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Introdução aos Transtornos Mentais: Conceitos: ● SAÚDE É O ESTADO DE COMPLETO BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL. ● PADRÕES DE COMPORTAMENTO OU TRAÇOS DE PERSONALIDADE TÍPICOS OU QUE ESTEJAM EM CONFORMIDADE COM CERTOS PADRÕES ADEQUADOS E ACEITÁVEIS DE SE COMPORTAR E AGIR. Transtornos Mentais Comuns: Princípios básicos: • O funcionamento psíquico baseia-se numa complexa interação de elementos biológicos, psicológicos e sociais. • Quando se avaliam o estado psicológico e o comportamento de uma pessoa, dois fenômenos devem ser considerados. - 1º: os tipos de comportamento ou estados emocionais, caracterizados como normais, ou anormais, variam enormemente com a idade. - 2º: o desenvolvimento psicológico não é uniforme. 1º Normalidade: Estados emocionais: Processos obsessivo-compulsivos: 2º Sofrimento:Critério funcional da normalidade. 3º Disfuncionalidade: Critério funcional da normalidade • O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional. - Personalidade: • Definição curta: “o modo característico como uma pessoa sente, pensa, reage, se comporta e se relaciona com as outras pessoas” (Widiger, 2011). • Outra definição elucidativa: “é o conjunto integrado de traços psíquicos, consistindo no total das características individuais, em sua relação com o meio, conjugando tendências inatas e experiências adquiridas no curso de sua existência”. Bastos (1997) • Particularidades: estabilidade, padronização, temperamento, caráter (?) • Tipologia humana: tentativa de integrar várias dimensões e aspectos relacionados à personalidade, como as noções de constituição corporal, temperamento, caráter e traços de personalidade (Cloninger; Gottesman, 1987; Livesley et al., 1993; Berrios, 1996). - Diagnóstico: • A legitimidade do diagnóstico psiquiátrico sustenta-se na perspectiva de aprofundar o conhecimento, tanto do indivíduo em particular como das entidades nosológicas utilizadas. Avanço da ciência Prognóstico Ações terapêuticas e preventivas Comunicação • O diagnóstico de um transtorno psiquiátrico é quase sempre baseado preponderantemente nos dados clínicos (conjunto de sintomas e sinais). Primário Secundário (doença primária neurológica ou sistêmica) • Personalidade prévia • Condições sociais, econômicas e familiares Obs: Comorbidade em Saúde Mental - Casos “puros” parecem ser não apenas atípicos, mas também menos graves. Principais tópicos da anamnese psiquiátrica: Patogênese dos principais transtornos mentais de acordo com os conhecimentos atuais Capital mental ao longo da vida: Principais síndromes: • Cada uma das síndromes pode ser resultado de diferentes etiologias. Ansiosa Depressiva Maníaca Paranoide Catatônica Tóxicas Transtorno: • Presença de comportamentos ou padrões de conduta, ou grupo de sintomas bem delimitados e identificáveis na exploração clínica, que na maioria dos casos se acompanha de mal estar ou interfere na atividade da pessoa. Síndrome ansiosa: - contínua - episódica • Apreensão: preocupação sobre desgraças futuras, sentir dificuldades de concentração • Tensão motora: movimentação inquieta, cefaleias tensionais, tremores, incapacidade de relaxar • Hiperatividade autonômica: sensação de cabeça leve, sudorese, taquicardia ou taquipneia, desconforto epigástrico, tonturas, boca seca; • Insônia • Temores fóbicos → evitação Identificar os Transtornos de Ansiedade: Algoritmo para diagnóstico Transtornos da Ansiedade: Síndrome depressiva: • Humor deprimido • Perda de interesse e prazer • Energia reduzida levando a uma fatigabilidade aumentada • Atividade diminuída • Outros sintomas comuns: - Concentração e atenção reduzidas - Auto estima e autoconfiança reduzidas - Ideias de culpa e inutilidade - Visões pessimistas e desoladas do futuro - Ideias ou atos auto lesivos ou suicídio - Sono perturbado - Apetite diminuído • Principais transtornos mentais • Episódio depressivo, Transtorno depressivo recorrente, distimia • Transtorno orgânico depressivo • Abstinência ou intoxicação por substâncias psicoativas Características comuns que se observam em pessoas com transtorno mental: • Mal estar ou sofrimento subjetivo • Prejuízo da liberdade ou autonomia • Falta parcial ou total de adaptação ao meio • Violação de normas sociais ou morais • A conduta é incompreensível *Transtorno mental grave nos últimos 12 meses: Transtorno bipolar tipo I, transtorno por uso de substância com sintoma fisiológico, tentativa de suicídio associada a algum outro transtorno, relato de comprometimento grave de desempenho. Atenção Básica: • Princípios: entre outros, possibilitar o primeiro acesso das pessoas ao sistema de Saúde, inclusive daquelas que demandam um cuidado em saúde mental. - Porta de entrada preferencial do SUS • Noção de território (geograficamente conhecido): - Proximidade para conhecer a história de vida das pessoas e de seus vínculos com a comunidade/território onde moram, bem como com outros elementos dos seus contextos de vida. • Podemos dizer que o cuidado em saúde mental na Atenção Básica é bastante estratégico pela facilidade de acesso das equipes aos usuários e vice-versa. Empatia: • Uma definição comumente aceita nas situações de cuidado do paciente é “um atributo cognitivo que envolve a capacidade de compreender as experiências internas e a perspectiva do paciente e a capacidade de comunicar essa compreensão. ” • Empatia clínica, no que se refere à relação paciente-profissional, muitas vezes é dividida em duas dimensões. - Afetiva, descreve a resposta emocional passiva de uma pessoa às emoções de outra. - Cognitiva, habilidade ativa que pode ser adquirida e é passível de desenvolver. • Este aspecto da empatia foi descrito como “Preocupação desapegada” ou a capacidade de uma pessoa para compreender as experiências de outra sem invocar uma resposta emocional pessoal. Justificativas principais para integração: Recomendações para o atendimento, APA, 2015: • História da condição atual • História psiquiátrica • Histórico do uso de substâncias • História médica • História familiar • História pessoal e social • Exame geral e específico Exame das funções mentais: Intervenções em psiquiatria: Recomendações para a avaliação psiquiátrica: Anamnese e exame psíquico: MEDICINA E SUA EVOLUÇÃO RELATIVA A ABORDAGEM: ● Avaliação Psiquiátrica: - Entrevista com paciente (Anamnese subjetiva) - Entrevista com acompanhantes (Anamnese objetiva) - Escalas e entrevistas estruturadas - Exame Psíquico - Hipóteses diagnósticas - Plano terapêutico inicial - Testes psicológicos - Exames clínicos ● Entrevista psiquiátrica: Nuances especiais: - natureza do problema trazido àconsulta conflitos que acometem o paciente, preconceito e expectativas em relação ao psiquiatra e àpsiquiatria Influem, ainda: - A personalidade do paciente, - o ambiente onde a entrevista se dá, - a personalidade e experiência do entrevistador Recomenda-se que a entrevista apenas se realize se o entrevistador julgar que sua segurança pessoal encontra-se garantida. Entrevista Psiquiátrica - anamnese: - Identificação: nome de registro, nome social, idade, sexo e identidade de gênero, cor, naturalidade, religião, estado civil, nível de escolaridade, ocupação e com quem o paciente vive. - Queixa e duração: que é o motivo da consulta. O paciente deve dizer quais queixas, e qual a principal. - História Pregressa da Moléstia Atual: minuciosamente em ordem cronológica dos acontecimentos, com os sintomas comportamentais e relacionados ao humor. - História Psiquiátrica: saber antecedentes psiquiátricos. - História Clínica: presença de comorbidade clinicas. Doenças anteriores, acidentes que tenham acometido a cabeça, convulsões, medicamentos em uso. - Hábitos e estilo de vida: rede familiar , de apoio, hábitos sociais, esportivos, religiosos, uso de álcool ou drogas. Entrevista psiquiátrica – 3 regras: - (1): Pacientes organizados (mentalmente), com inteligência normal, com escolaridade boa ou razoável, fora de “estado psicótico”. Entrevistar de forma maisaberta, permitindo que falem e se expressem de forma mais fluente e espontânea. - O entrevistador fala pouco, fazendo algumas pontuações para que o paciente “conte a sua história”. - (2): Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou paranoide, “travados” por alto nível de ansiedade. Entrevistar de forma mais estruturada. - Nesse caso, o entrevistador fala mais, faz perguntas mais simples e dirigidas (questões fáceis de serem compreendidas e respondidas). - (3): Primeiros contatos com pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoides: perguntas neutras (nome, onde mora, profissão, estado civil, nome de familiares etc.), e gradativamente formular perguntas “mais específicas” (às vezes, constrangedoras para o paciente). Por ex: “Tem tido problemas ou dificuldades emocionais?”, “Como avalia a gravidade de sua doença?”, “Tem medo da morte?”, “Como estásua relação com sua esposa?”, “O que aconteceu que você ̂ agrediu seus familiares?” PSICOPATOLOGIA GERAL: EXAME PSÍQUICO: Semiologia Psicopatológica: - Estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais. - Baseada em: • Observação cuidadosa • Ouvir e enxergar • Ouvir e buscar compreender • Raciocínio clínico acurado sobre os dados. - etapa já não é mais baseada no relato do paciente, mas nas observações do médico sobre ele - Verificar, estudar, investigar as funções psíquicas, o seu padrão e alterações. - Isso acontece (semiologia) ao longo da anamnese. - Ao final da anamnese complementar com a investigação dos pontos que não foram elucidados adequadamente, incompletos ou duvidosos. Ter um roteiro completo de exame, onde: - Redação da História Clínica e Exame psíquico - Relatar observações por escrito é muito importante: • de forma clara e completa (ao escrever entendemos melhor a experiência do paciente, seus sintomas e psicopatologia) . • Protege o profissional de acusações futuras. • Redigir de forma clara e aprofundada os pontos principais, e de forma geral e abrangente nos pontos acessórios. Evitar o uso de termos técnicos. Português simples e correto. O paciente pode ser caótico e desorganizado, mas o relato clínico nunca. APRESENTAÇÃO: Aparência: - Condições de higiene pessoal, vestuário e cuidados pessoais. - Não confunda essa percepção com a classe social do paciente. Por exemplo: “O paciente apresenta-se para a entrevista em boas condições de higiene pessoal, com vestes simples, mas adequadas”. Atividade psicomotora e comportamento: - Se movimenta com facilidade? Consegue ficar no mesmo lugar por algum tempo? Ele gesticula muito? Ou não há gesticulação alguma. Ver atitude e os movimentos expressivos da fisionomia. Parece triste ou alegre? Parece ansioso, com medo ou desconfiado? Atitude em relação ao entrevistador: - Cooperativo, apático, arrogante, desconfiado, etc? Como reage às suas perguntas. Atitude verbal Como ele se expressa? Ele fala muito? É exaltado? Como são as respostas, (responsivo e espontâneo /lacônico e fechado). CONSCIÊNCIA – Aspectos funcionais: - Ligada a vigilância ou estado de alerta - Clareza - Vinculada ao grau de vigilância - Capacidades de percepção, intelectual e de memória claras – de acordo com as respostas as primeiras perguntas - Consciência de si mesmo. CONSCIÊNCIA graus e níveis : ALTERAÇOES COM MANIFESTAÇÕES PSICOPATOLÓGICAS : ORIENTAÇÃO: ● ATENÇÃO: - Capacidade de focalizar a atividade psíquica, de discriminar os conteúdos da consciência dirigindo-se a determinados estímulos. • Voluntária • Involuntária (Espontânea) ● MEMÓRIA: ● INTELIGÊNCIA: Capacidades e instrumentos utilizáveis para adaptação às tarefas vitais. - Habilidade para pensar e agir racional e logicamente. - Capacidade de solucionar problemas e se adaptar a situações novas. ● LINGUAGEM: - Exteriorização do pensamento Verbal ou não verbal. É através da linguagem que entendemos o pensamento. - logorréia / pressão de fala (ex: mania), - prolixo / barroco (ex: obsessivo, epilepsia), - concreto (ex: crianças, retardo mental), - Perseverante (ex: lesão lobo frontal – afasia de broca); - lacônico (pausado , mas pouco conciso) - neologismos (esquizofrenia hebefrênica), - Mussitação, (como reza em voz baixa, continua) - verbigeração (repente sem parar palavras aleatórias) - ecolalia (repete as palavras do interlocutor) - coprolalia (obscenidades) ● VOLIÇÃO: (VONTADE): - Atividade psíquica de direcionamento para a ação. Processo de escolha entre diversas motivações e impulsos. - Processo Volitivo (Pragmatismo): Intenção ou Motivação > Deliberação > Decisão > Execução. - Ato impulsivo: Intenção > Execução (NÃO é percebido como inadequado - hipobulia (ex: depressão), - hiperbulia (ex: mania); - Impulsividade (dirigida a necessidades primarias) roubo, suicídio, compra, alimentares, fuga. - Vontade é uma intenção dirigida a um objetivo, precisando ter motivação cognitivamente planejada. Prospecção é a capacidade de projetar os desejos para o futuro; está limitada em diversas síndromes psiquiátricas. ● PENSAMENTO: AFETO: - Experiência pessoal – só acessível à pessoa e intransferível aos outros. ´ - Influencia a personalidade, corpo, relações sociais. É um modo de comunicação não verbal. - Modulação é a capacidade de variar entre afetos; ´ Ressonância é a capacidade de sintonizar com o ambiente, reagindo adequadamente à situação em que se encontra. ´ Ambos podem ser aumentados ou diminuídos, - Ressonância é a capacidade de sintonizar com o ambiente, reagindo adequadamente à situação em que se encontra. - Ambos podem ser aumentados ou diminuídos ● AFETIVIDADE / AFETO – expressão de sentimentos: HUMOR (estado basal do afeto): Tipos: 1. eutímico (normal); 2. depressivo, elado/elevado (ex:hipomania), 3. eufórico (ex: mania / intoxicação exógena), 4. disfórico (instável, depressivo e irritável; ex: personalidade borderline), 5. ansioso, 6. irritável, 7. delirante ou temático (perplexidade característica das fases prodrômicas das psicoses) ● SENSOPERCEPÇÃO (integração da sensação gerando percepção consciente): - lusão: distorção da percepção de um objeto, não necessariamente patológica (ex: ilusão óptica); - Alucinações (verdadeiras): percepção nítida, objetiva e externa na ausência de um objeto que apoie a ideia(ex: “Doutor, são vozes de mulher vindas da sala que comentam as minhas ações”); NÃO há crítica - Pseudoalucinações: são advindas do espaço subjetivo interior (ex: “vozes dentro da cabeça”). - Alucinose: crítica do indivíduo em relação ao fenômeno (ex: alucinose alcoólica) Obs: alucinações auditivas são as mais comuns; visuais, tácteis e cenestésicas: devo afastar transtorno orgânico (ex: delirium, epilepsia, tumor); PSICOMOTRICIDADE (representação física do psiquismo) : - Passagem da vontade para a ação. Ex.: atitudes, postura, gestos, fala etc. - Hipercinesia: movimentação global aumentada, por ex., na mania. - Hipocinesia: movimentação global reduzida, por exemplo, na depressão. - Ecopraxia: imitar os movimentos de outra pessoa, por exemplo, na esquizofrenia. - Estereotipia e maneirismo: repetição constante de movimento complexo, por ex. na esquizofrenia. - Tique: movimento de determinado grupo muscular, súbito e involuntário, por ex., nos transtornos de tique. JUÍZO e CRÍTICA DE REALIDADE : - Capacidade de atribuir valores aos fatos DELÍRIO: alteração patológica do Juízo: pensamento falso que apresenta convicção extrema e certeza subjetiva para fato improvável. tipos: ciúme, persecutórios, ruína, grandeza, místico etc... (ex: esquizofrenia e tr.delíriante persistente). - Surge por: interpretação delirante, quando o paciente interpreta fatos corriqueiros de forma psicótica; intuição delirante, caso em que o delírio simplesmente surge, como uma revelação inquestionável que não carece de explicação; percepção delirante, quando, ao receber um estímulo qualquer, o paciente o entende como explicação para os delírios, ex: ver a garrafa de cerveja na mesa, o paciente descobre que a mulher o estava traindo. Crítica é a capacidade do paciente de entendersua condição, ter insight sobre seu estado, podendo estar preservada, abolida ou ser parcial. ● Como criar um roteiro de anamnese psiquiátrica? TRANSTORNOS ANSIOSOS: Neurobiologia da Ansiedade: ● Ativação autonômica e aumento do estado de alerta em resposta a ameaças (Luta ou Fuga) ● Estímulos podem ser ① potencialmente perigosos ② perigosos, porém distantes ou ③ perigosos e próximos. - Do cíngulo, córtex pré-frontal, núcleo mediano da rafe, septo e hipocampo: ① e ② Substância cinzenta periaquedutal dorsal (SCPD): ③ Amígdala e hipotálamo medial: intermediação e modulação - Neurônios noradrenérgicos do Locus coeruleus (tronco cerebral) - Comparação entre estímulo real e o esperado (estímulos condicionados): sistema de inibição comportamental septo-hipocampal (SICS) - Alerta basal: Sistema noradrenérgico ascendente Transtornos de Ansiedade: ● Se diferenciam pelos objetos ou situações que induzem o medo, a ansiedade e/ ou comportamento de esquiva. ● Exame detalhado dos tipos de situações temidas ou evitadas, conteúdo do pensamento e crenças associadas ● Importante sempre atentar sempre ao tempo de duração dos sintomas : ex transtornos adaptativos e transtornos de ansiedade. Sintomas X duração = DDx. ● Tipos: 1) Fásica: em picos (TP)/ Tônica: constante (TAG)/ Esperada: especificas (fobias) / Inesperadas: imprevisível (TP) 1. Transtorno de ansiedade de separação 2. Mutismo seletivo 3. Fobia específica 4. Transtorno de ansiedade social (fobia social) 5. Transtorno de Pânico 6. Agorafobia 7. Transtorno de Ansiedade Generalizada 8. Transtorno de Ansiedade induzido por substâncias 9. Transtorno de ansiedade devido a outras condições médicas / específico / inespecífico ● A ansiedade é altamente tratável (até 90% dos casos), mas apenas um terço daqueles que sofrem com isso recebem tratamento. ● Pessoas com um transtorno de ansiedade têm 3 a 5x + chance de ir ao médico e 6x + probabilidade de serem hospitalizados por doenças psiquiátricas do que não portadores. ● Fator de risco temperamental: afetividade negativa (neuroticismo) ou inibição comportamental genética nos traços individuais e nos padrões de resposta ● Ideação suicida e tentativas de suicídio: fobias, Transtorno de Pânico, Transtorno de Estresse Pós-Traumático ● Depressão geralmente acompanha os transtornos da ansiedade 1. TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO: ● Vivenciam sofrimento excessivo|recorrente ante a ocorrência ou previsão do afastamento de casa ou figuras de apego; ● Se preocupam com seu bem estar e morte dessas pessoa, principalmente quando separados (ligam, contato) ● Consigo mesmos: Se perder , ser sequestrado, sofrer acidente que o impedia de estar com as pessoas de apego ● Evitam sair sozinhos, ou ficar em casa sozinhos ● Relutam / evitam ficar sozinhos em casa sem a figura de apego (crianças viram a “sombra” dos pais) ❖ Deve haver ao menos TRÊS dos critérios para se fechar o diagnóstico - Dormir sozinhas, pedem cama dos pais, trocar de cômodo, (A6) - Dificuldade em acampar , sair com amigos , em adultos –desconforto em dormir em hotéis (A7) - Pesadelos repetidos onde o conteúdo expressa a ansiedade de separação (ex. incêndios na casa da família, acidentes, assassinato ou outras catástrofes). (A7) - Cefaleia , dor abdominal , náuseas/ vômitos são comuns em crianças quando há a separação ou previsão de uma separação desses entes (A8) em adultos podem haver sintomas cardiovasculares (palpitações, sensação de desmaio) ocorre menos em crianças e mais em adolescentes e adultos jovens - Duração de 4 semanas em crianças e adolescentes e seis meses em adultos (B) - A perturbação pode causar sofrimento significativo ou prejuízo nas áreas de funcionamento social, acadêmico, profissional ou em outras áreas importantes (C ) Prevalência , Fatores de Risco, comorbidade: ● FR : após estresse vital ( morte de familiar ou amigo ou animal de estimação| adoecimento de familiar ou próprio, mudança de escola, divórcio dos pais, mudanças de bairro, imigração, desastres que envolvem algum período de separação. Em adolescentes/ adultos: sair de casa, mudar de cidade, tornar-se pai. Outro fator importante é a superproteção / intromissão dos pais. ● Herdabilidade 73% - predominante em meninas. ● Comorbidades: infantil > ansiedade generalizada ou fobia específica. Em adultos: fobia específica , TOC e transtornos de personalidade, além dos TAB. Tratamento 1. Psicoeducação 2. Terapia Cognitivo-Comportamental ● exposição gradual ● dessensibilização ● desenvolvimento de habilidades sociais 2. MUTISMO SELETIVO: ● Características Diagnósticas: Não iniciam conversas em situações sociais, o fracasso na fala acontece com outras crianças e com adultos, fala apenas com parentes imediatos e tem grande componente de ansiedade social. ● Usam grunhidos, apontam, escrevem seus desejos. Mas acabam tendo problemas com avaliações acadêmicas (leitura) ● Características: timidez excessiva, medo de constrangimento, isolamento/ retraimento social, apego, traços compulsivos, negativismo, ataques de birra, comportamento opositor leve *podem receber dx de fobia social em conjunto. ● Prevalência na infância 0,3 a 1%.Desenvolve- se geralmente antes dos 5 anos de idade, mas se da Importância clínica apenas na fase escolar. ● FR: (temperamentais) afetividade negativa, história parental de timidez, isolamento e ansiedade social. (Ambientais) inibição social por parte dos pais, superproteção, excesso de controle parental. Há possibilidade de haver componente genético ● Comorbidades: de ansiedade social, separação e fobia específica. Tratamento 1. Psicoeducação 2. Terapia Cognitivo-Comportamental ● exposição gradual ● dessensibilização ● desenvolvimento de habilidades sociais 3. FOBIA ESPECÍFICA: ● Características: presença de um estímulo fóbico. Respostas diferente dos medos comuns que acontecem na população. ● Há evitação ativa ao estímulo ● Sempre causado pós evento traumático inicial Prevalência, fatores de risco, comorbidades: ● FR: afetividade negativa, inibição comportamental (temperamentais). Superproteção, perda e separação, abuso físico / sexual, encontros traumáticos com objetos. Indivíduos com fobia a sangue -injeção e ferimentos têm uma maior tendência a fazer síncope vasovagal. ● DDX- agorafobia, ansiedade social, separação, pânico, toc, outros. ● Comorbidade: está muito relacionada à depressão em adultos , como primeiro transtorno desenvolvido. Podem desenvolver ainda TAB, outros transtornos de ansiedade, depressão, uso de substâncias, personalidade dependente. Tratamento 1- FARMACOLÓGICO: - ISRS (Paroxetina, Sertralina, Escitalopram e Fluvoxamina) - ISRSN - Venlafaxina 37,5 a 150 mg/dia 2- NÃO FARMACOLÓGICO: a) Psicoeducação b) Terapia Cognitivo-Comportamental c) Mindfullness 4. TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (fobia social) : ● Medo ou ansiedade, acerca de uma ou mais situações sociais onde e exposto a possível avaliação por outras pessoas ● Teme em agir de forma a mostrar esses sintomas que serão avaliados negativamente ● Comportamento de evitação ou suportadas com intenso medo ou ansiedade ● Reação desproporcional à ameaça real ● Persistente durando mais de 6 meses ● Causa prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas da vida - Do tipo somente desempenho: são mais prejudiciais em sua vida profissional ou em papéis que requerem falar em público. Eles não temem e evitam situações sociais que não envolvam desempenho CARACTERÍSTICAS: - MEDO OU ANSIEDADE acentuados / intensos de situações sociais nas quais pode ser avaliado pelos outros (em crianças entre os pares) (A) - Preocupação que será julgado como débil, maluco, estupido, sujo, medroso ou desagradável. Teme demonstrar sintomas de ansiedade e como será interpretado.( B ) (evitação: ir ao banheiro, beber, escrever , apontar) - As situações quase sempre provocam medo e ansiedade. (C ) - Com frequência evitam as situações sociais temidas ou suportarão com extremo medo/ ansiedade (D) - Medo ou ansiedade desproporcional ao risco real de seravaliado negativamente (E) - Duração de pelo menos 6 meses (F) - Real interferência na vida da pessoa. Ex: pessoa que não consegue falar em público , mas não precisa disso no dia-dia (G) - Idade de início 8-15 anos - Sempre relacionado a evento traumático (sintomas de ansiedade durante uma apresentação / bullying) ● Adolescentes têm maiores padrões de medo e esquiva comparado às crianças ● Adultos jovens : menor gama de fatores x ansiedade mais intensa ● Adultos mais velhos: maior gama de fatores x ansiedade níveis mais baixos ● FR: temperamentais: inibição comportamental e medo de avaliação negativa. Ambientais: maus tratos e adversidades na infância. Genéticos: parentes de primeiro grau têm uma chance de 2-6 vezes maior de ter o transtorno, devido a interação de fatores (gen + ambientais). ● DDx: timidez normal, agorafobia, Tpanico, TAG, TASeparação, Fobia especifica, mutismo seletivo, TDM, Tdismorfico corporal, TEA, Tpersonalidade. ● Comorbidade com transtorno depressivo maior, transtorno por uso de substâncias. tratamento: 1- FARMACOLÓGICO: - Longo prazo: ● ISRS (Paroxetina, Sertralina, Escitalopram e Fluvoxamina) ● ISRSN - Venlafaxina 37,5 a 150 mg/dia - Nas situações de desempenho: ● Benzodiazepínicos (clonazepam, bromazepam, alprazolam) ● Betabloqueadores: propranolol, atenolol (doses baixas) 2- NÃO FARMACOLÓGICO: a) .Psicoeducação b) Terapia Cognitivo-Comportamental exposição gradual dessensibilização desenvolvimento de habilidades sociais c) Mindfulness 5. TRANSTORNO DE PÂNICO: ● Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Surto abrupto de Medo intenso ou desconforto com pico em minutos. Ocorrem 4 ou mais dos sintomas. ● FR: - Ambientais: abuso físico e sexual na infância. Tabagismo. Estressores prévios (adoecimento, exp com drogas lícitas ou prescritas, doença ou morte familiar) - Genéticos e Fisiológicos: Os sistemas neurais para TP, enfatizam a amígdala mas a cadeia genética exata ainda é desconhecida. Entre filhos de pais ansiosos, depressivos e bipolares há maior risco. Indivíduos com transtornos respiratórios como asma. ● O TP está relacionado a incapacidade social, profissional e física. ● Outras condições médicas: hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, feocromocitoma, transtornos convulsivos, cardiovasculares. Importante solicitar marcadores para tireoide, cálcio para hiperparatireoidismo , holter e exame físico a fim de elucidar possível origem. Se está relacionado , não é TP. Transtorno de Pânico Induzido por substâncias: Uso estimulantes do SNC, como cocaína, anfetaminas e cafeína. Cannabis. E abstinência de depressores do SNC como álcool, e barbitúrico podem precipitar um ataque de pânico. ● 1º episódio após 45 anos ou presença de sintomas atípicos (vertigem , perda da consciência , de controle esfincteriano, amnésia ou fala confusa) podem estar relacionados a outras questões clínicas. ● Deve ser considerado TP se após a cessar a condição clínica ou de uso de substância, as crises permanecerem. Ou ainda avaliar se as crises não foram anteriores ao uso e o uso veio para o “controle”delas. Outros transtornos mentais que culminam em ataques de pânico: - Ansiedade social - Fobia Específica - Agorafobia - Transtorno de Ansiedade Generalizada(TAG) - Ansiedade de separação. ● OBSERVE: por vezes um ataque de pânico precede o início de outro transtorno ansioso, mas a partir daí se tornam esperados. Se ocorre apenas frente aos estressores, outro TA é diagnosticado. Sempre se atentar em como, culturalmente, as pessoas descrevem esses sintomas. ● Podem ocorrer ataques de pânico em TD, TEPT, Tr controle dos impulsos, TAB ● Prevalente no sexo feminino. Transtorno de pânico - Tratamento: ● Farmacológico Psicológico e combinado - Duração de no mínimo 52 semanas - Tratamento combinado é o mais eficaz - Prevenção de recaída: psicoterapia (Terapia Cognitivo-comportamental, TCC) Fármacos: a) Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRSs): escitalopram; citalopram; fluoxetina; fluvoxamina; paroxetina; sertralina - ( Todos provocam alterações na esfera sexual) - ( Iniciar com a metade da dose SEMPRE, pois pode ocorrer piora dos sintomas ansiosos no início do tratamento) - Principais efeitos colaterais no início do tratamento: cefaléia, náusea, tremor, epigastralgia e “tontura”. - Não devem ser retirados de forma abrupta devido à síndrome de descontinuação (exceto Fluoxetina, pois apresenta meia vida muito longa - 14 dias) - Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRSNs): venlafaxina 6. Agorafobia: ● Medo real e intenso desencadeado a exposição real ou prevista a diversas situações em no mínimo 2 de 5 situações. - Transporte publico (automóveis, ônibus, trens, embarcações, aviões) Áreas abertas (estacionamentos, mercados ou pontes) - Locais fechados: lojas, teatros, cinemas. - Permanecer em uma fila ou ficar meio a uma multidão - Sair de casa sozinho ● Diante do medo e da ansiedade acionados – experimentam sensação de que algo terrível vai acontecer – que não conseguirão evitar – e que não há ninguém a quem possa pedir ajuda ● O medo e ansiedade acontecem todas as vezes que se tem contato com o estressor ● Evita ativamente a situação – esquiva ativa ● Desproporcional ao perigo real ● Diagnosticada apenas pela persistência do medo, ansiedade e esquiva ● Causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo ● Inibição comportamental e disposição neurótica intimamente ligados. Sensibilidade à ansiedade também - Formas graves: indivíduos completamente restritos, incapazes de sair e dependentes de outras pessoas para tudo. Desmoralização, sintomas depressivos, abuso de álcool e sedativos ocorrem como estratégias inadequadas de medicação. ● DDx: fobia específica do tipo situacional (difícil- pensar nos quesitos da agorafobia). Ansiedade de separação, fobia social, TP, TEPT, TDM ● Outras condições médicas: doenças degenerativas com perturbações motoras (Parkinson / Esclerose múltipla), Sd vasovagal, Doença de Crohn 7. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA(TAG): ● A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida. ● Não se deve a efeito de substâncias ● Não é melhor explicada por outro transtorno mental. ● Pico na meia idade ● Curso crônico. Um terço do risco é genético - Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). (A) - O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. (B) - A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou +) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). (C) Nota: Apenas um item é exigido para crianças 1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 2. Fatigabilidade. 3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente. 4. Irritabilidade. 5. Tensão muscular. 6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). TAG - Tratamento: a) Entrevista motivacional para melhorar a adesão e a resistência ao tratamento; b) Intervenções no estilo de vida (alimentação, exercícios, cessação de tabagismo, redução do café. Fármacos: - ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina) Buspirona ( não apresenta efeitos adversos em esfera sexual) - ISRSN (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina) Venlafaxina: 37,5 a 150 mg/dia ● deve ser introduzida e retirada de forma lenta ● síndrome de descontinuação intensa ● efeito noradrenérgico a partir de 225mg/dia 8. Transtorno de Ansiedade Induzido por Substancia / Medicamento: ● (A) Ataques de pânico ou ansiedade proeminente predominam no quadro clínico ● (B) Evidência na história , exame físicoou achados laboratoriais que: 1) Início de sintomas após uso, abuso, ou abstinência de uma substância ou exposição a uma medicação. 2) A substância em questão e capaz de produzir o quadro ● (C ) não há transtorno mental que explique o ataque ● (D) não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium ● (E) causa sofrimento significativo 9. Transtorno de Ansiedade devido a outras condições médicas: ● Quando concluímos , nos diagnósticos diferenciais da avaliação inicial do ataque de ansiedade/ pânico , que se trata de questões físicas. TRANSTORNOS DEPRESSIVOS: - Principal causa de impacto da saúde física , mental e impacto na qualidade de vida. - Principal causa de “anos vividos com incapacidade”(YLDS) ou perda de anos de vida (seja por morte prematura, ou perda de anos de vida produtiva) (DALY) , segundo a OMS. Transtornos: 1. Transtorno disruptivo de desregulação do humor 2. Transtorno depressivo maior * 3. Transtorno depressivo persistente (distimia) * 4. Transtorno disfórico pre – menstrual * 5. Transtorno depressivo induzido por substancia / medicamento 6. Transtorno depressivo devido a outra condição medica / 7. outros transtornos depressivos (especificado / não especificado) Transtorno depressivo maior *: - Pode aparecer com qualquer idade, mas aumenta com a puberdade. - O curso da doença é bastante variável, alguns indivíduos raramente experimentam remissão ( período de 2 ou mais meses sem sintomas ou 1 ou 2 sintomas em grau muito leve). Outros indivíduos apresentam muitos anos com poucos ou nenhum sintoma em episódios discretos. - O tempo de remissão é inversamente proporcional ao risco e recorrência. - Importante: sempre distinguir quem vem para uma exacerbação de um episódio depressivo crônico de quem vem por um primeiro episódio. - A recuperação: entre 2 a 3 meses após inicio de tratamento para 2 a cada 5 indivíduos, e em um ano para 4 em cada 5, é mais passível de recuperação para episódios recentes e para os que não tenham relação com transtorno de personalidade, ansiedade e sintomas mais graves. - A cronicidade: É determinante para desenvolvimento de transtornos de ansiedade, personalidade ou uso de substâncias. - Muitos transtornos bipolares iniciam-se com um ou mais episódios depressivos (mais provável com pessoas que iniciam depressão na adolescência), dos sintomas psicóticos podem também fazer uma transição para esquizofrenia (o contrário raramente acontece). - DDx: Episódios maníacos com humor irritável ou episódios mistos – TAB , Transtorno de humor devido a outra condição médica, TAB induzido por substância ou medicamento, TDAH, transtornos de adaptação com humor deprimido, tristeza. · - Fatores de risco: Temperamentais (atitude negativa – neuroticismo – que em altos níveis levam o indivíduo a desenvolver mais transtornos depressivos ao longo da vida). Ambientais (experiências adversas na infância/ ou ao longo da vida , principalmente múltiplos – predispõem fortemente o início de transtorno depressivo maior , mas o fato de estar associado a esses fatores – brevidade ou intensidade NÃO interferem no prognóstico / possibilidade de remissão). - Genéticos e fisiológicos: familiares de primeiro grau de indivíduos com TDM, tem risco 2 a 4 vezes mais elevado em relação à população geral, sendo de aproximadamente 40% para os quais os familiares tem TDM de início precoce ou recorrente. Transtorno Depressivo Persistente (distimia): Início precoce e insidioso – preferencialmente na adolescência / início da fase adulta. - Muito comórbido com transtorno de personalidade borderline, transtornos por uso de substâncias ou outros transtornos de personalidade (precoce – antes dos 21ª). Nos transtornos depressivos resistentes é menos provável que os sintomas desapareçam , quando comparados a transtorno depressivo maior. Fatores de risco: - Temperamentais: (neuroticismo), maior gravidade dos sintomas, pior funcionamento global, presença de transtornos de ansiedade e de conduta. - Ambientais: entre os principais , perda ou separação dos pais na infância. - Genéticos: semelhantes aos do transtorno depressivo maior. É provável então que haja um maior número de parentes de primeiro grau com TDM ou transtorno depressivo persistente nesses pacientes. As regiões cerebrais (córtex pré-frontal, cingulado anterior, amígdala, hipocampo), foram implicadas no transtorno depressivo persistente, podemos também encontrar anormalidades polissonográficas. - DDX: Transtorno depressivo persistente/ transtornos psicóticos/ transtorno depressivo ou bipolar relacionado a outras condições medicas / transtorno depressivo ou bipolar relacionado a uso de substancias / transtorno de personalidade. Transtorno disfórico pré – menstrual: - Se os sintomas não foram confirmados por avaliações prospectivas diárias de pelo menos dois ciclos sintomáticos – deve-se anotar como “provisório” diagnóstico/ - Características: Labilidade de humor, irritabilidade , disforia, e sintomas de ansiedade que ocorrem repetidamente durante a fase pré-menstrual e remitem por volta do início da menstruação, ou logo depois. - Os sintomas se agravam muito próximo ao dia da menstruação, mas a mulher precisa experimentar um período sem sintomas na fase folicular. Haverão sintomas somáticos e psíquicos , porém , os sintomas somáticos sozinhos não são suficientes para fechar o quadro. - Prevalência: Atinge de 1,8 (sem prejuízo funcional) a 5,8% das mulheres que menstruam e pode se iniciar em qualquer momento. 1,3 % sofrem grande prejuízo funcional. Há piora dos sintomas pré menopausa porém cessam após a menopausa (a reposição hormonal cíclica pode desencadeá-los novamente). - Pode se iniciar a qualquer momento após a menarca. - Fatores de Risco e Prognóstico : Ambientais: estresse, história de trauma interpessoal, mudanças sazonais e aspectos socioculturais do comportamento sexual feminino em geral e o papel do gênero feminino em particular. Genéticos e fisiológicos. A herdabilidade do transtorno disfórico pré-menstrual é desconhecida. No entanto, para os sintomas pré-menstruais, as estimativas de herdabilidade variam entre 30% e 80%, com o componente mais estável dos sintomas pré-menstruais estimado como cerca de 50% herdável. Modificadores do curso: Mulheres que usam contraceptivos orais podem ter menos queixas pré menstruais do que as que não os utilizam. O transtorno disfórico pré-menstrual não é um transtorno relacionado à cultura. Marcadores Diagnósticos: O diagnóstico do transtorno disfórico pré-menstrual é apropriadamente confirmado por dois meses de avaliação prospectiva dos sintomas. Inúmeras escalas, incluindo a Daily Rating of Severity of Problems e a Visual Analogue Scales for Premenstrual Mood Symp- toms, foram validadas e costumam ser usadas em ensaios clínicos para o transtorno. A escala Premenstrual Tension Syndrome Rating Scale apresenta uma versão de autorrelato e uma do observador, ambas validadas e utilizadas amplamente para medir a gravidade da doença em mulheres com o transtorno. ● (FR/ DDx): Síndrome pré-menstrual: A síndrome pré-menstrual difere do transtorno disfórico pré-menstrual por não ser necessária a presença de um mínimo de cinco sintomas e por não existir estipulação de sintomas afetivos para as mulheres com a síndrome. É mais comum do que o transtorno disfórico pré-menstrual, embora a prevalência varie. Compartilhe a expressão dos sintomas durante a fase pré-menstrual do ciclo, mas é geralmente considerada como menos grave do que o transtorno. A presença de sintomas físicos ou comportamentais no período pré-menstrual, sem os sintomas afetivos requeridos, provavelmente satisfaz os critérios para síndrome pré-menstrual, e não para transtorno disfórico pré-menstrual. Dismenorreia: É diferente de uma síndrome caracterizada por alterações afetivas. Além do mais, os sintomas da dismenorreia começam com o início da menstruação, enquanto os sintomas do transtorno disfórico pré- menstrual, começam antes do início da menstruação, mesmo que perdurem nos primeiros dias do período.Transtorno bipolar, transtorno depressivo maior e transtorno depressivo persistente (distimia): Muitas mulheres acreditam ter o transtorno mas, quando anotam os sintomas, percebem que estes não seguem um padrão pré-menstrual. Podem experimentar sintomas crônicos ou intermitentes que não estão relacionados com a fase do ciclo menstrual. No entanto, como o início da menstruação constitui um evento memorável, elas podem relatar que os sintomas ocorrem apenas durante o período pré-menstrual ou que pioram antes da menstruação. Dai a necessidade de que os sintomas sejam confirmados por avaliações prospectivas diárias. A taxa de comorbidade e maior com transtornos de personalidade borderline por ex. Uso de tratamentos hormonais. Algumas mulheres que apresentam sintomas pré-menstruais moderados a graves podem estar fazendo tratamentos hormonais, incluindo contraceptivos hormonais. Se tais sintomas ocorrem após o início do uso de hormônios exógenos, podem ser devidos ao uso de hormônios em vez de à condição subjacente de transtorno disfórico pré- menstrual. Se a mulher interrompe os hormônios e os sintomas desaparecem, isso é compatível com o transtorno depressivo induzido por substância/medicamento. Transtorno depressivo induzido por substância/ medicamento: Envolve os efeitos diretos de um fármaco; eles incluem ● Intoxicação ● Abstinência ● Transtornos mentais induzidos por substâncias - As características diagnósticas do transtorno depressivo induzido por substância/medicamento incluem os sintomas de um transtorno depressivo, como o transtorno depressivo maior; entretanto, abstinência está associada a ingestão, injeção ou inalação de uma substância (p. ex., droga de abuso, exposição a uma toxina, medicamento psicotrópico, outro medicamento) e persiste além da duração esperada dos efeitos fisiológicos, da intoxicação ou do período de abstinência. - Conforme evidenciado pela história clínica, pelo exame físico ou por achados laboratoriais, o transtorno depressivo relevante deve ter-se desenvolvido durante ou em até um mês após o uso de uma substância que é capaz de produzir o transtorno depressivo (Critério B1). Além disso, o diagnóstico não é mais bem explicado por um transtorno depressivo independente. As evidências de um transtorno depressivo independente incluem o transtorno depressivo precedendo o início da ingestão ou abstinência da substância; o transtorno depressivo persistindo além de um período substancial de tempo após a cessação do uso da substância; a sugestão da existência de um transtorno depressivo não induzido por substância/medicamento independente (Critério C). Esse diagnóstico não deve ser feito quando os sintomas ocorrem exclusivamente durante o curso de delirium (Critério D). O transtorno depressivo associado ao uso de substância, à intoxicação ou à abstinência deve causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo para se qualificar para esse diagnóstico (Critério E). Alguns medicamentos (p. ex., estimulantes, esteroides, L-dopa, antibióticos, drogas que atuam no sistema nervoso central, agentes dermatológicos, agentes quimioterápicos, agentes imunológicos) podem induzir perturbações depressivas do humor. O julgamento clínico é essencial para determinar se o medicamento é o verdadeiro causador do transtorno - Um transtorno depressivo induzido por substância/medicamento é diferenciado de um transtorno depressivo primário mediante a consideração do início, do curso e de outros fatores associados ao uso da substância. Deve haver evidências a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais de uso de substância, abuso, intoxicação ou abstinência antes do início do transtorno depressivo. O estado de abstinência de algumas substâncias pode ser relativamente retardado, e, dessa forma, sintomas depressivos intensos podem durar um longo período após a cessação do uso da substância. Transtorno depressivo devido a outra condição Médica: Transtorno depressivo especificado: Esta categoria aplica-se a apresentações em que sintomas característicos de um transtorno depressivo que causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo predominam, mas não satisfazem todos os critérios para qualquer transtorno na classe diagnóstica dos transtornos depressivos. Exemplos de apresentações que poodem ser especificadas usando a designação “outro transtorno depressivo especificado” incluem: 1. Depressão breve recorrente: Presença concomitante de humor depressivo e pelo menos quatro outros sintomas de depressão por 2 a 13 dias pelo menos uma vez por mês (não associados ao ciclo menstrual) por pelo menos 12 meses consecutivos em um indivíduo cuja apresentação nunca satisfez os critérios para qualquer outro transtorno depressivo ou transtorno bipolar e atualmente não satisfaz critérios ativos ou residuais de qualquer transtorno psicótico. 2. Episódio depressivo de curta duração (4 a 13 dias): Afeto depressivo e pelo menos quatro dos outros oito sintomas de um episódio depressivo maior associados a sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo que persiste por mais de quatro dias, porém menos de 14 dias, em um indivíduo cuja apresentação nunca satisfez critérios para qualquer outro transtorno depressivo ou transtorno bipolar, atualmente não satisfaz critérios ativos ou residuais para qualquer transtorno psicótico e não satisfaz critérios para depressão breve recorrente. 3. Episódio depressivo com sintomas insuficientes: Afeto depressivo e pelo menos um dos outros oito sintomas de um episódio depressivo maior associados a sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo que persiste por pelo menos duas semanas em um indivíduo cuja apresentação nunca satisfez critérios para qualquer outro transtorno depressivo ou transtorno bipolar, atualmente não satisfaz critérios ativos ou residuais para qualquer transtorno psicótico e não satisfaz critérios para transtorno de adaptação com sintomas mistos de ansiedade e depressão. Especificadores para Transtornos Depressivos: Especificar se: Com sintomas ansiosos: Definido como a presença de pelo menos dois dos seguintes sintomas durante a maioria dos dias de um episódio depressivo maior ou transtorno depressivo persistente (distimia): 1. Sentir-se nervoso ou tenso. 2. Sentir-se anormalmente inquieto. 3. Dificuldade de se concentrar devido a preocupações. 4. Temor de que algo terrível aconteça. 5. Sentimento de que o indivíduo possa perder o controle de si mesmo Especificar a gravidade atual: - Leve: Dois sintomas. - Moderada: Três sintomas. - Moderada-grave: Quatro ou cinco sintomas. - Grave: Quatro ou cinco sintomas e com agitação motora Nota: Foi observado que sintomas ansiosos são uma característica proeminente do transtorno bipolar e do transtorno depressivo maior em ambientes tanto de atenção primária quanto de cuidados especializados. Altos níveis de ansiedade têm sido associados a risco aumentado de suicídio, maior duração do transtorno e maior probabilidade de não resposta ao tratamento. Desse modo, é clinicamente útil especificar com precisão a presença e os níveis de gravidade dos sintomas ansiosos para o planejamento do tratamento e o monitoramento da resposta a ele. Com características mistas Com características melancólicas Com características atípicas Com características psicóticas: Delírios e/ou alucinações estão presentes. Com características psicóticas congruentes com o humor Com catatonia Com início no periparto ● Com padrão sazonal: O especificador se aplica ao transtorno depressivo maior recorrente. A prevalência do padrão sazonal do tipo inverno parece variar de acordo com latitude, idade e sexo. A prevalência aumenta com maiores latitudes. A idade também é um forte preditor de sazonalidade, estando as pessoas mais jovens em maior risco para episódios depressivos de inverno. Especificar se: - Em remissão parcial:Presença de sintomas do episódio depressivo maior imediatamente anterior, mas não são satisfeitos todos os critérios ou existe um período de menos de dois meses sem sintomas significativos de um episódio depressivo maior após o término desse episódio. - Em remissão completa: Durante os últimos dois meses, nenhum sinal ou sintoma significativo da perturbação esteve presente. Especificar a gravidade atual: número de sintomas dos critérios, em sua gravidade e no grau de incapacidade funcional. - Leve: Caso ocorram, são poucos os sintomas presentes além daqueles necessários para fazer o diagnóstico, a intensidade dos sintomas causa sofrimento, mas é manejável, e os sintomas resultam em pouco prejuízo no funcionamento social ou profissional. - Moderada: O número de sintomas, sua intensidade e/ou o prejuízo funcional estão entre aqueles especificados para “leve” e “grave”. - Grave: O número de sintomas está substancialmente além do requerido para fazer o diagnóstico, sua intensidade causa grave sofrimento e não é manejável, e os sintomas interferem acentuadamente no funcionamento social e profissional. TRATAMENTO: Psicoterapia: da linha cognitivo comportamental Fármacos: ISRS ISRSN ADT (tricíclicos) antidepressivos atípicos (trazodona)/ agonistas de receptores de melatonina + antagonista de receptores de serotonina 2C (Agomelatina) Concomitante a sintomas ansiosos: ansiolíticos / buspirona. · Com sintomas psicóticos: antipsicóticos (AP) (Haloperidol, Olanzapina, Risperidona) Com alterações do sono: (hipersonia) Associa-se Trazodona, ou AP. Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT)- TEPT: Características diagnosticas: - É o desenvolvimento de sintomas característicos após exposição a um ou mais eventos traumáticos. A apresentação clínica varia: - Sintomas de revivência do medo, emocionais e comportamentais, - Estado de humor aniônicos ou disfóricos e cognições negativas podem ser mais perturbadores. - Excitação e sintomas reativos externalizantes - Sintomas dissociativos. - Especialmente grave e duradouro quando o estressor e interpessoal e intencional ( tortura, violência sexual) Diagnóstico: - O diagnóstico em geral é fácil. É preciso ter pelo menos 3 dos seguintes critérios, sendo o primeiro e segundo obrigatórios: 1. Exposição a um evento catastrófico (morte ou lesão real ou ameaçada), ou ameaça à integridade física, vivido com intenso medo, impotência ou horror. (A) 2. Revivência da situação traumática (evocação intrusiva). (B) 3. Evitação ou insensibilidade (entorpecimento emocional). (C) 4. Hiperestimulação, insônia, (D) - irritabilidade, hipervigilância, reações de alarme. (E) - Os sintomas devem persistir por um período > 1 mês. - Lembranças recorrentes, involuntárias e intrusivas do evento (B1) (difere da ruminação depressiva pois o foco das lembranças e o evento em si) - Sonhos angustiantes que repetem o evento ou temas intimamente relacionados são sintomas comuns da revivência (B2) - Pode se viver estados dissociativos que duram de segundos, horas e até dias, onde são revividos aspectos do evento, e a pessoa se comporta como se o evento estivesse acontecendo naquele momento (B3). Conhecidos como “flashbacks”podem durar segundos, geralmente são breves, mas de grande sofrimento e excitabilidade. Nas crianças podem aparecer brincadeiras ou estados dissociativos. - Ocorre sofrimento psicológico significativo (B4), e Reatividade fisiológica (B5) quando exposto a eventos precipitadores que se assemelham ou simbolizam algum aspecto do evento traumático. Ex ventania / furacão . Tontura –TCE, homens de touca / assalto. - Estímulos associados ao trauma são evitados constantemente, com esforços deliberados para evitar pensamentos, lembranças, sentimentos ou conversas relacionadas (C1) E para evitar atividades, objetos, situações ou pessoas que desencadeiam lembranças (C2) - Amnesia dissociativa (D1) - Expectativas negativas exageradas ou persistentes (nunca mais confio em pessoas de autoridade/ nunca mais poderei confiar em ninguém (D2) - Cognições errôneas persistentes as causas do evento traumático, se auto atribuindo culpa ou a outros (é culpa minha ter sido abusada pelo meu tio) (D3) - Estado de humor negativo persistente (medo, horror, raiva, culpa, vergonha) surge ou piora após o evento (D4) - Diminuição do interesse em atividades prazerosas (D5) - Isolamento social (D6) - Incapacidade persistente de sentir emoções positivas (D7) - Irritam – se facilmente e podem adotar um comportamento físico/ verbal agressivo com pouca/ nenhuma provocação ( gritar com os outros/ envolver-se em brigas/ destruir Objetos (E1) - Comportamentos imprudentes e auto destrutivos (direção perigosa, uso excessivo de álcool e drogas, comport auto mutilante ou suicida) (E2) - O TEPT é caracterizado pelo hipersensibilidade a ameaças potenciais, incluindo as relacionadas a experiências traumáticas (acidente automobilístico/ ameaça: ônibus e caminhões), não as relacionadas ao evento traumático (E3) - Bastante reativos a eventos inesperados (um pulo quando toca um telefone)(E4) - Dificuldades de concentração, incluindo lembranças de eventos diários (numero do próprio telefone, acompanhar conversa) são comuns ( E5) - Problemas para iniciar/manter o sono (pesadelos, preocupações com a segurança) (E6) Sintomas dissociativos: - despersonalização (distanciamento do próprio corpo), desrealização (do mundo ao seu redor). Em crianças há regressão do desenvolvimento, como a perda de fala, sintomas dissociativos, ideias paranoides. Depois de eventos traumáticos repetitivos (abuso) pode haver dificuldade de regular as emoções ou manter relacionamentos interpessoais saudáveis. Quando o evento produz morte, o TEPT pode se associar aos sintomas do luto complicado. - Pode ocorrer desde o primeiro ano de vida. - DDX: transtornos de adaptação (o estressor pode ser de qualquer gravidade ou tipo) - Transtorno de estresse agudo: (duração de 3 dias a 1 mês) - Transtornos de Ansiedade e TOC - Transtorno depressivo maior - Transtorno conversivo TEPT Tratamento: - Psicoterapia - principalmente TCC - ISRS - Antipsicóticos podem dar suporte ao sono TRANSTORNOS DE SOMATIZAÇÃO E RELACIONADOS: • A somatização é a expressão de fenômenos mentais como sintomas físicos (somáticos). Os transtornos que se caracterizam por somatização se estendem em um continuum desde aqueles em que os sintomas se desenvolvem inconscientemente e não de maneira volitiva até aqueles em que os sintomas se desenvolvem consciente e volicionalmente. São compostos de: • Sintomas somáticos e transtornos relacionados • Transtornos factícios • Simulação (não é um transtorno psiquiátrico) • Em todos os transtornos, os pacientes focalizam de forma proeminente em preocupações somáticas. Assim, a somatização quase sempre leva os pacientes a procurar avaliação e tratamento, em vez de cuidado psiquiátrico. TRANSTORNOS DE SOMATIZAÇÃO: • Transtorno de sintoma somático e transtornos relacionados são caracterizados por sintomas físicos persistentes associados a pensamentos, sentimentos e comportamentos excessivos ou mal-adaptativos em resposta a esses sintomas e preocupações associadas com a saúde. Esses transtornos causam sofrimento e muitas vezes interferem no funcionamento social, ocupacional, acadêmico ou em outros aspectos do funcionamento. Incluem: • Transtorno conversivo • Transtornos factícios • Transtorno de ansiedade de doença • Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas • Transtorno de sintoma somático • Transtorno de sintoma somático e transtorno de ansiedade de doença são os mais comuns. • Transtornos factícios envolvem a falsificação dos sintomas e/ou sinais físicos ou psicológicos na ausência de incentivos externos óbvios (p. ex., obter uma folga no trabalho, pagamentos de invalidez ou abuso de drogas; evitar serviço militar ou processo criminal). O termo síndrome de Munchausen não é mais usado para transtornos factícios. • Simulação é o fingimento intencional e recorrente dos sintomas físicos ou psicológicosmotivada por incentivos externos, que diferencia a simulação de transtornos factícios. • Transtorno de sintoma somático: • A maioria dos transtornos de saúde mental é caracterizada por sintomas mentais. A pessoa tem pensamentos, humor e/ou comportamentos incomuns ou perturbadores. • Nos transtornos de sintomas somáticos, os fatores mentais são manifestados por meio de sintomas físicos – um processo denominado somatização – e a principal preocupação da pessoa é com os sintomas físicos (o termo somático vem de soma, a palavra grega para corpo), como dor, fraqueza, fadiga, náusea ou outras sensações corporais. A pessoa pode ou não apresentar um problema de saúde que causa ou contribui para os sintomas. • A preocupação é tão exacerbada com seus SINTOMAS que a faz procurar ajuda médica constantemente • Transtorno de ansiedade de doença: • No transtorno de ansiedade por doença, a pessoa fica excessivamente preocupada com a possibilidade de ter ou contrair uma doença grave. • Transtorno conversivo: • No transtorno de conversão (transtorno de sintomas neurológicos funcionais), a pessoa apresenta sintomas físicos semelhantes aos de um transtorno do sistema nervoso. • Transtornos factícios: • No transtorno factício, a pessoa finge que tem sintomas sem nenhum motivo externo (por exemplo, para faltar ao trabalho). • Transtorno de sintoma somático e transtorno relacionado não específico: • Transtorno de sintoma somático e transtorno relacionado específico • Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas: Transtorno por uso de substâncias (TUS): Definição de droga: • Produtos químicos, psicotrópicos ou psicoativos, de origem natural ou sintética, que produzem efeitos sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) e resultam em alterações na mente, corpo e/ou comportamento (OMS, 1994). Mecanismos neurobiológicos: Evolução do processo de reforço: TRANSTORNO POR USO DE SUBSTÂNCIAS: O uso recorrente e mantido apesar dos problemas significativos ocasionados, o indivíduo apresenta: - Baixo controle do uso, (fracasso nas tentativas de redução/ regulação,gasto de tempo para conseguir a substância {dedicando boa parte do dia a isso}, fissura {desencadeada por ambientes de aquisição/ uso da droga anteriormente} - Prejuízos psicossociais e sociais evidentes, (dificuldades em cumprir obrigações laborais, familiares, escolares) - Riscos físicos e psicológicos, - Fenômenos farmacológicos (tolerância e abstinência DSM V) - Transtorno por uso de substâncias X dependência química ( falta da substância no corpo). Tolerância e Abstinência: - TOLERÂNCIA: AUMENTO DA DOSE DE CONSUMO PARA ATINGIR O EFEITO DESEJADO. MUITO COMUM EM SUBSTÂNCIAS COMO ÁLCOOL E BENZODIAZEPÍNICOS - ABSTINÊNCIA: CAUSADA PELA DIMINUIÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DA DROGA NO ORGANISMO, E O INDIVÍDUO PASSA A SENTIR SINTOMAS COMO: TREMORES, ANSIEDADE, SUDORESE, INSÔNIA OU SONOLÊNCIA , A DEPENDER DO TIPO DE SUBSTÂNCIA. OCORRE COM FREQUÊNCIA EM ÁLCOOL, OPIÓIDES, CAFEÍNA, TABACO, ESTIMULANTES (COCAÍNA/ ANFETAMINAS) E SEDATIVOS (BENZODIAZEPÍNICOS). INTOXICAÇÃO: é definida como uma síndrome reversível especifica com alterações comportamentais e mentais, como prejuízo do nível de consciência, (embriaguez, sedação, torpor), perturbação da percepção, da atenção, do pensamento, do julgamento e do comportamento psicomotor, agressividade e humor instável. • Ligada ao Binge: padrão de consumo intenso, rápido e compulsivo , relacionado intimamente a intoxicação. ● Critérios diagnósticos CID-10: ● Critérios Diagnósticos – DSM 5 Transtornos relacionados ao uso de substâncias (TUS): - LEVE: 2-3 sintomas - MODERADO: 4- 5 sintomas - GRAVE: 6 ou + - Fatores de risco e proteção (↕): • Gênero masculino • Emprego na adolescência: >no de horas trabalhadas>estresse>uso • Baixa auto-estima • Pouca religiosidade • Baixa renda familiar / Status socioeconômico / Educação Renda alta foi mais associada ao uso do que o status social • Separação dos pais, mãe / pai solteiros (?) Idade na separação, relação dos pais com as crianças, outros familiares Crianças órfãs, sem moradia, em situação de rua: maior risco Transtorno por uso de álcool: - Estado físico / psíquico relacionado a ingestão de álcool durante um período de no mínimo 12 meses. - Problemas preponderantes nas ultimas 3 décadas - Prevalência (levantamento nacional de álcool e drogas de 2013) 6.8% da população (10,5 % homens, 3.6% das mulheres). - Intenso movimento de negação por parte do usuário “tenho o controle”mesmo já tendo prejuízos sociais/ psicossociais. • Delirium tremens: forma grave de síndrome de abstinência de alcool, que ocorre com sintomas clássicos de delirium ( rebaixamento nc, alteração da atenção, confusão mental, desorientação temporo espacial de caráter flutuante + sintomas autonômicos intensos {tremores, febre, sudorese profusa} , iluoes e alucinações visuais, táteis {zoopsias}. • Alucinose alcoólica: durante a abstinência , na intoxicação ou com o indivíduo sóbrio – alucinações audio verbais onde geralmente se fala do paciente na terceira pessoa, ou o humilham/ desprezam , pode durar horas , dias ou até meses depois da parada de beber. • Delírio de ciúmes: bastante típico principalmente em homens, acredita plenamente que seu parceiro (a) a trai , com todos os homens , vizinhos , melhor amigo (a) • O dependente de álcool perde o interesse sexual: pode ter dificuldade de ereção (neuropatia alcoólica) é hostilizado por agredir muitas vezes a parceira, sofre desmoralização pelos amigos , filhos. Nesse sentido o delírio ganha um sentido psicológico. • Embriaguez patológica: paciente excitado , violento e até paranoide durante o uso do álcool , reações muito intensas a pequena quantidade de álcool. Violento tem comportamento paranóide e homicida , seguida de exaustão , sono e amnésia. Cannabis (cannabis sativa): é a droga ilícita mais consumida no mundo. • Princípio ativo: delta-9-tetra hidrocanabiol (delta-9-THC). Receptores CB1 e CB2 estão em todo SNC • Efeitos mais comuns: relaxamento / sensação de prazer/ risos espontâneos e sem motivos/ fome. Há distorções de tempo e espaço de leves a moderadas, dificuldade na atenção e concentração, sensação de sentidos aguçados. Nos primeiros usos parte dos usuários pode sentir sintomas de ansiedade, taquicardia, perturbação da coordenação motora e pensamentos confusos. Há forte associação entre seu uso e transtornos psicóticos : esquizofrenia Transtorno por uso de cannabis: passam a maior parte do dia em uso e sob seus efeitos .Problemas sociais e familiares. Síndrome de abstinência: agressividade, humor deprimido , ansiedade, raiva. Uso crônico: comprometimento de funções cognitivas Distimia: Síndrome amotivacional da maconha Fumaça : carcinogênica COCAÍNA E CRACK : TRANSTORNO POR USO E TRANSTORNOS INDUZIDOS: • erythroxylon coca • inalada, injetada na veia ou fumada • Estudos de 2014 – Brasil segundo lugar em uso no mundo (2.6 milhões de pessoas). • Pó branco: (talco/ areia fina/ pó de giz / cal/ leite em pó) inalada leva dois minutos para iniciar sua ação – dura 30 a 45 min. • Fumada: crack (cloridrato de cocaína + bicarbonato de sódio + agua), pedras são aquecidas (vaporiza a 90 graus). Absorvida em 20 segundos e efeito de 10 min. • Sintomas: Sensação subjetiva de bem estar / euforia, se sentir mais ativo , mais alerta, com mais energia , mais forte, autoconfiante, pensamento acelerado. Taquicardia , aumento da FR, dilatação de pupilas, tremores leves nas mãos e pés , contrações musculares, de língua e mandíbula. - Em algumas pessoas ou doses mais altas pode ocorrer a “noia”, além de ansiedade e crises de pânico. - Pode haver aumento de desejo sexual , violência , agressividade e irritabilidade intensa. Zumbidos alucinações auditivas e táteis (referidas como efeitos pelo próprio usuário as vezes). • Transtorno psicótico induzido: semelhante à esquizofrenia ou mania psicótica • Aumenta risco de: infarto, arritmias , dor torácica, AVC e morte súbita • Uso fumado: pulmão de crack (insyficiencia respiratória+ opacidade pulmonar). • Dependencia do crack + grave: Comportamentos extremos (trafico , mendicância) déficit de autocuidado. • Abstinência: tristea , sonolência. • Mesclado: (preparado de crack e maconha) Escolha do tratamento: Modelo motivacional (5s): • Ask, advise, assess, assist and arrange • Pergunte • Aconselhe • Avalie a motivação • Ajude • Agende Tratamento – Avaliação de risco: Triagem – Teste de Fagerstrom: TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB): - É marcado por seu caráter fásico, episódico. - Os episódios de Mania ou Depressão ocorrem de forma relativamente delimitada no tempo - Há períodos de remissão – paciente eutímico e regressão das alterações psicopatológicas mais intensas. - Idade média de início – 21 anos e a chance de recorrência após um primeiro episódio em um ano e de 37% e em 5 anos de 87% - Apesar dos períodos de remissão , é grave, e traz consequências sociais , clinicas, neuropsicológicos e aumento de risco de suicídio - Risco permanece aumentado para pacientes de ciclagem rápida, episódios mistos, com sintomas ansiosos, baixa adesão / tratamentos inadequados. - Aumenta de forma marcante se há comorbidades psiquiátricas com transtornos de personalidade do grupo B (22-40%) ( borderline (10 a 20%) , histriônica (7.7%) ou narcisista (4.5%)), e uso de substâncias (álcool, cocaína ou maconha). - Mais comum em países com renda mais alta, e em pessoas separadas, divorciadas, viúvas. - Risco 10 x maior em familiares adultos que têm parentes com TAB. O risco aumenta com a proximidade do parentesco. - Após a primeira crise com características psicóticas, aumenta a possibilidade das próximas terem características semelhantes. Nas características psicóticas incongruentes com o humor, a possibilidade de recuperação entre uma crise e outra é menor. - Tipo I , Tipo II , Ciclotimia TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR - TIPOS: - TIPO I: EPISÓDIOS DEPRESSIVOS + NORMALIDADE + MANIA - TIPO II: EPISÓDIOS DEPRESSIVOS + NORMALIDADE + HIPOMANIA obs: Sempre se certifica se não é um episódio maníaco. ● Critérios diagnósticos: Estarem presentes , na maior parte do dia , além do humor elevado (euforia, elação) 3 destes sintomas , (4 se o humor for apenas irritável): - Aumento da auto-estima, - Diminuição da necessidade de sono, - Loquacidade (produção verbal rápida, fluente e persistente) ou Logorréia (fala rápida com perda de conexões entre os assuntos) - Pressão para falar (não consegue/não quer parar) - Alterações formais do pensamento: fuga de ideias, sobre inclusão, descarrilamento, tangencialidade, incoerência, ilogicidade, perda de objetivo / repetição excessiva. - Distraibilidade (atenção voluntária diminuída) EPISÓDIO MANÍACO: - Aumento da atividade dirigida a objetivos (trabalho, escola, sexualidade) ou agitação psicomotora. - Envolvimento excessivo em atividades danosas/ perigosas :comprar objetos, doar pertences, indiscrições sexuais, investimentos - Labilidade afetiva - Agitação psicomotora - Arrogância - Heteroagressividade - Desinibição social e sexual Geralmente os episódios maníacos iniciam se com a sequência de alterações: 1) sintomas cognitivos e de humor 2) comportamentos disfuncionais 3) Sintomas Psicóticos OCORRÊNCIA DE DELÍRIO EM EPISÓDIOS MANÍACOS: EPISÓDIO MANÍACO - MANIA SUBTIPOS: - Mania franca ou grave - Mania disfórica ou irritada - Mania com sintomas psicóticos - Mania mista: (simultaneamente ou sem alternam em um mesmo dia ou semana) ● Episódio Misto: Ocorrem em até 40% dos casos. - Pensamento e comportamento confuso , - Agitação Psicomotora, - Distúrbios do apetite, - Ideação suicida, - Sintomas psicóticos (mais eventuais) Apresentam mais casos de ansiedade, uso de substancias e risco de Suicidio ( Muneer, 2017) Apresentam ciclos rápidos (se repetem em um mesmo ano), tendência a TAB mais grave, Episódios evoluem em intensidade , maior tolerância aos sais de lítio. ● EPISÓDIOS HIPOMANÍACOS: - Mesmos critérios diagnósticos da mania , - duração mínima de 4 dias - Passam desapercebidos a maioria das vezes, sem receber atenção medica ou psicológica. - Pessoas aceleradas, com alta auto estima, contam piadas , dormem pouco , trabalham mais - Não se sentem abaladas com as coisas da vida, não se sente cansado e deseja fazer sempre +. • Se for grave: a ponto de causar prejuízo funcional, necessidade de intervenção (internação) já é classificado como mania. O indivíduo e seu meio não são gravemente prejudicados. ● CICLOTIMIA – TRANSTORNO CICLOTÍMICO: ● TRANSTORNO BIPOLAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: Para o diagnóstico pré-puberdade são considerados os sintomas gerais de mania (grandeza, euforia, grandiosidade, fuga de ideias, hipersexualidade, pensamento acelerado, diminuição da necessidade de sono. - Isso aproxima o diagnóstico do transtorno disruptivo de desregulação do humor, TOD e TDAH. TAB – TRATAMENTO: - ESTABILIZADORES DE HUMOR: DIVALPROATO DE SODIO , ACIDO VALPROICO - ANTICONVULSIVANTES: CARBAMAZEPINA - ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS: QUETIAPINA , RISPERIDONA , OLANZAPINA, ZIPRASIDONA - TERAPIA (COGNITIVO COMPORTAMENTAL) / TERAPIA FOCADA NA FAMÍLIA/ GRUPOS TERAPÊUTICOS ELETROCONVULSOTERAPIA - ELETROCONVULSOTERAPIA COMO AVALIAR A MANIA? TRANSTORNOS PSICÓTICOS: ● SÍNDROMES PSICÓTICAS: PSICOSE: ESQUIZOFRENIA: • Principal síndrome psicótica – pela frequência e importância clinica. • Minorias raciais ou étnicas têm maior incidência. • Sobre o diagnóstico nosológico: há vários conceitos que podem ser abordados desde os tempos mais arcaicos até os mais modernos (DSM V/ CID11). ESQUIZOFRENIA - CONCEITOS: • NÃO PREDIZEM PADRÃO EVOLUTIVO DA DOENÇA • NÃO SÃO ESTÁVEIS AO LONGO DO TEMPO • NÃO PREDIZEM RESPOSTAS A TRATAMENTO FARMACOLÓGICO OU PSICOSSOCIAIS • SÃO MUITO HETEROGÊNEOS EM RELAÇÃO ÀS BASES GENÉTICAS E NEURONAIS • EM PESQUISA – CADA VEZ MENOS UTILIZADOS. • PODEM SE COMBINAR (SINAIS E SINTOMAS) DE VÁRIAS FORMAS SE TORNOU INTERESSANTE ESTADIAR A EVOLUÇÃO DA DOENÇA EM GRUPOS DE SINTOMAS: 1. Sintomas Negativos 2. Sintomas Positivos 3. Sintomas de desorganização 4. Sintomas psicomotores/ catatonia 5. Sintomas/ prejuízos cognitivos 6. Sintomas de Humor SINTOMAS NEGATIVOS: • Perda de certas funções psíquicas (na esfera da vontade, do pensamento, da linguagem, etc) e pelo empobrecimento global da vida afetiva , cognitiva e social do indivíduo. Sendo os principais sintomas negativos: • Distanciamento e aplainamento afetivo/ afeto embotado (perda de capacidade de se sintonizar afetivamente com as pessoas, pouca ressonância afetiva. • Retração social ou associalidade: afetivas (apatia) e volitivas (abulia / redução do “drive”), isola se progressivamente , havendo restrição de interesses • Alogia ou empobrecimento da linguagem e do pensamento, redução da fluência verbal e discurso empobrecido. • Diminuição da vontade (Avolição), diminuição da iniciativa e hipopragmatismo (para realizar tarefas e trabalhos minimamente organizados que exijam • Anedonia: diminuição da capacidade de experimentar e sentir prazer. Difere da anedonia da depressão pois não há evidente desconforto subjetivo com a experiência de anedonia. • SINTOMAS NEGATIVOS podem ser: - primários (da própria doença) - secundários (efeitos colaterais dos antipsicóticos, depressão ou consequência do isolamento). Podem ser decorrentes de seus sintomas positivos (delírio ou alucinação que o ameaça ou impõe retaliações caso não se isole). Bleuler tratava isso como o “autismo da esquizofrenia''). • Não se conhece a causa neurofisiopatológica, mas sabe-se que os sintomas negativos são refratários ao tratamento farmacológico, e constituem importante critério de gravidade, ao lado das perdas cognitivas. SINTOMAS POSITIVOS: SINTOMAS DE DESORGANIZAÇÃO (SÍNDROME DE DESORGANIZAÇÃO): - PENSAMENTO PROGRESSIVAMENTE DESORGANIZADO: LEVE AFROUXAMENTO DE ASSOCIAÇÕES , - DESCARRILAMENTO DE PENSAMENTO ATÉ DESAGREGAÇÃO E PRODUÇÃO DE UM PENSAMENTO TOTALMENTE INCOMPREENSÍVEL. - RELAÇÃO LINGUAGEM / PENSAMENTO: NEOLOGISMOS - COMPORTAMENTOS DESORGANIZADOS E INCOMPREENSÍVEIS,PRINCIPALMENTE SOCIAIS E SEXUAIS, BIZARROS E INADEQUADOS. - AFETO INADEQUADO: AMBIVALENTE , INCONGRUENTE E EM DESCOMPASSO ENTRE ESFERAS AFETIVAS E VOLITIVAS. SINTOMAS PSICOMOTORES – CATATONIA: • LENTIFICAÇÃO E EMPOBRECIMENTO PSICOMOTOR (MAIS COMUNS). • ESTEREOTIPIAS DE MOVIMENTOS: (ATOS, GESTOS, ATITUDES MAIS COMPLEXAS QUE O TIQUE, REPETIDOS DE FORMA MECÂNICA E SEM FINALIDADE), MANEIRISMOS (GESTOS COMPLEXOS SÃO REPETIDOS COM ALGUMA FINALIDADE PARA O PACIENTE), CARETAS , ROUPAS, ADORNOS BIZARROS. • CATATONIA: MANIFESTA PSICOMOTORA + MARCANTE DA ESQUIZOFRENIA. MESMO COM NÍVEL DE CONSCIÊNCIA PRESERVADO , PODEM APRESENTAR ESTUPOR (REDUÇÃO DRÁSTICA OU ATÉ AUSÊNCIA DE ATT PSICOMOTORA + MUTISMO NEGATIVISMO + RETENÇÃO DE CONSCIÊNCIA). NÃO SE ALIMENTA , NÃO RESPONDE, NÃO SE MOVE , NÃO SAI SEQUER PARA URINAR OU DEFECAR. • FLEXIBILIDADE CERÁCEA OU CATALEPSIA: FICA NA POSIÇÃO QUE O COLOCARAM MESMO EM POSIÇÕES CONTRA A GRAVIDADE. ECOLALIA , ECOPRAXIA. EM ALGUNS PACIENTES HÁ A EXCITAÇÃO CATATÔNICA EM CONTRAPARTIDA (ALTERNÂNCIA). SINTOMAS / PREJUÍZOS COGNITIVOS: • PODEM SURGIR ATÉ MESMO ANTES DO PRIMEIRO EPISÓDIO PSICÓTICO, AFETAM MARCADAMENTE A FUNCIONALIDADE DOS PACIENTES , SÃO FREQUENTES E ACOMETE A MAIORIA DOS INDIVÍDUOS ADOECIDOS • ATENÇÃO , MEMÓRIA EPISÓDICA, MEMÓRIA DE TRABALHO, VELOCIDADE DE PROCESSAMENTO E FUNÇÕES EXECUTIVAS FRONTAIS (INCLUSIVE FLUÊNCIA VERBAL) • DIFICULDADE NA PERCEPÇÃO E GERENCIAMENTO DE EMOÇÕES, DEFICIT DE PERCEPÇÃO SOCIAL, • DIFICULDADE EM IDENTIFICAR EMOÇÕES ATRAVÉS DE MÍMICAS FACIAIS , TOM DE VOZ • DESENVOLVEM VIÉS OU ESTILO DE ATRIBUIÇÃO (ATRIBUEM OS DESCONFORTOS E ACONTECIMENTOS SEMPRE A PESSOAS – NÃO A LUGARES OU SITUAÇÕES). SINTOMAS DE HUMOR: • DIMINUIÇÃO DA EXPERIÊNCIA E EXPRESSÃO EMOCIONAL EM MUITOS PACIENTES. • AUMENTO DA REATIVIDADE EMOCIONAL, • ALTA TAXA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS , ANSIOSOS QUE A MAIORIA DA POPULAÇÃO , PODEM SURGIR LOGO ANTES , APÓS OU PARALELOS AO APARECIMENTO DOS SINTOMAS POSITIVOS. OUTRAS CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS À ESQUIZOFRENIA: OUTROS TRANSTORNOS DELIRANTES: NEUROBIOLOGIA: • Disfunção dopaminérgica: os sintomas esquizofrênicos são consequência de hiperatividade dopaminérgica cerebral. • As drogas que elevam os níveis de dopamina, ampliam ou produzem sintomas psicóticos positivos, enquanto as que diminuem os níveis de dopamina os reduzem ou interrompem como por ex: os anfetamínicos. os antipsicóticos atuam bloqueando receptores dopaminérgicos, mais especificamente o D2, presentes nas áreas límbicas, neocorticais e núcleos da base. • Estão envolvidas as vias dopaminérgicas mesolímbica, mesocortical e nigro-estriatal. - Na mesolímbica projeta-se dos corpos celulares da área tegmental ventral do mesencéfalo para axônios terminais das áreas límbicas e está envolvida nas alterações da sensopercepção. - A via dopaminérgica mesocortical surge na área tegmental ventral,próximo da via mesolímbica, e projeta seus neurônios para a área cortical, sendo mais associada às funções cognitivas. - A via nigroestriatal projeta-se da substância negra aos núcleos da base, ou striatum, sendo parte do sistema de controle da motricidade. TRATAMENTO: • Padrão ouro no tratamento : Antipsicoticos • Abordagens psicossociais • Terapia em grupo ou individual conforme a disponibilidade do paciente. ● Antipsicóticos típicos: - EFETIVO NOS SINTOMAS POSITIVOS - PODEM AGRAVAR OS SINTOMAS NEGATIVOS - DESVANTAGEM : EFEITOS ADVERSOS ( Efeitos Adversos: Distúrbios extrapiramidais, Hipercinesia, distúrbios visuais, Hipotensão , Perda de apetite , Ginecomastia, Sedação, Sialorréia, Ganho de peso) Indicações: - PSICOSES EM GERAL - ESQUIZOFRENIA ● Antipsicóticos atípicos: - Eficazes nos sintomas Positivos e negativos - Opção para pacientes que não respondem aos Antipsicóticos típicos - Menor risco de efeitos neurológicos - Efeitos colaterais: ganho de peso, tontura, sonolência, cefaleia , distúrbios menstruais, náusea, sedação, Indicações: - Esquizofrenia - TOC - TAB - Agitação / agressividade - Mania
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