a utilização de ferramentas da qualidade adequadas • Mais ainda tendo que gerenciar uma atividade que será o coração das Boas Práticas de Fabricação. ISO 14000 - Com base na série 9000, mas direcionada para propósitos diferentes A ISO 14000 estabelece diretrizes para garantir a boa implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) entre as empresas. Ao convergir esforços para questões sustentáveis, as certificações dessa família asseguram o equilíbrio e a proteção ambiental. Isso ocorre por meio da prevenção de problemas que podem afetar a sociedade e a economia. Se uma empresa obtém o certificado ISO 14000, ela precisa estar comprometida com toda a legislação ambiental prevista em seu país. Uma vez que conquista a certificação, a organização atesta sua preocupação com a natureza e demonstra suas responsabilidades ambientais em padrões mundiais. Não basta estar de acordo com as leis ambientais do país. Trata-se de uma reorganização da corporação, levando-se em conta padrões que determinam a melhoria contínua de processos pelo treinamento de seus funcionários. Assim, a companhia estará pronta para encontrar soluções para todos os problemas que pode vir a causar ao meio ambiente, reduzindo seu impacto ambiental. O conjunto ISO 14000 inclui as seguintes normas: Prof. Me. Fellipe José Gomes Queiroz ISO 14001: se responsabiliza pelo Sistema de Gestão Ambiental (SGA); ISO 14004: se responsabiliza pelo SGA, sendo voltada para o uso interno da instituição; ISO 14010: se responsabiliza pelas Auditorias Ambientais. ISO 14031: se responsabiliza pelo Desempenho Ambiental. ISO 14020: se responsabiliza pela Rotulagem Ambiental. ISO 14040: se responsabiliza pela Análise do Ciclo de Vida. Selos de responsabilidade socioambiental Importância Mundial Complementares à ISO 14000- Evento da União Europeia para público jovem durante a COP25, em Madri, em que se abordou o acordo verde europeu Herbarium é a primeira farmacêutica a conquistar o Selo B no Brasil- Certificação internacional reconhece compromisso da empresa em ser um modelo de negócios transparente que mede seus impactos sociais e ambientais. • A empresa 100% brasileira e com 35 anos de história focada no segmento de fitoterápicos no país, a Herbarium acaba de receber da organização norte-americana sem fins lucrativos B-Lab, o selo B que atesta o compromisso da empresa de ser social e ecologicamente responsável. • O Selo B, que tem validade de 2 anos. • Em 2020 a Herbarium também foi reconhecida com o selo Great Place To Work (GPTW) como uma das melhores empresas para trabalhar. Responsabilidade ambiental e o selo FSC® FSC®é a sigla de Forest Stewardship Council, uma expressão inglesa que, em Português, significa "Conselho de Manejo Florestal". Trata- se de uma organização independente, sem fins lucrativos, fundada em 1993 para garantir a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável das florestas em todo o planeta. O FSC® Brasil foi criado em 2001 para garantir a certificação no país. As vantagens atingem desde a floresta e as empresas do ramo, até revendedores e o consumidor final. A ISO 17025 trata da certificação de laboratórios de calibração e de ensaio. A acreditação é dada para um escopo, conforme os serviços prestados e a capacidade de medição. Sendo assim, esse certificado funciona como uma comprovação de que determinado laboratório realiza suas tarefas com precisão, obtendo resultados de alta qualidade. De maneira semelhante à obtenção das certificações de qualidade ISO 9000 ou ISO 14000, para conquistar o selo final, a empresa é obrigada a passar por várias auditorias. No caso da ISO 17025, a análise é composta por critérios rigorosos, assegurando que o laboratório avaliado se encaixe, de fato, em um padrão internacional. Por outro lado, o cliente que contrata uma organização acreditada por essa norma se sente mais seguro e satisfeito. Isso porque a pessoa sabe que o laboratório é adequado para o controle e a análise das amostras, segundo as padronizações ambientais e de segurança. Todos os técnicos são preparados para realizar a coleta e a análise das amostras de resíduos seguindo os parâmetros da norma. Eles recebem constantes qualificações. Por fim, a última da lista de certificações de qualidade ISO trata da gestão e da conservação de energia, uma área essencial para a indústria. Em um cenário econômico dificultado, a escalada de preços da energia leva as pessoas a procurarem por novas maneiras de diminuir custos e melhorar o desempenho ambiental. Com essa realidade no mercado, a ISO 50001 surge como um auxílio para as organizações que desejam aprimorar o desempenho em energia, aumentando a eficiência energética e reduzindo as mudanças climáticas. A implementação de um Sistema de Gestão de Energia dentro das diretrizes dessa ISO pode trazer ganhos não só para plantas industriais, mas também para instalações comerciais e até mesmo para empresas inteiras. ISO 50001 - Ao definir um sistema reconhecido pelo mundo todo, integrando a eficiência energética às práticas de gestão e produção das empresas, podemos listar os seguintes benefícios consequentes: • Melhor utilização dos ativos consumidores de energia; • Claridade e comunicação da gestão da fonte de energia; • Melhorias nas práticas na gestão de energia; • Verificação e priorização de novas tecnologias de energia eficiente; • Promoção da eficiência energética pela cadeia de fornecedores; • Melhorias em projetos para diminuir emissões dos gases do efeito estufa
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