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APS - DOENCA DE CHAGAS

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
BÁRBARA JARDIM LAMEDA 
JULIA BEATRIZ ERNEGA DA SILVA 
MARIANA DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA DE CHAGAS: 
epidemiologia, fisiopatologia, diagnostico laboratorial e tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
BÁRBARA JARDIM LAMEDA F2125H6 
JULIA BEATRIZ ERNEGA DA SILVA F244CD8 
MARIANA DA SILVA SANTOS F30IDF3 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA DE CHAGAS: 
epidemiologia, fisiopatologia, diagnostico laboratorial e tratamento 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Atividades Práticas Supervisionadas do 3° 
semestre do Curso de Farmácia da 
Universidade Paulista campus Chácara 
Santo Antônio 
 
Orientadora: Prof.ª Summaia Farah 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
RESUMO 
 
A doença de Chagas é também conhecida pelos nomes: mal de Chagas, chaguismo 
ou tripanossomíase americana, uma antropozoonose, causada pelo vetor 
Trypanosoma Cruzi. O cientista brasileiro Carlos Ribeiro Justino das Chagas 
descobriu a doença no início do século 20. Apesar do curto período de pesquisa, ele 
ainda identificou e caracterizou com sucesso o vetor, o parasita, uma nova doença. A 
disseminação da doença ocorre por meio da contaminação da pele ou das mucosas 
e das fezes do portador (estritamente insetos sugadores de sangue da família 
Triatominae), evidenciando a infectividade do Trypanosoma cruzi. Sabendo que a 
doença é resultado da intervenção humana no habitat natural do vetor, cabe à 
população entender as medidas preventivas indicadas, pois a doença não tem cura. 
O diagnóstico da doença de Chagas se dá principalmente por meio de exames de 
sangue, enquanto o diagnóstico dos fatores patogênicos pode ser feito por métodos 
laboratoriais diretos ou indiretos para observar a presença de parasitas e anticorpos 
no soro. 
 
PALAVRAS CHAVE: Chagas; Trypanosoma cruzi; vetor; parasita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Chagas disease is also known by the names: Chagas disease, Chaguism or American 
trypanosomiasis, an anthropozoonosis, caused by the Trypanosoma Cruzi vector. 
Brazilian scientist Carlos Ribeiro Justino das Chagas discovered the disease in the 
early 20th century. Despite the short period of research, he still successfully identified 
and characterized the vector, the parasite, a new disease. The spread of the disease 
occurs through contamination of the skin or mucous membranes and the feces of the 
carrier (strictly blood-sucking insects of the family Triatominae), showing the infectivity 
of Trypanosoma cruzi. Knowing that the disease is the result of human intervention in 
the vector's natural habitat, it is up to the population to understand the indicated 
preventive measures, as the disease has no cure. The diagnosis of Chagas' disease 
is made mainly through blood tests, while the diagnosis of pathogenic factors can be 
made by direct or indirect laboratory methods to observe the presence of parasites and 
antibodies in the serum. 
 
KEY WORDS: Chagas; Trypanosoma cruzi; vector; parasite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 6 
2 OBJETIVO ................................................................................................... 7 
3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 7 
4 DOENÇA DE CHAGAS ............................................................................... 8 
5 EPIDEMIOLOGIA ........................................................................................ 8 
6 FISIOPATOLOGIA ...................................................................................... 9 
6.1 Modo de transmissão ............................................................................. 9 
6.2 Ciclo da doença..................................................................................... 10 
6.3 Vetor ....................................................................................................... 11 
7 DIAGNÓSTICO .......................................................................................... 13 
7.1 Principais métodos de diagnóstico da doença de chagas ................ 15 
8 COMPLICAÇÕES DA DOENÇA DE CHAGAS ......................................... 18 
9 PERÍODO DE INCUBAÇÃO ...................................................................... 18 
10 ORIENTAÇÕES E PREVENÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS ............... 18 
11 TRATAMENTO ........................................................................................ 19 
11.1 Tratamento na gravidez ...................................................................... 20 
12 CRITÉRIO DE CURA ............................................................................... 20 
13 COVID 19 E CHAGAS ............................................................................. 21 
14 RELATO DE UM FAMILIAR COM DOENÇA DE CHAGAS .................... 21 
15 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 22 
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 24 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A doença de chagas (DC) também conhecida como tripanossomíase 
americana, é uma doença parasitária que causa transmissão e infecção, tendo 
fase aguda e crônica. Foi descoberta no século XX por Carlos Ribeiro Justino 
das Chagas um cientista brasileiro que deu o nome da doença em sua 
homenagem. Na década de 80 a doença começou a atingir, foram cerca de 18 
milhões de indivíduos da américa latina. (COURA, 2003). 
 
 A doença de chagas é considerada uma das doenças mais negligenciada 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mesmo depois de 103 anos 
descoberta. É o resultado da pobreza humana e, ao mesmo tempo, tem uma alta 
carga de morbimortalidade em países endêmicos, incluindo o Brasil, e tem 
manifestações importantes em diferentes contextos epidemiológicos. Devido à 
distribuição de mais de 140 espécies de insetos vetores (Triatominae, 
Hemiptera, Reduviidae), a distribuição espacial da doença limita-se 
principalmente ao continente americano, por isso também é conhecida como 
"tripanossomíase americana". No entanto, devido ao intenso processo de 
migração internacional, a doença se espalhou gradualmente para países não 
endêmicos por meio do deslocamento de pessoas infectadas e outros 
mecanismos de transmissão. (LOPES; SILVA; OLIVEIRA; et al, 2019). 
 
Na fase aguda inicial, os pacientes podem apresentar inchaço na face e 
nas pernas, dor de cabeça, fraqueza e febre persistente. Na fase crônica, cerca 
de 30% das pessoas infectadas sofrerão de doenças cardíacas ou digestivas. A 
cardiomiopatia chagásica é a manifestação mais crítica e, além de causar 
acidente vascular cerebral, também leva ao aumento do número de óbitos por 
arritmia ou insuficiência cardíaca progressiva. (BOCCHI, 2019) 
 
Para combater a infecção, é necessário enfrentar a gravidade da doença 
e atuar em diversos aspectos. Uma é controlar insetos chamados barbeiros, que 
são vetores de transmissão de insetos, que se espalham principalmente nas 
residências. Isso requer uma ação pública para promover a descoberta e o uso 
7 
 
de agrotóxicos em áreas endêmicas, como a parte norte do país. Como forma 
de prevenção pessoal, recomenda-se o uso de repelente de mosquitos e roupas 
de manga comprida durante as atividades noturnas em áreas de floresta. No 
entanto, o protozoário Trypanosoma cruzi pode se espalhar por outros meios. 
Isso inclui transfusões de sangue, alimentos contaminados (como açaí e caldo 
de cana) e transplantes de órgãos, que tornam a erradicação mais complicada. 
(BOCCHI, 2019). 
 
Além de políticas públicas eficazes, a comunidade científica também 
precisa investir energia para melhorar o entendimento da doençade Chagas e 
estimular mais pesquisas. É preciso dados para analisar esta doença e seu 
impacto social, bem como novas formas de tratamento. (BOCCHI, 2019). 
 
2. OBJETIVO 
 
O objetivo deste trabalho é, através de pesquisa bibliográfica, conhecer a 
doença de Chagas, descrever a epidemiologia da doença, propor ações 
existentes de combate à doença de Chagas, apresentar os métodos de 
diagnóstico e tratamento da doença. 
 
3. JUSTIFICATIVA 
 
Embora existam dados mostrando redução significativa dos casos de 
doença de Chagas no Brasil, pesquisas sobre a tripanossomíase americana 
ainda são necessárias porque a verdade das informações não é clara, pois esses 
números podem indicar falta de pesquisas e desinteresse dos órgãos 
governamentais. O fato da doença ser considerada negligenciada faz com que 
muitos não tenham ideia da existência dela, portanto, o tema foi escolhido devido 
esses fatos, podendo assim alertar as pessoas sobre o que fazer caso for 
infectado e também formas de prevenir e combater a doença. (FERNANDES; et 
al, 2015). 
 
8 
 
4. DOENÇA DE CHAGAS 
 
A Doença de Chagas, também chamada de tripanossomíase americana, 
é classificada como uma antropozoonose. É uma doença transmissível da qual 
o agente etiológico é o protozoário denominado Trypanosoma cruzi que é 
transmitido pelo contato com as fezes dos vetores, chamados de “barbeiros” ou 
“chupões” no Brasil. (FILHO; LIMA, 2007). 
 
Humanos e outros vertebrados são reservatórios do Trypanosoma cruzi. 
Reservatório é o nome de um ecossistema que ajuda a mante os agentes 
infecciosos no ambiente de humanos, animais e solo. É uma doença comum na 
população rural, milhares de insetos vetores foram encontrados em casas de 
adobe. (FILHO; LIMA, 2007). 
 
5. EPIDEMIOLOGIA 
 
A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que o número de pessoas 
infectadas em todo o mundo é de cerca de 6 a 7 milhões, com o maior número 
na América Latina. Segundo dados de 2010, as últimas estimativas de 21 países 
latino-americanos indicam que 5.742.167 pessoas foram infectadas pelo 
Trypanosoma cruzi, das quais 3.581.423 (62,4%) são residentes da América do 
Sul, com foco na Argentina (1.505.235), Brasil (1.156.821), México (876.458) e 
Bolívia (607.186). No entanto, esses dados divergem de outras estimativas 
derivadas de diferentes grupos de pesquisa e métodos sobre a definição da 
infecção pelo Trypanosoma cruzi em vários outros países, o que torna difícil 
determinar a prevalência exata da doença de Chagas nas Américas. No entanto, 
os autores concordam que no contexto social e de saúde do continente europeu, 
o número de pessoas infectadas ainda é muito considerável, pelo que é 
necessário algum foco e atenção por parte dos países. (BRASIL, 2015). 
 
No Brasil, com a progressiva melhora do SUS (Sistema Único de Saúde), 
houve avanços consistentes em relação à atenção aos portadores da doença de 
chagas. Mas resta muito a se fazer, sobretudo em relação a população que vive 
9 
 
distante de qualquer atenção da saúde ou alguma possibilidade de tratamento. 
(BLOG DA SAÚDE, 2017). 
 
Os dados mais recentes que apontam que a doença de chagas segue 
como um problema de saúde pública, mas em cidades que as pessoas consigam 
ter um tratamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença de 
Chagas é a quarta causa de morte entre as doenças infecto-parasitas no Brasil. 
(BRASIL, 2019). 
 
Entre as centenas de espécies de triatomínideos que podem ser 
portadoras do Trypanosoma cruzi, apenas algumas têm boa adaptação à 
residência humana e com estreito contato com pessoas e mamíferos 
domésticos, ambientes comuns da infecção. Após obter a certificação nacional 
em 9 de junho de 2006, o Triatoma infestans, a espécie transmissora mais 
importante do Brasil, está sob controle (SANARMED, 2020) 
 
6. FISIOPATOLOGIA 
 
6.1. Modo de transmissão 
 
Pode ser transmitido por via oral; pela ingestão de alimentos 
contaminados com parasitas; picadas de inseto urina ou fezes do vetor 
Triatominae; transfusão de sangue; transplante de órgãos; por via 
transplacentária da mãe infectada para o feto e até mesmo acidentes de 
laboratório. É importante ressaltar que embora não seja muito comum, existem 
outras formas de transmissão: transmissão vertical (principalmente após o 
terceiro mês de gestação), por meio da relação sexual, e até mesmo pela 
ingestão de suco de cana; talvez até por outros meios que não os triatominideos. 
Normalmente, esse mecanismo de transmissão é apenas esporádico e de pouca 
importância epidemiológica (LOPES; SILVA; OLIVEIRA; et al, 2019). 
 
10 
 
Pode ser transmitido também pelo açaí por via oral, é a forma de 
transmissão mais usual da doença de chagas quando contém forma viáveis de 
Trypanossoma cruzi. Pois geralmente há falta de higiene na preparação da 
bebida ou na manipulação dos frutos. (NUNES, 2018). 
 
Tendo sua fase aguda por vezes não identificada, podendo evoluir para a 
fase crônica na qual poderá se manifestar de quarto formas: indeterminada; 
cardíaca; digestiva e cardiodigestiva. A gravidade do caso está relacionada com 
a cepa da infecção, a via de transmissão e a existência de outras doenças 
associadas. (SANARMED, 2020) 
 
Ao ser infectado pelo Trypanosoma cruzi, o indivíduo passa por um 
processo que desencadeia a infecção pelo vírus Chagas, dividido em duas fases: 
a fase inicial ou a fase aguda, com ou sem sintomas. Nesse estágio, a 
tripamastigotas aparece no sangue e se espalha para o paciente. Como 
resultado, ocorre uma reação inflamatória e possível necrose. ((FILHO; LIMA, 
2007). 
 
6.2. Ciclo da doença 
 
O ciclo começa quando um indivíduo é contaminado pelas fezes de um 
inseto infectado (contendo tripomastigostas mataciclicos) em contato com as 
mucosas ou pele. (SANARMED, 2020). 
 
Esses flagelados entram na corrente circulante e alcançam outras células 
de qualquer tecido ou órgão para completar um novo ciclo celular, ou são 
destruídos pelo mecanismo imunológico do hospedeiro. Os triatomíneos vetores 
se infectam ao ingerir as formas tripomastígotas presentes na corrente 
circulatória do hospedeiro vertebrado (ser humano) durante o hematofagismo. 
(SANARMED, 2020). 
 
 No estômago do vetor, eles adquirem formas redondas e epimastigotas. 
No intestino médio, os epimastigotas se reproduzem por divisão binária simples 
11 
 
e, portanto, é responsável por manter a infecção no vetor. No final do trato 
digestivo do reto, os epimastigotas são diferenciados em tripomastigotas 
(infecciosos para os vertebrados), que são eliminados nas fezes ou na urina. 
Esta é a descrição clássica usada pelo ciclo do Trypanosoma cruzi no 
invertebrado. (SANARMED, 2020). 
 
Imagem 1 – Estágio da Infecção. 
 
Fonte: Sanarmed, 2020 
 
6.3. Vetor 
 
Os insetos triatomíneos (barbeiro) têm muitos nomes, muitos dos quais 
estão implícitos nas características morfológicas e hábitos observados pelos 
indígenas: barbeiro, chupão, chupador, furão, bico, percevejão, lagarta, bicho de 
parede, bruxa, percevejo do sertão, percevejo grande, Procotó, porocotó, 
baratão, cafote, cascudo, piolho piaçava, rondão, vum-vum, vinchuca. Seus 
principais habitats são cavernas, buracos de animais, ninhos de pássaros e 
marsupiais, dentes, roedores e carnívoros. Eles são encontrados em rochas e 
paredes de pedra, buracos de árvores, palmeiras e bromélias. Em casas 
humanas, eles gostam de lugares escuros, como armários, rachaduras nas 
paredes, colchões, quadros, etc. Eles não podem voar muito, eles são atraídos 
pela luz, então eles entram em casa. (SANTOS, 2013). 
 
12 
 
Os triatomíneos pertencem à ordem Hemiptera, família Reduvidae e 
família Triatominae. Pertencem a bactérias haemophilus grandes e restritas que 
podem se desenvolver em humanos, podendo transmitir o Trypanosoma cruzi 
de um portador para outro. São ovíparos e as fêmeas têm um período de 
ovulação de 3 a 4 meses e põem de 100 a200 ovos por ano. 10 a 20 dias após 
o acasalamento, o ovo se rompe e a posição do ovo pode durar vários meses. A 
quantidade de ovos varia de acordo com o tipo e fatores externos (como comida, 
temperatura e umidade). As ninfas têm cinco estágios, todos os estágios são 
estritamente sugadores de sangue. (SANTOS, 2013). 
 
Quando o inseto sai do ovo, ele passa por cinco fases, e na fase jovem 
elas não podem voar porque não existem asas. Apenas na forma adulta existe a 
presença de asas. Portanto, apenas os insetos barbiero adultos podem voar. 
Todos eles se alimentam do sangue de diferentes animais e podem transmitir a 
doença de Chagas. (SANTOS, 2013). 
 
Imagem 2 – inseto fêmea e seus ovos 
 
Fonte: Pesquisa Google “imagens inseto barbeiro 
 
 
 
 
Imagem 3 – Inseto barbeiro macho adulto 
13 
 
 
Fonte: Pesquisa Google “imagens inseto barbeiro 
 
Imagem 4 – Diferentes espécies de barbeiro 
 
Fonte: Pesquisa Google “imagens inseto barbeiro 
 
7. DIAGNÓSTICO 
 
Como acontece com outras doenças infecciosas, o diagnóstico da 
infecção pelo Trypanosoma cruzi, o agente causador da doença de Chagas, é 
baseado em três parâmetros diferentes: as manifestações clínicas (se 
presentes) podem fazer os médicos suspeitarem da infecção; os antecedentes 
14 
 
epidemiológicos também deixam os médicos suspeitos; e métodos de 
diagnóstico (geralmente métodos laboratoriais), que podem confirmar ou 
descartar o diagnóstico suspeito na maioria dos casos (GOMES, 2017) 
 
Nas formas aguda e crônica da doença de Chagas, o diagnóstico 
etiológico pode ser realizado pelos seguintes métodos: detecção de parasitas 
por métodos parasitológicos (diretos ou indiretos) e detecção da presença de 
anticorpos no soro por sorologia, os mais utilizados. imunofluorescência indireta 
(IFI), hemaglutinação indireta (HAI) e ensaio imunoenzimático (ELISA). Quando 
os resultados dos testes sorológicos são incertos ou usados para controle de 
cura após tratamento antiparasitário, embora a reação em cadeia da polimerase 
(PCR) seja usada para testes moleculares, existem limitações devido à falta de 
métodos operacionais padronizados, mas ainda é necessário realizar testes 
mais complexos. Nesse caso, a PCR deve ser realizada por um laboratório de 
reconhecida competência e realizada por especialistas na área. (GOMES, 2017) 
 
Na fase aguda da doença de Chagas, a tripanossomíase sanguínea só 
pode ser detectada por métodos parasitológicos diretos. Esses parasitas podem 
ser identificados diretamente no exame de sangue do paciente, mas dentro de 
dois meses após a infecção, o Trypanosoma cruzi desaparece do sangue, então 
só pode ser detectado por um exame especial. (ALVES, et al, 2018). 
 
Sem tratamento, a fase aguda dura de 10 a 60 dias. Com o passar dos 
dias ou semanas, os sintomas diminuem, o número de parasitas circulantes 
diminui e a doença progride para o estágio crônico. (ALVES, et al, 2018). 
 
Quando a doença de Chagas ocorre de forma crônica, raramente os 
parasitas se estabelecem, portanto, o diagnóstico deve ser feito por métodos 
indiretos. Pelo método relatado, pode-se observar se anticorpos contra o 
Trypanosoma cruzi são produzidos no organismo, de forma que apenas o 
sangue do paciente foi testado para imunologia. (ALVES, et al, 2018). 
 
15 
 
7.1. Principais métodos de diagnóstico da doença de chagas 
 
Exame parasitológico direto: uma técnica usada para diagnosticar 
doenças agudas. Para agilizar o diagnóstico, deve-se coletar sangue para 
processar todos os métodos descritos a seguir. (ALVES, et al, 2018) 
 
Método de concentração: têm maior sensibilidade e são recomendados 
principalmente quando a pesquisa a fresco der negativo. No método direto, 
esses métodos podem ser usados quando o paciente apresenta sintomas há 
mais de 30 dias. (ALVES, et al, 2018). 
 
A lâmina corada com gotas espessas ou esfregaço: sua sensibilidade é 
menor do que outros métodos diretos e é usada principalmente na área da 
Amazônia legal porque pode ser usada para diagnosticar malária, como doenças 
altamente parasitárias, como a transmissão pelo sangue transfusão e pacientes 
com imunidade enfraquecida. (ALVES, et al, 2018). 
 
Pesquisas a fresco sobre tripanossomatideos: por ser fácil e simples de 
realizar, é usado como o primeiro método alternativo. O ideal é fazer a coleta em 
pacientes com febre em até 30 dias após o início dos sintomas. (ALVES, et al, 
2018). 
 
Exame parasitológico indireto: Na fase crônica da doença de Chagas, o 
uso de métodos parasitológicos diretos não é muito confiável, principalmente 
devido à baixa parasitemia. Portanto, é necessário o uso de métodos indiretos, 
como diagnóstico xenodiagnóstico e hemocultura, para identificar a presença ou 
ausência de parasitas. (ALVES, et al, 2018). 
 
Exame sorológico: detecção de anticorpos anti-Trypanosoma cruzi da 
classe IgG, são necessárias duas coletas, sendo que o menor intervalo entre 
uma coleta e a outra é de 21 dias. Para confirmação, dá-se preferência à 
execução pareada, que permite comparar os resultados por qualquer método, 
ou seja, sorologia negativa na primeira amostra e sorologia positiva na segunda 
amostra. (Método imunoenzimático-ELISA, imunofluorescência indireta-IFI ou 
16 
 
hemaglutinação indireta-HAI) ou use o método IFI para detectar alterações em 
pelo menos dois títulos séricos. (ALVES, et al, 2018). 
 
Reação em cadeia da polimerase ou PCR: Este método diagnóstico é 
baseado no uso de oligonucleotídeos sintéticos que podem amplificar 
sequências de DNA específicas para o patógeno alvo. No entanto, esses testes 
ainda não estão no mercado e não podem ser usados fora do ambiente de 
pesquisa. Além do custo, o principal fator limitante para a utilização do teste de 
PCR em ambiente ambulatorial ou hospitalar ou mesmo em ambiente 
ambulatorial ou hospitalar também pode ser a necessidade de sua implantação 
em laboratórios de alta tecnologia como principal fator limitante. Embora seja 
uma técnica muito importante para o diagnóstico da doença de Chagas, ainda 
existem bancos de sangue regulares. (ALVES, et al, 2018). 
 
Xenodiagnóstico: O objetivo deste método é investigar a presença de 
parasitas nas fezes e / ou nos componentes intestinais de insetos portadores 
armazenados em laboratório e / ou a presença de parasitas nos intestinos. Esses 
insetos portadores recebem sangue para testando. É usado para verificar se há 
infecções de Chagas em humanos e animais. Quatro caixas contendo dez 
drogas triatominideos foram colocadas na superfície ventral do antebraço do 
paciente por cerca de 30 minutos, e uma das laterais de cada caixa foi fechada 
com uma rede fina. Antes de realizar este teste, é necessário jejuar três 
pinealinas por duas semanas. Após o fornecimento de sangue ao paciente, os 
insetos devem ser mantidos em temperatura de 25 ° C a 30 ° C, sem luz, e a 
umidade relativa do ar em torno de 85%. Os pacientes na fase crônica são 
submetidos à inspeção do conteúdo fecal ou intestinal após 30-60 dias, e os 
pacientes na fase aguda são submetidos à inspeção do conteúdo fecal ou 
intestinal após 10-30 dias. (ALVES, et al, 2018). 
 
Hemocultura: Uma variedade de meios nos quais o Trypanosoma cruzi 
pode se reproduzir em grande número, como meio difasicos à base de ágar 
sangue (NNN), etc. Meios líquidos também são usados, como BHI (Bahrain 
Heart Infusion), Waren media e LIT (Liver Infusion Trypsin Sugar). Essa técnica 
17 
 
é usada há vários anos, por ser um método de baixa sensibilidade, por isso não 
tem sido usada rotineiramente. (ALVES, et al, 2018). 
 
Hemaglutinação indireta (HAI): Doença cruzada no soro de uma pessoa 
já infectada. Se baseia na aglutinação de hemácias de ovelha e, na presença de 
soro contendo esse anticorpo do parasita, as hemácias de ovelha são recobertas 
pelo antígeno citoplasmático de Clostridium kluyveri. Se os anticorpos anti-
antígeno de Clostridium kluyveriestiverem presentes, eles formarão conexões 
entre as hemácias e interagirão com os antígenos em sua superfície. Portanto, 
uma manga é visualmente formada na placa de micro titulação. Por seu baixo 
custo, resultados claros e facilidade de execução, tem sido muito utilizado em 
situações de rotina. (ALVES, et al, 2018). 
 
Imunofluorescência indireta (IFI): O antígeno é preparado na forma de 
epimastigotas de Trypanosoma cruzi, coletado da cultura em meio LIT na fase 
de crescimento exponencial, lavado e fixado em formol, paraformaldeído e / ou 
soluções liofilizadas. O anticorpo do soro do paciente é colocado em uma lâmina 
de vidro contendo o antígeno do Trypanosoma cruzi. Anticorpo anti-
Trypanosoma. O uso de um anticorpo anti-imunoglobulina (Ig) humano 
conjugado à fluoresceína revelou o cruzi e o observou ao microscópio de 
fluorescência. A utilização deste método deve-se principalmente às suas 
vantagens: é relativamente fácil obter reações padronizadas, alta sensibilidade, 
resultados regulares e a possibilidade de processar um grande número de 
amostras ao mesmo tempo. (ALVES, et al, 2018). 
 
Ensaio Imunoenzimático (ELISA): Esta técnica envolve a detecção de 
anticorpos contra parasitas por meio de um segundo anticorpo (anti-
imunoglobulina humana produzida por animais de laboratório) acoplado a uma 
enzima, que produz um anticorpo colorido na presença de um substrato 
específico. O produto é submetido a espectrofotometria quantitativa. O método 
tem alta sensibilidade, baixo consumo de soro, pode processar várias amostras 
ao mesmo tempo e, em última análise, é fácil de usar no local. (ALVES, et al, 
2018). 
 
18 
 
8. COMPLICAÇÕES DA DOENÇA DE CHAGAS 
 
As complicações da doença de Chagas geralmente aparecem na fase 
crônica e podem levar a complicações digestivas ou cardíacas graves, incluindo: 
 
Crescimento do coração (Cardiomegalia): o coração grande, também 
conhecido como hipertrofia cardíaca, é uma doença séria e difícil de tratar. Essa 
doença ocorre quando o coração fica fraco ou rígido e não consegue mais 
bombear sangue suficiente para atender às necessidades do seu corpo Tempo. 
(SOUZA, et al, 2017). 
 
Aumento esofágico (Megaêsofago): devido ao raro aumento anormal 
(dilatação) do esôfago, pode causar dificuldade na deglutição e digestão. 
(SOUZA, et al, 2017). 
 
 Aumento do cólon (doença de Hirschsprung): ocorre quando o cólon se 
expande de forma anormal e causa dor abdominal, distensão abdominal e 
constipação intensa. Muitos são os métodos de tratamento cirúrgico do 
megacólon chagásico, todos com o objetivo de aliviar os sintomas da doença e 
prevenir suas complicações. (SOUZA; SANTOS; MORAES, 2017). 
 
9. PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
 
 Vetor: 4 a 15 dias. 
 Transmissão transfusional: 30 a 40 dias ou mais. 
 Transmissão vertical: pode ser transmitida a qualquer momento 
 Durante a gravidez ou parto. 
 Transmissão oral: 3 a 22 dias. 
 •Propagação acidental: cerca de até 20 dias. 
(SOUZA; SANTOS; MORAES, 2017). 
10. ORIENTAÇÕES E PREVENÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS 
 
19 
 
Umas das recomendações é que não venha esmagar o mosquito 
(barbeiro) com as mãos; sempre use luvas ou sacos plásticos; é orientado que 
coloque em um pote de plástico com tampa de rosquear e identifique com o local, 
data e hora. Assim que fizer isso é preciso que dê uma olhada pela casa para 
ver se o mosquito não criou colônias e assim ligar para a vigilância sanitária e 
avisar do ocorrido. É orientado também que a fonte de luz seja instalada longe 
de objetos manipuladores de alimento. (SECRETARIA DE SAÚDE DO 
DISTRITO FEDERAL, 2020). 
 
Ainda não há vacina para curar a doença. A melhor forma de prevenir e 
controlar a doença é preveni-la e controlá-la, usar inseticidas para combater o 
vetor, construir um alojamento adequado que não seja propício à disseminação 
do vetor e eliminar os infectados animais domésticos. (ALVES, et al, 2018). 
 
A linha de transmissão vetorial tende a desaparecer com as políticas de 
promoção da saúde, conscientizando à população dos cuidados a serem 
tomados e até mesmo das técnicas de manuseios de compostos químicos, 
procurando sempre evitar a transmissão da doença ou até mesmo impedir sua 
evolução para quadros mais graves como a forma crônica. (ALVES, et al, 2018). 
 
11. TRATAMENTO 
 
É baseado em medicamentos antiparasitários, que podem matar parasitas 
e controlar os sintomas e sinais de infecção. O objetivo do tratamento é suprimir 
a parasitemia para reduzir o envolvimento do sistema nervoso parassimpático. 
(PEARSON, 2019). 
 
O tratamento da doença de chagas na fase aguda deve ser feito com 
alguns medicamentos devidamente prescritos pelo médico, pois o parasita ainda 
circula pelo sangue, se limita a duas drogas nitroheterocíclicos: Benznidazol que 
possui efeitos apenas contra as formas sanguíneas e esse medicamento e 
oferecido no SUS gratuitamente e Nifurtimox que age contra as formas 
sanguíneas e parcialmente contra as formas teciduais, via oral. É indicado que 
20 
 
o tratamento seja feito o quanto antes pois as chances da pessoa infectada são 
maiores de ser curada. (CASTRO; SOEIRO, 2017) 
 
Quando a doença progride para a fase crônica, a mesma situação não 
ocorre, nesta fase o medicamento não é suficiente para tratar, mas pessoas com 
menos de 50 anos podem utilizá-lo para prevenir o desenvolvimento da doença. 
Dependendo dos sintomas do paciente (como problemas cardiovasculares ou 
digestivos), outros tratamentos podem ser necessários. Para cada situação 
específica, o médico deve dar orientações adequadas. (CASTRO; SOEIRO, 
2017). 
 
Independentemente da situação clínica ou do estágio da doença, a taxa 
de cura de doenças crônicas pode ser tão baixa quanto 8%. (CASTRO; SOEIRO, 
2017). 
 
11.1. Tratamento na gravidez 
 
Na gestação não é recomendado ter o tratamento da doença pois tem o 
risco de toxicidade, o tratamento numa gestante só pode acontecer depois do 
parto ou se a doença estiver muito grave durante a gravidez. (PEARSON, 2019). 
 
12. CRITÉRIO DE CURA 
 
A metodologia de cura desse paciente chagásico não está bem 
estabelecido. Estima-se que a taxa de cura de indivíduos que iniciam o 
tratamento na fase aguda da doença e completam todo o ciclo do medicamento 
é de 60% a 85%. Segundo o Ministério da Saúde, se o exame sorológico for 
recusado em até cinco anos após o término do tratamento, é considerado um 
caso curado, sendo recomendado repeti-lo duas vezes ao ano ou uma vez ao 
ano por cinco anos. O acompanhamento sorológico para estudos de IgG pode 
ser dispensado após dois testes negativos consecutivos. (BRASIL, 1989) 
 
21 
 
13. COVID 19 E CHAGAS 
 
As pessoas que possuem doença de chagas já passam por um grande 
risco, e agora com a descoberta do Covid 19 (SARS COV 2) eles estão correndo 
um risco maior ainda por terem complicações cardíacas e gastrointestinais 
devido a doença de chagas. (DNDi, 2020). 
 
 A doença de chagas já era negligenciada no mundo e agora com o Covid 
se tornou ainda mais negligenciada, na doença aguda de chagas o tratamento é 
considerado mais fácil pois a fase aguda pode ser curada e o indivíduo não seria 
muito afetado caso seja infectado pelo Coronavirus (Covid-19), na fase crônica 
na qual não tem cura o caso seria grave devido as complicações que a doença 
deixa no nosso corpo. Algumas estatísticas mostram que 30% das pessoas que 
tem doença de chagas e é infectado por Covid 19 morrem com complicações 
cardíacas. (DNDi, 2020). 
 
14. RELATO DE UM FAMILIAR COM DOENÇA DE CHAGAS 
 
Segundo informações dadas a mim pelo meu avô Senhor Nelson Ernega 
Sobrinho, minha bisavó morava em uma cidade do Paraná - Primeiro de maio, 
onde se casou e teve 7 filhos, moravam em uma casa de madeira e os colchões 
eram feitos de palha de milho, a vida se resumia em se manter na lida com roça, 
onde plantavam inúmeras coisas e também lidavam com criação de animaiscomo: vaca; boi; galinha; porco, etc. ambientes no qual o barbeiro se instala. 
Minha bisavó Aparecida descobriu a doença através de exames quando passou 
mal e teve o coração crescido por conta da doença e todos os filhos também 
tinham adquirido a doença, porém naquela época, década de 50 o tratamento 
não era assim tão fácil e acessível como hoje, e eles também não tinham muitas 
informações sobre a doença pois desde sempre ela foi negligenciada, em 
relação a sintomas minha bisavó relatou que nunca teve nada. 
 
O meu avô Nelson descobriu a doença aos 60 anos de idade quando 
passou mal e foi hospitalizado no Hospital Das Clínicas, e todos os exames 
22 
 
estavam ótimos, até que os médicos suspeitaram de chagas e perguntavam 
onde ele morou, etc. fez exames de sangue no qual foi detectado chagas porém 
no caso dele acabou afetando o esôfago; onde a cirurgia foi feita com nome de 
megaesôfago; perdeu muito peso devido a não conseguir ingerir alimentos e nem 
água, se alimentava apenas por sonda para ganhar peso e assim fazer a cirurgia. 
 
No caso do meu avô, ele lembra que desde os anos 80 tinha refluxo e 
entalo com comida, e não entendia o porquê daquilo. 
 
Na década de 90 meu avô fez uma doação de sangue, porém foi rejeitado, 
provavelmente por conta de a doença já estar instalada em seu organismo, e 
mesmo sabendo que o sangue foi rejeitado nunca procurou saber porque; se de 
repente ele tivesse ido investigar talvez a doença não teria agravado sua saúde. 
 
Quando meu avô foi hospitalizado perguntou ao médico se esse refluxo 
teria a ver com a doença e o médico disse que sim e que no caso dele atacou o 
esôfago, por conta de muitos e muitos anos nunca ter procurado um tratamento, 
pois não tinha nenhuma suspeita que teria a doença. 
 
Hoje ele vive bem, mora na Bahia e relatou que lá também já viu e matou 
muitos mosquitos barbeiros, hoje toma mais cuidados com a saúde. 
 
A família sempre teve esse tipo de doença, porém por conta de não ter 
informações quanto aos cuidados que deveriam tomar, acabavam descobrindo 
muitas vezes tarde demais. 
 
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O mal de chagas é uma doença infecciosa causada pelo protozoário 
Trypanosoma cruzi, é uma antropozoonose, que pode ser obtida pelo contato da 
pele ou da boca com as fezes de um “barbeiro” ou também conhecido “chupão”. 
Os principais sintomas incluem febre, inchaço e problemas de CA, que podem 
levar à morte em casos mais graves. O barbeiro mora em uma casa de barro ou 
23 
 
casas mal estruturadas, se alimenta de sangue e possui preferência por sangue 
animal. Por causa dos incêndios florestais, os barbeiros não têm escolha de 
comida, então se alimentam de sangue humano. A doença se espalha através 
das fezes de uma espécie (TRIATOMA) que penetra nos pequenos orifícios 
picados por insetos chamados barbeiros. O barbeiro apresenta um ato noturno 
de hemotofagia, ele costuma se alimentar durante a noite e em lugares 
desprotegidos como por exemplo o rosto. Além de tudo, a existência de surtos 
domésticos causados pela transmissão oral desse microrganismo pode agravar 
o problema e exigir que os órgãos de saúde pública tomem diversas medidas de 
prevenção e controle. 
 
24 
 
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