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Monique Araujo Modelos Atômicos Científicos John Dalton Foi quem propôs o primeiro modelo atômico da era moderna, em seu trabalho publicado em 1803, chamado Absorption of Gases by Water and Other Liquids, onde enunciava a lei das pressões parciais (lei de Dalton), e reintroduzia o conceito de átomos como partículas indivisíveis. Com os resultados dos seus experimentos em 1803, Dalton desenvolveu seu modelo atômico onde o átomo seria uma minúscula esfera maciça, contínua, indivisível e neutra, conhecida como “modelo de bola de bilhar”; para Dalton, todos os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos. Apesar de simples, o modelo de Dalton fez com que outros passassem a considerar a ideia dos átomos novamente, já que em 1810 foram publicados testes de comprovação da lei das pressões parciais. Joseph John Thompson Suspeitava que os átomos tinham uma estrutura interna formada por partículas carregadas antes mesmo da estrutura atômica ser confirmada. Algumas evidências observadas em 1900 o levaram a isso: Experiência de Faraday Sobre Eletrólise Detectava a presença de partículas carregadas, ou íons em soluções. Emissão de Radiação pela Matéria Indicava a existência de alguns tipos de oscilações de cargas no interior de sistemas atômicos. Fenômenos Radioativos Demonstravam a habilidade de alguns elementos emitirem partículas carregadas. O elétron é a partícula carregada mais importante na formação da estrutura da matéria e ela foi identificada por Thompson em 1897 através de medições Monique Araujo precisas da razão entre a carga (e) e a massa (m) do elétron (em). Thomson identificou o elétron observando feixes de partículas carregadas, submetidas a campos elétricos e magnéticos, em um tubo de raios catódicos. A carga negativa do elétron foi identificada observando a deflexão do feixe quando submetido aos campos elétricos e magnéticos transversais. Thomson determinou a razão e/m atuando no valor do campo elétrico aplicado, até que as forças elétrica e magnética ficassem iguais. Essa condição é alcançada quando a deflexão do feixe deixa de ser observada em uma tela fosforescente. Nas condições de equilíbrio, os átomos são neutros e, nesse caso, o número de cargas negativas é igual ao número de cargas positivas. Como a massa do elétron é muito menor do que a massa do átomo, praticamente toda a massa do átomo deveria estar associada à massa das cargas positivas. Com essas considerações, Thomson propôs o seu modelo atômico, segundo o qual os elétrons estariam localizados no interior de uma distribuição contínua de carga positiva. Para ele, a forma da distribuição da carga positiva deveria ser esférica, de diâmetro de ordem de 10- 10 metros, obtido a partir da densidade de um sólido e do número de Avogadro. Por causa de repulsões mútuas, os elétrons estariam uniformemente distribuídos na esfera de carga positiva, em uma configuração conhecida como “pudim de ameixas”. Thomson esperava que as frequências observadas luz poderia ser explicadas a partir de movimentos periódicos dos elétrons no interior da esfera carregada positivamente; entretanto, essa concepção não estava correta, como foi demonstrada em estudos posteriores. Monique Araujo Ernest Rutherford Ex-aluno de Thomson, demonstrou definitivamente a inviabilidade do modelo atômico de Thomson. Rutherford sabia que as partículas alfas (a) eram átomos de hélio duplamente ionizados, ou seja, possuíam dois elétrons retirados. Rutherford estudou o espalhamento de partículas a por películas metálicas delgadas usando uma montagem experimental. As partículas são emitidas por uma fonte radioativa e colimadas por um par de diafragmas de chumbo. Com esse procedimento, forma-se um feixe de N0 partículas a por unidade de tempo que, ao atingir perpendicularmente a superfície metálica delgada, passa por meio dela sem grandes dificuldades. O modelo atômico de Thomson pode ser analisado teoricamente por meio de uma formulação estatística do espalhamento de partículas Φ em átomos de Thomson. Pode- se supor o espalhamento de uma partícula Φ de um ângulo Φ, por um único átomo de Thomson. Ao longo de toda espessura I da película metálica, o ângulo de espalhamento Φ pode variar de zero a 180º. Utilizando a teoria estatística conhecida como random Walk1, é 1 Caminhada aleatória. Monique Araujo possível fazer previsões sobre a distribuição dos ângulos de espalhamento Φ das partículas Φ, em uma película metálica formada por átomos de Thomson. De acordo com essa teoria, o número de partículas a, por unidade de tempo, espalhadas no intervalo angular entre Φ e Φ + d Φ, é: Nessa última equação, n é o número total de átomos espalhados e Φeff = (Φ), é o valor efetivo do ângulo de espalhamento por um único átomo espalhado, correspondente a N ≈ 0,68Nmax, onde Nmax é o valor máximo de N e (Φ) representa o valor médio. Valores de ângulos de espalhamento Θ podem ser calculados hipoteticamente incidindo partículas a, uma a uma, em um átomo de Thomson. De posso de um conjunto grande desses valores, é possível determinar o valor máximo de Θ e o valor efetivo de Φeff. Com o objetivo de comparar os resultados teóricos obtidos com o modelo de Thomson, Rutherford realizou uma série de experimentos de espalhamento de partículas utilizando uma película de ouro de espessura de 1 micrometro. Os experimentos de Rutherford consistiam na contagem do número N de partículas, por unidade de tempo, para vários ângulos de espalhamento. De posse de um grande número de medidas, Rutherford concluiu que o ângulo efetivo Φeff é ~ 1º. Mas por outro lado, concluiu que o número de partículas espalhadas em ângulos, maiores que 90º é 10-4N0, o que está em total desacordo com a previsão teórica, próxima de zero, obtida do modelo atômico de Thomson. Baseado no fato de que algumas partículas a poderiam ser espalhadas por ângulos maiores do que 90º, em 1911, Rutherford propôs um novo modelo atômico. Nele, toda a carga positiva do átomo (sua massa) estaria concentrada em uma pequena região denominada de núcleo. Seu modelo ficou conhecido como “planetário dos átomos”. Se a partícula passasse suficientemente próxima ao núcleo, devido a uma forte repulsão coulombiana, poderia ser espalhada por um ângulo grande, mesmo que atravessasse um único átomo. Rutherford usou seu modelo para calcular a distribuição angular esperada no Monique Araujo espalhamento de partículas para o caso de Ângulos grandes. Assim, o espalhamento poderia ser atribuído somente à força coulombiana repulsiva com o núcleo atômico. Além disso, os cálculos de Rutherford consideravam somente espalhamentos por átomos pesados, de modo que o núcleo não recuasse e nem fosse penetrado durante o espalhamento.
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