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CONCEITO DE LIBERDADE NA CONFERÊNCIA

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LINDÉIA MARILAC CARDOSO FRANCISCO 
 
 
 
 
 
O CONCEITO DE LIBERDADE NA CONFERÊNCIA “O 
EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFINS – MG 
2017 
2 
LINDÉIA MARILAC CARDOSO FRANCISCO 
 
 
 
 
 
 
O CONCEITO DE LIBERDADE NA CONFERÊNCIA “O 
EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO” 
 
 
Projeto de pesquisa para o trabalho de conclusão de 
curso (TCC) de Filosofia do Departamento de 
Ciências Humanas (DCH) da UFLA, apresentado 
pela aluna Lindéia Marilac Cardoso Francisco 
(matrícula 201111992), a ser desenvolvido sob 
orientação da Profa. Elis Joyce Gunella. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFINS – MG 
2017
3 
DEDICATÓRIA 
 
 
 Dedico esse trabalho aos meus filhos, que mesmo estando fisicamente presente, em 
razão da minha dedicação aos estudos, por muitas vezes estive ausente aos gestos de carinho 
de atenção. 
Esse sonho a ser realizado com certeza os motivará e servirá como um exemplo de 
garra, força de vontade, perseverança e superação. 
Dedico também, a todos os funcionários da UFLA, professores, tutores, orientadores 
e servidores administrativos que sempre me motivaram e em especial a Elis Joyce Gunella 
pela dedicação e atenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTO 
 
Agradeço em primeiro lugar Deus, em seguida UFLA, pela oportunidade que me 
proporcionou, através da Plataforma Freire, a cursar o ensino superior em uma área que muito 
me fascina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
EPÍGRAFE 
 
“O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os 
outros fazem de nós.”Jean Paul Sartre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................7 
 
2. CAPÍTULO I: A EXISTÊNCIA, A LIBERDADE, A MÁ FÉ E A NÃO EXISTÊNCIA DE DEUS.....9 
 
2.1. A Existência Precede A Essência.....................................................................................................9 
 
2.2. A Liberdade do Homem................................................................................................13 
 
2.3. A Má – Fé.......................................................................................................................13 
 
2.4. A Existência e não Existência de Deus.........................................................................14 
 
3. CAPÍTULO II: CAPÍTULO 2 – LIBERDADE E RESPONSABILIDADE ...............15 
 
3.1. Liberdade e responsabilidade......................................................................................15 
 
3.2. Situação X Liberdade....................................................................................................17 
 
4. CONCLUSÃO.......................................................................................................19 
 
5. CRONOGRAMA....................................................................................................20 
 
6. BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
O CONCEITO DE LIBERDADE NA CONFERÊNCIA “O 
EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO” 
 
RESUMO 
Tem-se como ponto de partida para esta pesquisa o conceito de liberdade e suas implicações na 
Conferência proferida por Jean Paul Sartre, “O Existencialismo é Um Humanismo”, em 29 de outubro 
de 1945, na cidade de Paris. A referida obra tem como pressuposto a precedência da existência em 
relação à essência, o que significa que é a partir da liberdade que o homem constrói a si mesmo. A 
liberdade, como fundamento do homem e negação de qualquer determinação originária, tem como 
correspondência imediata a responsabilidade das ações do homem, que livremente escolhe e institui 
valor as suas escolhas sobre aquilo que pretende ser. Tal é a radicalidade e extensão da liberdade do 
homem que ao escolher-se institui valor de ordem universal a essa escolha, que segundo Sartre 
(SARTRE, Jean-Paul 1978, pag. 7) “nada pode ser bom para nós sem que seja para todos” Ao 
escolher-se escolhe também um modelo de homem. 
 
Palavras-chave: Liberdade. Conferência. Existencialismo. Humanismo. 
 
ABSTRACT 
 
It has been the starting point for this research the concept of freedom and its implications for the 
conference given by Jean Paul Sartre, "Existentialism and Humanism", on October 29, 1945 in the city 
of Paris. Such work presupposes the precedence of existence in relation to essence, which means it is 
from the freedom that man builds himself. Freedom, as the foundation of man and denial of any 
determination originated, has the immediate correspondence responsibility of the actions of man who 
freely chooses and establishing value your choices about what you want to be. Such is the radical and 
extent of the freedom of man to choose to establishing value of universal order that choice, which 
according to Sartre (SARTRE, Jean-Paul 1978, p. 7) "nothing can be good for us without having to all 
"When choosing also choose a model of man. 
 
Keywords: Freedom. Conference.Existentialism.Humanism. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O objetivo desta pesquisa é investigar o conceito de liberdade decorrente do 
pressuposto do existencialismo sartreano de que “a existência precede a essência”, tendo 
como partida a conferência “O Existencialismo é um Humanismo”. 
Sartre rebate as críticas dos marxistas e dos cristãos no período pós-guerra ao 
existencialismo, ressaltando, principalmente, o fato de o homem ser o principal responsável 
por sua própria liberdade, e em decorrência dessa liberdade, o sujeito se encontra cercado pelo 
desamparo, tendo como consequência, o desespero e a angústia. 
8 
Sendo ateu, Sartre responde às críticas se baseando na concepção de que o homem 
não é uma criatura de Deus e que ele se define como liberdade radical, tendo em vista que a 
sua existência precede a essência e a essência é processo sempre inacabado de se constituir 
através da liberdade absoluta de escolher o seu próprio projeto de ser. De acordo com o 
pensamento sartreano, “a existência precede a essência”, e o não ser não existe, ou seja , o ser 
se manifesta, é presente, é vivo e se apresenta por sua existência real. 
Diferente do artesão, conforme exemplo citado em sua obra, que ao criar um objeto, 
via nele a sua necessidade e, portanto, o projetava para um fim, o homem a partir da ontologia 
fenomenológica de Sartre, não possui finalidade prévia: o homem simplesmente existe e é de 
sua inteira responsabilidade constituir-se através do que fizer de si, ou seja, o homem tem 
total liberdade em viver e estabelecer o seu projeto de vida, tendo em vista não haver em 
hipótese alguma uma natureza anterior às suas escolhas, ou seja, qualquer ato ou escolha do 
homem é uma projeção daquilo que ele acredita ser um homem, é uma escolha de si mesmo e 
não de um Deus criador que poderia conceber o homem com uma essência pré-determinada. 
O conceito de liberdade em Sartre se opõe a existência de liberdade em relação ao 
homem. Para efeito de estudo devemos analisar a relação correlata entre o que seja a liberdade 
e o que seja a responsabilidade. Em Sartre a definição de liberdade se relaciona com o 
conceito de responsabilidade. O homem possui a liberdade, mas precisa saber o que é essa 
liberdade. E ao ser livre este possui suas responsabilidades sobre suas ações em sociedade. 
Esta pesquisa nasceu da necessidade de refletir sobre o humanismo e o 
existencialismo em Jean Paul Sartre. Nesta pretendemos fazer uma análise mais precisa sobre 
os conceitos de liberdade e de responsabilidade. A “Conferência Existencialismo é um 
Humanismo” foi necessária para que Sartre pudesse responder e até se defender das críticas 
advindas dos marxistas e dos cristãos queo criticavam a ontologia fenomenológica criada e 
publicada na obra sartreana o “Ser e o Nada”. O filósofo ao tecer crítica sobre os marxistas e 
os cristãos, defende a importância de uma infância bem vivida, e que nos preocupemos com o 
homem desde o seu nascimento e não somente em sua idade adulta. Sartre defende a ideia que 
devemos cuidar do homem desde criança e não somente na fase adulta. Um indivíduo não 
pode ser livre sem ser responsável por suas ações. A criança precisa desde cedo aprender o 
que é ser livre. IEDA (2008) afirma que a corrente existencialista é entendida como: 
 
 
Uma corrente de pensamentos, iniciada por Kierkgaard, que por oposição as 
filosofias conceptuais (essencialismo), cujo modelo é hegeliano, têm no 
9 
centro das suas reflexões na existência humana considerada como existência 
livre, desprovida de normas e essência abstrata e universal, sendo o homem 
responsável pelo seu próprio destino; movimento cultural em torno daquela 
corrente de pensamento, caracterizado, de uma forma geral, pelo relevo dado 
à subjetividade e ao método de descrição fenomenológica das realidades 
existenciais e ao absurdo da existência. (IEDA, 2008, p.1). 
 
 
2. CAPÍTULO I: A EXISTÊNCIA, A LIBERDADE, A MÁ FÉ E A NÃO 
EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
2.1. A Existência Precede A Essência 
 
Sartre apresenta sua reflexão a respeito da existência que segundo ele precede a 
essência (SARTRE, 1987, p.5) e que é um reforço das ideias apresentadas em sua obra “O Ser 
e o Nada”, no ano de 1943. Neste livro Sartre afirma que o que diferencia os seres humanos 
dos outros seres é ser definido como consciência. Nesse sentido, não trazemos nada em nossa 
consciência ao nascermos, a consciência é um vazio e só a partir do momento que temos 
contato e impressões com os fenômenos externos é que realmente passamos a existir. 
O conteúdo da consciência é formado pela percepção advinda do mundo externo, é a 
consciência que dá sentido aos objetos que ocupam a natureza, a consciência envolve intenção 
e assim, toda consciência é relativa a alguma coisa. 
 Nesse sentido, toda esta fundamentação teórica condiz com o que Sartre está 
delineando em sua conferência “O Existencialismo é um Humanismo”, onde define a 
consciência como liberdade originária de escolher e de se escolher, onde não temos natureza 
humana, não somos determinados por nada, existimos por nós mesmos, construímos a nós 
mesmos a partir das nossas experiências externas, dessa forma ele justifica o humanismo do 
existencialismo , a doutrina preconiza que o homem construa a si mesmo: “ O homem nada 
mais é do que aquilo que ele faz a si mesmo: é esse o primeiro principio do existencialismo.” 
(SARTRE, 1987, p. 6). Assim, na medida em que não há natureza que nos determine, só nos 
resta a nos mesmos, após termos contato e impressões com fenômenos do mundo, nós nos 
constituímos a medida em que existimos. 
Dessas acepções, o homem pode ou não escolher ser herói ou covarde: “o 
existencialismo afirma é que o covarde se faz covarde que o herói se faz herói; existe sempre, 
para o covarde, uma possibilidade de não mais ser covarde, e, para o herói, de deixar de ser ( 
SARTRE, 1987, p. 14)”. E assim, segundo o otimismo do existencialismo, cabe ao homem o 
10 
seu sucesso ou o seu fracasso, pois cada um pode mudar sua condição, o homem não tem uma 
natureza que o determine, ele é livre para escolher a ser o que deseja ser. 
Para Sartre é necessário que vençamos primeiro a nos mesmos para temros o nosso 
lugar dentro do que compõe o mundo. Assim sendo agir sem esperar é lutar sem que o outor 
o auxilie, pois o outro como ser humano, também, é livre para fazer suas escolhas. É agir por 
si só. Sartre também afirma diz que “só podemos contar com o que depende da nossa vontade 
ou com o conjunto de possibilidades que tornam nossa ação possível”. 
Não obstante, é importante que não fique parado com relação a tudo, e ainda, que se 
faça o máximo para seu objetivo concretizar, e não esperar que as pessoas o realizem para 
você o que é de sua inteira responsabilidade. A realidade existe na ação que é realizada e o 
homem é o seu próprio projeto e assim, ele somente existirá no decorrer da realização, será o 
resultado daquilo que se propôs. Tais ideias esclarecem que você é o ser responsável por sua 
própria vida, se ela é desgraçada ou não, é porque você permite que ela seja dessa forma, do 
contrário, seria tentar justificar que o fato de ter uma vida como citada é simplesmente porque 
você nasceu com ela dessa maneira, sem possíveis perspectivas e criado ao redor de pessoas 
que não permitisse que você tivesse outra oportunidade de sequer pensar em mudar e 
transformá-la para melhor, afirmando que você nasceu assim, e que não teve escolhas. 
Ainda segundo os pareceres de Jean Paul Sartre, com a finalidade de rebater as 
críticas dos marxistas e da igreja católica feita a sua visão do existencialismo apresenta na 
conferência que o existencialismo se caracteriza tanto por humanismo, no sentido de que há 
uma construção da subjetividade humana, como por um otimismo, uma doutrina da ação. Os 
marxistas fazem as críticas a partir da ideia de que o existencialismo era expressão da 
contemplação e do luxo burguês além de trazer isolamento ao homem e afastá-lo da 
solidariedade e os cristãos criticavam a filosofia de Sartre, pois, ela negava a existência de 
Deus e assim passava uma imagem negativa à humanidade, de modo que, se a ideia de Deus 
era visto pelos cristãos como sendo negativa, não fazia sentido acreditar que o existencialismo 
não era uma conduta importante se ele era voltado apenas como foi citado de “contemplação e 
luxo burguês”. 
Segundo Sartre, o existencialismo, tanto o cristão quanto o ateu, tem em comum o 
princípio que a existência precede o existir. O homem, a criança vem ao mundo pura e quando 
entra em contato com o mundo este desenvolve as todas as crenças. Assim, o homem é um ser 
que é lançado ao mundo sem essência alguma. Simplesmente existe e a partir desse momento 
ele passa a criar um projeto de si mesmo, sendo assim, através da liberdade absoluta ele se 
11 
projeta para o futuro, portanto o homem vive subjetivamente e não existe nada anterior a este 
projeto. 
De acordo com a visão de Sartre, as ações dele são construídas a partir da sua 
liberdade, pois estando ele “condenado a ser livre”, passa a fazer escolhas concretas e dessa 
forma se realizará em determinada situação, e, portanto ocorre uma separação do ato de 
transcender que é um “projeto de ser”, a um objetivo que depende das possibilidades de fatos 
históricos, sociais e materiais, ou seja, o existencialismo do homem se baseia em suas ações 
efetivas.Ainda que nas afirmações de Sartre, o homem no existencialismo é responsável pela 
sua existência, ele tem um desejo consciente das suas escolhas e é de sua total 
responsabilidade o resultado dessas escolhas, uma vez que a liberdade é uma condição da 
existência humana. 
Assim, quando o homem age livremente, é através de seus atos e condutas que ele 
formará a sua essência e por não existir uma natureza anterior, uma vez que ele é lançado ao 
mundo em total liberdade, sem ter nenhuma referência do que ele poderá se transformar, é 
através da sua inserção e engajamento no mundo que se formará, muito embora ele ainda 
será uma pessoa sem definições com relação a sua conduta que será inacabada, o homem é 
um ser , sempre em transformação. 
Sendo, portanto, o homem um projeto de si mesmo, é ao longo de sua existência que 
ele construirá a sua própria história e não havendo uma essência anterior, é através da sua 
liberdade radical que o tornará aquilo que desejar ser, pois, no início ele nada é, e só poderá 
ser mediante suas ações e as escolhas. 
Sendo o homem o próprio homem, recusando ser uma criatura de um Deus, ela exerce 
sua liberdade de construção, encontrando dessa forma em total desamparado, uma vez que seo homem fosse uma criatura de Deus com sua natureza idealizada e realizada, jamais poderia 
ser livre, pois não teria uma liberdade radical de escolha. 
 
2.2. A Liberdade do Homem 
 
Conforme reflete Sartre, a liberdade do homem deve ser tratada de forma completa e 
ao homem lhe é dado o direito de ser aquilo que deseja ser e se realizar como projeto, 
portanto é responsável por tudo que faz e tem, também, a responsabilidade com a liberdade 
de ações dos outros homens, que igualmente estão na condição de ser o que eles se 
determinam a ser. 
12 
O homem vive em uma sociedade e assim, tem que conviver com outros que também 
são livres, portanto, ele conhece as consequências e as finalidades destas escolhas em suas 
ações que possam refletir em seu meio e ele tem que ter consciência em relação às sansões 
que ele poderá enfrentar em decorrência de suas escolhas, isto é, ele é responsável pelos seus 
atos e além do reflexo deles em toda humanidade. Quando o homem escolhe a si próprio na 
verdade essa escolha o leva a escolher todos os homens, uma vez que envolve toda a 
humanidade. 
Haja vista, que homem esteja condenado a ser livre, as suas ações são intencionais, o 
querer ou desejar não significa simplesmente obter o que quer, mas sim determinar-se, através 
de ações e condutas, querer por si próprio, porém o homemdepara com o fato de que ao 
querer também depende de outros homens e, portanto, nem sempre querer é poder, mas o 
homem tem a liberdade de tentar e de ser livre ao querer, independente se obterá sucesso ou 
não e agindo assim, é despertado o sentimento de angústia, desamparo e desespero. 
O “desespero e o desamparo” podem ser entendidos como uma ação que no 
comportamento humano não ocorre com frequência. Pelo menos não temos consciência disso. 
Mas a todo momento fazemos nossas escolhas, mas não conseguimos acertar sempre e 
algumas dessas decisões geram o sentimento de desamparo e angústia. Esta é mais frequente 
a partir do momento em que as minhas escolhas originais teimam em acontecer 
constantemente. A angústia assim como a responsabilidade são consequências da ausência de 
justificativas. 
Segundo Bettoni (2007), o mesmo assevera que a angústia seja: 
 
A angústia é entendida simplesmente na descoberta de que o homem, 
quando escolhe, não é apenas o legislador de si mesmo, mas alguém que, ao 
mesmo tempo, escolhe a si mesmo e a humanidade inteira. O homem que 
descobre isso não consegue escapar de sua total e absoluta responsabilidade, 
que gera o sentimento original de angústia. Por isso é o próprio homem 
quem determina o valor de sua escolha, pois ele tem o constante dever de se 
perguntar: o que aconteceria se todo mundo fizesse como nós? Assim, a ação 
do homem, vista como a escolha constante de seu destino, é propriamente 
constituída por angústia. (Bettoni, 2007, p. 07). 
 
 
Ainda de acordo com Bettoni (2007, p. 08), quando Sartre define o desamparo quer 
simplesmente asseverar que “Deus não existe e que é necessário levar esse fato às últimas 
consequências”. Assim, o termo desamparo significa que o homem não possui nada a que 
13 
possa se segurar, nem dentro nem fora dele; não existem bases para direcionar suas ações, 
somente sua liberdade e a sua responsabilidade. Ainda nas palavras de Bettoni (2007): 
 
 
Não existem valores eternos preestabelecidos que impedem o homem de 
agir, nenhuma justificativa ou desculpa que o retire de sua escolha. Em 
qualquer situação, somos nós que escolhemos, subjetivamente, aquilo que 
provém de nossa própria vontade. O homem está só: “o desamparo implica 
que somos nós mesmos que escolhemos o nosso ser. O desamparo e angústia 
caminham juntos” (Bettoni, 2007, p.12). 
 
 
Dessas acepções, no que tange ao termo denominado “desespero”, reflete Bettoni 
(2007) da seguinte maneira: 
 
 
Está ligado ao fato de que o existencialista não espera nada de um mundo 
transcendente. Se o desamparo é ausência de Deus, o desespero é não 
esperar por ele. As circunstâncias, deste modo, não podem servir como 
evasivas para nossos atos, nem como subterfúgios para nossos fracassos. O 
desespero é o que torna nossa ação possível é apenas a nossa própria 
vontade. Por isso Sartre delineia: “o homem nada mais é do que o seu 
projeto; só existe na medida em que se realiza; não é nada além do conjunto 
de seus atos, nada mais que sua vida” (Bettoni, 2007, p. 13). 
 
 
A responsabilidade, a liberdade, o projeto e a existência que escolhe seu ser são 
termos constantes na obra de Sartre, e esses termos se interagem e são correlatos. Desse 
modo, afirma-se que é característica com relação à condição do homem sua situação autêntica 
de desespero, angústia e de desamparo. 
 
2.3. A Má – Fé 
 
Com relação a má fé, tal como refletida por Sartre, pode ser nomeada, ao meu 
entender, como sendo um autoengano, ele é o exercício inautêntico da liberdade. Primeiro 
porque diz respeito a uma relação de cada um consigo mesmo, depois porque trata de uma 
mentira contada para si mesmo e para a própria consciência, portanto, trata-se de uma 
tentativa de eximir do peso dos próprios atos. Assim, seria um momento pós-angustia. A má 
14 
fé, portanto, é um impedimento para o engajamento ( SARTRE, 1987, P. 19). A má fé estraga 
a liberdade que nos caracteriza, obriga que se tenha uma determinação falsa, sendo embaraço 
para a adoção da cosmovisão existencialista. 
As nossas escolhas são difíceis, porém é a única forma que nos leva a escapar da má 
fé, pois optar em agir é escolher a responsabilidade de nossos próprios atos e assim conviver 
com a angústia da liberdade. 
 
2.4. A Existência e não Existência de Deus 
 
 Entende-se que o existencialista não é uma pessoa ateu, determinar ou não a 
existência de Deus decorreria de uma determinação do homem, o que é contraditório com o 
pressuposto da existência. O que a determinação do homem, o que é a citação nos diz é tão 
somente que não lhe interessa discutir a existência de Deus porque o que lhe interessa é a 
concepção de um homem radicalmente livre, 
 
(...) no sentido em que se esforçaria por demonstrar que Deus não existe. Ele 
declara mais exatamente: mesmo que Deus existisse, nada mudaria eis nosso 
ponto de vista. Não que acreditamos queDeus exista, mas pensamos que o 
problema não é de sua existência , é preciso que o homem se reencontre e se 
convença de que nada pode salvá-lo dele próprio, nem mesmo uma prova 
válida da existência de Deus ( Sartre, 1987, p. 22). 
 
 
 A possibilidade da não existência de Deus é decorrida pelo simples fato de não 
haver essência, pré-concebida, na nossa criação, simplesmente pelo fato de sermos livres e 
responsáveis pelas nossas ações e também decorrente do fato de sermos absolutamente livres, 
não podemos reportar nossas ações a nenhuma entidade sobrenatural ou um Deus criador. 
A ausência de um Deus criador de nossa essência e considerando o ateísmo 
existencialista de Sartre o que foi demonstrado nesse entrecho, na medida em que não existem 
valores transcendentais e absolutos a serem seguidos e que a vida é gratuita, só se resultariam 
duas alternativas: o desespero suicida ou um humanismo de modo terreno fundamentado. 
Sartre caminha pela segunda alternativa, não se trata de conformar-se ou adotar uma conduta 
pessimista, mas de reconhecer a solidão do homem enquanto ser consciente e livre e arcar 
com as responsabilidades que envolvam tal posicionamento. 
 
 
15 
3. CAPÍTULO 2 – LIBERDADE E RESPONSABILIDADE 
 
3.1. Liberdade e responsabilidade 
 
Conseguinte, pode-se perceber nitidamente o outro ponto de destaque que se delineia 
da seguinte maneira: Se “a existência precede a essência, nada poderá jamais ser explicado 
por referência a uma natureza humana dada e definitiva, ou seja, não existe determinismo, o 
homem é livre, o homem é liberdade (SARTRE, 1987, p. 9), o homem está “condenado” a ser 
livre”. Existem algunsoutros pontos: a angústia pela qual o homem passa no existencialismo, 
por estar incondicionalmente livre, por ser o único responsável pelos seus atos, que não são 
seus em sentido egoísta, mas são de todos, os atos de todos os homens (SARTRE, 1987, p. 6), 
o homem carrega o peso e a preocupação que acompanham sua liberdade extrema e também 
reforça o porquê do existencialismo ser um humanismo: “Humanismo, porque recordamos ao 
homem que não existe outro legislador a não ser ele próprio” (SARTRE, 1987, p. 21). 
Existe também um rompimento com a tradição, não sendo importante a identificação 
com sendo um livre-arbítrio, a escolha entre alternativas possíveis, não é apenas optar entre 
variáveis. Mas, como se ressalta no ponto da angústia, a liberdade para Sartre é a escolha livre 
mais a responsabilidade plena pelos próprios atos. Nesse sentido, a concepção sartreana não 
permite um “tudo pode” anárquico ou egoísta na medida em que o engajamento é uma 
implicação de um ser que é ser no mundo, homem entre homens: ao escolher incitou valor a 
escolha e o valor dessa escolha é só pode ser universal. 
 
Sem dúvida, a liberdade enquanto definição do homem, não depende de 
outrem, mas, logo que existe um engajamento, sou forçado a querer, 
simultaneamente, a minha liberdade e a dos outros, não posso ter objetivo a 
minha liberdade a não ser que meu objetivo seja também a liberdade dos 
outros (SARTRE, 1987, p. 19). 
 
 
Para se entender a relação entre a liberdade e a responsabilidade é imprescindível, 
conhecer o que significam estas liberdades e a sua integração no contexto filosófico. 
Sabe- se que a palavra liberdade tem uma origem latina (libertas) e significa 
independência. Etimologicamente, a palavra responsabilidade também vem do latim 
(respondere) e significa ser capaz de comprometer-se. 
16 
Considerando o senso comum, liberdade é uma palavra que pode ser definida em 
variados sentidos (liberdade física, liberdade civil, liberdade de expressão). Filosoficamente, a 
liberdade, e mais concretamente a liberdade moral, diz respeito a uma capacidade humana 
para escolher ou decidir racionalmente quais os atos a praticar e praticá-los sem coações 
extremas. É de caráter racional, pois, os homens devem pensar nas causas e consequências 
dos seus atos e na sua forma e conteúdo. 
Concretamente, esta liberdade não é total, é condicionada e situada. Quando citado 
que a mesma é condicionada seria pelo fato de intervir no seu exercício múltiplo 
condicionante e isso porque não se trata de uma liberdade abstrata, mas situada, porque ela é 
realizada dentro das circunstâncias, do mundo, e da sociedade em que estamos inseridos. Ela 
também pode ser entendida com uma liberdade solidária, porque cada um de nós somente é 
livre com os outros, visto que não vivemos sozinhos no mundo. A liberdade humana (pode 
chamar-se assim porque é de caráter racional e, logo, exclusiva dos homens conceitualmente 
imprecisa, o homem é liberdade, as escolhas que ele faz que a tenha como fundamento é que 
são de caráter reflexivo). 
Assim, a responsabilidade moral é uma capacidade, e ao mesmo tempo uma 
obrigação moral, de assumirmos os nossos atos. É a possibilidade de reconhecer a nós 
mesmos nas nossas ações, entender que são eles que nos desenvolvem e moldam como 
pessoas. A responsabilidade sugere que possamos ser responsáveis antes do ato (ao 
escolhermos e decidirmos racionalmente, conhecendo os motivos da nossa ação e ao tentar 
prever as consequências desta), durante o ato (na forma como atuamos) e depois do ato (no 
assumir das consequências que advêm dos atos praticados). 
A liberdade e a responsabilidade estão muito interligadas, são correlatas, de modo 
que só somos realmente livres se formos responsáveis, e só podemos ser responsáveis se 
formos livres. Com isso, a responsabilidade sugere uma escolha e decisão racional, o que vai 
ao encontro à própria definição de liberdade. De outra maneira, ao agir livremente, devemos 
assumir totalmente as consequências dos nossos atos, mesmo sabendo que as circunstâncias 
poderão ser muito fortes, uma vez que nossas ações terão reflexo em nosso meio. O que se 
percebe é que somente o individuo que é capaz de escolher e decidir racionalmente, com 
consciência, é capaz de assumir as causas e as consequências da sua ação. Ademais, a 
liberdade e a responsabilidade são caminhos que devem ser essenciais e seguidos na 
construção de um indivíduo como pessoa, visto que é através da liberdade e da 
responsabilidade que o individuo é capaz de se tornar efetivamente dono de si mesmo. 
 
17 
3.2. Situação X Liberdade 
 
Com relação à definição de situação, deve ser considerado contexto na qual será 
empregada a palavra situação, a mesma pode referir-se a diversas questões, tais como: quanto 
à posição ou colocação de alguém ou de algo em um determinado lugar. 
Na filosofia pode ser entendida como sendo um “problema” algo (objeto) que será 
abordado em uma determinada ideia, que visa confrontar com as formas existentes e 
diferentes de pensamentos de outras pessoas. 
Assim, a liberdade e a situação estão muito interligadas também, bem como a 
responsabilidade e liberdade, pois, é extremamente relevante que para obter a liberdade o 
individuo deve considerar cada situação que a mesma possa ser empregada e vivenciada, e o 
individuo possa ter conhecimentos dos reais riscos que poderão sofrer com uma determinada 
“situação” mal empregada em prol da “liberdade” e ou, com uma consequência positiva e da 
busca incessante dessa condição de vida a respeito do livre arbítrio. 
De acordo com Costa (2015, p. 02): 
 
A existência, no seu processo dialético entre liberdade e alteridade, nos traz 
a seguinte reflexão: se todos são livres, isso quer dizer que tanto eu como os 
outros estamos igualmente condenados, porém “eu”, só posso dar conta da 
minha liberdade, mesmo essa refletindo diretamente numa coexistência. 
(Costa, 2015, p. 02). 
 
 
A liberdade sartriana é um sinônimo de responsabilidade. Essa é a máxima que 
marca a ideia sartriana de liberdade. A liberdade é uma condição da existência humana e não 
um mérito ou um estado. Somos os únicos responsáveis pelos nossos atos e escolhas. A 
questão não é simplesmente negar a existência de Deus, mais afirmar a existência do homem 
como único ser do qual nenhum conceito pode ser feito antes da existência. Ainda, conforme 
cogita Sartre, negar a liberdade é morrer em vida. 
Costa (2015) complementa sobre Sartre na peça denominada “Entre Quatro Paredes”: 
 
A respeito de Sartre na peça “Entre Quatro Paredes” que apresenta a 
relevância de todos os outros para cada individuo. Assim, O autor procura 
deixar claro que, uma relação ruim com os outros pode fazer com que 
tenhamos uma "má ideia" sobre nós mesmos. (COSTA, 2015, p. 02). 
 
 
18 
Nesse sentido, pode-se perceber no livro de Moura (2010) denominado “Liberdade e 
Situação de Merleau-Ponty, o autor faz uma perspectiva ontológica que leva em consideração 
a relação entre liberdade e situação”. 
A finalidade das reflexões do autor é delinear essa relação que segundo Moura 
(2010): 
 
Assenta em uma reformulação ontológica, implicando a não oposição entre o 
ser e o nada graças à temporalidade, e a inda indica a possibilidade de uma 
liberdade situada ou de uma situação livremente vivida subentende uma 
espécie de simultaneidade entre o ser e o nada, que vai buscar no tempo o 
lugar de sua realização, e que põe em suspenso às dicotomias tradicionais. 
(MOURA, 2010, p. 01). 
 
 
Apresenta dentre as características existentes sobre o ser e o nada, uma maneira 
particular e de fácil entendimento ao leitor interessado, para que o mesmo consiga respostas 
para as dúvidas a respeito da busca da liberdade na condição vivida pelo ser humano. 
Para Costa (2015) no que diz respeito à Liberdade e Contingência, ele explana que: 
 
 
O aspecto contingente da existência é algo que interferenas nossas escolhas 
sem restringir a nossa liberdade. De maneira que, são as limitações impostas 
pelos acasos que tornam essa liberdade possível. Pois, se fossemos capazes 
de realizar instantaneamente tudo o que quiséssemos sem limitações, não 
estaríamos no mundo real, mas em sonhos.Para Sartre, é nesse mundo, 
contingente, limitado e ‘abandonado’ que existindo como projeto de si 
mesmos, estamos livres para fazer as escolhas que serão o caminho para a 
nossa definição.(COSTA, 2015, p. 02). 
 
 
 Ainda na concepção da filosofia de Sartre suas obras são reconhecidas pela defesa 
que não mede restrições a respeito da liberdade: a purificação absoluta do campo 
transcendental fundamentada e denominada de “O Ser e o Nada”. 
Delineia Santos (2006), a respeito do para si mesmo: 
 
Permite para si mesmo, de um só golpe, sair da ontogênese privada pela qual 
ele livremente criava e significava o mundo e, no mesmo ato, recuperar uma 
dimensão de seu ser: o corpo, como facticidade. Mas também é verdade que 
a relação entre os para si mesmo vai será de conflito, num cenário no qual 
cada um tem como projeto petrificar o outro, roubando-lhe a liberdade 
(tornando - o coisa). (Santos, 2006, p. 81). 
19 
Dessa forma, pode perceber através das explanações realizadas pelo autor, que o 
mesmo esclareceu o fato da pessoa pensar em prol de si mesmo, que segundo ele, permite que 
ela seja golpeada com relação as suas escolhas e anseios, fazendo com que ela entre em 
conflito com a proposta de que inclusive nos dias atuais muitas pessoas tem o ato de julgar os 
outros por vários motivos, cuidando da vida alheia e resultando a liberdade como uma sendo 
um objeto. 
 
CONCLUSÃO 
 
Esse trabalho foi dividido em dois pontos. O primeiro faz uma reflexão sobre a 
existência e a essência do homem. No segundo ponto abordamos a liberdade do homem em 
ser o seu próprio projeto, independente do meio em que vive condições sociais, morais ou 
financeiras, regras ou conceitos políticos ou religiosos. 
É comum que em alguns grupos religiosos atribuam a essência do homem a um 
“Deus Criador”, ou seja, o homem é definido como um projeto divino e tudo que lhe acontece 
ao longo de sua existência, provêm das divindades ou destino pré-estabelecido. 
Sartre demonstra que não há comprovação científica que o homem já nasça com uma 
essência pré-determinada, essa essência só vai ser adquirida ao longo da sua história e a partir 
de suas experiências e conhecimentos adquiridos é que ele vai se construindo e se formando, 
esse processo começa desde o momento que ele define o seu próprio projeto de ser ou o que 
ele se determina em ser. 
Sobre a liberdade, podemos constatar que realmente temos o livre arbítrio, somos 
unicamente responsáveis pelas nossas escolhas, embora a sociedade ou o meio em que 
vivemos estabeleça normas, regras, leis. Também sofremos influencias de outras pessoas que 
conosco convive, direta ou indiretamente as outras pessoas, participam de nossa formação, 
ditando ou estabelecendo como devemos agir perante nosso meio ou sociedade, porém cabe 
exclusivamente a nós a escolha e o caminho a ser seguido ou o que nos é ensinado, não nos 
isenta das nossas responsabilidade. 
O homem diante de sua escolha tem a liberdade de ser o que pretende ser e agindo 
assim fica a cargo dele tornar-se o projeto de si mesmo, projeto por ele mesmo criado e 
através do exercício da liberdade, conduta e ação é que se tornará um ser que pretende ser, 
embora o homem da atualmente sofra com as influências que lhe são impostas, através da 
política, das leis, das regras e o meio em que vive. 
Todo esse processo de escolha em ser aquilo que nos projetamos ser, realmente 
provoca a nós a dor, o medo, o abandono e a angústia, portanto o homem é que tem que se 
motivar e assim se impulsionar a ser um projeto de fato que deseja ser. 
 
20 
CRONOGRAMA 
 
 
Atividades 
 
Fevereiro 
 
Março 
 
Abril 
 
Segundo 
semestre 
 
Escolha do tema e 
Pesquisa Bibiográfica 
 
 
X 
 
 
Estudo e fichamento da 
1ª Conferência “O 
Existencialismo é um 
Humanismo” 
 
 
 
 
X 
 
 
 
X 
 
 
Coleta de Informações 
 
 
X 
 
X 
 
 
Elaboração do trabalho 
 
 
X 
 
X 
 
 
Entrega da versão do 
Projeto. 
 
 
 
Elaboração do 1º 
Capítulo – Pesquisa, 
estudos e fichamento de 
texto. 
 
 
 
X 
 
Estudo, fichamento de 
 
 
21 
texto, elaboração do 2º 
capítulo, conclusão, 
considerações finais, 
revisão e defesa da 
monografia. 
 
 
 
 
X 
 
 
 
 REFERÊNCIAS 
 
SARTRE J.P. O Existencialismo é Um Humanismo (Os Pensadores):2.Ed. São Paulo: 
Abril Cultural, 1987. 
 
UFLA – Guia de Estudos – História da Filosofia Contemporânea. 
 
PENHA, José da. O que é existencialismo. São Paulo: Brasiliense, 1987. 
 
PERDIGÃO, Paulo. Existência e Liberdade: Uma Introdução à Filosofia de Sartre. Porto 
Alegre: L&PM, 1995, Capítulo 4, p. 136-183. 
 
SILVA, Franklin Leopoldo e. Ética e Literatura em Sartre. Editora Unesp; 2004. Capítulo 
V- Liberdade e Valor, p. 135-156. 
 
SILVA, Franklin Leopoldo. O Existencialismo de Sartre - 
https://www.youtube.com/watch?v=oGyqKQmhZ4Y. 
 
MOREIRA,Joselito Adriano. O Homem Existencialista em Sartre. In: Ensaios: nosso modo 
de pensar. Mariana: Dom Viçoso, 2003 
 
MERLEAU-PONTY, M. 1984. O Visível e o Invisível. Tradução José Arthur Giannotti e 
Armando Mora D’ Oliveira. São Paulo: ed. Perspectiva S.A. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=oGyqKQmhZ4Y
22 
SARTRE, Jean-Paul. O Ser e o Nada. Tradução Brasileira de Paulo Perdigão, Editora 
Vozes, São Paulo, 1997, p. 533-681 
 
Youtube – Parte 1/2/3/4 - O Existencialismo é um Humanismo - 
https://www.youtube.com/watch?v=RH9-JxAESc8. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=XoJEp4UzCXQ 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Gi7Ry4_LWSc 
 
https://www.youtube.com/watch?v=YiYDydzESjE 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=XoJEp4UzCXQ
https://www.youtube.com/watch?v=Gi7Ry4_LWSc
https://www.youtube.com/watch?v=YiYDydzESjE

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