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PCC- ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO -1

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS ESPANHOL 
 
 
SILVIA CRISTINA ALVES OLIVEIRA 
ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 
MATRÍCULA: 210313004041 
 
 
 
PCC – PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR: OBSERVAR, 
PESQUISAR E CONSTRUIR O CONHECIMENTO 
 
 
 
SÃO CAETANO DO SUL, 03 DE JULHO DE 2021 
OBSERVAR, PESQUISAR E CONTRUIR O CONHECIMENTO 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Este trabalho tem como objetivo identificar de que modo ocorre a relação 
ambiente, cultura e sociedade na minha vida pessoal como cidadã e na minha 
comunidade, 
 
 
Observando: 
 
• As desigualdades socioeconômicas e diferenças sociais: cuidados 
conceituais; 
 
 
• As desigualdades educacionais do bairro observado; 
 
• O modo de vida das pessoas que moram no bairro? Os modelos de 
referência que as pessoas têm no bairro; 
 
 
 
No meu ambiente de trabalho, não se vê muito a democracia, nem igualdade de 
direitos. Tudo é por meritocracia, mas como se conquista esse mérito? O mérito 
é conquistado por vendas. 
Trabalho em uma empresa de telefonia dentro de uma loja de Shopping, e nesse 
caso, não tem dia certo para folgar, normalmente folga durante a semana, porém 
em alguns casos, existe uma campanha para folgar no fim de semana, onde só 
consegue essa folga quem vender mais em certo período, porém sempre são os 
mesmos a ganhar essas “premiações”, porque vende mais quem trabalha no 
horário de maior fluxo de pessoas, o que não torna justo para quem trabalha em 
horários com menor fluxo. Fazendo com que os vendedores que trabalham no 
melhor horário, além de receber um melhor comissionamento, consegue 
também mais benefícios. 
“Quando pensamos em termos de escolhas religiosas, de gênero, etnia, geração 
e etc., devemos mobilizar um outro conceito: o de diferença.” 
“Quando falamos em diferença, ao invés de desigualdade, deixamos de lado a 
carga valorativa e estabelecemos uma outra relação sem julgamento prévio.” 
“A globalização se caracteriza pela expansão dos fluxos de informações, que 
atingem todos os países afetando empresas, indivíduos e movimentos sociais, 
pela aceleração das transações econômicas, envolvendo mercadorias, capitais 
e aplicações financeiras nacionais, e pela crescente difusão de valores políticos 
e morais em escalas universais.” 
“As desigualdades no mundo durante quase dois séculos aumentaram 
constantemente. Uma análise de tendências de longo prazo na distribuição 
global da renda (entre nações) mostra que a distância entre a nação mais rica e 
a mais pobre no ano de 1820 era de 3 para 1, em 1913 era de 11 para 1, em 
1950 de 35 para 1, em 1973 de 44 para 1 e em 1992 de 72 para 1.” 
No meu bairro a desigualdade educacional acontece após o término do ensino 
médio. Os alunos com uma renda familiar mais alta, se dedicam a estudar em 
tempo integral para conseguir uma melhor colocação em uma Universidade 
Pública, para que consigam uma oportunidade de trabalho com maior 
lucratividade. 
Os alunos de baixa renda, após a conclusão do ensino médio, precisam ajudar 
em casa e já começam a trabalhar, mesmo com um salário mais baixo por falta 
de estudo. Com isso acabam demorando mais para começar uma graduação, e 
quando começam acabam realizando em uma Universidade Privada. 
Assim os que já tem uma renda familiar mais alta, ficam com oportunidades 
melhores, e os que tem uma renda mais baixa, com as oportunidades que assim 
lhes aparecem, sem poder escolher muito. 
“Não há dúvidas que as desigualdades no desempenho escolar, estão 
diretamente relacionadas as condições sociais e econômicas. Alguns fatores que 
influenciam o acesso à escola e a garantia de um ensino sólido são: a localização 
das escolas; a precariedade dos equipamentos e instalações; o nível dos 
professores.” 
“No Brasil, o grau de educação de uma pessoa tem relação com a renda familiar. 
Quanto maior o nível educacional da pessoa, maior a sua remuneração. Mas o 
que realmente acontece é que a política educacional precisa dar mais 
importância a essa desigualdade que não é somente social, mas também de 
raça e gênero.” 
“A escola deve buscar a melhoria do desempenho de todos os seus alunos e ao 
mesmo tempo, buscar reduzir a diferença entre alunos de grupos sociais 
distintos.” 
No bairro onde moro, existe muito preconceito de que alguém bem-vestido é uma 
pessoa de bem, e alguém nem tão bem-vestido seria “uma pessoa ruim”. 
Mas será mesmo? O que consigo observar em meu bairro, são pessoas que 
julgam pelo que você tem e não por quem é. Se veem na rua alguém muito 
simples, no meio da noite, parado como se estivesse esperando alguém, já 
chamam logo a polícia por ficarem com medo daquela pessoa ali, por outro lado, 
na mesma situação, mas dessa vez sendo uma pessoa muito bem-vestida, não 
fazem o mesmo, e ainda ficam observando a pessoa para ver quem está 
esperando. 
Isso acontece muito por terem como exemplos filmes e novelas onde sempre 
mostram que o pobre é quem rouba e o rico roubado. Sendo um “pré-conceito”, 
usando a cultura da mídia para a vida no cotidiano. 
“Em aspectos culturais, como na religião, a globalização também se faz 
presente. A cultura globalizada é controlada por grupos multimídias, que atuam 
com participações em todos os segmentos culturais. Com a informática e 
telecomunicações, as músicas, livros, notícias e o cinema são produzidos a partir 
da mesma tecnologia digital.” 
“Existe um universo paralelo com a presença da cultura global, que sobrevive 
com uma abundância de criações culturais, a margem da economia globalizada.” 
 
 
CONCLUSÃO 
Acredito que as desigualdades sociais vêm acontecendo desde sempre, na vida 
pessoal, escolar e profissional, o que consegui observar no meu ambiente de 
trabalho, é que quem ganha mais, tem mais benefícios, mas isso só acontece 
porque as oportunidades de vendas são melhores, se houvesse uma melhor 
distribuição, tanto de metas, quanto de horário de trabalho, com direitos e 
benefícios iguais, todos teriam oportunidade de conseguir chegar no objetivo 
final. 
Nas escolas, acredito que se os direitos a conseguir entrar em uma Universidade 
Pública, fosse para pessoas de baixa renda, até porque nem todos chegam a 
fazer uma graduação por falta de renda, teriam mais pessoas qualificadas para 
o mercado de trabalho. 
As pessoas de um modo geral, não somente do meu bairro, precisam aproveitar 
mais as oportunidades de cultura disponível na internet, buscar mais 
informações, para não ter como referência somente os filmes e novelas e 
começarem a enxergar o mundo com outra visão. 
 
REFERÊNCIAS 
Fonte: < Portal CCSA | Desigualdade educacional (ufrn.br)>, Acesso em 
25/06/2021. 
 
Fonte: Barbosa, Alexandre de Freitas <O Mundo Globalizado >, Acesso em 
25/06/2021. 
Fonte: Kesselring, Thomas<Ética, Política e Desenvolvimento Humano: A 
Justiça na Era da Globalização >, Acesso em 25/06/2021. 
 
Fonte: Balieiro, Fernando de Figueiredo<Aspectos Antropológicos e 
Sociológicos da Educação >, Acesso em 25/06/2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ccsa.ufrn.br/portal/?p=12616

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