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Tayná Anchieta – Cap 5 Miloro/ Cap 9 Hupp DENTES IMPACTADOS Um dente impactado é aquele que não irrompe dentro do seu prazo cronológico previsto. O termo dente incluso abrange dentes impactados e dentes que estão no processo de erupção. Em regra geral, o dente impacto deve ser removido a não ser que haja contraindicação. A remoção se torna mais difícil com o avanço da idade (ex. osso circundante mais denso, complicações sistêmicas, raízes completamente formadas que podem estar próximas a estruturas anatômicas). INCIDÊNCIA E ETIOLOGIA: Elementos mais acometidos: 1º: Terceiros molares superiores e inferiores; 2º Caninos superiores; 3º Pré- molares inferiores; 4º Pré-molares superiores; 5º Segundos molares. Os 3º molares são os últimos dentes a irromper, sendo mais propensos a impactação frente à ausência de espaço na arcada. O que pode acontecer com o canino frente ao apinhamento dos outros elementos maxilares. Mais raro: Incisivos inferiores e primeiros molares. Os dentes permanentes podem se tornar impactados por causas sistêmicas ou locais. Deficiências endócrinas (hipertireoidismo e hipopituitarismo), doenças febris, síndrome de Down e irradiação são causas sistêmicas que podem influenciar nesse processo e vários dentes podem estar envolvidos nessas condições. Obs.: A impactação dentária da Displasia cleidocraniana é mais corretamente denominada RETENÇÃO PRIMÁRIA. Fatores locais comuns: Retenção prolongada do decíduo; Mau posicionamento dos germes dentários; Ausência de espaço arcada; Dente supranumerário; Tumores odontogênicos; Trajetória de erupção anormal; Fissura labiopalatina. Em geral, os caninos superiores impactados estão posicionados pelo lado palatino ou vestibular do alvéolo. Quando estão pela vestibular, indicam um grau de deficiência de espaço na arcada superior. Já quando estão para palatina, não há essa deficiência, em geral, pelo contrário, há excesso de espaço. Durante o desenvolvimento normal, o 3º molar inferior começa com angulação horizontal e frente ao desenvolvimento da mandíbula, a angulação torna-se mesioangular e vertical. A falha nessa rotação é a causa mais comum para que os terceiros molares inferiores fiquem impactados. A segunda causa principal é a ausência de espaço mesiodistal. (Precisa existir espaço suficiente entre a borda anterior do ramo e o segundo molar para permitir a erupção) Idade média de erupção do terceiro molar: 20 anos, podendo continuar até os 25. Se o terceiro molar não irrompe após os 20 anos é provável que ele esteja coberto por osso e passível de impactação mesioangular e localizado mais inferior do processo alveolar (nível cervical do 2º molar adjacente). A remoção precoce é o padrão-ouro. Melhor cirurgia frente a osso menos denso e formação radicular incompleta e melhor cicatrização. O tempo ideal é quando as raízes estão com 1/3 formado, geralmente entre 17 e 20 anos. INDICAÇÕES PARA REMOÇÃO DE DENTES IMPACTADOS: Prevenção da Doença Periodontal; - Dentes irrompidos adjacentes a dentes impactados estão sujeitos à DP. Diminuição de osso distal do segundo molar adjacente, além da dificuldade de higienização. - Especialmente mais sério em maxila. A bolsa periodontal se expande apicalmente e começa envolver furca distal do 2º molar sup. O tratamento periodontal ao redor do 2º molar é mais difícil devido ao envolvimento da furca distal. Prevenção de Cáries dentárias; - Mesmo princípio da DP. Acúmulo de biofilme distal do segundo molar. Prevenção de Pericoronarite; - Comum frente a impactação parcial do dente com grande quantidade de tecido mole sobre a superfície oclusal. - Pericoronarite: Inflamação dolorosa do tecido mole ao redor da coroa de um dente parcialmente impactado e causada peça flora oral normal frente ao comprometimento das defesas do hospedeiro. Pode ser leve ou severa. - Também pode surgir após mínimo trauma do 3º molar sup, que traumatiza o opérculo (tecido mole que recobre a oclusal do terceiro molar irrompido) tornando-o inchado. - Outra causa comum é o acúmulo de comida embaixo do opérculo, levando a inflamação. - Tratamento da pericoronarite: Debridação mecânica usando peróxido de hidrogênio como solução irrigadora (remoção da bactéria pela ação espumante; redução das bactérias anaeróbias pela liberação de oxigênio). Outros irrigantes: clorexidin, iodofórmio e solução salina. - Se a pericoronarite for grave, ou seja, além de inchaço e dor, haver edema facial, trismo e febre, deverá ser feito antibioticoterapia junto com a irrigação sob pressão. - A CAUSA DEVE SER REMOVIDA = EXODONTIA DO 3º MOLAR IMPACTADO. - Deve-se evitar a exodontia durante o episódio de pericoronarite frente à maior incidência de complicações no pós, como alveolite ou infecção. A cicatrização também ocorrerá mais lentamente e poderá haver mais sangramento. Prevenção de Reabsorção Radicular; - O dente impactado pode causar pressão na raiz do elemento adjacente levando a reabsorção radicular. - O dente que passar pelo processo de reabsorção pode necessitar de tratamento endodôntico. Dentes Impactados sob Prótese; - A prótese é mucossuportada. O processo alveolar edêntulo irá passar por uma lenta reabsorção, assim, os dentes impactados se tornam mais próximos da superfície. Dessa forma, a prótese irá comprimir o tecido mole contra o dente impactado, que não está mais coberto por osso, resultando em ulceração. - Dentes impactados devem ser removidos sempre antes da confecção da prótese. Prevenção de Cistos Odontogênicos e Tumores; - O saco folicular associado ao dente impactado, frequentemente, também é retido podendo passar por degeneração cística e se transformar em cisto dentígero ou em queratocisto/ceratocisto. Bem como, tumores odontogênicos podem surgir do epitélio contido dentro do folículo, sendo o tumor mais comum o ameloblastoma. - Em regra geral, se o espaço folicular ao redor da coroa for maior que 3mm, o diagnóstico pré-operatório é de um cisto dentígero. - Apesar da incidência total de cistos e tumores odontogênicos ao redor de dentes impactados não ser alta, a maioria das condições patológicas do terceiro molar mandibular está associada ao elemento impactado. Tratamento da Dor de origem desconhecida; - Queixa de dor em região retromolar da mandíbula. Se outras causas forem escolhidas e haver dente impactado e remoção deste pode solucionar a dor. Prevenção de Fraturas de Mandíbula; - O 3º molar impactado ocupa o espaço normalmente preenchido por osso, o que enfraquece a mandíbula e a deixa mais propensa à fratura. Facilitação do Tratamento Ortodôntico; Cicatrização Periodontal Otimizada; - Remoção precoce favorece a altura óssea e o nível do ligamento periodontal na face distal do segundo molar. CONTRAINDICAÇÕES PARA REMOÇÃO DE DENTES IMPACTADOS: Extremos de Idade; Condição sistêmica comprometida; Provável Dano excessivo às estruturas adjacentes; SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE 3º MOLARES INFERIORES IMPACTADOS: O principal fator determinante da dificuldade de remoção é acessibilidade, que é determinada pelos dentes adjacentes ou outras estruturas prejudicando o acesso ou a via de extração. Uso, em geral, de radiografia panorâmica para classificação, frente a uma visão ampla e mais precisa para anatomia total da região. Mas isso não exclui a possibilidade de necessidade de uma radiografia periapical ou uma tomografia computadorizada a fim de verificar correta posição frente à imagem 3D e associação/proximidade com estruturas nobres. ANGULAÇÃO: Sistema de classificação mais comum. Usa a determinação de angulação do longo eixo do terceiro molar impactado com relação ao longoeixo do segundo molar adjacente. Útil para avaliação inicial da dificuldade, mas não é suficiente para defini-la completamente. (1) Mesioangular; (2) Horizontal; (3) Vertical; (4) Distoangular. MENOR DIFICULDADE/MAIS FÁCIL: MESIOANGULAR. É também o tipo mais comum (43%). (Particularmente + fácil quando está parcialmente impactado) O elemento impactado horizontal é o menos frequente (3%). Segundo em facilidade de remoção. A angulação vertical é a segunda mais frequente (38%) e a terceira em facilidade de remoção. MAIOR DIFICULDADE: DISTOANGULAR. Mais difícil, pois o dente fica sem via de extração. São 6% dos casos. Quando o dente distoangular irrompe ele é muito difícil de ser extraído em razão da raiz mesial que fica muito próxima do segundo molar. Além da relação com o longo eixo, os dentes impactados podem estar angulados nas direções vestibular, lingual ou palatina. Para essa determinação é necessário uma radiografia oclusal ou uma tomografia computadorizada. Essa determinação não influencia muito na abordagem da cirurgia dos 3º molares inferiores impactados. RELAÇÃO COM A BORDA ANTERIOR DO RAMO E RELAÇÃO COM O PLANO OCLUSAL (Pell e Gregory): Relação com a borda anterior do ramo: I, II e III. Quanto do elemento está próximo/coberto com o ramo mandibular. (I) Completamente anterior ao ramo da mandíbula – chances do elemento irromper em posição normal; (II) Aproximadamente metade coberto pelo ramo; (III) Completamente dentro do ramo mandibular. I- melhor acessibilidade ao dente impactado, sendo mais fácil de remover. III – menor acessibilidade, sendo o mais difícil de remover. Relação com o plano oclusal: A, B e C. Profundidade do dente impactado em relação a altura do segundo molar adjacente. O grau de dificuldade aumenta à medida que a profundidade aumenta (maior espessura de osso recobrindo o dente). (A) No nível ou próximo do plano oclusal; (B) Dente impactado com oclusal entre o plano oclusal e a linha cervical do segundo molar; (C) Superfície oclusal do dente impactado abaixo da linha cervical do segundo molar. A – mais fácil remoção. C – Mais difícil remoção. Classificação mais difícil de remover = IIIC. Classificação mais fácil de remover = IA. Os sistemas de classificação podem ser utilizados em conjunto, por exemplo: Um elemento horizontal Classe IIB tem dificuldade moderada. O mais difícil de todos é a distoangular classe IIIC, sendo um desafio cirúrgico. MORFOLOGIA RADICULAR: O momento ideal é quando a raiz do dente está com 1/3 da raiz formada até 2/3. Quando a formação e comprimento total da raiz se desenvolvem há maiores chances de uma morfologia anormal se desenvolver e também da fratura das raízes durante a extração. Se o desenvolvimento radicular é limitado (ex. menos de 1/3 completo) é frequentemente mais difícil de remover o elemento, porque ele tende a rodar no alvéolo como uma bolinha de gude. Raízes fusionadas x separadas: Quando as raízes são cônicas fusionadas o elemento se torna mais fácil de remover do que quando as raízes estão amplamente separadas. Curvatura das raízes: Dilaceração das raízes torna o elemento mais difícil de ser removido do que raízes retas ou com pouca curvatura. A direção da curvatura também deve ser observada, por exemplo, um dente mesioangulado com raiz curvada para distal segue o caminho de extração, diminuindo as chances de fratura. A largura total das raízes (mesiodistal) deve ser comparada com a largura do dente na cervical. Se a largura da raiz for maior que a do dente, ele se torna mais difícil, tendo que remover mais osso e o dente deve ser seccionado. Deve-se avaliar o espaço do ligamento periodontal. Quanto mais largo o espaço do LP, normalmente mais fácil é a remoção do dente. Pacientes mais velhos (+40) tendem a ter o ELP mais estreito, aumentando a dificuldade de extração. TAMANHO DO SACO FOLICULAR: O tamanho do folículo ao redor pode ajudar a determinar a dificuldade da extração. Se o saco folicular for grande, muito menos osso deve ser removido, o que torna a extração mais fácil. Pacientes mais jovens tendem a apresentar folículos maiores. Se o espaço for pouco ou inexistente, deve-se criar espaço ao redor da coroa, dificultando o procedimento. DENSIDADE DO OSSO CIRCUNDANTE: A densidade óssea é melhor determinada pela idade do paciente e influencia na dificuldade da extração. Pacientes mais jovens tem menor densidade óssea. O osso menos denso é mais maleável e expansivo, permitindo melhor ação das alavancas e fórceps. Além disso, mais fácil será a osteotomia. Pacientes com mais de 35 anos tem osso mais denso com redução na flexibilidade e expansividade. CONTATO COM SEGUNDO MOLAR INFERIOR: Se existir espaço entre o 2º molar e o 3º impactado, a extração será mais fácil, com menor risco de prejuízo ao 2º molar. RELAÇÃO COM O NERVO ALVEOLAR INFERIOR: Frequentemente às raízes dos 3º molares estão superpostas ao canal do NAI. Apesar do canal normalmente ficar na face vestibular do dente, ainda fica próximo às raízes. (TC para avaliação) Isso geralmente resulta em alteração sensorial (parestesia ou anestesia) do lábio inferior e do queixo do lado do feito cirúrgico. Na maioria das vezes a alteração é breve, mas ela pode se estender por semanas ou meses e em raras ocasiões ser permanente, dependendo do dano ao nervo. NATUREZA DO TECIDO DE RECOBRIMENTO: (1) tecido mole; (2) óssea parcial; (3) óssea completa. Impactação de tecido mole: Quando a parte mais alta do dente está acima do nível ósseo e a oclusal coberta apenas por tecido mole. Deve ser realizado incisão e retalho para obter acesso ao elemento. É a mais fácil. Impactação óssea parcial: Porção superficial do dente está coberta por tecido mole, mas parte do contorno do dente está abaixo do osso alveolar circundante. Deve ser realizado incisão, retalho e osteomotmia do osso acima. Em geral, mais difícil de remover. Impactação óssea completa: Dente totalmente abaixo do osso alveolar. Quando rebate o retalho do tecido mole, nenhum dente fica visível. Deve ser feito osteotomia e odontossecção. Os parâmetros de angulação, relação com o ramo, morfologia radicular e idade do paciente são os mais relevantes no planejamento da exodontia dos elementos impactados. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO PARA IMPATAÇÕES DE 3º MOLARES SUPERIORES: No que diz respeito à angulação: (1) Vertical – 63%; (2) Distoangular – 25%; (3) Mesioangular – 12%. A angulação vertical e distoangular são menos complexas. Em maxila a maior dificuldade é na angulação mesioangular. Porque o osso que recobre essa impactação requer remoção ou expanção da face posterior do dente, sendo um osso mais espesso que na impactação vertical ou distoangular. Além disso, o acesso é mais difícil, principalmente se o segundo molar estiver em boca. A direção vestibulopalatina também influencia, já que quando angulados na direção vestibular se torna mais fácil, já que o osso é mais fino e assim mais fácil de remover/expandir. Quando posicionados para palatina isso torna a remoção mais difícil, já que há mais osso para ser removido a fim de ganhar acesso ao dente, além da proximidade dos nervos e vasos do forame palatino. (Avaliação radiográfica e palpação digital clínica da tuberosidade) Se o dente estive posicionado na direção da face vestibular, uma elevação é encontrada na área; se o dente estiver posicionado palatinamente, uma deficiência de osso é encontrada naquela região. O fator mais comum de dificuldade na exodontia dos 3º molares superiores é a presença de raiz fina, não fusionada comcurvatura. A maioria possui raízes fusionadas e cônicas. Também seguem a classificação quanto impactação por tecido mole, impactação óssea parcial e impactação óssea completa. O seio maxilar está comumente em íntimo contato com as raízes dos molares e, frequentemente, o 3º molar realmente forma uma porção da parede posterior do seio, levando a complicações como sinusite ou fístula oroantral. (não torna a extração necessariamente mais difícil, mas aumenta a probabilidade de complicações pós-operatórias) Há risco de fratura da tuberosidade posterior da maxila. Sendo ainda mais provável se o elemento estiver irrompido ou se o segundo molar estiver mais distalmente e consequentemente o terceiro molar também. Principalmente quando o osso denso e não elástico existe (pacientes + velhos). Quando se prepara o ponto de apoio na linha mesiocervical, há maiores chances de fratura da tuberosidade se: (1) pacientes mais velhos – osso mais denso e não expansivo; (2) o dente possuir raízes bulbosas e divergentes; (3) o seio maxilar for grande e muito pneumatizado – osso alveolar circundante fino e suscetível à fratura; (4) o CD fizer força excessiva para elevação do dente. REMOÇÃO DE OUTROS DENTES IMPACTADOS: O 2º dente impactado mais comum é o canino superior. E para remoção deste deve-se determinar se o elemento está posicionado para vestibular, palatina ou no meio do processo alveolar. Se o canino estiver na vestibular deve ser realizado um retalho de tecido mole e osteotomia. Se estiver na palatina ou no meio do processo alveolar, a remoção se torna mais difícil. Os supranumerários na linha média superior (mesiodentes) são quase sempre encontrados no palato e devem ser abordados por direção palatina para remoção. Quando o canino está em posição que possa sofrer tracionamento ortodôntico para posição, deve-se fazer um retalho onde o tecido mole é reposicionado apicalmente e o tecido ósseo de recobrimento é removido através de osteoromia, se necessário, assim a área é debridada e a superfície do dente preparada para colocação do braquete que é unido ao aparelho ortodôntico por um fio, ou mais comumente, uma corrente de outro (+ grau de flexibilidade) é presa no braquete e no fio presente no aparelho. O tecido mole é então suturado de forma a promover maior cobertura por tecido queratizado da área exposta. Quando o dente está pela palatina e for reposicionado, o tecido mole de recobrimento é removido, mas retalho para ganhar tecido queratinizado não é necessário. PROCEDIMENTO CIRÚRGICO: 5 passos básicos: (1) exposição da área dos dentes impactados; (2) avaliar necessidade de osteotomia, bem como remover a quantidade suficiente para exposição, secção e remoção do dente; (3) avaliar necessidade de odontossecção; (4) uso de alavancas apropriadas; (5) Alisamento do osso nas áreas elevadas com lima para osso; irrigação abundante com soro estéril e reaproximação do retalho com sutura. PASSO 1: Retalhos e acessibilidade adequada; Acessibilidade é fundamental para remoção do elemento. Assim, o retalho mucoperiosteal deve ser adequado e rebatido em dimensão suficiente para estabilização dos retratores e instrumentos para remoção de osso. (acesso adequado + visibilidade do campo cirúrgico) Maioria dos casos: retalho tipo envelope com incisão relaxante (melhor sutura e cicatrização que retalhos triangulares). Se houver necessidade de acesso à região mais apical do dente, o retalho triangular deve ser considerado (o retalho envelope pode esticar e rasgar). Na remoção do terceiro molar inferior a incisão preferida é envelope que se estende na mesial do primeiro molar até lateral para cima da borda anterior do ramo da mandíbula. A incisão deve divergir para vestibular para continuar sobre o osso, e não seguir reto, pois há chances de cair no espaço sublingual e lesionar o nervo lingual. O retalho deve ser rebatido lateralmente a fim de expor o rebordo externo oblíquo com o descolador de periósteo. O afastador é colocado na parede vestibular e a é estabilizado com pressão na direção do osso, resultando em afastamento estável e menor trauma ao tecido. O retalho recomendado para o 3º molar superior também é o envelope e a incisão se estende posteriormente sobre a tuberosidade da distal do sefundo molar e anteriormente na mesial do primeiro molar. A incisão relaxante deve ter base ampla (divergindo apicalmente) e o bisturi deve executar movimento suave, sendo mantido em contato com o osso através de toda incisão, para que a mucosa e periósteo sejam incisados completamente. Além disso, deve ser desenhada de forma que fique fechada sobre osso sólido (estende-se a incisão pelo menos para um dente anterior ao local da cirurgia). Apenas 1 relaxante deve ser utilizada. PASSO 2: Remoção de osso de recobrimento; osteotomia! Inicialmente remove osso da face oclusal, vestibular e distal até a linha cervical do dente impactado. Não se remove osso da face lingual da mandíbula, devido às chances de dano ao nervo lingual. A quantidade de osso removido varia com a profundidade da impactação, morfologia das raízes e angulação do dente. Primeiro remove-se o osso oclusal para exposição da coroa, seguido da remoção do osso vestibular até a linha cervical. Depois, remove-se osso entre o dente e o osso cortical na área esponjosa do osso = manobra de cavação. Isso oferece acesso para as alavancas terem ponto de apoio e caminho para remoção do dente. Em maxila, a remoção de osso pode ser desnecessária. Mas quando é necessária, osso é removido principalmente na face vestibular até a linha cervical expondo a coroa clínica inteira. Muitas vezes a osteotomia é conseguida com descolar periosteal, em vez de broca. Osso adicional deve ser removido na mesial para apoio adequado da alavanca. PASSO 3: Seccionamento do dente; odontossecção! Seccionamento permite que as porções do dente sejam removidas separadamente. A direção da divisão depende principalmente da angulação do dentre da curvatura da raiz. A broca não deve ser utilizada para seccionar o dente completamente na direção lingual, devido a chance de dano ao nervo lingual. A alavanca termina o trabalho. Normalmente remove-se primeiro a porção distal (apoio vestibular no ponto da odontossecção) e depois a mesial com alavanca apoiada na mesial. – Elemento mesioangulado (+ fácil) Na remoção horizontal (2º mais fácil) o dente é seccionado em coroa e raízes na linha cervical. A coroa é removida e as raízes deslocadas com a alavanca. Se as raízes divergirem, pode ser necessário separa-las e retira-las separadamente. Na impactação vertical, seguimos o principio da mesioangular, dividindo o dente em distal e mesial. É mais difícil que a mesioangular devido ao difícil acesso ao redor do 2º molar, necessitando de mais remoção de osso na vestibular e distal. O dente mais difíficil de remover é a impactação distoangular. A coroa é seccionada das raízes e removida. Se as raízes forem fusionadas, são retiradas juntas com alavanca, se forem divergentes, serão seccionadas e removidas individualmente. É mais difícil, porque mais osso distal deve ser removido e a raiz tende a rodar distalmente quando elevadas. Dentes superiores raramente são seccionados, porque o osso de recobrimento em geral é mais fino e relativamente elástico. PASSO 4: Remoção do dente seccionado com a alavanca; PASSO 5: Preparação para fechamento da ferida; Uma lima pra osso é utilizada para alisar qualquer borda de osso afiada ou áspera, particularmente onde uma alavanca esteve em contato com o osso. Qualquer resíduo deve ser removido. O que é feito com irrigação vigorosa com soro estéril e inspeção cuidadosa antesde fechar a ferida. Verifica-se se há hemostasia adequada. A sutura incial deve ser feira no tecido inserido na face posterior do segundo molar. Seguido de suturas adicionais posteriores e anterior através da papila do lado mesial do segundo molar. MANEJO TRANSOPERATÓRIO DO PACIENTE: Garantir boa anestesia. Prescrição de analgésico e anti-inflamatório por 3 a 4 dias. Pode ser feita dose única de Dexametasona 8mg antes da cirurgia. Este fármaco pode ser mantido em dose oral de 0,75 a 1,25 mg duas vezes ao dia (12/12h) por 2 a 3 dias a fim de controle de edema. Se houver episódio de pericoronarite ou abscesso periapical pode ser prescrito antibiótico.
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