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aula 9 de geografia

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PVS EMANCIPA - SG 
Professor: Diogo Ribeiro 
 
Aula 9: Hidrografia 
 
A água é um recurso natural abundante essencial para a existência de vida na Terra. O planeta Terra 
é constituído por uma extensa massa de água, correspondendo ao que conhecemos 
como hidrosfera. 
 
Além de estar presente na composição do planeta, a água também compõe parte do nosso corpo, 
permitindo-nos pensar que falar de água é falar de sobrevivência. Essa substância é utilizada em 
atividades essenciais ao ser humano, como a produção agrícola, e também usada como solvente 
universal. 
 
A água era considerada um recurso inesgotável. Contudo, desde que foi considerada um símbolo de 
riqueza, por ter sido transformada em uma mercadoria, passou também a ser sinônimo de 
conflito. O mau uso, o desperdício, sua distribuição, bem como sua ocorrência são responsáveis por 
criar conflitos em diversas regiões do mundo. A preocupação com a disponibilidade de água é pauta 
frequente nas discussões ambientais e geopolíticas. 
 
De acordo com as legislações brasileiras o uso/consumo da água deveria ter como principal objetivo 
para o consumo dos indivíduos, entretanto o percentual de uso da água pelos brasileiros é cerca de 
10% é usado por nós no consumo, a agricultura consome cerca de 72%, os animais (gado 
principalmente) 11% e cerca de 10% indústrias. Podemos notar uma concetração das águas em 
determinados setores da economia. 
O que prejudica - juntamente com as políticas das águas (ou a falta dela) - pessoas de regiões que 
tem um menor saneamento básico e distribuição desse recurso. 
 
 
 
 
A hidrosfera corresponde à camada líquida presente no planeta Terra. Compreende os oceanos, os 
rios, os lagos, as calotas de gelo, as águas subterrâneas e o vapor-d’água presentes na atmosfera. A 
água, por meio de uma movimentação constante, é deslocada de uma área do planeta para outra e, a 
esse processo, realizado pela ação da energia solar e / ou pela gravidade, dá-se o nome de ciclo da 
água. 
 
 
A água é um recurso renovável graças a esse interminável ciclo, em atividade desde a formação da 
hidrosfera e da atmosfera, há aproximadamente 3,8 bilhões de anos. Estima-se que, de toda a água 
presente no planeta Terra, cerca de 97% encontram-se nos oceanos e nos mares, que recobrem cerca 
de 2/3 da superfície terrestre. O ciclo hidrológico tem papel fundamental na alimentação dos rios, dos 
lagos, dos oceanos e das águas subterrâneas, na transformação do relevo e na manutenção dos 
ecossistemas terrestres. Porém, esse ciclo não distribui os recursos hídricos de forma igualitária pelos 
continentes ou mesmo no interior dos países. 
 
De acordo com dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas, apenas seis países – Brasil, 
Rússia, Canadá, Indonésia, China e Colômbia – concentram cerca da metade da quantidade de água 
doce disponível em todo o planeta. 
 
Entenda as Bacias Hidrográficas 
A formação das bacias hidrográficas se dá através dos desníveis dos terrenos que orientam os cursos 
da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas. 
 
Essa área é limitada por um divisor de águas que a separa das bacias adjacentes e que pode ser 
determinado nas cartas topográficas. 
As águas superficiais, originárias de qualquer ponto da área delimitada pelo divisor, saem das bacias 
passando pela seção definida, e a água que precipita fora da área da bacia não contribui para o 
escoamento na seção considerada. 
 
 
 
 
Assim, o conceito de bacia hidrográfica pode ser entendido através de dois aspectos: rede hidrográfica 
e relevo. 
Em qualquer mapa geográfico, as terras podem ser subdivididas nas bacias hidrográficas dos vários 
rios. Catalogações de especialistas em geografia, de acordo com a maneira como fluem as águas, 
classificam as bacias hidrográficas em: 
 
 Exorreica, quando as águas drenam direta ou indiretamente para o mar; 
 Endorreica, quando as águas caem em um lago ou mar fechado; 
 Arreica, quando as águas se escoam alimentando os lençóis freáticos. 
 A bacia hidrográfica é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água 
(drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e 
topográficas. 
 
As Bacias Hidrográficas no Brasil: 
 
 1 – Bacia Amazônica 
 2 – Bacia Tocantins-Araguaia 
 3 – Bacia do São Francisco 
 4 – Bacia do Paraguai 
 5 – Bacia do Paraná 
 6 – Bacia do Uruguai 
 
1 – A Bacia Amazônica: 
 
É a maior bacia do mundo, com o maior rio do mundo em extensão, profundidade, largura e vazão 
d´ água. É a única bacia que tem sua nascente principal fora do país. 
 
A bacia amazônica abrange uma área de 7 milhões de km², compreendendo terras de vários países 
da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil). É a maior bacia 
fluvial do mundo. O Rio Amazonas nasce no Peru, recebendo águas de nascentes e também 
provenientes do derretimento da neve da montanha Nevado Mismi, na Cordilheira dos Andes. 
 
De sua área total, cerca de 3,8 milhões de km² encontram-se no Brasil, abrangendo os estados do 
Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá. Apesar de serem rios 
caracteristicamente de planície (imagem), muito utilizados para o transporte (considerados a estrada 
da região Norte do país), pela grande quantidade de água, têm também grande potencial 
hidrelétrico. A Bacia Amazônica é a importante fonte de água para a floresta. 
 
 
 
 
2 – Bacia do Tocantins-Araguaia: 
 
A origem da Bacia formada pelos Rios Araguaia e Tocantins está na parte central do país, nos 
Estados do Centro-Oeste. Em seguida segue em direção ao norte. 
 
 
Estes dos grandes rios se encontram, formando um eixo fluvial fundamental para o transporte. Hoje, 
a Empresa Vale, utiliza muito o rio para o transporte de suas produções em Carajás. 
No entanto, um grave problema ambiental na Bacia do Tocantins-Araguaia é que o rios da região 
foram bastante degradados por conta da mineração e da agricultura ribeirinha. A Mineração degrada 
as condições do leito, chegando a provocar desvios, assoreamento e poluição. 
 
Já o uso das margens para agricultura intensiva provoca a contaminação dos rios por agrotóxicos e 
assoreamento pela terra levada pelas chuvas. A Bacia Tocantins-Araguaia é a maior bacia 
totalmente formada no território brasileiro. 
 
3 – Bacia do São Francisco: 
 
A nascente do Rio São Francisco está em Minas Gerais, na Serra da Canastra. O rio vai ganhando 
afluentes e percorre uma grande parte do Estado de Minas e segue para atravessar todo o Estado da 
Bahia em direção ao Sertão Nordestino. 
 
 
 
Em seguida o Rio São Francisco faz a divida entre Bahia e o Estado de Pernambuco, e depois segue 
como marco de separação entre os Estados de Alagoas e Sergipe, chegando à sua foz no Oceano 
Atlântico. 
 
O “Velho Chico” leva riqueza ao sertão, tornando o solo fértil por onde passa, mas está sofrendo 
muito com a perda de volume de água por conta da interrupção do fluxo de alguns afluentes, 
abastecimento de cidades e propriedades agropecuárias. 
 
O “prolongamento” do rio São Francisco, a chamada transposição, que é a tentativa de levar água 
para áreas que não são banhadas naturalmente pelo rio, podem diminuir o fluxo de água até a foz, 
prejudicando diretamente a “vida” do rio. 
 
TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO 
 
O projeto de transposição do São Francisco surgiu com o argumento de sanar a de ciência hídrica na 
região do semiárido, através da transferência de água do rio para o abastecimento de açudes e rios 
menores na região Nordeste, com o objetivo de diminuir a seca no período de estiagem. O projeto é 
antigo e foi concebido em 1985 pelo extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), 
sendo, em 1999, transferido para o Ministério da Integração Nacional e acompanhado por vários 
ministérios desde então, assim como pelo Comitê da Bacia hidrográficado Rio São Francisco. 
 
O projeto está estruturado em dois grandes eixos: 
 
• O Eixo Norte do projeto, que levará água para os sertões de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio 
Grande do Norte, terá 400 km de extensão, alimentando 4 rios, três sub-bacias do São Francisco 
(Brígida, Terra Nova e Pajeú) e mais dois açudes: Entre Montes e Chapéu. 
 
• O Eixo Leste abastecerá parte do sertão e as regiões do agreste de Pernambuco e da Paraíba, com 
220 km, aproximadamente, até o Rio Paraíba, depois de passar nas bacias do Pajeú, Moxotó e da 
região agreste de Pernambuco. 
 
As polêmicas a respeito do projeto de transposição do Rio São Francisco são grandes e há quem 
defenda posições contrárias a ele, argumentando que a obra equivaleria a uma “transamazônica 
hídrica”, que, além de muito cara, não será capaz de suprir a necessidade da população da região, uma 
vez que o problema não seria o déficit hídrico. Os opositores à transposição destacam que o problema 
maior estaria na má administração dos recursos existentes na região, pois a maior parte da água é 
destinada à irrigação, sendo que diversas obras capazes de suprir as demandas de distribuição da água 
pela região estão, há anos, paralisadas. 
 
Há especialistas, no entanto, que defendem que o pequeno percentual do volume de água da 
transposição gerará perdas para os estados doadores e para o rio, perfeitamente compensadas pelos 
ganhos que significará para o Polígono das Secas. Para eles, a discussão central deveria ser, então, 
não sobre a realização ou não da transposição, mas sim sobre a compensação a que os estados que 
irão ceder água teriam direito, visto que esta possui valor econômico e esses estados precisam receber 
pela água que será transportada. 
 
4 – A Bacia do Paraguai: 
 
Apesar do nome remeter a um outro país, a Bacia do Paraguai tem origem no Brasil, e está situada na 
região Centro-Oeste, originando-se principalmente nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do 
Sul. Ela é formada pelos rios Cuiabá, Taquari e Miranda, dando origem ao Rio Paraguai. 
 
 
 
A Bacia do Paraguai é caracteristicamente de planície, muito utilizada para o transporte. Há poucos 
investimentos nesse setor pela baixa diversidade de produção na região, afirma o governo. 
 
Os rios dominam a vida na área do Pantanal, pois no período de chuvas, os rios tendem a aumentar 
consideravelmente o nível, alagando as região mais baixas, forçando o pecuaristas a deslocarem os 
gados periodicamente. Libera suas águas para a bacia do rio Paraná. 
 
5 – Bacia do Paraná: 
 
Você também encontra a denominação Bacia do Tietê-Paraná , pois ela é formada por um conjunto 
de águas de importantes rios brasileiros: Tietê, Paranaíba, Paranapanema, Aporé, entre outros que 
afluem para o Rio Paraná. Veja na imagem: 
 
 
 
Para você compreender bem a Bacia do Paraná lembre-se do potencial energético dela, 
principalmente com as Usinas “ao longo da Bacia”, como as Usinas de Furnas, e principalmente a 
Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, na fronteira do Brasil com o Paraguai. 
 
A característica principal da bacia do Paraná é ser planáltica (corre em Planalto), o que permite o 
grande potencial hidrelétrico nas regiões de quedas de água mais relevantes, como é o caso de 
Itaipu. 
 
Dali em diante, a partir da barragem da Usina de Itaipu, as águas entram no território da Argentina e 
“descem” no sentido Norte-Sul, cortando grande parte do território argentino até se encontrarem 
com o Rio Uruguai, formando a Bacia do Prata. 
 
6 – Bacia do Uruguai: 
 
Você também pode encontrar o nome de Bacia do Sul, pois é a nossa formação hidrológica de bacia 
que abrange a divisa entre os Estados de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, e também que faz a 
fronteira do Brasil com a Argentina na altura do Estado do Rio Grande do Sul. 
 
 
 
O Rio Uruguai nasce do encontro entre os rios Canoas (originado em Santa Catarina) e o rio Pelotas 
(originado do Rio Grande do Sul). As águas correm de Leste para Oeste, fazendo a fronteira entre 
estes dois estados, e depois correm para o Sul formando a divisa entre o Brasil e a Argentina. 
 
A Bacia do Rio Urugai e seus afluentes tem bom potencial hidrelétrico e também como via de 
transporte fluvial. Quando as águas do Rio Uruguai, depois de margearem a Oeste o território 
uruguaio se encontram com as águas do Rio Paraná elas dão origem à Bacia do Prata, separando 
Uruguai e Argentina e fazendo a foz com o Oceano Atlântico. 
Veja na imagem: 
 
 
 
ÁGUAS CONTINENTAIS 
 
As águas continentais são representadas pelos lagos, rios, águas subterrâneas e geleiras. 
 
LAGOS 
 
Lago pode ser definido como uma depressão do relevo coberta de água, geralmente alimentada por 
cursos-d’água e mananciais que variam em número, extensão e profundidade. Os lagos encontrados 
nas bordas litorâneas e que possuem ligações com o mar são denominados lagunas. No Brasil, 
podemos citar a Lagoa Mirim, a Lagoa Rodrigo de Freitas, a Lagoa dos Patos, entre outras. 
Normalmente, os lagos são alimentados por um ou mais rios afluentes. 
 
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
 
As águas que se infiltraram no solo e que penetraram, devido à ação da gravidade, em camadas 
profundas do subsolo atingindo o nível da zona de saturação (lençol freático) são denominadas 
subterrâneas. O solo e a estrutura geológica participam do ciclo hidrológico como grandes 
reservatórios de água, os chamados aquíferos, que abastecem a vazão dos rios e são susceptíveis de 
extração e utilização. Os aquíferos são depósitos de água constituídos por rochas e solos que, em 
razão de particularidades (boa porosidade e permeabilidade) da estrutura geológica, permitem a 
circulação e o armazenamento de água no subsolo. 
 
Esses lençóis a oram, nas superfícies em que há desníveis do terreno, sob forma de nascentes. A água 
subterrânea apresenta algumas propriedades que tornam o seu uso mais vantajoso em relação às águas 
dos rios: são filtradas e purificadas naturalmente através da percolação, determinando, em alguns 
casos, excelente qualidade, e podendo, às vezes, até dispensar tratamentos prévios; não ocupa espaço 
em superfície e sofre menor influência direta das variações climáticas. 
 
ÁGUAS FLUVIAIS 
 
A origem dos rios está relacionada ao afloramento dos lençóis freáticos, de onde surgem as nascentes. 
No entanto, a alimentação de um rio pode também acontecer por meio do degelo das áreas 
montanhosas. Os rios podem ser perenes (mantendo seu curso-d’água durante todo o ano) ou 
temporários, também chamados de intermitentes, que desaparecem em épocas de seca. Os cursos dos 
rios estendemse do ponto mais alto (nascente) até o ponto mais baixo (foz), que pode corresponder 
ao nível do mar, a um lago ou a outro rio. 
 
Os rios também podem ser planálticos ou de planície. Dessa forma, quando percorrem áreas planas, 
ficam geralmente sujeitos ao aparecimento de meandros, curvas, em razão da baixa velocidade que 
as águas fluviais possuem nessas regiões. Um talvegue é a linha formada pela interseção das duas 
superfícies constituintes das vertentes de um vale, sendo o local mais profundo deste, e, 
consequentemente, de maior profundidade ao longo de um curso-d’água. A área marcada pelo traçado 
de todos os talvegues de uma região é conhecida como rede de drenagem. Recebe o nome de jusante 
a direção do curso de um rio da nascente à foz, e de montante a direção do curso do rio da foz à 
nascente. 
 
A vazão de um rio é a medida do volume de água que escoa em determinada seção por um período 
de tempo definido. A unidade de medida mais comum para a vazão é a de metros cúbicos por segundo 
(m/s). A variação do volume de água dos rios durante o ano recebe o nome de regime fluvial. 
 
Esse regime depende do tipo de alimentação das águas e pode ser classificado como: 
 
Regime pluvial: quando as águas do rio são alimentadas pelas chuvas. 
Regime nival: quando as águas do rio são alimentadas peloderretimento das neves. 
Regime misto: quando há alimentação através das chuvas e da neve. 
 
Os rios são costumeiramente definidos como cursos d'água ou redes de drenagem compostos por 
correntes de água doce formadas a partir da obtenção de recursos hídricos das chuvas, do 
derretimento da neve ou, principalmente, das nascentes onde a água brota do subsolo. Geralmente, 
um rio é abastecido por uma bacia hidrográfica, ou seja, a área geográfica que capta toda a água da 
superfície ou do subsolo e direciona-a para um leito principal e seus afluentes. 
 
Com o objetivo de compreender melhor a dinâmica de funcionamento e evolução dos cursos 
d'águas em áreas continentais, foi elaborada a classificação dos rios, designando-os aos mais 
diferentes tipos. Desse modo, assim como ocorre em qualquer outra tipologia, a definição dos tipos 
de rios depende do critério utilizado para classificá-los. 
 
Tipos de rios quanto à forma de escoamento da água 
 
Rios intermitentes ou temporários – são aqueles que correm em apenas um período do ano, ou seja, 
secam nas épocas de estiagem. Existem casos em que essa dinâmica é natural, sobretudo em regiões 
de grande variação climática anual. Todavia, há outros casos em que a manifestação desse tipo de 
rio é fruto da ação humana. Vale lembrar que os rios que congelam durante uma parte do ano e, por 
isso, deixam de apresentar os movimentos de suas águas também são classificados como 
intermitentes. 
 
Rios perenes – são aqueles que correm o ano inteiro, ou seja, não apresentam interrupção no fluxo 
de suas águas sobre nenhum período, seja ele de seca, seja de cheia. Esses rios são alimentados por 
uma fonte contínua que faz com que o nível de suas águas nunca fique abaixo da superfície 
terrestre. 
 
Rios efêmeros – são aqueles que se manifestam apenas em ocasiões de grandes chuvas, sendo do 
tipo pouco comum e de previsão pouco efetiva. Em alguns casos, eles levam décadas para 
manifestar-se e podem acarretar enchentes, principalmente quando há ocupação humana das áreas 
de ocorrência desses rios em seu período de seca. 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/rios.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/bacia-hidrografica.htm
HIDROGRAFIA E RELEVO 
 
O curso de um rio, desde a nascente até o momento em que sua água se mistura com a água do mar, 
pode ser dividido em três fases: juventude, maturidade e velhice. Na fase inicial ou de juventude, no 
curso superior, os rios correm geralmente entre montanhas, o declive dos terrenos é acentuado e a 
força das águas é muito significativa. Assim, o desgaste na vertical é acentuado, e os vales apresentam 
vertentes abruptas: são os vales em V fechados. Nessa fase, podem surgir cataratas e corredeiras. Já 
na fase de maturidade, no curso médio, o declive do terreno já não é tão acentuado, e o desgaste faz-
se na horizontal, alargando o leito do rio e formando vales mais abertos: são os vales em V abertos. 
 
Por fim, na fase de velhice, no curso inferior, o rio perde velocidade, há a deposição dos materiais 
(aluviões) que o rio transportou durante o seu percurso, e formam-se vales de fundo largo e plano. 
 
Essas fases não sugerem relação alguma com a idade do rio nem com a do relevo, mas apenas com o 
tipo de processo (erosivo, deposicional ou de transporte) predominante em cada trecho do curso-
d’água, visto que tais processos ocorrem na maioria das vezes simultaneamente. Deve-se ressaltar 
também que tais fases são passíveis de mudanças, que podem estar relacionadas a alterações 
climáticas e / ou tectônicas. 
 
RECURSOS HÍDRICOS BRASILEIROS 
 
O Brasil possui a maior reserva hídrica do mundo e abriga uma vasta e densa rede hidrográfica, com 
rios extensos e de grande volume de água. 
 
A maior parte dos rios brasileiros possui apenas um regime hídrico, (que pode ser fluvial ou pluvial), 
com exceção do Rio Amazonas, que se caracteriza por regime misto ( fluvial e nival). Os rios perenes 
são a maioria, e apenas na zona semiárida nordestina aparecem rios intermitentes ou temporários. No 
Brasil, predominam os rios de planalto. O elevado índice pluviométrico, aliado aos desníveis 
topográficos, contribui para torná-los as fontes mais importantes de geração de eletricidade. Entre os 
grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente de planície e 
largamente utilizados para a navegação. Os rios São Francisco e Paraná são os principais rios de 
planalto. 
 
Com exceção do Rio Amazonas, que possui foz mista (delta e estuário), e do Rio Parnaíba, que possui 
foz em delta, quase todos os grandes rios brasileiros deságuam livremente no oceano (drenagem 
exorreica), formando estuários. O Brasil não possui lagos tectônicos, pois as depressões favoráveis a 
essa formação tornaram-se bacias sedimentares. Em nosso território, só há lagos de várzea 
(temporários, muito comuns no Pantanal) e lagoas costeiras, como a dos Patos (RS) e a Rodrigo de 
Freitas (RJ), formadas por restingas. 
 
A rede hidrográfica do Brasil é proveniente de três centros dispersores de água: a Cordilheira dos 
Andes, onde nascem os tributários formadores do Rio Amazonas; o Planalto das Guianas, que dá 
origem aos rios da margem esquerda da Bacia Amazônica; e o Planalto Central Brasileiro, de onde se 
originam os rios das mais importantes bacias brasileiras: a Bacia Amazônica (rios da margem direita), 
a Bacia Platina e a Bacia do Rio São Francisco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões: 
 
1 - Observe o gráfico a seguir: 
 
Adaptado de VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora 
Ática, 2012. 
Com base nas informações dos gráficos e em seus conhecimentos sobre a distribuição e utilização 
da água no mundo, assinale o que for correto: 
a) Apesar do quantitativo reduzido de água potável no mundo, sua distribuição é quase igualitária 
em todo o globo, caso contrário não haveria vida. 
b) O Brasil é um país privilegiado por ter a maior reserva de água do mundo, bem distribuída em 
seu território. 
c) A quantidade de água disponível no mundo não será um problema, haja vista que se trata de um 
recurso natural renovável. 
d) A água vem provocando algumas guerras e deve continuar sendo um importante elemento 
geopolítico no século XXI. 
e) A difusão e a propagação em larga escala das técnicas de dessalinização da água do mar vêm se 
configurando como importantes alternativas para combater a escassez desse recurso no planeta. 
2 - (UFC) 
A água constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento da vida no nosso planeta. Com 
relação a esse elemento, assinale a alternativa correta. 
a) A água do planeta está sendo comprometida pela poluição doméstica, industrial e agrícola, além 
dos desequilíbrios ambientais resultantes dos desmatamentos e do uso indevido do solo. 
b) Desvios de água para projetos de irrigação, construção de hidrelétricas, consumo excessivo, 
desmatamento e poluição têm contribuído para a redução de conflitos entre usuários. 
c) A água tem sido utilizada para a geração de energia elétrica, assegurando a sustentabilidade do 
meio ambiente local. 
d) O Brasil possui pouca quantidade de água superficial e subterrânea devido às suas características 
geológicas dominantes. 
e) A diminuição da chuva no Brasil tem sido o maior problema ligado à falta de água para abastecer 
as cidades. 
3 - (UNIFEI) 
 
À medida que crescem a população e as cidades, ocorre também uma crescente demanda pela água, 
que é utilizada de diversas formas, como no uso doméstico, nas indústrias, na agricultura e pecuária. 
Com relação à demanda de água, assinale a alternativa que mostra onde a água é requerida em 
maior quantidade. 
a) No uso doméstico, pelas atividades cotidianas, como as de limpeza e lazer. 
b) Na agricultura, principalmente na irrigação de lavouras. 
c) Na pecuária, na dessedentação de animais. 
d) Na indústria, principalmente nos parques industriais, para,por exemplo, mover máquinas, 
resfriar peças e gerar energia. 
4 - As alternativas abaixo são compostas por alternativas e formas de preservação e redução do 
desperdício de água, EXCETO: 
a) aproveitamento das águas das chuvas 
b) diminuir o consumo de produtos que utilizam muita água em sua produção 
c) não poluir os rios e cursos d’água 
d) não destruir matas ciliares e de galeria 
e) substituir hidrelétricas por termelétricas. 
5 - (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) – A rede hidrográfica brasileira apresenta, dentre outras, as 
seguintes características: 
 
a) grande potencial hidráulico, predomínio de rios perenes e predomínio de foz do tipo delta. 
b) drenagem exorreica, predomínio de rios de planalto e predomínio de foz do tipo estuário. 
c) predomínio de rios temporários, drenagem endorreica e grande potencial hidráulico. 
d) regime de alimentação pluvial, baixo potencial hidráulico e predomínio de rios de planície. 
e) drenagem endorreica, predomínio de rios perenes e regime de alimentação pluvial. 
https://portal.fiocruz.br/
 
6 - (IFCE – com adaptações) – Sobre as características da hidrografia brasileira, são feitas as 
seguintes afirmações: 
 
I. Considerando-se os rios de maior porte, só é encontrado regime temporário no sertão nordestino, 
onde o clima é semiárido, no restante do país, os grandes rios são perenes. 
II. Predominam os rios de planalto em áreas de elevado índice pluviométrico. A existência de 
muitos desníveis no relevo e o grande volume de água possibilitam a produção de hidroeletricidade. 
III. Na região Amazônica, os rios são muito utilizados como vias de transporte, e o potencial 
hidrelétrico é amplamente aproveitado. 
 
Está correto o que se afirma em: 
 
a) I apenas. 
b) I e II apenas. 
c) I e III apenas. 
d) II e III apenas. 
e) I, II e III. 
7 – (Mackenzie SP/2018) – Observe o mapa: 
Estudo aponta que desmatamento 
da Mata Atlântica aumentou cerca de 60% em um ano. 
Entre 2015 e 2016, cerca de 290 quilômetros quadrados de floresta foram devastados, o que 
significa um aumento de 57,7%, se comparado com os anos anteriores. 
 
https://ifce.edu.br/
https://www.mackenzie.br/
 
 
Atualmente restam cerca de 12% da área original da Mata Atlântica (Foto: Arte EPTV) 
 
A Mata Atlântica percorre importantes regiões hidrográficas brasileiras. Suas florestas são 
fundamentais para a manutenção dos processos hidrológicos garantindo a quantidade e a qualidade 
da água potável para milhões de brasileiros e para os diferentes setores da economia nacional. 
Tendo por base o mapa, as informações citadas e seus conhecimentos, identifique, a seguir, a 
alternativa que apresente, apenas, regiões hidrográficas com ocorrências de Mata Atlântica. 
 
a) Região Hidrográfica do Paraguai; Região Hidrográfica Amazônica; Região Hidrográfica do 
Piauí. 
b) Região Hidrográfica do Uruguai; Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental; Região 
Hidrográfica Amazônica. 
c) Região Hidrográfica Amazônica; Região Hidrográfica do Tocantins; Região Hidrográfica do 
Parnaíba. 
d) Região Hidrográfica Atlântico Sul; Região Hidrográfica do Paraná; Região Hidrográfica do 
Atlântico Leste. 
e) Região Hidrográfica do Uruguai; Região Hidrográfica do Tocantins; Região Hidrográfica do 
Atlântico Nordeste Ocidental. 
 
GABARITO: 
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D 
A 
B 
E 
B 
B 
D 
 
 
 
 
	Entenda as Bacias Hidrográficas
	A formação das bacias hidrográficas se dá através dos desníveis dos terrenos que orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas.
	As Bacias Hidrográficas no Brasil:
	 1 – Bacia Amazônica
	 2 – Bacia Tocantins-Araguaia
	 3 – Bacia do São Francisco
	 4 – Bacia do Paraguai
	 5 – Bacia do Paraná
	 6 – Bacia do Uruguai
	1 – A Bacia Amazônica:
	É a maior bacia do mundo, com o maior rio do mundo em extensão, profundidade, largura e vazão d´ água. É a única bacia que tem sua nascente principal fora do país.
	Estes dos grandes rios se encontram, formando um eixo fluvial fundamental para o transporte. Hoje, a Empresa Vale, utiliza muito o rio para o transporte de suas produções em Carajás.
	A Bacia do Paraguai é caracteristicamente de planície, muito utilizada para o transporte. Há poucos investimentos nesse setor pela baixa diversidade de produção na região, afirma o governo.
	O Rio Uruguai nasce do encontro entre os rios Canoas (originado em Santa Catarina) e o rio Pelotas (originado do Rio Grande do Sul). As águas correm de Leste para Oeste, fazendo a fronteira entre estes dois estados, e depois correm para o Sul formando...

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