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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS GAMALIEL ALEX RODRIGUES MOREIRA ELITON GONCALVES LIMA EMERSON REGIS MACIEL GUSTAVO FREITAS DOS PASSOS MELO MARLON LEITE DE SOUSA OLIELMA CRUZ ALVES RODRIGO SILVA THIAGO PEREIRA DE MORAIS WALISSON CUNHA NONATO WEIK HALAN DE SOUZA LOUZADA PAGAMENTO INDIRETO: IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO E DAÇÃO EM PAGAMENTO TUCURUÍ - 2022 ALEX RODRIGUES MOREIRA ELITON GONCALVES LIMA EMERSON REGIS MACIEL GUSTAVO FREITAS DOS PASSOS MELO MARLON LEITE DE SOUSA OLIELMA CRUZ ALVES RODRIGO SILVA THIAGO PEREIRA DE MORAIS WALISSON CUNHA NONATO WEIK HALAN DE SOUZA LOUZADA PAGAMENTO INDIRETO: IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO E DAÇÃO EM PAGAMENTO Trabalho apresenta do à disciplina de Direito Civil II como forma de obtenção de nota que irá compor a PR 1. Professor: Jean Goltara TUCURUÍ – 2022 INTRODUÇÃO Legalmente falando, pagamento é desempenho. Ou seja: o cumprimento da obrigação leva à eliminação da obrigação. No entanto, a eliminação das obrigações não isenta as partes da responsabilidade pós-contratual decorrente da execução do contrato. Os pagamentos podem ser diretos ou indiretos. O débito direto é considerado um pagamento realizado nos exatos termos acordados. Os pagamentos indiretos, por outro lado, envolvem o cumprimento de uma obrigação de forma diferente da acordada. Desta forma, o presente trabalho concentra-se nas formas de pagamento indireto, mais especificamente a duas, que são a imputação do pagamento e dação do pagamento. 1. FORMAS DE PAGAMENTO INDIRETO O pagamento indireto ou especial é uma forma pela qual a quitação do credor e a quitação do devedor resultam na quitação do devedor não pelo cumprimento da cláusula, mas pela aplicação de certos pressupostos legais que garantem o efeito da quitação (CRUZ, 2014). Existem vários métodos especiais de pagamento, entre os quais se destacam a sub-rogação, consignação, novação, compensação, confusão, remissão e as duas que serão exploradas nesta pesquisa, a imputação do pagamento e dação e pagamento (DE JESUS, 2020). Ressalta-se que nos pagamentos indiretos, embora o devedor seja liberado, nem sempre o mesmo é cumprido integralmente, indicando que existem algumas peculiaridades nesse método de erradicação, por isso é necessário estar atento a cada uma dessas instituições. 2. IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO A imputação de pagamento ocorre quando o devedor contraiu várias dívidas da mesma natureza com o mesmo credor e o valor do reembolso é baixo. De modo que, como explica Maria Helena Diniz (2007), do sistema de imputação de pagamentos, podemos inferir que inclui o ato de determinar, instruir ou especificar, entre várias dívidas da mesma espécie, quais dívidas líquidas e vencidas serão extintas quando determinado valor de pagamento não corresponder a todas as obrigações obtidas. Se eu devo a alguém cinquenta, cento e cinquenta e duzentos reais por certos títulos líquidos e certos títulos de dívida que estão vencidos, e ofereço um pagamento inferior ao total da dívida, é importante saber que, caso o credor aceite, esses pagamentos devem ser incluídos nele. Como as ofertas são de cinquenta reais, é necessário apurar se elas se destinam a quitar dívidas desse valor, ou se constituem pagamento parcial de quaisquer outras dívidas. A cobrança dos pagamentos pode ser feita por acordo entre as partes ou por disposições legais. Se derivado de um contrato, as partes são livres para acordar o método que lhes convém. Não havendo acordo, cabe ao devedor especificar a dívida a ser paga, sendo que a regra é que a dívida líquida e as dívidas vencidas sejam imputadas primeiro, as dívidas mais pesadas sejam imputáveis e as dívidas mais antigas sejam imputadas por último (MANNI, 2018). O ordenamento jurídico brasileiro pressupõe três tipos de estimativas de pagamento, caso em que, se o credor não se opuser à cobrança nestas condições, parte do pagamento é feito primeiramente pelo próprio devedor. Caso nenhuma das partes se manifeste, observa-se o que estabelece a lei (CRUZ, 2014). Os artigos 352 a 355 do Código Civil Brasileiro de 2002 estabelece as disposições legais sobre a imputação de pagamento, como segue: Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo. Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. (BRASIL, 2002). Conforme Cruz ( 2014) explica, para estimar o pagamento, supõe-se que alguns requisitos básicos sejam necessários, o que podemos observar no próprio texto legal. Existência de dualidade ou pluralidade de dívidas; Identidade de credor e de devedor; Igual natureza dos débitos; Suficiência do pagamento para resgatar qualquer das dívidas. A principal função da instituição é fornecer um meio de pagamento, para realizar, portanto, como consequência direta e consequente é o cumprimento das obrigações do devedor para com o credor. 3. DAÇÃO EM PAGAMENTO Essa modalidade de pagamento consiste em um acordo entre as partes em que se reconhece a possibilidade de eliminação da obrigação mediante a entrega de objeto diferente do originalmente pactuado para quitação da dívida. Pagamento em pagamento refere-se ao verbo dar, do latim datio in solutom, ou pro soluto (DE JESUS, 2020). Trata-se, na verdade, de um acordo em que o credor concorda, aceita e recebe do devedor diversas obrigações do devedor, presumindo-se, portanto, que o pagamento ao devedor é de natureza libertadora e só poderá ser realizado após a liquidação dos direitos do credor. eliminado e o assunto é trocado. Os artigos 356 a 359 do CC/02 estabelecem os fundamentos e as condições do requerimento da agência, que Diniz entende como um acordo de quitação entre credor e devedor, em que o credor se obriga a entregar algo diferente do que foi acordado (DINIZ, 2007). Note-se que, para que seja possível a aplicação do direito do credor, em primeiro lugar, é necessária a anuência do credor e, em segundo lugar, existem dívidas vencidas, que não podem ser impostas por imposição. parte do devedor, porque o direito de aceitar outra coisa que não o acordo pertence inteiramente ao credor. Diniz (2007) define o prazo de pagamento como uma das formas de quitação de dívidas, incluindo o pagamento de dívidas quando entregues a objetos diferentes dos pactuados. Funciona com o consentimento do credor. O artigo 359 do CC/02 trata da expulsão, ou seja, o pagamento ao credor por meio de coisa sobre a qual o devedor não possui bens, ou seja, cujos bens pertençam a terceiro, e dispõe que, em caso desse tipo de ocorrência, a obrigação original deve ser restabelecido para que a obrigação seja extinta, os direitos de terceiros são protegidos (DE JESUS, 2020). Conforme Albuquerque (2018), haverá então a expulsão, ou seja, a perda total ou parcial do objeto por decisão judicial que conceda seu domínio a terceiro. Assim, se o devedor oferecer algo que não lhe pertence, a lei decide restituir a dívidaantiga, anulando a quitação. Se, por acaso, o credor for expulso do pagamento já recebido, restabelece-se a obrigação original, sem efeito sobre a obrigação exonerada, ressalvados os direitos de terceiros (Código Penal, art. 359). Em caso de expulsão, no todo ou em parte, com fundamento em outro proprietário do bem recebido, com titularidade anterior (Código Penal, artigo 447), extingue-se a obrigação de quitação do credor, ficando extinta a obrigação e todos os seus anexos. , ou seja, garantias em espécie ou pessoais, são como se não houvesse pagamentos em espécie, sendo tudo revertido, porém, com exceção dos direitos de terceiros (ALBUQUERQUE, 2018). CONSIDERAÇÕES FINAIS Perante as necessidades cada vez mais potenciais da organização das relações sociais, o direito das obrigações desempenha um papel importante na definição, orientação e acompanhamento do comportamento das partes que constituem a relação. Depois de dada a devida consideração ao tema popular é compreensível que os meios de pagamento indiretos ou especiais, apesar da busca geral pela finalidade principal, tal como visto no trabalho, as conexões obrigatórias são repletas de nuances e idiossincrasias, por isso é preciso aprofundar o assunto para entender melhor a aplicação efetiva de cada modalidade. Ressalta-se que devido à variedade de formas de apresentação e aplicação, em termos de abrangência da forma e da diversidade teórica de entendimento, mais atenção precisa ser dada a esse tema, e mais atenção ao ambiente jurídico é necessária. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, Paulo Pinto. Comentário do Código Penal. Leya, 2018. BRASIL. Código Civil (2002). Código civil brasileiro e legislação correlata. – 2. ed. – Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2008. 616 p. RUZ, Paulo Henrique Chaves. Direito das obrigações: Formas de pagamento indireto. JUS, 2014. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/34416/direito-das-obrigacoes-formas-de-pagamento- indireto#:~:text=Pagamento%20indireto%20ou%20especial%20%C3%A9,que %20garantem%20o%20efeito%20liberat%C3%B3rio.> - Acesso: 21/03/2022. DE JESUS, Bruna Alves et al. Dação em Pagamento do Único Bem Imóvel Familiar para a Quitação de Dívida Tributária Própria. Revista de Ciências Jurídicas e Empresariais, v. 21, n. 2, p. 108-113, 2020. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, 2- volume: teoria geral das Obrigações. - 22. ed. rev. e atual, de acordo com a Reforma do CPC — São Paulo: Saraiva, 2007. NANNI, Giovanni Ettore. Imputação do pagamento: Vencimento antecipado, imputação de capital e de juros (parecer). Revista de Direito Civil Contemporâneo-RDCC (Journal of Contemporary Private Law), v. 15, p. 437- 470, 2018.
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