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Relevo e Hidrografia Bacias Hidrográficas brasileiras 1. Bacia Amazônica 2. Bacia Tocantins-Araguaia 3. Bacia do São Francisco 4. Bacia do Parnaíba Bacia Platina 1. Bacia do Paraná 2. Bacia Paraguai 3. Bacia do Uruguai Bacias atlânticas, costeiras ou secundárias. 1. Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental 2. Bacia do Atlântico Nordeste Oriental 3. Bacia do Atlântico Leste 4. Bacia do Atlântico Sudeste 5. Bacia do Atlântico Sul OBS: Bacia do Paraná, Paraguai e Uruguai forma a Bacia Platina. Elementos das bacias hidrográficas Bacia hidrográfica e rede de drenagem Uma bacia hidrográfica é constituída por uma rede de drenagem disposta sobre uma área da superfície terrestre medida em Km2 e delimitada por divisores geomorfológicos, ou seja, constituído pelos topos de morros, colinas, serras e montanhas também chamados de interflúvios. Esses divisores de águas ou interflúvios encontram-se nas porções mais elevadas do terreno e envolvem toda área drenada pelo rio principal. Uma rede de drenagem é formada pelos rios interligados que drenam as águas no interior de uma bacia hidrográfica. Assim, uma rede de drenagem é composta inicialmente pelas nascentes dos afluentes e subafluentes (canais menores situados nas áreas mais elevadas do terreno) também chamados de tributários. Por fim, todos os tributários por força da ação gravitacional desaguam na calha do rio principal. Tipos de drenagem das bacias hidrográficas As bacias hidrográficas podem ser classificadas como exorreicas, endorreicas, arreicas ou criptorreicas. As bacias exorreicas são aquelas em que o rio principal deságua diretamente nos oceanos ou mares. As bacias endorreicas são aquelas em que o rio principal deságua no interior dos continentes, como em mares fechados e lagos. As bacias arreicas são aquelas quando as águas do curso não seguem uma direção certa e acabam por desaparecer por evaporação ou infiltração no solo, comum nas regiões desérticas. As bacias criptorreicas são aquelas onde suas águas acabam drenadas para áreas subterrâneas, como cavernas e grutas. Padrões de drenagem das bacias hidrográficas Os padrões de drenagem consistem nas formas espaciais que os canais fluviais apresentam na superfície terrestre, influenciados pelas estruturas geológicas e geomorfológicas do relevo. Rios Os rios podem ser classificados quanto ao seu volume de água. Quando um rio apresenta um volume de água durante o ano todo é classificado como rio perene. Entretanto, quando um rio apresenta oscilações no seu volume hídrico e fica sem água no seu leito por um determinado período, esse rio é classificado como rio temporário ou intermitente. Outra forma de classificação dos rios refere-se às características geomorfológicas, ou seja, rios de planaltos ou de planícies. Os rios de planaltos são aqueles encaixados em relevos acidentados com grandes variações de altitude, geralmente apresentam quedas d’água (cascatas, cachoeiras etc) e corredeiras com elevado potencial para geração de energia hidrelétrica. Os rios de planícies encontram-se em áreas com pequenas variações altimétricas, apresentam intenso processo de sedimentação e em alguns casos formação de meandros. Esses rios são próprios para navegação e podem ser explorados para geração de energia por meio da construção de usinas hidrelétricas com turbinas em bulbo conhecidas como usinas fio-d’água. Perfil longitudinal dos rios Um rio pode ser analisado através do perfil longitudinal, no sentido nascente- foz. A localização das nascentes encontra- se nas áreas mais elevadas do terreno, geralmente no curso superior do rio (montante) e a foz do rio (estuário ou delta) fica na parte mais baixa do terreno ou no curso inferior (jusante). Tipos de regimes fluviais Um rio possui um regime pluvial quando as cheias e as vazantes dependem basicamente da quantidade de chuvas (pluviosidade), ou seja, as cheias ocorrem na estação chuvosa e as vazantes, na estação seca (sazonalidade). Um rio possui um regime nival quando as cheias ocorrem pelo derretimento de neve. É mais comum em regiões de clima frio, com ocorrência de neve no inverno e degelo no verão (sazonalidade). Um rio possui um regime glacial quando as cheias ocorrem pelo derretimento de geleiras, caso comum dos rios localizados em latitudes elevadas, com inverno rigoroso e verão curto. Um rio possui um regime misto ou complexo quando seus rios recebem tanto águas das chuvas como de derretimento de neve ou geleiras. Tipos de canais fluviais Canal retilíneo ocorre em regiões em que o relevo apresenta desníveis acentuados e as águas dos rios escoam com maior velocidade sem apresentar grandes desvios. Canal meandrante ocorre em terrenos planos e com pouca declividade, as águas do rio escoam com pouca velocidade, o que favorece a formação de leitos com curvas sinuosas. Canal anastomosado ocorre em regiões planas e geralmente úmidas e alagadas, nas quais as águas do rio não têm energia para transportar os sedimentos mais pesados, formando ilhas assimétricas e barras arenosas. Com isso, as águas se dividem em múltiplos canais, que se ramificam e se cruzam de maneira assimétrica. Canal entrelaçado ocorre em regiões mais secas, em terrenos com maiores declividades e onde as margens são facilmente erodidas, posteriormente os sedimentos se acumulam causando a obstrução do canal, o que proporciona sua ramificação em vários canais. Bacia Amazônica A bacia amazônica abrange uma área de aproximadamente 7 milhões de km2 e é considerada a maior bacia hidrográfica do mundo. Possui terras tanto no hemisfério Norte quanto no hemisfério Sul, o que proporciona dois períodos de cheias ao ano. A rede de drenagem da bacia amazônica se estende por vários países da América do Sul – Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia, Suriname e Brasil. Da sua área total, 3,89 milhões de km2 encontram-se no Brasil, ou seja, ocupa cerca de 45% do território do país, abrangendo os estados do Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. É uma bacia exorreica com drenagem dentrítica voltada para o oceano Atlântico e possui regime fluvial misto, ou seja, tanto com recarga pluvial como pelo derretimento da neve nos Andes, o que somado ao clima equatorial proporciona um grande volume de água durante o ano todo. Consiste ainda em uma extensa rede de navegação fluvial, o que permite o intenso transporte de passageiros e cargas na região, formando hoje um corredor de exportação para soja entre as regiões Norte e Centro-Oeste. Essa bacia apresenta o maior potencial para geração de energia hidrelétrica país. Poluição e degradação dos recursos hídricos Poluição e contaminação dos mananciais Contaminação do lençol freático Contaminação dos aquíferos subterrâneos Aumento do consumo. Aumento do desperdício. Expansão urbana desordenada sobre as áreas de mananciais. (*áreas de captação de água para abastecimento) Despejo de esgoto doméstico e industrial não tratado. Despejo de resíduos industriais tóxicos nos cursos hídricos. Descarte de lixo e resíduos sólidos nos cursos hídricos. Contaminação da água por agrotóxicos, fertilizantes, inseticidas, fungicidas etc. Assoreamento de rios e lagos por processos erosivos no solo. Águas Continentais e Oceânicas Poluição das águas oceânicas Despejo de esgoto doméstico e industrial não tratado. Despejo de resíduos químicos industriais tóxicos. Descarte de lixo e resíduos sólidos (plásticos, garrafas, vidros etc.). Contaminação por agrotóxicos e fertilizantes químicos. Contaminação e acidificaçãopor poluentes atmosféricos. Contaminação por vazamentos de petróleo. Aumento demográfico. Falta de saneamento básico (coleta e tratamento de esgoto, abastecimento com água tratada, coleta e tratamento dos resíduos sólidos – lixo, drenagem urbana). Consumo agropecuário e industrial. Limites da soberania brasileira sobre o território oceânico Do ponto de visto jurídico, a plataforma continental é definida como a extensão sobre o litoral em que o país exerce soberania. Em 1982 a ONU estabeleceu em 200 milhas marítimas ou cerca de 370 Km, os limites da soberania do território oceânico. Mar Territorial: faixa de 12 milhas náuticas de largura, a partir do litoral continental e insular, o Brasil possui soberania sobre essa faixa litorânea e o espaço aéreo correspondente. Zona Contígua: abrange uma faixa de mais de 12 milhas a partir do limite do mar territorial, o Brasil pode fiscalizar navios e reprimir infrações cometidas, de acordo com as leis brasileiras. Zona Econômica Exclusiva (ZEE): compreende uma faixa que se estende até 200 milhas náuticas, a partir do litoral, em que o Brasil exerce soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, das águas e do subsolo, para fins econômicos. Plataforma continental e direito internacional Em Dezembro de 1982, a Organização das Nações Unidas (ONU) foi responsável por uma Convenção em Montego Bay (Jamaica) que definiu parâmetros importantes a respeito do domínio marítimo internacional. De acordo com essa convenção, a plataforma continental de um país costeiro é constituída pelo leito e subsolo de regiões submarinas que se prolongam além do mar territorial, até uma distância de 200 milhas marítimas. No entanto, um dos artigos da Convenção permite que os países possam pedir a ampliação da sua plataforma continental até o limite máximo de 350 milhas marítimas, o que o Brasil fez na Convenção de Montego Bay, quando a ONU estabeleceu a seguinte divisão: Mar territorial - até 12 milhas náuticas; Zona contígua - de 12 até 24 milhas náuticas; Zona econômica exclusiva - até 200 milhas náuticas Plataforma continental - extensão variável até 200 metros de profundidade e que pode ir até 200 milhas náuticas; Plataforma continental ampliada - de 200 até 350 milhas náuticas. Poluição e degradação de recursos hídricos Aumento do consumo e do desperdício. Contaminação do lençol freático e dos aquíferos subterrâneos. Poluição e contaminação dos mananciais. Expansão urbana desordenada sobre as áreas de mananciais. (*áreas de captação de água para abastecimento) Despejo de esgoto doméstico e industrial não tratado. Despejo de resíduos industriais tóxicos nos cursos hídricos. Descarte de lixo e resíduos sólidos nos cursos hídricos. Contaminação da água por agrotóxicos, fertilizantes, inseticidas, fungicidas etc. Assoreamento de rios e lagos por processos erosivos no solo. Rompimento de barragens (mineração).
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