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FISIOLOGIA REPRODUTIVA DAS FÊMEAS Embriologia Sistema reprodutivo fetal - É composto por: 2 glândulas sexuais não diferenciadas 2 pares de ductos: Muller e Wolff Seio urogenital Tubérculo genital Pregas vestibulares - Tanto os ductos de Wolff quanto os de Müller estão presentes no embrião, pois até certo período não há diferenciação sexual. Após a diferenciação sexual os ductos de Wolff e de Müller dão origem a diferentes partes do sistema reprodutor masculino e feminino Fêmea: os ductos de Müller desenvolvem-se dando origem ao útero, a gônada indiferenciada da origem aos ovários e o tubérculo genital da origem à cérvix, vagina, vestíbulo e vulva Macho: os ductos de Wolff desenvolvem-se dando origem ao epidídimo e ducto deferente, a gônada indiferenciada da origem aos testículos e o tubérculo genital da origem as glândulas acessórias - O sexo genotípico é definido na fecundação XX Fêmea XY Macho (Região SRY) - O sexo gonadal é definido após uma certa quantidade de semanas, quando o embrião sofre uma diferenciação sexual Fêmea: 45 dias de gestação - Dif. Passiva: não precisa ter um indutor para que a diferenciação acontece, apenas a junção de dois cromossomos X Macho: 35 dias de gestação - Dif. Ativa: precisa da região SRY para ter o desenvolvimento da gônada masculina Sexagem fetal na espécie equina - Só é feita entre 59 a 68 dias, que é quando ocorre a migração do tubérculo genital. Nas fêmeas o tubérculo migra para a região mais inguinal, e nos machos o tubérculo migra para a região mais central do abdômen Antes de 59 dias o feto ainda é muito pequeno e o tubérculo não foi migrado Após 68 dias há muito líquido amniótico, o que dificulta localizar o feto Sistema reprodutor feminino Composição - Clitóris, vulva, vestíbulo da vagina, vagina, cérvix, útero (corpo e cornos), ovidutos e ovários Vaca – útero em forma de W - O sistema reprodutor da vaca possui o desenvolvimento de fibras musculares mais evidentes do que outras espécies, o que torna o animal mais resistente ao parto - A conformação dos seus cornos uterinos são mais ventrais no abdômen. Na palpação ao palpar o corpo do útero também dá para sentir os cornos uterinos, já os ovários são pequenos e ficam mais escondidos através dos cornos - A cérvix da vaca é fácil de ser palpada por ter anéis cartilaginosos Porca - útero em forma de intestino delgado - Como é um animal que tem uma prole muito grande acaba que seu útero tem um desenvolvimento maior - Seus ovários parecem cachos de uva, pois as quantidades de folículos produzidos são maiores que outras espécies Égua - útero em forma de T - A cérvix da égua não tem anéis cartilaginosos como nas vacas, a cérvix dela é lisa o que dificulta mais a palpação - Na palpação o que é sentido não são os cornos uterinos como nas vacas, o que é sentido aqui é o corpo do útero onde indo para as laterais será tocado os ovários Cadela - útero em forma de V - Possui um útero mais fino, porém os cornos são bem extensos devido a quantidade da prole desses animais - Nas outras espécies quando há contaminação uterina a cérvix fica aberta para que o conteúdo seja expulso. Já em cadelas muitas vezes não há o reflexo de abrir a cérvix e nesse caso desenvolvem uma piometra fechada. Ovários - Desempenha funções gametogênicas e endócrinas Gametogênica: produção de oócitos Endócrina: produção de estrógeno pelo folículo e progesterona pelo corpo lúteo - É a unidade funcional do sistema reprodutor feminino, produzindo os folículos e o corpo lúteo - O tamanho do ovário varia ao longo do ciclo estral. Quando o animal está ciclando eles ficam maiores, e quando o animal está anestro ou diestro eles ficam menores Folículos - A foliculogênese é o processo de formação, crescimento e maturação folicular começando com a formação do folículo primordial e culminando com o estádio de folículo de Graaf ou pré-ovulatório - A produção de folículos primordiais e oócitos acontecem ainda na vida embrionária da fêmea, onde depois só retornam novamente na puberdade Uma bezerra já nasce com cerca de 150.000 folículos primordiais Passam por mitose e meiose assim como os sptz - Como essa imagem é do folículo de uma ave ela possui o cúmulo ovígero para dar origem posteriormente a bolsa de ar do ovo - As estruturas do folículo são: Teca externa: não possui nenhuma função endócrina, servindo apenas de proteção Teca interna: possui função andrógena, produzindo testosterona e androstenediona, onde ambos são hormônios que são convertidos pelas células da granulosa em estrógeno Células da granulosa: converte os hormônios liberados pela teca interna em estrógeno Antrum: É o líquido do interior do folículo que possui função de proteção e nutrição do oócito Coroa radiana: é uma camada de células foliculares que circundam a zona pelúcida e o oócito - Na puberdade com o estimulo do LH e FSH os folículos passam por algumas fases Folículos Primordiais: são formados ainda na vida embrionária Folículos Primários: são maiores e mais diferenciados que os folículos primordiais, possuindo mais células da granulosa Folículos Secundários: são folículos ainda em crescimento, onde a quantidade de células da granulosa já está maior que o folículo primário e possuem a zona pelúcida já evidente Folículos Terciários: Já há a formação do antrum Folículo de Graaf (pré-ovulatório): já estão pré- ovulados, ou seja, já estão em processo de liberação do oócito, possuindo função celular e endócrina. - Quando o oócito é liberado fica uma espécie de “ferida” na região, que para ser cicatrizada recebe o estimulo do LH para formação do corpo hemorrágico (primeiro estágio de cicatrização) que evolui para o corpo lúteo, o qual é responsável pela produção de progesterona, principal hormônio da gestação. - Se o óvulo que foi liberado não for fecundado o corpo lúteo para de produzir progesterona e entra em atresia e luteólise através da ação da prostaglandina. - Com os níveis de progesterona diminuindo no organismo há um feedback no hipotálamo que libera GnRH para estimular a hipófise a liberar LH e FSH para uma nova onda folicular aconteça Hormônios atuantes GnRH: Hormônio Liberador de Gonadotrofinas. - Estimula a hipófise a liberar LH e FSH - É liberado pelo hipotálamo FSH: Hormônio Folículo Estimulante. - Tem a função de estimular o crescimento folicular - É liberado pela hipófise LH: Hormônio Luteinizante - É responsável tanto pela ovulação quanto pela luteinização - Atua diretamente induzindo na ovulação e após essa ovulação é responsável pela formação do corpo hemorrágico e posteriormente corpo lúteo. - É liberado pela hipófise E2: Estrógeno - É responsável pelas características de cio do animal - É produzido pelo próprio folículo através das células da granulosa que convertem testosterona e androstenediona em estrógeno P4: Progesterona - Principal hormônio de manutenção da gestação - É produzido pelo corpo lúteo PGF2α: Prostaglandina - Quando não há fecundação atua destruindo o corpo lúteo e consequentemente estimulando uma nova onda folicular - É produzida pelo útero Inibina - Responsável por inibir os folículos adjacentes, pois na onda folicular apenas o folículo maior é quem se desenvolverá para ser um folículo pré-ovulatório, então para que os outros não cresçam a inibina atua neles - Produzida pelas células da granulosa Eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal - O hipotálamo libera GnRH que irá atuar na hipófise estimulando a liberação de LH e FSH - O FSH é quem induz a onda de crescimento folicular onde o folículo que se destaca diante os outros começa a liberar inibina para cessar o crescimento dos demais - Com o folículodominante crescendo através do estimulo do FSH suas células da granulosa vão aumentando de quantidade, e como elas são as responsáveis pela produção de estrógeno significa que quanto mais desenvolvido o folículo estiver mais estrógeno ele estará liberando o que dará características de cio ao animal - Após a ovulação o corpo lúteo é formado a partir do LH (6 h pós ovulação). Com a formação desse corpo lúteo há altos níveis de P4 no organismo, o que gera um feedback negativo para o hipotálamo para que cesse a produção de GnRH - Quando não há gestação a partir do dia 14 e 15 há a liberação de PGF2α pelo útero que quebra o corpo lúteo, diminuindo assim os níveis de P4 - Com a queda da P4 há um feedback positivo para o hipotálamo liberar GnRH e estimular a produção que LH e FSH, onde esse último irá estimular uma nova onda folicular que irá produzir estrógeno e estimular as características de cio da fêmea, o LH irá atuar na ovulação e posteriormente na luteinização. Características do cio - Muco vaginal, as fêmeas sobem umas em cima das outras, levantamento de cauda, movimentação do clitóris, micção mais frequente Fotoperíodo - Éguas e vacas: são de dias longos, ou seja, precisam de pouca quantidade de melatonina para ciclarem - Cabras e ovelhas: são de dias curtos, ou seja, precisam de maiores quantidades de melatonina para ciclarem Corpo lúteo - Desenvolve-se após ovulação, sendo formado através da degeneração das células da teca e hipertrofia e luteinização das células da granulosa - Responsável pela produção de progesterona - São classificados: hemorrágico, albicans e gravídico - O corpo lúteo hemorrágico é aquele já começa a ter o processo de luteinização - O corpo lúteo albicans é aquele que já está em processo de finalização, perto da luteólise - O corpo lúteo cavitário são aqueles que ainda possuem um pouco de líquido dentro do seu interior, mais característico de ruminantes - O corpo lúteo gravídico é aquele que já está fechado liberando P4 Regressão: Sem fertilização em torno de 14 a 15 dias da ovulação o corpo lúteo regride - Corpus albicans Luteólise: Através da ação da prostaglandina liberada pelo útero há uma redução do suprimento sanguíneo (vasoconstrição) que leva a morte do corpo lúteo Ovidutos - Funções: Receber e transportar o embrião Transportar o sptz Ambiente adequado p/ fecundação. - Divisão: Infundíbulo – é onde chega o oócito (fimbrias) Ampola – onde ocorre a fecundação Istmo – transporte do oócito fecundado até o útero Útero - Funções: Reconhecimento materno-fetal Gestação e desenvolvimento do feto Função endócrina – liberação de Prostaglandina; Transporte de sptz até o oviduto. - É dividida em cérvix, corpo e cornos uterinos. Cérvix - É a primeira parte do útero - Fica fechada a maior parte do tempo, ficando aberta apenas no cio, parto e infecções - Em ruminantes possui anéis cervicais. - Suas funções são: Transporte espermático; Reservatório de sptz Filtro – seleção de sptz viáveis. Proteção do útero. Vagina - É a porção cranial do órgão copulatório - Parede umedecidas - Transudado do epitélio vaginal - Muco cervical - Secreções endometriais. Vestíbulo da vagina - É a porção caudal do órgão copulatório - Vai do óstio externo da uretra até a vulva externa - Possui função reprodutiva e urinária - Menor que a vagina - Glândulas vestibulares Vulva - É formada por dois lábios, comissura vulvar e o clitóris, sendo situada em uma fossa - Homologo feminino do pênis - Situado em uma fossa
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