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SOCIEDADE E TUTELA JURÍDICA (TGP)

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PALMAS-TO 2022 
 
SOCIEDADE E DIREITO 
 
• Sociedade, em seus vários graus de 
desenvolvimento, inclusive os mais 
primitivos, sempre esteve erigida segundo 
regras de convivência. 
• Aristóteles: “O homem é um animal político, 
que nasce com a tendência de viver em 
sociedade”. 
• A razão dessa correlação entre sociedade e 
direito está na função ordenadora que este 
exerce naquela representando o canal de 
compatibilização entre os interesses que 
manifestam na vida social, de modo a traçar 
as diretrizes, visando prevenir e compor os 
conflitos que brotam entre seus membros. 
• O direito tem a sociedade como, ao mesmo 
tempo, área de atuação e fonte criadora. 
• Logo, não há sociedade sem direito. 
 
CONFLITOS E INSATISFAÇÕES 
 
• Ponto incontroverso que necessitamos viver 
em sociedade, por isso nos força a agir no 
sentido de que devemos servir á realização 
de um processo social determinado. 
• A existência do direito regular não pode 
assegurar que, entra elas não existam os 
conflitos. 
• “A eliminação dos conflitos ocorrentes na 
vida em sociedade pode-se verificar por obra 
de um ou ambos os sujeitos de interesses 
conflitantes, ou por ato de terceiros.” 
• Isso mostra que o conflito nasce da 
inefetividade das normas de direção das 
condutas, ou seja, o conflito nasce quando 
falha a função de direção das condutas (os 
 
 
destinatários das regras deixam de observa-
las) 
• O direito oferece não só regras que servem 
de critérios para dirimir o conflito, como 
também as chamadas regras processuais. 
• Com isso, o sistema contempla: normas 
substancias (Direito Material) e normas 
secundárias ou instrumentais (Direito 
Processual). 
 
Da Autotutela a Jurisdição 
 
• Segundo a história, o primeiro modo de tratar 
os conflitos sociais nasce com a autotutela 
(fase da barbárie), na qual os indivíduos 
realizavam sua própria justiça, impondo-a 
mediante a força. 
• “Assim, quem pretendesse alguma coisa que 
outrem o impedisse de obter haveria de, com 
sua própria força e na medida dela, tratar de 
conseguir, por si mesmo, a satisfação de sua 
pretensão. A própria repressão aos atos 
criminosos se fazia em regime de vingança 
privada e, quando o Estado chamou para si o 
jus punitionis, ele o exerceu, inicialmente 
mediante seus próprios critérios e decisões, 
sem a interposição de órgãos ou pessoas 
imparciais independentes e desinteressadas” – 
TGP Cândido Dinamarco e outros 
• Séculos e séculos, chegamos à JURISDIÇÃO 
(ESTADO), como o modo correspondente ao 
estágio mais civilizado. 
• O Estado se fez substituir ao indivíduo na 
tutela de seus interesses, vedando a justiça 
privada, retira do indivíduo a possibilidade de 
buscar por suas próprias forças a resolução 
dos conflitos. 
Maria Julia B. B. Queiroz 
PALMAS-TO 2022 
• Com isso o ESTADO/JURISDIÇÃO assume, 
o poder/dever de solucionar os conflitos 
sociais, mantendo a paz social. E o passo 
importante foi a garantia do DUE PROCESS 
OF LAW, cuja origem remonta à Magna 
Carta (1215), pois esta impedia que qualquer 
pessoa fosse privada de seus bens ou de sua 
liberdade sem que fosse o observado o devido 
processo legal, ficando proibida, portanto, a 
autotutela. 
 
 
• SITUAÇÕ EXCEPCIONAIS: A) artigo 25 do 
CP–legítima defesa; B) artigo 1210, par 
ágrafo 1º, Código Civil, no desforço 
possessório conferido ao possuidor turbado 
C) artigo 578, Código Civil, no direito de 
retenção do locatário; D) artigo 644, Código 
Civil, o depositário etc. 
 
A FUNÇÃO ESTATAL 
PACIFICADORA 
 
 
• Capacidade que o Estado tem, de decidir 
imperativamente e impor decisões. 
• São três ordens os escopos visados pelo 
Estado no exercício dela: sociais, políticos e 
jurídico. 
• O objetivo síntese do Estado contemporâneo 
é o bem-comum e, quando se passa ao estudo 
da jurisdição, é lícito dizer que a projeção 
particularizada do bem comum nessa área é a 
pacificação com justiça. 
 
MEIOS ALTERNATIVOS DE 
PACIFICAÇÃO SOCIAL 
 
 
• Os principais meios alternativos de solução 
de conflitos são: a conciliação, a mediação e 
o arbitramento. 
• As principais características de tais meios de 
solução de conflitos são a ruptura com o 
formalismo processual, a gratuidade e a 
delegalização. 
• A conciliação pode ser extraprocessual ou 
endoprocessual. Em ambos os casos, visa a 
induzir as próprias pessoas em conflito a ditar 
a solução para a sua pendência. 
→ O conciliador procura obter uma 
transação entre as partes (mútuas 
concessões), ou a submissão de um à 
pretensão do outro (no processo civil, 
reconhecimento do pedido: v. art.269, 
ic.V). Tratando-se de conciliação 
endoprocessual, pode-se chegar ainda a 
mera desistência da ação, ou seja, 
revogação da demanda inicial para que o 
processo se extinga sem que o conflito 
receba solução alguma (Art. 267, inc. 
VIII) (Ada Pellegrino Grinover). 
• A mediação é semelhante à conciliação. Os 
interessados utilizam a intermediação de um 
terceiro para chegarem à pacificação de seu 
conflito. 
• A distinção entre conciliação e mediação 
está no método, a conciliação busca 
sobretudo o acordo entre as partes enquanto 
a mediação trabalha o conflito. 
• Já a arbitragem só se admite em processo 
civil. É regida pela lei material e pelo Código 
de Processo Civil. 
AUTOTUTELA, AUTOCOMPO-
SIÇÃO E ARBITRAGEM NO 
DIREITO MODERNO 
• De acordo com Ada Pellegrino Grinover a 
autotutela é, em alguns casos, admitida no 
atual direito brasileiro. Assim, pode ser usada 
nos casos de “direito de retenção (CC, arts. 
578, 644, 1.219, 1.433, inc. II, 1.434 etc), o 
deforço imediato (CC, art 1.210, § 1º), 
• O direito de cortar raízes e ramos de árvores 
limítrofes que ultrapassem a extrema do 
prédio (CC, art. 1.283), a autoexecutoriedade 
das decisões administrativas e os atos que, 
apesar de serem tipificados como crimes, 
sejam realizados em legítima defesa ou estado 
de necessidade (CP, arts. 24-25; CC, arts. 188, 
929 e 930).” 
 
PALMAS-TO 2022 
• A autocomposição só é admitida quando se 
trata de direito disponível (aquele que não é 
indisponível). 
• Quando o direito for disponível admite-se a 
autocomposição em qualquer uma das suas 
três formas clássicas: transação, submissão e 
desistência. 
CONTROLE JURISDICIONAL 
INDISPENSÁVEL 
• Quando se tratam dos direitos indisponíveis 
como os direitos da personalidade que estão 
relacionados à pessoa e à sua dignidade, a 
autocomposição não poderá ser usada. 
• O princípio nulla poena sine judicio proíbe 
qualquer pena sem que antes tenha se 
realizado um processo. 
• No Brasil, o ordenamento vigente contempla 
a transação em matéria penal, com base na 
previsão Constitucional (Const,. Art 98,inc.I) 
→ Podendo o autor do fato submeter-se 
voluntariamente á pena não privativa 
da liberdade. 
ACESSO Á JUSTIÇA 
• Tem-se que o acesso à justiça não é somente 
a mera admissão do processo ou a 
possibilidade de ingresso em juízo. 
• Para que haja o verdadeiro acesso à justiça é 
indispensável que o maior número possível de 
pessoas seja admitido a demandar e defender-
se adequadamente. 
REFERÊNCIAS 
• https://morumbidireito.files.wordpress.com/2
015/03/cintra-antonio-carlos-araujo-
grinover-ada-pellegrini-dinamarco-
cc3a2ndido-rangel-teoria-geral-do-processo-
26c2aa-ed-sc3a3o-paulo-malheiros-2010.pdf 
• https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-
conceito-animal-politico-aristoteles.htm 
• https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/
194/edicao-1/teoria-geral-do-
processo#:~:text=A%20Teoria%20Geral%20
do%20Processo%20%C3%A9%2C%20em%
20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%
20Teoria,disciplina%20filos%C3%B3fica%2
C%20de%20vi%C3%A9s%20epistemol%C3
%B3gico. 
• https://jus.com.br/artigos/56061/o-principio-
da-autotutela 
• https://www.megajuridico.com/estado-
sociedade-e-tutela-juridica/ 
 
 
 
 
https://morumbidireito.files.wordpress.com/2015/03/cintra-antonio-carlos-araujo-grinover-ada-pellegrini-dinamarco-cc3a2ndido-rangel-teoria-geral-do-processo-26c2aa-ed-sc3a3o-paulo-malheiros-2010.pdfhttps://morumbidireito.files.wordpress.com/2015/03/cintra-antonio-carlos-araujo-grinover-ada-pellegrini-dinamarco-cc3a2ndido-rangel-teoria-geral-do-processo-26c2aa-ed-sc3a3o-paulo-malheiros-2010.pdf
https://morumbidireito.files.wordpress.com/2015/03/cintra-antonio-carlos-araujo-grinover-ada-pellegrini-dinamarco-cc3a2ndido-rangel-teoria-geral-do-processo-26c2aa-ed-sc3a3o-paulo-malheiros-2010.pdf
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https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/194/edicao-1/teoria-geral-do-processo#:~:text=A%20Teoria%20Geral%20do%20Processo%20%C3%A9%2C%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Teoria,disciplina%20filos%C3%B3fica%2C%20de%20vi%C3%A9s%20epistemol%C3%B3gico
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/194/edicao-1/teoria-geral-do-processo#:~:text=A%20Teoria%20Geral%20do%20Processo%20%C3%A9%2C%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Teoria,disciplina%20filos%C3%B3fica%2C%20de%20vi%C3%A9s%20epistemol%C3%B3gico
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https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/194/edicao-1/teoria-geral-do-processo#:~:text=A%20Teoria%20Geral%20do%20Processo%20%C3%A9%2C%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Teoria,disciplina%20filos%C3%B3fica%2C%20de%20vi%C3%A9s%20epistemol%C3%B3gico
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/194/edicao-1/teoria-geral-do-processo#:~:text=A%20Teoria%20Geral%20do%20Processo%20%C3%A9%2C%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Teoria,disciplina%20filos%C3%B3fica%2C%20de%20vi%C3%A9s%20epistemol%C3%B3gico
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/194/edicao-1/teoria-geral-do-processo#:~:text=A%20Teoria%20Geral%20do%20Processo%20%C3%A9%2C%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Teoria,disciplina%20filos%C3%B3fica%2C%20de%20vi%C3%A9s%20epistemol%C3%B3gico
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/194/edicao-1/teoria-geral-do-processo#:~:text=A%20Teoria%20Geral%20do%20Processo%20%C3%A9%2C%20em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Teoria,disciplina%20filos%C3%B3fica%2C%20de%20vi%C3%A9s%20epistemol%C3%B3gico
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