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Teorias Histórico-Críticas Natureza social do desenvolvimento Psicológico ↳ tudo se dá na relação, o ser não é ativo e nem passivo, ele é interacionista -> dependemos da cultura para nos tornar humanos -Homem se constitui nas relações sociais - superação da dicotomia individual e social ↳Vygotsky não vê essa dicotomia, ele falava em planos constituintes -Relações do plano social e individual é tratada em termos de vinculação genética e não de oposição ↳Vyg entendia que os planos tem vínculo de origem, um plano origina o outro, um não seria superior ao outro, e a origem do individual estaria no social, que advém do individual ↳ só pode entender o individual sendo originado do plano social ↳ oposição seria dizer que um é mais importante que o outro, no entanto, ele vai se originar, não se sobrepor ↳”vinculação” como ideia de “origem”, não biológico -Psicológico (“aquilo que habita os “balões” em nossas cabeças”, ou seja, ideias, imaginação e resolução de problemas) só pode ser compreendido nas suas dimensões social e individual ↳exemplo: capacidade de abstrair é individual, mas para compreender esse psicológico, depende-se do social. Abstração não se desenvolve sozinha, sem o outro -Gênese social do desenvolvimento - mecanismos pelos quais planos intersubjetivos permitem elevar formas de ação individual ↳para achar a origem do desenvolvimento individual, como se ser alguém imaginativo, é preciso buscar na vida do sujeito e em suas relações -Plano intersubjetivo: está na relação, é a relação dos indivíduos ↳ o intra se torna inter ↳temos que descobrir os mecanismos desse plano que possibilitam que cada indivíduo alcance formas mais elevadas de ação, como, por exemplo, a criança deixar de apenas chorar e apontar, passando a pedir pelo que quer -Mediação -Ao pegar/tocar objetos, há uma relação mediada por signos ↳exemplo: há uma pessoa A e uma pessoa B, onde A quer contactar B, contactando a telefonista, que as conecta. A telefonista exerce o papel de um elemento intermediário e, na atualidade, com os celulares, o mesmo permanece ocorrendo, como se houvesse mini pessoas levando mensagens de uma pessoa a outra (eles são os signos) ↳exemplo 2: quando Márcia está segurando um apagador, há entre eles um signo que representa o apagador (há uma “coisa” que permite o contato e a identificação) -Sem os signos, não há pensamento. O que permite pensar é essa forma de operação por signos ↳ao ver algo desconhecido, através dos signos da cultura, tende-se a compreender o que é aquilo, o que significa ↳signos possibilitam representar mentalmente, sendo voltados para dentro do indivíduos. Instrumentos, por outro lado, são voltados para fora, ajuda a agir sobre coisas externas (se tira o instrumento, só fica o pensamento prático) ↳ possibilidade de passar a ter PPS ↳ a linguagem é tão importante que muda o pensamento Signos -Invenção e uso dos signos é análoga à invenção e uso dos instrumentos -Signo é instrumento da atividade psicológica ↳do ponto de vista do desenvolvimento da sociedade, o uso de signos é um grande salto, relacionado ao olhar para o passado e projetar o futuro ↳isso o torna análogo aos instrumentos, que também propiciaram esse salto ↳ ferramentas do pensamento Internalização - signos ↳ quando entende o que é falado, é porque se tem a internalização do signo -Signos internos = representações mentais que substituem os objetos do mundo real ↳ a partir do momento que representa menitalmente não precisa mais estar no aqui e agora -Capacidade de lidar com representações que substituem o próprio real possibilita ao homem libertar-se do espaço e do tempo presentes ↳ pode falar de algo que já aconteceu e projetar isso -Operação mental é uma relação mediada por signos internalizados que representam os elementos do mundo, libertando o homem da necessidade de interação concreta com objetos do pensamento ↳ a internalização sempre vem do outro (cultura), porque não está em você ↳representações mentais substituem objetos do mundo real por meio dos signos ↳a partir do momento em que a criança passa a representar mentalmente, há um salto desenvolvimental ↳a partir da internalização (relação com o outro - intersubjetividade) que a criança, sem nada de signos, passa a possuí-los e ser capaz de alcançar funcionamentos psíquicos superiores -Desenvolvimento é alicerçado sobre o plano das interações ↳funções psicológicas que emergem ao plano intersubjetivo, se tornam internalizadas -Plano interno - modo de funcionamento que se cria com a internalização ↳ quando internaliza que se torna eu -Vyg fala de uma relação entre pensamento e linguagem ↳língua tem função de comunicação e de pensamento generalizante ↳ela “organiza o real”, a apropriação de signos da cultura propiciam que compreendamos o que nos é dito ↳linguagem e pensamento aparecendo separados e, inicialmente, com funcionamentos rudimentares ↳pensamento e linguagem pré-intelectuais (pré-verbais se manifestam em animais e crianças pequenas). O pensamento pré-verbal é aquilo que não se encontrou com a linguagem, como choro, balbucio, etc ↳por não haver encontro com o pensamento, é sem sentido, sem significado ↳quando pensamento e linguagem se misturam, aí se tem significação ↳a criança, sem pensamento estruturado, não consegue planejar, ela apenas realiza atos (muitos com intencionalidade) -Pensamento e linguagem, em dado momento, se entrecruzam e nunca mais se separam (isso se dá pela criança se apropriar do significado e da cultura) ↳não somos capazes de parar de pensar mais , mas, em certos momentos da vida adulta, pensamento e linguagem se descolam, como ao repetir palavras em outro idioma, sem saber o significado, ao apenas decorar. Já o pensamento pré-verbal se manifesta em ações cotidianas, como dirigir (de forma automatizada) -Quando há fala egocêntrica, então já houve um pouco de apropriação Fala egocêntrica Inicialmente, fala do outro dirige a ação e atenção da criança, aos poucos a criança também usa a fala para afetar a ação do outro -Na medida em que a criança compreende e usa melhor a fala na regulação de/pelo outro, ela começa a falar para si -Fala egocêntrica - abrange uma variedade de referências à ação presente a à ação em ocorrência ↳fala acompanha a brincadeira da criança, já que a criança, sem fala interior, demanda de uma exterior para realizar suas ações -Depois, passa a uma forma de descrição e análise da situação -Depois, servem para organizar e guiar a ação: assume a função auto-reguladora ↳ em um primeiro momento, a fala é socializada, só depois se torna internalizada -Percurso é da atividade social para a atividade individualizada -Criança usa fala socializada-comunicação 1º fala acompanha ações e se mostra dispersa e caótica 2º fala egocêntrica ↳ aparece na transição do discurso socializado e interior ↳ criança fala para si mesma, independente da presença do outro ↳ auxiliar do plano de ação - acompanha a atividade usada como apoio ao planejamento 3º fala externa vai se tornado fragmentada, sendo substituída por sussurros e depois desaparece Fala internalizada -Sujeito adquire função de auto-regulação -Função planejadora
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