Buscar

Direito de familia - Poder familiar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DC- Direito das Famílias 
Poder Familiar 
Conceito 
• É um encargo imposto aos pais 
• Poder-função ou direito-dever 
• É irrenunciável, intransferível, inalienável e 
imprescritível 
• Decorre tanto da paternidade natural 
como da filiação legal e da socioafetiva 
• Dele decorrem obrigações personalíssimas 
• Todos os filhos menores de 18 anos estão 
sujeitos ao poder familiar, que é exercido 
pelos pais 
• O poder familiar é compartilhado entre os 
genitores, em igualdade de condições 
• O filho não reconhecido pelo pai fica sob a 
autoridade da mãe 
Pais Separados 
• A autoridade parental cabe a ambos 
genitores, e perpetua independentemente 
do estado civil dos pais 
• Mesmo separados têm ambos o dever de 
dirigir a criação e educação, conceder ou 
negar consentimento para casar, viajar 
para o exterior, mudar de residência, bem 
como ambos devem representa-los e 
assisti-lo judicialmente e extrajudicialmente 
• Sempre que é exigida a autorização de 
ambos os pais, não basta a concordância 
de um isoladamente 
• Art. 1.636. O pai ou a mãe que contrai 
novas núpcias, ou estabelece união 
estável, não perde, quanto aos filhos do 
relacionamento anterior, os direitos ao 
poder familiar, exercendo-os sem qualquer 
interferência do novo cônjuge ou 
companheiro. 
Parágrafo único. Igual preceito ao 
estabelecido neste artigo aplica-se ao pai 
ou à mãe solteiros que casarem ou 
estabelecerem união estável 
 
Exercício 
• Art. 1.634. Compete a ambos os pais, 
qualquer que seja a sua situação conjugal, 
o pleno exercício do poder familiar, que 
consiste em, quanto aos filhos: 
I - dirigir-lhes a criação e a educação; 
II - exercer a guarda unilateral ou 
compartilhada nos termos do art. 1.584 ; 
III - conceder-lhes ou negar-lhes 
consentimento para casarem 
IV - conceder-lhes ou negar-lhes 
consentimento para viajarem ao exterior; 
V - conceder-lhes ou negar-lhes 
consentimento para mudarem sua 
residência permanente para outro 
Município; 
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou 
documento autêntico, se o outro dos pais 
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não 
puder exercer o poder familiar 
VII - representá-los judicial e 
extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) 
anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, 
após essa idade, nos atos em que forem 
partes, suprindo-lhes o consentimento; 
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os 
detenha; 
IX - exigir que lhes prestem obediência, 
respeito e os serviços próprios de sua 
idade e condição 
Responsabilidade Civil 
• Pelos atos dos filhos, enquanto menores, 
são responsáveis os pais (art. 932, I) 
• Responsabilidade civil objetiva por ato de 
terceiro 
• A responsabilidade parental não decorre 
da guarda, mas sim do poder familiar 
• O patrimônio de ambos os guardiões deve 
responder pelos danos causados pelos 
filhos 
 
 
Usufruto e administração dos 
bens 
• Até os 16 anos são representados e, dos 
16 aos 18 anos, são assistidos pelos seus 
genitores 
• A administração dos bens dos filhos deve 
visar ao interesse da prole 
• O usufruto legal dos pais sobre os bens 
dos filhos deve ocorrer na medida 
necessária para fazer frente às despesas 
comuns da família 
• A lei não prevê a obrigação dos pais de 
prestar contas ao filho da administração 
• Não podem aliená-los nem os gravar de 
ônus real, salvo por necessidade ou 
evidente interesse do filho (art. 1.691). Para 
pratica de tais atos devem ter autorização 
judicial, sob pena de desconstituir as 
transações 
• Os pais tem legitimidade para o uso das 
medidas legais para a preservação do 
patrimônio dos filhos 
• Quando colidirem com os interesses do 
pai e do filho, o juiz nomeara um curador 
especial 
• O genitor que arruinar o patrimônio do 
filho fica sujeito a extinção do poder 
familiar 
• Alguns bens são excluídos da 
administração parental. Como os valores 
recebidos e os bens adquiridos por 
maiores de 16 anos 
• Atingindo o filho a maioridade, os bens lhe 
são entregues com os seus acréscimos, 
não tendo ele direito de pedir ao genitor 
que lhe preste contas 
• O pai não pode pedir remuneração pelo 
trabalho desempenhado 
Suspensão e Extinção 
• Sanções aplicadas aos genitores por 
infração os deveres que lhes são 
inerentes 
• Não retira dos pais o dever de alimentar 
• A perda pode poder familiar não rompe o 
vínculo de parentesco 
• Apenas o pai perde os direitos sucessórios 
• A lei declina as causas de suspensão e 
perda do poder familiar de forma genérica, 
podendo o juiz identificar outras causas 
1. Suspensão 
• Medida menos grave sujeita a revisão 
• Superadas as causas que a provocaram, 
pode ser cancelada sempre que a 
convivência familiar atender ao interesse 
dos filhos 
• Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de 
sua autoridade, faltando aos deveres a eles 
inerentes ou arruinando os bens dos filhos, 
cabe ao juiz, requerendo algum parente, 
ou o Ministério Público, adotar a medida 
que lhe pareça reclamada pela segurança 
do menor e seus haveres, até 
suspendendo o poder familiar, quando 
convenha. 
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o 
exercício do poder familiar ao pai ou à 
mãe condenados por sentença 
irrecorrível, em virtude de crime cuja pena 
exceda a dois anos de prisão. 
• Apesar de o genitor ter o dever de 
sustento da prole, o descumprimento 
desse encargo não justifica nem a perda 
nem suspensão do poder familiar (ECA 
23) 
2. Perda 
• A perda é uma sanção imposta por 
sentença judicial, enquanto a extinção 
ocorre pela morte, emancipação ou 
extinção do sujeito passivo 
• Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar: 
I - pela morte dos pais ou do filho; 
II - pela emancipação, nos termos do art. 
5° , parágrafo único; 
III - pela maioridade; 
IV - pela adoção; 
V - por decisão judicial, na forma do artigo 
1.638 . 
• Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder 
familiar o pai ou a mãe que: 
I - castigar imoderadamente o filho; 
II - deixar o filho em abandono; 
III - praticar atos contrários à moral e aos 
bons costumes; 
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas 
previstas no artigo antecedente. 
 
V - entregar de forma irregular o filho a 
terceiros para fins de adoção 
Parágrafo único. Perderá também por ato 
judicial o poder familiar aquele que: 
I – praticar contra outrem igualmente titular do 
mesmo poder familiar: 
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de 
natureza grave ou seguida de morte, quando 
se tratar de crime doloso envolvendo violência 
doméstica e familiar ou menosprezo ou 
discriminação à condição de mulher; 
b) estupro ou outro crime contra a dignidade 
sexual sujeito à pena de reclusão; 
II – praticar contra filho, filha ou outro 
descendente: 
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de 
natureza grave ou seguida de morte, quando 
se tratar de crime doloso envolvendo violência 
doméstica e familiar ou menosprezo ou 
discriminação à condição de mulher; 
b) estupro, estupro de vulnerável ou outro 
crime contra a dignidade sexual sujeito à pena 
de reclusão. 
• A vedação ao castigo imoderado (art. 1.638, 
I), encontra-se revogado pela Lei da 
Palmada, que proíbe qualquer castigo 
físico, moderado ou não 
• A revogação abrange toda a prole, por 
representar o reconhecimento judicial que 
o titular não está capacitado para o 
exercício do poder familiar 
Lei da Palmada 
• Ou Lei do Menino Bernardo 
• Visa coibir a violência por parte de quem 
tem o dever legal de proteger, cuidar e 
educar e se prevalece o força física 
• Assegura a crianças e adolescente o 
direito de serem criados e educados sem 
o uso de castigos físicos ou tratamento 
cruel ou degradante 
• Não houve criminalização 
• É atribuído ao Conselho Tutelar a 
imposição das medidas legais

Continue navegando