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Teorias da Administração Professora Dra. Silmara Gomes Frederick Winslow Taylor é o pai da administração científica. Conforme apresentado por Silva (2008), foi ele quem promoveu uma revolução nos métodos de trabalho de sua época com as primeiras aplicações de métodos científicos, indo de encontro aos costumes e empirismos vigentes e aumentando a produtividade. Para estudar o trabalho de Taylor, é necessário analisar sua personalidade a partir dos seguintes aspectos apontados por Silva (2008): experimentador e pesquisador; autor e divulgador de seus experimentos; formador de uma equipe e de uma linha de pensamento. Essas observações trouxeram ao trabalho de Taylor o conceito da “vadiagem sistêmica”, que se referia à diferença entre a produção potencial e real de um empregado. Segundo ele, a vadiagem sistêmica era motivada pelos seguintes fatores (SILVA, 2008): Funcionários acreditavam que a maior produtividade seria compensada por um nível maior de desemprego. Sistemas administrativos “defeituosos” e ineficazes provocariam quedas no nível de produtividade. Efeito da transmissão dos usos e costumes/empirismos às novas safras de funcionários. Os estudos de Taylor podem ser divididos em duas fases, representadas pelas publicações Administração de oficinas (1903), que trata das técnicas de racionalização do trabalho do operário por meio do estudo do tempo e movimento, e Princípios da administração científica (1911), que apresenta os estudos de Taylor sobre a administração geral. Características análise científica e sistemática do trabalho conceito de administração funcional sugeria que a supervisão fosse subdividida entre os especialistas das atividades. racionalização do trabalho estudo do tempo e de movimentos funcionários deveriam ser treinados para exercer suas funções Divisão do Trabalho e especialização do operário “homem econômico” (homo economicus) 6 Princípios Princípio do planejamento Princípio do preparo Princípio da execução Princípio do controle Princípio da exceção Teoria Administrativa (ou Escola Normativa), que tem Henry Fayol como principal autor. As teorias propostas por Fayol surgiram de forma quase simultânea à apresentação da administração científica de Frederick Taylor Enquanto a administração científica tem uma abordagem que se inicia no “chão de fábrica” e se estende à alta gerência, a Teoria Administrativa apresenta um fluxo inverso: do todo, a organização em si, para as partes componentes, isto é, os departamentos que formam a organização. Henry Fayol foi o teórico mais influente da Teoria Administrativa. Formado engenheiro de minas, Fayol fez carreira na indústria de mineração e trabalhou por todos os 58 anos de sua carreira administrativa na mesma organização. Prever Visualizar o futuro e traçar o programa de ação a médio e longo prazos Organizar Constituir a estrutura, material e humana, para realizar o empreendimento da organização Comandar Dirigir e orientar o pessoal para mantê-lo ativo na organização Coordenar Ligar e harmonizar todos os atos e os esforços coletivos Controlar Cuidar para que tudo se realize conforme os planos da organização Os trabalhos de Fayol e Taylor não se contrapõem. Fayol insistia que ambos os trabalhos procuravam a melhoria administrativa por meio de diferentes caminhos de análise, complementando o pensamento científico ao mostrar como processos administrativos complexos podem ser separados em áreas interdependentes de responsabilidades e/ou funções. Taylor se aprofundou no estudo do posto de trabalho do executor e Fayol nos problemas de interesse da administração por meio da abordagem do processo universal. 13 Os princípios gerais de administração propostos por Henry Fayol são ainda considerados muito úteis na administração contemporânea pela grande maioria dos administradores. Os princípios, escritos em 1916, são apresentados a seguir (CHIAVENATO, 2010): • Divisão do trabalho • Autoridade e responsabilidade • Disciplina • Unidade de comando • Unidade de direção • Subordinação dos interesses individuais aos gerais 14 • Remuneração do pessoal • Centralização • Hierarquia (cadeia escalar) • Ordem • Equidade • Estabilidade do pessoal no cargo • Iniciativa • Espírito de equipe (união do pessoal) 15 Capitulo 3 - Teoria das Relações Humanas A escola das Relações Humanas tem suas origens construídas na insatisfação com a Escola Clássica da Administração, com os impactos das descobertas das Ciências Sociais e com a crise dos anos 1930. Esses fatores foram fundamentais para que se repensasse as formas e os modos de se conduzir a administração nas organizações e as relações de trabalho. 16 A experiência de Hawthorne aconteceu entre 1927 e 1932 na fábrica de Western Electric Co., no bairro de Hawthorne em Chicago e teve quatro fases distintas, sendo elas: Fase 1: Os estudos da Iluminação Fase 2: Os estudos da sala de teste de montagem de relés Fase 3: O programa de entrevistas. • Fase 4: Os estudos da sala de observação de montagem de terminais 17 Segundo Silva (2013, p. 196) Mayo chegou as seguintes conclusões: 1.Os empregados não eram motivados somente por fatores externos, como pagamento e condições físicas do ambiente de trabalho; havia fatores psicológicos que afetavam a produtividade, e não só fisiológicos. 2.Pausas no trabalho demonstram bons resultados no que se refere à produtividade dos operários, mas não poderiam ser analisadas como elemento isolado. 3.O relacionamento social entre as operárias e a supervisão provocava condições de trabalho que favoreciam o aumento da produtividade das funcionárias. 18 4.Havia tendência de liderança em grupos mais sociáveis, o que significava maior cooperação do grupo para ultrapassar dificuldades de trabalho. 5.A satisfação (ou insatisfação) com as tarefas realizadas afetava fortemente o resultado da produção e a intenção dos operários. 6.Os grupos informais (organização informal) afetavam mais os resultados de produção do que as determinações da alta administração. 7.O grupo exercia enorme poder sobre o indivíduo, isto é, o comportamento do indivíduo era fortemente afetado pelas diretrizes estabelecidas pelo grupo. 8.O volume de produção gerado por um operário não dependia de sua habilidade ou inteligência, mas da restrição do grupo ao qual pertencia. 9.Inovações e melhorias técnicas introduzidas pela administração da organização não eram bem vistas pelos operários, que se sentiam explorados nessas condições: produzir mais ganhando o mesmo salário. 19 Segundo McGregor a liderança sofre influência direta de quatro variáveis centrais: • Características pessoais do líder. • Características pessoais dos liderados. • Características da tarefa ou missão • Contexto organizacional e social. 20 A cultura organizacional e a liderança podem ser consideradas lados de uma mesma moeda, pois compreender, criar e gerenciar cultura organizacional é uma das atividades centrais de líderes. Cultura organizacional é um conjunto de conceitos estabelecidos por membros da organização, que são repassados para os outros, independentemente dos primeiros ainda estarem na organização, esses conceitos sobre como agir, pensar e experimentar situações organizacionais, deixam de ser individuais e passam a ser institucionais. 21 Teorias sobre liderança Traços de liderança Estudos da universidade de Iowa Estilo autocrático Estilo democrático Estilo laissez-faire Liderança Situacional ou Contingencia 22 Capitulo 4 - Retomada do racionalismo A teoria da Burocracia passa a ser utilizada nas teorias administrativas apenas a partir dos anos 1940. Max Weber (1864 – 1920) principal autor dos estudos sobre Burocracia, só foi reconhecido na área administrativa após a necessidade de retomar o caráter racional dos estudos administrativos. É importante ressaltar que essa burocracia, estudada por Weber, não tem relação com o conceito atual de burocracia, quando usado como sinônimo de lentidão, filas,papelada, etc 23 24 25 Capítulo 5 Escola comportamentalista A escola comportamentalista é fruto da teoria das relações humanas, no entanto, é contra boa parte de suas premis 26 A motivação é um dos temas mais estudados na administração na atualidade. Entende-se que a motivação é intrínseca ao indivíduo, mas, existem fatores externos que incentivam e possibilitam a motivação humana. 27 Existem três blocos de teorias sobre motivação: As que tem o foco em “o que” motiva o comportamento, são as teorias de conteúdo. As que tem foco em “como” o comportamento é motivado, são as teorias de processo. As que tem foco em compreender a influência do ambiente no comportamento, teoria de reforço. 28 Teorias de conteúdo 29 Teoria ERC, de Alderfer • Necessidades de Existência (E) – Desejo de estar bem com os aspectos fisiológicos e materiais. • Necessidades de Relacionamento (R) – Desejo de estar bem com os aspectos sociais ou interpessoais. • Necessidade de Crescimento (C) – Desejo de estar bem em relação ao desenvolvimento pessoal e crescimento contínuo. 30 Teoria dos Fatores, de Herzberg 31 Teoria da Realização (ou das necessidades adquiridas), de McClelland McClelland divide as necessidades em três categorias Necessidade de realização: É uma necessidade de realização pessoal, de busca de sucesso. As pessoas com esse tipo de necessidade costumas gostar de assumir responsabilidades, gostam de correr riscos e querem retorno sobre o que fazem. Necessidade de afiliação: É a necessidade de estabelecer relacionamentos pessoais próximos, de evitar conflitos. Indivíduos com essa necessidade costumam se motivar com cargos que demandem interação com pessoas e são menos eficazes quando precisam trabalhar isolados. Necessidade de poder: É a necessidade de controlar e influenciar, de ter autoridade e responsabilidade pelos outros. Pessoas com essa necessidade em foco tendem a buscar cargos de liderança e apreciam estabelecer metas, dirigir pessoas e tomar decisões. 32 Teorias de Processo Teoria da Expectação, de Vroom A teoria foi elaborada com base em três elementos 1. Valência – Se refere ao valor que as pessoas colocam nas recompensas que lhe são apresentadas 2. Expectativa – É a percepção da relação entre o nível de esforço aplicado e o nível de desempenho ou reconhecimento. As pessoas geram expectativas sobre as consequências do seu esforço por algo, se entendem que seu esforço máximo não o fará alcançar o objetivo pretendido, provavelmente nem tentará. 3. Instrumentalidade – É a relação entre desempenho e recompensa, a percepção das pessoas sobre a recompensa que se recebe em relação ao seu desempenho. Quando as pessoas são bem recompensadas pelas atividades que executam, tem-se uma instrumentalidade positiva, no contrário tem-se uma instrumentalidade negativa. 33 Teoria da Equidade, de Stacy Adams 34 Teoria do Reforço Teoria do reforço de Skinner A teoria do reforço de Skinner é a teoria mais utilizada por gestores dessa perspectiva. Segundo tal teoria o comportamento é aprendido por meio de experiências positivas ou negativas. Dois aspectos básicos modelam o comportamento – o reforço e a punição 35 Capítulo 6 Perspectiva moderna Teoria dos Sistemas A teoria dos Sistemas tem seu alicerce central na Teoria Geral de Sistemas desenvolvida por Ludwig von Bertalanffy (1901 – 1972). Os sistemas são identificados como conjunto de partes interagentes e interdependentes que formam um todo unitário. Essa concepção de sistemas possibilita a compreensão da necessidade de compreensão do todo 36
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