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Gestão de Estoques-Unidade 2

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Gestão da Demanda 
e dos Estoques
Gestão de Estoques
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Rogério Monteiro
Prof. Esp. Clovis Cabrera
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Santos
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução à Gestão de Estoques;
• Técnicas de Gestão de Estoques;
• Lote Econômico de Compra (LEC);
• Estoque de Segurança;
• Cenário de Variação do Lead Time.
Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Entender a importância dos estoques nas empresas;
• Conhecer os procedimentos para gerenciar os estoques convencionais e os estoques 
de segurança;
• Abordar o conceito de gestão de estoque, as técnicas de controle em gestão de estoques, 
bem como o dimensionamento de estoques de segurança;
• Entender os aspectos relevantes da gestão de estoques e sua influência nas operações 
das organizações. 
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o 
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Gestão de Estoques
UNIDADE 
Gestão de Estoques
Introdução à Gestão de Estoques
Esta unidade apresenta aspectos da gestão de estoques. Começaremos definindo 
estoques e gestão de estoques:
• Estoques: são acumulações de matérias-primas, suprimentos, componentes, ma-
teriais em processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do 
canal de produção e logística das empresas (BALLOU, 2011).
• Gestão de estoques: refere-se ao ato de gerenciar os estoques da empresa, de 
modo a atender às demandas internas e externas, minimizando o capital inves-
tido em estoques.
Estoques estão presentes nas diversas fases de produção de um produto. Apesar de 
estarem fortemente relacionados à manufatura de bens, estão também presentes na pro-
dução de serviços, nesse caso, denominados bens facilitadores.
Figuras 1 – Fábrica e salão de beleza
Fonte: iStock / Getty Images
Fábrica
Cosméticos
Xampus
Estoques:
• Xampus;
• Produtos químicos;
• Embalagens;
• Rótulos/etiquetas.
Bens facilitadores:
• Xampus;
• Condicionadores;
• Produtos especí�cos.
Salão de
Beleza
Figura 2 – Estoques em manufatura e serviços
Fonte: Elaborada pelo professor conteudista
6
7
Como pode ser visto na Figura 2, as diversas atividades empresarias mantêm estoques 
de materiais. Cabe ressaltar que o segmento de manufatura de bens tem a possibilidade 
de estocar os produtos acabados de seu processo – xampu, por exemplo –, o que não 
é possível para o segmento de serviços – dado que serviços não podem ser estocados –, 
limitando-se apenas a estocar os bens que auxiliam na produção de cada serviço.
Apesar de representar elevados custos para a empresa, a formação de estoques se 
justifica por inúmeras razões, entre as quais:
• Evitar a interrupção dos processos de produção por falta de materiais;
• Possibilitar o ganho de escala nos processos produtivos;
• Acelerar a entrega de produtos aos clientes – pronta-entrega;
• Precaver-se em relação aos aumentos de demanda;
• Programar-se em relação aos prazos de entrega dos fornecedores – lead time;
• Precaver-se em relação aos atrasos das entregas dos fornecedores;
• Aproveitar oportunidades econômicas – preços promocionais de insumos;
• Garantir elevados níveis de serviço aos clientes.
Uma vez que identificamos diversas razões para formar e manter estoques, cabe 
reconhecer a importância de gerenciar tais estoques para que os respectivos custos 
não se tornem fatores proibitivos para a empresa. Nesse sentido, o próximo tópico 
apresentará um conjunto de técnicas capazes de auxiliar o gestor a tomar decisões 
sobre estoques, as quais contribuam para o bom andamento da empresa.
Técnicas de Gestão de Estoques
Neste tópico, serão apresentadas a curva ABC, o gráfico “dente de serra”, a curva 
custos de estoques e o lote econômico de compra.
Curva ABC
Conhecida também como gráfico de Pareto e curva 80-20, classifica os itens esto-
cados em função do impacto desses para a empresa. Essa classificação permite a cons-
trução de uma política de estocagem que minimiza o capital investido em estoques sem 
prejudicar os interesses de produção e vendas da empresa.
Uma vez aplicada, a curva ABC considera que os itens estocados sejam classifica-
dos como A, B e C, conforme os respectivos impactos nos custos da empresa. 
7
UNIDADE 
Gestão de Estoques
Tal classificação é apresentada na Figura 3:
Figura 3 – Curva ABC
Fonte: Elaborada pelo professor conteudista
Por sua vez, o Quadro 1 apresenta as classificações da curva ABC, assim como as por-
centagens e os respectivos impactos nos custos dos estoques:
Quadro 1 – Curva ABC
Classificação Porcentagem dos itens
Impacto nos 
custos de estoque
A 20% 80%
B 30% 15%
C 50% 5%
Fonte: Elaborado pelo professor conteudista
Com base nesse gráfico e no quadro, podemos identificar a necessidade de desen-
volver políticas diferenciadas de estoques para cada classificação. Para tanto, lembre-
mos do conceito de giro de estoque.
Giro de estoque: refere-se ao número de vezes que o estoque é esgotado e reposto 
ao longo de um período – normalmente um ano. Tal conceito pressupõe que, quanto 
maior for o giro de estoque, menor será a quantidade de peças estocadas e, por con-
sequência, menor será o recurso financeiro dispensado aos estoques ao longo de um 
ano. A seguir, veremos uma sugestão de política de estoques:
Itens Classe A:
Como pode ser visto na Figura 3, os itens classificados como “A” provocam impacto 
de 80% nos custos de estoque da empresa. Nesse sentido, cabe ao gestor definir um 
número elevado de reposição de estoque para os itens classe A. Na prática, a empresa 
deverá firmar um contrato de ressuprimento semanal – por exemplo – com seus forne-
cedores de itens classe A.
8
9
Nesse caso, considerando que um ano é formado por 52 semanas, pode-se dizer que 
os itens classe A terão giro 52. Tais itens configuram-se como itens de alto valor monetá-
rio e, portanto, devem ser regidos por uma política de frequente ressuprimento – similar 
ao just in time –, de modo que o estoque formado seja suficiente para suprir uma semana 
de produção.
Just in Time: Trata-se de uma filosofia voltada para a gestão da produção e de materiais 
na empresa. O JIT apresenta um conjunto de metas que devem ser buscadas incansavel-
mente tais como estoque zero, set-up zero, falha zero, desperdício zero. Como podemos 
observar, essas metas são inatingíveis, devendo os profissionais envolvidos buscarem a 
redução dos índices de estoques, set-up, falhas, entre outros, em um processo de me-
lhoria contínua.
Itens Classe B:
Os itens classificados como “B” provocam impacto de 15% nos custos de estoque 
da empresa. Nesse sentido, cabe ao gestor definir um número intermediário de repo-
sição de estoque para os itens classe B. Na prática, a empresa firmará um contrato 
de ressuprimento trimestral – por exemplo – com seus fornecedores de itens classe B.
Nesse caso, considerando que um ano é formado por doze meses, pode-se dizer que os 
itens classe B terão giro 4 (12 meses/3 pedidos = 4 meses por pedido). Esses se configuram 
como itens de valor monetário moderado e, portanto,devem ser regidos por uma política de 
ressuprimento intermediário, de modo que o estoque formado seja suficiente para suprir três 
meses de produção.
Itens Classe C:
Os itens classificados como “C” provocam impacto de 5% nos custos de estoque 
da empresa. Nesse sentido, cabe ao gestor definir um número baixo de reposição de 
estoque para os itens classe C. Na prática, a empresa deverá firmar um contrato de 
ressuprimento semestral – por exemplo – com seus fornecedores de itens classe C.
Nesse caso, considerando que um ano é formado por doze meses, pode-se dizer que 
os itens classe C deverão ter giro 2. Esses se configuram como itens de baixo valor mone-
tário e, portanto, devem ser regidos por uma política de ressuprimento baixo – podendo 
utilizar a prática do leilão reverso –, de modo que o estoque formado seja suficiente para 
suprir seis meses de produção.
Leilão reverso é o procedimento aplicado nas compras corporativas em que o forne-
cedor que oferecer o menor preço ganha a concorrência. Para entender mais sobre as 
práticas do leilão reverso, pesquise outras fontes.
Considere uma empresa montadora de motocicletas. Para cada classificação – A, B e 
C – identifique, pelo menos, três itens a serem estocados, calculando o giro e o tempo 
de ressuprimento.
9
UNIDADE 
Gestão de Estoques
Gráfico “Dente de Serra”:
Trata-se de um gráfico que apresenta os estoques da empresa ao longo do tempo, 
permitindo identificar o consumo, ou o acúmulo de estoque, conforme o tipo de em-
presa estudada.
Gráfico “Dente de Serra” do Fabricante:
Neste caso, o estoque é formado ao longo do tempo e por meio do processo produ-
tivo da empresa. Conforme o estoque atinge o nível máximo (EMax), o produto é enviado 
para o cliente, reduzindo, assim, o estoque para o valor mínimo.
Figura 4 – Gráfi co “dente de serra” do fabricante
Legenda: 
• Q = tamanho do lote (em unidades); 
• ES = estoque de segurança (em unidades); 
• EMax = estoque máximo (em unidades); 
• P = taxa de produção (em unidades mensais, unidades anuais, entre outros).
Gráfico “Dente de Serra” do Varejista:
Neste caso, o estoque é consumido ao longo do tempo e por meio das vendas de pro-
dutos da empresa. Conforme o estoque atinge o nível mínimo (ES), ocorre o ressuprimen-
to de produtos por parte do fornecedor, elevando o estoque para o nível máximo (EMax).
10
11
Figura 5 – Gráfi co “dente de serra” do varejista
Legenda: 
• Q = tamanho do lote (em unidades); 
• ES = estoque de segurança (em unidades); 
• EMax = estoque máximo (em unidades); 
• P = taxa de produção (em unidades mensais, unidades anuais, entre outros).
Cabe observar que, apesar de definirmos a Figura 5 como gráfico “dente de serra” 
do varejista, o referido gráfico também é utilizado em empresas manufatureiras que 
adquirem materiais de seus fornecedores para serem utilizados em seus processos de 
fabricação. Nesse caso, a demanda é interna, pois os materiais são consumidos na 
própria empresa.
Em ambos os gráficos, podemos encontrar um conjunto de equações úteis para o 
cálculo dos estoques, as quais:
• Estoque máximo: E Q ESmax = +
• Estoque médio: E Q ES= +
2
• Intervalo entre entregas (IEE=Tempo):
 » IEE Q
P
= (válido para o fabricante);
 » IEE Q
D
= (válido para o varejista).
11
UNIDADE 
Gestão de Estoques
Concentrando nossas atenções no gráfico “dente de serra” para o varejista, observamos 
uma nova equação que auxilia fortemente a gestão de estoque. Essa equação é denominada 
ponto de pedido – ou ponto de ressuprimento –, que é dada pela seguinte expressão:
PP D LT ES= ⋅ ) +(
Legenda: 
• D = demanda (em unidades por tempo, unidades mensais, unidades anuais, 
entre outros); 
• LT = lead time (dia, mês, ano); 
• ES = estoque de segurança (em unidades).
O seguinte gráfico apresenta o ponto de pedido:
Figura 6 – Gráfi co “dente de serra” com ponto de pedido
Lead time é o intervalo entre a realização do pedido de peças ao fornecedor e o re-
cebimento dessas peças.
O período entre um pedido e outro é denominado Intervalo Entre Pedidos (IEP). 
Caso a demanda e o lead time sejam constantes ao longo do tempo – sistema ideal 
–, pode-se dizer que IEE é igual ao IEP.
Exemplo 1: considere um varejista que identificou a demanda de 500 unidades 
mensais para um determinado produto de limpeza. Visando evitar a falta do produ-
to, foi definido que 15 unidades corresponderiam ao estoque de segurança para o 
produto. Sabendo que o tempo de ressuprimento do fornecedor é de 9 dias corridos 
(1 mês = 30 dias), calcule o ponto de pedido para o produto.
12
13
Cálculo do lead time:
LT = 9
30
LT mês= 0 3,
Cálculo do ponto de pedido:
PP D LT ES= ⋅( ) +
PP = ⋅( ) +500 0 3 15,
PP = +150 15
PP unidades=165
O Exemplo 1 traz o cálculo do ponto de pedido. Observe que primeiramente foi 
necessário alinhar as unidades de medidas, isso porque a demanda foi apresentada 
em unidades mensais, enquanto o lead time em dias. Em seguida, foi calculado o 
ponto de pedido, que resultou em 165 unidades.
Conforme exposto, o ponto de pedido indica a quantidade de produtos em estoque 
que dispara um pedido. Nesse caso, quando o varejista identificar que seu estoque atingiu 
a marca de 165 unidades, deverá emitir um pedido ao fornecedor, de modo que o ressu-
primento seja realizado antes daquele produto atingir a marca do estoque de segurança.
Exemplo 2: tendo como base o Exemplo 1, considere que o varejista realiza 4 pedi-
dos por ano. Assim, calcule o:
• Intervalo entre pedidos;
• Tamanho do lote;
• Estoque máximo;
• Estoque médio.
a) Cálculo do Intervalo entre pedidos:
Sabendo que o giro de estoque é 4 (4 pedidos por ano), temos:
IEP = 12
4
IEP meses= 3
Conclui-se que o intervalo entre pedidos é de 3 meses.
13
UNIDADE 
Gestão de Estoques
b) Cálculo do Tamanho do lote:
Considerando um sistema ideal, temos que IEP=IEE, então:
IEP Q
D
=
3
500
=
Q
Q = ⋅3 500
Q unidades=1500
Concluímos que cada pedido deverá ser de 1.500 unidades para que o estoque consiga 
cobrir a demanda de três meses – daí o termo tempo de cobertura do estoque.
c) Cálculo do estoque máximo:
E Q ESMax = +
EMax = +1500 15
E unidadesMax =1515
d) Cálculo do estoque médio:
E Q ES= +
2
E = +1500
2
15
E = +750 15
E unidades= 765
Os exemplos 1 e 2 permitem dimensionar os estoques da empresa, orientar 
o varejista na elaboração dos pedidos e auxiliar na formação de custos dos 
estoques a partir do cálculo do estoque médio.
Lote Econômico de Compra (LEC)
Outra técnica de gestão de estoques é o lote econômico de compra. Como o próprio 
termo indica, refere-se a um tamanho de lote que proporciona o menor custo total de 
estoque para a empresa. A seguir, são apresentadas as equações que auxiliam no cálculo 
do LEC:
Q D C
C
r
a
=
⋅ ⋅2
14
15
Onde:
• Q = LEC – tamanho do lote de compra (em unidades);
• D = demanda anual – em unidades;
• cr = taxa de reposição do estoque (em reais);
• ca = taxa de posse do estoque (em reais por unidade).
Uma vez determinado o LEC, é possível calcular o custo total de estoque a partir da 
seguinte equação:
CT D c D
Q
c Q cr a= ⋅( ) + ⋅





 + ⋅





2
Onde:
• CT = custo total de estoque – em reais por ano;
• c = taxa de aquisição do estoque – em reais por unidade.
O custo total de estoque pode ser representado graficamente, conforme apresen-
tado na Figura 8:
Figura 7 – Gráfi co do custo total de estoque
O Exemplo 3 apresenta uma aplicação do LEC e do CT:
Exemplo 3: considere os seguintes dados referentes à aquisição de insumos por parte 
de uma empresa:
• Demanda anual: 1.280 unidades;
• Taxa de posse: R$ 2,42 por unidade;
• Taxa de ressuprimento: R$ 32,00;
• Custo unitário do item: R$ 6,50.
15
UNIDADE 
Gestão de Estoques
Assim:
• Calcule o lote econômico de compra (LEC);
• Calcule o custo total anual.
a) Cálculo do LEC:
Q D c
c
r
a
=
⋅ ⋅2
Q = ⋅ ⋅2 1280 32
2 42,
Q unidades= =33 851 24 184. ,
O lote econômico de compra é de 184 unidades. 
b) Cálculo do Custo Total de Estoque:CT D c D
Q
c Q cr a= ⋅( ) + ⋅





 + ⋅





2
CT = ⋅( ) + ⋅




 + ⋅





1 280 6 5
1 280
184
32
184
2
2 42. ,
.
,
CT = + +8 320 00 222 61 222 64. , , ,
CT R por ano= $ . ,8 765 25
O custo total anual calculado (R$ 8.765,25) equivale ao custo total mínimo de 
estoque para a empresa.
Estoque de Segurança
A gestão de estoque está diretamente relacionada à necessidade de manter produtos 
estocados para atender às demandas internas ou externas.
Muitas vezes, a previsibilidade dessas demandas é prejudicada por flutuações do 
mercado, ou mesmo o ressuprimento de produtos não acontece no momento pla-
nejado. Visando então minimizar os riscos da falta de produtos, faz-se necessário 
calcular o estoque de segurança.
Trata-se da quantidade de peças – produtos – que deve ser mantida em estoque 
para proteger a empresa das flutuações da demanda e do tempo de ressuprimento dos 
fornecedores. Neste tópico, veremos um procedimento de cálculo para o estoque de 
segurança que considera três cenários, os quais:
• Variação da demanda;
• Variação do lead time;
• Variação da demanda e do lead time.
16
17
Cenário de Variação da Demanda
Nesta situação, entende-se que após a elaboração do pedido ao fornecedor, a de-
manda pelo produto aumenta – variação da demanda. O gráfico que representa esta 
situação é apresentado a seguir:
Figura 8 – Estoque de segurança para demanda variável
ES D D LTM N= −( ) ⋅
Onde:
• ES = estoque de segurança;
• DM = demanda maior;
• DN = demanda normal;
• LT = lead time.
Exemplo 4: considere uma empresa que comercializa um produto cuja demanda 
histórica é de 1.200 unidades mensais. O Departamento de Vendas prevê uma de-
manda 15% maior para o próximo mês. Considerando que o fornecedor necessita 
de 12 dias (1 mês = 30 dias) para suprir a empresa desse produto, calcule o estoque 
de segurança.
Cálculo do Lead Time:
LT = 12
30
LT por mês= 0 4,
17
UNIDADE 
Gestão de Estoques
Cálculo do Estoque de Segurança:
D DM N= ⋅1 15,
DM = ⋅1 200 1 15. ,
D unidade por mêsM =1 380.
ES D D LTM N= −( ) ⋅
ES = −( ) ⋅1 380 1 200 0 4. . ,
ES = ⋅180 0 4,
ES unidades= 72
A empresa necessitará manter 72 unidades do produto em estoque de segurança 
para atender à maior demanda projetada para o período.
Cenário de Variação do Lead Time
Nesta situação, entende-se que após a elaboração do pedido, o fornecedor informa 
que aumentará o tempo de entrega – variação do lead time. 
O gráfico que representa esta situação é apresentado a seguir:
Figura 9 – Estoque de segurança para lead time variável
ES D P LTLT= ⋅( ) ⋅ 1
P LT LT
LTLT
=
−
2 1
1
18
19
Onde:
• ES = estoque de segurança;
• D = demanda;
• LT1 = lead time inicial – histórico; 
• LT2 = lead time final;
• PLT = porcentagem de variação do lead time.
Exemplo 5: considere uma empresa que comercializa um produto cuja demanda é 
de 1.200 unidades mensais. Ponderando que historicamente o fornecedor necessita 
de 12 dias (1 mês = 30 dias) para suprir a empresa desse produto, todavia, o mesmo 
informou que precisará de 15 dias para realizar a entrega. Assim, calcule o estoque 
de segurança.
Cálculo do PLT:
P LT LT
LTLT
=
−
2 1
1
PLT =
−15 12
12
PLT =
3
12
PLT = 0 25,
Cálculo do LT1:
LT
1
12
30
=
LT por mês
1
0 4= ,
Cálculo do Estoque de Segurança:
ES D P LTLT= ⋅( ) ⋅ 1
ES = ⋅( ) ⋅1 200 0 25 0 4. , ,
ES = ⋅300 0 4,
ES unidades=120
A empresa precisará manter 120 unidades do produto em estoque de segurança 
para suportar o maior lead time.
19
UNIDADE 
Gestão de Estoques
Cenário de Variação da Demanda e Lead Time
Nesta situação, entende-se que, após a elaboração do pedido ao fornecedor, tanto a 
demanda quanto o lead time aumentam – variação da demanda e do lead time. O gráfico 
que representa esta situação é apresentado a seguir:
 
 
Figura 10 – Estoque de segurança para demanda variável
ES D D D P LTM N M LT= −( ) + ⋅( )  ⋅ 1
P LT LT
LTLT
=
−
2 1
1
Onde:
• ES = estoque de segurança;
• DM = demanda maior;
• DN = demanda normal;
• LT1 = lead time inicial – histórico; 
• LT2 = lead time final;
• PLT = porcentagem de variação do lead time.
Exemplo 6: considere uma empresa que comercializa um produto cuja demanda his-
tórica é de 1.200 unidades mensais. O Departamento de Vendas prevê uma demanda 
15% maior para o próximo mês. Concomitantemente, o fornecedor, que historicamente 
20
21
necessita de 12 dias (1 mês = 30 dias) para suprir a empresa desse produto, informou que 
precisará de 15 dias para realizar a entrega. Calcule o estoque de segurança.
Cálculo do DM:
D DM N= ⋅1 15,
DM = ⋅1 200 1 15. ,
D unidades por mêsM =1 380.
Cálculo do PLT:
P LT LT
LTLT
=
−
2 1
1
PLT =
−15 12
12
PLT =
3
12
PLT = 0 25,
Cálculo do lead time:
LT = 12
30
LT por mês= 0 4,
Cálculo do estoque de segurança:
ES D D D P LTM N M LT= −( ) + ⋅( )  ⋅ 1
ES = −( ) + ⋅( )  ⋅1 380 1 200 1 380 0 25 0 4. . . , ,
ES = +[ ]⋅180 345 0 4,
ES = ⋅525 0 4,
ES unidades= 210
A empresa precisará manter 210 unidades do produto em estoque de segurança 
para suportar a variação de demanda e de lead time. 
21
UNIDADE 
Gestão de Estoques
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Gestão estratégica de recursos materiais: controle de estoque e armazenagem
PASCOAL, J. A. Gestão estratégica de recursos materiais: controle de estoque e arma-
zenagem. 2008. 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Administração)-
-Centro Universitário de João Pessoa, João Pessoa, PB, 2008. 
http://goo.gl/z1f28e
Administração de Estoques
BACIC, M. J. Administração de Estoques. 1982. 17 f. Universidade Estadual de Cam-
pinas, Campinas, SP, 1982. 
http://goo.gl/RWCQTE
Gestão de Estoque: um estudo de caso em uma empresa que atua no setor de móveis e 
eletrodomésticos com filial em Bambuí
FERNANDES, L. G.; MOARES, J. A. de; VILAMAIOR, A. G. Gestão de Estoque: um es-
tudo de caso em uma empresa que atua no setor de móveis e eletrodomésticos com filial 
em Bambuí. In: Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia (SEGET), 8, 2011. 
http://goo.gl/dwxu9f
Um estudo de caso sobre a gestão de estoques em uma pequena empresa
PANZUTO, N. da S.; RODRIGUES, P. C. C. Um estudo de caso sobre a gestão de esto-
ques em uma pequena empresa. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção 
(ENEGEP), 12-15 out. 2010. 
http://goo.gl/AJ4yIm
22
23
Referências
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos – logística empresarial. 5. 
ed. [S.l.]: Bookman, 2011.
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações. Manufa-
tura e serviços: uma abordagem estratégica. 4 ed. São Paulo: Atlas,. 2017.
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