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DIREITO CONSTITUCIONAL - GARANTIAS E VEDAÇÕES

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José Afonso da Silva classifica as garantias em Institucionais e Funcionais. 
 
 
 
 
 
• Garantias Institucionais: 
Protegem toda a estrutura do Poder Judiciário. 
Exemplos: 
- Crime de responsabilidade do Presidente por atos 
que atentem contra o livre funcionamento do Poder 
Judiciário (Art. 85, II) 
- Autonomia Organizacional e Administrativa (Art. 
96) 
- Autonomia Financeira (Art. 99) 
• Garantias Funcionais (Art. 95 da CF/88): 
Protegem aqueles que exercem as funções em 
cada órgão. 
- Vitaliciedade; 
- Inamovibilidade; 
- Irredutibilidade dos vencimentos. 
 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
• I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será 
adquirida após dois anos de exercício, dependendo 
a perda do cargo, nesse período, de deliberação do 
tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais 
casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
• II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse 
público, na forma do art. 93, VIII; 
• III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o 
disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, 
III, e 153, § 2º, I. 
 
 
 
 
• Vitaliciedade: 
Significa dizer que o magistrado (e, como veremos, os 
membros do Ministério Público e do Tribunal de 
Contas) só perderá o cargo (uma vez vitalício) por 
sentença judicial transitada em julgado, sendo-lhe 
asseguradas todas as garantias inerentes ao processo 
jurisdicional. 
Ao contrário dos magistrados, os demais servidores 
públicos são estáveis, ou seja, podem perder o cargo 
não só por decisão judicial como também por processo 
administrativo e mediante procedimento de avaliação 
periódica de desempenho. 
A vitaliciedade, em primeiro grau de jurisdição, só será 
adquirida após 2 anos de efetivo exercício do cargo, 
desde que, naturalmente, o magistrado supere o 
denominado estágio probatório. 
Nos 2 primeiros anos, para o juiz, que ingressou na 
carreira por meio de concurso de provas e títulos, 
ocupando o cargo de juiz substituto (art. 93, I), a perda 
do cargo dependerá de deliberação do tribunal a que 
estiver vinculado (art. 95, I). 
Todos os membros dos tribunais têm a garantia da 
vitaliciedade, independentemente da forma de acesso. 
Mesmo um advogado ou membro do MP que integre a 
carreira da Magistratura, por exemplo, através da regra 
do quinto constitucional art. 94, ou o cidadão que 
preencha os requisitos constitucionais para ser 
escolhido e nomeado Ministro do STF (art. 101, CF/88), 
no exato momento da posse adquirirão a vitaliciedade, 
não tendo de passar por qualquer estágio probatório. 
 
@juuliaferrazz 
 
 
 
 
 
• Inamovibilidade: 
Assim, desde a posse, o juiz substituto deve ter a garantia de não ser removido para fora da unidade judiciária em que 
está formalmente lotado. Trata-se de unidade de competência judicante, adstrita a uma base territorial geograficamente 
determinada e predefinida. 
O que não se pode aceitar é a remoção indistinta do juiz substituto para circunscrições diversas, com o risco de 
perseguição do magistrado e flagrante violação, inclusive, ao princípio do juiz natural. 
Garante-se ao juiz a impossibilidade de remoção, sem seu consentimento, de um local para outro, de uma comarca para 
outra, ou mesmo sede, cargo, tribunal, câmara, grau de jurisdição. 
Essa regra não é absoluta, pois, como estabelece o art. 93, VIII, na redação dada pela EC n. 103/2019, o magistrado 
poderá ser removido (além de colocado em disponibilidade), por interesse público, fundando-se tal decisão por voto da 
maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa. 
 
• Irredutibilidade dos vencimentos: 
O subsídio dos magistrados (forma de remuneração, consoante a EC n. 19/98) não poderá ser reduzido, garantindo-se, 
assim, o livre exercício das atribuições jurisdicionais. 
O STF já se pronunciou no sentido de tratar-se de garantia nominal, e não real, ou seja, os magistrados não estão livres 
da corrosão de seus subsídios pela inflação. 
Tal como se verifica para os servidores públicos em geral, o subsídio mensal dos membros do Judiciário, incluídas as 
vantagens pessoais ou de qualquer natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF.

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