Buscar

resenha final THS1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

NORDESTE AÇUCAREIRO: O AÇÚCAR EM SERGIPE NO SÉCULO XIX
Débora Evelin Santos Rodrigues
“Nordeste Açucareiro: desafios num processo do vir-a-ser capitalista” (Aracaju: Universidade Federal de Sergipe, 1993, 321 páginas), da professora e historiadora sergipana Maria da Glória Santana de Almeida, tratada carinhosamente pelos seus educandos como “Professora Glorinha”, foi docente de História Antiga e Medieval da Universidade Federal de Sergipe. 
O livro divide-se em duas partes, onde a escritora aborda sobre a monocultura do açúcar na região nordeste do país, mais precisamente na província de Sergipe Colonial. A obra contém 7 capítulos, e está dividido em duas partes, onde ela faz uma análise na economia canavieira sergipana durante as décadas de 1830 até a expansão do capitalismo. 
A intenção ao analisarmos a obra em questão é de entendermos o porquê que os indígenas que ainda existirão neste período – século 19 – da história de Sergipe, “desapareceu” do território sergipano e o que levou a essa “extinção’.
A primeira parte do livro denominada Configuração da Realidade Regional explicita os problemas do açúcar nesta região, e aborda algumas questões sobre a situação financeira, enfrentada pelos os senhores de terras e seus engenhos na década de 1830. Ao lê-lo pude perceber que a professora Santana Almeida foca bastante nos “elitistas”, que trata a questão da terra como algo de fundamental importância para os capitalistas. 
Percebemos também, como foi que se deu o desaparecimento do índio na província sergipana e o porquê disto. Para os canaviais poderem se expandirem no território, muitas das terras pertencentes a população original sergipana – os índios – foram tomadas a força pelos os senhores indígenas locais, além do que muitos índios terem sido mortos durante os conflitos, muitos fugiram ou se suicidaram-se e poucos deles se “renderam” aos senhores.
Já na segunda e última parte deste, que a própria autora chama de Um estudo de caso: A Província de Sergipe, e a qual ela aborda mais sobre a monocultura sergipana e a formação do Estado de Sergipe, a docente Maria da Glória traz uma visão mais ampla do processo social ocorrido no século XIX, onde comprova algumas situações ocorridas em todo o Nordeste. Podemos perceber nesta parte, que ela expõe a formação e o desenvolvimento da região sergipana, que se deu através das sesmarias que alguns elitistas locais manteve nesta região e em algumas outras localidades. 
Nessa parte a escritora retoma a falar sobre as mãos-de-obra utilizada nessas lavouras do século XIX. Destaca o cenário inicial da distribuição de terras na província, que foi desde das sesmarias até outros meios como arredamentos e o apossamento destas (sem nenhuma base legal), e o que colaborou para centralizar as terras ainda mais, nas mãos de algumas poucas famílias, com o propósito de cultivar a cana-de-açúcar na região nordestina.
O livro todo em si, é voltado para a questão econômica sergipana na época colonial, a autora foca muito somente nestas questões, faz muito “arrodeio”, o que torna o livro em alguns momentos muito enfadonho e cansativo em vários momentos, foca bastante na população elitista e esquece de certa forma de falar, da população mais pobre como por exemplo, os indígenas. Sabemos, pois que eles são agentes indiretos da história sergipana. Mais o livro é bastante útil, pois conhecemos uma parte da história local, que não é ensinado em livros didáticos.
Para finalizar, a escritora realiza um apanhado dos fatos históricos e principalmente econômicos que foram importantes para a formação do estado sergipano, ela aponta de forma muito minuciosa (o que torna a leitura cansativa, para quem não está acostumado a ler algum livro sobre o início da história da economia local), como se deu a organização da agricultura canavieira do Nordeste Brasileiro. Esta resenha foi escrita para a disciplina de Temas de História de Sergipe I, da Universidade Federal de Sergipe do Curso de História Licenciatura Plena.
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, Maria da Glória S. de. Nordeste açucareiro: desafios num processo de vir-a-ser capitalista. Aracaju: UFS; SEPLAN; Banese, 1993.
Blog Augusto Oliveira. História de Sergipe. Disponível em: http://augufs.blogspot.com.br/2012/03/maria-da-gloria-santana-de-almeida-uma.html
Acessado em 31/08/2014 às 15:13
Blog Nos Caminhos da História. Disponível em: http://valerianoscaminhosdahistoria.blogspot.com.br/2013/08/resenha-nordeste-acucareiro-1840-1875.html Acessado em 31/08/2014 às 15:30

Continue navegando