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Matriz psicanalítica de Freud

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Matriz psicanalítica de Freud
APRESENTAÇÃO
Sigmund Freud foi um médico e psicanalista que revolucionou a maneira de compreender a pers
onalidade humana. Ele é conhecido por ser o criador da psicanálise, um método de cura por mei
o da escuta clínica. Segundo a teoria psicanalítica de Freud, a constituição da personalidade é m
arcada por uma experiência traumática relacionada à sexualidade humana.
Freud ocasionou outra mudança radical na maneira de compreender a subjetividade humana ao e
laborar uma teoria sobre o inconsciente. Até então a ideia do que era ser humano estava relacion
ada à consciência do ser. Freud pensava o contrário, o que o ser humano é de verdade reside no i
nconsciente.
O desenvolvimento dos seus estudos sobre a sexualidade e sobre o inconsciente foi bastante imp
actante para a época, o final do século XIX. São ideias fundamentais para entender os traumas e 
sofrimentos humanos até os dias de hoje.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a matriz psicanalítica de Freud a partir dos co
nceitos relacionados às duas ideias fundamentais da psicanálise: a sexualidade humana e o incon
sciente. Vai estudar os aspectos estruturais e dinâmicos da personalidade por meio das teorias do 
consciente, pré-consciente e inconsciente, assim como do id, ego e superego (a primeira e a segu
nda tópicas freudianas). Também vai aprender sobre os outros processos relacionados ao incons
ciente freudiano: identificação, mecanismos dos sonhos e mecanismos de defesa do ego. Por fi
m, você vai conhecer os estágios do desenvolvimento da personalidade a partir da teoria da sexu
alidade de Freud.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Apresentar Sigmund Freud e seus principais pressupostos sobre a natureza humana.•
Explicar a estrutura e a dinâmica da personalidade.•
Caracterizar os estágios de desenvolvimento da personalidade em Freud. 
 
•
DESAFIO
De acordo com a matriz psicanalítica, o desenvolvimento da personalidade é concomitante ao de
senvolvimento psicossexual dos indivíduos. Isso significa que a personalidade resulta das transf
ormações do psiquismo e do corpo sexualizado.
Desde os primeiros dias de vida até aproximadamente os 6 anos de idade, a sexualidade infantil 
está em constante transformação. Depois dos 6 anos até a adolescência, o desenvolvimento sexu
al é colocado em segundo plano pelo desenvolvimento dos valores morais e sociais. É nesse perí
odo que a criança começa a frequentar outras esferas sociais além da família. Por isso mesmo é 
comum que conflitos relacionados ao comportamento sejam frequentes. Nesse momento, o pape
l da psicoterapia é mediar esse conflito, contribuindo para que o paciente crie saídas para a const
ituição do laço social sem danos.
Tendo isso em vista, considere a seguinte situação:
Nessa situação, responda:
A) Quais informações seriam importantes passar para a mãe da criança a fim de deixá-la inform
ada sobre aspectos da formação da personalidade nessa faixa etária?
B) Como profissional, como você deve mediar os conflitos existentes nessa fase do desenvolvim
ento da personalidade no atendimento da criança?
INFOGRÁFICO
De acordo com a psicanálise de Freud, a constituição da personalidade se dá com o desenvolvim
ento psicossexual, que acontece como parte de um mesmo processo que se estende ao longo da 
vida.
Segundo o pensamento de Freud, todo ser humano possui um corpo sexualizado desde os primei
ros momentos de sua vida. Isso quer dizer que algumas partes do corpo são extremamente sensív
eis aos estímulos tanto do próprio corpo como do mundo externo. Esses estímulos ocasionam ex
periências de satisfação que o indivíduo busca desenvolver ao longo do tempo.
Veja, neste Infográfico, uma descrição dos principais aspectos das fases do desenvolvimento psi
cossexual da teoria freudiana.
CONTEÚDO DO LIVRO
O surgimento da psicanálise se dá na passagem do século XIX para o século XX. Freud substitui 
o método de hipnose na escuta das histéricas pela associação livre. É a descoberta desse método 
que funda uma nova teoria para entender o psiquismo chamada psicanálise.
O desenvolvimento da matriz psicanalítica de Freud é marcado pela constituição de suas duas tó
picas: o inconsciente, pré-consciente e consciente como as instâncias psíquicas da primeira tópic
a, e o id, ego e o superego como as instâncias da segunda. Essas tópicas explicam a formação da 
personalidade a partir da psicanálise. Outra teoria criada por Freud também é a da sexualidade, q
ue explica o desenvolvimento da personalidade por meio das fases do desenvolvimento psicosse
xual.
No capítulo Matriz psicanalítica de Freud, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você 
vai conhecer a teoria psicanalítica de Freud, entendendo melhor o surgimento da psicanálise e c
omo é possível articular a sua teoria com a constituição da personalidade.
Boa leitura.
TEORIA DA 
PERSONALIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Apresentar Sigmund Freud e seus principais pressupostos sobre a natureza 
humana.
 > Explicar a estrutura e a dinâmica da personalidade.
 > Caracterizar os estágios de desenvolvimento da personalidade em Freud.
Introdução
A psicanálise, teoria desenvolvida por Freud no final do século XIX e início do 
século XX, revolucionou os estudos sobre a personalidade humana e é estudada 
e praticada até os dias atuais. Essa teoria apresentou duas grandes mudanças na 
compreensão da subjetividade humana. A primeira está relacionada à causalidade 
dos traumas. Para Freud, os nossos traumas estão relacionados com alguma 
experiência sexual no período de desenvolvimento da nossa subjetividade. A 
segunda descoberta que transformou nossa compreensão sobre a personalidade 
humana é o inconsciente, então compreendido como o oposto da consciência, ou 
seja, um conteúdo que não tem relação com a personalidade do indivíduo. Antes 
de Freud, a definição de ser humano estava relacionada com a consciência. Para 
Freud, é no inconsciente que está a verdade sobre o que nós somos. Essas duas 
ideias gerais — a sexualidade e o inconsciente freudiano — acompanham a des-
coberta de vários outros conceitos da psicanálise, tais como a pulsão, a neurose, 
o narcisismo, entre outros.
Neste capítulo, você vai estudar o desenvolvimento das principais ideias 
da teoria psicanalítica. Abordaremos inicialmente o contexto do surgimento da 
Matriz psicanalítica 
de Freud
Inácio Antonio Silva de Mariz
psicanálise e as mudanças que ela promoveu na concepção sobre a natureza 
humana. Para entendermos a estrutura e a dinâmica da personalidade, também 
vamos refletir sobre o funcionamento do psiquismo, a partir da primeira tópica 
de Freud (consciente, pré-consciente e inconsciente), e sobre identificação e 
mecanismos de defesa, partindo da segunda tópica freudiana (id, ego e supe-
rego). Por fim, você poderá compreender o desenvolvimento da personalidade 
a partir da teoria da sexualidade de Freud, também conhecida como “teoria do 
desenvolvimento psicossexual”.
Surgimento da psicanálise e seus 
pressupostos sobre a natureza humana
A psicanálise surgiu na passagem do século XIX para o século XX, a partir do 
tratamento da histeria pelo médico Sigmund Freud. Desde então, a teoria 
desenvolvida por Freud, pautada em descobertas sobre a sexualidade infantil 
e o inconsciente, ganhou adeptos no mundo inteiro e se mantém como uma 
das mais importantes teorias para explicar a constituição da personalidade.
Nascido em 1856, na região onde atualmente está localizada a República 
Tcheca, Sigmund Freud mudou-se para Viena ainda criança e lá viveu quase 
toda a sua vida e deu início a seus estudos. No curso de medicina, ele ganhou 
notoriedade por ser um aluno brilhante. É durante o seu período de estudos 
no Instituto de Fisiologia da Universidade de Viena que Freud conhece o 
renomado professor Josef Breuer, com quem publica os primeiros trabalhos 
sobre a histeria e a hipnose. Esses textos são consideradospré-psicanalíticos, 
pois descrevem o processo em que Freud abandona a prática da hipnose para 
se dedicar ao tratamento por meio da psicanálise (ONS, 2018). Breuer era 
conhecido pelo seu trabalho com psicologia e hipnose, temas que também 
interessavam a Freud, que então passa a, juntamente de Breuer, atender 
pacientes que sofriam de distúrbios psíquicos. A maioria desses pacientes 
eram mulheres da alta sociedade, acometidas de uma doença que se tornava 
muito comum na época, a histeria (MEZAN, 2006).
Mesmo se tornando cada vez mais comum, a histeria era vista com maus 
olhos pelos médicos da época, que entendiam ser necessário um componente 
orgânico em desarranjo para que as doenças se manifestassem — o que não 
era o caso da histeria. As mulheres acometidas relatavam cegueira, dores 
na garganta, perda da fala, perda dos movimentos nas pernas, entre outros 
sintomas da histeria na época. Essas queixas não eram levadas a sério pe-
Matriz psicanalítica de Freud2
los médicos, que julgavam se tratar de encenações de pacientes loucas ou 
mentirosas (MEZAN, 2006).
Nesse mesmo período, por volta de 1880, os estudos sobre a histeria 
ganham outro nome de destaque: o médico neurologista Jean-Martin Char-
cot. Conhecido pelo seu trabalho no Hospital da Salpêtrière, em Paris, ele 
também utilizava a hipnose como método de tratamento, e então Freud 
decide realizar, no inverno de 1885, um estágio com o médico parisiense 
(GARCIA-ROZA, 2009). Na França, Freud acompanhou as aulas expositivas de 
Charcot para uma plateia de médicos, nas quais ele hipnotizava pacientes 
histéricas e as mostrava curadas depois de sua sugestão para que os sintomas 
desaparecessem (MEZAN, 2006).
Após seu estágio em Paris, Freud retorna a Viena e segue seu trabalho ao 
lado de Breuer, atendendo pacientes histéricas. Tanto Breuer quanto Charcot 
estudavam a histeria e praticavam a hipnose, mas tinham entendimentos 
diferentes em relação ao sintoma neurótico. Charcot partia da premissa de que 
a hipnose acessava as memórias e as emoções que ficavam no inconsciente 
e causavam os sintomas histéricos; então, por meio da sugestão, ele levava 
as pacientes a interpretar esses sintomas de outra maneira para, com isso, 
curá-las. Breuer, por sua vez, lançava mão de um método que também era 
usado por Freud: o chamado “método catártico”, que não visava ao desapa-
recimento do sintoma, mas à investigação de sua causalidade, fazendo as 
pacientes recordarem da experiência traumática que deu origem ao sofrimento 
(GARCIA-ROZA, 2009).
A primeira grande descoberta de Freud sobre a causalidade dos sintomas 
veio da sua experiência clínica, especificamente o tratamento de Bertha 
Pappenheim, que ficou famosa pelo pseudônimo Anna O. Tratada inicialmente 
por Breuer, essa paciente apresentava sintomas como alucinações, paralisias, 
fobias, entre outros. Em determinado momento, ela elaborou a ideia histérica 
de que estava grávida de seu médico, Breuer, e então seu caso acabou sendo 
assumido por Freud (GARCIA-ROZA, 2009).
As pesquisas de Freud já o orientavam para uma hipótese sobre a causa-
lidade dos sintomas: ele observou que suas pacientes rememoravam uma 
ideia traumática e a representavam como um sintoma no corpo. Em suas 
primeiras publicações sobre a histeria, Freud suspeitava que essas ideias 
traumáticas eram marcadas por um afeto sexual (FREUD, 1996). O caso de 
Anna O. comprovou a hipótese freudiana de que havia um componente sexual 
na situação traumática que era a causalidade do sintoma de suas pacientes 
histéricas. Para Freud, os sintomas histéricos e neuróticos eram formados a 
partir de experiências sexuais do passado. Diante da situação envolvendo 
Matriz psicanalítica de Freud 3
a sexualidade e a repressão, as pacientes se afetavam de tal maneira que, 
no futuro, o que havia sido reprimido voltava na forma de sintoma (GARCIA-
-ROZA, 2009).
Em determinado momento, Freud decide abandonar a hipnose, sobretudo 
por duas razões. A primeira delas está relacionada ao fato de nem todas as 
pessoas serem hipnotizáveis, o que limitava a abrangência do tratamento. 
A segunda razão é a constatação de que a hipnose proporcionava um alívio 
apenas pontual dos sintomas, que acabavam voltando a se manifestar com o 
passar do tempo. Então, Freud desenvolve seu próprio método de escuta das 
histéricas, que tem relação direta com a fundação da psicanálise: o método 
da associação livre (GARCIA-ROZA, 2009).
O nascimento desse método tem relação com uma experiência clínica em 
particular. Em uma sessão de hipnose, a paciente conhecida pelo pseudônimo 
Emmy Von N. passou a responder de forma inusitada às sugestões de Freud, 
pedindo diversas vezes a ele que ficasse calado para que ela pudesse falar 
sobre seus sintomas (FREUD, 1996). Então, Freud percebeu que, quando a pa-
ciente rememorava e falava sobre seus sintomas, as associações aconteciam 
livremente, sem que a hipnose e as sugestões do terapeuta fossem necessárias 
para orientar a fala. Freud apenas escutava a paciente e percebia que certos 
momentos de suas narrativas traziam elementos marcantes da situação 
traumática, ainda que a paciente não percebesse isso (GARCIA-ROZA, 2009). 
Assim, surge definitivamente a psicanálise, uma prática clínica orientada 
pelo método da associação livre, que consiste basicamente em deixar que o 
paciente fale à vontade o que vier à sua cabeça.
As descobertas de Freud já demonstravam que sua teoria apresentava 
uma visão muito particular sobre o que chamamos de “natureza humana”, 
uma condição comum para todos. Para Freud, os traumas surgiam de uma 
experiência sexual, e as pacientes eram capazes de relatar esses traumas 
apenas rememorando suas vivências. Essas duas descobertas são sustenta-
das por uma concepção que revolucionou a maneira como se compreendem 
a natureza e a personalidade humanas até os dias de hoje: o inconsciente 
(GARCIA-ROZA, 2009).
Para a psicanálise, a natureza humana é inconsciente
A descoberta de Freud sobre a relação entre sexualidade, sintoma e associação 
livre está ligada a uma questão em particular: a fantasia, isto é, a capacidade 
que todo ser humano tem de fantasiar. Para Freud, os sintomas se formavam 
justamente porque, diante de uma situação sexual, as pacientes fantasiavam 
Matriz psicanalítica de Freud4
que estavam sendo seduzidas. Freud chamou essa teoria de “teoria da sedu-
ção” (FREUD, 2014). Mas essa cena de sedução não era real. Era a forma como 
a criança, ainda não tendo formação cognitiva para interpretar a realidade 
à sua volta, interpretava a situação. Essa cena de sedução poderia ser um 
simples estímulo, como uma carícia, um afago, um cheiro, um beijo, etc. Ou 
seja, tal interpretação era uma tentativa de dar sentido a uma sensação nova 
para a criança (GARCIA-ROZA, 2009).
Segundo essa teoria, fantasia e realidade podem fazer parte de uma 
mesma representação. E a interpretação que damos para uma situação pode 
ser apenas uma realidade psíquica, diferente da realidade do mundo real. 
Quando fez essa descoberta, Freud quis demonstrar também que o psiquismo 
é muito complexo, não se resumindo apenas à consciência. Esta corresponde 
somente à capacidade que o indivíduo tem de atribuir sentido ao que acontece 
ao seu redor, e esse sentido pode estar de acordo com a realidade ou não. Há 
um exemplo disso na própria teoria da sedução de Freud, segundo a qual o 
psiquismo infantil pode interpretar uma experiência que é estimulada como 
uma experiência de sedução. Algumas fobias adquiridas nos primeiros anos 
de vida também podem estar relacionadas com a maneira como o psiquismo 
humano elaborou uma determinada situação e criou uma fantasia na cons-
ciência em desacordo com a realidade (MEZAN, 2006).
Esse desacordo entre o psiquismo e o mundo real existe porque existe um 
conflito psíquico que funda a subjetividade humana. Tal conflito se refere a 
uma clivagem, ou seja, uma separação entre o material psíquico que chega 
à nossa consciência e outra parte do material que continua indefinidae 
inacessível ao pensamento consciente. Foi a todo esse conteúdo que Freud 
deu o nome de inconsciente (FREUD, 2015).
O conceito de inconsciente se tornou central no desenvolvimento da teoria 
de Freud, para quem o inconsciente não é um lugar anatômico, mas um lugar 
psíquico com conteúdos das memórias que os sujeitos rejeitam em tornar 
consciente. Assim, a psicanálise é conhecida como a clínica do inconsciente, 
que só se manifesta em vestígios, lapsos, atos falhos e, principalmente, 
sonhos. São essas manifestações que mais dizem sobre os sujeitos, pois, 
de acordo com a teoria de Freud, os atos conscientes estão relacionados 
apenas com a experiência imediata, ou seja, são atos que respondem de 
forma espontânea às experiências do mundo real. No inconsciente, por sua 
vez, fica a maior parte de todo o material psíquico relacionado com o que 
se pode chamar “verdade dos indivíduos”, isto é, a sua natureza humana 
(GARCIA-ROZA, 2009).
Matriz psicanalítica de Freud 5
O inconsciente não pode ser representado pelos sentidos que o 
paciente cria. O paciente vai expressar seu inconsciente por meio de 
formações do inconsciente, que consistem em atos falhos na linguagem, como, 
por exemplo, errar o nome de uma pessoa ou trocar o nome do lugar para onde 
se está viajando; chistes, isto é, tiradas de humor, piadas; e sonhos, que são as 
principais formações do inconsciente (FREUD, 2017).
No livro A interpretação dos sonhos, originalmente publicado em 1900, Freud 
(1980) buscou provar a existência do inconsciente, demonstrando como ele 
se estrutura e o seu funcionamento. Freud conclui que o inconsciente tem a 
estrutura dos sonhos. Estes são elementos que sempre chegam à psicoterapia 
dos pacientes, e a sua interpretação deve ser orientada pela teoria dos sonhos 
de Freud e pelo contexto da experiência clínica de cada um.
A descoberta do inconsciente revelou que a subjetividade não está re-
lacionada apenas com as representações conscientes e racionais da mente. 
O psiquismo humano é bem mais complexo, sendo constituído por outras 
instâncias psíquicas além do consciente. A principal delas, de acordo com 
Freud, é o inconsciente. Para desenvolver melhor seu pensamento sobre o 
psiquismo, Freud elaborou a ideia de aparelho psíquico, em que ele localiza 
duas tópicas, ou seja, dois sistemas em que instâncias psíquicas relacionam-se 
entre si. Vamos conhecer essas duas tópicas nas seções seguintes.
Primeira e segunda tópicas freudianas: dos 
meandros do psiquismo à identificação
As descobertas de Freud mostram que o psiquismo é complexo e que a per-
sonalidade humana e os processos de identificação são resultados de uma 
parte menor dos processos psíquicos. Para explicar melhor o psiquismo, Freud 
desenvolveu a noção de aparelho psíquico. Esse aparelho não existe de fato; 
ele é apenas um trabalho figurativo feito por Freud para melhor explicar as 
forças, as energias e as trocas psíquicas (GARCIA-ROZA, 2009). Para tanto, 
Freud desenvolveu duas tópicas que, segundo ele, são instâncias psíquicas 
que fazem parte desse aparelho. A primeira tópica é formada por consciente, 
pré-consciente e inconsciente; e a segunda, por id, ego e superego.
Essas tópicas são instâncias psíquicas que mantêm relação entre si nos 
processos psíquicos de constituição da personalidade. Tal divisão do aparelho 
recebeu o nome de “tópicas” porque, segundo Freud (2010b), essas instâncias 
ocupam um determinado lugar na dinâmica do psiquismo — “tópica” é um 
termo derivado da palavra grega τόπος (tópos), que significa “lugar”.
Matriz psicanalítica de Freud6
Primeira tópica freudiana
A seguir serão descritos os elementos que constituem a primeira tópica 
freudiana: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente.
Consciente
Antes da psicanálise, o consciente era compreendido como a totalidade do 
psiquismo (FREUD, 2010b; GARCIA-ROZA, 2009; ONS, 2018). Essa concepção 
mudou totalmente com Freud, quando o consciente passou a ser apenas a 
camada mais superficial do psiquismo (FREUD, 2010b). Isso porque o consciente 
seria responsável pela representação dos impulsos advindos dos meandros 
do psiquismo (NASIO, 1999).
Como parte da primeira tópica freudiana, o consciente tem a função de 
reunir estímulos do mundo externo e excitações internas no psiquismo e 
transformar esses estímulos e excitações em ideias, pensamentos, juízos de 
valor e de moral, ações motoras, etc. Dessa forma, a função do consciente 
está relacionada com parte da formação do eu e com a maneira como expres-
samos nossa personalidade nas relações do mundo externo. O consciente 
está relacionado, assim, com as funções de cognição, de percepção e motoras 
de cada indivíduo. No entanto, do ponto de vista do aparelho psíquico, ele 
tem importância menor em relação aos processos psíquicos internos, já que 
comporta apenas uma pequena parte de todo o conteúdo psíquico que passa 
pela censura do pré-consciente até chegar à consciência (FREUD, 2010b).
Pré-consciente
O pré-consciente é a instância que seleciona o que passa do inconsciente 
para o consciente. Ele tem a função de barrar os conteúdos reprimidos, 
impedindo-os de chegar à nossa consciência. Esses conteúdos reprimidos são 
aqueles provenientes da situação traumática que dão origem aos sintomas 
(FREUD, 2010b).
O pré-consciente é a ligação entre o inconsciente e o consciente, mas é 
distinto dos dois. Isso porque o conteúdo pré-consciente tem sua origem no 
inconsciente, mas se transforma ao se submeter à censura, e só então chega 
como conteúdo transformado ao consciente. Sem a instância pré-consciente, 
a consciência não seria capaz de representar o material inconsciente, pois 
o trabalho de censura realizado pelo pré-consciente retira os conteúdos 
inconscientes que precisam ser reprimidos, pois representam um estímulo 
excessivo que pode causar angústia. Isso porque esses conteúdos que saem 
Matriz psicanalítica de Freud 7
do inconsciente estão carregados de impulsos psíquicos tão fortes e incon-
troláveis que podem causar uma insuportável sensação de desprazer. O 
pré-consciente tem a função de retirar parte da quantidade desses impulsos 
(FREUD, 2010b).
Inconsciente
Para Freud, o inconsciente é a instância mais antiga do psiquismo. É nessa 
instância que fica a maior parte de nossas ideias e excitações, pois tudo que 
não é consciente ou pré-consciente está no inconsciente. O inconsciente não 
é algo organizado, como é o caso do consciente. No inconsciente, tudo ainda 
é impulso, força, energia e excitação, e ele trabalha constantemente, sem 
nenhum tipo de distinção sobre as regras, as normas e as narrativas que são 
impostas pela realidade. O funcionamento do inconsciente pode ser explicado 
como puro estímulo de cargas psíquicas, produzindo prazer e desprazer sem 
limites. É por isso que seu material precisa passar pelo pré-consciente para 
chegar à consciência, uma vez que a consciência não suportaria a intensidade 
dessas cargas e seria incapaz de elaborar uma representação adequada para 
a realidade (FREUD, 2010b).
Como parte do aparelho psíquico, a função do inconsciente é guardar o 
material reprimido, que é aquele material recusado tanto pelo pré-consciente 
quanto pelo consciente. Esse material é apenas uma parte de tudo que com-
porta o inconsciente, junto com as excitações, as forças, as energias e os traços 
do psiquismo. Sendo assim, é impossível representar o inconsciente. Ele pode 
manifestar apenas uma pequena parte de tudo aquilo que comporta e que 
ganha um correspondente representativo na maneira como a consciência 
expressa parte desse conteúdo na realidade por meio de sonhos, lapsos, 
atos falhos, entre outros equívocos da linguagem (FREUD, 2010b).
A primeira tópica freudiana é frequentemente representada por um iceberg 
(Figura 1). A menor parte do iceberg, que é sua porção visível, corresponde ao 
consciente. Por sua vez, o espelho d’água, que divide o que está submerso 
da superfície, corresponde ao pré-consciente. O inconsciente, por fim, é 
representadopela maior parte do iceberg, que está submersa.
Matriz psicanalítica de Freud8
Figura 1. Representação da primeira tópica freudiana.
Fonte: Adaptada de Freud (2010b) e Madartzgraphics/Pixabay.com.
Consciente
Pré-consciente
Inconsciente
Segunda tópica freudiana
Avançando em suas pesquisas sobre o desenvolvimento da personalidade 
humana, Freud (2010a) elabora a sua segunda tópica. Dessa vez, a tópica é 
formada por id, ego e superego. O motivo da elaboração de uma segunda 
tópica é que, nesse estágio do desenvolvimento do seu pensamento, Freud 
está interessado em analisar a questão da constituição do psiquismo por 
outro ponto de vista, a partir da relação do conflito psíquico interno com o 
mundo externo, ou seja, a maneira como a cultura influencia o processo de 
constituição da subjetividade (GARCIA-ROZA, 2009).
Id, ou isso
O id se refere aos materiais inconscientes que chegam do interior do psi-
quismo. O próprio Freud (2010a) relacionava o id à ideia de inconsciente. 
Freud (2010a) distingue o id do ego de maneira simplista, dizendo que, ao 
passo que o ego corresponde ao senso comum e à razão, o id se refere às 
paixões. O material psíquico que corresponde ao id é aquele passado pela 
condição hereditária de nossa espécie, como se fosse uma marca psíquica 
que todo indivíduo tem. É por isso que falamos de instinto humano. Freud 
utilizou outra palavra para se referir ao instinto humano e diferenciá-lo do 
instinto animal: a pulsão (GARCIA-ROZA, 2009).
A pulsão é uma condição psíquica de todos os indivíduos para criar a 
própria vida. Assim como demonstra o id, esse estímulo para a criação da 
vida existe apenas como excitação ou traços psíquicos que precisam ser or-
ganizados em uma representação na forma de um ego. Apenas uma parte do 
Matriz psicanalítica de Freud 9
material correspondente ao id chega ao ego e é representado por ele. Outra 
parte segue inata como componente da pura pulsão (GARCIA-ROZA, 2009).
Ego, ou eu
O ego pode ser definido como uma instância adaptativa, e sua principal 
atividade é mediar os processos de identificação com o mundo, controlando 
as exigências internas do id e as exigências vindas da realidade por meio do 
superego. O ego está, dessa maneira, relacionado com a necessidade de criar 
identificações com o mundo externo (GARCIA-ROZA, 2009).
O ego é a mais importante das três instâncias. Ele é tido como o conflito 
inicial de fundação do psiquismo. Isto é, o ego é o lugar onde está parte do 
excesso da energia psíquica. A função do ego é conter parte dessa energia, 
para que seja possível torná-la uma representação da personalidade (FREUD, 
2010a). É com o desenvolvimento da segunda tópica que Freud (2010a) passa 
a relacionar o ego com o id e o superego.
Assim, o ego se torna uma instância que não pode existir sozinha. No 
entanto, para Freud (2010a), o ego se destaca das outras instâncias porque 
desempenha importantes tarefas para o indivíduo, como controlar as excita-
ções do corpo e do mundo externo, “supervisionar” os processos constituintes 
da personalidade, reprimir conteúdos indesejáveis oriundos do psiquismo e 
ser a externalização de uma experiência corporal — Freud destaca que o ego 
é um ego corporal. No que se refere ao seu papel na segunda tópica, a relação 
do ego com o id e o superego acontece da seguinte maneira. Primeiramente, 
o ego é dependente do id, pois as exigências pela satisfação que participam 
da formação do ego são componentes das forças psíquicas internas trazidas 
pelo id. Mas o ego também precisa contornar as exigências vindas do mundo 
externo, que também fazem parte da sua constituição. Essas exigências do 
mundo externo são trazidas pelo superego (GARCIA-ROZA, 2009).
Superego, ou supereu
O superego é a instância que exerce um julgamento sobre o ego. Ele internaliza 
as exigências do mundo externo (as leis, as normas, os padrões sociais) e exige 
que o ego se comporte de acordo com elas. Esse julgamento que o superego 
exerce sobre o ego é um juízo moral, e o ego precisa escapar também das 
exigências desse juízo moral, pois ele teria um poder punitivo e cruel caso o 
ego não conseguisse contornar tais exigências (FREUD, 2010a).
O papel do superego está relacionado principalmente com a vida social. 
Quando exige que o ego se adapte às regras do mundo real, o superego tra-
Matriz psicanalítica de Freud10
balha para que a relação entre o ego e o mundo externo seja possível. Isso 
porque é no superego que o mundo externo encontra suas representações 
internalizadas no psiquismo, ou seja, é como se a severidade do pai fosse 
internalizada para o psiquismo por meio do superego (FREUD, 2010a). E assim 
acontece em relação às outras leis, normas e condutas sociais. 
A partir do exposto, podemos resumir a relação entre essas três instâncias 
(id, ego e superego) da seguinte maneira: o superego reprime as imposições 
do id sobre o ego, ao mesmo tempo que exige que o ego se submeta às leis 
que regulam a vida social.
Para conhecer mais sobre os principais conceitos da psicanálise, 
recomendamos o livro Vocabulário contemporâneo da psicanálise, 
de David Zimerman (2008). A obra apresenta mais de 900 noções sobre a técnica 
e a prática clínicas, além de listar renomados psicanalistas contemporâneos 
de Freud e pós-freudianos, o que possibilita relacionar o pensamento de Freud 
com o trabalho teórico de outros autores e entender os desdobramentos e as 
modificações que a teoria sofreu em sua transmissão e com o passar do tempo.
A matriz psicanalítica é de fundamental importância para pensar a for-
mação da personalidade. A perspectiva do inconsciente demonstrou que a 
personalidade está relacionada não apenas com os processos conscientes 
de subjetivação, mas também com conteúdos psíquicos que ficam alojados 
no inconsciente. Já o ego não é uma instância unitária como costumamos 
imaginar. Ele precisa contornar exigências internas e do mundo real para que 
os processos de identificação aconteçam de maneira satisfatória.
A teoria da sexualidade em Freud: o 
desenvolvimento da personalidade humana
Certamente a sexualidade é o tema central do desenvolvimento de toda a 
teoria freudiana. Isso se deve ao modo como suas ideias foram recebidas em 
sua época e como elas se mantêm válidas até os dias de hoje. Nesta seção, 
vamos estudar o significado da sexualidade para a teoria psicanalítica, já 
que a compreensão em torno do sexual é distinta da ideia de relação sexual 
ou da diferença sexual entre homens e mulheres. De acordo com a matriz 
psicanalítica, todo indivíduo tem uma sexualidade desde que nasce, e essa 
sexualidade se desenvolve ao longo de sua vida. Também vamos abordar 
Matriz psicanalítica de Freud 11
como se dá esse desenvolvimento desde os primeiros meses de vida até a 
fase adulta.
De acordo com Freud (2015), a sexualidade é uma condição inata que 
adquirimos logo que nascemos. Ou seja, para a psicanálise a sexualidade não 
está relacionada com os sentidos da expressão compartilhada na sociedade, 
pois as primeiras descobertas de Freud em torno do tema demonstraram que 
existe uma sexualidade infantil. O período em que Freud desenvolveu suas 
ideias (do final do século XIX até meados do século XX) era marcado por uma 
moral muito rígida. Isso se devia principalmente à forma como os discursos 
se organizavam em torno do cristianismo e da família burguesa como o 
referencial de organização social a ser reproduzida. No entanto, naquela 
época Freud (2015) percebeu que existia uma moral muito mais rigorosa e 
punitiva: a moral sexual.
Em suas pesquisas e nos tratamentos com as histéricas, Freud observou 
que os sintomas histéricos resultavam de uma experiência traumática por um 
forte componente sexual. Essa observação foi fundamental para sustentar a 
hipótese que passou a consolidar a teoria de Freud até os dias atuais. Segundo 
essa teoria, todos nós já nascemos indivíduos sexuais. Em outro importante 
trabalho, Moral sexual civilizada e doença nervosa moderna, publicado ori-
ginalmente em1908, Freud conclui que todos os outros sintomas neuróticos 
estavam relacionados com a repressão sexual (FREUD, 2015).
As ideias de Freud foram mal recebidas nessa época porque a sexualidade 
era unicamente relacionada à reprodução humana. Essa era uma ideia cristã 
que a sociedade moderna compartilhou durante muito tempo. Porém, do 
ponto de vista da psicanálise, a sexualidade não se reduz aos órgãos genitais 
nem às relações sexuais. De acordo com Freud, esses órgãos correspondem a 
zonas hipersensíveis do nosso corpo, as chamadas “zonas erógenas”. Como 
são zonas sensíveis, o mínimo estímulo que exista em torno desses órgãos 
é capaz de proporcionar prazer ou desprazer, que, em alguns casos, se torna 
até mesmo insuportável. Além disso, para a psicanálise, essas zonas erógenas 
hipersensíveis não se resumem apenas aos órgãos genitais. A boca e o ânus 
são as outras duas zonas erógenas principais do nosso corpo (FREUD, 2015).
A partir dessas descobertas sobre os a moral sexual e a sexualidade na 
constituição dos sintomas histéricos e neuróticos, Freud (2015) elabora sua 
teoria sobre o desenvolvimento da personalidade humana.
Matriz psicanalítica de Freud12
Na clínica da psicanálise, os indivíduos podem levar um tempo para 
relatar a cena traumática de componente sexual. Para que isso acon-
teça, é preciso que se estabeleça uma transferência entre o paciente e o seu 
psicoterapeuta. A transferência é um tipo de laço terapêutico que o profissional 
da psicanálise vai estabelecendo com o passar tempo. O início de um tratamento 
clínico vai ser o momento de o profissional escutar mais, conhecer a história do 
paciente e estabelecer a transferência. Com o tempo, o profissional começa a 
interpretar e intervir mais na psicoterapia (ZIMERMAN, 2009).
Fases do desenvolvimento da sexualidade
De acordo com a teoria do desenvolvimento da sexualidade, ou teoria psicos-
sexual, os impulsos sexuais provenientes do corpo se concentram em torno 
das zonas erógenas. Como nosso corpo é um corpo sexualizado, conforme a 
psicanálise, essa sexualidade vai se desenvolvendo junto com o psiquismo 
(FREUD, 2016). A seguir, você vai conhecer como Freud descreveu o desenvol-
vimento psicossexual dos indivíduos.
Fase oral — primeiros seis meses do bebê
A fase oral é a primeira fase do desenvolvimento psicossexual, ocorrendo no 
período pré-genital. Nos primeiros dias de vida, o bebê tem zonas sensíveis 
aos estímulos do mundo externo. A boca é a principal zona erógena do bebê. 
Sendo assim, ele sente muita satisfação ao se alimentar, pois o alimento 
estimula as regiões supersensíveis das mucosas (FREUD, 2016). 
Fase anal — entre 2 e 4 anos aproximadamente
A fase anal, ou anal-sádica, é a segunda fase do desenvolvimento psicos-
sexual, acontecendo também no período pré-genital. Nessa fase, a região 
supersensível que é uma zona erógena é o ânus, e a sensação de satisfação é 
obtida pelo controle das fezes. A criança ainda não organiza sua sensação em 
torno de um saber de que as fezes são necessárias à nossa digestão. Então, 
elas apenas sentem a satisfação em tentar controlar as fezes ou expeli-las 
(FREUD, 2016).
Matriz psicanalítica de Freud 13
Fase fálica — dos 3 aos 6 anos aproximadamente
É na fase fálica que o impulso sexual começa a se concentrar nos órgãos 
genitais, que passam a se desenvolver como principais zonas de prazer. Essa 
fase é fundamental no reconhecimento anatômico do corpo. É nela que as 
crianças se olham e conseguem se perceber como um corpo formado. Também 
é nessa fase que os gêneros masculino e feminino começam a se diferenciar, 
e então as crianças começam a experimentar os primeiros conflitos em torna 
da diferença colocada pela sexualidade (FREUD, 2016).
Período de latência
Segundo Freud (2016), o desenvolvimento psicossexual fica adormecido por 
um período, sem que nenhuma mudança significativa aconteça com a se-
xualidade do corpo. Nesse período, a formação educacional e as condutas 
sociais prevalecem sobre o desenvolvimento da sexualidade. Durante essa 
época, a criança está descobrindo as sensações mais simples (p. ex.: vergonha, 
ressentimento e ciúmes), além de estar conhecendo os valores éticos e as 
condutas sociais que vão começar a orientar suas escolhas.
Fase genital — da adolescência à vida adulta
A fase genital é alcançada na adolescência e segue durante toda a vida adulta. 
É quando a busca por prazer muda da zona erógena para o outro, para a 
parceria sexual. Nessa fase, cada indivíduo elege outra pessoa como objeto 
para a realização de sua satisfação sexual. Tal escolha é marcada justamente 
pela personalidade de cada um, e é nesse momento que as identificações 
sexuais são decididas (FREUD, 2016).
Como vimos, a psicanálise mudou a forma como a sexualidade humana é 
compreendida. Antes, a sexualidade era vista como uma relação entre indiví-
duos que privilegiava a satisfação em torno dos órgãos genitais. Além disso, 
deve-se a Freud a descoberta de uma sexualidade infantil — a sexualidade é 
algo natural a todo indivíduo, e o corpo já nasce um corpo sexualizado, que 
se desenvolve ao longo da vida junto com a personalidade.
O Quadro 1 apresenta o desenvolvimento psicossexual dividido por fases, 
período de duração de cada fase e zona erógena correspondente a cada fase.
Matriz psicanalítica de Freud14
Quadro 1. Fases do desenvolvimento psicossexual da personalidade
Fase Período de duração Zona erógena
Fase oral Primeiros seis meses 
de vida
Boca
Fase anal Dos 2 aos 4 anos 
(aproximadamente)
Região anal
Fase fálica Dos 3 aos 6 anos 
(aproximadamente)
Órgãos genitais (início)
Período de latência Da infância até a 
adolescência
Sem zonas erógenas — 
prevalecem as normas 
sociais
Fase genital Da adolescência à vida 
adulta
Órgãos genitais 
(escolha definitiva)
Fonte: Adaptado de Freud (2016).
Uma paciente chega ao atendimento clínico reclamando por estar 
dormindo demais, a ponto de isso prejudicar suas relações no dia 
a dia. Ela reclama também de não conseguir se concentrar no trabalho e não 
manter uma boa relação com um dos seus colegas, que, segundo ela, está sempre 
a observando. Ela diz que fica imaginando o que ele pode estar pensando sobre 
ela. Diz que talvez ele esteja desejando-a.
Com o passar do tempo, a paciente relata uma figura recorrente em seus 
sonhos: uma sombra que parece um homem e, por uma razão que ela não sabe 
explicar, esse homem se parece com o seu avô. Ela diz que só conhece o avô 
por fotos, não tendo convivido com ele. No entanto, ela relata que, durante a 
infância, nutriu imensa curiosidade sobre a figura do avô e que os pais sempre a 
colocavam para pegar no sono dizendo que, se ela dormisse, o avô viria visitá-la 
no dia seguinte — ela diz que se sentia enganada com essa promessa.
Um dia, ao se referir ao colega de trabalho, cujo nome é Renato, ela o chama 
de Roberto e, então, lembra que esse é o nome de seu avô. Ela relata que, de 
alguma forma, aquilo a marcou, mas não consegue entender por quê.
Outros elementos que a paciente traz ao longo do tratamento é que ela não 
tem uma boa relação com a mãe, tem dificuldade para obedecer às condutas 
sociais e tem dificuldade para se identificar com outras mulheres da mesma 
idade que ela.
Neste capítulo, você pôde acompanhar o desenvolvimento da matriz 
psicanalítica freudiana. O desenvolvimento da teoria da personalidade em 
Matriz psicanalítica de Freud 15
Freud é marcado por mudanças significativas no entendimento sobre o psi-
quismo humano, sendo as principais delas a descoberta de que a formação 
dos sintomas tem relação com o componente sexual de alguma situação do 
passado e a descoberta do inconsciente. Os desdobramentos de todo esse 
desenvolvimento podem ser percebidos na experiência clínica. A escuta 
dos pacientes é o meio que legitima as concepções de Freud. A clínica vai 
demonstrar primeiramente que o método da associação livre é capaz de levar 
os pacientes a rememorarem a história do sintoma, sem que seja necessária a 
sugestão pelahipnose. Nesse momento, o paciente recupera em sua história 
algum componente relacionado a uma questão sexual.
Ainda, no que diz respeito à formação da personalidade e à identificação, 
esses processos se dão principalmente por meio de uma matriz psicosse-
xual. Do lado do psiquismo, a formação da personalidade e a identificação 
relacionam-se com a maneira como as instâncias psíquicas da primeira e da 
segunda tópicas exercem suas funções e estão relacionadas entre si. O indi-
víduo pode ter problemas com a identificação caso o ego não consiga mediar 
a relação entre o id e o superego. E o ego utiliza seus mecanismos de defesa 
para contornar a angústia. Já do ponto de vista sexual, o desenvolvimento do 
indivíduo se dá a partir do desenvolvimento da sexualidade ao longo da vida.
Referências
FREUD, S. A interpretação dos sonhos. Rio de Janeiro: Imago, 1980. (Obras psicológicas 
completas de Sigmund Freud, v. 5).
FREUD, S. A moral sexual “cultural” e o nervosismo moderno. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2015. (Obras completas, v. 8).
FREUD, S. Conferências introdutórias à psicanálise. São Paulo: Companhia das Letras, 
2014. (Obras completas, v. 13).
FREUD, S. Estudos sobre a histeria. Rio de Janeiro: Imago, 1996. (Obras psicológicas 
completas de Sigmund Freud, v. 2).
FREUD, S. O chiste e sua relação com o inconsciente. São Paulo: Companhia das Letras, 
2017. (Obras completas, v. 7).
FREUD, S. O eu e o id. São Paulo: Companhia das Letras, 2010a. (Obras completas, v. 16).
FREUD, S. O inconsciente. São Paulo: Companhia das Letras, 2010b. (Obras completas, 
v. 12).
FREUD, S. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, análise fragmentária de uma 
histeria (O caso Dora) e outros textos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. 
GARCIA-ROZA, L. A. Freud e o inconsciente. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
MEZAN, R. Freud, pensador da cultura. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
NASIO, J.-D. O prazer de ler Freud. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
Matriz psicanalítica de Freud16
ONS, S. Tudo que você precisa saber sobre psicanálise. São Paulo: Planeta, 2018.
ZIMERMAN, D. E. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica, clínica — uma abordagem 
didática. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Leituras recomendadas
ZIMERMAN, D. M. Psicanálise em perguntas e respostas: verdades, mitos e tabus. Porto 
Alegre: Artmed, 2007.
ZIMERMAN, D. M. Vocabulário contemporâneo da Psicanálise. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Matriz psicanalítica de Freud 17
DICA DO PROFESSOR
O ego é a mais importante instância nos processos de identificação e de constituição da personal
idade. Ele nos protege dos impulsos psíquicos internos que podem causar sofrimentos como tam
bém alerta sobre os perigos inesperados do mundo. Para isso existem os mecanismos de defesa.
Estes são importantes para você compreender como eles auxiliam o ego na constituição da perso
nalidade.
Nesta Dica do Professor, você vai entender melhor o papel dos mecanismos de defesa do ego e c
onhecer quais são os principais.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
EXERCÍCIOS
1) Freud começou a tratar do sofrimento psíquico antes mesmo de descobrir a psicanáli
se. Ele atendia mulheres histéricas usando a hipnose. Com esse método, Freud investi
gava as causas do sintoma histérico hipnotizando suas pacientes e sugerindo que elas 
rememorassem a cena traumática. Somente com o passar do tempo Freud desenvolve
u outro método chamado associação livre, que se tornou o método da psicanálise. Em 
qual dessas situações a associação livre está sendo utilizada? 
A) 
Enquanto a paciente falava, a psicóloga interrompeu e pediu para que ela rememorasse alg
uma situação com um componente sexual.
B) 
Na primeira sessão de terapia, a psicóloga pediu que a paciente falasse livremente sobre tu
do que viesse à mente naquele momento.
C) 
A paciente foi hipnotizada e, depois que os seus sintomas desapareceram, ela escutou atent
amente todas as considerações feitas pela psicóloga.
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D) 
A psicóloga sugeriu que a paciente falasse apenas sobre as situações recentes do sofriment
o que a fizeram procurar a psicoterapia.
E) 
A psicóloga pediu para a paciente falar dos traumas familiares da sua infância e relacioná-l
os com situações recentes.
2) Para Freud, o sintoma está relacionado a um situação traumática vivida na infância e 
com algum componente sexual. Segundo sua teoria, nesse período de desenvolvimento 
do ciclo vital humano, o psiquismo ainda está em formação, e a criança não consegue 
interpretar a situação de acordo com a realidade. Ao ser tocada ou estimulada de alg
uma forma, com um afago ou um beijo, por exemplo, a criança elabora uma fantasia 
inconsciente de que está sendo seduzida pelo outro. Ainda sobre a fantasia, vista do p
onto de vista da psicanálise, qual das alternativas seguintes é a correta? 
A) 
Logo que o bebê nasce, o psiquismo já tem a capacidade de fantasiar diante das situações d
o mundo externo e de diferenciar a fantasia dos fatos da realidade.
B) 
A fantasia é uma capacidade de apenas alguns indivíduos, justamente aqueles que sofrem d
e sintomas neuróticos no futuro, como o caso das histéricas.
C) 
A fantasia e a realidade são muito diferentes entre si, a primeira tem relação com o inconsc
iente e a segunda com o consciente.
D) 
Fantasiar é uma capacidade inata ao psiquismo de todo indivíduo, e nessa experiência não 
é possível diferenciar a fantasia da realidade.
E) 
O indivíduo começa a fantasiar numa determinada fase da vida, quando já compreende o 
mundo ao seu redor e diferencia a realidade da fantasia.
As descobertas de Freud mudaram de maneira significativa a forma como se entende 
a constituição da personalidade humana. Antes da psicanálise, a personalidade huma
na era compreendida como a consciência do indivíduo. Mas Freud demonstrou que o 
psiquismo é muito mais complexo do que a consciência era capaz de expressar. Para e
xplicar melhor os meandros do psiquismo, Freud elaborou um aparelho psíquico com 
três instâncias psíquicas: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente. A partir do e
nunciado, analise as assertivas a seguir:
I – Consciente, pré-consciente e inconsciente constituem a primeira tópica freudiana 
3) 
e ocupam um determinado lugar no interior do aparelho psíquico, com funções e rela
ções específicas.
II - O consciente é responsável pela representação dos conteúdos inconscientes advin
dos dos meandros do psiquismo e por isso mesmo está relacionado com parte da form
ação do ego.
III – O pré-consciente é uma instância secundária, pois o consciente tem a capacidade 
de selecionar apenas o conteúdo psíquico referente à personalidade de cada um.
IV – O inconsciente é a instância mais antiga do nosso psiquismo, nele fica todo o mat
erial psíquico que não está localizado nem no consciente nem no pré-consciente.
Estão corretas:
A) 
I, II e III.
B) 
I, III e IV.
C) 
I, II e IV.
D) 
apenas I e II.
E) 
apenas II e IV.
4) A segunda tópica freudiana é formada pelo id, ego e superego. Ela foi desenvolvida p
ara descrever a constituição do ego e a formação da personalidade por meio dos proc
essos de identificação. Antes da formulação da segunda tópica, o ego já era uma noçã
o conhecida de Freud, mas era vista como uma instância independente e unitária. Co
nsiderando esses aspectos da teoria de Freud, é correto dizer que: 
A) 
sem o id as relações do ego com o mundo externo seriam mais fáceis, pois apenas as exigê
ncias do superego seriam capazes de mediar essa relação por meio da lei.
B) 
o id e o superego orientam o ego para uma relação estável com o mundo externo, pois ele 
detém o excesso do ego na constituição da personalidade humana.
C) 
o ego é o lugar de contenção do excesso da energia vinda do psiquismo e das exigências q
ue as leis e condutas sociais impõem às relações entre os indivíduos.
oego é dependente do id e do superego, por isso ele deixa de ser importante na constituiçã
D) 
o da personalidade para se tornar uma instância secundária.
E) 
as exigências do id e do superego precisam destituir o ego para que suas exigências passe
m a formar a personalidade, tornando-as instâncias indispensáveis.
De acordo com a teoria da sexualidade de Freud, todo indivíduo tem um corpo sexual
izado que se desenvolve com o psiquismo em fases ao longo da vida. Cada umas dessa
s fases tem características específicas. Analise as duas colunas de acordo com cada fas
e do desenvolvimento psicossexual e os fatos referentes a cada uma delas.
Fases do desenvolvimento psicossexual:
I) Fase oral
II) Fase anal
III) Fase fálica
IV) Período de latência
V) Fase genital
Fatos referentes às fases do desenvolvimento psicossexual:
A) Nesse momento as questões relacionadas ao convívio social se sobrepõem sobre as 
questões referentes ao desenvolvimento psicossexual, e as condutas morais começam 
a se consolidar.
B) Como forma de experimentar a satisfação, a criança volta-se para sua experiência 
de controle das fezes, fazendo a contenção ou expelindo para gerar satisfação na regiã
o sensível do anus.
C) Os laços sexuais e amorosos costumam acontecer nessa fase, quando o desenvolvi
mento sexual passa por todas as fases e as relações com o mundo externo se consolida
m como meio de satisfação.
D) Os conflitos relativos à sexualidade que podem marcar os indivíduos pelos próxim
os anos da vida se iniciam nessa fase do desenvolvimento psicossexual, quando a difer
ença anatômica do sexo é marcada.
E) As experiências mais simples, como ser amamentado, causam grande satisfação ne
ssa fase do desenvolvimento, pois, como é uma fase pré-genital, o estímulo da mucosa 
5) 
causa satisfação.
Marque a alternativa em que cada fase do desenvolvimento psicossexual está associad
a ao fato correspondente de maneira correta.
A) 
I-E, II-B, III-C, IV-A, V-D.
B) 
I-E, II-C, III-B, IV-A, V-D.
C) 
I-C, II-B, III-D, IV-E, V-A.
D) 
I-E, II-B, III-D, IV-A, V-C.
E) 
I-B, II-E, III-D, IV-A, V-E.
NA PRÁTICA
A ansiedade é um dos transtornos mais comuns da atualidade relacionado com o estilo de vida e 
as exigências da época. Mas a ansiedade não é uma doença, ela faz parte da constituição da pers
onalidade, alertando para experiências futuras e orientando na relação com o tempo. Ou seja, a a
nsiedade é um componente da dinâmica da personalidade.
No caso clínico apresentado neste Na Prática, você vai compreender como o transtorno de ansie
dade afeta os indivíduos na descrição do seu sofrimento por meio da fala de uma paciente. A par
tir desse relato também é possível elaborar algumas considerações sobre como a ansiedade pode 
ser explicada do ponto de vista dinâmico da constituição da personalidade. 
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ma técnica, em que você vai conhecer melhor as técnica e a teoria psicanalítica a partir de caso
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anstorno de ansiedade a partir de uma perspectiva psicanalítica.
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fala sobre uma dúvida muito comum: a diferença entre psicologia e psicanálise.
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